Capítulo – 1
Introdução
A Disciplina de Comandos Elétricos trata de assuntos teóricos e práticos
envolvendo os conceitos de partida e acionamento de máquina e
equipamentos eletroeletrônicos através de circuitos de comando.
1.1.3 - Riscos
Em qualquer atividade existe risco sendo. Os riscos mais comuns em
instalações elétricas são: Choque Elétrico, Corrente de Fuga, Sobrecarga e
Curto-circuito sendo que para cada um destes riscos existe um
sistema/dispositivo de proteção.
Choque Elétrico
É a passagem da corrente elétrica através do corpo humano ou
animal, utilizando-o como um condutor. Esta passagem de corrente
pode causar queimaduras, fibrilação ou até mesmo a morte.
Sobrecarga
É uma corrente elétrica acima da capacidade de condução
suportável pelos condutores de eletricidade e dispositivos
eletroeletrônicos. Provoca aquecimento podendo danificar a isolação
dos condutores e consequentemente ocasionar princípios de
incêndio.
Curto-Circuito
É uma corrente elétrica que atinge valores elevados, muito
superiores ao suportável pelos condutores de energia elétrica. É
causado pela união de dois ou mais potenciais (Fase-Neutro/Fase-
Fase/Fase-Terra).
Corrente de Fuga
Corrente que “foge” do circuito, normalmente por falha na isolação
dos condutores. Pode ser drenada para o terra através do condutor
de proteção (PE) e, na falta deste, estar presente na “carcaça” de
equipamentos podendo provocar um choque elétrico.
Capítulo – 2
Componentes de Circuitos de
Comando e Força
Os circuitos de Comando e/ou Acionamento têm, no mínimo, duas
funções:
- Comando e Acionamento e
- Segurança do usuário
Condutor
Chave Seccionadora
Fusível
Disjuntor
Dispositivo DR
Interruptor
Botoeiras
Chave fim-de-curso
Chave boia
Contator
CEL CTIG /UNESP JEB © V1-2016
Prof: Jomar Bueno 11 jomar@feg.unesp.br
COMANDOS ELÉTRICOS
Relé térmico
Sensores
Sinalização
A prática nos leva a observar que, quase sempre, as linhas aéreas são construídas em
alumínio e as instalações internas são elaboradas com condutores de cobre. Verifica-se
ainda que, segundo a norma de instalações elétricas de baixa tensão, a NBR 5410, não é
permitida a utilização de condutores de alumínio em instalações residenciais.
É sabido que todo condutor elétrico, quando percorrido por uma corrente elétrica, aquece
e que todos os materiais suportam, no máximo, determinados valores de temperatura,
acima dos quais eles começam a perder suas propriedades físicas, químicas, mecânicas e
elétricas.
Com o objetivo de garantir que os cabos sejam resistentes à chama, eles são ensaiados
de modo a comprovar que uma chama não possa se propagar indevidamente pelo cabo,
mesmo em casos de exposições prolongadas ao fogo.
NOTA - A veia, com isolação azul-claro, de um cabo multipolar, pode ser usada para
outras funções, que não a de condutor neutro, se o circuito não possuir
condutor neutro ou se o cabo possuir um condutor periférico utilizado como
neutro."
Observe que a norma não obriga o uso de cores para identificar um condutor, uma vez
que ela diz: "Em caso de identificação por cor....". Em alternativa às cores, podem ser
utilizadas gravações numéricas aplicadas na isolação do cabo ou também podem ser
empregados sistemas externos de identificação, tais como, anilhas, adesivos,
marcadores, etc.
Outro ponto importante está destacado na Nota anterior, onde se permite o uso da cor
azul-claro para outra função apenas no caso da veia de um cabo multipolar. Ou seja,
mesmo que uma instalação não possua o neutro, caso se utilizem condutores isolados
e/ou cabos unipolares, o azul-claro não poderá ser utilizado em nenhuma hipótese.
Nesse caso, não se admite utilizar, sob nenhuma hipótese, as cores verde-amarela e
verde para outra função que não a de proteção. Quanto ao termo “admite-se,
provisoriamente...", não há nenhuma data limite estabelecida para se eliminar o uso da
cor verde como proteção. Aliás, é mais comum encontrar-se no mercado o cabo
totalmente verde do que o verde-amarelo.
NOTA - Por razões de segurança, não deve ser usada a cor da isolação exclusivamente
amarela, onde existir o risco de confusão com a dupla coloração verde-amarelo, cores
exclusivas do condutor de proteção." Resumidamente, os condutores das fases podem
ser de qualquer cor, exceto azul-claro, verde ou verde-amarelo.
Portanto, de acordo com a NBR 5410, o condutor de Proteção (PE) deve ser na cor
Verde-Amarelo e o Neutro na cor Azul-Claro, sendo estas cores exclusivas destes
condutores. Para os demais para os condutores de Fase e Retorno não há cor específica,
ficando a critério do projetista.
2.3.1 - Fusível
São usados para proteger os circuitos dos excessos de corrente causados
por curto-circuito. O fusível é ligado em série com o circuito e para
corrente nominal funciona como um elemento de ligação entre a carga e a
fonte de alimentação. Quando há um curto-circuito, o “elo” do fusível se
funde, abrindo o circuito e, portanto, protegendo-o.
TIPOS DE FUSÍVEIS:
- Fusíveis NH: 6 a 1.250A
- Fusíveis NEOZED: 2 a 63A
- Fusíveis SITOR: 32 a 710 A
- Fusíveis SILIZED: 16 a 100A
- Fusíveis MINIZED:
até 63 A AC-22
até 50 A AC-23 em 400VCA
- Fusíveis DIAZED:
L até 20 A – 100KA
25 a 63 A – 70KA
80 e 100 A – 50K em até 500VCA
Borne superior
Mecanismo
conexão / desconexão
Disparador térmico
(bimetálico)
Contato móvel
Contato fixo
Câmara de extinção
Desligamento magnético
(bobina)
2.3.3 - Dispositivo DR
De acordo com a Lei 8078/90, art. 39 – VI 11, art. 12, art. 14, e a norma
ABNT NBR 5410, desde dezembro de 1997, é obrigatório no Brasil, em
todas as instalações elétricas, o uso do dispositivo DR (diferencial
residual) nos circuitos elétricos que atendam aos seguintes locais:
banheiros, cozinhas, copas-cozinhas, lavanderias, áreas de serviço e áreas
externas.
2.3.3.1 - Tipos de DR
A Normalização IEC distingue três tipos de DR, sendo:
Fonte: www.siemens.combr
2.3.3.2 - Disjuntor DR
É um dispositivo constituído de um disjuntor termomagnético acoplado a
um dispositivo DR. Sendo assim, ele conjuga as duas funções, a do
disjuntor termomagnético e a do DR, protegendo respectivamente o
circuito contra sobrecarga e curto-circuito e ainda protegendo as pessoas
e animais contra choques elétricos, provocados por contatos diretos ou
indiretos.
PE
Neutro Fase
ABNT NEMA
2.3.6 - Interruptor
É um nome genérico de um dispositivo seccionador simples, usado para
abrir/desligar ou fechar/ligar um circuito elétrico.
2.3.7 - Botoeira
2.3.10 - Contator
Dispositivo de manobra, podendo ser controlado à distância por
acionamento eletromagnético, cujas principais partes constituintes são:
2.3.12 - Sinalização
Para indicar que um equipamento ou dispositivo está em funcionamento,
usa-se sinalização de comandos por meio de lâmpadas pilotos,
empregando-se como código cores diferentes.
• Verde – Ligado,
• Vermelho – Desligado,
• Amarelo – Atenção ou Cuidado,
• Branco/Incolor – Operação Normal
• Azul – Demais Funções.
Capítulo – 3
Simbologia e Convenções
Na elaboração de projetos de instalações elétricas empregam-se símbolos
gráficos para representação dos “pontos” e demais elementos que
constituem os circuitos elétricos. São apresentados a seguir os símbolos e
convenções mais usuais, como a representação consagrada pela maioria
dos projetistas de instalações elétricas e o recomendado pelas normas
pertinentes.
3.2 - Simbologia
A representação gráfica é feita para que ao consultar a planta/projeto, se
saiba quantos e quais circuitos/dispositivos estão representados, cuja
Simbologia adotada está descrita na NBR-5444 “Símbolos gráficos para
instalações elétricas prediais” da ABNT – Associação Brasileira de Normas
Técnicas.
3.2.2 - Interruptores
− O de Ligações/Esquemático;
− O de Blocos e
− As Plantas.
− Unifilar;
− Multifilar e
− Funcional.
a
S1
Capítulo – 4
Circuitos de Comando para
Iluminação
OBS: Jamais ligar fase e neutro no mesmo interruptor 3-WAY com risco
de curto-circuito ou arco voltaico por inseto de acúmulo de sujeira.
PE
Quadro de Distribuição
Material disponível:
c
40W / 127V
b
60W / 127V
a
D1
100W / 127V
D2 c
S3
60Hz
8) Dadas as representações abaixo:
3F/220VAC/60Hz
Fase A
Fase B
Fase C
Neutro
PC BR
E-27
S3W1 S3W2
a) Completar o diagrama de um circuito para acionamento (acende e apaga) de uma
lâmpada (127 V) em dois pontos distintos.
b) Informar as cores adotadas para os condutores, assim como a respectiva simbologia,
de acordo com as Normas ABNT pertinentes.
c) Descrever e ilustrar como medir a tensão sobre a lâmpada?
d) Informar as ligações feitas nos terminais do receptáculo (E-27) da lâmpada e por quê.
10) Imaginando-se os corredores da CTIG, lado da sl 12, onde se tem 3 salas de aula e
mais 2 portas de acesso ao corredor. Pergunta-se, que sistema de comando do
circuito de iluminação poderia ser implementado, de modo que se pudesse acionar
(acender e/ou apagar) a iluminação desse corredor, de qualquer um dos pontos de
acesso? Desenhar o diagrama multifilar.
11) Tem-se uma luminária metálica (2x25W/220V) a qual deve ser acionada através de
um circuito de comando. Considerar um interruptor e um bocal (E-27). Pede-se
desenhar o circuito de comando e proteção para esta instalação.
13) A Figura abaixo representa o multímetro utilizado no LAB-CEL onde deve ser feita uma
revisão de utilização deste equipamento identificando e familiarizando com as diversas
escalas existentes e possibilidades de conexão das pontas de prova.