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Fichamento do Livro – A Preparação do ator

( Constantin Stanislavski )
Lucas Leonardo dos Santos Zago – Centro Artístico Belas artes
Prof. Augusto César Oliveira

C a p í t u l o V I – Descontração dos músculos;

Neste capitulo tivemos uma noção de como a tensão pode causar diversos
problemas tanto na saúde como na profissão do Ator, Tortsov passou alguns
exercícios para fazer o relaxamento e a descontração dos músculos supérfluos,
eu como sou uma pessoa tensa, ao realizar os exercícios, sempre sentia uma
tensão nos ombros (lugar onde normalmente tenho dores) e depois de
entender um pouco sobre como criar essa “auto-observação” consegui ir
relaxando algumas partes cada vez mais, porém sempre sentia a tensão nos
ombros e na lombar, depois de ler esse capitulo, tento sempre observar meu
corpo e ver onde está e o que está causando a tensão. Na hora de dormir eu
sempre tento “relaxar como o gato de Kóstia” algumas vezes acabo dormindo
antes de conseguir, outras até consigo sentir a maioria do corpo relaxado.
Eu vejo que esse “controle” é de suma importância para o Teatro, pois
quando chego perto de apresentações, eu percebo que minha tensão se
multiplica por 3, além de ficar muito ansioso tenho que lidar com dores
musculares, e isso como vimos no começo do capitulo é extremamente
perigoso.

C a p í t u l o V I I – Unidades e Objeti vos;

Neste capítulo, foi nos apresentado as Unidades e Objetivos, Ao ler esse


capitulo Eu e o Vinicius, não entendemos absolutamente nada sobre as
Unidades, não sabíamos para que serviam e porque ela era subdividida em
maiores, medias e menores, depois de conversar com o Professor Augusto,
finalmente consegui compreender, a unidade pode ser comparada com uma
equação matemática que contenha parênteses, chaves e colchetes,
multiplicações, adições, subtrações e divisões, o resultado dessa monstruosa
conta gigante podemos se comparar a uma peça inteira de 5 atos (como a de
Otelo), na matemática se tem uma ordem lógica para ser seguida, para se ir
simplificando a conta, para que ela de sempre dê resultado correto,
comparemos cada “simplificação” dessa conta uma unidade menor, várias
unidades menores, juntas, criam as unidades médias (atos), e os atos criam uma
peça inteira (unidade maior) mas devemos fazer essas separações apenas nas
construções e as criações, após isso devemos fazer o papel inverso ( tirar a
prova real dessa conta e juntar tudo aquilo que desmembramos)
Já sobre os objetivos, tive uma facilidade maior para a
compreensão, pois estávamos trabalhando isso em aula, na cena “Demorei
muito?” e na cena grega já estávamos trabalhando as intenções de fala e os
objetivos dos personagens.

C a p í t u l o V I I I – Fé e senti mento da Verdade;

Neste capitulo, tivemos lições sobre a Fé que estamos tendo em cena,


Precisamos acreditar em tudo que fazemos, como se nós não estivéssemos em
cima de uma ribalta, com pessoas nos assistindo, dando como exemplo a bolsa
perdida, na primeira vez que foi feita a cena houve muita veracidade, pois “a
bolsa tinha que realmente ser achada”, já na segunda vez, como já tinham
achado a bolsa perdida, os alunos, não passaram a verdade, uns até se exibiam,
eles não “acreditaram” que a bolsa tinha realmente sumido na segunda vez, se
você acredita , e tem fé no que faz a emoção virá naturalmente, experimentei
uma vez essa sensação de “perda de veracidade” na minha primeira cena do
“demorei muito?” quando ainda estava com o Ilaerte como dupla, na primeira
vez que passamos a cena, senti muita verdade naquilo que fazia, e sempre
ficava com um “peso” quando a realizava (pois o tema é de fato pesado), já na
segunda vez que foi passado, senti verdade, porém não na mesma intensidade.

C a p í t u l o I X – Memórias das emoções;

Neste capítulo, vimos que precisamos treinar a memoria emotiva e afetiva


para usarmos em cena, observar, sentir e guardar em uma gavetinha para
quando precisarmos de certa emoção, isso não só na vida real mas também em
cena, quando experimentarmos alguma emoção diferente, sempre devemos
catalogar ela em nosso acervo, porem vimos também que devemos estar de
fato em cena, incorporado no personagem, usando as emoções do próprio, por
isso então entrei-me em contrariedade, oque devemos fazer? Usar as emoções
do nosso próprio acervo, ou usar as do personagem? Depois de muito pensar,
cheguei à conclusão que devemos recorrer ao nosso acervo apenas se for
necessário, pois “Quando realizar uma tragédia, não pense nas emoções, pense
no que tem que fazer, e faça.” Pois assim chegará na emoção pedida pela cena,
Óbvio que se precisarmos usar nosso acervos de emoção, não será um
problema, mas temos que tomar cuidado pois nem sempre elas poderão
funcionar, como por exemplo o da moça com o bebe de madeira, na primeira
vez ela usou sua memória emotiva e sua cena ficou muito verídica e realista, já
na segunda vez ela não passou verdade.

C a p í t u l o X – comunhão;

Nesse capítulo, tivemos uma lição sobre a comunhão e a comunição cênica,


estamos sempre em comunição pois não somos robôs, mesmo estando quietos,
sem conversar ou falar estamos em constante comunhão com, os olhos,
aprendemos que devemos olhar e realmente olhar (tentando ter e adquirir
empatia com o seu parceiro de cena, o que ele está sentindo e oque está
querendo me transmitir) essa comunhão é natural no dia a dia, mas ela não é
tão excepcional como no palco, pois precisamos ter garra para manter uma
“cadeia coerente e constante de sentimentos”, Muitas vezes se parece difícil de
fazer em cena algo que é tão natural como os “raios”, eu por exemplo talvez
teria dificuldade em não contrair músculos desnecessários, e transmitir a tal
“irradiação” de uma forma verdadeira, creio que todos que começam no teatro,
fazem isso de uma maneira inconsciente em cena, mas como Tortsov disse, é
muito mais fácil fazer a comunhão em uma cena propriamente dita, do que
fazer exercícios de comunhão, pois para você passar um sentimento, antes você
tem de senti-lo.

C a p í t u l o X I – Adaptação;

Neste capitulo, vimos um pouco sobre a “Adaptação”, a adaptação também


é aquilo que muitos fazem sem saber o que é a princípio, eu particularmente, ao
ler me imaginei e recordei de várias situações que eu usei a técnica, sem ao
menos saber de sua existência, nem saber que aquilo tinha um nome, “ Os
atores devem se adaptar ao parceiro de cena, e adaptar-se também a
imprevistos”, eu também senti essa “adaptação” nas três vezes que mudei de
dupla na cena “Demorei muito?”, não só apenas senti a adaptação e
interpretação na construção da outra personagem, como a minha construção
foi mudando também, uns foram criados mais intimidade entre os personagens,
já outros não, uns foram acrescentados alguns detalhes, em outros foram
excluídos. Fazer adaptações e interpretações diferentes de uma mesma fala ou
cena é um exercício constante para o ator, e muito preciso para um criador e a
cena do “Demorei muito, é um ótimo exercício para a Adaptação, pois como o
texto é uma tela em branco, podemos nos divertir com as intenções e as
adaptações em si.
C a p í t u l o X I I – Forças moti vas interiores;

Neste capítulo, Tortsov nos fala sobre 3 mestres (motores) que auxiliam nós
atores, não só na criação de uma personagem, mas como na execução da sua
criação em cena, esses três mestres que fazem a nossa forças motivas
interiores, são os Sentimentos, a mente e a vontade, elas não podem se
sobressair entre elas, devem estar em equilíbrio, cito como um exemplo um
fato que ocorreu em um dos ensaios do meu grupo da cena grega, meu
personagem(édipo) estava prestes a “brigar” com a Jocasta (Mariana), porém
antes de eu explodir ainda tinha uma fala “pacifica” com ela, porém eu estava
tão focado em brigar com ela que não dei atenção a minha fala que era pacifica
“Tranquiliza-te, mesmo que eu fosse escravizado por 3 gerações tu não serás
humilhada por isso!” e uma fala que seria pacifica, eu a fiz gritando e bravo
“TRANQUILIZA-TE”, obviamente não fez sentido algum, porém depois que
minha Mente processou essa informação, entendi os Sentimentos que estavam
ocorrendo e tive Vontade de fazer, foi só depois que consegui que minhas
forças interiores dessem vida a Édipo.

C a p í t u l o X I I I – A linha contí nua;

Neste capítulo, Tortsov reforça seu argumento de que o ator não pode parar
de interpretar ao entrar na coxia e sair de cena, pois o personagem deve seguir
uma linha continua, pois ele é uma vida inteira mostrada por apenas por alguns
minutos no palco, temos de sempre saber o que aconteceu antes de nossas
cenas, sempre saber o que aconteceu para o personagem fazer o que faz, falar o
que falou, agir como agiu, por isso temos de criar uma linha continua de toda
vida de nosso personagem, pois apenas assim ele passará verdade no palco, cito
novamente como exemplo a minha cena grega, Meu personagem tem uma
linha de acontecimentos muito importantes, que sem elas a peça não faria
sentido, ainda mais que meu personagem tenha que ligar todas as pontos do
quebra-cabeça que é o enredo, se a linha contínua não existir, eu
provavelmente me perderia aos meios dos fatos.

C a p í t u l o X I V – O estado interior da criação;

Neste capítulo, vimos sobre nossa criação interior de uma Personagem,


Tortsov fala que devemos ligar mais para o interior do que no exterior de um
personagem, como ele deu o exemplo da “maquilagem”; precisamos usar os
“elementos” de criação e relaxamento para estimular o estado interior da
criação, e toda a criação deve ter um objetivo, pois acrescentado o objetivo
trazemos mais verdade para a cena, como o trecho do “papelzinho azul”, para
que Vania precisava daquele papelzinho? Tinha algo importante escrito nele? A
cor desse papel tinha relevância? Se Vania criasse esses objetivos,
provavelmente ela atuaria com verdade, exemplo nesse papel azul teria alguma
senha importante, lembrete ou algo do tipo, “a mente, vontade e os
sentimentos se unem para mobilizar seus elementos interiores” .
C a p í t u l o X V – O superobjeti vo;
C a p í t u l o X V – No limiar do subconsciente;

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