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Sinto uma água fria caindo sobre meu corpo.

Escuto ao longe uma barulho que não


reconheço. Sinto dores por toda parte de meu ser. Consigo aos poucos recobrar meus
sentidos, percebo que o barulho são trovões, a fria água, é da chuva que me molha. Quando
abro os olhos, com um pouco de sacrifício, percebo que estou em uma estrada de terra, à
noite, sozinho. Minha cabeça dói, mal consigo apoiar minhas mãos para me levantar, com
muita dificuldade, quando me levanto, percebo que estou em um lugar estranho, em um lugar
que eu não tinha visto. Caminhei por alguns metros no sentido da estrada, mas meu corpo
doía de mais.
Estava confuso, me sentindo perdido, ou que estava em um sonho. Mas que tipo de
sonho seria tão real assim? Não sabia a resposta, não sabia se quer onde estava. Sem saber
o que fazer e, sem ter forças para fazer, deitei novamente na estrada, olhando para cima
enquanto a água da chuva caía sobre mim. Com os clarões dos raios, eu via as gotas de água
que vinham com força do céu. Não sei por quanto tempo eu fiquei ali acordado, mas,
adormeci.
Sinto a sensação de que está tudo muito quente, desta vez, tento abrir os olhos mas é
difícil pelo sol ardente sobre mim, mas, ao abrir os olhos percebo que nada foi um sonho,
que eu estava ali, deitado no mesmo lugar na estrada, sem saber de nada. Mais consciente,
levantei e tentei ver onde eu estava. Era uma estrada de terra, com várias árvores ao redor,
não escutava barulho de pessoas, apenas dos pássaros que cantavam nas árvores e felizes à
voar.
Não sei por quanto tempo fiquei ali, deitado na estrada, apenas sei que a minha
roupa e a estrada estão secas da chuva que caía. Comecei a caminhar, sentia ainda dores
pelo corpo. Quando olhei para meu corpo, se é que não tinha olhado ainda, ou se não havia
percebido, mas eu estava coberto de sangue. Assustado, sem saber o que pensar, comecei a
procurar ferimentos em mim. Tirei a camisa que eu estava vestindo e as calças também, no
meio da estrada, nem mesmo pensei em alguém me ver, pois o pânico era demais. Este
pânico e o desespero aumentaram quando percebi que minha roupa estava coberta de
sangue, mas que este sangue não era meu. Se não era meu, de quem era este sangue? Não
me lembro do que aconteceu.

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