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O que a lei de Deus requer?

A lei de Deus requer obediência pessoal, perfeita e perpétua; que amemos a Deus de todo
coração, alma, mente e força; e amemos o próximo como a nós mesmos. O que Deus proíbe
nunca deve ser feito e o que Deus ordena que sempre seja feito.

E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e
de todo o teu pensamento. Este é o primeiro e grande mandamento. E o segundo,
semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos,
dependem toda a lei e os profetas. MATEUS 22.37– 40

JOHN WESLEY

Amar o Senhor Deus de todo coração, mente, alma e força é o primeiro grande ramo da justiça
cristã. Tereis prazer no Senhor vosso Deus; buscando e encontrando toda felicidade nele.
Ouvireis e cumprireis sua palavra, “Meu filho, dá-me o teu coração”. Tendo entregue tua alma
mais interior, para ser, sem rival, governada ali, poderás clamar na plenitude de teu coração:
“Eu te amarei Senhor, minha força. O Senhor é minha rocha firme; meu Salvador, meu Deus,
em quem confio”. O segundo mandamento, o segundo grande ramo da justiça cristã, está
conectado estreita e indissociavelmente ao primeiro: “Amarás teu próximo como a ti mesmo”.
Amor— abrace com a mais terna boa vontade, o mais sincero e cordial afeto, os mais
inflamados desejos de evitar ou remover todo mal e trazer todo bem possível. Teu próximo —
não somente os amigos, parentes ou conhecidos; não apenas os que são virtuosos e que nos
apreciam, que nos estendem ou devolvem bondade, mas toda pessoa, sem excluir aquelas que
nunca vimos ou conhecemos pelo nome; sem excluir aquelas que sabemos ser más e ingratas,
ou que nos caluniam. Até mesmo aquelas que devemos amar como a nós mesmos com a
mesma sede invariável por sua própria felicidade. Use o mesmo cuidado infatigável para
protegê-las do que poderia entristecer ou ferir sua alma ou seu corpo. Isso é amor.

JUAN SANCHEZ

Quando se pergunta: “O que a lei de Deus requer?”, a resposta breve é obediência perfeita.
Ora, isso soa desanimador, mas temos de entender o contexto no qual a lei foi dada. Foi dada
em contexto de graça, da iniciativa salvadora de Deus. Quando Deus resgatou Israel do Egito,
trazendo-os até o Sinai, e declarou: “Se obedecerdes à minha voz e guardardes minha aliança”,
ele disse essencialmente: “Serei vosso Deus e vós sereis meus filhos”. O contexto da lei é a
iniciativa salvadora de Deus. A obediência perfeita que a lei demanda é uma resposta à
iniciativa salvadora de Deus, a dedicação de todo o coração.

O Antigo Testamento expressa da seguinte maneira: “Amarás, pois, o SENHOR teu Deus de
todo o teu coração, e de toda a tua alma, e com todas as tuas forças” (Dt 6.5). O contexto da
graça motiva uma resposta de dedicação de todo o coração ao Deus que salva. É uma resposta
de fé chamada amor. Esse amor flui também em amor ao próximo.

Existe apenas um problema. Não somos capazes de obedecer perfeitamente. Mas existem
também as boas-novas. Em Jeremias 31, Deus diz que escreveria a lei no coração de seu povo.
Em Ezequiel 36, Deus explica ainda mais: “E dar-vos-ei um coração novo, e porei dentro de vós
um espírito novo; e tirarei de vossa carne o coração de pedra, e vos darei um coração de
carne. E porei dentro de vós o meu Espírito, e farei que andeis segundo meus estatutos, e
guardeis os meus juízos, e os observeis” (vv. 26–27).
Essas promessas estão ligadas a uma nova aliança que Deus iniciaria por meio do rei
prometido da linhagem de Davi. O Novo Testamento revela que o rei prometido que inaugura
essa nova aliança é Jesus.

Jesus veio fazer o que nós mesmos não conseguimos. Enquanto permanecia plenamente como
Deus, Jesus veio do céu e tomou sobre si nossa humanidade a fim de nos salvar (Hb 2.14–18).
Como nosso representante humano, Jesus cumpriu a lei de Deus, obedecendo perfeitamente
aos mandamentos de Deus, e pagando a penalidade da morte devida por todos os que
quebram a lei. O evangelho anuncia que todos aqueles que confessam sua culpa de quebrar a
lei de Deus e deixam seus pecados, confiando em Jesus, têm seus pecados perdoados e a
obediência perfeita de Jesus é-lhes atribuída.

Por sua vida, morte, sepultamento e ressurreição, Jesus inaugurou a nova aliança com suas
promessas de um novo coração (Jr 31) e a habitação do Espírito de Deus que nos dá poder
(Ez 36). Nossa única esperança de cumprir o que a lei requer está no novo nascimento que foi
prometido nessa nova aliança. Aqueles que nasceram de novo em nova vida em Cristo
receberam um novo coração e a habitação do Espírito de Deus, que dá poder para a
obediência.

As boas-novas são que, sob a nova aliança, o povo de Deus recebe poder para obedecer à lei
de Deus. Mais uma vez, vemos que os mandamentos de Deus não estabelecem um
relacionamento com Deus. A obediência é nossa resposta à obra salvadora de Deus. É uma
resposta amável de fé. Deus nos salvou em Jesus Cristo, e nós respondemos confiando nele em
amável obediência.

ORAÇÃO

Grande Doador da Lei, tu tens falado uma perfeita lei, e mereces perfeita obediência. Que não
pensemos que tua lei requer apenas submissão externa, pois ela exige plena concordância de
nossas mentes e nossos corações. Quem está apto a tal tarefa? Confessamos que nós estamos
aquém do cumprimento de tua lei. Amém.

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