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Tancredo da Silva Pinto - pequena biografia do

incentivador da Umbanda Omoloko (Omolocô)


Tata Tancredo da Silva Pinto: pequena biografia do
incentivador da Umbanda Omolokô

por Mário Filho·


Esse texto foi escrito em 2010 e reescrito agora, tendo
por base os Estatutos da "Sociedade Instituto Sanatório
Espiritual do Brasil" e de várias outras fontes.

Tancredo da Silva Pinto, escritor, compositor, sambista e


umbandista brasileiro, nasceu em 10 de agosto de 1905
no município de Cantagalo, então Estado da Guanabara.
Ainda na adolescência veio para o município do Rio de
Janeiro.

Tancredo da Silva Pinto, Tata Ti Inkice, é considerado o


organizador do culto Omoloko no Brasil e o responsável
direto pela reunião dos adeptos dos cultos afro-
brasileiros em Federações Umbandistas para defender o
seu direito de ter e cultuar uma religião afro-brasileira.
Seu nome religioso (Sunna[1]) era Fọ̀ lkétu Olóròfẹ̀ . Foi
chamado, muitas vezes, de o “Papa Negro da Umbanda”.

Tancredo, apesar de ter ficado famoso pelo grau


sacerdotal “Tata” (pai), utilizado nos Candomblés Angola
para designar o Sacerdote, Tancredo da Silva Pinto, na
hierarquia da Umbanda Omolokô, era tratado por
Babalaô (do Yorùbá, Babaláwo).

Era filho de Belmiro da Silva Pinto e de Edwirges de


Miranda Pinto, sendo seus avós maternos Manoel Luis de
Miranda e Henriqueta Miranda. Sua árvore genealógica
remonta a grandes estudiosos e praticantes de Religiões
Tradicionais Africanas.

Seu avô foi fundador dos primeiros blocos carnavalescos,


tendo fundado os blocos "Avança" e "Treme-Terra", bem
como o "Cordão Místico", uma mistura de samba de
caboclo com o ritual africano, em que sua tia, Olga, saía
vestida de "Rainha Jinga".
Seu pai, Belmiro, era considerado o melhor tocador de
violão de sua época e tinha em seu histórico o título de
excelente ferrador, bem como de exímio tratador de
animais, sendo ainda criador de pássaros de diversas
qualidades.

Em 1950, devido a grandes perseguições aos


umbandistas nos mais diversos Estados da União, assim
como no antigo Distrito Federal, fundou a Federação
Espírita de Umbanda, com a qual rompe em 1952. Viajou
por quase todo o país, fundando filiais da Federação com
o objetivo de organizar e dar personalidade à Umbanda.
Fundou as Federações dos seguintes Estados: Rio de
Janeiro, São Paulo, Rio Grande do Sul, Minas Gerais,
Pernambuco e outros. Criou, para melhor mostrar seu
culto de Umbanda ao povo em geral, as seguintes Festas
Religiosas: Festa de Yemanjá, no Rio de Janeiro; Yaloxá,
na Pampulha - Belo Horizonte; Cruzambê, em Betim -
Minas Gerais; Festa de Preto Velho, em Inhoaíba - Rio de
Janeiro; Festa de Xangô, em Pernambuco; "Você sabe o
que é Umbanda" no Estádio do Maracanã, RJ, e
finalmente a Festa da Fusão, realizada no centro da
Ponte Rio-Niterói.

Segundo Tancredo da Silva Pinto, a primeira sociedade


umbandista criada para defender os direitos dos
umbandistas no Rio de Janeiro e no Brasil foi a "União",
fundada em 1941. Segundo ele, naquela época, devido às
perseguições policiais, os cultos eram acompanhados por
bandolim, cavaquinho e órgão, porque não era permitido
tocar tambores (atabaques). No Rio de Janeiro, os cultos
afro-brasileiros foram professados dessa maneira até
1950.

O motivo que levou Tancredo a criar federações


umbandistas para defender os direitos dos cultos afro-
brasileiros desenrolou-se na casa de santo de sua tia,
Olga da Mata, a qual foi narrada por ele:
Esse episódio passou-se na casa da minha tia Olga da
Mata. Lá arriou Xangô, no terreiro São Manuel da Luz, na
Avenida Nilo Peçanha, 2.153, em Duque de Caxias. Xangô
falou: – Você deve fundar uma sociedade para proteger
os umbandistas, a exemplo da que você fundou para os
sambistas, pois eu irei auxiliá-lo nesta tarefa.
Imediatamente tomei a iniciativa de fazer a
Confederação Umbandista do Brasil, sem dinheiro e sem
coisa alguma. Tive uma inspiração e compus o samba
General da banda, gravado por Blecaute, que me deu
algum dinheiro para dar os primeiros passos em favor da
Confederação Umbandista do Brasil.[2]

Depois desse fato, Tancredo fundou a Confederação


Umbandista do Brasil, usando parte do pagamento
recebido pelo direito autoral do samba "General da
Banda" (fazendo uma alusão ao Orixá Ogun), gravado por
Bleckaute, e ajudou a fundar, em outros Estados, novas
federações umbandistas, a fim de defender os direitos
dos cultos afro-brasileiros. Ele afirmava que a
Confederação Umbandista do Brasil, fundada em 1952,
foi criada “com a finalidade de restabelecer a tradição
antiga, em toda sua força e pureza primitiva”[3], ou seja,
a origem africana da Umbanda.

Foi significativa a posição de Tancredo da Silva Pinto


contra as propostas de desafricanização da Umbanda,
divulgadas nas palestras do 1º Congresso Brasileiro do
Espiritismo de Umbanda (1941). Tancredo dizia que
achava graça quando ouvia os “líderes da Umbanda
Branca” dizendo que a religião sofre influência das
tradições africanas. Para ele “a Umbanda é africana (gn),
é um patrimônio da raça negra” (FREITAS e PINTO, 1957,
p. 58). Esse viés africanista da Umbanda pode ser visto
em uma de suas afirmações: “Terreiro de Umbanda que
não usar tambores e outros instrumentos rituais, que
não cantar pontos em linguagem africana, que não
oferecer sacrifício de preceito e nem preparar comida de
santo, pode ser tudo, menos Terreiro de Umbanda.”[4]
Para afirmar a característica africana da Umbanda e dar
uma formação intelectual aos praticantes do Omolokô,
organiza no Rio de Janeiro o primeiro curso de língua e
cultura Iorubá.

A pesquisadora Stefani Capone nos fala sobre essa


dicotomia Umbanda-Branca e Umbanda-Africana e o
papel de Tata Tancredo:

A partir dos anos 1950, várias outras federaçôes de


Umbanda foram criadas no Rio de Janeiro. Três delas
reuniam os centros que se reconheciam na umbanda
branca como o de Zélio de Moraes ou a Tenda Mirim de
Benjamim Figueiredo. Esses centros não aceitavam o uso
de atabaques, os sacrifícios de animais, nem qualquer
mistura com o Candomblé. As três outras federações
defendiam uma forma de Umbanda de orientação
africana. A mais importante delas foi a Federação Espírita
Umbandista, fundada em 1952 por Tancredo da Silva
Pinto, que logo se tornou o porta voz dos praticantes da
umbanda "africana", alcançando rapidamente grande
popularidade. Ele defendia uma umbanda "popular" que
reivindacasse suas origens nas tradições africanas.
Tratava-se, pois, do primeiro movimento de volta às
origens no meio dos cultos do Rio de Janeiro.

Tancredo da Silva Pinto publicou muitos livros em que


apresentou a Umbanda como parte da herança africana.
A Umbanda, portanto, começou a se organizar em torno
de dois pólos opostos: um formado pela umbanda
"branca", influenciada pelo kardecisrno e pelo desejo de
criar uma imagem socialmente respeitável e, logo, não-
africana; e o outro, pela Umbanda “africana” que
reinvindicava seus laços com os cultos afro-brasileiros,
tendo os terreiros de Umbanda se distribuído ao longo
desse continuum, que ia de uma forma branca a uma
forma africana.[5]

Tata Tancredo sempre foi muito polêmico, como


podemos ver nessa afirmação:
Hoje, uma vasta onda de mistificação invadiu a
Umbanda. Criaram, os intrusos, uma Umbanda branca,
uma Umbanda mista, modificaram o ritual sagrado, e,
pior, sob o ponto de vista espiritual, introduziram o
comercialismo na seita. Escritores improvisados
publicaram livros cheios de erros e fantasias, servindo a
Umbanda de capa a atividades inteiramente comerciais.
Para completar a mistificação, pessoas que nada
conhecem dos mistérios de Umbanda, que nunca foram
Sacerdotes, que nunca fizeram ‘cabeça’, abriram centros
e tendas, montaram consultórios luxuosos, onde os
clientes são atendidos mediante fichas numeradas.[6]

Tancredo instituiu as festividades à Iemanjá no Rio de


Janeiro - RJ, à exemplo das festividades que aconteciam
em Salvador – BA. As primeiras aconteceram na mesma
data que na Bahia, 02 de fevereiro, mas com o tempo
elas passaram a ser feitas no dia 31 de dezembro.
Foi um dos fundadores da União de Escolas de Samba em
1935 que organizaria os desfiles sob o patrocínio de
Pedro Ernesto. Em 1936 se torna sócio-fundador da
União Brasileira de Compositores. Torna-se, também,
sócio da Ordem dos Músicos do Brasil. Criou o samba de
breque com Moreira da Silva e ideou a lei que instituiu o
enredo exclusivamente nacional. Ator de cinema na
antiga Cinédia e jornalista fundou a revista “Mironga”.
Gravou muitos pontos cantados de Umbanda, que
ficaram famosos nacionalmente. Além do célebre samba
“General da Banda”, compôs vários outros, inclusive em
parceria com Zé Kéti.
Tata Tancredo tinha uma coluna semanal no jornal “O
Dia”, de maior circulação no Rio de Janeiro, na qual
desenvolvia um trabalho de divulgação da Umbanda,
recomendando que sua prática deveria sempre estar
atrelada às origens africanas. Escreveu durante 25 anos
essa coluna.
A pesquisadora Diana Brown, que pesquisou a Umbanda
no Rio de Janeiro, surpreendeu-se com a fama e
popularidade que possuía Tancredo nas classes mais
baixas das populações cariocas. Muitas pessoas, segundo
a autora, mencionavam o nome de Tata Tancredo e
muitos Terreiros de Umbanda que existiam nas periferias
cariocas eram filiados à Confederação de Umbanda do
Brasil. Segundo a pesquisadora, ainda, Tancredo
mantinha alianças com outros líderes umbandistas, “com
os quais articulava uma posição africanista para a
Umbanda, demonstrando forte antagonismo para com os
líderes da chamada Umbanda Branca.”[7]

Sempre contou com o apoio e compreensão das


autoridades civis, militares e eclesiásticas nos seus
empreendimentos. Dentre os seus contatos e estreitos
relacionamentos políticos destacam-se o Governador
Chagas Freitas, Negrão de Lima, Deputado Átila Nunes, o
Chefe da Casa Civil Golbery do Couto e Silva, Deputado
Marcelo Medeiros e Deputado Miro Teixeira, etc.
Mantinha proximidade muito grande com Mãe Senhora
(Ọ̀ ṣun Mìwà), terceira Ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá (a
segunda Casa de Candomblé Ketu do Brasil).

O antropólogo Marco Aurélio Luz nos conta que Tata


Tancredo prestou homenagem a Mãe Senhora, em uma
festividade no Maracanã, em 1965, escolhendo-a como a
“Mãe Preta do Brasil”, erigindo-lhe estátua numa Praça
em Campo Grande (Rio de Janeiro). Nessa praça,
segundo o autor, Tata Tancredo “realizava o encontro de
centenas de terreiros em homenagem aos ancestrais,
conhecidos na Umbanda como Preto Velho”.[8]

Em vida ainda recebeu diversas comendas e homenagens


pelos serviços prestados às religiões afro-brasileiras.
Especialmente como fiel defensor da prática africanista
no culto de Umbanda: o Omolokô. Recebeu em Sessão
solene da Câmara Estadual do antigo Estado da
Guanabara, o título de Cidadão Carioca, pelos serviços
prestados em favor do povo. Teve publicada mais de 30
obras literárias, divulgando a Umbanda e o Omolokô. Foi
fundador e colaborador de diversos jornais e revistas
destinadas a esclarecer e orientar os adeptos da religião
afro-brasileira. O humilde e analfabeto estafeta dos
correios “escreveu” diversas obras de cunho umbandista
e manteve colunas diárias, algo impensável!

Protagonizou uma série de debates com outro intelectual


umbandista W.W. da Matta e Silva (o fundador da
Umbanda Esotérica). Para Tancredo a Umbanda tem
raízes na África, que teria se desenvolvido, à exemplo do
Candomblé, nos quilombos e nas senzalas. Matta e Silva
não concordava com isso e preferia o
embranquecimento da Umbanda, tirando, em grande
parte, a influência da África na Umbanda. A Umbanda
Esotérica (ou Iniciática) propugna as mesmas conclusões
do 1º Congresso Brasileiro do Espiritismo de Umbanda,
que a Umbanda é um fenômeno que não possui ligações
com a África, mas sim com Lemúria, Atlântida, Índia, ou
seja, com qualquer coisa menos com a África. Percebe-
se, assim, o grande preconceito que há contra a
influência africana na Umbanda. Uma análise melhor
sobre isso pode ser visto em nosso texto no endereço:
http://sites.google.com/site/caboclopanteranegra/textos
-doutrinarios-e-informativos/importancia-do-estudo-da-
mitologia-africana.

O que nos chama a atenção é que nas Umbandas que são


refratárias às influências africanas os Sacerdotes se
utilizam de nomenclaturas africanas para designarem
seus cargos e postos, tais como Babalaô, Babalorixá,
Babá, Cambono, Ogã etc.

Tata Tancredo faleceu em 01 de Setembro de 1979,


sendo sepultado no dia seguinte às 15:00hs, na quadra
70, carneiro 3810 do Cemitério de São Francisco Xavier, à
Rua Pereira de Araújo, nº. 44, Rio de Janeiro. As
despedidas ao seu corpo foram realizadas no Ilê de
Umbanda Babá Oxalufan, situado a Avenida dos Italianos
nº.1120, em Coelho Neto, onde seu corpo foi velado. No
livro de registro de filhos de santo estão registrados mais
de 3.566 filhos de santos que foram iniciados por Tata
Tancredo.
O Sirum (Axexê), cerimônia de encomenda do corpo de
pessoa falecida, foi realizado por José Catarino da Costa,
conhecido como Zé Crioulo, filho de Xapanam[9] e
confirmado como Ogã no Terreiro de Tio Paulino da
Mata e Tia Olga da Mata.

Uma das curiosidades de Tancredo, segundo o


pesquisador, escritor, músico e compositor Nei Lopes é
que ele teria sido Pai de Santo do “bispo” Edir Macedo,
da Igreja Universal do Reino de Deus.[10] Nei Lopes
publica um artigo, que aborda a biografia de Tata
Tancredo e seu envolvimento com o samba. Em seguido
eu o coloco na íntegra:

TANCREDO, O GENERAL DA BANDA


No carnaval de 1950, um samba diferente ganhava as
ruas, na voz do saudoso cantor Blecaute. Constava quase
que só de um refrão (Chegou general da banda ê ê!
Chegou general da banda ê á!) tirado talvez de uma
cantiga de umbanda ou do repertório das batucadas que
animavam o antigo jogo da pernada carioca, primo-irmão
da capoeira. Levava as assinaturas de Sátiro de Melo,
Tancredo Silva e José Alcides. E fez tanto sucesso que seu
intérprete passou, a partir daí, a apresentar-se, nos
shows carnavalescos, envergando uma vistosa fantasia
de talhe militar. Mas “general” mesmo foi o co-autor
Tancredo. General do samba, da umbanda e das causas
populares.

Arte e Música
Tancredo da Silva Pinto nasceu em Cantagalo, RJ, em
1904. “Tata de inquice”, ou seja, pai-de-santo, da linha
do Congo e do rito omolocô, em 1949 fundou a
Confederação Umbandista do Brasil e durante sua
existência publicou vários livros sobre a doutrina
umbandista. Em música, Tancredo é também co-autor,
com Davi Silva e Ribeiro Cunha, de outro clássico: o
samba Jogo Proibido, gravado em 1937 por Moreira da
Silva e tido, quase unanimemente, como o primeiro
samba de breque. Dez anos depois, destacando-se como
líder, ajudava a fundar a Federação Brasileira das Escolas
de Samba.

Em janeiro de 1950, o jornal Quilombo, dirigido por


Abdias do Nascimento e voltado para a comunidade
negra, publicava matéria intitulada ‘Os compositores
populares defendem os seus interesses’. E nela dava
conta da fundação da ‘Escola de Samba Arte e Música’,
por iniciativa de Tancredo e seu parceiro José Alcides.

A ‘Arte e Música’, segundo seus fundadores, era uma


sociedade de âmbito nacional e suas realizações
deveriam repercutir até no estrangeiro. Seu objetivo era
divulgar a música popular tipicamente brasileira. E, para
tanto, ela pretendia criar departamentos autônomos e
especializados para cada setor, nomeando
representantes estaduais, e estabelecendo núcleos de
‘arte e música’ pelas principais cidades brasileiras, com
vistas a intenso intercâmbio de experiências artísticas.

A escola de Tancredo pretendia também divulgar, a


partir do Rio e através do rádio, do disco, do teatro
musicado e de partituras impressas, as criações de
autores desconhecidos do interior do Brasil. E se
dispunha a, mediante contrato, colaborar com as firmas
produtoras de ‘películas cinematográficas, fornecendo-
lhes artistas, extras e compondo música popular’ –
conforme declaração de Tancredo Silva.

Firme em seus objetivos, a instituição pretendia tão


somente atuar no mercado de trabalho e não fazer
benemerência: ‘É preciso não esquecer que constituímos
uma entidade de arte e cultura e não de assistência
social.’ – afirmava um de seus dirigentes ao jornal
Quilombo. ‘Contudo não podemos fechar os olhos aos
problemas de caráter grave e urgente. Mantemos um
socorro social com a finalidade de atender às
necessidades básicas e às situações aflitivas dos nossos
associados’.

Tancredo Silva Pinto faleceu no Rio em 1979. Três anos


antes recebia honrarias da câmara de vereadores do
município de Itaguaí. E, em 1974, realizava na ponte Rio-
Niterói, na condição de sacerdote da umbanda e com
respaldo governamental, ritual propiciatório da fusão
entre os antigos estados da Guanabara e do Rio de
Janeiro. E dois anos antes da passagem do líder para a
Outra Dimensão, era fundada, no bairro da Abolição, na
antiga Avenida Suburbana, numa loja onde antes
funcionava uma funerária, a chamada ‘Igreja Universal
do Reino de Deus’, criada, segundo consta, por um dos
filhos-de-santo do respeitado tata (e bamba).

Líder do samba, dos cultos afro e de parte do segmento


autoral musical, foi de fato um comandante. Sobre sua
inusitada escola de samba, pouco se sabe. Mas seu
ideário, antecipando muita coisa boa que efetivamente
veio, anos depois – como o Projeto Pixinguinha, as
gravadoras independentes e até mesmo alguns princípios
defendidos pela SOMBRÁS e pela nossa AMAR – fez dele
um legítimo estrategista.
Saravá sua banda![11]

ALGUNS LIVROS DE TANCREDO DA SILVA PINTO

- Negro e Branco na Cultura Religiosa Afro Brasileira – Os


Egbás – Editora Espiritualista – em parceria com Gerson
Ignes de Souza

- Tecnologia Ocultista da Umbanda no Brasil – Editora


Espiritualista

- A Volta dos Orixás – Editora Espiritualista


- Doutrina e Ritual de Umbanda – Editora Espiritualista

- Primado de Umbanda – Editora Espiritualista

- Guia e Ritual para Organização dos Terreiros de


Umbanda – Editora Eco – em parceria e Byron Torres de
Freitas

- Doutrina e Ritual de Umbanda – Tancredo da Silva Pinto


e Byron Torres de Freitas

- As Mirongas de Umbanda – Tancredo da Silva Pinto e


Byron Torres de Freitas

- Tecnologia Ocultista da Umbanda Brasil

- Origens da Umbanda
- O Eró

- Cabala Umbandista

- Iaô

- Camba de Umbanda

- Impressionantes Cerimônias da Umbanda

- Fundamentos da Umbanda

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