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Universidade Federal de Goiás

Departamento de Engenharia Civil


Curso de Engenharia Civil
SISTEMAS PREDIAIS 2

SISTEMAS PREDIAIS DE
COMBATE À INCÊNDIO
CHUVEIROS AUTOMÁTICOS
(SPRINKLERS)

Prof. Msc. Heber Martins de Paula


2012
ESQUEMA VERTICAL DE SISTEMAS DE CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS E DE HIDRANTES
Tanque de pressão

Pressostato

Manômetro

12o

11o

3o

2o

1o

Registro de
passeio
Térreo

DRENO DRENO Subsolo


SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

Subgeral
Ramais

Geral

VGA
Subidas

Chuveiros automáticos

Subida principal

Número de chuveiros em operação - edificações altas


SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

Chuveiros automáticos

ramais

Subida principal


Geral

Válvula de governo e alarme

Norma Técnica n. 23 / 2007 – Lei n. 15.802 / 2006


Diretrizes de projeto para elaboração de sistemas
de chuveiros automáticos do tipo sprinkler para o
Estado de Goiás

NBR 10.897 Proteção Contra Incêndio por


Chuveiros Automáticos
NFPA 13 Standard for the Installation of Sprinkler
Systems
TIPOS DE CHUVEIROS AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS
VÁLVULA DE GOVERNO E ALARME - VGA

1. Classificação dos sistemas

sistema de tubulação molhada;


sistema de tubulação seca;
sistema de ação prévia;
sistema dilúvio;
sistema combinado de tubulação seca e ação prévia.
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

1.1 Sistema de tubulação molhada

emprega chuveiros automáticos ligados à tubulações


contendo permanentemente água sob pressão;

é controlado, na entrada, por uma válvula de alarme,


cuja função é fazer soar, automaticamente, um alarme,
quando da abertura de um ou mais chuveiros acionados
por um incêndio;

os chuveiros automáticos realizam simultaneamente a


detecção, alarme e combate ao fogo;

empregado onde não existe risco da água congelar na


tubulação.
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

1.2 Sistema de tubulação seca


 emprega chuveiros automáticos ligados à tubulações
contendo ar comprimido ou nitrogênio sob pressão;

 quando um chuveiro é acionado pelo calor do fogo, o


nitrogênio ou o ar comprimido é liberado, fazendo abrir,
automaticamente, uma válvula (válvula de tubo seco)
instalada na entrada do sistema, permitindo, assim a
admissão de água na tubulação;

 empregado em locais de baixas temperaturas, onde a


água está sujeita a congelamento;

 ocorre uma demora entre a abertura do chuveiro


automático e a descarga da água, a qual pode permitir
que o incêndio se espalhe, provocando a abertura de
mais chuveiros  dispositivo de abertura rápida, que
aumenta a velocidade de descarga do ar da tubulação ou
acelera a abertura da válvula seca quando um ou mais
chuveiros entram em operação. A instalação deste
dispositivo de abertura rápida é obrigatória quando uma
válvula controla mais de 400 chuveiros automáticos ou
quando o volume de água na tubulação é superior a 2500 L.
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

1.3 Sistema de ação prévia

 funciona como um sistema de tubulação seca, contendo


ar que pode estar ou não sob pressão;

 quando ocorre o incêndio, um sistema de detecção (de


operação muito mais sensível), provoca, automaticamente,
a abertura de uma válvula especial, instalada na entrada
da tubulação, permitindo o escoamento da água através
dos chuveiros acionados pelo incêndio;

 o sistema de detecção é instalado na mesma área


protegida pelos chuveiros automáticos;

 a ação prévia do sistema de detecção faz soar,


automaticamente, um alarme de incêndio, antes da
abertura de qualquer chuveiro;

 a principal diferença entre este sistema e o de tubulação


seca é que a válvula de suprimento atua, neste caso,
independentemente da abertura dos chuveiros.
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
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Vantagens do sistema de ação prévia sobre o
sistema de tubulação seca
 a válvula é aberta com maior rapidez (o detector é mais
sensível do que o chuveiro);

 o sistema de detecção também aciona automaticamente


um alarme;

 os danos causados pelo fogo e pela água são menores,


uma vez que a água é lançada ao fogo assim que o
chuveiro é aberto.

1.4 Sistema Dilúvio


 Semelhante ao sistema de ação prévia, exceto que todos
os chuveiros permanecem abertos o tempo todo.
 Na mesma área protegida pelos chuveiros, é instalado
um sistema automático de detecção de incêndio, ligado
a uma válvula dilúvio. Caso ocorra um princípio de
incêndio, os detectores irão atuar e provocar a abertura
da válvula, permitindo a admissão da água na tubulação,
a qual descarregará através de todos os chuveiros
abertos de uma só vez.
 A abertura da válvula faz soar automática e
simultaneamente um alarme de incêndio.
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1.5 Sistema combinado de tubulação seca e ação


prévia

 Composto por uma tubulação seca, contendo ar


comprimido e um sistema de detecção de incêndio
ligado a uma válvula de tubo seco. Com a atuação de
qualquer detector, a válvula de tubo seco é aberta
juntamente com as válvulas de alívio de ar, facilitando
o enchimento com água de toda a tubulação do sistema.

2. Classificação dos riscos das ocupações


2.1 Ocupações de risco leve

Locais onde o volume e a combustibilidade do


conteúdo (carga-incêndio) são baixos:

bibliotecas;
clubes;
edifícios residenciais;
escolas (salas de aula);
escritórios (incluindo CPDs);
hotéis;
etc.
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2.2 Ocupações de risco ordinário

Locais onde o volume e a combustibilidade do


conteúdo (carga-incêndio) são médios. Estão subdivididas
em:

GRUPO I
Locais comerciais ou industriais onde a quantidade e
a combustibilidade do conteúdo são baixas, a altura
dos estoques não excede a 2,40 m e, em caso de
incêndio, seja esperada moderada liberação de calor:

garagens e estacionamentos;
lavanderias;
padarias e confeitarias;
materiais de construção (comércio);
presídios
restaurantes (áreas de serviço);
etc.
GRUPO II

Locais comerciais ou industriais onde a quantidade e


a combustibilidade do conteúdo são moderados, a altura
dos estoques não excede a 3,70 m e, em caso de
incêndio, seja esperada moderada liberação de calor:
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estúdio de rádio;
gráficas;
lojas de departamentos;
oficinas mecânicas;
shopping centers;
etc.

GRUPO III

Locais comerciais ou industriais onde a quantidade


e a combustibilidade do conteúdo são moderados,
a altura dos estoques não excede a 2,40 m e, em
caso de incêndio, seja esperada alta velocidade de
desenvolvimento de calor:

aviões (montagem, excluindo hangares);


carpintarias;
estaleiros;
móveis (fabricação);
papel (fabricação);
tinturarias;
etc.
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2.3 Ocupações de risco extraordinário

Locais onde a quantidade e a combustibilidade do


conteúdo (carga-incêndio) são altos e possibilitam
incêndio de rápido desenvolvimento e de grande
liberação de calor. Estão subdivididas em:

GRUPO I

Locais onde empregam-se líquidos inflamáveis


e/ou combustíveis em pequena quantidade ou
ambientes com presença de poeiras, vapores e
outras substâncias combustíveis em suspensão:

 estofados de espuma de plástico;


 fogos de artifício (fabricação);
 hangares;
 serralherias;
 etc.
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GRUPO II

Locais onde empregam-se líquidos inflamáveis


e/ou combustíveis em moderada quantidade
a substancial quantidade:

 asfalto (usina);
 cosméticos (fabricação com inflamáveis);
 líquidos inflamáveis;
 tintas e vernizes;
 etc.

2.4 Ocupações de risco pesado

Locais comerciais ou industriais, onde são


armazenados líquidos combustíveis e inflamáveis,
produtos de alta combustibilidade, como borracha,
papel e papelão, espumas celulares ou materiais
comuns em alturas superiores às previstas nas
ocupações de risco ordinário.
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Elementos do sistema

Sistema de Distribuição -
alimentação dos sprinklers

Sistema de alimentação
(Válvulas de Governo e Alarme)

Fonte de abastecimento de água


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3. ELEMENTOS DO SISTEMA

 fonte de abastecimento;
 sistema de alimentação, onde está instalada a
Válvula de Governo e Alarme - VGA;
 sistema de distribuição.

3.1 Fonte de abastecimento

 O sistema de chuveiros automáticos pode ser


suprido a partir de uma ou mais fontes, tais como:
 reservatório elevado;
 reservatório semi-enterrado ou subterrâneo,
piscinas, açudes, represas, rios, lagos com uma
ou mais bombas de incêndio.

 Composto por uma rede de tubulações que interligam


a fonte de abastecimento à VGA.

 Válvula de governo para sistemas de tubulação


molhada:
 é uma válvula de retenção com uma série de
orifícios dotados de rosca para a ligação
de dispositivos de controle e alarme, que são:
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 válvula de drenagem de 1 1/2” ou 2”, para esvaziar o


sistema e reabastecer os chuveiros atingidos pelo fogo;

 manômetro a jusante e a montante do obturador;

 linha de alarme, para ligar o pressostato e o alarme.

3.2 Sistema de Distribuição

Composto por uma rede de tubulações que


interligam a VGA aos chuveiros automáticos.

 Componentes

 RAMAL - tubulação onde estão instalados diretamente


os chuveiros e também os tubos horizontais
que abastecem os chuveiros com
comprimento máximo de 0,60m;

 SUB-GERAL - tubulação que abastece os ramais;

 GERAL - tubulação que alimenta os sub-gerais;

 SUBIDAS OU DESCIDAS - tubulação que interliga o


sistema de alimentação aos gerais e onde estão
instaladas as VGA que controlam e indicam a
operação do sistema.
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4. Grau de temperatura dos chuveiros automáticos
Com elemento termo-sensível tipo “ampola”

Com elemento termo-sensível tipo “solda eutética”


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5. Fatores que influenciam a resposta do chuveiro

5.1 Altura do teto

 os gases quentes sobem na forma de uma nuvem até o


teto, ativando o chuveiro;

 para tetos com alturas entre 2,50 m e 4,50 m, a camada


quente possui de 0,1 a 0,3 m de espessura no momento
da operação do chuveiro, sendo que a parte mais quente
está a aproximadamente 0,15 m do teto, sendo então essa, a
altura ideal para instalação do chuveiro;

 para tetos mais altos, a camada será mais espessa no momento


da operação do chuveiro, devido ao resfriamento dos gases em
seu trajeto.

5.2 Forma do teto

 qualquer obstrução no teto representa uma barreira para a


camada de gases quentes subir;

 tetos com vigas ou nervuras tendem a canalizar os gases


quentes entre as vigas, e somente os chuveiros entre ou junto
a estas vigas são prováveis de entrar em operação, pelo menos
inicialmente;
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5.2 Forma do teto

 os telhados inclinados atuam como poços invertidos, nos quais


os gases quentes sobem e podem impedir que os chuveiros
operem na base do telhado.

6. Diagramas básicos dos sistemas de sprinklers

6.1 Ramais laterais com alimentação lateral

Subida ou
descida

subidas subgeral

6.2 Ramais laterais com alimentação central

geral
subidas
Subida ou descida subgeral
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6.3 Ramais centrais com alimentação lateral

Subida ou Subidas
descida Ramais

Subgeral

6.4 Ramais centrais com alimentação central


Ramais

Subidas

Geral

Subida ou
descida
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7. PROJETO
7.1 Limitação das áreas
Área máxima de um pavimento controlada por um jogo
de válvulas, para cada risco de ocupação:

Risco de ocupação Área máxima (m2)


Leve 5000
Ordinário 5000
Extraordinário 3000
Pesado 4000

7.2 Pressão máxima


Os sistemas de chuveiros automáticos devem ser projetados
para operar a uma pressão máxima de 1200 KPa (120mca).

7.3 Capacidade efetiva dos reservatórios


Calculada em função do tempo mínimo de funcionamento
dos chuveiros para cada classe de risco de ocupação.
Classificação Tempo mínimo de
dos funcionamento do sistema
Riscos de chuveiros automáticos
Risco Leve 30 min
Risco Ordinário (Grupo I) 60 min
Risco Ordinário (Grupo II) 60 min
Risco Ordinário (Grupo III) 60 min
Extraordinário 90 min
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7.4 Dimensionamento

7.4.1 Método de Dimensionamento por Tabela

 os diâmetros das tubulações são determinados de


acordo com o número de chuveiros instalados;

 considera-se que as perdas de carga são bastante


reduzidas em função da utilização de tubulações
com diâmetros relativamente elevados para o número
de chuveiros que alimentam;

 a quantidade máxima de chuveiros que podem ser


alimentados por uma tubulação depende:

 do material da tubulação;
 da classe do risco de ocupação;
 do local a ser protegido;
 do posicionamento do chuveiro.

 para o dimensionamento do sistema utilizando-se a


NBR 10897/07, devem ser atendidas as tabelas e
recomendações a seguir.
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Tabela 1 - Ocupações de risco leve

Diâmetro nominal Quantidade máxima Quantidade máxima


(mm) e (“) de chuveiros – de chuveiros –
Tubo de aço Tubo de cobre
25mm (1”) 02 02
32mm (1.1/4”) 03 03
40mm (1.1/2”) 05 05
50mm (2”) 10 12
65mm (2.1/2”) 30 40
80mm (3”) 60 65
100mm (4”) Ver NBR 10897 Ver NBR 10897

Tabela 2 - Ocupações de risco ordinário

Diâmetro nominal Quantidade máxima Quantidade máxima


(mm) de chuveiros – de chuveiros –
Tubo de aço Tubo de cobre
25mm (1”) 02 02
32mm (1.1/4”) 03 03
40mm (1.1/2”) 05 05
50mm (2”) 10 12
65mm (2.1/2”) 20 25
80mm (3”) 40 45
100mm (4”) 100 115
150mm (6”) 275 300
200mm (8”) Ver NBR 10897 Ver NBR 10897
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7.4.2 Método de Dimensionamento por Cálculo Hidráulico

 os diâmetros das tubulações são determinados de modo


a garantir uma densidade preestabelecida e distribuída
com um razoável grau de uniformidade sobre a área de
operação, na qual o conjunto de chuveiros operará
simultaneamente;

 são fatores básicos a serem considerados:


• o espaçamento máximo entre os chuveiros;
• a área máxima de cobertura por chuveiro;
• o diâmetro nominal do chuveiro de acordo com a
classe de risco de ocupação da área a ser protegida.

Etapas de cálculo

a. Definição da ÁREA DE OPERAÇÃO (A)


 Determinada levando-se em conta a região do sistema mais
desfavorável, do ponto de vista hidráulico, em relação à
válvula de governo e alarme - VGA do sistema.

 Um dos lados da área de operação, paralelo aos ramais,


deve ter a dimensão de aproximadamente 1,2 vezes a
raiz quadrada da área de operação. Podem ser
incluídos chuveiros de ambos os lados do subgeral.

 Quando a área de operação for um corredor protegido por


um único ramal, deve ser considerada uma quantidade
máxima de 5 chuveiros.

 A área de operação deve ser considerada a área de projeção


horizontal.
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b. Determinação da densidade requerida

 A densidade, em mm/min, correspondente à área de


operação determinada, varia em função da classe de risco
de ocupação do local.
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c. Definição da quantidade de chuveiros da área de operação


A área de cobertura de um chuveiro, Ac, é dada por:
Ac = a x b

m
n

C = a ou 2 x m
L = b ou 2 x n Adota-se sempre a maior distância

a = distância entre chuveiros ao longo dos ramais, ou o dobro


da distância da parede até o último chuveiro, adotando-se
sempre a maior

b = distância entre os ramais ou o dobro da distância da parede


até o último ramal, adotando-se sempre a maior.

Quando forem instalados chuveiros acima e abaixo de um forro falso,


alimentados pelos mesmos ramais, deve ser adotada a maior área de
cobertura por chuveiro, seja ele acima ou abaixo do mesmo.
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d. A quantidade de chuveiros, N, na área de operação, A,


é dada por:
A
N =
Ac

e. Cálculo da pressão no chuveiro

• cada chuveiro de um sistema hidraulicamente calculado


deve proporcionar uma descarga de água que
corresponda, no mínimo, à densidade estipulada.
• a pressão necessária, P, para proporcionar tal descarga é
obtida em função do fator “K” do chuveiro, conforme
Tabela 3.

2
 10.Q 
P= 
 K 

Tabela 3 - Diâmetro nominal do chuveiro, fator “K” e


características das roscas.
Diâmetro Tipo do Diâmetro Nominal Fator “K”
Nominal do Orifício do (mm) e Tipo da
Chuveiro (mm) Chuveiro Rosca
10 Pequeno 10 BSPT 57 +/- 5%
15 Médio 15 BSPT 80 +/- 5%
20 Grande 20 BSPT 115 +/- 5%
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Notas:
 A pressão mínima no chuveiro deve ser de 50 KPa (5mca);

 Em edifícios de múltiplos andares, protegidos totalmente por


sistema de chuveiros automáticos, e cujas ocupações sejam
de risco leve ou risco ordinário grupo I, a prumada de
abastecimento de água do sistema de chuveiros automáticos
pode também alimentar sistemas de hidrantes ou de
mangotinhos, desde que seja dimensionada para atender à
vazão de ambos os sistemas, operando simultaneamente.

f. Cálculo da vazão dos chuveiros

Onde:
K
Q= P Q = vazão em l/min
K = fator de perda de carga
10 P = pressão em KPa

g. Cálculo da perda de carga


A perda de carga nas tubulações é calculada através da
fórmula de Hazen-Willians:

Q1,85
J = 605 ⋅ 1,85 4,87 ⋅105
C ⋅D
Onde:
J = perda de carga, em KPa/m
Q = vazão, em l/min
D = diâmetro interno do tubo, em mm
C = fator de Hazen-Willians
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h. Locação, espaçamento e posição dos chuveiros

Limitações da área de cobertura dos chuveiros

1. Ocupações de Risco Leve

 abaixo de tetos lisos e abaixo de tetos constituídos de


vigas e nervuras, a área de cobertura por chuveiro não
deve exceder 18,6 m2 (4,31x4,31) nos sistemas de chuveiros
dimensionados por tabelas, podendo ser aumentada até
21 m2 (4,58x4,58) em sistemas de chuveiros hidraulicamente
calculados;

 abaixo de tetos de madeira (tábuas suportadas por vigas


com espaçamento entre eixos superior a 0,90 m), a área
máxima de cobertura não deve exceder de 12 m2 (3,46X3,46);

 abaixo de tetos de telhas apoiadas em estruturas


combustíveis ou não combustíveis (telhas de barro, fibra,
cimento, metálicas etc., apoiadas em terças suportadas
por estruturas de madeira ou metálicas) e abaixo de tetos
em forma de colméia (tetos multinervurados, com vigas
transversais com espaçamento de até 1,50 m entre eixos),
a área de cobertura não deve exceder de 15,6 m2.
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2. Ocupações de Risco Ordinário

 para todos os tipos de construção, a área de cobertura


por chuveiro não deve exceder de 12 m2.

3. Ocupações de Risco Extraordinário

 para todos os tipos de construção, a área de cobertura


por chuveiro não deve exceder de 8,4 m2;

 quando o sistema de chuveiros for hidraulicamente


calculado, a área de cobertura por chuveiro pode ser
aumentada até 9,3 m2.

4. Ocupações de Risco Pesado

 o sistema de chuveiros deve ser hidraulicamente


calculado;

 a área de cobertura por chuveiro não deve exceder de


9,3 m2;

 quando a densidade for inferior a 10,2 mm/min, a área de


cobertura por chuveiro pode ser aumentada até 12 m2;
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i. Distâncias entre ramais e entre chuveiros nos ramais

 para ocupações de riscos leve e ordinário, as distâncias


entre ramais e entre chuveiros nos ramais não deve
exceder 4,60 m;

 para ocupações de riscos extraordinários e pesado, as


distâncias entre ramais e entre chuveiros nos ramais
não deve exceder 3,70 m;

 a distância das paredes aos chuveiros não deve exceder


da metade da distância entre os chuveiros nos ramais ou
entre ramais;

 em ocupações de risco leve com dependências de no


máximo 75 m2 de área, a distância entre a parede e o
chuveiro pode chegar até 2,70 m, desde que seja
respeitada a área máxima de cobertura permitida por
chuveiro;

 a distância mínima entre chuveiros deve ser de 1,80 m,


para evitar que atuação de um chuveiro não venha a
retardar a atuação do adjacente.
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Exercício:

Dimensionar o sistema de chuveiros automáticos


para um edifício risco leve, conforme apresentado.

27,60

4,60

1,90
Ac = 17,48m2
(1”)25mm (1”)25mm (1.1/4”)A (1.1/4”) (1”)25mm (1”)25mm
32mm 32mm

1,90 1,90
3 2
50mm

1
(2”)

(1”)25mm (1”)25mm (1.1/4”) B32mm 25mm 25mm


32mm
(2.1/2”)

6 5 4
65mm

3,80
C 32mm 25mm 25mm
(2.1/2”)

9 8 7
65mm

3,80

65mm (2.1/2”)
VGA

∼ ∼

1. Área de operação > 140 m2

2. Densidade = 4 mm/min
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

3. Número de bicos

140 ÷ 17,48 = 8,0  8 bicos

4. Área de operação

8 x 17,48 = 139,8 m2

√ 139,8 x 1,2 = 14,19 m

14,19 ÷ 4,6 ≅ 3,0 bicos

5. Vazão do chuveiro 1

Densidade ≅ 4 mm/min

Q1 = 17,48 x 4  Q = 69,92 l/min

K
Q= ⋅ P
10
Para K = 80  P = 76,39 KPa

Portanto no bico 1: Q1 = 69,92 l/min


P1 = 76,39KPa
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
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6. Trecho 1 - 2 Ac = 17,48m
A
3 2 1
D = 25 mm B
Q = 69,92 l/min 6 5 4

C
1,85
Q 9 8 7
J = 605 × 1,85 × 10 5

C × D 4,87
65mm (2.1/2”)
VGA1

onde:

J = perda de carga unitária, KPa/m


Q = vazão, l/min
D = mm
C = 120

J = 3,46 KPa/m

∆P = 3,46 x 4,6 = 15,9 KPa

Bico 2:

P2 = 76,39 + 15,91 = 92,3 KPa

80
Q = × 92,3 Q2 = 76,86 l/min
10
SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

7. Trecho 2 - 3 A
Ac = 17,48m2

3 2 1
D = 25 mm B
6 5 4
Q = 69,92 + 76,84 = 146,78 l/min
C
J = 13,67 KPa/m 9 8 7

∆P = 13,67 x 4,7 = 64,23 KPa 65mm (2.1/2”)


VGA1

Bico 3:

P3 = 92,3 + 64,23 = 156,53 KPa

80
Q = × 156,53 Q3 = 100,09 l/min
10
8. Trecho 3 - A

D = 32 mm
Q = 100,09 + 146,78 = 246,87 l/min

J = 10,75 KPa/m

∆P = 10,75 x 2,35 = 25,26 KPa


SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

Pressão em A:
Ac = 17,48m
A
PA = 25,26 + 156,53 = 181,79 KPa 3 2 1
B
6 5 4
Ponto A: C
9 8 7
PA = 181,79 KPa
65mm (2.1/2”)
QA = 246,87 l/min VGA1

9. Trecho AB

D = 40 mm
Q = 246,87 l/min

246,871,85
J = 605 × ×10 5

120 × 40
1,85 4 ,87

J = 3,63 KPa/m

∆P = 3,63 x 3,80 = 13,8 KPa


SISTEMAS COMBATE A INCÊNDIO COM CHUVEIROS
AUTOMÁTICOS - SPRINKLERS

Ac = 17,48m
Pressão necessária em B A
3 2 1
B
PB = 181,8 + 13,8 6 5 4

C
PB = 195,6 KPa 9 8 7

65mm (2.1/2”)
VGA1

246,8 l/min
Q1 = Q2 Q1
195,6 KPa P1 > P2 P1

B 246,8 l/min
181,8 KPa B
Q2  Q*2 ?
P2

C Q2* P1
= C
Q2 P2

Q2* 195,6
=
246,8 181,8

Q*2 = 256,0 l/min


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10. Trecho BC
Ac = 17,48m
A
3 2 1
Q = 256,0 + 246,8 l/min B
Q = 502,8 l/min 6 5 4

C
9 8 7
Em B:
65mm (2.1/2”)
PB = 195,6 KPa VGA1

QB = 502,8 l/min

502,81,85
J = 605 × × 10 5

1201,85 × 50 4,87

J = 4,56 KPa/m

∆P = 4,56 x 3,80 = 17,32 KPa

No ponto C, temos:

PC = 195,6 + 17,32
PC = 212,92 KPa
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502,8 l/min
212,92 KPa

C Q e P do trecho 8-C

11. Trecho 8 - C

Q = 146,78 l/min
P no bico 8 é equivalente à do bico 2 = 92,3 KPa

 Para o cálculo 8 - C, subdivide-se em 8 - 9 e 9 - C.

12. Trecho 8 - 9

D = 25 mm
Por analogia  igual ao trecho 2-3
Q = 146,78 l/min

∆P2-3 = 64,25 KPa = ∆P8-9


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No ponto 9: Ac = 17,48m2
A
3 2 1
Q = 146,78 l/min B
6 5 4
P = 92,3 + 64,23 = 156,53 KPa
C
9 8 7

13. Trecho 9 - C
65mm (2.1/2”)
VGA1
D = 32 mm ∼

Q = 146,78 l/min
J = 4,11 KPa/m

∆P = 4,11 x 2,35 = 9,65 KPa

No ponto C:

Q = 146,78 l/min
502,8 l/min
P = 9,65 + 156,53 212,92 KPa
PC = 166,18 KPa
C 146,78 l/min
166,18 KPa
Q*2 ?
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*
Q P1 Ac = 17,48m2

=
2 A
3 2 1
Q2 P2 B
6 5 4

C
*
Q 212,92 9 8 7
2
=
146,53 166,18 65mm (2.1/2”)
VGA1

Q*2 = 165,86 l/min

No Ponto C:

Q = 502,8 + 165,86

Q = 668,7 l/min

P = 212,92 KPa
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Ac = 17,48m2
14. Do Ponto C à VGA A
3 2 1
B
6 5 4
Tentativa 1:
C
9 8 7
D = 65 mm
Q = 668,7 l/min 65mm (2.1/2”)
VGA1

1,85
668,7
J = 605 × × 10 5

1201,85 × 654,87

J = 2,15 KPa/m

∆P = 2,15 x 17,9 = 38,49 KPa

PVGA = 212,92 + 38,49 = 251,41 KPa

PVGA = 251,41 KPa < 1200 KPa ∴ OK!

Qsistema = 668,7 l/min

VR = 668,7 x 30 min = 20,06 m3


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