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Geometria Analítica — T
(c) Sejam, agora, A = (a1, a2, a3) e B = (b1, b2, b3) pon-
tos do espaço ordinário. Então, notaremos os segmentos
orientados no espaço ordinário com ponto inicial A e
−→
com ponto final B por AB que corresponderá ao vector
v = (b1 − a1)e1 + (b2 − a2)e2 + (b3 − a3)e3, ou seja, o seu
segmento equipolente (mesma direcção, comprimento e
sentido) aplicado na origem.
6.2def Sejam os vectores x = (x1, x2, x3), y = (y1, y2, y3) ∈ R3.
Então,
(a) chama-se produto escalar dos vectores x e y, que
se representa por x · y, ao número
x · y = x1 y1 + x2 y2 + x3 y3 .
(b) Chama-se comprimento do vector x, que se repre-
senta por kxk, ao número
q
kxk = x21 + x22 + x23.
(c) Um vector diz-se unitário se o seu comprimento fôr 1.
(d) Chama-se produto vectorial dos vectores x e y, que
se representa por x × y, ao vector
x×y = (x2y3 −x3y2)e1 +(x3y1 −x1y3)e2 +(x1y2 −x2y1)e3.
6. Geometria Analítica — T 83
6.3obs Sejam os vectores x = (x1, x2, x3), y = (y1, y2, y3) ∈ R3.
Então, o produto externo de x por y, pode ser calculado
através do determinante simbólico
e1 e2 e3
x × y = x1 x2 x3 .
y1 y2 y3
6.4teo (a) ∀x ∈ R3 : x × 0 = 0;
(b) ∀x, y ∈ R3 : x × y = −y × x;
(c) ∀x, y ∈ R3, ∀α ∈ R : x × (αy) = α(x × y);
(d) ∀x, y, z ∈ R3 : (x + y) × z = x × z + y × z;
(e) ∀x, y, z ∈ R3 : x × (y + z) = x × y + x × z;
(f) ∀x, y ∈ R3 : (x × y) ⊥ x e (x × y) ⊥ y;
3
(g) ∀x, y ∈ R : x×y = kxkkyk sen θ n, onde ∠(x, y) = θ
e n ∈ R3 é um vector unitário, n ⊥ x e n ⊥ y, e a, b e
n definem um triedro directo.
6.5def Sejam os vectores não-nulos x = (x1, x2, x3), y =
(y1, y2, y3) ∈ R3. Então,
(a) chama-se ângulo formado pelos vectores x e y, que
se representa por ∠ (x, y), ao ângulo θ, em que
x·y
cos θ = .
kxkkyk
(b) Os vectores x e y dizem-se ortogonais se x · y = 0,
escrevendo-se x ⊥ y.
6. Geometria Analítica — T 84
(f) x × y =
6.10teo Equação da recta r que passa pelo ponto A = (a1, a2, a3)
e que é paralela ao vector não-nulo u = (u1, u2, u3): seja o
ponto P = (x, y, z). Então,
−→
P ∈ r sse AP k u,
ou seja,
P − A = αu, α ∈ R : equação vectorial,
ou
x − a1 = αu1
y − a2 = αu2 : equações paramétricas.
z − a3 = αu3
x2 y2 2
6.25def (a) • equação: + + zc2 = 1.
a2 b2
• nome: elipsóide (se a = b = c passa-se a chamar
esfera).
x2 y2
• traço no plano XOY: a elipse a2 + b2 = 1.
x2 z2
• traço no plano XOZ: a elipse a2
+ c2
= 1.
y2 z2
• traço no plano YOZ: a elipse + = 1.
b2 c2
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
• superfície de revolução se a = b, em que a geratriz é
2 2
a elipse yb2 + zc2 = 1 e o eixo é o eixo coordenado OZ,
x2 y2
ou se a = c, em que a geratriz é a elipse + = 1 a2 b2
e o eixo é o eixo coordenado OY , ou se b = c, em
x2 z2
que a geratriz é a elipse a2 + c2 = 1 e o eixo é o eixo
coordenado OX.
• representação gráfica de x2 + 5y 2 + 3z 2 = 1:
6. Geometria Analítica — T 93
x2 y2 z2
(b) • equação: + − = 1. a2 b2 c2
• nome: hiperbolóide de uma folha.
x2 y2
• traço no plano XOY: a elipse a2 + b2 = 1.
x2 z2
• traço no plano XOZ: a hipérbole a2
− c2
= 1.
y2 z2
• traço no plano YOZ: a hipérbole − = 1.
b2 c2
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
• superfície de revolução se a = b, em que a geratriz é
2 2
a hipérbole yb2 − zc2 = 1 e o eixo é o eixo coordenado
OZ.
• representação gráfica de x2 + y 2 − z 2 = 1:
x2 y2 z2
(c) • equação: − − = 1. a2 b2 c2
• nome: hiperbolóide de duas folhas.
x2 y2
• traço no plano XOY: a hipérbole a2 − b2 = 1.
x2 z2
• traço no plano XOZ: a hipérbole − = 1. a2 c2
• traço no plano YOZ: não existe.
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
• superfície de revolução se b = c, em que a geratriz é
x2 y2
a hipérbole a2 − b2 = 1 e o eixo é o eixo coordenado
OX.
x2
• representação gráfica de 3 − 2y 2 − 2z 2 = 1:
x2 y2 z2
(f) • equação: + − = 0. a2 b2 c2
• nome: cone.
• traço no plano XOY: o ponto (0, 0, 0).
• traço no plano XOZ: o par de rectas zc = ± xa .
• traço no plano YOZ: o par de rectas zc = ± yb .
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
• superfície de revolução se a = b, em que a geratriz é a
recta yb = zc e o eixo é o eixo coordenado OZ.
• representação gráfica de x2 + y 2 − z 2 = 0:
x2 y2
6.26def (a) • equação: + = 1. a2 b2
• nome: cilindro elíptico (se a = b passa-se a chamar
cilindro circular).
x2 y2
• traço no plano XOY: a elipse a2 + b2 = 1.
• traço no plano XOZ: o par de rectas x = ±a.
• traço no plano YOZ: o par de rectas y = ±b.
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
2
• superfície cilíndrica, em que a directriz é a elipse xa2 +
y2
b2
= 1 e a geratriz é paralela ao eixo coordenado OZ.
• representação gráfica de x2 + 2y 2 = 1:
x2 y2
(b) • equação: − = 1. a2 b2
• nome: cilindro hiperbólico.
x2 y2
• traço no plano XOY: a hipérbole a2 − b2 = 1.
• traço no plano XOZ: o par de rectas x = ±a.
• traço no plano YOZ: o par de rectas y = ±b.
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados, aos eixos coordenados e à origem.
• superfície cilíndrica, em que a directriz é a hipérbole
x2 y2
a2
− b2
= 1 e a geratriz é paralela ao eixo coordenado
OZ.
• representação gráfica de x2 − 4y 2 = 1:
x2 y2
(d) • equação: + = 0. a2 b2
• nota1: o eixo OZ constitui os pontos de R3 que satis-
fazem esta equação (diz-se que é uma quádrica dege-
nerada).
• nota2: estão em condições equivalentes as equações
x2 z2 y2 z2
a2
+ c2
= 1, b2
+ c2
= 1.
x2 y2
(e) • equação: − = 0. a2 b2
• nota1: o par de planos xa ± yb = 0 constituem os pontos
de R3 que satisfazem esta equação (diz-se que é uma
quádrica degenerada).
• nota2: estão em condições equivalentes as equações
x2 z2 y2 z2
a2
− c2 = 1, b2 − c2 = 1.
6. Geometria Analítica — T 99
x2 y2
6.28def (a) • equação: + = 2pz, p 6= 0.
a2 b2
• nome: parabolóide elíptico (se a = b passa-se a
chamar parabolóide circular).
• traço no plano XOY: o ponto (0, 0, 0).
2
• traço no plano XOZ: a parábola xa2 = 2pz.
2
• traço no plano YOZ: a parábola yb2 = 2pz.
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados XOZ e Y OZ e ao eixo coordenado
OZ.
• superfície de revolução se a = b, em que a geratriz é a
y2
parábola b2 = 2pz e o eixo é o eixo coordenado OZ.
• representação gráfica de x2 + y 2 = z:
x2 y2
(b) • equação: − = 2pz, p 6= 0.
a2 b2
• nome: parabolóide hiperbólico.
• traço no plano XOY: o par de rectas x
a ± yb = 0.
x2
• traço no plano XOZ: a parábola a2
= cz.
y2
• traço no plano YOZ: a parábola − b2 = cz.
• simetrias: superfície simétrica relativamente aos pla-
nos coordenados XOZ e Y OZ e ao eixo coordenado
OZ.
• nunca é uma superfície de revolução.
• representação gráfica de x2 − y 2 = z:
Então:
(a) d = 1:
(a.i) αi = 2, αj = 2, αk = 2:
x2 + 5y 2 + 3z 2 = 1
x2 + y 2 − z 2 = 1 x2 − y 2 + z 2 = 1 −x2 + y 2 + z 2 = 1
x2 y2 z2
3 − 2y 2 − 2z 2 = 1 −2x2 + 3 − 2z 2 = 1 −2x2 − 2y 2 + 3 =1
(a.ii) αi = 2, αj = 2, αk = 1:
x2 + y 2 = z x2 + y 2 = −z y2 + z2 = x y 2 + z 2 = −x x2 + z 2 = y x2 + z 2 = −y
x2 − y 2 = z x2 − y 2 = −z y2 − z2 = x y 2 − z 2 = −x −x2 + z 2 = y −x2 + z 2 = −y
6. Geometria Analítica — T 104
(a.iii) αi = 2, αj = 2, αk = 0:
x2 + 2y 2 = 1 x2 + 2z 2 = 1 y 2 + 2z 2 = 1
4z 2 = −x 4z 2 = x 4z 2 = −y 4z 2 = y 4y 2 = −z 4y 2 = z
(b) d = 0:
x2 − y 2 − 2z 2 = 0 −x2 − y 2 + z 2 = 0 −x2 + y 2 − 2z 2 = 0
6. Geometria Analítica — TP
6.1 Determine a equação vectorial, as equações paramétricas e as equações cartesianas da recta definida:
(a) pelos pontos A = (1, 2, 3) e B = (3, 1, 5).
(b) pelos pontos A = (1, 2, 3) e B = (3, 1, 3).
(c) pelos pontos A = (1, 2, 3) e B = (3, 2, 3).
(d) pelo ponto A = (1, 2, 3) e pelo vector director v = (−2, 1, −1).
sols 6.1 (a) i. equação vectorial: (x, y, z) = (1, 2, 3) + α(2, −1, 2), α ∈ R.
x = 1 + 2α
ii. equações paramétricas: y =2−α α ∈ R.
z = 3 + 2α
x−1 y−2 z−3
iii. equações cartesianas: 2 = −1 = 2 .
(b) i. equação vectorial: (x, y, z) = (1, 2, 3) + α(2, −1, 0), α ∈ R.
x = 1 + 2α
ii. equações paramétricas: y =2−α α ∈ R.
z=3
x−1 y−2
iii. equações cartesianas: 2 = −1 , z = 3.
(c) i. equação vectorial: (x, y, z) = (1, 2, 3) + α(2, 0, 0), α ∈ R.
x = 1 + 2α
ii. equações paramétricas: y=2 α ∈ R.
z=3
iii. equações cartesianas: y = 2, z = 3.
(d) i. equação vectorial: (x, y, z) = (1, 2, 3) + α(−2, 1, −1), α ∈ R.
x = 1 − 2α
ii. equações paramétricas: y =2+α α ∈ R.
z =3−α
x−1 y−2 z−3
iii. equações cartesianas: −2 = 1 = −1 .
6.3 Considere, no espaço R3 , os pontos A = (1, 2, 3), B = (1, 0, 1), C = (0, 2, 0) e D = (1, 2, 1). Determine:
(a) a recta r definida pelos pontos A e B.
(b) a recta s que contém o ponto C e que é paralela à recta r.
(c) o plano α definido pelas rectas r e s.
(d) o plano β definido pela recta r e pelo ponto D.
(e) o ponto de intersecção da recta r com o plano α.
sols 6.3 (a) x = 1, y − z = −1.
(b) x = 0, y − z = 2.
(c) 3x + y − z = 2.
(d) x = 1.
(e) a recta r pertence ao plano α.
6. Geometria Analítica — TP 106
sols 6.5 (a) Elipsóide. (g) Parabolóide hiperbólico. (m) Parabolóide elíptico.
(b) Esfera. (h) Cone. (n) Cone.
(c) Hiperbolóide de uma folha. (i) Parabolóide elíptico. (o) Hiperbolóide de uma folha.
(d) Hiperbolóide de duas folhas. (j) Cilindro elíptico. (p) Hiperbolóide de duas folhas.
(e) Parabolóide elíptico. (k) Cilindro parabólico. (q) Cone.
(f) Parabolóide circular. (l) Cilindro hiperbólico. (r) Cilindro circular.
107
Apêndice A
“ESTILO”, de Herberto Hélder, em “Os Passos em Volta”, Assírio & Alvim, 1997
- Se eu quisesse, enlouquecia. Sei uma quantidade de histórias terríveis. Vi muita coisa, contaram-
me casos extraordinários, eu próprio... Enfim, às vezes já não consigo arrumar tudo isso. Porque,
sabe? , acorda-se às quatro da manhã num quarto vazio, acende-se um cigarro... Está a ver? A
pequena luz do fósforo levanta de repente a massa das sombras, a camisa caída sobre a cadeira ganha
um volume impossível, a nossa vida... compreende? ... a nossa vida, a vida inteira, está ali como...
como um acontecimento excessivo... Tem de se arrumar muito depressa. Há felizmente o estilo. Não
calcula o que seja? Vejamos: o estilo é um modo subtil de transferir a confusão e violência da vida
para o plano mental de uma unidade de significação. Faço-me entender? Não? Bem, não aguentamos
a desordem estuporada da vida. E então pegamos nela, reduzimo-la a dois ou três tópicos que se
equacionam. Depois, por meio de uma operação intelectual, dizemos que esses tópicos se encontram
no tópico comum, suponhamos, do Amor ou da Morte. Percebe? Uma dessas abstracções que servem
para tudo. O cigarro consome-se, não é? , a calma volta. Mas pode imaginar o que seja isto todas as
noites, durante semanas ou meses ou anos? Uma vez fui a um médico. - Doutor, estou louco - disse,
- Devo estar louco. - Tem loucos na família? - perguntou o médico. - Alcoólicos, sifilíticos? - Sim,
senhor. O pior. Loucos, alcoólicos, sifilíticos, místicos, prostitutas, homossexuais. Estarei louco? O
médico tinha sentido de humor, e receitou-me barbitúricos. - Não preciso de remédios - disse eu. - Sei
histórias tenebrosas acerca da vida. De que me servem barbitúricos? A verdade é que eu ainda não
havia encontrado o estilo. Mas ouça, meu amigo: conheço por exemplo a história de um homem velho.
Conheço também a de um homem novo. A do velho é melhor, pois era muito velho, e que poderia ele
esperar? Mas veja, preste bem atenção. Esse homem velhíssimo não se resignaria nunca a prescindir
do amor. Amava as flores. No meio da sua solidão tinha vasos de orquídeas. O mundo é assim, que
quer? É forçoso encontrar um estilo. Seria bom colocar grandes cartazes nas ruas, fazer avisos na
televisão e nos cinemas. Procure o seu estilo, se não quer dar em pantanas. Arranjei o meu estilo
estudando matemática e ouvindo um pouco de música. - João Sebastião Bach. Conhece o Concerto
Brandeburguês n.o 5? Conhece com certeza essa coisa tão simples, tão harmoniosa e definitiva que é
um sistema de três equações a três incógnitas. Primário, rudimentar. Resolvi milhares de equações.
Depois ouvia Bach. Consegui um estilo. Aplico-o à noite, quando acordo às quatro da madrugada.
É simples: quando acordo aterrorizado, vendo as grandes sombras incompreensíveis erguerem-se no
meio do quarto, quando a pequena luz se faz na ponta dos dedos, e toda a imensa melancolia do
mundo parece subir do sangue com a sua voz obscura... Começo a fazer o meu estilo. Admirável
exercício, este. Às vezes uso o processo de esvaziar as palavras. Sabe como é? Pego numa palavra
fundamental. Palavras fundamentais, curioso... Pego numa palavra fundamental: Amor, Doença,
Medo, Morte, Metamorfose. Digo-a baixo vinte vezes. Já nada significa. É um modo de alcançar o
estilo. Veja agora esta artimanha: As crianças enlouquecem em coisas de poesia. Escutai um instante
como ficam presas no alto desse grito, como a eternidade as acolhe enquanto gritam e gritam. (...) - E
nada mais somos do que o Poema onde as crianças se distanciam loucamente. Trata-se do excerto de
uma poesia. Gosta de poesia? Sabe o que é poesia? Tem medo da poesia? Tem o demoníaco júbilo
da poesia? Pois veja. É também um estilo. O poeta não morre da morte da poesia. É o estilo. Está
a ouvir como essas enormes crianças gritam e gritam, entrando na eternidade? Note: somos o Poema
onde elas se distanciam. Como? Loucamente. Quem suportaria esses gritos magníficos? Mas o poeta
faz o estilo. Perdão, seja um pouco mais honesto. Seja ao menos mais inteligente. Vê-se bem que
não estou louco. Eu, não. As crianças é que enlouquecem, e isso porque lhes falta um estilo. Sabe de
que lhe estive a falar? Da vida? Da maneira de se desembaraçar dela? Bem, o senhor não é estúpido,
mas também não é muito inteligente. Conheço. Conheço o género. Talvez eu já tivesse sido assim.
Pratica as artes com parcimónia: não a poesia, mas as poesias. Cultiva-se, evidentemente. Se calhar
está demasiado na posse de um estilo. Mas, escute cá, a loucura, a tenebrosa e maravilhosa loucura...
Enfim, não seria isso mais nobre, digamos, mais conforme ao grande segredo da nossa humanidade?
Talvez o senhor seja mais inteligente do que eu.