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ASSINTEC/SME
Curitiba/ 2010
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RELIGIÃO: O QUE É?
maior. Portanto, é necessário o uso do conhecimento religioso para compreender a relação com o
outro e como este faz uso do seu próprio conhecimento.
Outra forte influência pedagógica no Ensino Religioso proposta pela ASSINTEC foi, e
ainda de certa forma o é, a Teoria dos Sistemas, a visão da globalidade, em que a teia de inter-
relações é o fundamento básico para a manutenção do equilíbrio dos sistemas. Muito se ouve falar
da ecologia humana, sobre o diálogo interespécies, ou ainda o enfoque do novo paradigma: o
cuidado, cujo expoente é o teólogo, escritor e professor Leonardo Boff. A vida cuidando da vida, o
respeito à pluralidade, o enfoque dado ao sagrado enquanto meio de proteção e estabelecimento
de um ethos nas relações do humano para com o humano, do humano com outras formas de vida,
ou seja, abrangendo a relação interespécies.
Assim, o Ensino Religioso num modelo inter-religioso propõe:
• Decodificar os elementos básicos que compõem o fenômeno religioso, visando à
construção da alteridade e do respeito no convívio social;
• Compreender as relações do humano com o Transcendente/Imanente;
• Abordar o conhecimento religioso focando a multiculturalidade;
• Buscar o saber (informação sobre o fenômeno religioso), o viver (prática de valores
humanizadores), integrando a pessoa em seus aspectos: ter (horizontal) com o ser
(vertical);
• Integrar ciência e consciência, ciência e ética, ciência e arte, ciência e tradição de
sabedoria;
• Proporcionar espaço para a interiorização, sensibilização, observação, reflexão e
informação da realidade social, política, econômica, cultural e religiosa;
• Desenvolver a consciência crítica e a criatividade;
• Utilizar a linguagem formal e científica para aprofundar conhecimentos e a linguagem
simbólica para compreender categorias intuitivas, como os mitos, os símbolos, os ritos e
os arquétipos expressos pelos povos;
• Dar à ciência e à tecnologia uma dimensão ética;
• Educar com arte;
• Educar para a paz, com base no respeito e reverência ao sagrado presente em si e no
outro;
• Construir um referencial de conhecimentos culturais e proposições éticas, preparando o
estudante para o exercício consciente da cidadania ecumênica, democrática, planetária e
humanitária.
O fato de trazer à pauta o ensino comprometido com a totalidade do ser humano, a
inclusão das holopráxis, na preparação da turma para o trabalho com determinada temática, é
resultado do amadurecimento de uma postura ética e pedagógica de profissionais da educação em
face da vida, e não restrita apenas aos espaços escolares.
Como bem apontou Morin (1993), o conhecimento se diferencia da informação e se
distingue desta. A informação comporta o primeiro estágio do conhecimento. Ao serem trabalhadas
as informações estabelecem relações, contextualizam-se, são classificadas, analisadas, passando
desse modo para o estágio denominado conhecimento. O autor sugere ainda um terceiro estágio,
que se relaciona à inteligência, o da consciência ou sabedoria, que envolve reflexão, sugerindo
novas formas de humanização.
No Ensino Religioso, a complexidade dos assuntos abordados para o estudo do fenômeno
religioso requer que cada professor seja um investigador, pois, além da imensa gama de
informações dessa área de conhecimentos, o fenômeno muda constantemente, assume relações
diversas, transformações decorrentes dos processos de avanços e retrocessos sofridos pelos
diferentes grupos sociais.
Outro fato importante é que a postura investigativa, no caso dos professores, não se limita
apenas ao objeto de estudo de sua área de conhecimento, mas também à sua própria ação
docente. Além de atualizações constantes em sua área, para trabalhar de forma adequada os
conhecimentos em sala de aula, o professor precisa acompanhar as teorias de educação,
envolver-se diretamente nas reflexões sobre sua práxis cotidiana, lançando o olhar para os
resultados de seus procedimentos pedagógicos, para as transformações sociais, para a
peculiaridade de cada classe e o desenvolvimento cognitivo/afetivo de seus aprendizes.
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ETHOS – Alteridade – Palavra de origem grega que significa caráter. É parte da filosofia
que trata do comportamento humano. “É a forma interior da moral humana em que se realiza o
próprio sentido do ser.” (PCNs – Ensino Religioso, 1997, p. 37). São os costumes e maneiras de
viver e conviver das pessoas.
A ética religiosa se relaciona ao sagrado e constitui um conjunto de princípios, padrões de
conduta, prescrições, mandamentos e máximas, que os fiéis ou adeptos devem assimilar e
cumprir.
Alguns desses preceitos se repetem em quase todas as religiões do mundo, como, por
exemplo: não matar, não roubar, não praticar imoralidades, socorrer os necessitados, amparar os
aflitos, amar o semelhante, promover a paz, entre outros.
Cabe ao Ensino Religioso favorecer aos alunos a percepção de que, mesmo nas
diferenças, é possível uma convivência harmoniosa. É importante ressaltar os pontos comuns das
tradições religiosas e místico-filosóficas, mostrando ao aluno que, apesar das diferenças, em sua
maioria, elas buscam organizar e estabelecer regras para a vida em sociedade, fundamentadas
em valores comuns.
A alteridade é um dos conceitos importantes a serem enfocados nesse processo de
reflexão sobre a diversidade não só religiosa, mas também pessoal, étnica e cultural.
Alteridade é o estado ou qualidade daquilo que é “outro” ou diferente. Alteridade significa
reconhecer o “outro”. De acordo com o Dicionário de Filosofia (1970), “alteridade é o ser outro, o
colocar-se ou constituir-se como outro. A alteridade é um conceito mais restrito do que diversidade
e mais extenso do que diferença.”
Vivenciar a alteridade requer valorização e aceitação das pessoas em relação às suas
singularidades. Conviver numa sociedade multiculturalista pressupõe o reconhecimento do direito à
diferença, a aceitação do outro com naturalidade e respeito.
É possível conviver de modo harmonioso com pessoas de diferentes culturas, religiões,
filosofias de vida e mentalidades quando se compreende o sentido dos valores básicos que devem
existir nas relações humanas, como a alteridade, o respeito e a abertura ao diálogo.
Cada ser humano precisa compreender-se como um ser em relação com o todo sistêmico,
com todos os seres da natureza, e entender que a riqueza dos seres humanos e demais seres da
natureza consiste nas diferenças. Sendo assim, é importante aprender a ver o outro como ele é, e
deixar de querer transformá-lo ou convertê-lo naquilo que achamos ser o único padrão correto.
A consciência de pertença no coletivo se constrói com base no respeito às diferenças,
numa atitude de acolhida a diversidade. O respeito ao outro é valor básico para a construção da
paz, do diálogo e do entendimento.
Rudolf Otto define religião como sendo “[...] o encontro do homem com o sagrado” (apud
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BIRCK, 1993, p. 19), sendo o sentimento numinoso uma característica exclusiva da dimensão
religiosa.
“Religião significa a relação entre o homem e o poder sobre-humano no qual ele acredita
ou do qual se sente dependente. Essa relação se expressa em emoções especiais (confiança,
medo), conceitos (crenças) e ações (culto e ética).” (C. P. Tiele In HELLERN, NOTAKER e
GAARDER, 2000, p.17).
A religião, portanto, é a forma concreta, visível e social de relacionamento pessoal e
comunitário do ser humano consigo mesmo, com o outro e com o sagrado. Ou, ainda, religião é um
fenômeno que as sociedades humanas têm produzido em diferentes contextos geográficos,
históricos e culturais para dar respostas às questões fundamentais da vida.
As tradições religiosas ou religiões como sistemas organizados a partir de uma estrutura
hierárquica, conjunto de doutrinas, textos sagrados, ritos, símbolos e normas éticas, podem ser
dogmáticas, mas também podem ser abertas e flexíveis. Sua função básica, pelo menos no plano
ideal, é contribuir para com o processo civilizador da humanidade, orientar as pessoas em sua
busca e relação com o sagrado, dar respostas às questões existenciais e sustentação à existência
da comunidade por meio de seus preceitos éticos. Exemplos de algumas tradições religiosas:
Religiões Indígenas, Religiões Afro-Brasileiras, Hinduísmo, Jainismo, Sikhismo, Taoísmo,
Confucionismo, Xintoísmo, Zoroastrismo, Judaísmo, Cristianismo, Islamismo, Fé Bahá’í...
Partindo das experiências dos alunos, da descoberta de si mesmos como seres religiosos
que participam ou não de uma determinada religião ou filosofia de vida, neste conteúdo, busca-se
analisar e compreender as diferentes tradições presentes na realidade local e global.
AS DIFERENÇAS
Serrob
O PATINHO FEIO
NÃO É FEIO NÃO
ELE É UM BELO CISNE
E É NOSSO AMIGÃO
LÁ LÁ LÁ
LÁ LÁ LÁ LÁ LÁ
TANTAS DIFERENÇAS
VAMOS RESPEITAR
JUNTOS DE MÃOS DADAS
FELIZES CIRANDAR
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“Sentimento numinoso, conforme Birck (1993, p. 31), é um estado afetivo não derivado de outros elementos
emocionais, mas produzido pela presença do objeto numinoso.” O objeto numinoso se relaciona ao sagrado.
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O PATINHO FEIO
Autor Hans Christian Andersen, recontada por Clarissa Pinkola-Estés
- Oh, mais uma ninhada! Como se já não tivéssemos bocas demais a alimentar! -
exclamou a pata rainha com o trapo vermelho na perna. - E aquele lá, aquele grandão e
feio: Bem, aquilo sem dúvida é um engano.
- Ele não é um engano - disse a mãe pata. - Ele vai ser muito forte. Foi só que ele
ficou tempo demais dentro do ovo e ainda está meio deformado. Mas ele vai se recuperar.
Vocês vão ver. - Ela limpou com o bico as penas do patinho feio e lambeu seu topete. .
Os outros, no entanto, faziam tudo o que podiam para importunar o patinho feio.
Voavam para atacá-lo, bicavam-no e gritavam com ele. E, à medida que o tempo
passava, eles o atormentavam cada vez mais. Ele se escondia, se desviava, saía em
ziguezague, mas não conseguia escapar. O patinho era a mais infeliz das criaturas. A
princípio, sua mãe o defendia, mas com o tempo até ela se cansou daquilo tudo.
- Como eu queria que você fosse embora - exclamou exasperada. E foi assim
que o patinho feio fugiu. Com a maior parte das suas penas arrancada e todo enlameado,
ele correu e correu até chegar a um pântano. Ali ele se deitou à beira d'água com o
pescoço esticado e sorvia um pouco d'água de vez em quando. Dos juncos dois gansos o
observavam. Eram jovens e cheios de si.
- Ei, você aí, criatura horrorosa - disseram, rindo à socapa. - Quer vir conosco até
o próximo condado? Há um bando de gansas solteiras por lá, prontas para serem
escolhidas.
De repente, ecoaram tiros. Os gansos caíram com um baque e a água do
pântano ficou vermelha com seu sangue. O patinho feio mergulhou para se abrigar, e por
toda a parte só havia tiros, fumaça e cães latindo. Afinal, o pântano ficou tranquilo, e o
patinho saiu correndo e voando a maior distância possível. Perto do anoitecer, ele chegou
a um pobre casebre. A porta estava pendurada de um barbante, e havia mais fendas do
que paredes. Ali vivia uma velha esfarrapada com seu gato desgrenhado e sua galinha
vesga. O gato fazia jus a morar com a velha por apanhar camundongos. A galinha, por
botar ovos.
A velha achou que estava com sorte por ter encontrado um pato. Talvez fosse
uma pata e também botasse ovos e, se não fosse, podemos matá-lo para comer. E assim
o pato ficou, mas ele era perseguido pelo gato e pela galinha.
- Para que você serve se não bota ovos e não sabe apanhar camundongos? -
perguntavam-lhe os dois.
- O que mais gosto de fazer - disse o patinho com um suspiro - é ficar "debaixo",
quer seja debaixo da amplidão azul do céu, quer debaixo do frescor azul da água. - O
gato não via nenhum sentido em querer ficar debaixo d'água e criticou o patinho pelos
seus sonhos idiotas. A galinha não conseguia ver a graça de ficar com as penas
molhadas e também debochou do patinho. No final das contas, ficou claro que aqui
também não haveria paz para o patinho, e por isso ele partiu para ver se as coisas
podiam ser melhores mais adiante. Ele encontrou por acaso um laguinho e, enquanto
estava nadando, foi ficando cada vez mais frio. Um bando de aves passou voando lá em
cima, as mais lindas que ele já havia visto. Elas gritaram para cumprimentá-lo, e ouvir
suas vozes fez com que o coração do patinho saltasse e se apertasse ao mesmo tempo.
Ele gritou de volta com uma voz que nunca havia emitido antes. Ele nunca havia visto
criaturas mais lindas, e nunca havia se sentido mais desolado.
Ele girou e girou na água para observá-las enquanto desapareciam nos céus e
depois mergulhou até o fundo do lago e ali se aninhou, trêmulo. Estava fora de si por
sentir um amor desesperançado por aqueles enormes pássaros brancos, um amor que
ele não conseguia entender. Um vento mais frio começou a soprar e foi ficando cada vez
mais forte com o passar dos dias. E a neve caiu sobre o gelo. Os velhos quebravam o
gelo nos baldes de leite, e as velhas fiavam até tarde da noite. As mães alimentavam três
bocas de cada vez à luz de velas, e os homens saíam à procura de ovelhas sob o céu
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como a guerra é longa e a vida é curta. E um a um, fosse pela vida, pela paixão, fosse
porque o tempo estava passando, todos se afastaram dançando. Os rapazes, as moças,
todos foram embora dançando. Os mais velhos, os maridos, as esposas, todos foram
embora dançando.
As crianças e os cisnes também se afastaram dançando... deixando ali só nós...
a primavera... e mais uma mãe pata chocando seus ovos junto ao rio.”
2. Em uma folha de papel, faça um desenho com uma cor que você ache muito bonita.
Como ficou? Agora complete seu desenho utilizando outras cores, até mesmo as que você não
gosta muito. Como ficou?
3. O que você acha bonito em você? O que você acha bonito em sua religião?
4. Fernando Pessoa, um poeta português, escreveu: “um dia de chuva é tão belo como um dia de
sol. Ambos existem, cada um como é.” Você concorda ou discorda dele?
5. Que tal agora fazer uma composição plástica usando traços do contorno de várias partes de seu
corpo? Exemplo: uma mão, um pedaço do braço, uma curva de joelho, etc. Veja o que você pode
fazer a partir desses traços e, após ter colorido, apresente a composição para um colega seu e
veja se ele consegue descobrir quais partes de seu corpo estão ali representadas.
Vamos observar a diversidade de traços que nosso corpo proporcionou!
6. O que é diversidade? Você tem amiguinhos que são de outra religião, diferente da sua? Isso é
diversidade religiosa. Pergunte para eles o nome de sua religião ou igreja e se eles gostam de ir ao
culto, à missa ou a outro tipo de reunião religiosa.
SUGESTÕES DE ATIVIDADES
2.º passo: Sugerir que os elementos do trio se aproximem e comparem a altura corporal, a
dimensão das mãos e suas linhas, as formas das unhas, as orelhas, o pescoço, o tamanho dos
pés, a cor e o desenho do interior da íris (geralmente percebemos a cor dos olhos das pessoas, e
não os desenhos que se formam na íris).
3.º passo: Colocar folhas grandes de papel bobina no chão para que, nelas, os alunos façam o
contorno uns dos outros.
4.º passo: Dentro do desenho, cada um deverá escrever seu nome e a religião a que pertence. Se
não possuir uma religião, poderá escrever um valor ético que seja vivido pela sua família, por
exemplo: amor, honestidade, respeito, caridade, amizade, etc.
5.º passo: Após os contornos prontos, passa-se para o momento de refletir sobre a beleza das
diferenças e sobre como podemos viver bem juntos, harmonizando-nos e auxiliando-nos a fim de
que todos se sintam aceitos em seu direito de ser quem são.
6.º passo: Oriente os alunos a escreverem frases sobre as gravuras relacionadas à história do
Patinho Feio.
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7.º passo: Professor(a), oriente a produção de um texto coletivo a partir do título A BELEZA DAS
DIFERENÇAS. Depois da escrita do texto, conduza leituras coletivas do material produzido e
proponha que os alunos o copiem em seus cadernos e ilustrem com desenhos.
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Objetivo: Reconhecer que a vida em suas variadas formas é sagrada na concepção das diferentes
religiões do mundo.
Procedimentos:
Obs.: As crianças poderão estar deitadas no chão ou apenas inclinadas sobre a carteira. Se puder
colocar uma música suave de fundo, com barulho de natureza, será bom. O(a) professor(a) com
voz pausada e tranquila conduzirá este momento da forma que segue:
A SEMENTINHA
Pessoas, animais, plantas, pedras, ar, flores, estrelas, lua, sol, mar, rios,
montanhas e muitas outras coisas mais fazem parte daquilo que chamamos de
natureza.
A natureza sempre nos encanta com as suas formas, sabores, cheiros...
Muitas religiões do mundo ensinam que devemos respeitar a natureza,
pois ela é sagrada, ensinam também que dela dependem a nossa e todas as
outras formas de vida.
Eu e você fazemos parte da natureza! Somos expressões da vida, assim
como são também expressões da vida a terra, a água, o ar, o fogo.
Vamos conhecer agora estes quatro elementos que fazem parte da
natureza: fogo, ar, água e terra, por meio de uma viagem imaginária.
Vamos imaginar que somos uma sementinha colocada na terra, esta
grande mãe que acolhe a todos os seres.
É noite... estamos dormindo. Devagarzinho o sol começa a despontar
com seu calor, na cor do fogo que nos aquece. (pausa)
Vem a chuva que molha nossa casquinha. Chuva é água que nutre, que
limpa e refresca.
De novo brilha o sol lá na superfície da terra, e nós aqui em baixo
estamos quentinhos. Passa o tempo e nossa casquinha se rompe, vamos
crescendo, crescendo, rumo à luz e ao ar do mundo da superfície.
Viva! Já estamos vendo o mundo em sua diversidade, sentindo o vento
em nosso caule e folhas, e vendo o sol. Como tudo é lindo aqui! A força que
nos fez brotar existe também fora de nós, pois vemos pássaros, outras
plantas, pedras... Há tanta vida, tanta força dentro e fora de mim!
Agora compreendo o que as religiões dizem sobre a vida ser sagrada.
2.º passo: Fazer com os alunos uma pequena dança circular, comentando que também as danças
da paz são sagradas e que pessoas do mundo todo estão se reunindo para dançá-las a fim de
compreender que todos são importantes e podem ser respeitados nas suas diferenças. Sugerimos
a dança circular conduzida pela música “Havia um Pastorzinho”.
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3.º passo: Conduza, professor(a), um momento de reflexão, fazendo perguntas aos alunos: Você
sabe qual é o elemento religioso que aparece na música? Sim, paraíso. O que é paraíso? Sua
religião ensina algo sobre isto? Você já ouviu falar na terra sem males dos povos indígenas? Sabia
que a terra sem males é o próprio paraíso? Sabia que outras religiões do mundo também
descrevem o paraíso?
4.º passo: Para concluir vamos ouvir uma história que nos fala sobre o Paraíso.
REFERÊNCIAS
BIRCK, B. O. O sagrado em Rudolf Otto. Porto Alegre: Edipucrs, 1993. (Coleção Filosofia 7).
BOWKER, J. Para entender as religiões. São Paulo: Ática, 1997.
ESTÉS, C. P. Mulheres que correm com os lobos: mitos e histórias do arquétipo da mulher
selvagem. Rio de Janeiro: Rocco, 1995.
FONAPER – Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso. Parâmetros curriculares
nacionais do ensino religioso. 2.ed. São Paulo: Ave Maria, 1997.
MORIN, E. Os sete saberes necessários à educação do futuro. São Paulo: Cortez, 2000.
______. A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. São Paulo: Bertrand
Brasil, 2001.
SCHLÖGL, E. Expansão criativa: por uma pedagogia de autodescoberta. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.