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Laboratório de Materiais de Construção

Ensaios Tecnológicos - AGREGADOS

1. AMOSTRAGEM
NORMA: NBR NM 26:2001

Objetivo:
Esta Norma estabelece os procedimentos para a amostragem de agregados, desde a
sua extração e redução até o armazenamento e transporte das amostras
representativas de agregados para concreto, destinadas a ensaios de laboratório.

Definições:
Amostra de campo: É a porção representativa de um lote de agregados, coletada nas
condições prescritas nesta Norma, seja na fonte de produção, armazenamento ou
transporte. A amostra de campo é formada reunindo-se várias amostras parciais em
número suficiente para os ensaios de laboratório.
Lote de agregado: É a quantidade definida de agregado produzido, armazenado ou
transportado sob condições presumidamente uniformes. Sua dimensão não deve
ultrapassar a 300 m³ de agregados de mesma origem ou, nos processos contínuos, a
quantidade corresponde a 12 h ininterruptas de produção. No caso específico de
pequenas obras, onde o volume de concreto não superar a 100 m 3, ou não
corresponder à área de construção de mais de 500 m² e nem a tempo de execução de
mais de duas semanas, a dimensão do lote não deve ultrapassar a 80 m³ de
agregados de mesma origem.
Amostra parcial: É a parcela de agregado obtida de uma só vez do lote de agregado,
em um determinado tempo ou local, obedecendo a um plano de amostragem.
Amostra de ensaio: É a porção obtida por redução da amostra de campo, conforme a
NM 27, utilizada em ensaios de laboratório.

As amostras parciais, tomadas em diferentes pontos do lote, devem representar todas


as possíveis variações do material, tanto quanto à sua natureza, características, bem
como as condições em que é encontrado, podendo assim resultar na porção mais
representativa do material.

LOCAIS DE AMOSTRAGEM:
 Jazidas e depósitos naturais;
 Jazidas com uma face exposta (Afloramento);
 Jazidas encobertas;
 Depósitos comerciais e obras;

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Número e dimensão das amostras:

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Identificação da amostra no campo:


Cada amostra deve ser convenientemente identificada individualmente, mediante uma
etiqueta ou cartão, fixada ou presa ao recipiente utilizado. Cada etiqueta deve conter
os seguintes dados:
a) designação do material;
b) número de identificação de origem;
c) tipo de procedência;
d) massa da amostra;
e) quantidade do material que representa;
f) obra e especificações a serem cumpridas;
g) parte da obra em que será empregado;
h) local e data da amostragem;
i) responsável pela coleta.

Em caso de jazidas naturais devem ser incluídos os seguintes dados:


a) localização da jazida e nome do proprietário ou pessoa responsável pela
exploração;
b) volume aproximado;
c) espessura aproximada do terreno que encobre a jazida;
d) croqui da jazida em planta e em corte, com indicação aproximada da localização e
espessura de cada amostra;
e) vias de acesso e distâncias aproximadas de transporte.

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2. REDUÇÃO DA AMOSTRA DE CAMPO PARA ENSAIOS DE LABORATÓRIO


NORMA: NBR NM 27:2001

Objetivo:
Esta Norma MERCOSUL estabelece as condições exigíveis na redução da amostra de
agregado formada no campo, para ensaio de laboratório.

A amostra de campo que apresentar mais seca que a condição saturada superfície
seca é reduzida por meio de separador mecânico (método A).
A amostra de campo que apresentar umidade na superfície das partículas pode ser
reduzida por quarteamento, segundo o método B ou método C.

2.1. MÉTODO A (QUARTEAMENTO MECANIZADO)

Materiais/equipamentos:
- Separador mecânico para agregado graúdo, com, no mínimo, oito calhas de igual
abertura;
- Separador mecânico para agregado miúdo com doze calhas de igual abertura;
- Dois recipientes para receber as duas metades da amostra;
- Um recipiente superior com uma largura igual ou ligeiramente inferior à abertura total
do conjunto das canaletas, de tal forma que permita a introdução de amostra para o
separador com uma velocidade constante.

Execução:
01) Colocar a amostra de campo no separador, distribuindo-a uniformemente ao
longo do mesmo, numa velocidade tal que permita que o agregado passe livremente
através das calhas para os recipientes colocados abaixo destas.
02) Reintroduzir a porção da amostra em um destes recipientes no separador,
tantas vezes quantas forem necessárias, para reduzir a amostra à quantidade
adequada ao ensaio pretendido.
03) A porção de material recolhida pelo outro recipiente pode ser reservada para
ser reduzida e utilizada em outros ensaios.
04) Para usar este procedimento em agregados miúdos, exige-se que ele se
encontre mais seco que a condição de saturado com a superfície seca. Para agregado
graúdo, ou mistura de agregado graúdo e miúdo, a amostra deve estar levemente
umedecida, para evitar a perda dos materiais finos.

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2.2. MÉTODO B (QUARTEAMENTO MANUAL)

Materiais/equipamentos:
- Pá côncova e reta;
- Colher de pedreiro;
- Vassoura ou escova;
- Encerado de lona (de aproximadamente 2,0mx2,5m);
- Haste (rígida e de comprimento maior que o da lona).

Execução:
01) Colocar a amostra de campo sobre uma superfície rígida, limpa e plana, onde
não ocorra nenhuma perda de material e nem haja contaminação.
02) Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mínimo três vezes.
03) Na última virada, juntar a amostra formando um cone. Achatar cuidadosamente
o cone com a ajuda de uma pá, formando um tronco de cone, cuja base deve ter
diâmetro de quatro a oito vezes a altura do tronco de cone.
04) Dividir a massa achatada em quatro partes iguais com a pá ou a colher de
pedreiro, eliminando duas partes e agrupando as outras duas, em sentido diagonal.
Cuidados, como varrer os espaços vazios entre um nome e outro, devem ser tomados
para evitar a perda de materiais finos da amostra.
05) Com o material remanescente, repetir estas operações até reduzir a amostra à
quantidade necessária para a execução do ensaio.
06) Como alternativa, pode-se colocar a amostra sobre uma lona e homogeneizá-la
com a pá, obtendo uma pilha no formato de um cone. Achatá-lo como descrito em 3 ou
levantar alternadamente, cada ponta do encerado, puxando sobre a amostra as pontas
diagonalmente opostas, fazendo com que o material seja rolado. Achatar o cone assim
formado e dividi-lo como descrito de 1 a 5. Se a superfície do piso não permitir esta
operação, devido à sua irregularidade, introduzir uma haste rígida por baixo do
encerado de forma que passe pelo centro do cone e levantá-lo em suas extremidades,
dividindo-o em duas partes. Deixar uma dobra entre as duas partes e retirar a haste.
Introduzir novamente a haste sob o centro do cone, formando um ângulo reto com a
primeira divisão. Levantar novamente a haste e o encerado, formando assim quatro
partes iguais. Eliminar em sentido diagonal duas partes, tomando cuidado para não
haver perda de finos que ficarem no encerado. Com o material remanescente, repetir
estas operações até reduzir a amostra à quantidade necessária para execução do
ensaio.

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2.3. MÉTODO C (QUARTEAMENTO MANUAL DE PEQUENAS AMOSTRAS)


01) Colocar a amostra de campo de agregado miúdo, úmido, sobre uma superfície
rígida, limpa e plana, onde não ocorra nenhuma perda de material e nem haja
contaminação.
02) Homogeneizar a amostra revolvendo-a no mínimo três vezes.
03) Na última virada, juntar a amostra e, com auxílio da pá, depositar o material no
topo do cone que vai se formando. O cone pode ser achatado a um diâmetro e altura
aproximadamente iguais, pressionando para baixo o seu ápice com a pá.
04) Obter a quantidade de amostra desejada através de, pelo menos, cinco
tomadas, aproximadamente iguais, em locais escolhidos ao acaso e distribuídos na
superfície do cone formado.

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3. DETERMINAÇÃO DO MATERIAL FINO QUE PASSA ATRAVÉS DA


PENEIRA 75µm POR LAVAGEM (MATERIAL PULVERULENTO)
NORMA: NBR NM 46:2003

Materiais/equipamentos:
- Balança com resolução de 0,1g;
- Estufa (105ºC±5ºC);
- Recipientes de vidro com mesma dimensão e forma;
- Recipiente de tamanho suficiente para conter a amostra coberta com água e permitir
sua agitação vigorosa sem perda de amostra ou água;
- Jogo de peneiras, onde a inferior tem abertura de malha de 75µm e a superior
1,18mm;

Massa mínima de amostra de ensaio


Dimensão máxima nominal Massa mínima
(mm) g
2,36 100
4,75 500
9,5 1000
19,0 2500
37,5 ou superior 5000

Execução:
01) Secar a amostra de ensaio até massa constante à temperatura de (110±5)°C.
Determinar a massa com precisão de 0,1% mais próximo da massa da amostra de
ensaio.
02) Após a secagem e determinação da massa, colocar a amostra de ensaio no
recipiente e adicionar água até cobri-la. Agitar a amostra vigorosamente até obter a
completa separação de todas as partículas mais finas que 75 µm das maiores e para
que o material fino fique em suspensão. Imediatamente, verter a água de lavagem
contendo os sólidos suspensos e dissolvidos sobre as peneiras, dispostas de forma
que a malha de maior abertura esteja na parte de cima. Evitar ao máximo a
decantação de partículas mais graúdas da amostra.
03) Adicionar uma segunda quantidade de água à amostra no recipiente, agitar e
passar pelas peneiras como descrito anteriormente. Repetir esta operação até que a

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água da lavagem fique clara. Fazer a comparação visual de limpidez entre a água,
antes e depois da lavagem, utilizando os recipientes indicados.
04) Retornar todo o material retido nas peneiras com fluxo contínuo de água sobre
a amostra lavada. Secar o agregado lavado até a massa constante à temperatura de
(105±5)°C e determinar a massa aproximando ao 0,1% mais próximo da massa da
amostra.

Resultado:
Calcular a quantidade de material que passa pela peneira 75 µm por lavagem como
segue:

Onde,
m é a porcentagem de material mais fino que a peneira de 75 µm por lavagem;
mi é a massa de amostra seca, em gramas;
mf é a massa da amostra seca após lavagem em gramas.

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4. DETERMINAÇÃO DO TEOR DE ARGILA EM TORRÕES E MATERIAIS


FRIÁVEIS
NORMA: NBR NM 7218:2010

Execução do ensaio
Determinar a composição granulométrica de acordo com a ABNT NBR 248.
Determinar o teor de argila em torrões e materiais friáveis da amostra, considerando-
se os intervalos granulométricos e as massas mínimas de amostra apresentados na
Tabela 1.
Os intervalos granulométricos que apresentarem menos de 5% da amostra total não
precisam ser ensaiados.

Na seqüência, espalhar a massa de amostra de cada intervalo granulométrico (mi ) em


bandejas apropriadas de maneira a formar uma camada delgada. Cobrir a amostra
com água destilada, deionizada ou da de rede de abastecimento e deixá-la em
repouso durante (24±4) h.

Transcorrido esse tempo, identificar as partículas com aparência de torrões de argila


ou materiais friáveis e pressioná-las entre os dedos de modo a desfazê-las. Não usar
unhas, as paredes ou o fundo do recipiente para quebrar as partículas.

Em seguida, transferir a massa de amostra de cada intervalo granulométrico das


bandejas para as peneiras com aberturas indicadas na Tabela 2. Proceder ao
peneiramento por via úmida para remoção das partículas de argila e materiais friáveis,
agitando cuidadosamente a amostra com as mãos durante o fluxo de água de
lavagem.

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Remover cuidadosamente a amostra das peneiras correspondentes, secá-la em estufa


a temperatura de (105±5) ºC ate massa constante e, após resfriamento, determinar a
massa material retido (mf).

Resultados
Calcular o teor de argila em torrões e materiais friáveis (mt) de cada intervalo
granulométrico, indicando-o em porcentagem, segundo a expressão:

Onde
mt é o teor de argila em torrões e materiais friáveis, em porcentagem (%). O resultado
deve ser arredondado ao décimo mais próximo:
mi é a massa inicial do intervalo granulométrico em gramas (g)
mf é a massa após o peneiramento via úmida em gramas (g)

Calcular o teor parcial de argila em torrões e materiais friáveis, multiplicando a


porcentagem determinada em cada intervalo granulométrico (m t) pela porcentagem
retida individual desse intervalo granulométrico (obtida no ensaio de determinação da
composição granulométrica pela ABNT NBR NM 248) e dividida por 100.

Os intervalos granulométricos que representam menos de 5% da massa da amostra


total, apesar de não terem sido ensaiados devem ser considerados no calculo ,
arbitrando-se o mesmo valor percentual de torrões de argila e de materiais friáveis
presentes no intervalo granulométrico imediatamente superior ou inferior ao não
ensaiado.

Calcular o teor de argila em torrões e materiais friáveis presentes na amostra total,


pelo somatório dos teores parciais encontrados.

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5. DETERMINAÇÃO DA ABSORÇÃO DE ÁGUA EM AGREGADOS MIÚDOS


NORMA: NBR NM 30:2001

Definições:
Absorção: É o processo pelo qual um líquido é conduzido e tende a ocupar os poros
permeáveis de um corpo sólido poroso. Para os efeitos desta Norma, é também o
incremento de massa de um corpo sólido poroso devido à penetração de um líquido
(água) em seus poros permeáveis, em relação a sua massa em estado seco.
Agregados saturados superfície seca: São os agregados cujas partículas
absorveram o máximo de água apresentando ainda a superfície seca.

Materiais/equipamentos:
- Balança com capacidade mínima de 1 Kg e resolução de 0,01g;
- Estufa (105ºC±5ºC);
- Bandeja metálica;
- Espátula de aço;
- Circulador de ar quente regulável;
- Dessecador;
- Haste de compactação;
- Molde tronco-cônico, metálico com (40 ± 3) mm de diâmetro superior, (90 ± 3) mm de
diâmetro inferior e (75 ± 3) mm de altura e com espessura mínima de 1 mm.

Execução:
01) A amostra do agregado para ensaio deve ter aproximadamente 1 kg, tendo
sido obtida por quarteamento prévio.
02) Colocar a amostra em um recipiente e secar a uma temperatura de (105 ±
5)ºC, até que a diferença massa (m) seja menor do que 0,1 g, em duas determinações
consecutivas. A etapa de secagem é dispensável quando a dosagem do concreto for
realizada com base em agregados no estado úmido.
03) Cobrir a amostra com água e deixar descansar por 24 h. Retirar a amostra da
água e estender sobre uma superfície plana, submetendo-a à ação de uma suave
corrente de ar quente, revolvendo a amostra com freqüência para assegurar uma
secagem uniforme. Prosseguir a secagem até que os grãos de agregado miúdo não
fiquem aderidos entre si de forma marcante.
04) Colocar o agregado miúdo em um molde, sem comprimi-lo, aplicar
suavemente em sua superfície 25 golpes com a haste de compactação e levantar

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verticalmente o molde. Se houver umidade superficial, o agregado se conservará com


a forma do molde.
05) Continuar a secagem, revolvendo a amostra constantemente e realizar ensaios
a intervalos freqüentes, até que o cone de agregado miúdo desmorone ao ser retirado
o molde. Neste momento o agregado terá chegado à condição de saturado superfície
seca. Determinar a massa com aproximação de 0,1 g (ms).
06) O método descrito de 3 a 5 tem por fim assegurar que no primeiro ensaio o
agregado tenha alguma umidade superficial. Se o cone desmoronar na primeira
tentativa, a secagem já terá sido efetuada além do ponto de saturado superfície seca
do agregado. Nesse caso, devem ser adicionados alguns mililitros de água à amostra,
que deve ser intimamente misturada e permanecer em repouso durante 30 minutos
em um recipiente tampado, após o que deve ser reiniciado o processo de secagem e
ensaio.

Resultado:
Calcular a absorção de água mediante a seguinte fórmula:

onde:
A, é a absorção de água, em porcentagem;
ms é a massa ao ar da amostra na condição saturado e de superfície seca, em
gramas;
m é a massa da amostra seca em estufa, em gramas.

Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra não devem diferir em
mais de 0,05% para a porcentagem da absorção. Deve ser tomado como valor
definitivo a média dos valores correspondentes obtidos, registrado com aproximação
de 0,1%.

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6. DETERMINAÇÃO DA UMIDADE SUPERFICIAL EM AGREGADOS MIÚDOS


POR MEIO DO FRASCO CHAPMAN
NORMA: NBR NM 9775:1987

Definições:
Umidade superficial: Água aderente à superfície dos grãos e é expressa em
porcentagem da massa do agregado úmido em relação à massa do agregado seco.

Materiais/equipamentos:
- Balança com capacidade mínima de 1Kg e resolução de 0,01g;
- Frasco que deve ser de vidro e composto de dois bulbos e de um gargalo graduado.
No estrangulamento existente entre os dois bulbos deve haver um traço que
corresponde a 200 cm³ e acima dos bulbos situa-se o tubo graduado de 375 cm³ e 450
cm³, conforme Figura:

Figura: Frasco Chapman


Execução:
Colocar água no frasco até a divisão de 200cm3, deixando- o em repouso, para que a
água aderida às faces internas escorra totalmente; em seguida introduzir
cuidadosamente, as 500 g de agregado miúdo úmido no frasco, o qual deve ser
devidamente agitado para eliminação das bolhas de ar. A leitura do nível atingido pela
água no gargalo do frasco indica o volume, em cm3, ocupado pelo conjunto água-
agregado miúdo úmido, alertando- se para que as faces internas devam estar
completamente secas e sem grãos aderentes.

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Resultado:
A umidade superficial presente no agregado miúdo, expressa em porcentagem da
massa de material seco, deve ser calculada pela seguinte expressão:

Onde:
h = porcentagem de umidade;
L = leitura do frasco (volume ocupado pelo conjunto água-agregado miúdo);
= massa específica do agregado miúdo.

A umidade superficial deve ser a média de duas determinações consecutivas, feitas


com amostras do mesmo agregado miúdo, colhidas ao mesmo tempo. Os resultados
não devem diferir entre si mais do que meia unidade percentual.

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7. DETERMINAÇÃO DA MASSA UNITÁRIA E DO VOLUME DE VAZIOS


NORMA: NBR NM 45:2006

Definições:
Massa unitária: Relação entre a massa do agregado lançado no recipiente de acordo
com o estabelecido nesta Norma e o volume desse recipiente.
Volume de vazios: Espaço entre os grãos de uma massa de agregado.

Materiais/equipamentos:
- Balança com resolução de 50g;
- Haste de adensamento ( =16mm/ = 600mm);
- Recipiente (ver características em tabela 1);
- Pá ou concha;
- Estufa (105ºC±5ºC);

Execução:
A amostra tomada deve ser constituída com aproximadamente 150% da quantidade
de material requerido para encher o recipiente e deve ser manipulada de forma a
evitar sua segregação. Secar a amostra de agregado até massa constante, em uma
estufa mantida a 105ºC±5ºC.

7.1. MÉTODO A (Massa Unitária Compactada)


(Quando os agregados têm dimensão máxima característica de 37,5mm ou menor)
01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio.
02) Encher o recipiente com o material em três camadas (1/3 +1/3 +1/3),
promovendo em cada camada 25 golpes da haste de adensamento, distribuídos
uniformemente em toda a superfície do material;
03) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-
la com a borda superior do recipiente.
04) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

7.2. MÉTODO B (Massa Unitária Compactada)


(Quando os agregados têm dimensão máxima característica superior a 37,5mm e
inferior a 75mm)
01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio.

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02) Encher o recipiente com o material em três camadas (1/3 +1/3 +1/3),
promovendo em cada camada 50 quedas de altura de 50 mm, sendo 25 vezes de
cada lado;
03) Efetuar o adensamento de cada camada colocando o recipiente sobre uma
base firme, elevando alternadamente os lados opostos cerca de 50mm e deixando-os
cair, de forma que adensamento se produza pela ação dos golpes secos.
04) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-
la com a borda superior do recipiente.
05) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

7.3. MÉTODO C (Massa Unitária no Estado Solto)


(Quando os agregados estão no estado solto)
01) Determinar e registrar a massa do recipiente vazio;
02) Encher o recipiente até que o mesmo transborde, utilizando uma pá ou uma
concha, despejando o agregado de uma altura que não supere 50 mm acima da borda
superior do recipiente;
03) Nivelar a camada superficial do agregado com uma espátula, de forma a rasá-
la com a borda superior do recipiente;
04) Determinar e registrar a massa do recipiente mais seu conteúdo.

Resultado:
A massa unitária determinada pelos métodos A, B e C deve ser calculada pelas
fórmulas:
ou

= massa unitária do agregado [kg/m³];


= massa do recipiente mais o agregado [kg];
= massa do recipiente vazio [kg];
= volume do recipiente [m³].
= fator para recipiente [F=1/V]

Calcular o índice do volume de vazios nos agregados utilizando a massa


unitária e empregando a fórmula seguinte:

= índice de volume de vazios nos agregados, em porcentagem;

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= massa específica relativa do agregado seco;


= massa específica da água [kg/m³]
= massa unitária média do agregado [kg/m³]

A massa unitária do agregado solto ou compactado é a média dos resultados


individuais obtidos em pelo menos três determinações, dividindo-se a massa do
agregado pelo volume do recipiente utilizado, expressa em quilograma por metro
cúbico.

Tabela 1
Características do recipiente.
Recipiente cilíndrico
Dimensão máxima
Capacidade
característica do Diâmetro interior Altura interior
mínima
agregado (mm) (mm)
(dm³)
(mm)
d 37,5 10 220 268
37,5< d ≤ 50 15 260 282
50< d ≤ 75 30 360 294

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8. DETERMINAÇÃO DE MASSA ESPECÍFICA E MASSA ESPECÍFICA


APARENTE
NORMA: NBR NM 52:2009

Definições:
Agregado miúdo: Agregado que passa na peneira com abertura de malha 4,75mm e
fica retida quase totalmente na peneira 75 m.
Massa específica: Relação entre a massa do agregado seco e seu volume, excluindo
os poros permeáveis.
Massa específica aparente: Relação entre a massa do agregado seco e seu volume,
incluindo os poros permeáveis.
Massa específica relativa: É a relação entre a massa da unidade de volume de um
material, incluindo os poros permeáveis e impermeáveis, a uma temperatura
determinada, e a massa de um volume igual de água destilada, livre de ar, a uma
temperatura estabelecida.
Agregado saturado superfície seca: São as partículas de agregado que culminaram
suas possibilidades de absorver água e mantém a superfície seca.

Materiais/equipamentos:
- Balança com capacidade para 1kg e resolução de 0,1g;
- Frasco aferido (de 500 cm³, erro inferior a 0,15cm³ a 20ºC);
- Molde tronco-cônico;
- Haste de compactação;
- Estufa (105ºC±5ºC);
- Bandeja metálica;
- Espátula de aço;
- Circulador de ar regulável;
- Dessecador.

Preparação da amostra para ensaio:


01) A amostra para ensaio deve ser constituída por 1kg de agregado miúdo, obtido
por quarteamento.
02) Colocar a amostra em um recipiente, cobri-la com água e deixar em repouso
por 24h.
03) Retirar a amostra de água e estendê-la sobre uma superfície plana, revolvendo
a amostra com freqüência para assegurar a secagem uniforme. Prosseguir a secagem
até que os grãos de agregado miúdo não fiquem fortemente aderidos entre si.

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04) Colocar o agregado miúdo no molde, sem comprimi-lo. Compactar sua


superfície suavemente com 25 golpes de haste de socamento e então levantar
verticalmente o molde.
05) Se ainda houver umidade superficial (se o agregado conservar a forma do
molde), continuar a secagem, revolvendo a amostra constantemente e fazer ensaios a
intervalos freqüentes de tempo até que o cone agregado miúdo desmorone ao retirar o
molde.

Execução:
01) Pesar (500 01)g de amostra ( ), colocar no frasco e registrar a massa do
conjunto ( );
02) Encher o frasco com água até próxima da marca de 500ml, movê-lo de forma a
eliminar as bolhas de ar e colocá-lo em banho mantido a temperatura constante de
(21 2)ºC;
03) Após 1h, aproximadamente, completar com água até a marca de 500cm³ e
determinar a massa total com precisão de 0,1g ( );
04) Retirar o agregado miúdo do frasco e secá-lo a (105 5)ºC até massa constante
( 0,1g). Esfriar à temperatura ambiente em dessecador e pesar com precisão de 0,1g
( );

Resultado:
A massa específica aparente do agregado seco é calculada pela seguinte fórmula:

= massa específica aparente do agregado seco [g/cm³];


= massa da amostra seca em estufa [g];
= volume do frasco [cm³];
= volume de água adicionada ao frasco [cm³].

= massa do conjunto (frasco+agregado) [g]


= massa total (frasco+agregado+água) [g]
= massa específica da água [g/cm³].

A massa específica do agregado saturado se dá pela fórmula:

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= massa específica do agregado saturado superfície seca [g/cm³];


= massa da amostra na condição saturada superfície seca [g];
= volume do frasco [cm³];
= volume de água adicionada ao frasco [cm³].

A partir da fórmula abaixo, obtemos o valor da massa específica do agregado:

= massa específica do agregado [g/cm³];


= massa da amostra seca em estufa [g];
= volume do frasco [cm³];
= volume de água adicionada ao frasco [cm³].
= massa da amostra na condição saturada superfície seca [g];
= massa específica da água [g/cm³].

Obs.: Os resultados dos ensaios realizados com a mesma amostra não devem deferir
em mais de 0,02 g/cm³ para a massa específica. Tomar como valor definitivo a média
dos valores correspondentes obtidos e registrar com aproximação de 0,01 g/cm³

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9. DETERMINAÇÃO DE IMPUREZAS ORGÂNICAS


NORMA: NBR NM 49

Materiais/equipamentos:
- Balança com resolução de 0,01 g e capacidade mínima de 1 kg;
- Béquer de aproximadamente 1 000 cm³;
- Provetas graduadas de 10 cm3 e 100 cm³;
- Frascos erlenmeyer com rolha esmerilhada, de aproximadamente 250 cm³;
- Funil de haste longa;
- Papel filtro qualitativo;
- Dois tubos Nessler ou tubos de ensaio, de mesma capacidade.

Preparação dos reagentes para ensaio:


1) As soluções devem ser preparadas com antecedência e em quantidade que permita a
realização de vários ensaios
2) A solução de hidróxido de sódio a 3%, deve obedecer a seguinte proporção:
Hidróxido de sódio....................... 30 g
Água............................................. 970 g
3) A solução de ácido tânico a 2%, deve obedecer a seguinte proporção:
Ácido tânico.................................. 2g
Álcool............................................ 10 cm³
Água............................................. 90 cm³

Execução:
01) Num frasco de erlenmeyer, adiciona-se (200 5)g de agregado miúdo e 100 cm³
de solução de hidróxido de sódio, agite vigorosamente e deixe em repouso por (24 2)h
em ambiente escuro.
02) Simultaneamente a este processo deve se preparar uma solução padrão
comparativa, adicionado 3 cm³ da solução de ácido tânico a 97cm³ da solução de
hidróxido de sódio, agitar e deixar repousar por (24 2)h em ambiente escuro. Depois do
período de repouso, transferir a solução para um tubo de ensaio Nessler.
03) Terminado o período de repouso, filtra-se a solução que esteve em contato com o
agregado miúdo e a solução padrão, recolhendo-a cada uma em um tubo de ensaio
Nessler (separados).

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Resultado:
Comparar a solução obtida com a solução padrão, verificando se a cor é mais escura,
mais clara ou de coloração igual à coloração da solução padrão.
O resultado deve incluir a identificação da amostra e a avaliação do índice de cor.

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10. DETERMINAÇÃO DA COMPOSIÇÃO GRANULOMÉTRICA


NORMA: ABNT NBR NM 248: 2003

Definições:
Dimensão máxima característica: Grandeza associada à distribuição granulométrica
do agregado, correspondente à abertura nominal, em milímetros, da malha da peneira
da série normal ou intermediária, na qual o agregado apresenta uma porcentagem
retida acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% em massa.
Módulo de finura: Soma das porcentagens retidas acumuladas em massa de um
agregado, nas peneiras da série normal, dividida por 100.

Materiais/equipamentos:
- Série de Peneiras denominadas normal: 4,75mm - 2,36mm - 1,18mm - 600μm -
300μm - 150μm e fundo;
- Balança com capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
- 2 kg de agregado miúdo seco em estufa até a constância de massa;
- Agitador de Peneiras.

Execução:
01) Formar a amostra para o ensaio seguindo a tabela abaixo:
Agregado miúdo Agregado graúdo
D. Max.= 9,5 mm 1 kg
D. Max.= 12,5 mm 2 kg
Mín.: 0,3 kg
D. Max.= 19 mm 5 kg
Ensaio: 0,5 Kg
D. Max.= 25 mm 10 kg
D. Max.= 37,5 mm 15 kg

02) Montar a série de peneiras e fundo apropriadamente;


03) Colocar a amostra ou porções da mesma sobre a peneira superior do conjunto,
de modo a evitar a formação de uma camada espessa de material sobre qualquer uma
das peneiras. A tabela abaixo mostra a máxima quantidade de material sobre as telas
das peneiras:

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Agregado miúdo Agregado graúdo


D. Max.= 4,75 mm 0,33 kg
D. Max.= 9,5 mm 0,67 kg
0,2 kg D. Max.= 12,5 mm 0,89 kg
D. Max.= 19 mm 1,4 kg
D. Max.= 25 mm 1,8 kg
D. Max.= 37,5 mm 2,7 kg

04) A amostra é peneirada através da série normal de peneiras, de modo que seus
grãos sejam separados e classificados em diferentes tamanhos;
05) O peneiramento deve ser contínuo, de forma que após 1 minuto de
peneiramento contínuo, através de qualquer peneira não passe mais que 1% do peso
total da amostra (agitador de peneiras por ± 5 min e peneiramento manual até que não
passe quantidade significativa de material);
06) O material retido em cada peneira e fundo é separado e pesado;
07) O somatório de todas as massas não deve diferir mais de 0,3% da massa
inicial da amostra;
08) Se um agregado fino apresentar entre 5% a 15% de material mais grosso do
que 4,8mm, ele será ainda considerado globalmente como “agregado miúdo”;
09) Se um agregado grosso apresentar até 15% de material passando pela peneira
4,8mm, será ele, ainda, globalmente considerado como “agregado graúdo”;
10) Porém, se mais do que 15% de um agregado fino for mais grosso do que
4,8mm, ou mais do que 15% de um agregado grosso passar na peneira 4,8mm, serão
consignadas separadamente as composições granulométricas das partes do material
acima e abaixo da referida peneira.

Resultado:
PENEIRA
Peso retido (g) % Retida % Retida acumulada
#
% Ret. Acumulada
4,75 mm Peso retido na # 4,8 mm
Anterior + % Retida
% Ret. Acumulada
2,36 mm Peso retido na # 2,4 mm
Anterior + % Retida
% Ret. Acumulada
1,18 mm Peso retido na # 1,2 mm
Anterior + % Retida

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% Ret. Acumulada
0,6 mm Peso retido na # 0,6 mm
Anterior + % Retida
% Ret. Acumulada
0,3 mm Peso retido na # 0,3 mm
Anterior + % Retida
% Ret. Acumulada
0,15 mm Peso retido na # 0,15 mm
Anterior + % Retida
% Ret. Acumulada
Fundo Peso retido no fundo
Anterior + % Retida

Total 100%

Dimensão Máxima Característica (DMC):


Corresponde à abertura da malha da peneira (em mm) na qual o agregado apresenta
uma porcentagem retira acumulada igual ou imediatamente inferior a 5% da massa.

Módulo de Finura (M.F.):


O Módulo de Finura é calculado pela fórmula:

Classificação do agregado:

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11. DETERMINAÇÃO DO INCHAMENTO


NORMA: ABNT NBR 6467:2006

Materiais/equipamentos:
- Balança com capacidade mínima de 1kg e sensibilidade de 1g;
- 4 kg de agregado miúdo seco e estufa até a constância de massa;
- Forma retangular pequena;
- Proveta graduada
- Régua;
- Concha ou pá;

Execução:
01) A amostra do agregado deverá estar na temperatura ambiente;
02) O volume do Agregado a ser ensaiado deverá ser no mínimo o dobro do
volume da forma pequena (4kg);
03) Colocar a amostra dentro da forma grande;
04) Adicionar água seguindo a tabela abaixo para obter o teor de umidade
requerido;
Teor de
0 0,5 01 02 03 04 05 07 09 12
Umidade (%)
Quantidade
0 20 20 40 40 40 40 80 80 120
de água (g)

05) Homogeneizar a amostra com esta quantidade de água adicionada, com isso
asseguramos uma umidade constante em toda a amostra;
06) Determinar a massa unitária tendo como caixa a forma pequena ( =
Massa/Volume);
07) Despejar o conteúdo da forma pequena na forma grande;
08) Homogeneizar a amostra;
09) Volte ao item 04, adicione uma nova quantidade de água, determine
novamente a massa unitária,assim sucessivamente para os diversos teores de
umidade. (0,5;01;02;...;07;09 e 12%)

Resultado:
Para os diversos teores de umidade (10 teores), calcular os respectivos coeficientes
de inchamento pela seguinte fórmula:

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Onde:
= massa específica aparente do agregado seco.
= massa específica aparente do agregado no estado úmido
= teor de umidade do agregado, em %

Elaborar um gráfico tendo como eixo das abscissas (eixo x) os teores de umidade, e
como eixo das ordenadas (eixo y) os coeficientes de inchamento.
Traçar a curva de inchamento, de modo a obter uma representação aproximada do
fenômeno.
A umidade crítica (ponto C) é a umidade indicada pela intersecção da reta vertical com
o eixo x, sendo este teor de umidade o responsável pelo maior inchamento do
agregado.
O Coeficiente de Inchamento Médio (CIM) é a média aritmética dos pontos A e B.

Onde:
A= coeficiente máximo
B= coeficiente para a umidade crítica.

Determinação da umidade crítica:

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1) Traçar tangente à curva e paralela ao eixo x:


2) 2) Traçar corda que une a origem ao ponto
de tangência:

3) Traçar nova tangente a curva e paralela a corda: 4) Traçar vertical que passa
pela inter-
seção entre as duas retas
tangentes:

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