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~História[editar | editar código-fonte]
Embora o ECR seja considerado uma novidade na cadeia de
abastecimento, este não é um conceito inovador, mas sim uma versão
aperfeiçoada do Quick Response (QR), que por sua vez é uma versão
alterada do tão conhecido Just in Time (JIT). Considerando os ideais e
estratégias de negócio utilizados ao longo da história do retalho e da
indústria, o ECR significa para a cadeia de abastecimento de produtos de
mercearia básica no início do século XXI, o que a filosofia de produção
Just in Time significou para toda a industria automobilística japonesa na
enorme crise petrolífera dos anos 70, e o Quick Response para a
indústrias de vestuário e têxtil (Ghisi et al., 2001, p.5).
Com concorrência cada vez mais forte e a presença de um consumidor
cada vez mais exigente , com preços referenciais, que procura
alternativas, valoriza o atendimento bem realizado e a prestação de um
serviço com qualidade, tornou-se explicitamente importante o
desenvolvimento de uma estratégia que tivesse como objectivo
a eficiência da cadeia como um todo. O ECR, surge então na década de
90, com o intuito de cumprir tais exigências (Ghisi et al., 2001, p.5).
Iniciado nos EUA no ano de 1993, o ECR representa um esforço em
optimizar a cadeia logística que, tem como objectivo, através da
construção de uma cadeia de abastecimento mais flexível entre
fabricantes, distribuidores e retalhistas, melhorar o atendimento prestado
ao cliente final (Efficient consumer response, 2005).
Ao longo dos anos 90, este conceito começou a ser adaptado e
implementado em muitos países pela Europa, Ásia e América
Latina (Ghisi et al., 2001, p.2).
O aparecimento e a expansão[editar | editar código-fonte]
No fim da década de 80 e início de 90, as entidades americanas que
interagiam no canal de distribuição de produtos de mercearia básica,
viram-se face a uma perda de competitividade e eficiência. Este facto
derivava principalmente, quando se comparava estas entidades aos
outros canais retalhistas que apareciam nesse período, como as lojas de
descontos, retailcenters, etc. A redução na competitividade levaram os
retalhistas tradicionais, em grupo com os seus fornecedores, a
procurarem formas alternativas de gestão de forma a reduzir o nível
elevado de stocks ao longo da cadeia de abastecimento. Em 1992 foi
fundado um comité composto por integrantes do sector de distribuição
americano e da indústria, que ficou conhecido como “Efficient Consumer
Response Working Group”. Este comité requisitou um estudo à
consultadoria americana Kurt Salmon Associates, com o intuito de
examinar e identificar os benefícios em reduzir os custos nas
diversas etapas e processos na cadeia de abastecimentos e as
possibilidades de melhoria da eficiência ao longo da mesma, quando se
recorria a novas tecnologias e práticas de gestão. No ano de 1994, cerca
de mais 200 pessoas estavam integradas nos projetos desenvolvidos
pelo referido comité e como tal, este número implicava que mais de 100
empresas se envolvessem também. sas. O resultado do estudo
requisitado foi bastante surpreende e com resultados estimulantes.
Concluiu-se então que a economia global da cadeia de abastecimentos
poderia alcançar a ordem de US$ 30 biliões, recorrendo à eliminação de
ineficiências existentes nos processos administrativos, operacionais e à
redução de 41% dos stocks existentes ao longo da cadeia. O ECR então
facilmente se expandiu chegando na Europa, sendo em Julho de 1994,
formado o Comité ECR Europeu, formado por diversos distribuidores,
indústrias e associações (Ghisi et al., 2001, p.6-7).
ECR Portugal[editar | editar código-fonte]
A 13 de Março de 2000 um grupo de mais de cinquenta empresas,
fundou o ECR Portugal, com o objectivo de (ECR, 2002):
O conceito[editar | editar código-fonte]
A resposta eficiente ao consumidor exige o repensar de toda a cadeia de
valor, de forma a conseguir a torná-la mais ágil e eficiente no
fornecimento aos consumidores, dos produtos certos e ao preço
esperado. A inexistência de práticas operacionais comuns e uma rígida
divisão das tarefas tradicionais de produtores e retalhistas levava a um
obstáculo desnecessário da cadeia de abastecimento e convertia – se
num impedimento ao aproveitamento das sinergias que os poderosos
instrumento de planejamento e as novas tecnologias de informação,
tornavam exequíveis.
De forma a servir melhor o consumidor, o ECR dispõe-se alterar o
modelo tradicional e fomentar o encerramento das barreiras não
produtivas. O choque é permanente e transversal a toda a cadeia de
valor (ECR, 2002).
A filosofia do ECR visa uma maior integração das empresas, sendo que,
é dada importância à cadeia de abastecimento como um todo e não
como a eficiência individual das partes, sendo assim possível, reduzir o
nível de stocks, os custos totais do sistema, disponibilizar produtos de
melhor qualidade por um preço inferior ao consumidor final (Ghisi et al.,
2001, p.3).
Este conceito estabelece que seja mantido um fluxo consistente de
produtos e informação que caminham bidireccionalmente na cadeia
logística de abastecimento, tendo como objectivo a manutenção do
abastecimento no ponto de venda a custos baixos e níveis adequados
((Efficient consumer response, 2005).
Adaptações[editar | editar código-fonte]
Muitos dos conceitos em que assenta o ECR têm sido desenvolvidos na
indústria dos supermercados, sendo que muitos destes conceitos foram
adaptados de outros sectores económicos, como por exemplo do (Ghisi
et al., 2001, p.3):
Reposição Contínua
Categoria: Portopédia
01 de Janeiro de 2016 às 10:01
Veja Também
Gerenciamento do Sistema de Reposição Contínua
Vantagens da Reposição Contínua
Desvantagens da logística
terceirizada
É necessário encontrar um parceiro de qualidade, que
atenda às demandas da sua empresa;
Salários podem ser mais caros;
Diferenças de cultura entre as empresas;
A variação de custos pode ser grande, caso a operação
da empresa não tenha uma demanda estável;
Redução da qualidade dos serviços prestados de acordo
com o parceiro selecionado.
Referências[editar | editar código-fonte]
ANDRASKI, Joe - CPFR: nove passos que definem
resultados. ECR Brasil [Em linha]. 2:5 (2002) 2-3. [Consult. 2 Mai.
2008]. Dísponível em
WWW:<URL:http://www.ecrbrasil.com.br/files/publ0249.pdf>
CARVALHO, José Mário Crespo; DIAS, Eurico Brilhante - e-
Logistics e e-Business. Lisboa: Sílabo, 2000. ISBN 978-972-618-238-
2
FLIEDNER, Gene - CPFR: an emerging supply chain
tool. Industrial Management & Data Systems [Em linha]. 103:1 (2003)
14-21. [Consult. 5 Mai. 2008]. Dísponível em WWW:
<URL:http://www.emeraldinsight.com/Insight/viewContentItem.do?
contentType=Article&hdAction=lnkhtml&contentId=850107>. ISSN
0263-5577