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DESCARTES

ATIVIDADE COGNITIVA
DÚVIDA
Descartes, na noite de 10 para 11 de Novembro de 1619,
teve sonhos que o levaram a duvidar do conhecimento
e mesmo da existência da realidade.

Para ultrapassar essa dúvida, inspirando-se na


matemática e utilizando a dúvida como método,
escreveu o Discurso do Método.

O objectivo de encontrar um fundamento capaz de


resistir aos argumentos do ceticismo.
DÚVIDA
• A experiência mostra que:

Os sentidos Há homens Temos dificuldade Por nos


podem errar que erram em identificar enganarmos
algumas vezes, mesmo ao a verdade, pois às vezes, não
logo, não são raciocinar. às vezes não sabemos se existe
dignos de distinguimos alguma certeza.
crédito total. sonho e realidade.

Conclusão provisória: todo o conhecimento


pode ser falso, por isso, vou duvidar de tudo.
(dúvida hiperbólica – global).
CARACTERÍSTICAS DA DÚVIDA

A dúvida põe em causa, de forma universal, tudo o que


SISTEMÁTICA
possa gerar a mínima incerteza.
Assume como falso tudo o que seja duvidoso. Nenhuma
HIPERBÓLICA
realidade é imune à dúvida, nem o próprio sujeito.

METÓDICA É um método utilizado para vencer o ceticismo.

Depois de cumprido o papel da dúvida, ela visa


PROVISÓRIA
ultrapassar o ceticismo e chegar à primeira certeza.
O GÉNIO MALIGNO
“Vou supor por consequência, não o Deus
sumamente bom, fonte da verdade, mas um certo
génio maligno, ao mesmo tempo extremamente
poderoso e astuto que pusesse toda a sua
indústria em me enganar. Vou acreditar que o céu,
o ar, a terra, as cores, as figuras, os sons e todas
as coisas exteriores não são mais do que ilusões
de sonhos com que ele arma ciladas à minha
credulidade.”

Descartes, Meditações metafísicas


CÓGITO
• Ao usar a dúvida metódica, Descartes descobre que ao
duvidar está a pensar.

• E afirma: «Se duvido, penso, e se penso, existo.»

• Eu penso, logo existo (cogito) é a primeira e irrefutável


certeza.

• A certeza ou a indubitabilidade do cogito resulta


do modo como a apreendemos: impõe-se-nos como
evidente. E é evidente, porque o percebemos com
clareza e distintamente.
IDEIAS INATAS
Descartes generalizou a
descoberta: tudo o que é
concebido muito claramente e
muito distintamente tem a
mesma evidência que o cogito,
logo, é verdadeiro.

Só as ideias inatas são claras e


distintas.
DEUS
• Como o homem é um ser imperfeito, que não
pode por si só criar a ideia de perfeição,

• Esta ideia é inata e só pode ter origem no


próprio Deus que a colocou na nossa mente.

• Esta ideia ao fazer-nos conceber Deus como um


ser perfeito, incapaz de nos enganar, passa a ser
a garantia de que o conhecimento construído
pela razão é verdadeiro.

MUNDO
Uma vez que Deus é bom e perfeito, não nos engana.

O mundo material existe e é de natureza diferente do


pensamento e de Deus.
As coisas materiais ocupam espaço, possuindo características
quantificáveis.
Se não partirmos das informações sensoriais (por vezes
enganadoras) e respeitarmos o critério de evidência podemos
conhecer.

Deus é a garantia de que é verdadeiro o conhecimento apreendido


com evidência, isto é, com clareza e distinção, ou deduzido dele.
RACIONALISMO
Uma vez que os sentidos nos enganam (pelo menos,
às vezes):

O conhecimento não pode ter a sua fonte na informação


sensorial

A fonte do conhecimento é a razão, são as ideias inatas.

A existência da alma e de Deus é mais certa do que a


existência de coisas exteriores
FIM

NORBERTO FARIA

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