Você está na página 1de 19

INSTITUTO VALÉRIA VAZ

CURSOS PROFISSIONALIZANTES

ESTÉTICA FACIAL
Hipercromias

www.ivvcursosonline.com
ivvcursosonline@gmail.com
TEL.: (21) 98123-4883
Rua Dr. Pache de Faria, 23 – Méier - RJ



ANATOMOFISIOLOGIA DA PELE
A pele é composta de três camadas de tecidos: a epiderme, a derme e a hipoderme ou
tecido subcutâneo. E ela representa mais de 15% do peso corporal e é o maior órgão do
corpo humano.
A epiderme é constituída por um epitélio estratificado queratinizado cuja espessura
apresenta de 0,04 mm nas pálpebras até 1,6 mm nas regiões palmoplantares.
A segunda camada da pele, logo abaixo da epiderme, é a derme, que compreende um
denso tecido conjuntivo fibroelástico, no qual situam-se as estruturas vasculares e
nervosas, e os anexos da pele: as glândulas sebáceas, glândulas sudoríparas e os
folículos pilosos.
A terceira camada da pele, mais profunda, a hipoderme, compõe-se de tecido adiposo
(Figura 1).



EPIDERME
A epiderme é composta por 5 camadas, da mais profunda para a mais superficial:
Camada germinativa ou basal, malpighiana ou camada espinhosa, camada granulosa,
camada lúcida e a camada córnea ou estrato córneo. Ela é composta pelos
queratinócitos nas camadas mais profundas, cujo processo de amadurecimento é
complexo e multifatorial, influenciado por fatores sistêmicos, genéticos e ambientais. E
conforme a célula vai subindo em direção a superfície da pele, ela muda de conformação



e passa a ser chamada de
corneócitos (queratinócitos
mortos) (Figura 2). Nesse processo
as células partem da camada basal
e vão sendo deslocadas para a
periferia até a camada córnea,
num período de 21 a 28 dias.
Camada Basal
Único estrato de células, em
contato quase direto com a derme
e sendo separa por uma estrutura
chamada membrana basal ou
lâmina basal, que possui quatro espécies de células diferentes: queratinócitos
produtores da queratina que é uma proteína responsável pelo fortalecimento e
impermeabilidade da pele; melanócitos, produtores de melanina, pigmento que ao ser
fagocitado pelos queratinócitos atribuem cor à pele, além de proteger as células contra
os raios solares (Ultravioletas - UV).; células táteis ou células de Merkel, que conferem
a sensibilidade ao sistema tissular; e células de Langerhans, espécie de fagócitos que
englobam bactérias e resíduos estranhos, sendo a primeira proteção contra agentes
agressores. Com exceção das células de Langerhans, as células desta camada sofrem
mitose, ou seja, constantemente multiplicação, para repor as células mortas da
epiderme. As células de Langerhans também são encontradas na derme, nos vasos
linfáticos da derme, nos linfonodos e no timo.
Os queratinócitos basais têm forma
cilíndrica e se organiza com seu maior
comprimento perpendicular à linha
formada pela junção epiderme-derme.
Além disso, apresentam núcleos
alongados, grandes e ovais. As células
basais se unem entre si e às células
espinhosas suprajacentes, que, por sua
vez, unem-se por meio das chamadas
pontes intercelulares (desmossomas).
(Figura 4).
A melanina é encontrada em 2 camadas da epiderme: a camada basal e a espinhosa, e
pode ser encontrada na camada da derme. Quanto aos melanócitos presentes na
camada basal, são células que, à coloração habitual, aparecem como células claras, com
núcleo hipercromático, pequeno e citoplasma transparente. A natureza dendrítica dos
melanócitos, com numerosos prolongamentos longos e ramificados, se relacionam com
células espinhosas suprajacentes, por isso é possível encontrar pigmento na camada
espinhosa. Os melanócitos, em conjunto com os queratinócitos com que f se relacionam,
constituem as unidades epidermomelânicas da pele (Figura 3). A quantidade de
melanócitos não varia em relação às raças; portanto, as diferenças de pigmentação não
dependem do número de células, mas sim da capacidade funcional dos melanócitos.
Além da pele, os melanócitos são encontrados no aparelho ocular; na orelha; no sistema
nervoso central; nas mucosas; e nos pelos. Eles contêm, no seu citoplasma, organelas
especializadas, denominadas melanossomas, onde ocorrem a síntese e a deposição da
melanina por meio do armazenamento de tirosinase sintetizada pelos ribossomos. Os
melanossomas repletos de melanina são injetados no interior dos queratinócitos da
unidade epidermomelânica correspondente, por meio dos prolongamentos dendríticos
do melanócito. O pigmento melânico compreende dois tipos de melanina, que
geralmente se apresentam em mistura: a eumelanina, polímero marrom; e as
feomelaninas, compostos amarelo-vermelhados.
Os queratinócitos influenciam a proliferação, o número de dendritos e a produção
melânica dos melanócitos. Outros fatores que interferem na atividade melanocítica são
hormônios (Hormônio melanotrófico - MSH e hormônios sexuais), mediadores de
inflamação e vitamina D3.
Na epiderme, encontram-se, ainda, ao nível da camada basal, as células de Merkel.
Nessas células, de grânulos eletrodensos característicos, que contêm substâncias
neurotransmissoras, encontradas principalmente nos lábios, nos dedos, na boca e na
membrana externa dos folículos pilosos. Admite-se que sejam estruturas receptivas de
sensações táteis. Outros autores, no entanto, consideram-nas queratinócitos
modificados.
Ao nível da camada basal, há uma única placa de aderência disposta sobre a membrana
basal, ligando a membrana plasmática das células basais à lâmina basal. Essas estruturas
de conexão, por serem constituídas de uma única placa de aderência, são denominadas
hemidesmossomas.
Os desmossomas e hemidesmossomas são estruturas de adesão localizadas, os

primeiros, entre os queratinócitos; e os segundos, entre as células basais e a membrana


basal.O tempo de maturação de uma célula basal, até atingir a camada córnea, é de
aproximadamente 26 dias.
Figura 4



Camada Espinhosa
A camada espinhosa ou também denominada camada malpighiana, é formada pelas
chamadas células escamosas ou espinhosas, também conhecidas como queratinócitos,
que têm configuração poliédrica, achatando-se progressivamente em direção à
superfície da epiderme e formada por 4 a 10 fileiras. As células são separadas por
espaços cruzados por finos filamentos, denominados pontes intercelulares. A ligação
dessas células também é feita através de estruturas chamadas de desmossomos (Figura
4). No espaço entre as células, há o glicocálix, substância que serve de meio condutor
de substâncias hidrossolúveis do meio externo para o interno.


Camada Granulosa
A camada granulosa é formada pelas células granulosas, assim denominadas por
caracterizarem-se pela presença de grande quantidade de grânulos. Nesta camada há
produção do filamento proteico FILAGRINA, que induz agregação das queratinas
(grânulos queratohialina) e a produção de grânulos lamelares com glicolipídios, que
atuam na impermeabilização da pele. Os queratinócitos encontram-se menos
hidratados, achatados e com núcleo repleto de grânulos que quando expulsos da célula
fazem queratinização da epiderme, tornando a camada granulosa impermeável a água
e a outras moléculas e confere grande resistência à membrana celular. Em áreas de
queratinização imperfeita, a camada granulosa pode estar ausente (Figura 2).
Camada Lúcida
O estrato lúcido, situado entre a camada córnea e a granulosa, composto por duas ou
três camadas de células anucleadas, planas, de aspecto homogêneo e transparente.
Ela é a última camada da epiderme onde há células vivas, já que na córnea está presente
apenas a queratina. É composta por queratinócitos pavimentosos com núcleo
Citoqueratinizado. Nas regiões palmoplantares e nos lábios, existe mais uma camada
compondo a epiderme.
Camada Córnea
A camada córnea é formada pelos corneócitos, produto do amadurecimento dos
queratinócitos, isto é, queratinócitos anucleados, com membranas celulares espessas e
cujo citoplasma corresponde a um sistema bifásico de filamentos de queratina
encerrados em uma matriz amorfa contínua. Nas porções inferiores do estrato córneo,
os filamentos de queratina associam-se à filagrina que, por ação enzimática, desprende-
se da queratina e é degradada a aminoácidos que, osmoticamente, retêm água no
estrato córneo, e são responsáveis pela função de barreira da pele, que exclui diversos
agentes tóxicos e previne a desidratação.



DERME


A derme compreende um verdadeiro gel, rico em mucopolissacarídeos (a substância
fundamental amorfa) e material fibrilar de três tipos: fibras colágenas; fibras elásticas;
e fibras reticulares.
De espessura variável ao longo do organismo, desde 1 até 4 mm, a derme compõe-se
de três porções – a papilar, a perianexial e a reticular:
1. Derme papilar – constitui uma camada pouco espessa de fibras colágenas finas,
fibras elásticas, numerosos fibroblastos e abundante substância fundamental
amorfa, formando as papilas dérmicas, que se amoldam aos cones epiteliais da
epiderme.
2. Derme perianexial – estruturalmente idêntica à derme papilar, dispõe-se,
porém, é encontrada ao redor dos folículos pilo-sebáceos, glândulas e vasos
sendo formado por feixes delgados de colágeno. Compõe, com a derme papilar,
a unidade anatômica denominada derme adventicial.
3. Derme reticular – compreende o restante da derme, sendo sua porção mais
espessa, que se estende até o subcutâneo. É composta por feixes colágenos mais
espessos, dispostos, em sua maior parte, paralelamente à epiderme. Há,
proporcionalmente, menor quantidade de fibroblastos e de substância
fundamental em relação à derme papilar.
A substância fundamental amorfa que é encontrada na derme tem composição de
mucopolissacarideos ácidos, Glicosaminoglicanos livres – ácido hialurônico, 70% de
fibras colágenas, fibras elásticas associadas às colágenas, fibras reticulares também
associadas às colágenas com intensa elasticidade. Estas fibras associadas se entrelaçam
formando uma trama na derme que é responsável pela elasticidade e resistência da
pele.
I. Fibras colágenas: Compreendem 95% do tecido conectivo da derme. O
colágeno da derme é composto por tipos diferentes de fibras – do tipo I até
o tipo XIII.
II. Fibras elásticas: São microfibrilas que, na derme papilar, orientam-se
perpendicularmente à epiderme; e, na derme reticular, mostram-se mais
espessas e dispostas paralelamente à epiderme. É peculiar à espécie humana
a grande quantidade de fibras elásticas na pele. (Figura 5)
III. Fibras Reticulares: Semelhantes às fibras colágenas em sua periodicidade,
mas menores em diâmetro. São encontradas, em grande número na parte
superior da derme papilar, onde atuam como fibrilas fixas ou de ancoragem
para a lâmina basal.
As fibras elásticas mais superficiais estão envolvidas na ligação entre epiderme e derme
e as mais profundas, pelo seu maior teor de elastina, na absorção dos choques e das
distensões que se produzem na pele.
Diferente da epiderme, a derme é vascularizada. Esta rede vascular supre a camada viva
da epiderme, a camada basal que está em constante processo de mitose, e estruturas
como os folículos pilosos e glândulas.
A derme aloja as estruturas anexiais da pele, as glândulas sudoríparas écrinas e
apócrinas, os folículos pilossebáceos e o músculo eretor do pelo. Nela, encontram-se,
ainda, suas células próprias, fibroblastos, macrófagos, mastócitos, células
mesenquimais indiferenciadas e as células de origem sanguínea, leucócitos e
plasmócitos. Em quantidades variáveis, também apresenta vasos sanguíneos, linfáticos
e estruturas nervosas.
Os nervos sensitivos, que sempre são mielinizados, em algumas regiões corpóreas como
palmas, plantas, lábios e genitais, formam órgãos terminais específicos como: (Figura 6)
1. Corpúsculos de Vater-Pacini: Localizam-se, especialmente, nas regiões
palmoplantares e são específicos para a sensibilidade à pressão e captam
especialmente estímulos vibráteis e táteis.
2. Corpúsculos de Meissner: Situam-se nas mãos e nos pés, especialmente nas
polpas dos dedos (como nas partes mais altas das impressões digitais), ao nível
da derme papilar. São específicos para a sensibilidade tátil.
3. Corpúsculos de Krause: também chamados órgãos nervosos terminais-
mucocutâneos, pois ocorrem nas áreas de transição entre pele e mucosas. São
receptores térmicos de frio e se encontram, portanto, na glande, no prepúcio,
no clitóris, nos lábios vulvares e, em menor quantidade, no lábio, na língua, nas
pálpebras e na pele perianal.
4. Meniscos de Merkel-Ranvier: São mecanorreceptores e plexos terminais de
nervos de posição subepidérmica, localizados especialmente nas polpas dos
dedos, ou seja, sensação de tato e pressão superficiais.
5. Corpúsculos de Ruffini: são formados por fibra nervosa que se ramifica,
permeando o colágeno, e relacionam-se à sensibilidade térmica.
Outra estrutura nervosa com funções táteis é o disco pilar, estrutura discoide rica em
células de Merkel, de localização dermoepidérmica, nas proximidades de folículos
pilosos.

ANEXOS CUTÂNEOS


Glândulas sudoríparas écrinas
As glândulas sudoríparas écrinas encontram-se dispersas por toda a pele, mas em maior
quantidade nas regiões palmar, plantar e axilar. São glândulas tubulares que
desembocam na superfície por meio da epiderme e compõem-se de três segmentos:
porção secretora; conduto sudoríparo-intradérmico; e conduto sudoríparo-
intraepidérmico. A porção secretora localiza-se na junção dermo-hipodérmica ou na
porção inferior da derme. A porção secretora das glândulas écrinas é formada por
células grandes, cilíndricas e de citoplasma claro, elas possuem poder contrátil e seriam
responsáveis pela expulsão da secreção sudoral (Figura 7).
A secreção sudoral écrina é incolor, inodora, hipotônica, composta de 99% de água e
solutos encontrados no plasma, além de conter, em concentrações menores,
especialmente sódio, cloretos, potássio, ureia, proteínas, lipídeos, aminoácidos, cálcio,
fósforo e ferro. Em condições adversas de temperatura, a sudorese pode atingir a
produção de 10 a 12 litros em 24 horas.
Glândulas apócrinas
As glândulas apócrinas desembocam, em geral, nos folículos pilossebáceos, e não
diretamente na superfície epidérmica. As glândulas apócrinas distribuem-se em axila,
área perimamilar e região anogenital e, ainda, modificadamente, no conduto auditivo
externo, constituindo as glândulas ceruminosas; nas pálpebras; e, na mama,
constituindo as glândulas mamárias (Figura 7).
Elas são tubulares e compostas de uma porção secretora e uma porção ductal. A luz da
porção secretora das glândulas apócrinas é ampla, cerca de 200 vezes a das glândulas
écrinas e a porção ductal é composta de duas camadas de células epiteliais. Elas liberam
pequenas quantidades de secreção de aspecto leitoso, a longos intervalos de tempo. A
secreção contém proteínas, açúcares, amônia, ácidos graxos e, às vezes, cromógenos,
como o indozil, podendo-se explicar, desse modo, certos casos de cromidrose (é uma
rara condição na qual a pessoa excreta suor colorido). Admite-se que o odor produzido
pela secreção apócrina decorre da ação de bactérias, próprias das regiões topográficas
povoadas pelas glândulas sebáceas, sob as secreções, resultando em produtos
secundários odoríferos. O verdadeiro significado funcional da secreção apócrina no
homem é desconhecido, admitindo-se que represente alguma função sexual vestigial,
desde que surge apenas na puberdade.
APARELHO PILOSSEBÁCEO

• Glândulas sebáceas
As glândulas sebáceas estão presentes em toda a pele, à exceção das regiões
palmoplantares. Desemboam sempre no folículo pilossebáceo, com ou sem pelo. O
tamanho das glândulas sebáceas é, em geral, inversamente proporcional às dimensões
do pelo presente no folículo correspondente. Assim, as maiores glândulas sebáceas são
encontradas nas regiões onde o sistema piloso é menos desenvolvido, por exemplo,
fronte e nariz (Figura 7).
A secreção das glândulas sebáceas é do tipo holócrino, ou seja, é formada pela
destruição das células secretoras e o produto de sua atividade é o sebo (sebum). Estas
glândulas independem de estimulação nervosa.

• Pelos
Os pelos são estruturas filiformes, constituídas por células queratinizadas produzidas
pelos folículos pilosos. Existem dois tipos de pelos: o fetal ou lanugo, que é a pilosidade
fina e clara, idêntica aos pelos pouco desenvolvidos do adulto e denominada vellus; e o
terminal, que corresponde ao pelo espesso e pigmentado, que compreende os cabelos,
a barba, a pilosidade pubiana e axilar. Os pelos compõem-se de uma parte livre, a haste,
e uma porção intradérmica, a raiz.
Anexam-se ao folículo piloso: a glândula sebácea, superiormente; o músculo eretor do
pelo, inferiormente; e, em certas regiões corpóreas, o ducto excretor de uma glândula
apócrina que desemboca no folículo, acima da glândula sebácea. (Figura 7)
O componente principal do pelo é a queratina e participam de sua estrutura cerca de
vinte aminoácidos, sendo particularmente importantes a cisteína, a arginina e a
citrulina, encontrada exclusivamente nos pelos humanos.
Os pelos não crescem continuamente,
havendo alternâncias de fases de
crescimento e repouso, que constituem
o ciclo do pelo. A fase de crescimento,
denominada anágena, caracteriza-se
por intensa atividade mitótica da matriz
e na qual o pelo se apresenta na máxima
expressão estrutural. Sua duração é de
2 a 5 anos, no couro cabeludo. Segue-se à fase catágena, durante a qual os folículos
regridem a 1/3 de suas dimensões anteriores. Interrompe-se a melanogênese na matriz
e a proliferação celular diminui até cessar. As células da porção superior do bulbo
continuam, ainda, sua diferenciação à haste do pelo que fica constituída somente do
córtex e da membrana radicular interna até que o bulbo se reduza a uma coluna
desorganizada de células. A extremidade do pelo assume a forma de clava, constituindo
o pelo em clava, aderido, ainda, por retalhos de queratina ao saco folicular. A fase
catágena dura cerca de 3 a 4 semanas, seguindo-se à fase telógena, de desprendimento
do pelo que, por exemplo, no couro cabeludo, tem cerca de três meses de duração
(Figura 8).
Unhas
Lâminas queratinizadas, recobrem a
última falange dos dedos. Uma unha
tem quatro partes: a posterior ou raiz,
localizada sob a dobra da pele; a lâmina,
aderente ao leito ungueal na sua porção
inferior; as dobras laterais; e a borda
livre.
A raiz ou matriz ungueal é uma área de
células epiteliais proliferativas, parcialmente vedada pela dobra ungueal posterior e
visível, parcialmente, em área mais clara, chamada lúnula. A dobra ungueal posterior
apresenta um prolongamento da camada córnea que recobre a porção proximal da
unha, a cutícula e, abaixo desta, o eponíquio, que adere à lâmina ungueal. Estas
estruturas são importantes porque podem ser destacadas das unhas por processos
inflamatórios. Há uma rica rede vascular, dependente de duas artérias digitais, para a
nutrição da matriz ungueal (Figura 9)
A espessura das unhas varia de 0,5 a 0,75 mm. Seu crescimento é de cerca de 0,1 mm
por dia nos quirodáctilos (dedos da mão), sendo mais lento nas dos pododáctilos (dedos
dos pés). A lâmina ungueal é formada, fundamentalmente, pela matriz ungueal, mas há
participação secundária do leito ungueal nesse processo. O crescimento ungueal sofre
variações individuais e é influenciado por doenças sistêmicas e fatores locais.
Deformidades nas unhas podem, assim, representar lesões da matriz ungueal que
ocorreram até três meses antes das alterações ungueais.


HIPODERME
A hipoderme é uma tela subcutânea, que une a derme aos tecidos e órgãos subjacentes.
A quantidade de tecido adiposo na camada da hipoderme pode variar, dependendo da
região do corpo, da idade e sexo.
A hipoderme, ou panículo adiposo, é a camada mais profunda da pele, de espessura
variável, composta exclusivamente por tecido adiposo, isto é, células repletas de
gordura, formando lóbulos subdivididos por traves conectivo-vasculares. Relaciona-se,
em sua porção superior, com a derme profunda, constituindo a junção dermo-
hipodérmica, em geral, sede das porções secretoras das glândulas apócrinas ou écrinas
e de pelos, vasos e nervos. Funcionalmente, a hipoderme, além de depósito nutritivo de
reserva, participa no isolamento térmico e na proteção mecânica do organismo às
pressões e aos traumatismos externos e facilita a motilidade da pele em relação às
estruturas subjacentes.
Tipos de Tecido Adiposo

O tecido adiposo é classificado levando-se em conta critérios como a pigmentação da


gordura armazenada e a forma de organização. Cada uma das variedades apresenta
diferenças na fisiologia, distribuição no corpo, estrutura e patologia.

• Tecido Adiposo Unilocular

O nome deste tipo de tecido adiposo dá-se devido ao fato de que as suas células
apresentam uma gotícula de gordura predominante, que preenche quase todo o seu
citoplasma. Bastante irrigado por vasos sanguíneos, este tipo de tecido também é
conhecido como tecido adiposo comum ou amarelo, embora sua cor varie entre o
branco e o amarelo-escuro. É o tecido que forma o panículo adiposo, uma camada de
gordura disposta sob a pele, que absorve impactos e atua como isolante térmico. Sua
principal função é armazenamento de triglicerídeos dentro da célula para reserva de
energia. Nos recém-nascidos, este tipo de tecido adiposo é de espessura uniforme; nos
adultos, a distribuição é regulada por hormônios, e o acúmulo se dá em determinadas
posições (Figura 10).
• Tecido Adiposo Multilocular

Com a função principal de gerar calor, o tecido adiposo multilocular é formado por
células que possuem vários vacúolos (as gotículas) de gordura e várias mitocôndrias. Os
animais hibernantes, como os ursos polares, possuem grande quantidade deste tecido,
já que o calor produzido manterá a temperatura do corpo durante os longos períodos
de frio. Nos recém-nascidos, este tipo de tecido também é abundante e muito
importante para protegê-los do frio. Apresenta cor castanha devido à abundante
vascularização e ao grande número de mitocôndrias. Também é conhecido
como gordura marrom ou parda (Figura 10).

HIPERCROMIAS
Discromias ou manchas pigmentares são enfermidades da derme, que produzem
alterações na coloração da pele, devido à melanina ou ao depósito de outros pigmentos
(hemossiderina, ouro, prata, caroteno, pigmentos biliares, etc), que podem afetar tanto
homens quanto mulheres e se apresentam em qualquer idade. Elas podem produzir-se
tanto por excesso do pigmento melânico (hipercromias ou hipermelanoses e
melanodermia: escurecimento da pele), como por um defeito da pigmentação
(hipocromias ou hipomelanoses e leucodermia: clareamento da pele). Outras causas
não-melânicas: pigmentação externa por alcatrão, antralina, medicamentos, etc.

As hipercromias são as manchas escuras que aparecem na pele e são produzidas pelo
excesso de produção de melanina (coloração da pele). Nesse caso, a coloração fica
mais escura que a coloração normal da pele.

As manchas de pele são causadas por vários motivos, entre eles pelo sol, na gravidez,
por espinhas, por picadas de inseto e pela depilação. Mas essas marcas escuras
deixadas na pele podem ser amenizadas com tratamento.

Entendendo melhor o aparecimento da hipercromia


O pigmento responsável por dar cor a pele é chamado de melanina, uma molécula
complexa, que tem como função também a fotoproteção, agindo como filtro solar
absorvendo a radiação UV.






Já os melanócitos são as células responsáveis pela produção de melanina e
representam cerca de 13% das células encontradas na epiderme. Estão presentes na
epiderme, nos folículos pilosos e nos olhos.
A produção de melanina é chamada de melanogênese, sendo que nesse processo o
aminoácido tirosina na presença da enzima tirosinase dá origem à melanina, após
complexas e numerosas reações químicas que ocorrem nos melanossomas (organela
responsável pela síntese e deposição de melaninas).
Portanto, esse processo é caracterizado pela fabricação e distribuição das melaninas
na epiderme e nos pelos.
A produção de melanina ocorre em três etapas:

• a síntese da tirosinase, que se dá através da ação dos ribossomos, do retículo


endoplasmático e do complexo de Golgi;
• a seguir, ocorre a formação dos melanossomas que surge a partir do complexo
de Golgi;
• e a terceira etapa é a produção de melanina no interior dos melanossomas.

Nesse processo são formados dois tipos de melanina: a eumelanina (marrom) e a


feomelanina (pele clara), sendo que ambos os tipos são produzidos em todos os
indivíduos, porém uma em maior quantidade, conferindo as mais diversas nuances no
tom de pele.
Portanto, distúrbios nessa produção associados aos fatores desencadeantes levam ao
aparecimento das manchas que podem ser classificadas em vários tipos.
Esse escurecimento pode ser resultado de fatores como:

• exposição solar, radiação ultravioleta;

• traumas na região (acne, picada de inseto, queimadura e peeling);

• alguns medicamentos (anticoncepcionais, amiodarona e fluoxetina);

• fatores hormonais (gravidez, hormônios da hipófise, estrogênios e da tireoide);

• nutricionais: oligoelementos (zinco e cobre), adoçantes (ciclamato e sacarina);

• deficiência de vitaminas A e C;

• distúrbios orgânicos: hepatopatias (doenças do fígado);

• fator genético: envolvido em todo os estágios da melanogênese.

TIPOS DE HIPERCROMIAS

Melasma

É um distúrbio pigmentar que causa manchas escuras na pele, principalmente, nas


áreas do rosto como testa, nariz, maçãs do rosto. É muito comum ocorrer em
gestantes devido a mudanças hormonais e possui também como causas a exposição ao
sol, ao uso de contraceptivos e problemas nos ovários. Durante a gravidez é chamada
de Cloasma, ocorrendo devido as mudanças hormonais desse período.

Melanose Solar ou lentigo solar

A melanose solar são manchas que aparecem com o passar do tempo pela ação e
exposição solar. Geralmente, aparecem em pessoas com mais de 40 anos, mas a
exposição ao sol na pele com mais de 30 anos precisa de cuidados especiais.
Localizadas no dorso das mãos, na face, colo, braços e ombros por serem áreas que
ficam muito expostas ao sol.


Efélides/ Sardas

As efélides são manchas que aparecem em pessoas com mais predisposição genética,
ou seja, de forma hereditária. Podem piorar com o passar do tempo se não forem
tratadas desenvolvendo doenças como o câncer de pele.

Fitofotomelanoses ou Melanoderma residual

São manchas marrons causadas na pele provocadas com contato direto com frutas
cítricas, especialmente, o limão. Popularmente, é conhecida como “manchas de
limão”, mas as manchas são provocadas por qualquer fruta cítrica.

Hipercromia Pós Inflamatória

São manchas causadas após um processo inflamatório como em picada de insetos,


acne (espinhas) e depilação. Ocorre com maior frequência em peles negras.

Hiperpigmentação periorbital (olheiras):

Ocorre na região periocular e é frequente em ambos os sexos. Ocorre devido ao


aumento da melanina na epiderme, má vascularização da região e ainda por fatores
genéticos (gene autossômico dominante). Outras causas são as noites mal dormidas,
cansaço, alimentação inadequada, estresse físico ou emocional.





















ANOTAÇÕES
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_______________________________________________________________________
_____________________________________________________________________



REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

• <http://somekindofpassion.com/compreender-estrutura-pele-importante-
saude/>. Acesso dia 31/07/2018 as 17:00.
• <http://www.ck.com.br/lesoes-elementares-da-pele-generalidades-e-
estrutura-da-pele/>. Acesso em 31/07/2018 as 16:44.
• <https://afh.bio.br/sistemas/tegumentar/1.php>. Acesso em 31/07/2018 as
17:19.
• <https://fisioterapiaeesporte.wordpress.com/category/tornozelo/>. Acesso em
21/08/2018 às 18:19.
• <https://odontoup.com.br/resumo-anatomia-de-cabeca-e-pescoco/>. Acesso
em 01/08/2018 as 10:51.
• <https://treinomestre.com.br/fibras-vermelhas-lentas-e-fibras-brancas-
rapidas-entenda-a-diferenca-para-o-ganho-de-massa-muscular/>. Acesso em
06/08/2018 às 15:37.
• <https://www.estudopratico.com.br/tecido-adiposo/>. Acesso em 01/08/2018
as 09:43.
• <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/educacao-
fisica/diferencas-entre-os-tipos-de-fibras-musculares/17408>.Acesso em
06/08/2018 às 15:28.
• <https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/nutricao/camadas-da-
epiderme/25906>. Acesso em 14/08/2018 as 19:27.
• <https://www.todamateria.com.br/tecido-adiposo/>. Acesso em 01/08/2018 as
9:50.
• Araújo, Ana Paula Serra; Delgado, Daniela Cardos; Marçal, Regiane. ACNE
DIFERENTES TIPOLOGIAS E FORMAS DE TRATAMENTO. VII EPCC – Encontro
Internacional de Produção Clínica. ISBN 978-85-8084-055-1. 2011.
• RABEH, Soraia Assad Nasbine e GONÇALVES, Márcia Beatriz Berzoti. AVALIAÇÃO
DE FERIDAS CRÔNICAS NA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. Material
Complementar: Anatomia e Fisiologia da Pele.
• RIVITTI, Evandro A. Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. Artes
Médicas; Edição: 2ª. 2014.

Você também pode gostar