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Departamento de Física
Laboratório de Física Experimental III
Relatório .08.
Indução Eletromagnética
Turma Integrantes
Bárbara França Cortes 99803
Gabriel Belther Santos 98862
5 Gabriel de Souza Januário 99208
Jonas Hobold Ferreira 94708
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO..........................................................................................................................3
2. MATERIAIS E MÉTODOS......................................................................................................6Y
3. RESULTADOS..........................................................................................................................6
4. DISCUSSÕES............................................................................................................................9
5. CONCLUSÃO............................................................................................................................9
6. REFERÊNCIAS.........................................................................................................................9
1. INTRODUÇÃO
Quando Oersted mostrou, através de experimentos, que uma corrente elétrica gerava um
campo magnético à sua volta, muitos físicos da época começaram a pensar no modo contrário, ao
imaginar que um campo magnético poderia gerar uma corrente elétrica. Faraday conseguiu provar
que o inverso acontecia, ao provar que era possível um campo magnético gerar uma corrente
elétrica.
Na época, acreditava-se que a corrente elétrica era um fluido e para conseguir explicar corretamente
que um campo magnético gera uma corrente, Faraday teve que partir do princípio que algum tipo de
movimento ou variação do campo magnético poderia provocar o movimento desse fluido. A partir
desta hipótese Faraday descobriu a indução eletromagnética. [1]
Tal descoberta, realizada em 1831, é uma das mais importantes do que conhecemos hoje como
eletromagnetismo. Quando Faraday aproximou dois circuitos elétricos, percebeu que no momento
em que um deles era ligado ou desligado, aparecia por um instante de tempo uma corrente no outro
circuito. Percebeu também que o sentido da corrente era diferente se o circuito estava sendo ligado
ou desligado.
Para confirmar que era um efeito magnético, ele aproximou um ímã, e também observou o
aparecimento de corrente. Essa corrente só se mantinha enquanto o ímã estava em movimento, e
tinha sentido contrário dependendo se o ímã se aproximava ou se afastava. Ele também manteve o
ímã fixo e movimentou o circuito, obtendo os mesmos resultados. A conclusão de Faraday é que a
variação do fluxo magnético que atravessa o circuito produz uma tensão elétrica, que dá origem a
corrente.
Na verdade, a própria ideia de fluxo é devida em grande parte a Faraday, que imaginava linhas de
campo emanando de cargas elétricas e de magnetos para visualizar os campos elétricos e
magnéticos, respectivamente. Essa forma de pensar só seria aceita e usada de forma sistemática
pelos cientistas após sua morte.
As linhas de campo dão a direção do campo em cada ponto. O fluxo de campo sobre uma superfície
aberta é proporcional ao número de linhas que cruzam essa superfície (contadas como positivas se
cruzam em um sentido e negativas se cruzam no sentido oposto). Na notação de cálculo vetorial, o
fluxo é definido como:
O campo magnético é solenoidal, ou seja, tem divergente nulo em todos os pontos. Isso tem duas
consequências: o fluxo sobre qualquer superfície fechada é nulo, e o fluxo de duas superfícies
abertas com a mesma fronteira é igual. Isso permite definir o fluxo através do circuito como sendo o
fluxo através de uma superfície qualquer que tenha o circuito como fronteira. De acordo com a lei
de Faraday, a força eletromotriz (fem) induzida sobre o circuito é igual a taxa de variação do fluxo
magnético. A forma matemática da lei da indução foi dada em 1845 pelo físico alemão Franz Ernst
Neumann:
Essa é a lei da indução na forma mais apropriada para se trabalhar com circuitos, pois relaciona
parâmetros que podem ser medidos diretamente ou calculados a partir da geometria do circuito.
A fórmula acima só tem sentido se for definido o sentido do fluxo e da corrente induzida sobre o
circuito, o que é dado pela regra da mão direita – ao curvar a mão direita no sentido da corrente, o
polegar aponta no sentido do fluxo positivo.
A força eletromotriz induzida é nada mais do que a integral de linha do campo elétrico sobre o
circuito. Logo podemos escrever:
Essa é a forma integral da lei de indução, expressa em função dos campos, e é uma das equações de
Maxwell.
O sinal negativo da lei de indução, que dá a direção da tensão induzida, é explicado pela chamada
lei de Lenz, publicada por Heinrich Lenz em 1834. O sinal negativo garante que a fem induzida é
no sentido de criar um campo magnético que vai se opor à variação do fluxo. Em outras palavras, se
o fluxo está aumentando, a tensão cria uma corrente que gera um fluxo negativo.
A lei de Lenz é uma consequência da conservação de energia. Para ver isso, considere uma espira
circular e um ímã com seus eixos alinhados, com o polo norte do ímã voltado para a espira, como
nas figuras 1 e 2. Se o ímã se aproxima da espira – figura 1 –, é induzida uma corrente anti-horária
na espira (vista a partir do ímã). Assim, a espira passa a atuar como um eletroímã, com o polo norte
voltado para o ímã, e eles se repelem. Caso o ímã esteja se afastando – figura 2 –, a corrente seria
no sentido horário, o polo sul estaria voltado para o ímã, e a força seria de atração.
Devido às contribuições de Neumann e Lenz, a lei da indução pode ser chamada de lei de Faraday,
lei de Faraday-Lenz ou lei de Faraday-Neumann-Lenz. [2;3]
Portanto, podemos dizer que com uma simples movimentação de um ímã próximo a uma espira,
isto é, a um circuito elétrico fechado, é possível produzir corrente elétrica. A produção de corrente
elétrica por campos magnéticos recebeu o nome de indução eletromagnética e a corrente gerada por
meio desse processo é chamada de corrente induzida. [1;4]
A corrente numa bobina produz campo magnético que atravessa as espiras da bobina, como mostra
a figura 3. Assim sendo, a bobina produz fluxo magnético através de si própria e qualquer alteração
da corrente na bobina dá origem a variação desse fluxo, produzindo força eletromotriz induzida na
bobina, que contraria a alteração da corrente.
De acordo com a lei de Biot-Savart, o campo magnético produzido pela bobina é diretamente
proporcional à corrente. Como tal, o fluxo magnético produzido pela bobina sobre si própria é
proporcional à corrente:
Quanto maior for a área das espiras na bobina, maior é a sua indutância. Quanto maior for o número
de espiras, n, na bobina, maior será também a área atravessada pelas linhas de campo e maior será
também o próprio campo magnético. Assim sendo, a indutância de uma bobina com n espiras é
diretamente proporcional a n². A indutância da bobina é n² vezes a indutância de cada uma das suas
espiras por separado:
Todos os dispositivos têm indutância, mas geralmente essa indutância tem valor muito baixo que
pode ser ignorado, exceto no caso das bobinas, usadas nos circuitos quando é necessário ter
indutância não desprezável. A voltagem num indutor é diretamente proporcional à corrente:
2. MATERIAIS E MÉTODOS
2.1. Materiais
-Fonte;
-Galvanômetro de zero central;
-Bobina;
-Imã;
-Cabos;
-Jacaré;
2.2. MÉTODOS
Primeiramente, montou-se um circuito com uma bobina e um galvanômetro, de acordo com a
Figura 4:
da indução através de um circuito fixo. No caso da lei de lenz ela difere um pouco com as diferentes
‘’causas’’ da f.e.m. Ela estabelece que o sentido de uma f.e.m. induzida e tal que ela se opõe a causa
que produz. Entendemos que a f.e.m. se opõe a variação do fluxo e não ao próprio fluxo.
5. CONCLUSÃO
Com o experimento realizado, chegamos ao objetivo do relatório, entender o princípio de
indução magnética e como a sociedade se utiliza desse recurso para gerar energia elétrica.
6. REFERÊNCIAS
[1] MARQUES, Domiciano. A INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA. Disponível em
<http://brasilescola.uol.com.br/fisica/a-inducao-eletromagnetica.htm> Acesso em: 8 de julho de
2017.
[4] MATEUS, Ester Avila; HIBLER, Irineu; DANIEL, Luzia Weiller. ELETRICIDADE E
MAGNETISMO. Maringá, 2010.