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1ª EDIÇÃO
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Bispos presidentes

Robson Rodovalho
Maria Lúcia de Brito Rodovalho

Secretaria Geral de Ensino


Bispo Jonas Coelho
Bispa Vera Coelho.

Coordenação geral do CFAP

Bispo Antonio Cirino Ferro


Bispa Vania Kronit Ferro

Revisão

Bispo Ireno Lucas Vieira

Organização e publicação

Pr. Luiz Roberto K. Cascaldi


Pr. Arlei Ramires Gonçalves
Pra. Janete dos Santos Gonçalves
Diác. Roberto César Machado Pezzini
Diác. Lucineyde Amaral Picelli Pezzini

Edição e projeto gráfico

Estúdio Atômicos

Todos os direitos reservados para uso da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra.
A reprodução parcial ou inteira deverão ser citadas as fontes.

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PRINCÍPIOS DE LIDERANÇA
Livro 02

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Robson Lemos Rodovalho,
Bispo, (Anápolis,  Goiás,  15 de agosto  de  1955)
foi um  político  brasileiro,  físico, especializado
em  ressonância magnética. Casado com a Bispa
Maria Lúcia de Brito Rodovalho. Fundador e bispo
presidente da Comunidade Evangélica Sara Nossa
Terra, da Rede Gênesis de Televisão e da Rádio Sara
Brasil FM. É o vice-presidente do FENASP - Fórum
Evangélico Nacional de Ação Social e Política. É o
vice-presidente do CIPE - Conselho de Igrejas e
Pastores Evangélicos do DF.

Títulos • Propósito de Deus e a Familiar Cristã;


• Senhor, ajuda-me a Crer;
• Membro da Academia Internacional da Cultura - • Milagre Aconteceu;
1997 • Avivamento hoje - O Desafio de uma Geração;
• Honra ao Mérito - Medalha Comemorativa dos 500 • Meditações;
anos do Descobrimento do Brasil, pelo Instituto Inter- • Anatomia do Milagre;
nacional das Ciências e da Cultura - 1998 • A oração de um Intercessor;
• Pioneiro de Brasília – 1998 (Título) • Quando seus Problemas irão acabar?
• Cidadão Honorário de Brasília – 1998 (Título) • Do Princípio ao Fim;
• Doutor Honóris Causa em Filosofia – 2000 (Título) • Caminho do Sucesso;
• Ordem do Mérito Cultural – “Carlos Gomes” (Título), • Construindo Sistemas que Vencem;
pela Sociedade Brasileira de Artes, Cultura e Ensino. • Sociedade, Política e a Igreja;
Personalidade Brasileira dos 500 anos em 2001 (Título) • Deus ou Darwin;
• Personalidade Evangélica em 2001 (Título) • Gotas de Sabedoria;
• Cidadão do Mundo pela Paz em 2001 (Título) • Vencendo a Obesidade - Livro que atualmente é o
• Cidadão Honorário de Belo Horizonte-MG em 2002 mais vendido no segmento nutrição.
(Título) • O Líder Que Faz a Diferença (Thomas Nelson Brasil)
• Recebeu da Ordem do Mérito Brasília o título de Co- • Sonhos e Destinos
mendador em 2002 • Você Nasceu Para Reinar
• Medalha Tiradentes em 2002 (Título) • Favor ou Competência
• Cidadão Honorário de Itajubá MG em 2003 (Título) • Destruindo Gigantes
• Moção de Congratulações – Dourados/MS em 2003. • Conhecendo a Glória de Deus
• Moção de Aplausos – Piracicaba/SP em 2003 • Bíblia: Verdade ou Ficção?
• O elo Perdido
Alguns livros publicados • O Milagre Aconteceu
• A Arte da Liderança
• Quebrando as Maldições hereditárias;
• Igreja Vencedora;
• Conhecendo a Glória de Deus;
• A Beleza de Cristo e o Caráter do Cristão; www.facebook.com/bisporodovalho
• Ensina-nos a Andar em seus Caminhos;
• Edificando a Casa de Deus; sarablogs.com.br/bisporodovalho
• Por Trás da Bênção e Maldição;
• Regendo a História da Nossa Geração;

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SUMÁRIO

6 NOTA DA EQUIPE DE ELABORAÇÃO 60 CAPÍTULO 4 - CRISES DE LIDERANÇA


1) Definições
2) Os benefícios da adversidade
7 PARA COMEÇO DE CONVERSA... 3) Alguns erros ou perigos comuns em meio às
crises:
4) Crises mais comuns aos líderes
9 CAPÍTULO 1 - DEFINIÇÕES DE LÍDER / LIDERANÇA 4.1) Estresse
1) Definições 4.2) Tensões nos relacionamentos
2) Mitos ou conceitos errados sobre liderança 4.3) Críticas
3) Os 5 níveis de liderança 4.4) Tentações
4) Inspiração 4.5) Medos
5) Eficiência x eficácia 4.6) Fracassos
6) Observações importantes: Registrando a aprendizagem
8) Alguns conceitos de liderança
Registrando a aprendizagem 78 CAPÍTULO 5 - TRABALHANDO EM EQUIPE

1) A equipe como um time


16 CAPÍTULO 2 - PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA EFICAZ 2) As pessoas de uma verdadeira equipe
1) Vocação 3) Princípios de sucesso da equipe
2) Integridade 4) O fator incentivo
3) Fidelidade 5) O poder da autoestima
4) Motivação, entusiasmo, paixão 6) Formando uma equipe de líderes
5) Visão, foco 7) As 17 leis do trabalho em equipe
6) Autoridade e submissão Registrando a aprendizagem
7) Santidade
8) Oração
9) Fé 86 CAPÍTULO 6 - DESENVOLVENDO NOVOS LÍDERES
10) Amor 1) Definições
11) Ética 2) Criando ambiente para líderes em potencial
12) Serviço 3) Identificando líderes em potencial
Registrando a aprendizagem 4) Incentivando líderes em potencial
5) Capacitando líderes em potencial
44 CAPÍTULO 3 - ATITUDES DA LIDERANÇA 6) Desenvolvendo líderes em potencial
1) Definições 7) Delegando tarefas aos novos líderes
2) A formação das nossas atitudes Registrando a aprendizagem
3) Algumas regras importantes
4) A mudança das atitudes
5) Sinais de uma boa atitude
6) Atitudes essenciais para um líder
6.1) Autocontrole / autodisciplina
6.2) Autoconhecimento / autocrescimento /
autoconfiança
6.3) Empatia / sociabilidade
6.4) Comunicação
6.5) Paciência / tolerância
6.6) Humildade
6.7) Humor
6.8) Resiliência
6.9) Persistência
7) Conclusão
Registrando a aprendizagem

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NOTA DA EQUIPE DE ELABORAÇÃO

Caro professor do CFAP,

Este material constitui-se de subsídios para o trabalho com a preparação de líderes pasto-
rais da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, devendo ser utilizado, adaptando às realidades
locais e necessidades especiais de cada região.

Ao publicarmos este material esperamos contribuir com o aperfeiçoamento e a formação


de Pastores da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra, inspirando e instigando os formadores
a planejarem aulas com formatos mais desafiadores, significativos e conectados aos interesses
dos jovens e adultos em processo de formação pastoral, aliados aos projetos do Reino para esse
Ministério.

Este trabalho representa um instrumento de apoio, um referencial para os cursos livres


de formação e aperfeiçoamento ministerial da Comunidade Evangélica Sara Nossa Terra.No início
de cada capítulo apresentamos as orientações e sugestões para enriquecerem os momentos de
ensino e aprendizagem a serem vivenciados.

O livro 2 é composto pelo estudo de fatores importantes para o exercício da liderança, em


geral e especialmente na SNT. Importante ressaltar que a maioria dos alunos já participou de out-
ros cursos nessa área, inclusive do Instituto de Vencedores da SNT, portanto priorize os conteúdos
que considera que o grupo ainda não aprofundou, sondando a turma no início do módulo.

Para esse trabalho estão previstas 62 horas, sendo 32h presenciais e 30h para atividades
complementares (leituras de livros e filmes, questionamentos, pesquisas, ...). Sugerimos que in-
diquem a leitura de alguns capítulos pelos alunos em casa e solicite que realizem as tarefas
específicas. Alguns filmes cristãos e seculares que abordam o tema liderança são apresentados
no final do livro e poderão ser explorados também como atividades extracurriculares, através da
ficha de apreciação pessoal do filme.

Prepare suas aulas com antecedência, tendo em mente o foco deste trabalho de For-
mação Pastoral: o que um futuro pastor da SNT não pode deixar de saber acerca do assunto
tratado nesse livro.

Atenção: o livro do aluno não contem todos os conteúdos desse livro. Acrescentamos mais conteúdos no seu livro para
auxiliar na preparação da aula. O que está escrito em AZUL nesse livro não compõe o livro do aluno.

Dedique o seu melhor para o preparo e ministração dos encontros, lembrando que “Se é
ministério, seja em ministrar; se é ensinar, haja dedicação ao ensino; (Rm 12:7)

Contatos: ensinosnt@hotmail.com | sec.geral.cfap@gmail.com | ensinosnt@hotmail.com


(41) 3023-1400

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PARA COMEÇO DE CONVERSA...

Caro Professor

No seu primeiro contato com os alunos do CFAP, neste módulo, estabeleça um diálogo,
apresentando-se e expondo as regras e os combinados que farão parte do convívio entre vocês du-
rante todo o processo de aprendizagem, podendo ser alterados de acordo com as necessidades que
aparecerem. Este combinado inicial intenciona evitar perguntas excessivas durante as aulas, sobre
as dúvidas comuns que alunos(as) apresentam.

Sugestão de COMBINADOS E REGRAS DO MÓDULO:

Apresente o cronograma do módulo com todas as datas e conteúdos;


Combine os dias e horários de aula (e cumpra, com sabedoria);
Eleja ou informe-se quem é o monitor da turma para registrar os combinados feitos nessa
primeira aula, e ser um auxiliar em diversas situações;
Informe a turma sobre o procedimento de abono de faltas (através de uma carta modelo
proposta no final desse livro) e/ou documentos que comprovem o motivo da ausência;
Avise que a presença será registrada no diário de classe a cada aula, pelo monitor que será o
responsável por essa tarefa de controle da frequência de toda a turma (caso a caso);
Acorde previamente como será a avaliação do módulo:
› Provas dissertativas ou múltipla escolha;
› Prova individual ou em duplas;
› Permissão de consultas durante a avaliação ou não;
› Alguns testes durante o módulo;
› Provas em grupo;
› Produção de um resumo;
Aproveite o momento dos combinados para falar sobre o uso de celulares e note book
conectados em redes sociais, conversas paralelas fora do assunto, lembrando-os que o
silêncio/concentração faz parte da aprendizagem;
Apresente as formas que disponibilizará os materiais trazidos para a aula, para
complementar os conhecimentos sobre o módulo e informe qual a melhor ferramenta de
comunicação entre vocês (via e-mail, internet, rede social, torpedos...)
Inicie e termine suas aulas orando com a turma;
Incentive e exercite com eles a oração, indicando alguém do grupo para orar pelas aulas
e pelo CFAP, durante a semana.

Sugestão da APRESENTAÇÃO PESSOAL:

Neste primeiro contato com os alunos invista alguns minutos para  apresentar-se à turma,
lembrando que nem todos o conhecem pessoalmente. Conte um pouco da sua história pessoal,
ministerial, EXPERIÊNCIA COMO LÍDER e outras coisas relevantes para o “quebra gelo” inicial. Esta
é uma oportunidade ímpar para a construção de vínculos e abertura para um relacionamento entre
alunos(as) e professor . Não se demore demais nessa apresentação.
Dica: A participação posterior dos alunos poderá ser  influenciada pela forma como você chegou no
grupo. A primeira impressão é a que fica e se solidifica (ou não) com o convívio!

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8
Professor ,

Nesse módulo serão abordados alguns temas para reflexão acerca do tema LIDERANÇA. O capítulo 1
trata de alguns conceitos importantes para refletirmos acerca do tema.
Sugestão: Conheça um pouco da história de seus alunos sobre suas experiências com a liderança, du-
rante a ministração desse módulo, elegendo uma ou duas pessoas para falar brevemente. Incluímos no
final de cada capítulo alguns exercícios que poderão ser aplicados como tarefas extracurriculares, para
complementar as horas desse módulo, e algumas sugestões de filmes cristãos e seculares que poderão
ser explorados, para melhor condução do processo de ensino e aprendizagem sobre o tema liderança.

CAPÍTULO 1

DEFINIÇÕES DE LÍDER / LIDERANÇA


E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme
a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e
sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e
sobre todo o réptil que se move sobre a terra. 
Gênesis 1:26

T
udo começa com Deus, o líder por excelência, que entregou ao homem a liderança da
humanidade. Fomos criados para liderar e governar, só que isso implica em submeter-nos à
liderança de Deus no lugar de seguirmos os nossos próprios caminhos. Para aprender sobre
liderança temos observado uma correria desenfreada por várias áreas do conhecimento, desde
política até entretenimento. Precisamos finalmente compreender que a melhor fonte de ensino
sobre liderança está no livro dos Livros, a Bíblia, pois nele encontramos os princípios norteadores
para uma liderança ensinados pelo próprio Deus.

Por que estudar sobre liderança? Essa é uma das áreas mais crítica que a igreja enfrenta,
pois é notadamente a forma eficaz de influenciar pessoas a decidirem pelo melhor, uma liderança
firme.Cada igreja deve ser liderada por líderes competentes para cumprir sua missão e impactar
essa geração. Sempre que Deus desejou fazer algo grandioso ele chamou um líder para dirigir o
processo. Nos dias de hoje não seria diferente ... e Ele chamou você!

Quer ver mais vidas transformadas à sua volta? Exerça com competência sua liderança!
Quanto melhor um líder, mais resultados alcançados para o Reino de Deus.

“Deus não o fez um líder para apenas reagir às coisas”. Deus o fez líder para impulsionar as coisas e
pessoas em direção às resoluções mais importantes para sua organização. ”

Para Deus sua liderança importa mais do que você imagina!

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01 DEFINIÇÕES
LÍDERES são pessoas comuns que, pelo seu caráter, integridade, compromisso, respon-
sabilidade, entusiasmo e perseverança, inspiram a confiança de outros e os influenciam
para o desenvolvimento de uma missão. São pessoas que podem ser seguidas, imitadas ou
copiadas. São “modelos positivos” (1 Sam 13:14, Jer 5:1, Ez 22:30).

LIDERANÇA é a capacidade de influenciar, inspirar, animar, dirigir, encorajar, motivar, in-


duzir, mover e mobilizar outros a perseguirem um alvo ou propósito comuns, mantendo, ao
mesmo tempo, compromisso, ímpeto, confiança, coragem, visão e propósito (Pv 29:18).

Paulo foi um exemplo de liderança para Silas, mesmo na prisão.

CARÁTER RECONHECIMENTO INFLUÊNCIA

Um líder é alguém que enxerga MAIS LONGE e ANTES que as outras pessoas.

Líderes não nascem feitos, mas se desenvolvem. Não é uma “profissão”, mas uma “decisão”.
É um conjunto de habilidades que podem ser aprendidas e aperfeiçoadas ao longo do tempo.

Algumas características de Davi que o tornou líder de grande influência: Sabia tocar bem
(o coração de Deus); era valente/corajoso; vigoroso (não se cansava fácil); homem de guerra
(não desertor); prudente em palavras e gentil presença. 1Sa16;18

DECISÃO DESENVOLVIMENTO RECURSOS CRESCIMENTO

Billy Graham, M
artin
Lu
ter
ing
K

, Lu
tero, William Joseph Seymour, Jonh Wesley, Cha
rles F
inney
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hryn

Jo
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lma
n, Jo
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field, Paul
Yonggy Sho, Robson Rodovalho, Ci
rino Ferr
o

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2 • OS 5 NÍVEIS DE LIDERANÇA
a) POSIÇÃO – As pessoas seguem você porque são forçadas a fazê-lo.

b) PERMISSÃO – As pessoas seguem você porque querem fazê-lo.

c) PRODUÇÃO – As pessoas seguem você em razão do que você faz pela organização.

d) DESENVOLVIMENTO – As pessoas seguem você em razão do que você faz por elas.

e) PERSONALIDADE – As pessoas o seguem você em razão de quem é e do que representa.

3 • INSPIRAÇÃO
Significa “impelir, mover ou despertar para uma ação”.

É fazer com que outros maximizem seu potencial, adquiram habilidades, cresçam, se de-
senvo vam como líderes e cumpram seus propósitos (2 Tm 3:16).

Deus é a fonte máxima dessa inspiração, a fonte da autêntica e efetiva liderança.

É a base para uma obediência espontânea baseada no amor (Jo 14:15).

É o que gera empenho, cooperação e submissão (Fp 1:3-7).

Não importa tanto o conhecimento, talento, experiência ou carisma, mas o CARÁTER.

Sua ATITUDE determina sua ALTITUDE!

4 • EFICIÊNCIA X EFICÁCIA
Eficiência é fazer as coisas de forma correta.

Eficácia é fazer as coisas certas e nas horas certas.

Eficácia é desempenhar com propósito e responsabilidade a tarefa ou missão que se in-


cumbiu de realizar.

A chave para a eficácia é desenvolver uma relação pessoal com Deus, permitindo que o
Espírito Santo insufle (inspire) no seu interior um propósito, um chamado, uma visão, uma
paixão e uma fé necessárias para realizar seus objetivos.

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5 • OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
O verdadeiro propósito da liderança não é criar seguidores, mas inspirar cada seguidor a
tornar-se um líder e desenvolver todo o seu potencial.

Seu sucesso e eficácia se medem pela decrescente dependência de seus seguidores e


pelo nível de produtividade deles na sua ausência (Mt 17:16).

Não conseguiremos capacitar pessoas que não influenciarmos ou que não nos derem
permissão para ajudá-las.

Para ser eficaz, o relacionamento líder/liderado deverá ser sólido, transparente, honesto,
comprometido e confiável.

As pessoas dedicam amor, respeito e atenção ao líder que as valoriza e respeita.

Delegar autoridade a pessoas inexperientes pode levá-las ao fracasso. Se, por outro lado,
não delegar autoridade a pessoas já prontas, pode frustrá-las e desmotivá-las.

As pessoas seguem modelos; portanto, seja exemplo nas ações, atitudes e na ética de
trabalho, para que façam o mesmo.

Inspiração, paixão e entusiasmo impulsionam para o alto; desânimo, incredulidade e aba-


timento impulsionam para baixo.

As pessoas crescem quando lhes é dada a oportunidade, no momento certo, de toMc de-
cisões, iniciar ações, solucionar problemas e vencer desafios.

O reconhecimento público faz com que saibam que você acredita nelas e permite que
outros saibam que elas têm seu apoio. Elogio é a melhor forma de incentivo.

6 • INFLUÊNCIA
6.1) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA É ÍNTEGRO.
Integridade é a base do respeito, da dignidade e da confiança.
Honestidade é uma virtude que ganha raízes quando se faz as coisas certas todo o
tempo, dia após dia, mês após mês, ano após ano.

6.2) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA CUIDA BEM DE OUTRAS PESSOAS.


As pessoas precisam ser alimentadas com encorajamento, reconhecimento,
segurança, respeito, apreciação, elogios, valorização, participação, fé e esperança.

6.3) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA ACREDITA NAS PESSOAS.


A autoconfiança e a autoestima são grandes requisitos para líderes.
Para a maioria das pessoas, não é o que elas são que as detém, mas o que pensam
não ser (Pv. 23:7).
O que as derrotam não são as dificuldades, mas a falta de fé em si mesmas.

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6.4) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA OUVE AS PESSOAS.
Ouvir mostra respeito, constrói relacionamentos, lealdade e confiança.
Pessoas focadas em si mesmas raramente desenvolvem fortes relacionamentos
com outros.

6.5) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA ENTENDE AS PESSOAS.


Pessoas compreendidas tornam-se mais motivadas e dispostas.
Descubra o que elas querem e ajude-as a alcançar seus objetivos.
Empatia é a capacidade de enxergar as coisas do ponto de vista dos outros (Ecl 4:9-
12).

6.6) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA AJUDA AS PESSOAS A CRESCEREM.


Devemos motivar as pessoas a crescerem, mas também prover os meios para isso.
O auto crescimento é fundamental para ajudar outros a crescerem.
O crescimento sempre é de dentro para fora. O que faz a diferença não é o que acon-
tece para as pessoas, mas o que acontece nas pessoas.

6.7) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA CAMINHA COM OUTRAS PESSOAS.


Devemos ajudar as pessoas a enfrentarem situações difíceis e desagradáveis.
Ninguém consegue crescer e produzir se o seu coração estiver mais pesado do que
a sua capacidade.
Se permanecerem confiantes, serão capazes de superar qualquer obstáculo.

6.8) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA SE LIGA ÀS PESSOAS.


Conectar-se com as pessoas, andar com elas, ajudá-las a lidar com obstáculos e
dificuldades.
A falta de contato e comunicação é um fator de grandes derrotas.
Se não contatar seus liderados, em 80% dos casos eles não o farão com você.

6.9) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA DÁ PODER E AUTORIDADE ÀS PESSOAS.


Dar poder é compartilhar de si mesmo – sua influência, posição e oportunidades –
com outras pessoas, para que possam dar o melhor de si mesmas (“empowerment”).
Não se delega autoridade e poder a neófitos. O processo é lento, gradativo e progres-
sivo, começando com tarefas simples e aumentando com o decorrer do tempo.
Alicerces necessários: transparência, comprometimento, fidelidade, confiança, con-
hecimento, habilidade, desejo, caráter.

6.10) UM LÍDER DE INFLUÊNCIA REPRODUZ OUTROS INFLUENCIADORES.


Semelhante a uma corrida de revezamento, se correr bem mas for incapaz de pas-
sar o bastão a outro corredor, perderá a corrida. Mas, se correr bem, recrutar e treinar
outros, aprenderá a passar o bastão e será capaz de vencer.

Não julgue cada dia pela colheita que fizer, mas pelas sementes que plantou!

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7 • ALGUNS CONCEITOS DE LIDERANÇA
(por James C. Hunter, em “O Monge e o Executivo”)

7.1 LIDERANÇA É INFLUÊNCIA.


É a habilidade de inspirar as pessoas a agirem.

7.2 UM BOM LÍDER SERVE AO INVÉS DE SER SERVIDO.


Quem quiser ser líder, primeiro deve servir.

7.3 UM BOM CARÁTER FAZ UM BOM LÍDER.


Devemos ser o líder que queremos ter.
99% das falhas de liderança são falhas de caráter.
Ações viram hábitos, que viram caráter, que viram destino.

7.4 TODOS TÊM POTENCIAL PARA SEREM LÍDERES.


Todos podem liderar, porque todos podem influenciar pessoas.

7.5 COMPROMISSO É ESSENCIAL.


Não podemos pedir que as pessoas deem mais do que nós mesmos damos.

7.6 LÍDER BOM NÃO É LÍDER “BONZINHO”.


Devemos fazer o que as pessoas precisam que façamos, e não o que elas querem
que façamos.

7.7 LIDERAR É AMAR.


Amar é ajudar as pessoas a se tornarem melhores.
Amar é ouvi-las, respeitá-las, reconhecê-las, inspirá-las a agir.

7.8 NÃO HÁ PROGRESSO SEM MUDANÇA.

14
Professor ,

Após a aula do capítulo 1 sugerimos a aplicação da atividade “REGISTRANDO A APRENDIZAGEM”,


com o objetivo de verificar os conhecimentos adquiridos pelos(as) alunos(as) e propiciar mais
um momento de aprendizagem. Tal atividade pode ser realizada individualmente ou em
duplas e uma nota pode ser atribuída para compor a nota final do módulo.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 1

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) Dos itens citados sobre INFLUÊNCIA relacione abaixo aqueles que reconhece no seu comportamento e
quais você acha que ainda precisa aprimorar:

2) Dê dois conceitos errados sobre liderança:

3) Dê três características SUAS QUE REPRESENTAM um líder de influência, segundo o texto:

4) Pesquise 5 líderes de influência na Bíblia em diferentes épocas, cite seus nomes e em qual livro conta
sua história:

5) Poste na internet (facebook, twiter, mensagem pessoal no MSN...), uma frase sobre o que define um
bom líder, aprendidas nesse capítulo, escreva-a aqui primeiro (OBS: lembre de citar o #CFAP(nome da ci-
dade) NO FINAL DA FRASE. Ex: Líder é... #CFAPCuritiba) :

6) Exerça sua influência de líder sobre alguém nessa semana, convidando pessoas para as células ou cultos.
Escreva abaixo o nome das pessoas que pretende influenciar e as estratégias que utilizará para isso.

Nome Estratégia Resultado

15
Professor ,

Nesse capítulo focaremos na reflexão e formação de líderes com eficácia tratando de alguns aspectos
essenciais para essa finalidade.
Sugestão: os temas SANTIDADE, ÉTICA, INTEGRIDADE, FIDELIDADE, SUBMISSÃO E AUTORIDADE entre
outros são apresentados como forma de suscitar no aluno algumas meditações importantes, princi-
palmente sobre em qual área precisa rever conceitos, práticas, e se preciso, buscar ajuda para exercer
melhor seu chamado. Provoque na turma essa reflexão!

CAPÍTULO 2

PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA EFICAZ


01 • VOCAÇÃO
1.1 VOCAÇÃO = CHAMADO

• 1 Co 1:26, Ef 1:18, 4:1, Fp 3:14, 1 Ts 1:11, 1 Tm 1:9, 1 Tm 3:1, 2 Pe 1:10

• Pergunte à turma: Vocês têm profunda convicção do chamado, da vocação para serem
líderes?

• Vocação é conhecer o chamado, o propósito de Deus em sua vida, crescer para alcançar
seu potencial máximo e lançar sementes que abençoarão outras pessoas.

• A vocação nos permite priorizar o que fazemos. Faz com que saiamos da nossa
“zona de conforto”. É um processo, que exige investimento, compromisso, empenho,
dedicação, zelo, vontade, determinação, perseverança, fé.

• A vocação, junto com uma atitude positiva, produz um líder com potencial e
possibilidades ilimitadas.

• É a determinação de melhorar constantemente, dia após dia; seus objetivos determinam


suas prioridades, e suas prioridades determinam se você vai alcançar seus objetivos.

• Você pode optar pela mediocridade ou pode lutar pela excelência.

• Se deseja ser excelente, busque sempre o aperfeiçoamento em tudo, pratique a autodisciplina,


disponha-se aos sacrifícios que o chamado exige, mantenha altos padrões pessoais e persista
no seu objetivo.

“O que importa não é o que acontece com você, mas o que acontece em você”.
(John C. Maxwell)

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1.2 - QUAL É A SUA REAL MOTIVAÇÃO?

• Jr 45:5, Jo 2:24; 1 Tim 3:1-7

• Avalie sua motivação e ambição do coração: Está disposto a servir? A ser paciente? A
estar disponível? A pagar o preço e o custo exigidos? A fazer diferença? A ser modelo
para outros? A forMc outros?

• A ambição canalizada corretamente promove o bem-estar dos outros e não a


autopromoção.

• A autêntica liderança começa no coração (Mt 12:34, Mc 10:35-38).

• A liderança exercida pelo medo, intimidação, obrigação, dependência ou culpa afasta


os seguidores e destrói qualquer projeto e ambiente.

1.3) O QUE FAZ COM QUE ALGUÉM SE TORNE UM LÍDER?

a) PROPÓSITO – visão, objetivos, metas claras e definidas, senso de significado.

b) PAIXÃO – profundo desejo, amor e compromisso com o propósito.

c) CONFIANÇA – a confiabilidade é um produto do caráter e da competência, o fundamento


da lealdade, que gera o respeito e certeza dos outros.

d) FÉ, CORAGEM, OUSADIA – desejo de novos desafios, de avançar com confiança,


desafiar o desconhecido, superar os fracassos.

Há quatro tipos de pessoas no mundo: aquelas que olham as coisas acontecerem,


aquelas que deixam as coisas acontecerem, as que perguntam o que
aconteceu e aquelas que fazem as coisas acontecerem.

• Lc12:48 – “Aquele a quem muito é dado, muito lhe será exigido; e àquele a quem muito
se confia, muito mais lhe pedirão”.

17
• Precisamos aprender a trabalhar debaixo de outros (submissão), ao lado de outros
(equipe) e acima de outros (liderança).

• A diferença fundamental entre líderes vencedores e líderes perdedores está na medida


do comprometimento, da participação, da motivação e da capacidade de fazer acontecer.

• Organização, disciplina, comprometimento, paixão, empenho e planejamento são


bases para o desenvolvimento de um trabalho eficiente e eficaz.

• Temos de lutar contra nossos inimigos – procrastinação, preguiça, indolência,


desorganização, incapacidade, rebeldia – para não ficarmos infrutíferos.

• Mt 11:12: “Pois o Reino de Deus é tomado por esforço, e os valentes se apoderam dele!”

2 - INTEGRIDADE

2.1 DEFINIÇÕES

• Integridade é “inteireza”, “estado de ser completo”, “autenticidade”, “consistência”.

• É quando nossas palavras e nossas ações se complementam. Ser quem somos,


não importa onde nos encontremos (lugares), com quem estejamos (pessoas) ou
circunstâncias envolvidas.

• É a capacidade e responsabilidade de gerenciarmos, conservarmos e administrarmos


o maior patrimônio que Deus nos deu – a nossa própria vida.

• É não admitirmos “lealdade dividida” (duplicidade), nem “faz de conta” (hipocrisia). Não
termos nada a esconder e nada a temer. Nossa vida deve ser um livro aberto.

• 2 Tim 2:21 – “Se, pois, alguém se purificar destas coisas, será vaso para honra,
santificado e útil ao Senhor, preparado para toda boa obra”

• Não é tanto o que fazemos, mas o que somos, e o que somos determina o que fazemos.
Não há como separar nosso sistema de valores da nossa personalidade.

• A integridade estabelece e dirige nossas prioridades, julga o que devemos aceitar


ou rejeitar, dá credibilidade ao o que dizemos, pensamos e fazemos numa só pessoa,
integral, indivisível, em sintonia. Não permite que nossos lábios, olhares e pensamentos
violem nossos corações.

• A integridade nos torna consistentes. Nossa conduta será um reflexo de nossas


convicções. Não haverá discrepância entre o que aparentamos ser e o que nossa família
e amigos sabem que somos. É o segredo de subir e não cair.

• Quanto mais os liderados veem a consistência dos líderes por atos e palavras, maior
será sua confiança e lealdade.

18
• Título, posição, organização, normas, regras, organogramas, política influenciam tanto
quanto a integridade.

• Integridade produz confiança e autoridade. Os líderes devem viver padrões mais


elevados que seus liderados. As pessoas se modificam e se mobilizam pelo que
observam, e não por argumentos.

Imagem é o que as pessoas pensam que somos;


integridade é o que realmente somos!

• Não há atalhos quando se trata de integridade. Às vezes estamos tão preocupados com
os produtos, com os resultados, que tentamos abreviar o processo, cortar caminhos.
Não podemos conduzir ninguém além do ponto que já atingimos.

• Líderes sinceros, consistentes, íntegros, não precisam alardear essa condição. Ela é
visível em tudo o que fazem.

• Ninguém pode enganar a todos o tempo todo. Cada um é reconhecido exatamente pelo
que é e não pelo que tenta aparentar.

• A integridade é resultado de autodisciplina, confiança íntima e determinação de ser


inflexivelmente honesto em todas as situações da vida.

• Ser íntegro é ser irrepreensível, é ter um caráter imune a ataques ou censuras (1 Tim 3:1-7).

“Integridade é a cola que mantém firme


nossa maneira de viver. Precisamos lutar
constantemente para conservá-la intacta.
Quando se perde riqueza, nada se perdeu;
quando se perde saúde, perdeu-se alguma
coisa; quando se perde a integridade, perdeu-
se tudo!” (Billy Graham)

• Integridade produz confiabilidade, credibilidade, respeitabilidade, responsabilidade,


comprometimento.

19

• Líderes devem viver em um padrão mais alto que os seus seguidores (Lc12:48).

• Ao manter nossas prioridades em ordem, somos respeitados:

DEUS

FAMÍLIA

PROFISSÃO OU MINISTÉRIO

Nós ensinamos o que sabemos, mas reproduzimos o que somos.

2.2 INTEGRIDADE TEM A VER COM CARÁTER

Caráter e personalidade são coisas diferentes.


•Há pessoas que podem ter uma excelente personalidade e um mau-caráter.

O caráter é a base de um líder.


• Antes dos dons, carisma, conhecimento e técnica, deve-se ter o caráter.
• Somente com um caráter aprovado poderemos suportar as pressões que a vida nos traz.
• Somente com um caráter aprovado nossas emoções não serão abaladas nos
momentos difíceis.

Somos provados em todas as áreas da vida e, nessas horas, precisamos demonstrar solidez.
• As provas, lutas e pressões só produzem resultados e crescimento se mantivermos
o caráter íntegro.

Um líder com caráter:


• Busca sempre se aperfeiçoar e corrigir suas deficiências.
• Permite ser tratado, avaliado, cobrado e corrigido.
• Procura desenvolver a humildade, o amor e a compaixão pelas pessoas.
• Procura desenvolver a santidade e o relacionamento com Deus.
• Procura sempre crescer em fé.
• Não permite que sua personalidade (temperamento) fale mais alto que o caráter.
• É fiel e comprometido com Deus, com sua família, líderes e amigos.

2.3) INTEGRIDADE É SER UM MODELO

Reproduzimos o que somos, geramos


segundo a nossa espécie.
• Nossos seguidores tendem a reproduzir
e multiplicar tanto nossas virtudes quanto
nossos erros.

Estabelecemos padrões positivos e


éticos em nossas vidas, quando:
• Não criticamos, condenamos, murmuramos ou reclamamos.
• Temos respeito pelos nossos líderes; os consultamos, recebemos ajuda,

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somos transparentes.
• Não passamos para nossos seguidores desabafos negativos, nem “abrimos o
coração” para eles.
• Elogiamos e incentivamos o potencial e trabalho dos que estão acima, ao lado e
abaixo de si.
• Desenvolvemo-nos espiritual, emocional e mentalmente através da leitura bíblica e
de livros, da oração e da participação em cursos, congressos, treinamentos.
• Edificamos, levantamos outros líderes com nosso próprio exemplo.
• Temos sempre uma atitude positiva, de fé, mesmo diante das crises e dificuldades.

2.4) ATITUDES QUE DENOTAM INTEGRIDADE

• Fidelidade nas intenções do coração, no nosso íntimo (Sl 73:25).


• Transparência e sinceridade, ausência de fingimentos, duplicidades, hipocrisias,
ocultar erros e pecados (1 Jo 1:7-9).
• Coração sensível, maleável, quebrantado (Hb 4:12)
• Coração ensinável diante das correções (Cl 1:28).
• Motivações e atitudes corretas diante das crises (Cl 3:17).

2.5) UMA PESSOA SE DESQUALIFICA PARA A LIDERANÇA QUANDO:

• Promete e não cumpre, fala e não faz.


• Fala “de” outros e não “para” outros.
• Ensina a outros e não vive o que ensina.
• Procrastina seus deveres e compromissos.
• Falta com as responsabilidades assumidas.
• Age com leviandade e negligência com os compromissos, coisas e pessoas.
• Faz as coisas de qualquer jeito ao invés de faze-las com qualidade.
• É desorganizado no natural e impontual nos horários.
• É complacente com o mal e com os erros.
• Deve e não paga, podendo fazê-lo.
• Não se relaciona bem em casa e no trabalho, isola-se.
• Não é honesto nos seus negócios particulares.
• Mente ou oculta as verdades, não é transparente no que pensa ou faz.
• Não ouve conselhos ou correções, não se deixa corrigir e mudar.
• Não se submete.
• Demonstra orgulho e autossuficiência.
• Guarda mágoas ou rancores, não perdoa quem erra, não pede perdão quando erra.
• Difama ou desrespeita autoridades superiores.
• Ira-se e deprime-se com facilidade.
• Usa de malícia no trato para com o sexo oposto.
• Indisposto a servir no natural, não tem coração de servo.
• Não tem intensidade no que faz, não “veste a camisa”, não se empenha.

21
3 - FIDELIDADE

3.1 DEFINIÇÕES

• Fiel é aquele que cumpre as suas promessas. Ex: Deus é fiel porque sempre cumpre
o que nos prometeu.
• Fidelidade está ligada a LEALDADE, HONESTIDADE, COMPROMISSO COM A VERDADE,
ALIANÇA, HONRA, RESPEITO. Tem a ver com aliança, acordo, juramento, promessas. Ex:
Casamento.
• Ser fiel é ser leal, exato, pontual, cumprir o que prometeu, não enganar ninguém,
ser constante, perseverante, franco, sincero, honesto, transparente, fiel aos seus
compromissos e alianças.
• É a capacidade de manter-se fiel a Deus, a si mesmo, às pessoas e aos líderes a quem
se sujeita.
ue faz
• Tg 1:7,8 - Inconstante: volúvel, instável, variável, infiel, sem compromisso.

3.2 AVALIAÇÃO DA SUA FIDELIDADE:

(Aproveite para solicitar que os(as) alunos(as) façam uma reflexão sobre cada item,
pedindo ao espírito santo a revelação das áreas frágeis)
TRO
• Você procura saber a opinião dos seus líderes antes de tomar uma decisão?
• Você cumpre o que prometeu aos seus líderes?
• Você ama seus líderes? Se importa com eles?
• Você representa bem os seus líderes diante das pessoas?
• Você é capaz de rir e chorar com seus líderes, compartilhar suas alegrias e tristezas?
• Você faz dos sonhos dos seus líderes os seus próprios sonhos?
• Você transmite os fatos com exatidão, verdade e transparência para os seus líderes?
• Você chega no horário nos compromissos com seu líder?
• Você guarda os segredos que lhe são confiados?
• Você honra aos seus líderes? (palavras, ações, atitudes, serviço)

3.3 PRINCÍPIOS E EXEMPLOS BÍBLICOS SOBRE FIDELIDADE:

(Separe os alunos em grupos e peça que explorem alguns desses princípios e exemplos,
anotando o que aprenderam com a tarefa)

• Sl 101:6 – para trabalhar na Casa de Deus temos de ser fiéis.


• 2 Tm 2:2 – a fidelidade e a infidelidade são transmitidas de geração em geração.
• Lc 16:10 – nossa autoridade é proporcional à nossa fidelidade.
• 1 Co 4:1,2 – o despenseiro ou representante de Deus tem de ser fiel.
• Pv 20:6, Sl 12:1 – Deus procura os fiéis.
• Sl 78:37 – inconstância é infidelidade.
ara
• Nm 12:7, Hb 3:1-6 – Moisés (coração e trabalho)
ssoas
• 1 Sm 22:14 – Davi (foi fiel a um rei injusto)
• Gn 39:22,23 – José (sua fidelidade o fez próspero)
• Dn 6:4 – Daniel (fiel é não ser faltoso com ninguém)
igreja,

22
• Mt 24:45 – fiel no serviço a Deus
•2 Co 2:17, 4:2 – fiel na declaração do que falamos
•2 Cro 31:12 – fiel no cuidado com as coisas consagradas (dízimos, etc.)
• 3 Jo 5 – fiel no cuidado com os relacionamentos, com os irmãos.
• 2 Cro 34:12 – fiel no cuidado com o que fazemos (obras).
• Pv 11:13 – fiel na guarda dos segredos, na transparência, na ética.
• Pv 13:17 – fiel na entrega das mensagens (sem distorcer nada).
• 1 Tm 3:11 – fiel em tudo!

3.4 QUANDO É QUE SOMOS DESLEAIS?

• Quando há medo de assumir compromissos. Quando falta responsabilidade parte-se


para a deslealdade, pois não existem pactos ou alianças assumidas.
• Quando estamos feridos. Descontamos nossas mágoas nos nossos próximos.
• Quando passamos por provas. Não podemos agir de forma desleal em nenhuma
circunstância, mesmo estando debaixo de lutas, abatidos ou desanimados.
• Quando há superficialidade. Se somos superficiais nos relacionamentos, seremos
superficiais também nos compromissos.
• Quando estamos em excessivo ativismo. A deslealdade cresce quando somos
incapazes de relacionar com as pessoas.

3.5) A AMARGURA DESTRÓI A FIDELIDADE

Hb 12:15-17 - A amargura é uma atitude que começa no coração.


• É uma raiz enterrada sob a superfície, que não pode ser notada no princípio.
• Ela impede as bênçãos de Deus, obstrui a oração, sufoca nossa mensagem, aflige
nossa alma e contamina os que estão ao nosso redor.
• Ela nos deixa amargos e distantes, destrói relacionamentos.

3.6) O MATERIALISMO DESTRÓI A FIDELIDADE

Esaú tornou-se o exemplo para todas as épocas daquele que vende o espiritual
em troca do material, que valoriza seu estômago acima da sua alma, e que preza as
propriedades acima das relações (Hb 13:5).
• Quem se deixa levar por esta armadilha se torna infeliz, ineficaz, invejoso dos outros e
vive reclamando de sua situação, não importa em que situação viva (Fp 4:11, 1 Tm 6:8).

4) MOTIVAÇÃO, ENTUSIASMO, PAIXÃO

4.1 DEFINIÇÕES
MOTIVAR: “fornecer ou apresentar um motivo para uma ação”.
MOTIVO: “um impulso interior que leva uma pessoa a fazer ou agir de um certo modo”.
• Motivar alguém é conectá-la com algo dentro dela que a impelirá a agir. É “pôr gasolina
dentro dos seus tanques”.
• Motivação é algo que vem de dentro, e não de fora.

23
• Os resultados, o desempenho e a produtividade são consequências externas da
motivação interna.
• O que vem de fora é temporário, mas o que vem de dentro é durável.

“Motivação é a arte de levar pessoas a fazerem o que você quer que


elas façam por vontade delas.” (Dwight Eisenhower)

• Se um líder não for capaz de motivar os outros, não poderá liderá-los. As pessoas não
se deixam inspirar ou convencer por alguém que não esteja inspirado e convencido.
• O poder da motivação é o maior poder essencialmente humano sobre a terra. Nada
pode resistir ao avanço de um grupo ou de um líder realmente motivado.
• Nossa motivação deve fazer com que as outras pessoas possam ser inspiradas pelo
nosso estilo de vida.
• A maior habilidade de um líder deve ser justamente a de produzir encorajamento e
conseguir despertar os interesses em seus liderados.
• O líder mais persuasivo e motivador que existe é o que tem completa confiança e
crença numa visão, alguém que está convencido que o trabalho pode ser feito e que se
dedique a completá-lo.

As pessoas são persuadidas mais pela força de nossas convicções e


comprometimento do que pelos nossos argumentos e conhecimentos.

• Uma pessoa motivada será muito mais produtiva, criativa, disposta a trabalhar além
do proposto, não necessitará ser supervisionada o tempo todo e fará o trabalho com
prazer e alegria.
• Existem muitas coisas que podem motivar uma pessoa à ação. Nosso alvo é levá-las
a fazer o que deve ser feito pelas razões corretas, nunca ferindo a ética e o caráter e
nunca quebrando princípios.

4.2) PESSOAS MOTIVADAS:

a) São DISPOSTAS
• Êxodo 35.4 a 36.7: o povo estava tão determinado a construir o Tabernáculo, que
Moisés teve de pedir para que parassem de trazer ofertas. Eles estavam motivados -
aquela obra havia conquistado seus corações.
• Não há como realizarmos nada se não conseguirmos motivar nossos colaboradores
e seguidores.
• Nosso grande encargo e desafio é manter-nos a nós mesmos motivados e também
contagiar nossos liderados a realizar qualquer grande obra.

b) São DETERMINADAS
• Pessoas motivadas desejam ver o trabalho terminado. Quanto maior a motivação,
maior a disposição para dedicar dinheiro, tempo e energia ao trabalho proposto.
• Pessoas determinadas são capazes de transpor obstáculos e concluir seus objetivos,
mesmo diante de oposições e obstáculos.
• A única maneira de vermos nossos sonhos realizados é levar outros a sonhar os
nossos sonhos, ou encontrar pessoas que já tenham sonhos iguais aos nossos.

c) São DIRECIONADAS POR UMA VISÃO


• Os alvos e a visão determinam nosso estilo de vida e, por isso, nenhuma disciplina
parecerá severa demais e nenhum sacrifício demasiadamente penoso.

24
• O líder deve sempre mostrar os motivos, alvos, objetivos e visão de determinada ação
e atividade às pessoas, dar-lhes sempre um senso de direção.
• As pessoas querem estar envolvidas em trabalhos que tenham repercussão, que
façam história, que permaneçam. Líderes que não sabem onde estão indo não podem
esperar que as pessoas os sigam.

d) São OTIMISTAS
• Elas creem firmemente que todo problema pode ser solucionado. Elas podem sentir-
se desencorajadas em algumas ocasiões, mas normalmente não ficam deprimidas.

e) São CONTAGIANTES
• Estão sempre influenciando os que delas se aproximam, são cheias de confiança em
Deus e em si mesmas.
• Elas sabem que se não acreditarem em si mesmas, ninguém mais acreditará.
• Poucas pessoas se mostram apenas cansadas quando se sentem frustradas,
entediadas, desencorajadas ou decepcionadas; nessas circunstâncias, as pessoas
desistem. O trabalho básico de qualquer líder é inspirar, dar motivos para ação.

O pessimista vê uma dificuldade em cada oportunidade, mas aquele que


está motivado vê uma oportunidade em cada dificuldade.

4.3) PESSOAS MOTIVADORAS:

a) Sabem RECOMPENSAR
• A forma básica de motivarmos as pessoas é através da recompensa. As pessoas dão
o máximo de si mesmas quando percebem que há uma recompensa interessante pelo
seu trabalho.
• Isso pode soar como algo errado, mas nós mesmos tendemos a fazer as coisas que
nos beneficiam de algum modo, e o próprio Senhor Jesus nos motivou ao Seu trabalho
com prmessas de recompensa e galardão.
• Devemos buscar maneiras de recompensarmos nossos liderados pelo empenho,
trabalho e labor manifestados naquilo que fazem.

b) Sabem RECONHECER e VALORIZAR o trabalho dos outros


• O reconhecimento motiva e encoraja a continuar trabalhando e perseguindo os
objetivos propostos.
• Todas as pessoas querem fazer alguma diferença na vida de outros. Faça com que
saibam que você se importa com elas, que acredita nelas. Dê-lhes expectativas e
esperanças.

c) Sabem RELACIONAR
• É mais fácil motivarmos as pessoas com quem nos relacionamos. Isso cria interesses
comuns, e também gera uma base mais segura para a comunicação e o trabalho.

Nossa maneira de tratar as pessoas determina o nível do seu desempenho.

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4.4) ENTUSIASMO

• Entusiasmo vem da palavra grega “enthous” (inspirar), en = dentro e “theos” (deus), ou


seja Deus dentro.
• É o “sopro ou inspiração divina no interior”.
• Perder o entusiasmo é “apagar Deus do coração”!

Entusiasmo é...
• Uma força que cresce à medida que a alimentamos e cultivamos (ninguém nasce
entusiasmado).
• A condição para que os nossos sonhos se realizem (tudo na vida é determinado e
alcançado pelo nível do entusiasmo em nós).
• A diferença entre aquele que persevera e aquele que desiste.
• Diferente de otimismo (que significa torcer para que algo dê certo).
• Acreditar na sua capacidade de fazer dar certo e agir para fazer dar certo.
• O que nos mantém em pé no meio das lutas.
• O que nos faz romper limites e sair das zonas de conforto.
• O que nos dá forças para recomeçar e perseverar.
• O que faz com que pessoas aparentemente comuns alcancem e realizem grandes coisas.

4.5) PAIXÃO

Paixão tem a ver com “ALMA, EMOÇÃO, FOGO INTERIOR, EMPENHO, FORÇA DE
VONTADE, OBSTINAÇÃO e DETERMINAÇÃO”.

A paixão é o primeiro passo para a realização.


• Seu desejo determina seu destino. Desejo fraco produz resultados fracos. Pouco fogo,
pouco calor; maior o fogo, maior o desejo, o potencial e a realização.

A paixão aumenta a nossa força de vontade.


• É o combustível da vontade, a força motivadora para uma ação. Para se realizar um
desejo, paga-se qualquer preço.

A paixão nos transforma.


• A paixão gera dedicação e produtividade, aumentando nossa capacidade de causar
impacto nos outros. A paixão exerce mais influência do que a personalidade.

A paixão torna possível o que aparentemente é impossível.


• Quando algo incendeia nossas almas as impossibilidades se desvanecem.
• Um líder com grande paixão e poucas habilidades sempre supera um líder com
grandes habilidades e pouca paixão.
• Líderes com paixão e habilidade superam suas metas.
• Não conseguimos liderar bem quando não estamos apaixonados. Não iniciamos um
incêndio, a menos que o fogo esteja queimando dentro de nós.

Motivação, Paixão e Entusiasmo formam a essência da eficiência e eficácia de um líder.


• Os verdadeiros líderes são eficientes e eficazes em tudo o que fazem.

Pv 27:23 - “Procura conhecer o estado das tuas ovelhas; cuida bem dos teus rebanhos”.

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Sal 78:72 - “E ele os apascentou, segundo a integridade do seu coração, e os guiou
com a perícia de suas mãos”.

1 Cr 12:14 (os capitães do exército de Davi): “...o menor valia por cem homens, e o
maior, por mil.”
• Eles eram eficientes e eficazes no que faziam, pois eram motivados, apaixonados e
entusiasmados.

5 VISÃO, FOCO

5.1 DEFINIÇÕES

VISÃO é a habilidade de vermos além do que está à nossa frente, além do que todos
os demais enxergam. É o quadro em sua mente de como as coisas podem ou devem
acontecer no futuro, é ter uma direção bem definida, é o que faz as coisas acontecerem,
é a fonte da disciplina e da automotivação.

Quanto maior a visão, maior o potencial, maiores as possibilidades de sucesso.

Visão é encarar as possibilidades futuras sem se deixar bloquear pelos fracassos do


passado e pelas impossibilidades do presente.

Somente quem pode ver o invisível pode fazer o impossível.

A chave fundamental para um líder é ter plena consciência do seu propósito e da sua missão.
• O propósito é a razão para a nossa existência e também para tudo que desenvolvermos na vida.
• O propósito traz visão, foco e objetivo para a vida.
• O líder que tem uma visão clara torna-se persistente e perseverante, mesmo frente
aos fracassos e reveses (Fp 3:13).

A visão que temos de Deus e de nós mesmos determina a eficácia da nossa vocação.
• Se estiverem erradas ou distorcidas, não exerceremos de maneira satisfatória nosso trabalho.
• Se estiverem corretas, seremos homens e mulheres capacitados e aprovados.

5.2) VISÃO CORRETA DE DEUS (ISAÍAS 6:1-4)

Deus está no controle de todas as coisas. Ele é soberano e Senhor, e cada situação
está debaixo de Sua permissão e controle.

Com essa visão em mente:


• Teremos um coração humilde e dependente d’Ele em tudo que fizermos;
• Seremos livres do orgulho, aprenderemos a ter um coração de servo e a depender uns
dos outros (Fp 1:27, 2:1-8);
• Aprenderemos a ter um espírito submisso e a trabalhar em equipe (1 Ts 5:11-15);

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• Nos tornaremos flexíveis e maleáveis nas mãos do Senhor (Jr 18:6);
• Seremos livres de preocupações, medos e ansiedades (Fp 4:4-7).

5.3) VISÃO CORRETA DE NÓS MESMOS (ISAÍAS 6:5-7)

Devemos ter uma visão realista e equilibrada sobre nós mesmos (Pv 23:7, Rm 12:3).

Uma visão errada ou distorcida a nosso próprio respeito produz:


• ORGULHO - tornamo-nos independentes e autossuficientes;
• DESÂNIMO - achamo-nos incapazes e inúteis, muito dependentes de outros;
• MEDO DAS PESSOAS - julgamos que estão nos perseguindo, nos pisando, estão contra nós;
• ARGUMENTAÇÕES - queremos sempre provar que estamos certos e que todos os
outros estão errados;
• CRÍTICAS - achamos que, mostrando as faltas e defeitos alheios, melhoramos nossa
própria imagem diante dos outros;
• INTOLERÂNCIAS - não aceitamos os outros como são, pois tememos que passem à
nossa frente. Senso de insegurança e de competição;
• COBRANÇAS - cobrando os compromissos dos outros, cobrimos nossas próprias falhas;
• CIÚMES E INVEJA DO TRABALHO DOS OUTROS - medo que nos superem;
• NÃO CEDER OU NÃO SABER PERDER - incapacidade de pedir perdão; queremos
sempre provar que temos valor ou que estamos certos;
• EXIBICIONISMO - falando e mostrando o que fazemos, julgamos conseguir aceitação,
elogio e respeito dos outros.

Uma visão correta a nosso próprio respeito produz:


• Dependência total de Deus, segurança interior;
• Reconhecimento da necessidade de outros, de relacionamentos (Jr 17:5-9);
• Relacionamentos corretos e equilibrados com as pessoas (Col 3:12-15);
• Capacitação, uso de todo nosso potencial (Isa 6: 8);
• Motivações corretas, espírito cooperativo, espírito de servo, respeito à cadeia de
autoridade, desempenho satisfatório, qualidade no que fazemos (Col 3:23,24).

w
RIR TAMBÉM É
UM REMÉDIO (Pv 15:13)

5.4) VISÃO DE EXCELÊNCIA

Temos de ter a visão do que queremos, os alvos a serem atingidos e o caminho que
iremos trilhar para chegarmos lá, tudo feito da melhor forma possível.

No meio do processo, precisamos diagnosticar e consertar os problemas e as falhas,


mudar o que for preciso e redefinir alvos e projetos, sem nunca esmorecer.

“Desde Sião, excelência de formosura, resplandece o Senhor” (Sal 50:2).

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Todo sentimento e atitude de comodismo, insegurança, defesa e resistência devem
ser abandonados.
• Deve haver vontade e empenho para atingirmos nossas metas, não desanimarmos
diante das dificuldades, priorizarmos a excelência em tudo visando a satisfação total de
Deus e de todos.

5.5) O QUE A FALTA DE VISÃO PRODUZ

a) ERROS
Os erros nos desviam da direção correta, nos fazem perder tempo, atrasam nosso
crescimento, diminuem a qualidade, denunciam nossas falhas, geram desgaste
desnecessário de tempo, dinheiro, esforço e saúde, pois o estresse é inevitável.

b) FALTA DE PLANOS, PROJETOS, OBJETIVOS ou METAS


Um líder deve estar sempre preparado para o imprevisto e saber trabalhar debaixo de
cobranças e pressões. Em qualquer ambiente que envolva trabalho, as pressões são tão
inevitáveis quanto os imprevistos.
A falta de visão impede o planejamento, nos desvia do curso, das metas e objetivos
propostos e induz a precipitações, ansiedades, frustrações e derrotas.

c) ISOLAMENTO
A falta de visão nos faz voltarmos para nós mesmos no desempenho do nosso trabalho
e esquecer-nos de desenvolver relacionamentos, ou então desenvolvê-los em um
ambiente pouco amigável.
Isolamento é o medo de trabalhar juntos, de não reconhecer que os outros podem nos
auxiliar.
Isolamento é egoísmo, impede o nosso crescimento e afasta as pessoas.
Pv 18:1 diz que “o solitário busca o seu próprio interesse e insurge-se contra a verdadeira
sabedoria”.

d) FALTA DE EXPECTATIVAS
Toda função ou projeto deve ter expectativas, caso contrário, traz decepções e frustrações,
sentimentos de culpa, acusação e fracasso, além de correr o risco de se trabalhar muito
mas produzir e desenvolver pouco.
A falta de visão nos impede de enxergar nossas metas e entender nosso propósito de vida.

e) HESITAÇÕES
Quem hesita com frequência ao tomar decisões, destaca-se por decisões ou motivos
errados e se expõe a críticas.
Hesitar é não saber aproveitar as oportunidades, tempo e hora para agir. Quando
concentramos nosso foco no que é importante, as questões menores tendem a
desaparecer.
A hesitação nos afasta do foco, da visão principal e gera precipitação. Quando hesitamos
no que devemos fazer, prejudicamos a equipe e aos que estão acima e abaixo de nós.

f) INFLEXIBILIDADE
Ser líder é ser capaz de desenvolver, mudar e adaptar. A maior causa do fracasso de
líderes é justamente a falta dessa capacidade.
A falta de visão impede a adaptação e a flexibilidade às mudanças. Os dias de hoje

29
exigem constantes mudanças em ritmo feroz, e requerem a capacidade de mudar e de
aprender rápido, adaptando-nos às necessidades atuais.

g) DESCULPAS
A falta de visão nos leva a viver procurando desculpas para nossos erros. Quando se
comete um erro, o melhor a fazer é admiti-lo com franqueza e consertar o quanto antes.
Quando administramos bem uma situação, ela se reverte a nosso favor.
Precisamos admitir quando estamos com problemas decorrentes de “besteiras” que fazemos.
Querer levar sempre vantagem em tudo (Lei de Gérson) não funciona nos dias atuais. As
desculpas (transferir a culpa para outras pessoas ou coisas) impedem o crescimento.

h) FUGA
A falta de visão nos faz buscar mecanismos de fuga. Fuga é a maneira mais fácil que
encontramos para não enfrentarmos as situações.
Fugir das responsabilidades e deveres assumidos, “abandonar o barco”, transferir para
outros, acusar ou cobrar outros. Quando as pessoas se veem em aperto ou “sem chão”
ou fogem ou produzem muletas para si. A fórmula mais barata é a transferência; é mais
fácil fugir do que assumir. Sempre buscamos e apontamos outros responsáveis. A fuga
impede o crescimento e bloqueia ainda mais a visão.

i) AUTOPIEDADE
Em vez de combater o problema que está por trás dos erros e lutar para resolvê-
los, ficamos nos culpando e nos bloqueamos. Isso gera sentimentos de inferioridade,
insegurança e frustração, e nos desvia da visão.

j) BUSCAR ATALHOS
Escolher o caminho mais rápido e mais fácil geralmente conduz ao fracasso. Nenhuma
conquista é alcançada sem um trabalho árduo. O atalho, a linha de menor resistência,
é responsável por sucessos insatisfatórios ou derrotas e pela escolha de objetivos
errados. O caminho da integridade, da ética, da justiça e da moralidade é mais longo,
mas conduz às verdadeiras vitórias. O contrário também é verdadeiro.
Escolher estradas longas, também, nem sempre é o melhor caminho. A procrastinação, a
espera demasiada e a indolência são atitudes que destroem as realizações e abafam a visão.

k) CARREGAR FARDOS DO PASSADO E DESISTIR CEDO DEMAIS


Conforme envelhecemos, temos a tendência de depender das lembranças do passado;
isso gera depressão, frustração, amargura e tormentos, roubando a visão e a felicidade.
As lembranças, principalmente as depressivas, tendem a nos congelar e endurecer. São
fardos que nos fazem perder a capacidade de continuar produzindo.
A vida é um constante desenvolvimento e, ao parar, ao desistir cedo demais, ao temermos
o novo e nos concentrarmos no passado, abafamos e anulamos o futuro.

l) ILUDIR-NOS COM SUCESSOS TEMPORÁRIOS


Realizações e sucessos temporários tendem a nos fazer sentir completos, impedindo-
nos de continuar crescendo e progredindo.
Napoleão disse certa vez: “O momento mais perigoso vem com a vitória”, pois instala-se
um excesso de autoconfiança e, quando um novo problema aparece, ficamos amargos:
“como posso ter problemas se já fui bem-sucedido?”.
A falta de visão faz com que paremos e nos acomodemos naquilo que já alcançamos.

“Onde não há visão, o povo se corrompe (perde o propósito)” (Prov 29:18)

30
6 AUTORIDADE E SUBMISSÃO

Autoridade é definida no dicionário como poder legítimo, direito de mandar, a autoridade


das leis, de um pai, de um chefe. Mt 28:18. Submissão tem como atributos: a obediência voluntária,
sujeição, humildade, humilhação, subserviência.

6.1 DEFINIÇÕES

Toda a ordem do Universo foi criada e é mantida através do princípio da autoridade.


• Tudo neste mundo, para funcionar corretamente, deve estar submisso à cadeia de
autoridade instituída por Deus na Terra.
• Se alguém não está debaixo desta cadeia de autoridade suprema, está fora da ordem
estabelecida por Ele, está sem proteção espiritual e não pode exercer autoridade.

Deus delega Sua autoridade às pessoas.
• Encontramos a autoridade de Deus na Igreja (líderes), na Família (pais), na Sociedade
(leis, governos).
• Todos devem estar em submissão a essas autoridades constituídas.
• Não é possível edificar alguém ou delegar autoridade a alguém que não esteja debaixo
de autoridade (Hb 13:17, 1 Pe 5:5, 1 Ts 5:12,13, 1 Co 16:16, Ef 5:21).

A autoridade delegada por Deus deve ser exercida com espírito de amor, de servir as pessoas,
de humildade e temor a Deus, e nunca com a ambição de dominar ou governar as pessoas.

Nossa autoridade é representativa e reconhecida, e nunca absoluta ou imposta.


• Perdemos a autoridade quando passamos a confiar em nós mesmos (Jr 17:5), e não
reconhecemos a fonte da verdadeira autoridade (Mt 10:1).

Submissão é a atitude interior que nos leva a nos sujeitar àqueles que estão investidos
de autoridade sobre nós.
• Obediência total e irrestrita, no entanto, devemos somente a Deus e à Sua Palavra.

Rm 13:1-5 diz que não há autoridade que não proceda de Deus; por isso, todos devem
sujeitar-se às autoridades constituídas por Ele.
• Quem resiste à autoridade, resiste à ordenação de Deus, e trará sobre si
condenações ou maldições.
• Não devemos ser submissos somente por causa do castigo, mas sim por causa de
uma visão e uma consciência cristã corretas e equilibradas.

6.2 SEMENTES DA REBELIÃO (como começa):

a) FERIDA
b) RESSENTIMENTO (gera inveja, indiferença, desprezo, independência)

31
c) AMARGURA (raízes – barreiras interiores, afastamento)
d) ÓDIO (quebra de alianças – porta para entrada de demônios)

6.3 EXEMPLOS BÍBLICOS:

• Ts 5:12: Paulo roga a todos que, em primeiro lugar, reconheçam os líderes que
trabalham na obra de Deus, seu trabalho, seu valor, e que os tratem com amor.
• Hebreus 13:7,17: como representantes de Deus, os líderes devem ser honrados e
respeitados. A fidelidade e a aliança aos líderes que estão sobre nós é o que determinará
nosso sucesso e unção ministerial.
• O mau exemplo de Absalão (2 Sm 15:1-20)
• Josué (Ex 33:11, 17:8-10, 24:12,13)
• Eliseu (1 Rs 19:19-21)
• Davi (1 Sm 26:8-11)
• O exército de Davi (1 Cro 12, 2 Sm 15:15-22)

“Autoridade se exerce estando próximo o suficiente para se relacionar,


e a frente suficiente para influenciar e motivar.”

7 SANTIDADE

Deus quer que vivamos, como líderes, uma vida de santidade, de piedade, de exemplo e
modelo para nossos liderados.
• Devemos estar em guarda contra qualquer espécie de imoralidade, em pensamento ou
em ato. Ninguém fracassa moralmente de repente.
• A lascívia se instala e cresce com o tempo no coração e na mente.

TAREFA: PESQUISE NA BÍBLIA ALGUNS ENSINAMENTOS SOBRE SANTIDADE EM Rm 6:22; 1 Ts 4:3;


Heb 12:14; 1 Ts 3:13; 1 Ts 4:3-7; Lev 11:44

Rm 6:22 – “Mas agora, libertos do pecado, e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para san-
tificação, e por fim a vida eterna.”

1 Ts 4:3 – “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação...”

Heb 12:14 – “Segui a paz com todos, e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor.”

1 Ts 3:13 – “...de sorte que sejam irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai...”

1 Ts 4:3-7 – “Porque esta é a vontade de Deus, a saber, a vossa santificação: que vos abstenhais
da prostituição, que cada um de vós saiba possuir o seu vaso em santidade e honra, não na paixão
da concupiscência, como os gentios que não conhecem a Deus... porque Deus não nos chamou para
a imundícia, mas para a santificação. Portanto, quem rejeita isso não rejeita ao homem, mas sim a
Deus, que vos dá o seu Espírito Santo.”

Lev 11:44 – “Porque eu sou o Senhor vosso Deus; portanto santificai-vos, e sede santos, porque
eu sou santo...”

32
“A imoralidade é uma barreira que nos impossibilita de andar com Deus”.

O impuro desenvolve conceitos errados sobre Deus, sobre o pecado e sobre outras pessoas. Ou se
torna libertino e complacente com o pecado, ou se torna legalista e rígido diante do pecado, assum-
indo julgamentos e juízos sobre os outros na expectativa que Deus não levará em conta seu próprio
pecado se combatê-lo na vida dos outros.
Satanás procura destruir os servos de Cristo conduzindo-os pouco a pouco aos pensamentos e
comportamentos lascivos.
• Precisamos da proteção de Deus para que não caiamos nos engodos e seduções que surgirão à
nossa frente.

Quando vivemos em santidade nossa vida se descortina, há revelação. Deus nos revela sua Pala-
vra, nossa fé aumenta e nos tornamos vitoriosos em todas as nossas áreas de trabalho.

Existem líderes que são ágeis e eficientes no que fazem, mas que não se preocupam em guardar
o seu coração, em buscar santidade e consagração (Sl 1:1-3).

Para sermos líderes aprovados e eficazes, se quisermos servir a Deus e trabalharmos para Ele,
devemos permitir que a santidade governe nosso corpo, alma e mente, desenvolvendo um caráter
puro e aprovado por Deus.

8) ORAÇÃO

A oração é um dos ingredientes indispensáveis da vida cristã.


• Sem uma prática constante de oração enfrentaremos crises de identidade espiritual, teremos
menos fé, confiança e discernimento do mundo e da realidade espiritual.
• Sem oração, estaremos sujeitos à influência paralisante das coisas secundárias e dos
problemas pessoais diários.
• A prática da oração ajusta as nossas prioridades e alarga nossa visão e percepção espiritual.

“A medida da nossa intimidade com Deus determina a medida do nosso


poder e influência espiritual e ministerial.”

O que as escrituras falam sobre oração: Ex 17; 1 Sam 12:23; Hb 7:25; At 12:5

Êx 17: Josué estava liderando as tropas nos campos de batalha contra os amalequitas, e Moisés,
em um monte próximo, estava intercedendo por Josué. Enquanto as suas mãos permaneciam ergui-
das, Josué vencia. Josué estava lutando enquanto Moisés estava intercedendo.

1 Sam 12:23: “longe de mim que peque contra o Senhor, deixando de orar por vós”.

Hb 7:25: Jesus até hoje continua a interceder por nós.

At 12:5: Como resultado da oração da igreja, a vida de Pedro foi poupada.

A oração propicia uma maior sensibilidade a Deus e à Palavra e uma maior conscientização da

33
presença e orientação do Espírito Santo em todas as áreas da vida. É também um forte auxílio contra
as tentações e lutas diárias.

A prática da leitura bíblica e de bons livros também amplia nossa base de conhecimento e ex-
periências, permitindo que Deus encontre em nós ferramentas diversas para ajudar as pessoas em
todas as áreas, pois as necessidades humanas são muito amplas e variadas.

Estas disciplinas espirituais fortalecem em nós a compaixão e a sensibilidade às pessoas, criam


em nós um genuíno coração de servo e amor cristão, além de moldar em nós as qualidades de
caráter necessárias para desempenharmos nosso trabalho espiritual e nos relacionarmos bem com
Deus e com as pessoas.

A percepção espiritual não é concedida em nível humano. As realidades espirituais não podem ser
conhecidas por meio de intelecto, estudos e conhecimentos, mas por meio de uma vida de comun-
hão com Ele através da oração e estudo da Sua Palavra.

Nossa influência cristã depende do nosso conhecimento direto do mundo invisível e de nossa
experiência na oração. O amor, a percepção, o tato, a sensibilidade, a simpatia e a influência como
líderes nascem da oração. A inflexibilidade, a rudez e os conflitos com as pessoas surgem da falta
de comunhão com Deus.

Nossa função como líderes cristãos não é mudar as pessoas, mas amá-las, aceitá-las e ajudá-
las. É trabalho do Espírito Santo convencê-las, corrigi-las ou convertê-las, e Ele faz isso por meio da
oração. É a oração que muda tudo e todos.

“Deus age na Terra somente em resposta às orações do Seu povo.”

9) FÉ

9.1 DEFINIÇÕES

A fé é o que capacita um líder a realizar sua missão e visão, pois gera um propósito
firme que o capacita a lutar e superar todos os obstáculos à sua frente (Tg 1:6-8).

“Fé é o contrário de medo e preocupação.”

Ao vivermos e praticarmos a fé, experimentamos o poder de Deus em nossas vidas.


• Se só agirmos ou planejarmos de acordo com os recursos que nos estão disponíveis,
não precisaremos de fé ou do poder de Deus (Lc 18:27).
• Quando planejamos e agimos de acordo com a vontade de Deus, Ele providenciará os
meios e experimentamos Seu poder e milagres.
• Esta convicção deve ser a nossa força motora, o padrão que determina nossas atitudes,
valores, hábitos e prioridades (Hb 1:6).

Rm 10:17: “a fé vem pelo ouvir, e ouvir a Palavra de Deus”.


• Quanto mais ouvimos, lemos e conhecemos a Palavra, mais fé adquirimos.

34
• De onde vem o medo, a insegurança, a dúvida, a desconfiança, a incredulidade? Vem
do que ouvimos, vemos e lemos (noticiários, acontecimentos).
• O que vemos e lemos nos influencia e comanda nosso cérebro, passando as informações
para o coração (alma e espírito).

“Fé não significa ignorar as dificuldades ou a realidade, mas crer que a


Palavra de Deus é mais forte, mais poderosa.”

9.2 TRÊS NÍVEIS DE FÉ:



a) O Nível do OBSERVAR a Fé
• É o nível básico, em que enxergamos, visualizamos as possibilidades, ouvimos
testemunhos e começamos a acreditar que é possível que Deus faça algo por nós.

b) O Nível do VERBALIZAR a Fé
• É o nível em que começamos a orar, a pedir, a buscar, a verbalizar a fé que temos
observado. Assumimos alguns compromissos com Deus.

c) O Nível do AGARRAR a Fé
• É o nível mais profundo, mais do que ver, orar, pedir; é o nível em que realmente
confiamos que Deus pode nos atender, temos certeza que é possível acontecer conosco
e perseveramos até receber.

Todos começam no nível “a” e todos têm a oportunidade de chegar ao nível “c”, mas a
maioria não chega; para no meio do caminho, desiste, perde a confiança, não persevera.

9.3) ALGUMAS COISAS QUE A FÉ NOS TRAZ:

Hebreus 11:24-27 – Moisés


• A fé nos ajuda a toMc decisões difíceis, a passar por momentos e situações difíceis, a
fazer escolhas corretas.
• A fé nos ajuda a esquecer as experiências negativas do passado, viver com confiança
no presente e ter esperança para o futuro.
• A fé nos ajuda a passar por cima dos nossos medos.

Josué 14:7-13 – Calebe


• Calebe agarrou o que havia visto, crido e verbalizado.
• A fé gera em nós sonhos e convicções e nos dá forças para lutar até alcançá-los.
• A fé nos ajuda a obedecer a Deus, mesmo nos piores momentos.
• A fé nos revitaliza diariamente, para não desistirmos no meio das lutas e para impedir
que as dificuldades nos derrotem.

Gênesis 13:14-16 – Abraão


• Não importa o que já perdemos, seja qual for a situação ou o lugar onde estamos hoje,
• Deus prmete que vai nos abençoar. Basta ver e crer.
• Muitas vezes não recebemos porque não vemos ou não cremos. Achamos que os
milagres só podem vir de um único lugar ou pessoa. Temos de olhar em todas as
direções, porque eles podem vir de qualquer lugar.

35

Romanos 1:7 diz que “o justo viverá pela fé”, e Hebreus 11:1 diz que “a fé é a certeza
das coisas que se esperam e a convicção de fatos que não se veem”.
• O justo viverá pela fé em coisas que não vê, mas crê. Sua vida é baseada na fé do que
• Deus diz e promete em Sua Palavra.
• Fé é viver pela confiança e esperança em Deus (Sl 9:10).

“Aquele que é capaz de fazer infinitamente mais do que tudo o que pedimos ou pensamos,
conforme o Seu poder que atua em nós” (Ef 3:20)

10 • AMOR

2 Tim 1:7 – A força mais poderosa da liderança é o amor.


• Líderes devem ser destemidos, fortes, valentes e corajosos, mas, acima de tudo, cheios de altruísmo, de amor.

“O amor distingue o verdadeiro líder do ditador.”

A palavra “amor” no sentido bíblico é “ágape”.


• O amor ágape é ativo (requer expressão), é transitivo (requer um objeto) e é serviço (envolve sacrifício).
• O líder que se espelha em Cristo ama a Deus, a si mesmo e ao seu próximo. É emocionalmente e
espiritualmente sadio (Mr 12:28-31).

O amor, na forma bíblica, não é o simples exercício das emoções, mas uma disposição mental,
uma decisão e ato da vontade, do coração e da alma.

Expressando o amor ágape, o líder motiva seus seguidores a também praticarem o mesmo amor,
pois só ele é permanente e realmente atende às reais necessidades das pessoas (1 Co 13:13).

Os líderes lidam com pessoas, e pessoas precisam ser tratadas com amor.
Este é o maior fator motivador que existe (1 Jo 4:7-19).

At 20:17-36; 1 Pe 5:1-4: a expressão prática do amor é a essência do verdadeiro pastoreamento.

“Uma liderança amorosa supre, nutre, alimenta, protege, pastoreia,


apascenta, corrige, ampara e guia as pessoas.”

Em Gl 5:22,23, Paulo fala do “fruto do Espírito” e usa o singular.


• É como uma árvore e seus ramos.
• A raiz é o Amor e seus ramos são a Alegria, a Paz, a Longanimidade, a Benignidade, a Bondade, a
Fidelidade, a Mansidão (ou Humildade) e o Domínio Próprio.
• Estas oito qualidades são a expressão do verdadeiro amor, o amor ágape.

1 Co 13:4-7 – se o amor de Deus estiver atuando na vida de um líder, determinadas atitudes nunca

36
se evidenciarão mas, outras, serão bem aparentes.

Rm 5:5: todos temos o potencial, a capacidade, a habilitação e a força necessárias,


dados pelo Espírito Santo, de aMc as pessoas. A prática deste amor é que pode ser o
nosso problema.

Mt 24:12: “...por se multiplicar a iniquidade, o amor se esfriará de quase todos”.


• Hoje existe um esfriamento, um congelamento do amor nos corações das pessoas.
• Por causa das crises e dificuldades, o homem tem-se isolado cada vez mais, construído
“muros” ao seu derredor, se distanciado das pessoas e dos relacionamentos, se fechado
em si mesmo.

“A independência, o orgulho e o egoísmo são os opostos do amor.”

1 Ped 4:8: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque
o amor cobre multidão de pecados.”
• Cobrir não significa acobertar falhas ou pecados, ser conivente ou cúmplice dos erros
dos outros, mas, sim, amar, aceitar e ajudar, independente dos erros e falhas.

Mt 9:35,36: existem três sentimentos que constantemente atingem as pessoas:


• AFLIÇÃO: ansiedade e preocupação demasiada, perturbação emocional, medo,
angústia, desespero, opressão.
• EXAUSTÃO: esgotamento, desânimo, cansaço emocional, enfraquecimento,
estresse, depressão.
• DESAMPARO: sentimento de abandono, de falta de pai, insegurança, solidão, rejeição.

As pessoas estão como ovelhas sem pastor: sem paternidade, sem cuidado, sem
proteção, sem amor.
• Mt 11:28: “Venham a mim, todos os que estão cansados (exaustos) e oprimidos (aflitos,
desamparados, sobrecarregados), e eu lhes aliviarei. Tomem sobre vocês o meu jugo, e
aprendam de mim, porque sou manso e humilde coração, e acharão descanso para as
suas almas”.

Apo 2:4: “Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te,
pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras”.
• Voltar ao primeiro amor significa deixar toda frieza, egoísmo, independência e orgulho
de lado, e permitir que o Espírito Santo controle a nossa vida, o nosso coração, nossos
pensamentos, sentimentos, ações e atitudes.

Jo 13:35: “Nisto conhecerão que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros”.

11 • ÉTICA

A palavra “ética” vem do grego e tem a ver com “valores e princípios morais, modo de conduta” (2 Tm 4:5).

37
“Ética é a ciência da conduta, é a forma de proceder, é o
conjunto de normas para bem liderar.”

11.1 ALGUNS PRINCÍPIOS ÉTICOS:

a) HONESTIDADE (Hb. 4:13; 1 Tm 3:16,17)


• Honestidade tem a ver com compromisso com a verdade, transparência, lealdade e fidelidade.
• O compromisso com a verdade é fundamental para o desenvolvimento do nosso
potencial, atividades e trabalho.
• Transparência fala de não encobrirmos nada de Deus e dos nossos líderes.
• Lealdade e Fidelidade fala de não criticar, descobrir ou trair a confiança daqueles que
estão acima e abaixo de nós. É a capacidade de manter-se fiel a Deus, a si mesmo, aos
outros, aos líderes a quem estamos sujeitos.
• Integridade tem a ver com retidão, inteireza de caráter (Tt 2:7,8).

b) TESTEMUNHO (Modelo, Padrão, Exemplo) (1 Tm 4:12, 2 Tm 2:19-22)


• Na palavra: maneira de falar, de transmitir o que pensa (não manipular as pessoas).
• No procedimento: maneira de ser, de se portar (ações e atitudes) (1 Tm 6:6-11).
• No amor: maneira de se relacionar com as pessoas (não tratar mal, não pressionar,
não ferir, etc.).
• Na fé: maneira de se relacionar com Deus (confiança, perseverança).
• Na pureza: maneira de se portar (retidão moral, santidade) (1 Tm 5:1-3).

c) COMPORTAMENTO, MODO DE CONDUTA


• Comportamento tem a ver com a nossa apresentação pessoal, nossos hábitos,
costumes e padrões: maneira de andar, vestir-se, alimentar-se, comportar-se em
público, falar, agir, etc. (1 Tm 3:14,15; 4:16).

d) DUPLICAÇÃO DE VALORES
• Reproduzimos o que somos, geramos segundo a nossa espécie.
• Nossos liderados tendem a reproduzir e multiplicar tanto nossas virtudes quanto
nossos erros (2 Tm 2:2).

11.2 ALGUNS PADRÕES ÉTICOS

• Não fique criticando, condenando, murmurando, reclamando das pessoas.


• Edifique sempre, valorizando as iniciativas, elogiando, incentivando o potencial alheio.
• Desenvolva-se espiritualmente através de leitura, oração, treinamentos, eventos.
• Passe sempre adiante o que aprende, incentivando outros a fazê-lo também.
• Levante outros líderes com seu próprio exemplo.
• Respeite e honre as autoridades constituídas (Deus, família, trabalho, igreja, sociedade).
• Cultive atitudes positivas, de fé. Não passe para seus liderados desabafos negativos.
• Peça ajuda a seus líderes hierárquicos.

38
12 • SERVIÇO

“Serviço não é posição; é a meta do verdadeiro líder.”

O verdadeiro poder da liderança está na atitude e disposição de servir àqueles que lhe são confiados.

Jesus ensinou que liderança é um serviço, uma missão. Ele próprio era um líder-servo em todos
os sentidos, e cumpriu esta missão até sua morte (Jo 6:38, Mr 10:4,5).

“O princípio do serviço separa os verdadeiros líderes


dos ávidos pela glória.” (Laurie Beth Jones)

O verdadeiro lugar da liderança cristã é no meio da multidão, e não na mesa principal.


• Hoje as mesas principais substituíram a toalha e a bacia de lavar, os títulos e posições sub-
stituíram o serviço.

A liderança centrada no serviço foi introduzida nas discussões atuais sobre liderança.
• Artigos escritos por empresários importantes convocam os líderes para um novo modelo de lider-
ança, um modelo orientado para o serviço.
• No mercado, o pêndulo mudou da liderança centrada na personalidade para a liderança baseada no caráter.

“A verdadeira liderança servil começa quando o líder se humilha para cumprir a missão que
lhe foi confiada, em vez de servir aos seus interesses pessoais.”

O líder se torna servo de seus colaboradores quando oferece visão, direção, correção e recursos
adequados para realizar a missão confiada ao grupo.
• O marido não pode liderar a esposa até que, primeiro, a sirva mediante atos de amor e bondade.
• O pai jamais poderá ser líder de uma família a não ser que os filhos reconheçam sua posição de autoridade
sobre eles, mediante o serviço amoroso que este lhes presta por meio de treinamento e disciplina.
• O pastor pode receber um título e a posição de líder, mas jamais guiará um grupo de pessoas até que
este grupo o permita e confie em sua orientação.

39
Jamais nos tornaremos “A verdadeira grandeza, “Se alguém quer
líderes-servos até que a verdadeira liderança, vir após mim, a si
nos tornemos, primeiro, não é obtida obrigando mesmo se negue,
servos do Líder. Nossa os homens a nos tome a sua cruz e
missão e propósito servir, mas em nos siga-me.” (Mt 16:24).
na vida nascem de entregarmos em serviço
nossa relação de amor, abnegado a eles.”
serviço e submissão (J. O. Sanders).
primeiramente a Deus.

Enquanto os líderes se preocuparem com quem vai sentar-se à mesa principal, eles terão pouco
tempo para servir as pessoas.
• Não veremos oportunidades de serviço enquanto continuarmos com os olhos fixos na competição.
• Jesus ensinou em Lucas 14:8-11 que os assentos na mesa principal só são ocupados “mediante
convite”, em vez de “a qualquer custo”.

Onde quer que estejamos, sempre haverá alguém superior a nós.


• Não é melhor compreender e aceitar isso do que ficar lutando por um prestígio que não temos?

A verdadeira humildade elimina a exigência ardente de ser honrado em primeiro lugar.

Mt 18:4: “Portanto, aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus”.
• A humildade como a de uma criança é um requisito para o verdadeiro líder. A ambição competi-
tiva não se ajusta ao perfil de um líder-servo.

Fp 2:3-9: se você quiser ser verdadeiramente grande, a direção que deve toMc é para baixo.
Quanto mais você perde, mais você ganha (1 Pe 5:6, Pv 15:33).

Ponha de lado o orgulho, pois ele destrói os líderes.


• O orgulho o impelirá de buscar posições que julga merecer, em vez de levá-lo ao lugar que deve
verdadeiramente estar.
• O orgulho o posiciona acima dos outros e insiste que você merece que eles o sirvam.
• O orgulho cega-o para as suas fraquezas e para a força de vontade dos demais.
• O orgulho o impele a construir barreiras, não pontes.
• O orgulho sempre se colocará na frente da sua missão e das pessoas envolvidas nos seus projetos.

Quem tem uma ambição errada de liderar, tende a procurar posições de poder a fim de coman-
dar outros e compartilhar as vantagens da posição.
• Os ensinamentos de Jesus sobre a liderança servil não apóiam tais esforços e desejos humanos.
• Jesus ensina que aprendemos a liderar aprendendo a servir.

O modelo ou figura do líder sempre deve representar “amor, serviço e sinceridade.”


• RELACIONAMENTO é o conceito chave na ideia do líder.

40
• Os liderados recusam a liderança daqueles que não se importam com eles, como pessoas.

A grandeza no serviço a outros não pode ocorrer enquanto você insistir que é seu direito ser
servido por outros.

João 13 - Bem próximo da sua morte na cruz, lavar os pés dos discípulos foi o modelo supremo de
liderança servil que Jesus apresentou. Ele estava renunciando ao seu lugar na cabeceira da mesa.
• Os pés dos seguidores de Jesus estavam sujos e ninguém se dispusera a lavá-los. O grupo tinha
uma necessidade, mas ninguém quis sair do seu lugar para satisfazê-la. Eles estavam ocupados
demais comparando-se uns aos outros.
• O verdadeiro líder, quando confia que Deus está no controle, também aceita correr este tipo de risco.
• Somos capazes de renunciar a posições de importância e agir como verdadeiros servos sem nos
mostrar inseguros ou na defensiva.

“Jesus demonstrou que os líderes-servos suprem as necessidades do


grupo a fim de executar uma missão.”

“Não é minha responsabilidade” é uma atitude que impede a colaboração e o trabalho em equipe.
•Quando essa ideia penetra numa equipe, ela fica prejudicada. Os territórios são marcados e de-
fendidos.
• Batalhas são travadas quanto a “quem faz o que” e “quem faz mais” do que os outros.
• Jesus ensinou que os líderes com toalhas estão dispostos a satisfazer qualquer necessidade
existente, sem levar em conta a quem cabe a tarefa.

Quando Jesus deixou a mesa para exercer a forma de servo e fazer o trabalho de um escravo,
estava oferecendo uma visão real da sua missão.
• Ele já ensinara que a sua missão não era “ser servido”, mas “servir e dar a sua vida em resgate
de muitos” (Mc 10:45).
• Sabemos que é melhor servir do que ser servido, mas sabemos também como é difícil dar aos
outros o primeiro lugar.

“Você irá liderar outros à medida que praticar o que ensina. “

“Se tudo o que tiver para oferecer for palavras, poucas pessoas o seguirão.
O seu exemplo deve falar mais alto.”

Só Deus pode capacitar um egocêntrico a tornar-se alguém que serve a outros.


• É por essa razão que só o indivíduo que vive em comunhão com Deus pode tornar-se um verda-
deiro líder-servo.

“Líderes centrados nos princípios são orientados para o serviço. Os que se esforçam para
concentrar-se no serviço enxergam a vida como uma missão, não como uma carreira. Suas
fontes de sustento os armaram e prepararam para o serviço. Com efeito, todas as manhãs eles
colocam o ‘jugo’ e os arreios do serviço, pensando em outros” (Stephen Covey).

41
Professor ,

Com a finalidade de ativar a memória dos(as) alunos(as) sobre o que aprenderam nesse capítulo aplique
a atividade REGISTRANDO A APRENDIZAGEM individualmente ou em duplas. Consideramos essa ativi-
dade como uma excelente oportunidade para significação dos conteúdos ministrados.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 2

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) Você tem convicção do seu chamado, da sua vocação para ser um líder? Por quê?

2) Qual é, na sua opinião, a relação entre Vocação e Chamado?

3) Defina, em suas palavras, o que é Integridade.

4) Qual é a ligação entre Caráter e Integridade?

5) Quais são os princípios da Fidelidade?

6) O que destrói a Fidelidade?

7) Defina Motivação, Entusiasmo e Paixão.

8) Dê três características de uma pessoa motivada.

42
9) Quais são as sementes da rebelião?

10) O que é viver em santidade?

11) Por que é necessário que o líder tenha uma vida de oração?

12) Quais são os três níveis de fé que existem? Explique resumidamente cada um.

13) Explique Mateus 24:12:

14) Em suas palavras, o que é Liderança Servil?

43
Professor ,

O Capítulo 3 trata das atitudes essenciais para a boa liderança com algumas sugestões práticas.
Sugestão: Utilize alguns dos filmes da lista apresentada ao final do livro para provocar a reflexão acerca
das atitudes positivas e negativas do líder, além de reforçar os princípios cristãos.

CAPÍTULO 3

ATITUDES DE LIDERANÇA
1 • DEFINIÇÕES
Atitude é um sentimento íntimo manifestado através do comportamento. É o “ânimo interior”.

Fp 2:5 – “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento (atitude) que houve também em Cristo Jesus.”

Uma atitude pode ser vista sem que uma palavra seja dita.
• Ela reflete o verdadeiro caráter e personalidade, e é altamente contagiante.
• O que se passa dentro de nós afetará o que se passa por fora.

“A vida é 10% o que me acontece e 90% como reajo.”

A disposição interior de um líder é importante porque influenciará a maneira como seus


liderados pensam e sentem.
• Ela é o fator determinante para a boa “performance” de um líder.

Atitudes corretas criam uma atmosfera correta, que propicia reações corretas. O oposto também
é verdadeiro.

“Liderança tem mais a ver com disposição do que com posição.”

“Deus escolhe aquilo pelo que passaremos. Mas somos nós


que escolhemos a maneira como passar.”

Gl 6:7: “Tudo o que o homem semear, isso também colherá”.


• Nossas atitudes para com a vida determinam o que nos acontece.
• Atitudes são comportamentos, escolhas diárias e constantes que fazemos.

44
Fp 4:4: Comportamentos podem sem aprendidos.
• Podemos criar ou mudar nossos ambientes (mental, emocional, físico, espiritual, social) pelas
atitudes que desenvolvemos.

Mt 7:12: Nossas atitudes determinam nosso relacionamento com as pessoas


• Quando colocamos os outros em primeiro lugar e enxergamos as pessoas como sendo
importantes, a nossa perspectiva reflete seus pontos de vista e não os nossos.
• Preocupar-se com as pessoas, se importar com elas, se interessar pelas suas opiniões,
aprender a ouvi-las.

“As pessoas não se importam com quanto você sabe, até que tenham consciência
do quanto você se importa com elas.” (John C. Maxwell)

Nossas atitudes são a única diferença entre sucesso e fracasso.


• Elas valem mais do que habilidades, recursos, técnicas ou conhecimentos.

Nossas atitudes podem transformar nossos problemas em bênçãos.


• A diferença entre um obstáculo e uma oportunidade é a nossa atitude para com eles. Toda
oportunidade apresenta uma dificuldade, e toda dificuldade apresenta uma oportunidade.
• A adversidade é prosperidade para aqueles que têm uma grande atitude. Os grandes líderes
surgem quando as crises ocorrem.
• Quando Golias veio para cima dos israelitas, todos os soldados pensaram: “Ele é tão grande que
nunca o Mataremos.” Davi olhou para o gigante e pensou: “Ele é tão grande que é impossível eu errar.”

Nossas atitudes não são automaticamente boas só porque somos cristãos ou líderes.

Em Fp 2:3-8, Paulo ensina-nos cinco lições sobre a atitude:


• Faça as coisas pelo motivo certo (v.3)
• Considere os outros mais importantes que você (v.3)
• Atente para o interesse dos outros (v.4)
• Sirva aos outros como Cristo servia (v.6)
• Tenha a mesma atitude de Cristo, que não era ávido pelo poder (v.6), esvaziou-se de si mesmo
(v.7), demonstrou obediência (v.8) e cumpriu o propósito de Deus (v.8).

2 • A FORMAÇÃO DAS NOSSAS ATITUDES

Em nossos primeiros anos de vida, nossas atitudes são determinadas principalmente por
nossas condições: nascimento, ambiente, educação, formação.
• O ambiente onde nascemos e vivemos, aquilo que vemos e ouvimos dos outros, são os traços mais
importantes no aprendizado de atitudes corretas, mais do que os traços hereditários (Pv. 22:6).
•Muitos sentimentos de aceitação ou rejeição provêm deste período da vida. A maioria dos
problemas psicológicos das crianças provém de sua falta de aceitação e afirmação por parte dos
pais e colegas.

Com o decorrer da vida, as atitudes mudam pelas convicções do certo e do errado que
aprendemos diariamente.
• Elas são moldadas pelas experiências e pelo modo como escolhemos reagir a elas.

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• Enquanto vivermos estaremos formando, mudando e reforçando atitudes. Não existe atitude
inalterável. É impossível mudar as ações externas sem mudar os sentimentos internos.

Geralmente, desenvolvemos atitudes comuns aos nossos temperamentos.


• A personalidade é composta da mistura destes temperamentos.
• Entretanto, todos os temperamentos podem ser mudados pela escolha das atitudes corretas.
• Por isso é necessário termos uma boa autoestima, pois normalmente agimos de acordo com ela.

A autoestima estabelece os parâmetros para a formação de nossas atitudes.


• Pv 23:7 – “Porque, assim como o homem imagina em sua alma, assim ele é.”.
• O modo como nos vemos reflete o modo como os outros nos veem (1 Sam 16:7).
• Se gostamos de nós mesmos, isto aumenta a possibilidade de outros gostarem de nós também.
• A autoimagem é o parâmetro para a construção das nossas atitudes.
• Nunca iremos além dos limites dos verdadeiros sentimentos que temos a nosso respeito (Fp 3:13,14).
• Se temos uma boa autoimagem, não seremos influenciados pelo que os outros dizem a nosso
respeito. Ninguém pode limitar nossa vida, além de nós mesmos.
• Os outros podem nos fazer parar temporariamente, mas somente nós podemos determinar o
quanto ficaremos parados.
• Muitos líderes acabam retidos e limitados em seus pensamentos, ações e resultados, pois se
deixam levar pelas limitações que outros fizeram acerca deles.

3 • ALGUMAS REGRAS IMPORTANTES

3.1 MANTENHA A ATITUDE CORRETA MESMO QUANDO AS COISAS NÃO VÃO BEM.

• O que realmente importa é o que acontece em nós, e não a nós (Tg 1:2-4).

3.2 ENTENDA QUE AS “TURBULÊNCIAS” NÃO DURARÃO PARA SEMPRE (GL 6:9).

• Não podemos nos deixar sucumbir pelos problemas (Hb 12:1-3).

3.3 CUIDADO COM AS DECISÕES TOMADAS SOB PRESSÕES.

• Muitas encrencas são o resultado de agir na hora errada, de maneira errada, com
precipitação.
• Deus pode reverter nossas decisões erradas para o bem, mas podemos evitar o
aumento de nossos problemas tomando decisões no momento apropriado.

Decisão errada na hora errada = desastre


Decisão errada na hora certa = engano
Decisão certa na hora errada = inaceitável
Decisão certa na hora certa = vitória

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3.4 MANTENHA CONTATO ÍNTIMO E CONSTANTE COM DEUS EM ORAÇÃO, E COM SEUS
LÍDERES, EM ACONSELHAMENTO.

• Nossa tendência é querer fazer as coisas do nosso modo, e precisamos aprender a


parar e nos sujeitar às direções que vêm de cima (Jo 15:4,5).

3.5 VENÇA O MEDO DO FRACASSO.

• Temos a tendência de esconder, negar, temer, ignorar ou odiar os fracassos passados.


• Fracasso é um passo necessário para o sucesso. Quem nunca cometeu um erro
nunca fez nada.
• Teremos muito mais progressos e crescimento se aceitarmos as quedas como um
importante processo de aprendizagem na busca de nossas metas (Jo 12:24,25).
• Aquele que não arrisca não cresce, não muda, não produz, não vence.
• A persistência é a atitude dos vencedores. O fracasso só triunfa quando desistimos.

3.6 VENÇA O PAVOR DO DESÂNIMO.

• O desânimo faz com que nos enxerguemos menores do que realmente somos, destrói
nossa autoimagem, leva-nos a fugir de nossas responsabilidades, a culpar os outros por
nossos apuros, a obscurecer os fatos, a parar, entrar em inatividade, retrair-se.
• Exemplo: Elias (1 Re 19:4,9,10,18).
• O desânimo vem quando achamos que as oportunidades de vencer já passaram,
quando não somos bem-sucedidos em nossas tentativas de fazer algo, quando
ficamos sem propósitos ou metas e perdemos o desempenho.
• Ninguém atravessa a vida sem passar por situações de reveses. Mas não podemos,
nessas situações, desanimar e parar.

3.7 VENÇA A LUTA CONTRA O PECADO.

• A atitude começa a vacilar quando o pecado entra no coração.


• O pecado gera um afastamento de Deus e das pessoas e produz atitudes ruins,
duras e carnais. Devemos rejeitá-lo e lutar antes que seja tarde demais (Sal 32 e 51).

3.8 VENÇA AS CRÍTICAS.

• As críticas e desaprovações alheias é como ter alguém pisando em nosso calo.


• Elas podem nos tornar amargos, desanimados, rejeitados, depreciados,
aborrecidos, desencorajados ou vencidos.
• Críticas são momentos de crises, e crises são oportunidades para crescimento.
• Sempre ferimos a nós mesmos quando a nossa reação àqueles que nos criticam
torna-se negativa (Mt 5:43-48).

3.9 VENÇA O MEDO DOS PROBLEMAS E DAS MUDANÇAS.

• A vida é repleta de problemas e mudanças e devemos estar preparados para eles.


• Ninguém está isento disso.
• Às vezes a quantidade ou o tamanho dos mesmos nos deixam exaustos e, nessas
situações, temos duas atitudes: alterar a dificuldade ou alterar a nós mesmos.

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• O que pode ser mudado para melhor, devemos mudar. O que é impossível mudar,
devemos ajustar (2 Co 4:8,9).
• Os problemas nos puxam para baixo ou nos lançam para cima. Se os encararmos
como bênçãos, lições, oportunidades e advertências, os superaremos.
• Todo crescimento traz mudança, e toda mudança traz crescimento; mas isso
somente se nossa atitude for correta (Dt 32:11).

3.10 VENÇA O NEGATIVISMO.

• Nossos pensamentos governam nossas ações (Mt 15:19, Fp 4:7,8).


• Nosso desafio é pensar positivo num mundo negativo.
• Os pensamentos negativos geram atitudes negativas, obscurecem nossa visão,
torna tudo maior do que realmente é, limita Deus e o nosso potencial e influencia
aqueles que estão debaixo de nós (Nm 13:28-33, 4:1-4).

Lei de Murphy: “Nada é tão fácil quanto parece; tudo exige de você mais do que
você espera; e se alguma coisa pode dar errado, dará, e no pior momento possível.”

Lei de Deus: “Nada é tão difícil quanto parece; tudo é mais recompensador do que
você espera; e se alguma coisa pode dar certo, dará, e no melhor momento possível.”

4 • A MUDANÇA DAS ATITUDES

Somos os donos ou as vítimas de nossas atitudes. É uma questão de escolha pessoal.

“O que somos hoje é resultado de escolhas feitas ontem. Amanhã seremos o


que escolhemos hoje. Mudar significa ‘escolher mudar’.”

Os principais fatores na transformação de nossas atitudes são:


• A fé em Deus
• O desejo de mudar
• A disposição em fazer o que for preciso para isso
• Uma forte resolução diária

Qualquer um pode mudar, se o desejar no íntimo.


• Deus ajuda a todos os que desejam mudar.
• As únicas barreiras que aprisionam nossas atitudes são aquelas que colocamos sobre elas.
• Atitudes como fé, esperança e amor podem superar qualquer obstáculo (Tg 1:4).

4.1 AVALIE SUAS ATITUDES PRESENTES.

Identifique os sentimentos, comportamentos e pensamentos que são problemas e


então escolha, decida e comprometa-se a mudar.

“Posso não ser capaz de mudar o mundo que vejo à minha volta, mas posso
mudar a maneira como vejo o mundo dentro de mim.”

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4.2) COMPREENDA QUE A FÉ É MAIS FORTE QUE O MEDO.
•Mt 21:21

4.3) ESCREVA SUAS DECISÕES E PROPÓSITOS, DE FORMA CLARA, ESPECÍFICA E


VERDADEIRA E AJA DE ACORDO COM O QUE ESCREVEU.
(PROPONHA UM EXERCÍCIO DE ESCREVER AS METAS PARA O MÊS E ESTRATÉGIAS,
VERIFICANDO NO FINAL DO MÊS SE CONSEGUIU EXECUTAR.)

4.4) TENHA O DESEJO INTENSO DE MUDAR.

• Quando tudo o mais falhar, o desejo, por si só, será capaz de manter você na
direção certa.
• Nada aviva mais o fogo do desejo do que a compreensão de que você não precisa
continuar vivendo com o peso das atitudes negativas.
• Mesmo que não tenha motivação, faça o que tiver de ser feito e, depois que
começar, a motivação aparecerá e lhe dará forças para terminar (Sl 37:4).

4.5) VIVA UM DIA DE CADA VEZ.

• A efetividade de hoje é determinada pela cura e pelo esquecimento do ontem.


• O que você não superou em seu passado permanece contaminando o seu presente.

4.6) DESENVOLVA BONS HÁBITOS.

• Atitudes são Hábitos. Hábitos não são instintos, mas ações ou reações aprendidas
e adquiridas.
• As atitudes tendem a voltar aos seus padrões originais se não forem guardadas e
cultivadas.

PENSAMENTOS CORRETOS

DECISÕES CORRETAS

AÇÕES CORRETAS

HÁBITOS CORRETOS

4.7) ESCOLHA E SIGA MODELOS.

• 90% do que aprendemos é pelo que vemos. Escolha líderes como modelos a seguir,
para serem a base daquilo que você quer se tornar.
• Só a decisão de mudar uma atitude não é suficiente. A visão do que queremos ser
deve estar constantemente diante de nós.
• Para isso é necessário aprender a agir, andar, conversar e conduzir a si próprio
como a pessoa ideal que você visualiza ser (Fp 4:9, 2 Tm 3:10,11, 1 Pe 5:3).
• Nada nos inspira mais efetivamente a mudar do que ter exemplos a seguir.

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5 • SINAIS DE UMA BOA ATITUDE

5.1) ACREDITAR EM SI MESMO

• Uma valorização sadia de si mesmo é a principal característica de alguém com


uma boa atitude.
• Caso contrário estará sempre preocupado com sua aparência, com o que os outros
vão pensar ou falar, se está prestes a falhar, etc.

5.2) DESEJO DE VER O MELHOR NOS OUTROS

• Se tratarmos as pessoas de modo positivo, se demonstrarmos confiança nelas,


a tendência é que elas correspondam às nossas expectativas e desenvolvam seu
potencial.

5.3) HABILIDADE DE VER OPORTUNIDADES EM TODOS OS LUGARES

• Oportunidades são os resultados de atitudes corretas; elas existem, mas devem


ser procuradas e encontradas.

5.4) CONCENTRAR-SE NAS SOLUÇÕES

• Todos podem ver problemas, mas a atitude positiva mantém sua mente focada nas
soluções, procurando uma possibilidade em meio às impossibilidades.

5.5) DESEJO DE NOS DOARMOS

• Concentrar seu tempo e energia no que pode dar aos outros, ao invés de
concentrar-se no que os outros podem dar-lhe.

5.6) PERSISTÊNCIA

• Os sonhos só se tornam realidade diante de uma atitude de persistência.


• A capacidade de perseverar, superar o desânimo e prosseguir a despeito de
desapontamentos são resultados de uma excelente atitude.

5.7) RESPONSABILIDADE POR SUA PRÓPRIA VIDA

• Entenda que nada de positivo acontecerá até que se assuma total responsabilidade
por seus pensamentos e ações.
• Somente assim poderá olhar honestamente para o espelho, avaliar suas forças e
fraquezas e iniciar as mudanças necessárias.

Um líder vencedor, com atitudes corretas, é aquele que é grande o suficiente para
admitir seus erros, inteligente o bastante para lucrar com eles, e suficientemente forte para
corrigi-los. Alimente suas atitudes corretas, e antes que você perceba, as más definharão.

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Quanto mais alto o nível de liderança que deseja alcançar, maiores serão os
sacrifícios que terá de fazer.
• Para subir, precisa abrir mão de algumas coisas. Essa é a verdadeira natureza da
liderança, o poder da atitude correta.
• Para cada apuro humano há uma graça divina correspondente; para cada
necessidade humana particular há um recurso sobrenatural particular (2 Cro 16:9).
• Quando as verdades da Bíblia enchem nossa mente e coração, nossas atitudes
mudam (Rm 8:28-39).

Fórmula para o sucesso espiritual:

Se você quer ser afligido olhe para dentro


Se você quer ser derrotado olhe para trás
Se você quer ser distraído olhe à sua volta
Se você quer ser desanimado olhe à sua frente
Se você quer ser liberto e vitorioso olhe para o alto

6 • ATITUDES ESSENCIAIS PARA UM LÍDER

6.1 AUTOCONTROLE / AUTODISCIPLINA

Autocontrole é a capacidade de se controlar, propensão a não julgar, a pensar


antes de agir, a não ser prisioneiro dos sentimentos, saber canalizá-los, saber
controlar suas palavras, ações, atitudes, pensamentos e julgamentos.

Líderes com autocontrole conseguem acompanhar as mudanças sem entrar
em pânico, são capazes de julgar acertadamente e sem pressa, não agem com
impulsividade.

O líder que perde o autocontrole das suas emoções em circunstâncias difíceis,


ou quando algo dá errado, ou quando alguém lhe confronta, perde o respeito e a
influência, e dá motivos a críticas.

Ele deve ser calmo nas crises e forte nas adversidades (1 Tm 3:4,5); é capaz de se
controlar e não permitir que a ira ou outro pecado qualquer lhe controle ou imobilize
(Pv 16:32, Gl 5:16-25).

Autodisciplina é ser movido pelos compromissos, toMc decisões baseadas em


princípios e ter as ações controladas pelas atitudes corretas.

Precisamos disciplinar nossos pensamentos, nossas emoções, nosso corpo,


nossas atitudes e nossas ações.
• Autodisciplina deve ser um estilo de vida do verdadeiro líder. É fazer as coisas no
momento certo pela razão certa.
• Disciplina exige decisão, obediência e imposição de normas rígidas sobre si mesmo.

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Para desenvolver um estilo de vida disciplinado, precisamos:
• Traçar metas, planos, projetos e objetivos e não desistir até cumpri-los;
• Estabelecer, organizar e perseguir as prioridades;
• Desenvolver sistemas e rotinas diárias (aprender a trabalhar com agenda);
• Administrar o tempo corretamente;
• Enfrentar e eliminar as tendências de apresentar desculpas e justificar as falhas;
•Cumprir com as responsabilidades assumidas;
• Habituar-se a prestar contas aos nossos superiores;
• Suspender recompensas até que o trabalho esteja feito;
• Manter o foco nos resultados e não nas dificuldades.

“Talento sem autodisciplina é como um polvo de patins: há muito movimento,


mas nunca se sabe se irá para frente, para trás ou para os lados.”

O crescimento depende não somente da maneira como você faz as coisas, mas
de quão disciplinadamente você cumpre com as obrigações e responsabilidades
delegadas e assumidas.

6.2) AUTOCONHECIMENTO / AUTOCONFIANÇA

Autoconhecimento é a capacidade de reconhecer e compreender suas próprias


emoções e limitações, os pontos fortes e fracos, suas necessidades e impulsos.

Líderes com autoconhecimento sabem o efeito que seus sentimentos têm sobre si
mesmos, sobre as outras pessoas e sobre seu desempenho no trabalho.
• Quem se conhece bem tem visão ampla e objetiva, pois sabe bem o que quer,
aonde quer chegar e porquê.
• Este não anda pelos seus sentimentos, e é capaz de recusar propostas que, apesar
de tentadoras, vão contra seus princípios, objetivos e metas.

Líderes com autoconhecimento admitem suas deficiências e fracassos com


franqueza, conhecem suas limitações e pontos fracos, sabem quando pedir ajuda.
• Não interpretam a mensagem de que precisam mudar ou melhorar em algo como
uma ameaça ou sinal de fracasso.
• Não se propõem a enfrentar sozinhos desafios que não podem dar conta.

Autoconfiança é ter segurança acerca de si mesmo, confiar no seu potencial.


Um líder inseguro consigo mesmo gera insegurança nos seus liderados, vê o lado
negativo de tudo, duvida da sua própria capacidade e da capacidade dos outros, tem
medo de arriscar, está constantemente necessitando de elogios para si próprio.
• A autoconfiança faz com que atinjamos o máximo do nosso potencial, nos preserva
e nos faz triunfar (2 Co 4:8,9; 6:1-10; 12:10).
• Quando colocamos os olhos em Deus e não em nós mesmos, nos tornamos
autoconfiantes (Sal 27:1-3).
• Um líder autoconfiante tem um profundo sentido de valor, identidade, autoestima
e força pessoal. Não se deixa intimidar pelas pessoas, porque sabe que sua fonte e
confiança está em Deus (At 5:28,29).

“Confiança não é ausência de problemas, mas saber entregar a Deus os problemas.”

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6.3) EMPATIA / SOCIABILIDADE

Empatia é a capacidade de compreender e se colocar no lugar dos outros, de se


relacionar bem com as pessoas. É a habilidade e a sensibilidade no trato com as pessoas.

Empatia não significa tentar agradar a todos, mas considerar os sentimentos


alheios nas tomadas de decisões.
• Aprender a se aliançar com pessoas de diferentes pontos de vista tirando as
tensões provocadas pelas diferenças, ouvir as mensagens por trás das palavras que
são ditas, compreender as diferenças culturais entre as pessoas.

O líder empático consegue extrair e desenvolver um melhor desempenho e


satisfação das pessoas, conquistando melhores resultados.
• Não podemos ajudar pessoas se não lhes dedicarmos atenção (João 4).

As pessoas fazem as coisas motivadas pelas suas próprias razões e não pelas
razões de outros. Essas razões são emocionais, instigadas pelo modo como se
sentem em relação aos seus líderes. Se elas sentirem que você quer o melhor para
elas, serão muito mais abertas e receptivas.

Sociabilidade é a competência para administrar relacionamentos e criar redes, para


encontrar pontos em comum e para impulsionar as pessoas na direção desejada.
• As pessoas desejam se relacionar com aqueles com quem se dão bem e a eles
estão prontas a servir.
• Elas gostam de se sentir especiais, serem elogiadas, motivadas, direcionadas,
respeitadas, valorizadas, encorajadas e ter suas necessidades supridas.
• Líderes sociáveis são persuasivos e excelentes colaboradores, pois sua paixão se
espalha para outras pessoas e cria elos fortes.

“As pessoas não se importam com quanto você sabe, até que saibam
o quanto você se importa.” (John C. Maxwell)

As pessoas respeitam um líder que tem em mente os interesses delas.


• Se seu foco reside naquilo que você pode acrescentar às pessoas em vez do que
pode obter delas, elas o amarão e respeitarão.

Você é capaz de conversar facilmente com as pessoas? Você é sensível e as ouve


sem ser defensivo? Você é cordial e acessível? Você as respeita? Você consegue
manter uma comunicação aberta, transparente e confiável?
• Quando queremos apenas “tirar vantagens”, queimamos as oportunidades de
desenvolver as pessoas e tê-las como aliadas.
• Relacionamentos positivos e saudáveis devem ser mutuamente benéficos,
baseados no princípio do “ganha-ganha”.

“Você pode lidar com pessoas com o maior sucesso, se respeitar seus sentimentos
mais do que apelar para suas razões.”

53
6.4 COMUNICAÇÃO

É a capacidade de transmitir uma ideia eficientemente por escrito ou oralmente.


• O líder deve preocupar-se não apenas com o conteúdo ou as palavras que diz, mas
também com a maneira como diz, com o efeito que pode produzir.

A Comunicação informa, comove, convence, persuade e influencia.


• Quem não consegue induzir outros a agir não consegue liderar.
• Uma comunicação eficiente supera o conhecimento ou as experiências, pois toca
no íntimo das pessoas.

Líderes comunicativos não se isolam dos outros, mas integram e informam seus
liderados, ao mesmo tempo em que os incentivam a também se comunicarem com eles.
• Muitos conflitos de relacionamentos podem ser resolvidos se houver uma comunicação
efetiva, principalmente se o mesmo for discutido antes de 24 horas do ocorrido.

A comunicação eficaz conecta e envolve os líderes aos seus liderados tornando-


os acessíveis, abre as vias de relacionamento, gera confiança e abertura, motiva a
participação e a ação, aumenta a credibilidade (Lc 2:52).
• Ela acalma e descontrai o ambiente, tira as tensões, deixa as pessoas à vontade,
encoraja, gera fé, confiança e perseverança nas pessoas.
• Os gestos e a linguagem do corpo falam e ouvem mais que as palavras (Pv
16:21,23, 17:27, 25:11).

Comunicar é dar atenção, ouvir com interesse, procurar compreender o que o outro está
falando, ser paciente, concentrar-se nas respostas verbais e não verbais, não interromper
com respostas prontas achando que já sabe o que o outro irá dizer, aprender a ouvir.
• Use a empatia, faça o possível para ver as coisas do ponto de vista da pessoa,
procure entender por que ela fala, pensa e age daquela maneira.

“Valorize a pessoa, elogie o esforço, recompense o resultado.”

6.5) PACIÊNCIA / TOLERÂNCIA

Paciência é a firmeza e habilidade de suportar as crises, as pessoas, os


infortúnios e as pressões com resistência vitoriosa, sem perder a tolerância e a
mansidão, sem permitir que as emoções o dominem (Pv 16:32, 29:11, Gl 5:23).
• É a habilidade em permitir e aceitar que os outros falhem e sejam diferentes (Rm 15:1).
• É reagir com moderação a comportamentos negativos, críticas ou fraquezas humanas.

Líderes sabem que caráter, temperamento e comportamento são coisas


diferentes.
• Acreditam no potencial das pessoas e sempre veem além das fraquezas.
• Acreditam na capacidade dos outros em mudar.
• É um solucionador de problemas, um perdoador, um apaziguador, um pacificador
(Mt 5:5,9). Sabe aguardar o momento certo para agir e reagir (2 Co 5:18,19).

Há várias maneiras de reagir aos problemas:


• Recusar-se a aceitá-los,

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• Aceitar e suportá-los ou
• Aceitar e tentar melhorar as coisas.

O líder paciente é aquele que opta pelo terceiro modo, que sabe enfrentar as
realidades e os inevitáveis problemas.

Tolerância é a atitude de quem desculpa certas falhas ou erros, que admite ou respeita,
embora não adote as opiniões contrárias à sua.

6.6) HUMILDADE

Humildade é a ausência do orgulho, da arrogância, da auto-suficiência. É a atitude


de estar pronto a ouvir, acatar, mudar, praticar.

A falsa humildade é a atitude de se sentir orgulhoso por agir de um modo


humilde, tentando disfarçar a arrogância e a independência usando de bajulações.

As pessoas seguem mais entusiasticamente aqueles cuja motivação não é servir


a si mesmos, mas sim beneficiar a todo o grupo.
• A humildade não suprime a personalidade e nem afeta a liderança; antes, a melhora.

O líder precisa equilibrar a força com a humildade.


• Não significa se rebaixar, se calar, aceitar tudo, se desvalorizar, mas também não é
querer estar sempre “por cima”, ter a última palavra, etc.

“Humildade é a habilidade de controlar o conhecimento e o poder.”

Os humildes sabem quem são, se conhecem, se valorizam, se aceitam.


Sabem reconhecer as contribuições dos outros e compartilhar suas vitórias (Jo 3:30).

“Humildade é falar o que crê no tempo certo, com as palavras certas,


para as pessoas certas, da maneira certa.”

Humilde é aquele que não se vê ou se sente melhor ou maior que os outros.

Para desenvolver a humildade devemos nos concentrar em:


• Reconhecer a Deus como centro da vida
• Submeter às autoridades
• Assumir a atitude de uma criança
• Servir aos outros de todo o coração

6.7) HUMOR

Humor é definido como estado de ânimo cuja intensidade representa o grau de


disposição e de bem-estar psicológico e emocional de um indivíduo.

O humor é uma qualidade da natureza de Deus.


• É um recurso que temos para manter uma perspectiva apropriada da vida com fé e

55
esperança.

O líder deve ser alegre, agradável, feliz, animado, positivo.


Com um saudável senso de humor, podemos transformar situações tensas em
ambientes positivos e criar atmosferas de compreensão.

Alguns líderes são demasiado severos consigo mesmos e com os outros, são
“carrancudos”, “fechados”, “sérios”, como se isto expressasse espiritualidade ou
santidade.

Um coração feliz torna um rosto sorridente


Sal 16:8,9, 70:4, 90:14, Pv 15:13, 17:22.
O humor produz paz, contentamento, paciência, perseverança, fé e cura. Afasta a
doença, a depressão, o desânimo e a desesperança.

6.8) RESILIÊNCIA

Segundo as leis da Física, resiliência é a “propriedade que alguns corpos têm de


retornar à sua forma original após sofrer uma pressão ou deformação.”
• É a capacidade de se adaptar rapidamente a uma nova situação ou de administrar
situações adversas e de alta pressão.
• As ciências humanas utilizam este termo para qualificar a “capacidade de um
indivíduo em possuir uma conduta sã num ambiente insano”, ou seja, a capacidade
do indivíduo de sobrepor-se e reconstruir-se diante das adversidades.
• É a capacidade de responder de forma consistente às dificuldades, de reagir
com flexibilidade e capacidade de recuperação diante de desafios e circunstâncias
desfavoráveis, obtendo uma atitude otimista, positiva e perseverante e mantendo um
equilíbrio dinâmico durante e após os embates.

O líder resiliente é aquele que sabe agir, reagir e se adaptar corretamente às


crises, dificuldades e mudanças que surgirem à sua frente.
• É aquele que, mesmo ferido e machucado, consegue retornar à sua forma original
sem continuar “torcido” ou “esmagado” pela situação que lhe atingiu.

Sem resiliência cairemos em esgotamento, ansiedade, insegurança, irritação,


transtornos físicos e psicológicos, prejudicando nosso desempenho em todas as
áreas, assim como nossas relações familiares, pois pressões e cobranças nos
cercam a todo o momento.
• A sobrecarga de tarefas, a preocupação com as pessoas e conosco mesmos nos
tornam estressados.

Muitas vezes somos forçados a nos adaptar a ambientes de exacerbada pressão


ou competição, a nos defrontarmos com ineditismos e dominar informações a
intervalos cada vez mais curtos.
• Como todos têm um limite para suportar pressões, devemos saber nos adaptar e
nos reajustar confortavelmente, reagir de forma inteligente, pressentir e antecipar
acontecimentos.

Frutos da resiliência:

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• Fé em Deus e perseverança que Ele pode fazer;
• Acreditar em si e naquilo que é capaz de fazer;
• Aceitar mudanças e encarar as situações novas como desafios;
• Dominar a ansiedade e estar aberto a novas experiências;
• Manter clareza de propósito, calma e foco diante de situações adversas, inusitadas,
emergenciais ou inovadoras.

Devemos aprender a lidar com nossas emoções, modificar nosso estilo de


resposta comportamental, ter atitudes sensatas e corretas sob pressões, gerenciar
as tensões com o máximo de espiritualidade possível, diminuir a ansiedade e
aumentar a confiança diante das incertezas.

O líder que souber gerenciar suas emoções em situações de imprevisibilidade,


ameaça, mudança ou emergência estará crescendo, desenvolvendo-se e adaptando-
se às mudanças do dia-a-dia, fortalecendo e aumentando seu desempenho, eficácia
e produtividade (Pv 15:15, Ecl 9:8, Fp 4:11-13).

6.9) PERSISTÊNCIA

Perseverança ou Persistência é a atitude de seguir em frente enquanto os outros


estão desistindo.
1 Co 9:24,25 diz que fomos chamados para persistir, para vencer, e não para desistir
ou perder.

A vida é uma grande corrida – alguns desistem logo no início, outros mais à frente,
mas outros perseveram e vencem.

“Muitos dos fracassos acontecem porque as pessoas desistem sem perceber quão
próximas estão do sucesso.” (Thomas Edison).

É perseverar nos nossos objetivos e não desistir enquanto não alcançá-los.


• 90% das pessoas desistem no meio de um projeto, após várias tentativas
frustradas.

Persistência significa “paciência com ânimo” – paciência com fé e esperança.


Paciência sem esperança é martírio, é sofrimento.
• 1 Jo 4:4 diz que “...maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo.”
Esta convicção basta para nos dar a certeza da vitória e gera a perseverança.
• A base da nossa perseverança é a confiança em Deus.

Rm 4:16-21 diz que Abraão “esperando contra a esperança, creu... sem


enfraquecer na fé...”.

Mt 24:12,13 diz “...e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará.”


• A palavra “amor”, aqui, é traduzida por “paixão, dedicação, empenho, motivação,
entusiasmo.”
• “ESFRIAR” fala de desmotivar, desanimar, esmorecer, perder a esperança, desistir.
• Desanimar vem do latim (anima, alma) – perder a alma!

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• Esmorecer, segundo o dic. Aurélio é “perder as forças, a coragem, os sentidos, definhar,
aproximar do fim, morte lenta.” Ou seja, deixar de persistir, entregar os pontos.

O mundo precisa de líderes que perseveram, que não desistem facilmente, que
ultrapassam a linha de chegada, independente das circunstâncias adversas (Hb 12:1).

“Por esta razão dobro os meus joelhos perante o Pai, do


qual toda família nos céus e na terra toma o nome, para que, segundo
as riquezas da sua glória, vos conceda que sejais robustecidos com
poder pelo seu Espírito no homem interior; que Cristo habite pela fé
nos vossos corações, a fim de que, estando arraigados e fundados em
amor, possais compreender, com todos os santos, qual seja a largura,
e o comprimento, e a altura, e a profundidade, e conhecer o amor de
Cristo, que excede todo o entendimento, para que sejais cheios até
a inteira plenitude de Deus. Ora, àquele que é poderoso para fazer
tudo muito mais abundantemente além daquilo que pedimos ou
pensamos, segundo o poder que em nós opera, a esse seja glória na
igreja e em Cristo Jesus, por todas as gerações, para todo o
sempre Amém.” (Ef 3:14-21)

“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e


apresentar-vos ante a sua glória imaculados e jubilosos, ao único
Deus, nosso Salvador, por Jesus Cristo nosso Senhor, glória, majestade,
domínio e poder, antes de todos os séculos, e agora, e
para todo o sempre. Amém.” (Jd 24,25)

58
Professor ,

Aplique a atividade REGISTRANDO A APRENDIZAGEM individualmente ou em duplas e


incentivando os alunos a meditarem sobre o conteúdo ministrado.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 3

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) O que é Atitude?

2) Cite 4 regras importantes sobre Atitudes:

3) Neste módulo refletimos acerca dos seguintes conceitos: autocontrole, autodisciplina, autoconfiança,
empatia, sociabilidade, comunicação, paciência ou tolerância, humildade, humor, resiliência, persistência.
Diante disso, quais áreas reconhece como seus pontos fortes, pontos intermediários (ainda não visíveis)
e quais áreas já reconhece ou reconheceu como frágeis, com espaços para melhorias? Apresente ao seu
líder esse quadro e sugira que orem sobre isso.

Espaço para melhorias


Pontos Fortes Pontos Intermediários
(frágil ainda)

59
Professor ,

Nesse capítulo será abordado um tema muito polêmico: as crises de liderança, sob uma perspectiva de
buscar produção em meio as crises.
Sugestão: Convide os alunos a identificarem algumas crises que viveram ou que estão vivendo na fun-
ção de líderes (pessoal e ministerial) anotando em seus cadernos de notas para meditarem sobre isso
(não é necessário expor ao grupo).

CAPÍTULO 4

CRISES DE LIDERANÇA
1 • DEFINIÇÕES
A verdadeira liderança sempre exige um alto preço do líder, e quanto mais eficaz é a liderança,
maior o preço a ser pago (Mc 10:38,44,45).
• Se você quer aceitar o desafio da liderança deve estar preparado para aceitar e enfrentar o
custo que vem com a responsabilidade da mesma.
• Textos bíblicos 2 Co 1:3-5; 4:8-10,17,18; 12:10; Rm 8:35-39.

“Crises são oportunidades para maximizar o seu potencial.”

O verdadeiro líder deve aprender como manter o autocontrole nas crises.


Lembre-se: Liderança é Influência, e você deve ser um exemplo daquilo que os outros devem fazer.

Os verdadeiros líderes inspiram outros a tornarem-se melhores, e produzem um sentido de


expectativa comportamental e confiança que se torna uma fonte de autodisciplina.
Sua habilidade para resolver problemas será sempre necessária, porque as pessoas sempre
têm problemas e recorrem a você para ajudá-las.

“O importante não é “o que acontece a mim”, mas ‘o que acontece dentro de mim’.”

Os vencedores superam os problemas porque se recusam a apelar para desculpas comuns, e


transformam os obstáculos em degraus para o crescimento.
Sabem que não podem determinar todas as circunstâncias da vida, mas podem determinar sua
escolha de atitude em relação a cada circunstância.

“Os problemas podem melhorá-lo ou piorá-lo, dependendo da sua resposta e atitude a eles.”

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O teste de um líder é sua habilidade de reconhecer um problema antes que ele se torne
uma emergência. Se for reconhecido e solucionado em seu estágio inicial, raramente atinge
proporções gigantescas.

O processo para reconhecer e solucionar um problema:


• Pressenti-lo, identificá-lo e defini-lo (intuição);
• Começar a investigá-lo e conhecê-lo (curiosidade);
• Reunir dados e levantar as causas (processamento);
• Compartilhar a situação com seus líderes (comunicação);
• Checar os recursos para resolver (avaliação);
• Tomar uma decisão (liderança).

2 • OS BENEFÍCIOS DA ADVERSIDADE
Gera flexibilidade e resistência
Desenvolve a maturidade
Sela o caráter e o desempenho ministerial
Oferece grandes oportunidades e criatividade
Leva a inovações e mudanças
Traz benefícios inesperados
Nos motiva a continuar lutando

Problemas são o divisor de águas entre sucesso e fracasso.


• Eles criam a coragem e a sabedoria.
• Possibilita-nos crescer mental, emocional e espiritualmente.
• É através da dor de confrontarmos e resolvermos problemas que aprendemos e crescemos.

Em todas as áreas da vida, a questão não é SE você terá problemas, mas COMO você vai lidar
com eles. Você vai dar a volta por cima ou vai ficar por baixo?
• 1 Co 9:27: “...de modo que, tendo pregado a outros, não venha eu mesmo a ser desqualificado”.

3 • ALGUNS ERROS OU PERIGOS COMUNS


EM MEIO ÀS CRISES:
3.1) APELAR PARA A POPULARIDADE

•É a tendência de se deixar levar pelo título, posição ou autoridade.


•O líder não deve confundir aplauso com afirmação (1 Co 3:4-9).

3.2) APELAR PARA O ORGULHO

• É a tendência de se deixar levar pelos elogios.


• O orgulho é a evidência de uma autoestima deficiente.
• É a necessidade de se projetar pela desvalorização dos outros.
• É a tentativa de assegurar um sentido de superioridade pela preservação do
sentimento de inferioridade em outros.
• Os líderes autênticos nunca se esquecem de onde vieram, e vivem para trazer
outros ao ponto em que estão (Rm 12:3).

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3.3) APELAR PARA O EGOÍSMO

• É a tendência de medir todos os outros por eles mesmos.


• É a prática de elevar e sublimar a si mesmo e suas realizações, denotando orgulho
e insegurança.
• É a tentação de pensar que é insubstituível.

3.4) APELAR PARA O CIÚME OU INVEJA

• É a tendência de medir o próprio sucesso em comparação com o êxito de outros,


gerando um espírito ciumento.
• O líder ciumento é apreensivo e desconfia dos demais. Se você está seguro da sua
missão e visão, então está livre da competição, da comparação, do ciúme e da inveja.

3.5) APELAR PARA A DESQUALIFICAÇÃO

• É a tendência de desqualificar a si mesmo da posição de liderança, quando os


demais pontos acima fracassam.
• O líder deve estar vigilante em guardar a sua mente e coração, evitando que estes
sentimentos o destruam.
• Deve praticar os princípios de integridade, moralidade, ética, disciplina e respeito
próprio, para não desanimar e suscitar a desconfiança e desrespeito dos outros.

4 • CRISES MAIS COMUNS A LÍDERES

4.1) ESTRESSE

Todos passam por situações de estresse. A questão é: “O que você permite afetá-
lo e como isso afeta você?”
• Alguns tipos de estresse podem ser evitados, mas outros são inevitáveis e
precisamos aprender a lidar com eles.

O estresse produzido pelas pressões e tensões pode produzir um impacto positivo,


fazendo aflorar nas pessoas o melhor delas mesmas.
• Produz a criatividade, a inovação, a mudança.

O estresse leva algumas pessoas a se quebrarem, e outras a quebrarem recordes.

Existem muitas preocupações desnecessárias que geram estresse:


• 40% de todas as coisas com que nos preocupamos nunca acontecerão;
• 30% de todos os aborrecimentos envolvem decisões passadas que não podem
ser mudadas;
• 12% concentram-se na crítica de outras pessoas, que dizem o que dizem por se

62
sentirem inferiorizadas;
• 10% relacionam-se com a saúde, que piora quando nos preocupamos;
• 8% poderiam ser descritos como a causa verdadeira da preocupação.
• Ou seja, menos de um problema em dez que causam estresse é digno de real
preocupação. Todos os demais são coisas que precisamos aprender a eliminar.
As situações repetitivas de estresse podem nos levar à fadiga e esgotamento emocional,
espiritual, social e ministerial, produzindo desânimo, depressão, rejeição e doenças.

O estresse torna-se prejudicial quando é contínuo. O corpo humano reage ao


estresse em três estágios: alarme, resistência e exaustão.
• No estágio do Alarme, o corpo reconhece o agente estressante e prepara-se para a
luta ou para a fuga. Nós escolhemos se usaremos esse alarme para lutar ou para fugir.
• No estágio da Resistência, o corpo repara qualquer dano causado pelo estresse.
• Mas, se o agente que o provoca não for embora, o corpo não pode reparar o
prejuízo e permanecerá alerta.
• No estágio da Exaustão, o corpo pode ser induzido a desenvolver doenças, tais
como: enxaquecas, irregularidades cardíacas, dificuldades metabólicas, pressão
alterada, doenças mentais e emocionais, entre outras. A contínua exposição ao
estresse durante este estágio levará o corpo à perda de energia e mesmo à parada
das suas funções.

Algumas estratégias para lidar com o Estresse:

a) Desenvolva uma perspectiva mais apropriada, apesar das situações.


• Amplie a visão, olhe de cima, veja as coisas como realmente são.

b) Não fuja dos riscos.


• O medo de se arriscar é a maior causa de estresse e um obstáculo ao crescimento.
• Ficar apavorado, correr assustado, não se arriscar, só piora a situação. Preocupar-
se com riscos é o caminho mais curto para a ineficácia.
• A vida é composta de riscos e precisamos parar de fugir deles e enfrentá-los
de modo otimista. Espere o pior e será isso o que vai encontrar sempre. Espere o
melhor e será o que obterá com freqüência.

c) Trabalhe os seus pontos fortes.


• Se uma situação qualquer for encarada como um desafio em vez de um estresse,
então estamos trabalhando numa área que somos fortes.
• Entretanto, se a situação nos deixar com medo e tensos, estamos trabalhando
numa área que somos fracos.

d) Evite a competição acirrada da vida.


• Esforce-se para alcançar seus objetivos, mas não faça isso em detrimento de sua
família, da sua saúde, do seu trabalho e de pessoas. Nada recompensa um sacrifício
acompanhado por um alto grau de estresse.

e) Livre-se da sobrecarga.
• Não assuma responsabilidades acima do que pode dar conta. Algumas vezes
precisamos desistir do que é bom, para fazer o que é melhor. Não podemos fazer
tudo; então, façamos o que é realmente importante, e façamos bem feito.

f) Desenvolva fortes convicções.

63
• Se tivermos motivos, “porquês”, poderemos lidar com quase todos os “comos”.
As convicções nos tornam mais fortes do que somos, e nos permitem enfrentar
qualquer situação com coragem e fé.

g) Desista de seus direitos.


Muitos se tornam mais obcecados com a luta pelos seus direitos do que com a aceitação
de suas responsabilidades. Isso causa enorme estresse e imensa fadiga emocional.
Nem sempre teremos tudo o que desejamos, e os resultados de se preocupar com
isso são ressentimento, amargura, raiva, ódio e medo. Ceder, em muitas situações,
traz mais benefícios e reduz o estresse.

h) Reprograme sua mente.


Muitos estresses que experimentamos emocionalmente é resultado de nossa
maneira de pensar. E nossa maneira de pensar é resultado direto do que permitimos
colocar em nossa mente. Você é a única pessoa que pode escolher a informação que
sua mente receberá (Fp 4:8).

i) Mude sua maneira de ver as coisas.


Se sentir que está ficando preocupado com seus próprios problemas, dedique mais
tempo para ajudar os outros e, consequentemente, será fortalecido.

j) Abra-se com seus líderes.


Muitos estresses que experimentamos ocorrem porque reprimimos e fechamos
nossos sentimentos em vez de abri-los e dividi-los com nossos líderes, sendo
totalmente honestos e transparentes.

k) Encontre maneiras divertidas para aliviar o estresse.


A prática de exercícios físicos, sair com a família, relaxar, sair de férias, reduzem e
até eliminam o nível de estresse.

O estresse normalmente não resulta de se estar fazendo coisas demais, mas do


modo como você pensa a respeito das coisas que está fazendo ou lhe acontecendo.
Vencê-lo depende de como lidamos com ele.

Espere o estresse, porque ele virá. Comece a mudar seu modo de pensar e seus
hábitos. Evite-o quando puder. Use estratégias saudáveis para lidar com ele quando
não o puder evitar. Não permita que ele seja um soco inesperado que o nocauteie e o
impeça de alcançar seus objetivos e desenvolver seu trabalho.

4.2 CRÍTICAS

Nossa capacidade em aceitar críticas pode tanto nos estruturar como nos
desestruturar.
• Ninguém é indiferente a uma crítica – ela nos faz retribuir positivamente ou
negativamente.

Toda pessoa, quando aceita uma função de liderança, estará se colocando em uma
posição vulnerável, atraindo, desta forma, algum tipo de crítica.
• Quando você estiver disposto a se sobressair, alguém irá querer puxar o seu tapete.

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Orientações para enfrentar críticas:

a) Entenda a diferença entre crítica construtiva e destrutiva.


• Devemos considerar, primeiro, com que espírito foi transmitida a crítica, olhar além
das palavras e determinar os motivos. Se a atitude da pessoa for amável e não de
julgamento, ela é construtiva.
• Em seguida, analisar quando ela foi feita. Momentos de confronto devem ser
compartilhados reservadamente, e não publicamente. Caso isso aconteça, a intenção
da pessoa não é das melhores.
• Finalmente, analisar por que a crítica foi feita, a atitude por detrás da mesma. Às
vezes as pessoas que têm experimentado dificuldades e problemas lidarão com os
outros de um modo negativo e crítico.

b) Não se leve demasiadamente a sério.


• Se desenvolvermos a habilidade de rir de nós mesmos ficaremos mais relaxados
quando recebermos críticas. Abençoado é aquele que pode desfrutar de suas
“asneiras”.
• Não somos perfeitos. Às vezes nos portamos bem diante do crítico, mas
em particular nos partimos emocionalmente, ficamos bravos, vingativos ou
profundamente machucados.

c) Olhe além da crítica e veja a atitude do crítico.


• Analisemos as atitudes da pessoa que critica, e não o que ela fala: é alguém cujo caráter
você respeita? É alguém que está sempre criticando? Ela quer, sinceramente, ajudar?

d) Observe sua própria atitude em relação ao crítico.


• Uma atitude negativa em relação à crítica pode ser mais destrutiva que a própria
crítica (1 Pe 2:21-23). Jesus nos chamou para assumir posições impopulares e para
amar aqueles que nos criticam.

e) Entenda que pessoas de bem são criticadas.


• Jesus foi criticado (Mt 11:19, Lc 7:34, Jo 8:48). As críticas devem servir para nos
analisarmos, verificarmos se nossas vidas estão realmente mudadas.
f) Mantenha-se em forma fisicamente e espiritualmente
• O esgotamento físico tem um forte efeito no modo como nós agimos e reagimos;
ele distorce o modo como nós vemos e lidamos com a vida.
• Quando estamos cansados demais, ficamos críticos e, ao mesmo tempo, com
menor capacidade em lidar com as críticas dos outros (1 Rs 19:4).

g) Não veja somente o crítico; veja se há uma multidão.


• Considere se estamos ouvindo a mesma crítica de muitas pessoas; se for assim,
eles provavelmente estarão certos e temos de mudar. Por outro lado, se forem
poucas pessoas e sempre as mesmas, seu desafio é não ser afetado por eles.

h) Espere um tempo para provar que eles estão errados.


• O tempo é nosso melhor aliado; ele nos permite provar se estamos certos ou não.
• Enquanto os acontecimentos se desenrolam, a causa para a crítica é eliminada e
você será justificado.

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i) Esteja rodeado por pessoas positivas.
• Tempo passado com pessoas positivas minimiza os efeitos das críticas negativas.
• Seja superior aos seus adversários ao invés de brigar com eles.
•Se a sua atitude positiva tiver qualquer efeito nas pessoas negativas, será por
causa do seu exemplo, e não da sua atitude defensiva.

j) Concentre-se na missão.
• Muitos mudam sua missão ao invés de mudarem seus erros. Se fugirmos da
missão cada vez que cometemos um erro ou somos criticados, nunca realizaremos
nada. Sempre estaremos em um estado de frustração e derrota.
• Os únicos enganos reais na vida são aqueles dos quais nós não aprendemos nada.
Então, ao invés de prolongá-los, cuide de mudá-los, de aprender com eles e de
continuar para terminar o trabalho.

Orientações ao fazer uma crítica:

a) Verifique os seus motivos.


• A finalidade sempre deve ser ajudar, e não humilhar ou desqualificar alguém.
Às vezes reagimos de maneira ruim quando estamos emocional ou pessoalmente
envolvidos em um problema. Diminuir alguém para elevar a si próprio é a marca de
um líder incapaz e inseguro.

b) Tenha certeza de que o assunto é digno de crítica.


• Às vezes o nosso orgulho faz com que nos envolvamos em discussões que nunca
precisariam ter acontecido. Críticas ininterruptas e insignificantes são a marca de
uma mente pequena.

c) Seja específicos.
• Diga exatamente o que quer dizer e de maneira clara, sem ofender ou machucar
ninguém. Ficar contornando e ser prolixo só gera o desrespeito. O importante não é
tanto “o que” você fala, mas “como” você fala.

d) Não arruíne a autoconfiança das pessoas.


• Ache áreas na qual você pode elogiar a pessoa antes de expor o problema. Evite
palavras como “você sempre...”, “você nunca...”. Assegure-lhe de que você quer o bem
dela e confia em sua capacidade de mudança.

e) Não compare pessoas.


• Lide com as pessoas em uma base individual. As comparações sempre causam
ressentimentos e hostilidades, despertando emoções exaltadas. Se apegue aos
fatos, e isso evitará que a pessoa se torne defensiva.

f) Seja criativo.
• Olhe além do problema, encontre soluções, esteja disposto a ajudar a pessoa.

g) Ataque o problema e não a pessoa.


• Quando uma confrontação se torna um ataque pessoal, você destrói a sua própria
credibilidade e se encontra na situação onde os dois perdem.

66
h) Confronte na hora certa e no local certo.
• Não protele demais e nem seja rápido demais.
• Quando esperamos muito tempo, perdemos o momento oportuno e o assunto se
torna história.
• Quando não esperamos nada, corremos o risco de confrontar com os ânimos exaltados.
• Quando confrontamos na hora certa e no local certo (longe da multidão), estaremos
mais habilitados a manter os fatos em foco e ajudar a pessoa a crescer.

i) Olhe para vocês mesmos antes de olharem para os outros.


• Temos uma atitude diferente daquela que estamos vendo e criticando em alguém?
• Realizamos com sucesso o que estamos acusando o outro de falhar em fazer?

j) Termine a confrontação com encorajamento.


• Intercale as críticas com os elogios. Deixar uma pessoa desanimada e sem
esperança é cruel e vingativo.

As críticas sempre devem nos tornar melhores e mudar áreas que necessitamos
mudar, e não nos destruir ou nos tornar vingativos.

4.3 TENTAÇÕES

Os líderes sempre estão na linha de frente das batalhas da vida e são os mais
suscetíveis aos ataques.
• Frequentemente estão expostos a pressões e tentações além do normal.
• A prudência e a Maturidade são imprescindíveis para não cair nessas armadilhas.

Os líderes devem viver em um padrão mais alto que os seus seguidores.


• Muitos acham que quanto mais influência e autoridade tiverem, mais opções e
escolhas possuirão. Eles passam a viver como se estivessem acima da lei.
• Tiago 3:1: “não vos torneis muitos de vós mestres, sabendo que havereis de
receber maior juízo”. Vide também Lc 12:48.

Podemos errar e ser perdoados, mas não é tão fácil retornar à nossa posição de
origem, uma vez que perdemos a credibilidade para com os liderados.
• O perdão divino não traz de volta a posição, autoridade e privilégios de antes; a
situação muda.
• Quando caímos, temos de passar por um período de restauração para
recuperarmos aquele precioso terreno ou credibilidade.

Os líderes são pessoas disciplinadas no seu cotidiano.


• Um caminho disciplinado diário é a melhor proteção para nos impedir de cairmos
em tentações e pecados (Sl 119:11).
• Sem essa disciplina, ficamos insensíveis ao Espírito Santo e já não teremos forças
para resistirmos às tentações e lutarmos as batalhas espirituais.

“Ou a Palavra nos afasta do pecado, ou o pecado nos afasta da Palavra.”

Nossas prioridades devem estar bem definidas, para que estejamos protegidos.
• Primeiro, o relacionamento íntimo e diário com Deus, amando-O, adorando-O,

67
sendo obediente (Jo 21:15). Segundo, nossa responsabilidade familiar (1 Tm 5:8.
• Terceiro, nosso ministério ou carreira.
• É necessário avaliar e sermos honestos acerca das nossas fraquezas e
deficiências, e não tentar encobri-las ou dissimulá-las.

As situações de aperto

1 Co 10:13 - quando as tentações aparecerem, teremos forças para resistir?
• Podemos ser tentados em qualquer lugar, a qualquer hora; não há como evitá-las,
pois elas são inerentes da vida.
• Muitos estabelecem regras, se afastam de lugares ou pessoas procurando
fechar todas as brechas possíveis; tudo isso pode ser útil, mas não impede que as
tentações apareçam.
• O que precisamos entender é que a única força que nos resguarda é a força interior
do Espírito Santo em nós.

Rm 12:2 diz que o Espírito Santo age de dentro para fora através da nossa mente
ou pensamentos, pois é lá que começam as tentações.
• Para mudar a mente de forma que tenha força para resistir às tentações é preciso
se apegar a padrões mais elevados e a desejos mais consistentes.
• É uma questão de escolha, de opção. Se estivermos com a nossa mente renovada pelo
Espírito, poderemos avaliar as alternativas e decidir qual delas queremos seguir.

O problema é que os prazeres da tentação são mais óbvios e imediatos do que


aqueles que sentimos por não ceder a elas. Como fazer então? Algumas orientações:
• Pense nos resultados que terá ao ceder, a curto e longo prazo;
• Busque trocar os maus pensamentos por algo melhor; mude seus padrões de
pensamento;
• Rompa os padrões errados, confrontando abertamente a situação;
• Busque ajude de seus líderes, através da confissão;
• Lembre-se de sua posição em Deus, de quem você é, a quem você serve.

A disciplina da pureza

A maior parte das tentações é aberta e declarada; a sensualidade é latente nos


dias de hoje, em todos os lugares.
• Uma pesquisa em igrejas americanas revelou que 1 em cada 4 líderes cristãos é
infiel, e 2 em cada 4 comportavam-se de modo reprovável; e se aqui estão incluídos
apenas os líderes, imagine as estatísticas levantadas entre a membresia.
• A piedade e a sensualidade são extremos opostos e não podem caminhar juntas.
Paulo diz em 1 Tm 4:7 que devemos “nos exercitar pessoalmente na piedade”, na
disciplina da pureza.

Em Gn 39:7-10 lemos a história de um dos maiores modelos de pureza moral que
temos na Palavra: JOSÉ.
• José foi tentado de todas as formas pela mulher de Potifar, dia após dia, massacrado,
coagido. Mas ele foi fiel a Deus, escolheu firmemente não pecar e resistiu, mesmo depois
sendo injustiçado e caluniado por essa mulher e lançado na prisão.
• Ele viveu em santidade na presença de Deus e, pela sua santidade, Deus não se
apartava dele, antes, o abençoava tremendamente e o fazia prosperar em tudo o que
punha as mãos.

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• A santidade nos permite sempre gozar da presença de Deus, trazendo bênçãos e
prosperidade ao nosso ministério.

Tg 1:13-16 explica que o pecado nunca é instantâneo. Ele é trabalhado, é


progressivo. Começa na mente e termina no ato. Temos de renunciá-lo logo que
começa na mente, pois ele quer nos seduzir o coração.
• Satanás trabalha em nossos desejos, gostos e preferências, tentando nos fazer
pecar. O que a psicologia chama de “fantasias”, a Bíblia chama de “carnalidades,
vontade da alma”.
• Esses pecados entram pelas “janelas da alma”: olhos (o que vemos, lemos,
assistimos), boca (o que falamos), ouvidos (o que ouvimos), mente (o que pensamos)
e coração (o que achamos, desejamos e sentimos).

O processo da queda de Davi: 2 Sm 11:1-17,26,27

Davi era o homem que consideraríamos mais improvável de cair em tentações


e pecados morais, devido à sua história de vida e sucesso diante de Deus e dos
homens. O que, então, precipitou sua queda?

a) Ele se tornou insensível (2 Sm 5:13).


• A insensibilidade em relação ao pecado conduz à queda interior da santidade.
• A indulgência consigo mesmo rebaixa os padrões, anestesia a mente, cauteriza
o coração.

b) Ele relaxou com a disciplina (2 Sm 11:1).


• O relaxamento nos padrões de moralidade nos tornam vulneráveis diante das
tentações, nos fazem “baixar a guarda”.
• O que fazemos e pensamos quando estamos em momentos de descanso, a sós? A
permissividade e as concessões destroem a sensibilidade espiritual.

c) Ele permitiu que sua atenção se fixasse no pecado (2 Sm 11:2).


• A fixação ilícita desperta o desejo, instiga a vontade, domina a alma. Os olhos são
as janelas da alma, a chave da nossa vulnerabilidade.

d) Ele racionalizou seu pecado (2 Sm 11:3).


• A mente possui uma imensa capacidade de justificar-se quando influenciada pelo pecado.
e) Ele terminou em degeneração (2 Sm 11:4,5).
• Os planos para encobrir pecados sempre são baseados em mentiras, hipocrisias,
falsidades, ameaças e medos.
• Decorreu quase um ano desse acontecimento para que Deus mandasse seu
profeta Natã confrontar Davi com seu pecado, visto que ele se demorava a confessá-
lo (2 Sam 12:9-13). Mas as consequências não poderiam ser desfeitas - a maldição
se instalou na sua casa: incesto, homicídio entre irmãos, imoralidade, prostituição,
rebeldia e traição do próprio filho, perseguições, etc.

A mais forte exortação e chamada à pureza moral encontra-se em 1 Ts 4:3-8.


• Rejeitar este texto é pecar contra o Espírito Santo, que nos chama à santidade (Lv 19:2).
• Estamos numa batalha feroz, e ninguém vence uma batalha para a qual não se
preparou (Ef 6:10-18).

69
Estratégias para evitar as quedas

1 Co 10:12 faz um alerta: “aquele, pois, que pensa estar em pé, veja que não caia”.
• O líder que minimiza o perigo e a realidade da tentação assume riscos que
terminam revelando-se altos demais.

É necessário tomarmos alguns cuidados e precauções para evitarmos que a


queda aconteça:

a) Não relaxem em sua disciplina espiritual.


• A prática diária da oração, leitura da Palavra e reflexão recarregam nosso vigor
espiritual.

b) Preservem com muito carinho o seu casamento.


• Cuide com os descontentamentos, a pouca comunicação, a baixa freqüência sexual,
o afastamento, as decepções, os segredos, a falta de oração conjunta, a falta de
honestidade e lealdade, a falta de elogios, as “comunhões” e abertura de dificuldades
matrimoniais com pessoas do sexo oposto.

c) Tomem precauções com os sinais sutis da atração sexual.


• Evite contatos, locais, intimidades e pensamentos com pessoas que lhe atraem.
O fato de não haver contato não afasta o pensamento lascivo. As “paixões” fora do
casamento são enganos da mente e do coração.

d) Cuidem para não cair em racionalizações.


• É comum justificar os “flertes” com racionalizações e justificativas.

e) Guardem a sua mente.


• A imoralidade é o produto cumulativo de pequenas concessões mentais e
comprometimentos emocionais. Não podemos evitar todos os estímulos sexuais,
mas podemos decidir nos afastar de situações que nos induzem aos pensamentos e
práticas lascivas.

f) Imaginem periodicamente as consequências de uma queda.


• Devemos sempre nos lembrar da lei da semeadura e da colheita, que é
implacável e não escolhe pessoas, e preencher constantemente nosso coração
com o motivador temor a Deus.
g) Procurem se proteger sempre.
• Um líder cristão abatido pelo pecado tem um final trágico. O maligno conhece
muito bem todos os nossos pontos fracos, e não desperdiça suas flechas, atirando-
as a esmo sobre nossa armadura espiritual. Seu alvo é mortal e seu ataque
certamente se dará sobre os pontos de maior vulnerabilidade.

4. MEDOS

Viver com medo é viver assustado, tenso, ansioso, preocupado, ameaçado,


desconfiado, bloqueado, inseguro (Mt 14:22,23).

“Medo é o juro de um empréstimo que você não fez.”


(John Maxwell)

70
O medo paralisa, bloqueia a vida, as iniciativas, a criatividade, a força, o ânimo e a fé.

Hb 11:6 - “Ora, sem fé é impossível agradar a Deus”.


• Medo é o oposto da fé. Ou estamos no medo ou estamos na fé: os dois não podem
coexistir nem ocupar o mesmo espaço dentro de nós.

O medo é uma arma poderosa contra o líder, porque ele produz desmotivação,
desânimo, bloqueia a fé, as iniciativas e o desempenho.
• “Porque Deus não nos tem dado espírito de covardia (medo), mas de poder, de
amor e de moderação” (2 Tm 1:7).
• Medo é crer que aquilo que o diabo falou vai acontecer - “Aquilo que temo me
sobrevém, e o que tenho medo me acontece” (Jó 3:25).

A definição no Grego é “phobos” - fobia, medo, terror.


• Uma fobia que se torna mais intensa à proporção que a cultivamos e com ela
nos envolvemos.
• A fobia tende a nos deixar nervosos e inconstantes em nossas reações. Tememos
encarar coisas, situações ou pessoas que de alguma forma nos ameacem.
• É diferente de preocupação (sentimento causado por circunstâncias difíceis ou
adversas). O medo é um sentimento anormal.

Existem vários tipos de medo:


• Medo natural - instinto de preservação para nos livrar de perigos naturais.
• Medo temor - que nos faz intimidar-se a Deus e fugir do mal e do pecado.
• Medo fobia - que escraviza as emoções e destrói a confiança e a fé interior. É um
sentimento que adoece o corpo, a alma e o espírito.

1 Jo 4:8 - “No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora todo o medo”.

Em Nm 13:32,33, vemos que o medo tem o poder de destruir a fé e a confiança
em Deus, de fazer olhar só o lado negativo das coisas e de persuadir outros a
enxergarem e agirem da mesma forma que estão vendo e agindo.
• Nestas situações o “complexo de gafanhoto” se instala em nós.
• Quando vemos a nós mesmos como gafanhotos, como algo que as pessoas e as
circunstâncias podem pisar, os outros também nos veem do mesmo modo.
• Quando concentramos nossa atenção nos nossos defeitos, incapacidades,
fraquezas e falhas, o complexo de gafanhoto toma conta das nossas emoções.
• Um gafanhoto teme porque tudo é maior do que ele. Para alguém com medo, tudo
na vida é maior do que ele, tudo é um gigante. O medo sempre nos projeta uma
imagem de gafanhoto aos nossos próprios olhos.

Se permitirmos que o medo se instale em nosso coração e emoções e controle


nossas vidas, nossa liderança estará fadada ao fracasso.

O medo também cria a procrastinação, pois nos leva a fugir das situações e
impede que nos movamos para frente e encaremos os desafios.
• A única maneira eficaz de lidar com o medo é encará-lo e superá-lo.

Algumas orientações para superar o medo:

a) Descubra a origem do medo.

71
• A maioria dos medos que enfrentamos no dia-a-dia não está baseada em fatos, mas
em sentimentos. Devemos comparar nossos pensamentos e sentimentos com os fatos
reais, se estamos nos concentrando ou nos preocupando com coisas pequenas.

b) Admita seus medos.


• Reconhecê-los e continuar caminhando em frente é a melhor forma de vencê-los.

c) Aceite o medo como preço do progresso.


• As coisas que tememos podem ou não se tornar realidade. O que sentimos não
afetará positivamente os resultados, mas poderá desviar-nos do caminho certo.
• Todo novo desafio ou território que trilharmos trará consigo a ansiedade e o medo.
• Se pararmos e não enfrentarmos, nunca os conquistaremos.

d) Desenvolva um forte desejo interior.


• Nossos sonhos são os mais eficientes antídotos contra o medo. Eles atiçam as
chamas do desejo interior e capacitam a vontade de confrontar e superar nossos
temores. Nos ajudam a ir a lugares e fazer coisas que tememos.

e) Concentre-se nas coisas que vocês podem controlar.


• Não permita que aquilo que você não pode controlar interfira no que você está
fazendo. Podemos controlar nossas atitudes, pensamentos e sentimentos, mas não
podemos controlar as ações dos outros, as circunstâncias e os desígnios de Deus.

f) Lembre-se das vitórias anteriores.


• Todas as vezes que nos depararmos com um medo e seguimos adiante, ficaremos
mais preparados para enfrentar o próximo medo. Com o tempo, desenvolvemos o hábito
de vencê-lo. Davi venceu Golias pois se lembrou das vitórias contra o Leão e o Urso.

g) Alimente a fé, não os medos.


• A fé e o medo sempre nos acompanharão, mas, o que mais alimentarmos se
fortalecerá.

O líder que continua crescendo, correndo riscos e enfrentando seus medos, sente
os mesmos medos que aquele que permite que o temor bloqueie sua caminhada. A
diferença é que um não permite que o medo o domine, e o outro permite.

4.6 FRACASSOS

As maneiras como os líderes veem, reagem e lidam com os fracassos causam um


impacto positivo ou negativo em todas as áreas de suas vidas.
• A capacidade de olhar além dos fracassos e continuar realizando e produzindo é o
grande diferencial para o verdadeiro líder.

É importante compreendermos que todo mundo falha, erra e faz bobagens, mas
isso não significa que são pessoas fracassadas.
• A reação diante dos erros é que determina se fracassamos ou não.
• Não podemos impedir as ações erradas, mas podemos mudar nossa atitude, ótica
e reação diante delas. Podemos fazer de cada fracasso um salto para o sucesso.

72
Os líderes que dão a volta por cima são capazes de ver os erros ou as
experiências negativas como uma parte normal da vida, aprendem com eles e
seguem em frente, perseverando no objetivo de atingir seu propósito maior.

“Muitos dos fracassos acontecem porque as pessoas desistem sem perceberem


quão próximas estão do sucesso.” (Thomas Edison)

Há uma grande diferença entre “falhar ao realizar algo” e “ser um fracassado”.


Diante da adversidade, da rejeição e das deficiências, devemos continuar crendo em
nós mesmos e nos recusarmos a considerar-nos fracassados.

Deus usa as pessoas que erram, especialmente porque não existe


outro tipo de gente por perto!


Paralelo entre o fracasso e o êxito (Dr. Robert Schüller):

• Fracasso não significa que não alcançamos nada, mas que aprendemos algo.
• Fracasso não significa que somos fracassados, apenas que ainda não tivemos bom êxito.
• Fracasso não significa que temos atuado como néscios, mas que temos tido muita fé.
• Fracasso não significa que sofremos o descrédito, mas que estamos dispostos a experimentá-lo.
• Fracasso não significa falta de capacidade, mas que devemos fazer as coisas de outra maneira.
• Fracasso não significa que somos inferiores, mas que ainda não somos perfeitos.
• Fracasso não significa que perdemos nossa vida, mas que temos boas razões para começar de novo.
• Fracasso não significa que vamos ficar para trás, mas que vamos lutar com maior ímpeto.
• Fracasso não significa que jamais lograremos nossas metas, mas que apenas tardaremos um pouco
mais para alcançá-las.
• Fracasso não significa que Deus nos tem abandonado, mas que Ele tem uma idéia melhor.

Uma maneira de mudar nossa atitude com relação ao fracasso é aceitarmos


responsabilidades.
• O verdadeiro líder aceita responsabilidades, aprende com suas falhas e mostra
isso em seu desempenho, independente dos erros, dores e dificuldades do processo.
• O fracasso é um estado mental, uma questão interna.
• Se desejarmos vencê-lo, primeiramente é necessário na maioria das vezes vencê-
lo em nossa mente e coração.
• Não devemos permitir que o fracasso que está fora, entre em nós e nos domine.

“Não é o tamanho do problema que importa, mas como lidamos com ele.” (John Maxwell)

Aquele que não consegue superar as feridas e fracassos anteriores é mantido


refém do passado.

“Uma das razões pelas quais Deus criou o tempo foi a de prover um lugar onde
pudéssemos enterrar as falhas do passado.” (James Long)

73
As tragédias não precisam nos impedir de ter uma perspectiva positiva, ser
produtivos e vivermos uma vida plena, com propósitos, sonhos e realizações.

Algumas características de pessoas que não superaram seus problemas do


passado:
• Ficam comparando seus fracassos com as vitórias dos outros;
• Ficam racionalizando, se desculpando e individualizando os fracassos;
• Afastam-se, fecham-se, isolam-se das novas tentativas, se autoprotegem;
• Sentem remorso e não arrependimento pelos erros passados;
• Amarguram-se com as dores dos fracassos, ficando reféns das mesmas.

• Para prosseguir hoje precisamos aprender a dar adeus às mágoas, tragédias e fardos
de ontem. Não é possível construir um monumento ao passado e vencer no presente.

“O fracasso é a melhor oportunidade que tenho de


saber quem realmente sou” (John Killinger)

Devo admitir o que não sou capaz de fazer (baseado nas habilidades), o que não
devo fazer (baseado nos talentos) e o que tenho ou não obrigação de fazer (baseado
no caráter).

O fracasso pode ser tanto nosso amigo como nosso inimigo – somos nós que
escolhemos o que ele vai ser.
• Se o usarmos como trampolins para prosseguirmos, então ele será nosso melhor amigo.
• A atitude receptiva ao aprendizado é a melhor estratégia para aprender com o fracasso.

Existem dois tipos de aprendizado: a experiência, que é obtida a partir de nossos


próprios erros, e a sabedoria, que é obtida a partir dos erros dos outros.
• Não vamos conseguir evitar as experiências, mas podemos cultivar a sabedoria.
• Aprender é definido como “mudança de comportamento”. Não aprendemos nada
até que mudemos nosso comportamento.
• Devemos manter o coração aberto para aprender todas as vezes que errarmos.

Na maioria das vezes, os problemas que enfrentamos é o resultado de nossas


ações negativas, são como nossa própria culpa, conseqüência de não enxergarmos
nossas próprias fraquezas.
• Se não sabemos ou não admitimos que temos um problema, então não podemos
trabalhar para consertá-lo.

Principais razões pelas quais erramos:

a) Habilidades interpessoais fracas.


• É a falta ou a capacidade limitada de entender e lidar com as pessoas.

b) Atitudes negativas.
• É quando temos reações negativas diante das circunstâncias da vida e nos
deprimimos por isso.

c) Estar fora de lugar.

74
• É a inadequação das nossas habilidades e talentos com o que estamos fazendo.

d) Falta de foco.
• É a falta de objetividade ou prioridades fora do lugar.

e) Falta de compromisso.
• É a falta de comprometimento ou dedicação àquilo que nos propomos ou nos
responsabilizamos em fazer.

f) Falta de disposição para mudar.


• É a inflexibilidade, a resistência ou a incapacidade de aceitar a necessidade das
mudanças.

g) Mentalidade de cortar caminho.


• É querer pegar atalhos, caminhos mais curtos para atingir os objetivos, evitar
responsabilidades maiores; é sinal de impaciência e falta de autodisciplina.

h) Confiar apenas no talento.
• É a tendência de se apoiar nos talentos que já possui e evitar o trabalho diário de
adquirir novas habilidades, de querer melhorar.

i) Agir diante de informações e fatos incompletos.


• É a falta de disposição em procurar conhecer todos os fatos e detalhes antes de
agir ou reagir diante de uma situação.

j) Falta de objetivos.
• É a falta de sonhos, de propósitos, de metas a serem alcançadas; isso nos
enfraquece, deprime e induz a errar.

75
Professor ,

Aplique a atividade REGISTRANDO A APRENDIZAGEM individualmente ou em duplas e incentive os alu-


nos a meditarem sobre as crises que viveram ou estão vivendo como líderes como uma oportunidade de
crescimento pessoal e ministerial.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 4

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) Qual é o processo para reconhecer e solucionar um problema?

2) Cite alguns benefícios da Adversidade.

3) Cite alguns erros ou perigos comuns em meio às crises:

4) Defina “Estresse”:

5) Quais são os três estágios que o corpo humano reage ao estresse?

6) O que significa ter tensões nos relacionamentos?

7) Cite 3 orientações práticas para lidar com as tensões nos relacionamentos:

8) Cite 3 pontos importantes a serem considerados em meio a uma discussão:

76
9) Quais são os tipos de “personalidades difíceis”?

10) Como você define “Crítica”?

11) Cite 3 orientações ao enfrentar críticas:

12) Cite 3 orientações ao fazer uma crítica:

13) Como é o processo da tentação, segundo Tiago 1:13-16?

14) Cite 3 atitudes de Davi no processo da sua queda:

15) Cite 4 estratégias para evitar as quedas:

16) Quais são os diversos tipos de medos que existem?

17) Cite 3 orientações para superar o medo:

18) Qual a diferença entre “falhar ao realizar algo” e “ser um fracassado”?

19) Cite 3 principais razões pelas quais erramos:

20) Cite 4 atitudes que devemos ter para tirar proveito dos fracassos:

Sugestão: Peça aos alunos que registrem as principais áreas que estão aparecendo crises na função
de líderes para uma reflexão e se preciso for busquem ajuda com os líderes para solucioná-las.

77
Professor ,
O Capítulo 4 traz um assunto muito importante para o exercício da liderança, o trabalho em equipe,
como buscar a excelência dessa árdua tarefa e alguns princípios para o sucesso da equipe.
Sugestão: Algumas metáforas pretendem ilustrar a importância do trabalho em equipe e podem ser
usadas algumas parábolas de Jesus para esse mesmo fim. Provoque na turma meditações sobre as fa-
cilidades e dificuldades que encontram atualmente no trabalho que realizam com suas equipes. Impor-
tante é incentivá-los com propostas que levam às mudanças e melhor integração da equipe.

CAPÍTULO 5

TRABALHANDO EM EQUIPE
1 • A EQUIPE COMO UM TIME

“Aquele que vive isolado busca seu próprio desejo; insurge-se


contra a verdadeira sabedoria.” (Pv 18:1)

Quando cada um rema para um


lado, o barco fica no mesmo lugar.

FONTE: INTERNET

Os verdadeiros líderes são aqueles que conhecem o poder da cooperação: trabalham sempre
em equipe, armam seus times antes de realizar um projeto e lutam até alcançar seus sonhos.

O empresário Washington Olivetto diz que para ter alta performance em equipe é preciso que...
1- As regras sejam claras;
2- O compromisso seja coletivo;
3- Cada um vá além de suas funções e ajude o outro;
4- As idéias sejam compartilhadas;
5- Haja um alto grau de comunicação.

78
Em Lv 26:8 vemos o conceito de “Sinergia”: “Cinco de vós perseguirão a cem, e cem de vós outros
perseguirão a dez mil; e os vossos inimigos cairão à espada diante de vós”.
• Na física, sinergia é o fenômeno que acontece quando a interação de duas causas provoca um
efeito maior que a soma do efeito das duas em separado.
• A palavra, do grego “synergía”, significa cooperação.
• Talvez um dos maiores exemplos de Sinergia seja o vôo dos gansos selvagens.

3 • 17 LEIS DO TRABALHO EM EQUIPE


Segundo John C. Maxwell

1) A LEI DO SIGNIFICADO

“Um” é um número muito pequeno para se alcançar a grandeza.


Sozinho, nenhum indivíduo consegue realizar algo de valor.
Razões pelas quais as pessoas querem fazer as coisas sozinhas:
• Egoísmo
• Insegurança (desejo de manter o controle ou temor de ser substituído
por pessoas mais capacitadas)
• Ingenuidade
• Temperamento fechado

2) A LEI DA PERSPECTIVA GLOBAL

O objetivo é mais importante que a função.


• Para se alcançar um objetivo, cada um deve estar disposto a subordinar seus objetivos
pessoais para o bem da equipe.

3) A LEI DO NICHO

Todos os participantes têm um lugar certo em que contribuem mais.


• A força, o talento, a habilidade, o potencial e a experiência se expandem quando estão no lugar certo.
• As realizações de uma organização são o resultado dos esforços combinados de cada
indivíduo, onde cada um está no lugar certo contribuindo para a equipe.

A pessoa errada no lugar errado = regressão


A pessoa errada no lugar certo = frustração
A pessoa certa no lugar errado = confusão
A pessoa certa no lugar certo = progresso
As pessoas certas nos lugares certos = multiplicação

4) A LEI DO MONTE EVEREST

Quanto maior o desafio, maior é a necessidade de se trabalhar em equipe.


• A equipe deve ser do tamanho do sonho do líder.

79
• Não se pode realizar um sonho nota dez com uma equipe nota cinco.
• É melhor uma grande equipe com um sonho pequeno do que um sonho grande com uma
equipe pequena.

5) A LEI DA CORRENTE

A força de uma equipe é determinada por seu elo mais fraco.


• Elos fracos são aqueles que não conseguem acompanhar os passos dos outros membros da
equipe, que não se desenvolvem em sua área, que não corrigem suas fraquezas pessoais, que
não satisfazem as expectativas do líder.
• Perde-se o respeito dos melhores quando não se lida adequadamente com os piores. Essas
pessoas devem ser treinadas ou trocadas.
• A equipe trabalha em sinergia, e o elo fraco tira o impulso da mesma.
Ex: 10 x 10 x 10 x 10 x 10 = 100.000, mas 10 x 10 x 10 x 10 x 5 = 50.000

6) A LEI DO CATALIZADOR

Equipes vencedoras possuem membros que fazem as coisas acontecerem.


• Catalizadores são pessoas que fazem com que as coisas aconteçam.
• Características dos catalizadores:
Intuitivos: percebem coisas que os outros não compreendem.
Comunicativos: falam o que é necessário para a equipe seguir adiante.
Apaixonados: são entusiasmados e contagiam outros.
Talentosos: são capazes de fazer o que outros não conseguem.
Criativos: pensam coisas que outros não pensam, são inovadores.
Iniciadores: fazem as coisas acontecer, sabem colocar as idéias em prática.
Responsáveis: carregam coisas que outros não conseguem carregar.
Generosos: cedem coisas que outros não cedem.
Influentes: levam outros a fazer coisas que normalmente não fariam.

7) A LEI DA BÚSSOLA

As previsões conferem orientação e confiança aos membros da equipe.


• As pessoas da equipe precisam saber pelo quê estão lutando.
• As pessoas precisam de previsões, objetivos, inspiração, instruções e estratégias.
• Somente quem pode ver o invisível pode realizar o impossível.

8) A LEI DA LARANJA ESTRAGADA

Atitudes ruins estragam a equipe.


• Atitudes adequadas entre os membros de uma equipe não garantem seu sucesso, mas atitudes
ruins garantem seu fracasso.
• Algumas atitudes ruins: incapacidade de admitir erros, incapacidade de perdoar, inveja,
egoísmo, espírito crítico, incapacidade de trabalhar em conjunto, falta de confiança, desejo de
aparecer e de levar os créditos.

80
Grande talento + Péssima atitude = Equipe ruim
Grande talento + Atitudes ruins = Equipe mediana
Grande talento + Atitudes medianas = Equipe conveniente
Grande talento + Atitudes convenientes = Equipe excelente

9) A LEI DA CONFIANÇA

Os membros da equipe devem ser capazes de contar uns com os outros quando isso for
necessário.

Confiabilidade: Caráter + Competência + Compromisso + Solidez + Coesão

10) A LEI DO PREÇO A PAGAR

A equipe deixa de alcançar seu potencial quando não paga o preço.


• Não bastam habilidades, talentos ou recursos, se não houver disposição para sair da
comodidade assumindo riscos e conquistando novos espaços.
• O preço deve ser pago por todos, o tempo todo. Ele aumenta se a equipe deseja melhorar,
mudar ou continuar vencendo, e nunca diminui com o tempo.
• O preço exige de cada um: sacrifício, compromisso, desenvolvimento pessoal e abnegação
pessoal em prol dos demais.

11) A LEI DO PLACAR

A equipe só pode fazer ajustes quando sabe onde está.


• Nenhuma equipe pode ignorar a realidade de sua situação e continuar vencendo.
• Deve estar sempre se avaliando, desenvolvendo, corrigindo e ajustando.

12) A LEI DA RESERVA

As grandes equipes têm grande amplitude.


• Titulares são aqueles da linha de frente que contribuem ou têm influência direta na organização.
• Reservas são aqueles que contribuem de maneira indireta ou que apóiam os titulares.
• Os reservas de hoje podem ser os titulares de amanhã.
• O sucesso ou o apoio de um reserva pode multiplicar o sucesso de um titular.
• Às vezes, um reserva colocado corretamente é mais valioso que um titular.

13) A LEI DA IDENTIDADE

Valores em comum definem a equipe.


• Se todos adotarem os mesmos valores, ainda que não possuam experiências em comum ou
não tenham relação pessoal, a equipe alcança seus objetivos.

81
• Objetivos comuns sem valores comuns (idéias do que é importante) destroem a equipe. Todos
precisam estar lendo a mesma cartilha. Valores são mais importantes que sentimentos ou
idéias. Isto é IDENTIDADE.

14) A LEI DA COMUNICAÇÃO

A interação leva à ação.


• A comunicação entre os membros aumenta o compromisso e a conexão, que alimenta a ação.
• Um bom desempenho organizacional é fruto de pessoas capazes de falar e ouvir umas às outras.

15) A LEI DA VANTAGEM

A diferença entre duas equipes igualmente talentosas é a liderança.


• A ética determina a preparação da equipe e a liderança determina o seu sucesso.
• Quanto mais forte a liderança de uma equipe, maior o potencial e sucesso da mesma.

16) A LEI DA MORAL ELEVADA

Quando estamos vencendo, nada nos perturba.


• Quando todos estão motivados, as impossibilidades se desvanecem, o desempenho, a
confiança e a dedicação aumentam, todos se concentram no potencial e não nos problemas.
• Quando você faz bem feito, você se sente bem; quando você se sente bem, você faz bem feito. É
necessário agir para sentir, e não sentir para agir.

17) A LEI DOS DIVIDENDOS

Investir na equipe produz dividendos a longo prazo.


• Investir fala de dedicar tempo, dinheiro, energia e recursos na equipe.
• Investir fala de dar crédito, responsabilidade, autoridade e oportunidades à equipe.
• As pessoas estão dispostas a trabalhar juntas se receberem reconhecimento pelos seus esforços.

“Reunir-se é o começo. Continuar junto é o progresso. Trabalhar junto é o sucesso.”

82
83
Professor ,

Aplique a atividade REGISTRANDO A APRENDIZAGEM individualmente ou em duplas, motivando os


alunos a exercitarem suas lembranças da aula e ampliarem seus conhecimentos sobre o tema.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 5

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) O que é uma equipe de alta performance?

2) Quais os princípios citados por Washington Olivetto acerca de uma equipe de alta performance?

3) O que é Sinergia?

4) O que é Produtividade?

5) Cite algumas características de uma equipe eficaz:

6) Cite 4 princípios de sucesso da equipe:

7) Cite 4 principais causas de insatisfação dos colaboradores em relação aos seus líderes:

8) Cite 4 virtudes na equipe que merecem recompensa:

84
9) Cite 4 maneiras de recompensar o trabalho bem feito:

10) Cite 4 atitudes de valorização aos membros da equipe:

11) Cite 4 pontos para se relacionar bem em equipe:

12) Cite 4 sentimentos que surgem com a baixa autoestima:

13) Cite 4 características de uma equipe ideal de líderes:

14) O que é a “Lei do Nicho”?

15) CO que é a “Lei da Laranja Estragada”?

85
Professor,

O Capítulo 6 aborda a temática sucessão. “O sucesso do líder é fazer sucessores”. A identificação e o


incentivo aos novos líderes é uma das provocações desse estudo.
Sugestão: Inicie a aula perguntando aos alunos:
Quantos líderes eles já identificam nas suas equipes?
Quais são os que se destacam mais?
Quais os pontos fortes e frágeis desses destaques?
Quem o descobriu como líder? Como procedeu para incentivá-lo ?
Quem eles tem como modelo de bom líder? Por quê?

CAPÍTULO 6

DESENVOLVENDO NOVOS LÍDERES


1 • DEFINIÇÕES
Se você supervisiona pessoas e tem vontade de desenvolver líderes, é responsável por:
• apreciá-las por quem elas são;
• acreditar que elas farão o possível;
• elogiar seus feitos;
• aceitar sua responsabilidade pessoal para com elas;
• instilar fé em suas vidas e
• ajudá-las a desenvolver e aperfeiçoar suas habilidades de liderança.

Conseguir formar e manter uma boa equipe de liderança é a tarefa mais importante de um líder.
• Precisa encontrar uma maneira de fazer com que sua visão seja implementada e
compartilhada pelos outros.
• A chave para formar outros líderes está em encontrar as melhores pessoas que puder e, então,
transformá-las nos melhores líderes que elas possam ser.
• Grandes líderes geram outros líderes.

São as pessoas que estão próximas a mim que “me promovem” ou “me derrubam”.
• O resultado positivo ou negativo de minha liderança depende de minha habilidade de desenvolver
aqueles que estão mais próximos a mim.

“O potencial de crescimento de uma estrutura está diretamente relacionado


ao potencial da equipe de liderança.”

O nível e a força da liderança determinam o nível e a força da estrutura. Tudo sobe e desce de
acordo com a liderança.
• Para isso é necessário gerar Interdependência, Cooperação e Comprometimento entre todos, e
não Competição.

86
O princípio da Identidade é fundamental para uma boa equipe de liderança.
• Todos devem não só trabalhar com o líder, mas pensar e crer como ele. Isso traz segurança e
uma só visão e direção para toda a estrutura.
• Peter Drucker disse: “Não há sucesso sem um sucessor”.

O verdadeiro teste de um líder é a sua capacidade de influenciar, gerar e formar


novos líderes do mesmo calibre que o seu.

2 • CRIANDO UM AMBIENTE PARA LÍDERES EM POTENCIAL


O trabalho de um líder é criar um ambiente, uma atmosfera que atraia novos líderes.
• Ele deve ser ativo, gerar atividades que sejam produtivas e desafiadoras, incentivar, criar e
comandar mudanças.
• Deve ser um “termostato” (que determina qual será o clima) e não um “termômetro” (que
apenas registra o clima).

“O dinamismo é o maior de todos os agentes de mudança,


transformação e geração de novos líderes.”

É importante salientarmos que caráter e atitude são os principais fatores que devem ser
incentivados, pois habilidades podem ser ensinadas.
• Mas também não podemos reter pessoas na equipe que constantemente apresentam
desempenho insatisfatório e deficiente, pois prejudicam e desanimam a todos os demais.
• A essas pessoas deve ser dada a oportunidade de pararem e reavaliarem seu potencial e
talento, e encontrarem um lugar e posição mais adequada, onde poderão se desenvolver melhor.

Uma visão eficiente oferece orientação e direção adequadas. Se a visão for deficiente ou
confusa, os seguidores e resultados também o serão.

3 • IDENTIFICANDO LÍDERES EM POTENCIAL

Algumas qualidades que devemos procurar nas pessoas para escolher e formar novos líderes:

• INFLUÊNCIA – habilidade de relacionar e trabalhar com pessoas de uma


maneira positiva;

• SERVIÇO – disposição de submeter-se, cooperar e auxiliar as pessoas;

• POTENCIAL PARA CRESCER – desejo de crescer e desenvolver-se, buscando


ferramentas competentes para isso;

• CONSISTÊNCIA – determinação de trabalhar com coerência até alcançar os alvos;

• LEALDADE – disposição de colocar o líder e a igreja acima de desejos pessoais;

87
• RESILIÊNCIA – habilidade de recuperar-se quando surgirem problemas;

• INTEGRIDADE – caráter sólido, palavras e conduta consistentes, honestidade,


confiabilidade, ética;

• VISÃO – habilidade de percorrer toda obra como um todo, em todas as suas


necessidades;

• DISCIPLINA – disposição de fazer o que é necessário, independentemente da


disposição pessoal;

• GRATIDÃO – atitude de reconhecimento que passa a ser um modo de vida;

• RESPONSABILIDADE – arcar com os próprios comportamentos ou com as ações de


outros em tudo que fazemos;

• ESPIRITUALIDADE – relacionamento com Deus, fé, amor, perseverança;

• HABILIDADES PESSOAIS – capacidade de aprender sempre, desenvolver e realizar;

• BOM TESTEMUNHO – bom testemunho diante da sua família e sociedade, vida


exemplar, condizente;

• CONFIANÇA EM SI MESMO – não se colocar no final da fila. Autoconhecimento.

• BOA COMUNICAÇÃO – saber ouvir, ser agradável, transmitir as informações com


eficácia para as pessoas;

• PROATIVIDADE – inconformismo, disposição de mudar, de ser diferente, de crescer,


de assumir riscos, de enfrentar novos desafios, de buscar soluções.

Trabalhe com todos os que estão sob sua liderança, mas dedique 80% de seu tempo com os 20%
que são mais promissores e que apresentam estas características acima (Princípio de Pareto).

As características externas não são as mais importantes (facilidade de oratória, personalidade


forte e atraente, atuação nos dons, carisma, amizade com o povo, facilidade de relacionar, etc.)

O caráter e os frutos são o que pesam na escolha (Is 11:1-3).


• As adversidades revelam o caráter de cada líder em potencial (1 Co 3:11-15, 1 Pe 1:6,7).
• É necessário um período de amadurecimento antes de assumir responsabilidades.
• Mesmo com estes cuidados, é possível fazer escolhas erradas, e depois ter de retroceder.

As pressões não podem nos levar a ceder aos padrões e negociar os princípios ao delegar
autoridade e responsabilidade (Pv 9:1, 1 Rs 3:28).

As pressões mais comuns são:


• Necessidades naturais/materiais/humanas
• Desejos das pessoas
• Popularidade ou posição social e econômica
• Conveniência (para “tampar buracos”)

88
A cadeia de autoridade já existente (níveis, posições, autoridade) deve ser bem compreendida
e aceita pelos aspirantes à liderança, bem como as responsabilidades, lugar, funções e limites de
cada um dentro da Estrutura.

Ter o “mesmo espírito do líder principal” é fundamental para o bom funcionamento numa
liderança plural (Nm 11:16,17) - mesma visão, coração, princípios e padrões de orientação,
doutrinas (Fp 2:2-4).

Um comportamento ético rigoroso também é necessário: abandonar críticas, preconceitos,


reclamações, fofocas. Aprender a “falar para”, e não “falar de”.

O coração do líder em potencial deve ser:

CARACTERÍSTICAS POSITIVAS
Maleável (2 Rs 22:19, 1 Cr 22:5, 29:1
Disposto (1 Cr 28:9,21, Sl 10:3, Mt 26:41

CARACTERÍSTICAS NEGATIVAS
Não endurecido (Zc 7:11,12, Hb 3:13, Mt 13:14)
Não raso, superficial (Mt 13:20,21)
Não cheio, atarefado (Mt 13:22)
Não amargurado (Hb 12:15,17)
Não cheio de desculpas (Lc 9:57-62)

4 • INCENTIVANDO LÍDERES EM POTENCIAL


Um dos fatores mais importantes na formação de líderes é o incentivo constante
por parte dos seus líderes.
Os estímulos têm a capacidade de transformar e gerar produtividade, além de criar
um forte alicerce emocional, espiritual e profissional nas pessoas.

Algumas formas de estimular e incentivar sua equipe:

CONFIAR DAR
RESPEITAR IMPORTÂNCIA
ACREDITAR HONRAR, RECOMPENSAR
RECONHECER

DAR RESPEITAR REFORÇAR


SEGURANÇA POSITIVAMENTE,
DAR ELOGIAR ESTAR À
ESPERANÇA AGRADECER DISPOSIÇÃO
PARA AJUDAR
GERAR ÂNIMO,
ELEVAR LEVANTAR O AVALIAR
EXPECTATIVAS, MORAL O SEU DAR RECURSOS
REVIGORAR VALORIZAR PROGRESSO PARA CRESCER E
INICIATIVAS TRABALHAR

89
A maior forma de estímulo que um líder pode dar à sua equipe é seu próprio
exemplo de liderança, de ética, de responsabilidade, de caráter, de franqueza, de
consistência, de comunicação e de confiabilidade, ou seja, ser o modelo.
Fp 3:17; 2 Ts 3:9; 1 Tm 4:12; Tt 2:7; 1 Pe 5:2,3

Confiança implica em Responsabilidade, Previsibilidade, Consistência, Honestidade,


Transparência e Credibilidade.

5 • CAPACITANDO LÍDERES EM POTENCIAL


Capacitar é mais do que treinar. O treinamento é apenas uma parte do processo
de capacitação de pessoas para a liderança.
• Treinar é ensinar habilidades e técnicas, transmitir conceitos, regras, princípios e
conhecimentos.
• Capacitar é um processo contínuo de formação que envolve todas as áreas da vida
das pessoas; é um ensino prático; é modelar e mentorear.

A Capacitação dos líderes deve ter como objetivos:

• Fazê-los compreender e cumprir a Missão e a Visão da Estrutura


• Fazê-los compreender e cumprir sua missão pessoal como parte da Estrutura
• Mostrar seus deveres e compromissos para com a Estrutura
• Habilitá-los para servir com excelência e eficácia
• Gerar mudanças positivas em todas as áreas das suas vidas
• Dar subsídios para desenvolver todo o potencial
• Gerar um perfil adequado para o trabalho, com talentos, habilidades e experiência
• Trabalhar seus pontos fortes e fortalecer seus pontos fracos
• Adaptá-los e prepará-los para trabalhar em equipe

Algumas sugestões para capacitar os novos líderes:

1) Desenvolva um relacionamento pessoal e chegado com eles.


• À medida que as pessoas de sua equipe começarem a conhecê-lo e gostarem de
você, o desejo delas de seguir suas orientações e aprender com você aumentará. Se
você ganhar primeiro seus corações, elas terão prazer em dar-lhe as mãos.

2) Compartilhe seus sonhos.


• Isso irá ajudá-los a saber a direção que você segue, e poderão lhe ajudar a realizá-los.

3) Peça compromissos.
• Não capacite pessoas meramente “interessadas”, mas sim “comprometidas”. O
interessado só faz aquilo que lhe convém. O comprometido faz aquilo que interessa
a toda a equipe.

4) Defina metas objetivas.


• Metas são pequenas etapas a um objetivo maior. É um mapa, um roteiro, um plano

90
a ser seguido para se atingir um alvo, um resultado.
• Metas devem ser bem claras ou definidas, apropriadas, atingíveis, mensuráveis e
exigirem certo esforço.

5) Defina bem as responsabilidades e princípios.


• Todos devem saber exatamente suas funções (o que e como fazer), os limites da sua
autoridade, a quem devem prestar contas, as prioridades e limites de seu trabalho.

6) Seja o modelo.
• Demonstre, desempenhe, motive, corrija, ensine e supervisione a todos.

7) Delegue trabalho, responsabilidade e autoridade.


• Faça isso assim que elas tiverem estrutura e maturidade suficientes. A verdadeira
responsabilidade inclui a disposição de responsabilizar-se pelo que faz.

8) Dê-lhes as ferramentas que precisam.


• Isso é prover recursos. Abraham Maslow disse: “Se a única ferramenta que você
tem é um martelo, você tem a tendência de ver todo problema como um prego.”

9) Seja um bom ouvinte.


• Ouça as ideias, opiniões e dificuldades. Aprecie, e não deprecie.

10) Valorize e recompense o crescimento.


• Atitude positiva, lealdade, crescimento pessoal, criatividade e reprodução devem
ser valorizadas e recompensadas.

11) Incentive o desenvolvimento pessoal.


• Aqui se inclui a prática diária da oração e leitura bíblica, leitura de bons livros,
participação em palestras, cursos, encontros, treinamentos, etc.

12) Confronte e corrija os erros.


• Confrontar, corrigir, ajudar e desenvolver é benéfico. Mas faça com uma atitude
certa, com amor e mansidão, separando a pessoa do que ela fez de errado, e nunca
com raiva, sarcasmo, desrespeito ou como demonstração de autoridade.

13) Avalie o progresso sistematicamente.


• Esteja sempre por perto, corrigindo, orientando, incentivando e aperfeiçoando.

14) Reúna-se periodicamente com eles.


• Isso gera desenvolvimento, relacionamento e crescimento.

6) DELEGANDO TAREFAS AOS NOVOS LÍDERES


Se você escolher e trabalhar com as pessoas certas, não terá problemas ao
delegar tarefas e responsabilidades.

Os líderes que queremos trabalhando para nós devem conhecer nosso coração,
ser leais a nós, serem dignos de confiança, terem um coração de servo, terem fé e
amor a Deus.

91
• Nem todos corresponderão às nossas expectativas. Problemas sempre existirão,
mas devem ser vistos como oportunidades de aprendizado, aperfeiçoamento e
crescimento.

Os líderes devem aprender a solucionar bem os problemas. Para isso devem


observar o seguinte:
• Prever os problemas antes que eles aconteçam;
• Manter uma atitude positiva em meio aos problemas;
• Aprender com eles para que os mesmos problemas não tornem a acontecer.


Alguns motivos que impedem o líder de delegar:

INSEGURANÇA
(medo de perder o controle, de ser criticado, de perder a posição)
FALTA DE CONFIANÇA NOS OUTROS
(não acreditar na competência dos demais)
FALTA DE HABILIDADE PARA TREINAR A OUTROS
(não preparar as pessoas adequadamente)
PRAZER PESSOAL EM REALIZAR A TAREFA
(não querer abrir mão do que gosta de fazer)
HÁBITOS
(não querer mudar o que já está acostumado a fazer)
INCAPACIDADE DE ENCONTRAR ALGUÉM QUE REALIZE A TAREFA

RELUTÂNCIA CAUSADA POR FRACASSOS NO PASSADO


(não abrir para novas oportunidades)
FALTA DE TEMPO
(pensar a curto prazo; quem não delega, obviamente nunca terá tempo)
MENTALIDADE DO “FAÇO MELHOR”
(isso é orgulho, egoísmo e controle)

92
Professor ,

Nessa atividade REGISTRANDO A APRENDIZAGEM pode ser sugerido que façam individualmente ou em
duplas, enfatizando o aprendizado geral do módulo.

CFAP – LIVRO 2 – CAPÍTULO 6

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

1) Se você supervisiona pessoas e tem vontade de desenvolver líderes, é responsável por:

2) Registre o que aprendeu nesse módulo sobre liderança que fará a diferença na liderança pastoral.

Leitura complementar

“A beleza de Cristo e o caráter do cristão” - Bp. Robson Rodovalho, Ed. Sara Brasil.
“Formando líderes de sucesso” – Bp. Robson Rodovalho, Ed. Sara Brasil.
“O código do líder” – Bpa. Maria Lúcia Rodovalho, Ed. Sara Brasil.
“Você nasceu para reinar” – Bpo. Robson Rodovalho, Editora Sara Brasil.
“Os 10 Mandamentos para vencer na vida” – Bpo. Robson Rodovalho, Editora Sara Brasil.

Sugestão de vídeos

Testemunho de Robson Rodovalho


Vídeos Bp. Robson sobre liderança

Sugestão de palavras que edificam

www.saratube.com.br

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OBRAS CONSULTADAS
“Liderança Espiritual” – J.Oswald Sanders, Ed. Mundo Cristão
“Formando Líderes Irrepreensíveis” – Robson Rodovalho, Ed. Sara Brasil
“Seja um Líder de Verdade” – John Haggai, Ed. Betânia
“As Sete Leis da Liderança Cristã” – David Hocking, Ed. Abba Press
“Competências pessoais que as Empresas procuram” – John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“As 21 Indispensáveis Qualidades de um Líder” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Tornando-se um Líder” – Myles Munroe, Ed. Koinonia
“Estratégias para o Sucesso” – John C. Maxwell e Jim Dornan, Ed. Pro Net
“A Jornada do Sucesso” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Segredos da Liderança” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Segredos da Atitude” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Seja o Líder que todos querem Ter” – John C. Maxwell, Ed. Sepal
“Desenvolva sua Liderança” - John C. Maxwell, Ed. Record
“Dando a volta por cima” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Desenvolvendo Líderes em sua Equipe de Trabalho” - John C. Maxwell, Ed. Mundo Cristão
“Seja tudo o que você pode Ser” - John C. Maxwell, Ed. Sepal
“Atitude Vencedora” - John C. Maxwell, Ed. CPAD
“Como tornar-se uma Pessoa de Influência” - John C. Maxwell, Ed. CPAD
“Liderando com Excelência” - P.K.D. Lee, Editora Socep.
“O Último Degrau da Liderança” - C. Gene Wilkes, Ed. Mundo Cristão
“O Monge e o Executivo” – James C. Hunter, Ed. Sextante
“Vitória sobre a Tentação” – Bruce Wilkinson, Ed. Mundo Cristão
“Pastores em Perigo” – Jaime Kemp, Ed. Sepal
“Liderança Corajosa” – Bill Hybels, Ed. Vida

SUGESTÕES DE FILMES SOBRE LIDERANÇA:

Invictus
titulo original: (Invictus)
lançamento: 2009 (EUA)
direção: Clint Eastwood
atores: Morgan Freeman , Matt Damon , Tony Kgoroge , Patrick Mofokeng , Matt Stern
duração: 134 min
gênero: Drama

Procura da felicidade (À)


titulo original: The Pursuit of Happyness
lançamento: 2007(EUA)
direção: Gabriele Muccino
elenco: Will Smith, Thandie Newton, Jaden Smith
duração: 109 min
gênero: Comédia dramática, Biografia.

94
A hora da virada
titulo original: Rebound
lançamento: 2005/EUA
direção: Steve Carr
elenco: Martin Lowrence, Roy McCormick, Wendy Raquel Robinson
duração: 90 min.
gênero: Comédia

Um sonho possível
titulo original: The Blind Side
lançamento: 2009/ EUA
direção: John Lee Hancock
elenco: Sandra Bulock, Qiunton Aaron, Tim Macgraw
duração: 120 min
gênero: : Drama

Tempos Modernos
Título original: (Modern Times)
Lançamento: 1936
Direção: Charles Chaplin
Elenco: Charles Chaplin, Al Ernest Garcia, Tiny Sandford e Hank Mann.
Duração: 83 min
Gênero: Comédia/Clássicos

Duelo de Titãs
titulo original: (Remember the Titans) 
lançamento: 2000 / EUA
direção: Boaz Yakin 
elenco: Denzel Washington, Craig Kirkwood, Burgess Jenkins, Donald Adeosun Faison
duração: 113min
gênero: drama

Colcha de retalhos
titulo original: (How to Make an American Quilt) 
lançamento: 1990/ EUA
direção: Jocelyn Moorhouse
elenco: Winona Ryder, Anne Bancroft, Ellen Burstyn  e mais
duração: 120 min
gênero: Comédia , Drama, Romance

Discurso do rei (O)


titulo original: (The King’s Speech) 
lançamento: 2011/Reino Unido
direção: Tom Hooper
elenco: Colin Firth, Helena Bonham Carter, Derek Jacobi mais e mais
duração: 120 min
gênero: Histórico, Biografia, Drama

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Professor ,

Apresentamos uma sugestão de ficha para apreciação pessoal do filme, com o objetivo de sistematizar
a observação e leitura do filme que os alunos deverão assistir como tarefa complementar da disciplina.
Acrescente mais algumas indagações que julgar pertinentes para melhor aproveitamento desse mo-
mento de aprendizagem por meio da 7ª arte, o cinema.

CFAP – LIVRO 2 – FILMES

NOME: ________________________________________________________________________DATA:________________

REGISTRANDO A APRENDIZAGEM

APRECIAÇÃO PESSOAL DO FILME

Dados do filme (Nome, ano, direção)

Trecho do filme que o marcou (positiva/negativamente)

Frase de impacto, que capturou sua atenção. Por que essa frase chamou tanto sua atenção?

Importância do filme para o aprendizado acerca do tema LIDERANÇA?

Que valores o filme apresenta que divergem/convergem dos valores cristãos?

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FAÇA SUAS ANOTAÇÕES!

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