Universidade Federal do Maranhão

Centro de Ciências Exatas e Tecnologia

Departamento de Engenharia Elétrica
Disciplina: Eletrônica de Potência
Professor: Quezada
Aluno: Leandro Souza
Código: EE-03241-60

Lista de exercícios
Conversores

São Luís – 2010

Resolução:

1.

1.1

• Conversor CA-CC controlado

• Utilizam tiristores como

elementos de retificação;
• Há possibilidade de controlar a
tensão de saída.

• Conversor CA-CC não controlado

• Utilizam diodos como

elementos de retificação;
• Não há possibilidade de
controlar a tensão de saída.
1.2
1.2.1
O mecanismo é denominado conversor CA-CC não controlado, onde os diodos
retificadores são alimentados por uma fonte m-fásica cada uma defasada 2π/m em
relação à outra.
1.2.2
Cada diodo conduz 2π/m radianos que corresponde ao tempo de duração da
corrente de fase.
1.2.3
(a) Ondulação da tensão de saída;
(b) Uma alta dissipação de potencia devido à comutação dos diodos;
(c) Harmônicos na fonte de entrada
(d) Para a ondulação reduzir, se conecta mais fases de tensão de entrada e mais
grupos de retificadores; para a dissipação de calor, podem-se substituir os diodos por
outros que suportem uma maior frequencia de comutação e também projetar
dissipadores de calor; Para diminuir os efeitos de harmônicos, adotam-se configurações
especificas no trafo para que o mesmo através destas configurações possa servir como
filtro, bloqueando os harmônicos.
1.2.4
Ponto no qual determinado diodo entra espontaneamente em estado de
condução.
1.2.5
A corrente se anula e permanece nula por um intervalo do período, gera uma
maior ondulação na corrente de saída.
1.2.6
A corrente de saída se mantém devido à indutância da carga, durante todo o
período, num valor não nulo, obtendo uma diminuição na ondulação da corrente de
saída.
1.3
As configurações em ponte consistem em dois grupos trifásicos de meia onda,
um com catodo comum e outro com anodo comum, são conectados em serie ligando
ponto neutro de seus bobinados secundários de forma que as tensões de saída se
adicionem, para esta configuração utiliza-se um trafo com menos ramificações no
secundário diminuindo custo e peso, também o numero de pulsos é o dobro em relação
ao hexafásico.
2.
(a) Operação em 1-quadrante:
Operação com apenas uma polaridade de tensão e corrente, é obtida com
circuitos retificadores controlados envolvendo o uso de diodos em algumas posições do
circuito, dando origem aos retificadores mistos ou semicontrolados.

(b) Operação em 2-quadrantes:

Operação com duas polaridades de tensão e apenas uma polaridade de corrente,
é obtida onde todos os elementos são tiristores, a corrente terminal flui em apenas uma
direção devido a natureza dos seus componentes.

(c) Operação em 4-quadrantes:

Operação com duas polaridades de tensão e corrente, obtido na associação de
conversores de 2-quadrantes e chave reversora (diodo) e também 2 conversores de 2-
quadrantes conectados em antiparalelo.
3.
Tensão CC terminal negativa: tensão inversa na carga, fazendo com que a
potencia seja transmitida do lado CC para o lado CA, funcionado como inversor
síncrono.

Corrente CC terminal positiva: corrente que flui naturalmente do lado CA para o

lado CC de acordo com as características unidirecionais de corrente dos tiristores
empregados nessa configuração, funcionando com conversor

Quando configurado como inversor síncrono, devido ao efeito da carga indutiva

a corrente passa a fluir da carga para o circuito pelo caminho contrário ao da corrente
vinda da fonte, surgindo assim uma Corrente CC terminal negativa.

4.
I.
• Pontos de ignição natural:
2 2

   
  1
2 
(a) Para o tiristor 1;
32 2

   
1  1 
2.3 3 6
(b) Para o tiristor 2;
32 2 5

   
2  1 
2.3 3 6
(c) Para o tiristor 3;
32 2 3

   
3  1 
2.3 3 2

• Sequencia de disparo dos SCR's

(a) Para α1=0°

  
 
  ,  
  ,  
 
  
 (b) Para α2=90° ou π/2

2
 

 

6 2 3

5 4
 

 

6 2 3

3
 

 
 2
2 2

(c) Para α3=150° ou 5π/6

5
 

 

6 6

5 5 5
 

 

6 6 3

3 5 7
 

 

2 6 3

• Ângulo limite de condução continua de corrente

      30°
2  2 3 6
• Valores de tensão média de saída para cada um dos ângulos de disparo
especificados
(a) Para carga R e α<30°(condução continua)

3√3
  !"# $ & cos α
√2
Sendo α1=0°
3√3
   380 $ & cos 0°  444,42
√2

(b) Para carga R e α>30°(condução descontinua)

3√3 π
  !"# √2 $ & -.1
cos /α
12 /√34
2 6

Sendo α2=90° ou π/2

3√3 π π
   380√2 $ & -.1
cos /
12 /√34  128,29V
2 2 6

Sendo α3=150° ou 5π/6

3√3 5π π
   380√2 $ & 781
cos 
9 /√3:  0V
2 6 6

(c) Para contra-tensão R – Ub,sendo Ub=1,05 x 380√2=564,27V

Sendo α1=0°

 ;    <=  444,42  564,27  119,85

Sendo α2=90° ou π/2

     <=  128,29  564,27  435,98

Sendo α3=150° ou 5π/6

     <=  0  564,27  564,27

 (d) Para carga altamente indutiva L=∞(condução continua)

3√3
  !"# $ & cos α
√2

Sendo α1=0°

3√3
 >  440 $ & cos 0°  514,59
√2
Sendo α2=90° ou π/2

3√3
 ?  440 $ & cos 90°  0
√2

Sendo α3=150° ou 5π/6

3√3
 @  440 $ & cos 150°  445,65
√2

Tabela de resultados:

 α1=0° α2=90° α3=150°

 2

6 6 3
 5 5 4 5
6 6 3 3
 3 3 7
2
2 2 3
R 444,42 128,29V 0V
 R – Ub 119,85 435,98 564,27
L=∞ 514,59 0 445,65
5.
I.
• Diagrama fasorial das tensões:

• Os pontos de ignição natural em cada estrutura em ponte:

2

   
  1 , BCDC   3 E   1,2, … ,6.
2 

32

   
1  1 
2.3 3 6
32

   
2  1 
2.3 3 2
32 5

   
3  1 
2.3 3 6
32 7

;   
4  1 
2.3 3 6
32 3

   
5  1 
2.3 3 2
32 11

   
6  1 
2.3 3 6
• Sequencia de disparo dos SCR's

(a) Sendo α1=0°

   >  
 
  ,  
   ,  
  , ; 
;  ,  
  ,  
 
    
(b) Sendo α2=60° ou π/3

 

 

6 3 2
5
 

 

2 3 6
5 7
 

 

6 3 6
7 3
; 
;
 

6 3 2
3 11
 

 

2 3 6
11 13
 

 

6 3 6

(c) Sendo α3=120° ou 2π/3

2 5
 

 

6 3 6
2 7
 

 

2 3 6
5 2 3
 

 

6 3 2
7 2 11
; 
;
 

6 3 6
3 2 13
 

 

2 3 6
11 2 15
 

 

6 3 6
(d) Sendo α4=30° ou π/6

 

; 

6 6 3
2
 

; 

2 6 3
5
 

; 

6 6
7 4
; 
;
; 

6 6 3
3 5
 

; 

2 6 3
11
 

; 
 2
6 6

(e) Sendo α5=90° ou π/2

2
 

 

6 2 3

 

 

2 2
5 4
 

 

6 2 3
7 5
; 
;
 

6 2 3
3
 

 
 2
2 2
11 7
 

 

6 2 3
 (f) Sendo α6=150° ou 5π/6

5
 

 

6 6
5 4
 

 

2 6 3
5 5 5
 

 

6 6 3
7 5
; 
;
 
 2
6 6
3 5 7
 

 

2 6 3
11 5 8
 

 

6 6 3

• Ângulo limite de inversão, no caso do inversor

Para f=60Hz que equivale a um período de 16,66ms,temos:

G H   !  16,66  1,5  15,16I

O tempo TL equivale a um ângulo de 327°, sendo assim o ângulo limite seria

qualquer ângulo até 327º, mas na pratica adota-se um ângulo um pouco menor que 150°.

• Ângulo limite de inversão de condução, no caso do conversor.

JK      LM 30°
2  2 3 6

• Valores de tensão média para cada ângulo

(a) Carga resistiva para α=0°(condução continua)

3√3
  !"# $ & cos α
√2
3√3
 N  220 $ & cos 0°  257,29
√2
(b) Carga resistiva para α=60°(condução continua)

3√3
   220 $ & cos 60°  128,64
√2

(c) Carga resistiva para α=120°(condução descontinua)

3√3 π 2π
  !"# √2 $ & 7.1
cos /α
12 /  :
2 6 m
3√3 2π π 2π
   220√2 $ & 781
cos 
9 /  :  0,28V
2 3 6 3

(d) Carga R - UB , sendo Ub=1,05 x 380√2=564,27V para α=30°

3√3
   220 $ & cos 30°  222,82
√2

 ;    <=  222,82  564,27  341,44

(e) Carga R - UB , sendo Ub=1,05 x 380√2=564,27V para α=90°

3√3 π π 2π
   220√2 $ & 7.1
cos /
12 /  :  1,07V
2 2 6 3
     <=  1,07  564,27  563,19

(f) Carga R - UB , sendo Ub=1,05 x 380√2=564,27V para α=150°

3√3 5π π 2π
 >  220√2 $ & 781
cos 
9 /  :  0V
2 6 6 3
 ?  >  <=  0  564,27  564,27
 Tabela de resultados:

R R – Ub

 PQR ST α1=0° α2=60° α3=120° α=30° α=90° α=150°
 5 2 5 2

6 6 6 3 6 3 3
 5 7 2 4

2 6 2 6 3 3
 5 5 5 4 3 4 5

6 6 6 3 2 3 3
; 7 5 7 5 11 4 5
2
6 6 6 3 6 3 3
 3 5 3 13 5 7
2 2
2 6 2 6 3 3
 11 5 11 7 15 7 8
2
6 6 6 3 6 3 3
 257,29 128,64 0,28V 341,44 563,19 564,27

6.
Ângulo máximo de ignição admitido de modo que o tiristor em final de
condução atinja plenamente a sua capacidade de bloqueio. Este parâmetro é de suma
importância no projeto de retificadores controlados, pois o tiristor em inicio de
condução deverá sofrer ignição em tempo, afim de que a comutação do tiristor em final
de condução tenha tempo suficiente para que a mesma seja completada com sucesso. Do
contrario, o tiristor permanecerá conduzindo provocando curto-circuito no circuito de
corrente continua.
7.
O conversor dual é composto de duas fontes de tensão e a corrente de carga
(contínua) pode circular em ambas as direções. Com uma carga adequada a operação
nos quatro quadrantes é possível, sendo, portanto o conversor dual também chamado de
conversor de quatro quadrantes.
Se uma ponte permite operação no primeiro e quarto quadrantes, a outra deve
permitir operação no segundo e terceiro quadrantes. Logo, se uma ponte opera como
retificador a outra deve operar como inversor, porém a tensão média de saída das duas
deve ser a mesma (ou muito próximas). Como as tensões médias de saída das pontes
têm polaridades opostas, estas devem ser ligadas em antiparalelo como mostra a Figura
abaixo.
O conversor dual pode operar de duas maneiras:
1. Controlando simultaneamente ambas as pontes.
2. Cada ponte é acionada individualmente de acordo com o quadrante de
funcionamento.

O primeiro caso é também conhecido como operação com circulação de

corrente.
Como as pontes são controladas de maneira tal que a soma de suas tensões
médias na carga é zero, não há circulação de corrente contínua na malha formada pelas
duas pontes. Quando uma ponte funciona como retificadora a outra funciona como
inversora, isto é, quando o ângulo de disparo da ponte 1 é α1 o ângulo de disparo da
ponte 2 será α 2 =π- α1. Como as duas pontes trabalham em diferentes modos (diferentes
ângulos de disparo) as tensões instantâneas não são iguais, o que causa uma circulação
de corrente alternada pela malha formada pelas duas pontes. Indutores são colocados
para reduzir esta corrente de circulação, como visto na Figura abaixo, a operação de
cada ponte é igual à de um conversor formado por uma ponte individual.
A corrente de circulação depende do ângulo de disparo e da indutância L. Esta
corrente é máxima quando wt=2π/3 e α1=0. Mesmo em vazio o conversor terá uma
corrente de circulação devido ao ripple no indutor. Isto permite uma mudança suave da
corrente de carga de um quadrante para outro bem como uma rápida resposta dinâmica
em acionamento de motores elétricos.
 A desvantagem deste modo de operação é que a corrente de circulação aumenta
as perdas, reduz o rendimento e o fator de potência da estrutura. Outra desvantagem está
na presença dos indutores que aumentam peso, volume custo e ruído da estrutura.
No segundo caso, ou sem circulação de corrente o gatilhamento da ponte que
não está em operação é inibido. Um detector de zero é usado para determinar o ponto de
mudança de acionamento de uma ponte para outra. A velocidade de resposta do
conversor dual com controle não simultâneo é afetada consideravelmente pelo retardo
necessário durante a mudança de uma ponte para outra. O valor deste atraso dependerá
da precisão com que o zero de corrente é detectado. Tiristores precisam apenas de 50µs
a 100µs para adquirir estado de bloqueio após a corrente ter cessado. Entretanto
flutuações no valor da corrente e certos elementos presentes no conversor (snubbers)
dificultam e detecção exata do zero de corrente. Aplicações para este tipo de conversor
estão no acionamento de motores elétricos.
 Anexos
4. Gráficos:
II.
(a) Carga R
(b) Carga R-Ub
(c) Para carga altamente indutiva L=∞
5. Gráficos:
II.