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História de Belo Horizonte

Todo local começa a surgir com a pretensão de ser ocupado. Hoje aos nossos olhos, com o
passar dos anos, a ocupação e o próprio crescimento das cidades parece um processo muito
óbvio. Porém, esquecemos de quantos anseios foram colocados, quantos sonhos foram
deixados de lado, quantos medos e adversidades foram enfrentados para que esse progresso
fosse alcançado.

As cidades são construídas dessa maneira. Por atores que se deixaram envolver pelas
conjecturas do momento histórico e que, através da ação do tempo, foram sofrendo suas
modificações. As cidades nada mais são que locais permeados de ações e sucessivos efeitos de
sujeitos históricos.

Tudo começou com o bandeirante João Leite da Silva Ortiz, que atingiu a Serra de Congonhas
na intenção de encontrar ouro. Não encontrando ouro, em 1701, estabeleceu-se no lugar que
ficou chamado por Arraial do Curral del Rei.

Curral del Rei, depois Cidade de Minas (1897), até tornar-se Belo Horizonte (1901), seria a
capital mineira marcada pela ideia de modernidade e racionalidade que chegava com a
República. E, em mais de um século de história, a cidade é hoje uma das principais cidades do
país.

A cidade de Belo Horizonte foi escolhida em 1893, no século XIX, para ser a capital do Estado
de Minas Gerais, depois da constatação de que Ouro Preto (antiga capital) não possuía
estrutura para expansão urbana. Por essas razões, Belo Horizonte foi totalmente planejada.

Em 1894, foi iniciada a construção de Belo Horizonte, com ênfase moderna nos seus aspectos
construtivos. O planejamento urbano ficou a cargo do chefe da Comissão de Construção da
Nova Capital Aarão Reis. Foram privilegiados os aspectos construtivos na zona urbana da
cidade através do planejamento de espaços, ruas e avenidas que demonstrassem caráter
elitista, e que permitissem comportar o crescimento que era esperado para a nova capital de
Minas Gerais.

No início, os primeiros anos como capital foram relativamente tranquilos. Porém, o tempo
passou, as esferas administrativas se consolidaram e a cidade passou a enfrentar problemas,
comuns de qualquer cidade, principalmente das capitais. Problemas ocasionados
principalmente pela ausência de estruturas, sejam de lazer, ou amplas, como saúde, educação,
transporte público ou pela incapacidade das estruturas existentes atenderem a toda
população. Esses efeitos ocorreram principalmente nas décadas de 30 e 40 do século XX.

A década de 40 do século XX foi marcada pelo avanço da industrialização. Nessa época foi
inaugurado o Complexo Arquitetônico da Pampulha (composto pela Igreja de São Francisco de
Assis, o Iate Tênis Clube, a Casa do Baile e o Cassino, hoje Museu de Arte da Pampulha,
circundando a Lagoa da Pampulha), encomendado pelo prefeito em exercício Juscelino
Kubitschek, com projeto assinado por Oscar Niemeyer. Em 1950, a população da capital de
Minas dobra, passando para 700 mil habitantes, ocasionado pelo êxodo rural no Estado de
Minas.

Nos anos 60, a capital passou por um processo acelerado de crescimento urbano que avançou
sobre suas ruas, quando foram demolidas casas e áreas verdes e ergueram-se altos prédios,
em um processo de descaracterização da "Cidade-Jardim ".

Os anos 70 foram marcados pela verticalização da cidade, que comprometeu boa parte das
suas características originais e do seu patrimônio arquitetônico. Nessa época, contava com
algo em torno de um milhão de habitantes.

A partir dos anos 80, a desaceleração econômica prevaleceu e os movimentos sociais urbanos
organizavam-se para reivindicar direitos urbanos básicos, como transporte público,
atendimento médico e acesso à educação. A partir do início da década de 90, Belo Horizonte é
marcada por programas e projetos de melhorias urbanas e sociais, com a efetiva participação
popular, fazendo Belo Horizonte chegar ao século XXI com quase 2,4 milhões de habitantes
distribuídos em seus 331 km².

Fonte: Portal Online da Prefeitura de Belo Horizonte.

Portal Online do IBGE.

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