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INTRODUÇÃO

A favela é um espaço próprio do Brasil; analisaremos e entenderemos as

características históricas e geográficas da origem das favelas, que com a ajuda

da história brasileira e dos escritores brasileiros que viviam na época,

descrevem exatamente como as favelas surgem; romances Cidade de Deus,

de Paulo Lins, e Inferno, de Patrícia Melo, Os sertões (Los sertones),

É feita uma tentativa de analisar o contraste entre os habitantes do mesmo

território, mas em uma área diferente (favela ou bairro). O Rio de Janeiro foi

escolhido por ser a cidade onde surgiram esses tipos de assentamentos e por

ter o maior número de pessoas vivendo nas favelas.

Portanto, é natural que surjam problemas socioespaciais-econômicos e,

consequentemente, é necessário ter esse processo de crescimento sob

controle. Até o momento, não há uma definição consensual de critérios para o

termo favela, e os diferentes órgãos dos governos brasileiros responsáveis por

esse assunto usam critérios diferentes para classificar uma certa aglomeração

de casas como favela, e daí surge uma dificuldade. implementação de políticas

públicas básicas mais gerais. O fenômeno agora é frequente, especialmente

nas cidades do meio. Esse panorama permite um estudo comparativo dos

diferentes conceitos de favela no Brasil, destacando onde alguns pontos e

definições não se encaixam na realidade e também revela de alguma forma a

intensidade de como o processo de crescimento da favela é realizado nas

cidades. meias.
CONTEÚDO:

A palavra “favela”, que significa bairro quartel ou assentamento informal,


começou a ser usada no Rio no final do século XIX. É outro item importado do
nordeste. Em 1897, soldados voltando da província da Bahia, depois de acabar
com a revolta de Canudos, acamparam em uma das colinas do Rio para exigir
que o governo pagasse a eles todo o seu salário atrasado. Naquela época, a
cidade ainda era a capital do país.
A revolta de Canudos e a guerra que finalmente a sufocou foram momentos
que moldaram a jovem república (a monarquia fora abolida há menos de uma
década). A história do Brasil está repleta de insurreições, algumas delas
motivadas pelo separatismo e competição entre regiões, e outras pela
desigualdade social. Cinco anos depois de esmagado, esse levante já havia
sido imortalizado no romance Os sertões, de Euclides da Cunha. A campanha
do Exército Brasileiro contra uma banda heteróclita formada pelos seguidores
de um carismático padre milenar foi uma experiência assustadora para a
infantaria mal preparada da república. Com a rebelião abafada, o estado
aparentemente esqueceu suas obrigações para com muitos que colocaram em
risco suas vidas no sertão, para que esses homens desmobilizados viajassem
para o Rio e se instalassem na colina que atualmente ocupa a favela de
Providência.

Eles o chamavam de Morro da Favela, por causa do Monte Favela, que havia
sido uma base estratégica para os rebeldes de Canudos, embora a origem do
nome cause discrepâncias. Alguns dizem que vem de uma erva de mesmo
nome, venenosa e resistente. Alegadamente, essas tropas, exigindo que
recebessem o que deviam, eram tão resistentes quanto as plantas das favelas
que cresciam nas hostis terras do nordeste. Depois que os soldados se
enraizaram, o governo, por mais que tentasse, não poderia arrancá-los de seu
lar adotivo. Quando foram instalados, o Morro da Favela era uma colina
bucólica com vista para o cemitério inglês, como é agora. Além disso, estava
perto do que era então a sede do governo e do palácio presidencial. Esse
espaço estava disponível graças à geografia do Rio de Janeiro. Os vários
distritos da cidade são separados por inúmeras colinas e montanhas, motivo
pelo qual muitos cariocas sentem uma ligação tão profunda com sua área
específica quanto com o Rio como um todo. No início do século XX, alguns
túneis foram perfurados, mas até as décadas de 1960 e 1970 a cidade não era
bem conectada por um sistema de túneis que atravessava as montanhas mais
imponentes.
Esses marcos geográficos ajudaram os cariocas a se orientarem: se as colinas
estavam atrás deles, certamente o mar estava à frente. Mas além disso, eles
eram vistos como um incômodo. Desde os dias do primeiro assentamento
português na cidade, poucos dos que chegavam da Europa sentiam o desejo
de subir aquelas encostas íngremes para construir suas casas ali. A construção
foi limitada a terrenos planos, junto a praias, baía e porto, e posteriormente
estendida a áreas pantanosas desidratadas. Assim, quando os trabalhadores
imigrantes começaram a chegar nas décadas seguintes ao assentamento dos
soldados que haviam sufocado a rebelião de Canudos, seguiram o exemplo e
aumentaram seu quartel nos únicos locais abertos que eram gratuitos. A
orografia dificultava a transferência de servos e criados das periferias para o
centro da cidade, de modo que eles moravam perto de seus chefes, nas
colinas.
E o nome genérico de "favela" se tornou popular. Foi adotado em todo o Brasil,
em cidades e vilas. Mas no Rio, outro nome, mais prosaico, competiu com o
primeiro antes de desfazê-lo: o morro, ou seja, “a montanha” ou “a colina”. Em
outras partes do país, grandes favelas tendem a estar localizadas nos
arredores da cidade, invisíveis a áreas arborizadas e verdes, onde os
moradores mais ricos desfrutam de padrões de vida comparáveis aos de Nova
York ou Londres. . Por isso, é exclusivamente no Rio, onde as favelas são
conhecidas como morros.
O estabelecimento de favelas nas colinas do Rio teve duas consequências
importantes. Primeiro, na Zona Sul sempre houve laços estreitos com os
distritos vizinhos relativamente opulentos, Ipanema, Leblon, São Conrado e
Gávea. A extrema miséria da colina e o luxo avassalador das áreas que a
circundam geralmente aparecem sem continuidade, com uma separação que
às vezes nem chega a dez metros. Ou asfalto era o nome dado às áreas de
classe média com ruas pavimentadas para diferenciá-las das estradas de
carros das favelas. Resumindo, todos os cariocas residem no asfalto ou no
morro.
Muitos habitantes do Rio conseguem viver apagando as favelas de suas
consciências, em um processo psicológico que, em geral, apenas deixa de
reconhecer sua empregada ou empregada (que vive nas favelas quase por
definição) como seres com sentimentos. Mas há também um lobby influente
composto por construtores que gostariam de ver todas as favelas da Zona Sul
desaparecerem. Para eles, a remoção desses assentamentos desagradáveis
aumentaria o turismo e a segurança dos distritos de classe média
Segundo, as favelas emergiram como ilhas separadas por áreas de classe
média de outros assentamentos ocupados nas outras colinas da cidade. Como
conseqüência, a identificação de pessoas das favelas com sua comunidade
sempre foi mais profunda do que em outras cidades, principalmente em São
Paulo. No Rio "todo fluxo é uma nação", como diz o romancista e cantor Chico
Buarque. Cada favela tem uma identidade muito forte, diferente das outras.
Isso teve um impacto considerável no desenvolvimento da economia social do
comércio de drogas e constitui uma causa fundamental dos altos níveis de
violência urbana no Rio de Janeiro, bem como de sua natureza peculiar, em
comparação com São Paulo.
Os primeiros imigrantes do nordeste tendiam a construir suas casas nas partes
mais baixas das encostas. Na década de 1920, alguns agricultores de meio
período começaram a criar gado em um pequeno terreno próximo a São
Conrado e a vender seus produtos para os habitantes locais. Quando a
Rocinha (que literalmente significa "granjita", "campillo") começou a empregar
mais pessoas na década de 1940, a comunidade estava se movendo sem
parar para as áreas mais altas. Logo depois, foi possível levar os produtos pela
passagem atrás da colina Dos Hermanos, em direção ao rico bairro da Gávea.
CONCLUSÕES:
De acordo com a história, a palavra Favela começou a ser usada no final do
século XIX, onde foi imortalizada em romances por grandes escritores
brasileiros, onde descreveram que a Favela também é chamada de Morro,
Colina, Monte e que também vem de uma erva venenosa.
A favela tornou-se popular e foi adotada em todo o Brasil, mas no Rio de
Janeiro também recebeu o nome de El Morro ou La Colina, que costuma estar
localizado nos arredores da cidade, em outros países é o local em que vive.
pessoas ricas e ricas como em Londres.
As Favelas emergiram como ilhas separadas por áreas onde as pessoas da
classe média viviam de outros assentamentos pobres e precários, onde não há
serviços básicos.
As favelas são uma realidade da paisagem brasileira, por isso é proposto como
uma estratégia pública prioritária a implementação de serviços básicos como
eletricidade, água, drenagem e centros de saúde.
Cada favela tem uma identidade diferente das outras favelas, como as favelas
do Rio de Janeiro, onde é observado um impacto socioeconômico onde o
comércio de drogas é abundante, causando altos níveis de violência, o que não
é o caso em outras favelas como a São Paulo
A favela como espaço de exclusão social existem gestos de caridade, mas na
reivindicação de uma parte considerável da sociedade por sua representação
como um sistema de interação igualmente complexo como o resto dos
sistemas e na confirmação da extrema funcionalidade da favela e de seus
habitantes para toda a cidade. Assim, a imagem da cidade-postal da favela é o
símbolo que materializa a lógica da exclusão do Rio de Janeiro e representa o
obstáculo ao desenvolvimento, na medida em que demonstra a convivência
conveniente entre o sistema e seu ambiente para o sucesso da operação da
cidade.

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