Você está na página 1de 1

A Espera

A estátua hirta, já não necessita saber porque aguarda


Entre chegar e partir, sabe que o melhor é estar algures, sempre
Aguarda e sonha o que sente
Tecendo a teia, que o fada

O sal corroeu o corpo


o tempo, as mãos vazias deixou
O outro que a vê, é o espelho do olhar que lhe entregou
Antes que o futuro ignaro a sua memoria leve, com furtivo sopro

Da reles matéria, fez mito


Ao viajante que por ela passa
Transmuta a memoria em rito

Na contes, cala
Na solidão que te habita
O silêncio também fala

Você também pode gostar