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Controle de Armas
e Munições
Controle de Armas
e Munições
Conselho Editorial
Fernanda Alves dos Anjos (MJ)
Haydée Caruso (SENASP - MJ)
Jacqueline de Oliveira Muniz (PMD - UCAM)
José Luis Ratton (UFPE)
Luciane Patrício Braga de Moraes (MJ)
Luis Flávio Sapori (PUC - MG)
Marcelo Ottoni Durante (SENASP MJ)
Paula Miraglia (ILANUD)
Regina Miki (MJ)
Renato Sérgio de Lima (FBSP)
Rodrigo Ghiringhelli de Azevedo (PUC - RS)
Thadeu de Jesus e Silva Filho (SENASP - MJ)
Capa e Diagramação
Tati Rivoire
Tiragem: 5.000 exemplares
ISSN 2175-5949
Cadernos Temáticos da CONSEG
Coordenação Geral da 1ª Conferência Nacional de Segurança Pública
Ministério da Justiça – Ano I, 2009, n. 02. Brasília, DF.
Impresso no Brasil
SUMÁRIO
Carta do Secretário 7
Apresentação 9
Controle de Armas e Munições:
um desafio para a segurança pública no Brasil
Elizabete Albernaz e Heather Sutton 12
sua auto-defesa. Para evitar isso, o Brasil escolheu o caminho de
investimentos em políticas preventivas de segurança pública.
Esta publicação, que expõe as discussões ocorridas no Se-
minário “Controle de Armas e Munições”, ocorrido em julho de
2009, traz importantes discussões sobre o tema, abordando as-
pectos da campanha de desarmamento, o controle das armas e
munições e a construção de uma política nacional de controle de
armas. Mesmo aqueles que defendem a auto-defesa e a aquisi-
ção de armas pela população devem ler este compêndio. O tema
estará em discussão na 1ª Conferência Nacional sobre Segurança
Pública. É preciso ler, ouvir e informar-se antes de debater o tema,
sob pena de resumi-lo sob a dicotomia de ser contra ou a favor
das armas de fogo. Essa discussão é muito maior e envolve um
tema de fundamental importância para a sociedade moderna.
Apresentação
Apresentação
o desafio histórico que lhes é colocado ou podem simplesmente
desviar-se dele; podem romper com consensos previamente esta-
belecidos ou podem apenas reafirmá-los. Tudo depende de como
o processo decisório está organizado e de como, dentro desse
processo, os participantes exercitam a sua responsabilidade políti-
ca e a sua ousadia democrática.
Frente a este desafio, a convocação da 1a Conferência Nacio-
nal de Segurança Púublica representa um momento histórico para
o processo de consolidação democrática brasileira. Ao partilhar o
poder de gestão com a sociedade, a Conferência estabelece um
marco de transformação das práticas tradicionalmente adotadas
na construção de políticas públicas de segurança em nível na-
cional, estadual, municipal e comunitário. Espera-se que a ampla
mobilização social catalisada pelas etapas eletivas e preparatórias
da 1a CONSEG sedimente as bases principiológicas, institucionais
e práticas do paradigma de segurança com cidadania, centrado na
tríade participação, prevenção social e repressão qualificada. Com
diferentes aproximações em relação ao tema, trabalhadores da
área de segurança pública, poder público e organizações da socie-
dade civil encontram-se hoje envolvidos em um amplo processo
de pactuação coletiva sobre os rumos desta mudança.
Enquanto etapas preparatórias da 1a Conferência Nacional
de Segurança Pública, os Seminários Temáticos são ferramentas
indutoras de participação e de contribuições críticas, assumindo
a responsabilidade de ampliar o leque de capacidades técnicas e
políticas dos atores mobilizados, para que ocupem de modo quali-
ficado os espaços de co-gestão estabelecidos. Propostos por insti-
tuições reconhecidamente competentes no trato dos fenômenos
abordados, a realização dos Seminários Temáticos viabilizou um
maior aprofundamento acerca de tópicos específicos da organi-
zação e funcionamento do sistema de segurança pública e justiça
criminal, contemplados nos sete eixos da 1a CONSEG.
Neste sentido, o presente Caderno Temático reúne as prin-
cipais contribuições do Seminário Temático Controle de Armas
e Munições, realizado nos dias 8 e 9 de junho de 2009 pela Rede
Desarma Brasil, em Brasília. O primeiro artigo do Caderno Temá-
tico Controle de Armas e Munições traça um breve panorama do
campo temático, apresentando as principais características e os
desafios que marcam a questão do controle de armas no Brasil;
em seguida, encontram-se publicados três artigos de painelistas
do Seminário que, lidos em seu conjunto, oferecem ao leitor im-
portantes aprofundamentos e reflexões sobre o valor estratégico
Apresentação
11
Controle de Armas e Munições:
um desafio para a segurança
* Antropóloga
pelo Museu
pública no Brasil
Nacional (UFRJ) e Elizabete Albernaz*
pesquisadora na
área da segurança
Heather Sutton**
pública. Atuou
como consultora
do Ministério da
Justiça/PNUD para
a elaboração dos De acordo com a UNESCO, mais de meio milhão de brasilei-
Cadernos Temáticos
da CONSEG.
ros perderam a vida em virtude das armas de fogo entre 1979 (ano
que inicia o Subsistema de Informações de Mortalidade) e 2003
** Coordenadora
de Mobilização,
(ano de aprovação do Estatuto do Desarmamento). Isso significa
Área de Controle de dizer que o Brasil, um país que não estava em guerra, acumulou
Armas do Instituto
Sou da Paz.
um maior número de mortes com armas de fogo do que vários
conflitos armados, como a guerra do Golfo, as várias Intifadas, e as
1 Waiselfez, Julio
Jacobo: Mortes
guerras de libertação de Angola e Moçambique.1
Matadas por Arma de
Fogo no Brasil: 1979-
O fácil acesso às armas de fogo ao longo dos anos agravou
2003, UNESCO, junho este quadro. No período entre os anos de 1997 e 2003, os homicí-
2003. (Disponível
em http:// www.
dios com arma de fogo cresceram em 542,7%2. Somente em 2003,
deolhono estatuto. quase 40 mil brasileiros foram vitimados com armas, colocando o
org.br/ index.
php? option=
Brasil como campeão mundial – em números absolutos – de mor-
com_content& tes por arma de fogo. Desde aprovação do Estatuto do Desarma-
task=view& id=275&
Itemid=145 ) mento, entretanto, este número despencou para cerca de 34 mil
2 Ibid.
mortes por ano. As estatísticas continuam alarmantes, mas esta
queda de 12% – confirmada pelo Ministério da Saúde3 – represen-
3 Ministério da
Saúde: Redução dos ta um passo importante na redução das mortes por arma de fogo
Homicídios no Brasil, no Brasil, em razão, principalmente, da vigência de novas medidas
2007. (Disponível
em: http:// www. de controle e restrição do uso da arma de fogo.
deolhono estatuto.
org.br/ index. O fenômeno dos homicídios afeta a sociedade brasileira de for-
php? option= ma diferenciada, atingindo, majoritariamente, os segmentos jovens,
com_content&
task= view& id=23& com idades entre 15 e 24 anos, do sexo masculino, afro-descendentes,
Itemid=27) que residem em bairros periféricos, favelas, territórios socialmente
4 Fernandes, vulneráveis das grandes metrópoles do país. Se considerarmos todas
Rubem César as causas de morte (naturais ou por causas externas) entre os jovens
(coord.): Brasil:
As Armas e as brasileiros, 38,8% – ou seja, a maior concentração dentre as causas –
Vítimas, ISER/Viva acontecem com armas de fogo4. Essa proporção ultrapassa até a inci-
Rio, Sete Letras,
2005. (Disponível dência de acidentes de trânsito – que somam 16% do total de mortes
em: http:// www.
comunidade segura.
entre jovens –, o inverso da situação encontrada na grande maioria
org.br/ pt-br/node/ dos países5. Os dados mostram que o problema das mortes por arma
30291)
de fogo, embora apresente indícios bastante animadores de melhora
5 Ibid. para um futuro não muito distante, ainda é muito presente no coti-
principal motivo a “vingança” sem vínculo com o tráfico de drogas 7 Small Arms
ou com outras atividades criminosas6. Survey, Small
Arms Survey
Além de se destacar pelos altos índices de violência armada, 2004, Oxford,
Oxford
o Brasil também possui uma farta indústria de armas leves – a sexta University Press,
maior do mundo e a segunda maior das Américas7. Considerando 2004.
1. Campanhas de Recadastramento
e Entrega Voluntária de Armas
Estima-se que existam no Brasil cerca de 4 milhões de armas
de fogo ilegais pertencentes ao denominado “mercado informal”,
isto é, armas que pertencem a “homens de bem” mas que nunca
foram registradas; além dessas, a Polícia Federal contava, até 2007,
com o registro de outros 4 milhões de armas, isto é, armas legali-
zadas. Outros milhões de armas têm o registro desatualizado, isto
é, as autoridades não têm certeza se continuam na posse de seu
proprietário legal. Portanto, uma imensa quantidade de armas cir-
cula no Brasil sem que o Estado possa controlá-las. São as armas
preferidas dos bandidos, pois se apreendidas após o seu uso crimi-
nal, não podem ser rastreadas. Apenas no ano de 2003, criminosos
roubaram de residências 26.908 armas, segundo a Polícia Federal.
Além disso, são estas armas que servem de instrumento para
homicídios “interpessoais”, delitos que não têm relação direta com
o crime organizado. Desta forma, se prestam ao cometimento de
homicídios contra a mulher por parte de parceiros ciumentos ou
bêbados, contra aqueles que se embebedam em bares nos finais
de semana nas periferias das grandes cidades, são instrumentos
das agressões ocorridas em brigas de trânsito e em conflitos de
o impacto das armas de fogo no quadro de violências que atingem 1 VARJÃO, Suzana.
Micropoderes,
o plano físico. Mas para uma reflexão consistente sobre o conjunto macroviolências:
de problemas relacionados à questão, é importante observar as es- mídia impressa
— aparato policial.
pecificidades do fenômeno midiático no setor. Salvador: Edufba,
Uma primeira questão que se deve levar em conta no debate 2008.
é o fato de que a maior parte das narrativas sobre atentados à vida 2 Em Informação
qualificada: um dos
é construída nos espaços de intersecção entre agentes públicos vin- grandes desafios
culados ao aparato repressivo de Estado e agentes noticiosos, am- da segurança
pública (VARJÃO;
bos situados na base do processo de produção e difusão de dados. KALIL, 2004),
Significa dizer que possíveis saídas para o conjunto de problemas outra reflexão
sobre a relação
observados no noticiário sobre violências devem ser buscadas nes- entre as esferas
tes espaços, e não apenas na esfera midiática2. produtora e
difusora de dados
Um segundo ponto que não se pode desprezar é a constru- sobre violências.
Ver: VARJÃO,
ção automatizada de discursos, ou seja, mensagens involuntárias, Suzana; KALIL,
estruturadas a partir do tratamento editorial de informações sobre Maria Eunice.
Informação
eventos violentos — recortes, enquadramentos, eleições, priorida- qualificada: um
des. Isto porque o que é dito a partir do que não é dito compõe, hoje, dos grandes
desafios da
uma problemática tão séria quanto as ideologias deliberada e aber- segurança
tamente expostas no noticiário sobre violências — cuja qualidade pública. Bahia
Análise & Dados,
vem preocupando o conjunto da sociedade. Direitos Humanos.
Salvador, v.14, n.1,
As duas características acima descritas determinam o conteú- p.233-242, jun.
do do noticiário sobre segurança pública e constroem o imaginário 2004.
sobre o fenômeno das violências. Um imaginário que, no mínimo, 3 AGÊNCIA DE
naturaliza o uso da arma de fogo como instrumento de defesa pes- NOTÍCIAS DOS
DIREITOS DA
soal. Micropoderes... expõe, por exemplo, um padrão noticioso sumá- INFÂNCIA. Infância
rio, caracterizado pela completa ausência de debate sobre a grande na mídia: a criança
e o adolescente no
quantidade de homicídios (90%) cometidos com armas de fogo. olhar da imprensa
brasileira: relatório
Confirmando pesquisas da Agência de Notícias dos Direitos 2002-2003. Brasília,
da Infância (ANDI, 2003)3, evidenciamos que a grande voz das nar- mar. 2003.
Armas de fogo & desinformação: um binômio que impacta o quadro de homicídios no Brasil
25
rativas sobre violência física no País é a policial, apesar de esta voz
estar, majoritariamente, oculta no noticiário. Trata-se, portanto, de
uma fonte / matriz de informação que tem na arma de fogo ins-
trumento de trabalho — o que explica a dificuldade de produção
de textos que problematizem o uso massivo deste tipo de artefato
letal pelos brasileiros.
Por fim, expomos o modus operandi de policiais e comuni-
cadores, que coloca em funcionamento as engrenagens não-visí-
veis que constroem discursos desfavoráveis sobre as vítimas pre-
ferenciais das violências físicas e simbólicas (os negros e pobres);
sobre o sistema de segurança pública em geral (relegado a um
“caso de polícia”); e, especificamente, sobre o papel relevante que
as armas de fogo desempenham no quadro de mortes por causas
externas no Brasil.
Pinço aqui dois exemplos de discursos estruturais, emitidos
automaticamente a partir das rotinas produtivas dos comunica-
dores: o silêncio em relação ao Estatuto do Desarmamento — o
que equivale a dizer que não existe lei sobre controle de armas e
munições no País; e a prioridade editorial dada a atentados oca-
sionais com armas pesadas, em detrimento do grande número de
homicídios cometidos com artefatos leves — o que desvia a aten-
ção sobre o problema associado às armas pequenas.
Aliado à ausência de uma perspectiva crítica constante,
que se contraponha às mensagens desfavoráveis cotidianamen-
te construídas pelos grandes meios, há o faroeste da internet,
que continua difundindo narrativas construídas à época do re-
ferendo sobre a proibição do comércio de armas — o que signi-
fica dizer que estão (re)produzindo argumentos feitos de este-
reótipos e crenças sem embasamento científico. E argumentos
não só contrários à proibição da venda de armas, mas ao desar-
mamento em si.
São discursos que, apesar de contestados por pesquisas,
continuam a construir o imaginário da sociedade, consolidando
idéias inconsistentes e ultrapassadas, tais como o Estatuto do
Desarmamento não combate a criminalidade; os cidadãos estão
sendo desarmados e os bandidos, não; a autodefesa armada é efi-
caz; só bandido mata (ou morre) com arma de fogo; a maioria dos
mortos por armas de fogo é bandida; e todas as armas vinculadas
a homicídios pertencem a bandidos.
É importante ressaltar que o silêncio em relação a tão signifi-
cativo vetor de mortes violentas e às políticas de enfrentamento do
problema é quebrado sempre que instituições públicas ou organi-
Armas de fogo & desinformação: um binômio que impacta o quadro de homicídios no Brasil
27
2. Investimento em capacitação
para profissionais do campo/setor
Inserção de disciplinas dentro dos campos da sociologia,
da filosofia e da antropologia nos cursos de comunicação
social (uma forma de provocar o olhar para fora da caixa de
ferramentas profissional e possibilitar a formação de pro-
fissionais capacitados a compreender a complexidade do
fenômeno das violências e construir narrativas socialmente
responsáveis no setor);
Apoio a cursos de pós-graduação lato e strictu senso que en-
trelacem o campo da comunicação com os campos da sociolo-
gia, da filosofia e da antropologia (mesmo objetivo acima);
Promoção de seminários e cursos de curta duração sobre
segurança pública, investindo, estrategicamente, na com-
preensão do impacto do vetor arma de fogo no quadro de
violências do País e do paradigma impresso no Programa
Nacional de Segurança Pública — Pronasci (destinados, prin-
cipalmente, à capacitação dos profissionais de comunicação
que já atuam no setor).
3. Investimento direto na cultura profissional do campo/setor
Estruturação de mecanismos de incentivo à absorção, por
empresas jornalísticas e publicitárias, de profissionais com
pós-graduação e capacitação em direitos humanos e/ou
segurança pública, com especial atenção sobre o vetor ar-
mas de fogo (um dispositivo que pode evitar a dispersão
dos investimentos nos sujeitos do campo e inverter uma
lógica profissional que relega as editorias que tratam dos
atentados à vida aos mais baixos patamares da hierarquia
das redações);
Apoio a projetos de organizações que visem incentivar,
premiar e dar visibilidade a boas práticas na área da difu-
são de informações sobre violências / segurança pública e,
especificamente, sobre os impactos das armas de fogo e as
políticas de desarmamento (um contraponto ao sistema de
recompensas e punições da cultura profissional que precisa
ser desconstruído).
4. Investimento na melhoria
da produção de dados do campo/setor
Aprimoramento do Sistema Nacional de Estatísticas em
Segurança Pública, vinculando-o ao Sistema Único de
1. Medidas e indicadores da
implementação do Estatuto
do Desarmamento
Em linhas gerais, quando falamos de aspectos da implementa-
ção do Estatuto do Desarmamento que podem contribuir efetivamen-
te na prevenção da violência armada, consideramos que é essencial
analizar o controle de: oferta de armas (ou seja, restringir e controlar o
acesso a armas novas); estoque (diminuir o número e controlar o fluxo
das armas em circulação); e demanda (através da legislação, e de cam-
panhas e outras medidas que diminuam a sensação de insegurança).
Em relação à oferta não restam dúvidas: quase a totalidade das
armas de fogo são produzidas em fábricas, ou seja, começam no mer-
cado legal, eventualmente passando à ilegalidade através de diversas
formas de desvios, possibilitados pela falta de controle em determi-
nado ponto da tenência ou circulação das armas. Sendo que o núme-
ro de fábricas de armas e munições no país é muito pequeno (com
3 Fernandes,
destaque quase monopólico para a Forjas Taurus e a Companhia Bra- Rubem César
sileira de Cartuchos em seus segmentos), e que o número de lojas (coord.): Brasil:
As Armas e as
que comercializam armamentos também tornou-se bastante limita- Vítimas, ISER/Viva
do, fica claro que as milhões de armas de fogo que existem no Brasil Rio, Sete Letras,
2005.
(estimativas variam, mas seriam mais de 17 milhões segundo estudo
4 Não entraremos
da ONG Viva Rio)3 podem ser melhor controladas na sua origem (fá- em detalhes
bricas) do que no seu destino final, com os proprietários irregulares4. sobre dois
outros aspectos
Entre as medidas do Estatuto para controlar a oferta, destaca- importantes
se a proibição do porte de armas para civis, o aumento dos requisitos – importação
de armas para
para posse, a introdução de limites de compra para munições, assim as forças de
como novas regras para empresas de segurança privada, guardas segurança ou
colecionadores, e
municipais e polícias estaduais no que concerne o controle de armas. exportação – mas
que não sendo
No que se refere a controle dos estoques de armamentos, regulamentados
pode-se delimitar medidas para controlar o estoque de armas legais pelo Estatuto, e
sim por diretrizes
(nas mãos de civis e profissionais das forças de segurança pública) do Comando do
e o estoque de armas ilegais. Não obstante, conforme comprovado Exército, fogem
do escopo deste
pelo relatório da CPI do Tráfico de Armas, a maior fonte de armas texto.
9 Estimativa do
delegado da
2. Conclusões preliminares Polícia Federal
Victor Lopes,
publicada pela
Folha de S.Paulo
Antes de concluir todas as entrevistas e sistematizar os re- 10/03/2009.
sultados finais da pesquisa, seria evidentemente premeditado
10 O Globo, 2008.
oferecer conclusões globais sobre o atual estado de implemen-
11 O Estado de
tação do Estatuto do Desarmamento. É inegável que o Estatuto São Paulo, 13 de
trouxe resultados muito impactantes desde o início de sua san- março, 2006.
Equipe:
Adriana Faria, Alberto Kopittke, Alessandro Mendes, Alex Dias, Amanda Ayres,
Ana Carla Maurício, André Arruda, Anelize Schuler, Ângela Simão, Atahualpa
Coelho, Cíntia Luz, Clarissa Jokowski, Cláudia Gouveia, Daisy Cordeiro, Daniel
Avelino, Daniella Cronemberger, Denis Torres, Élida Miranda, Fernanda Barreto,
Flávio Tomas, Gisele Barbieri, Gisele Peres, Heloísa Greco, Henrique Dantas,
Leandro Celes, Leidiane Lima, Maria Gabriela Peixoto, Maria Thereza Teixeira,
Mariana Levy, Mateus Utzig, Priscilla Oliveira, Rafael Santos, Regina Lopes,
Renata Florentino, Rodrigo Xavier, Rosier Custódio, Sady Fauth,Sheila Almeida,
Socorro Vasconcelos, Tatiana Rivoire, Thales de Moraes, Verônica dos Anjos,
Verônica Lins e Wagner Moura.
Portal:
www.conseg.gov.br