Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
METODOLOGIA
CIENTÍFICA:
O Desafio Acadêmico
1a Edição
Esboço Editado pelo autor
Fev/2001
Capa:
Organização:
Edição de texto
60 p.
Bibliografia
ISBN 85 SLS S
1. Metodologia. 2. Métodos de estudo. 3. Pesquisa. 4. Trabalhos
Acadêmicos/Científicos - Redação. I. Título.
98-0089 CDD-001.42
SUMÁRIO
Paginas
INTRODUÇÃO....................................................................................................8
Cap. 1 - METODOLOGIA DA PESQUISA.................................12
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES...............................................12
1.1. PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA.................................12
1.1.1. Acumulação...........................................................................................12
1.1.2. Cooperação...........................................................................................13
1.1.3. Competição...........................................................................................13
1.1.4. Ricos de Insucesso...............................................................................13
1.1.5. Abertura.................................................................................................13
1.2. TIPOS DE CONHECIMENTO........................................................13
1.2.1. Conhecimento Empírico........................................................................13
1.2.2. Conhecimento Científico.......................................................................14
1.2.3. Conhecimento Filosófico.......................................................................14
1.2.4. Conhecimento Teológico.......................................................................14
1.3. PRINCIPAIS OBSTÁCULOS À PESQUISA..............................14
1.3.1. Preconceito............................................................................................14
1.3.2. Susceptibilidade humana a propaganda...............................................14
1.3.3. Tradicionalismo.....................................................................................14
1.3.4. Autoritarismo.........................................................................................15
2. O PROJETO PESQUISA.....................................................................15
2.1. ESCOLHA DO TEMA/PROBLEMA.............................................15
2.1.1. Fatores Internos....................................................................................15
2.1.2. Fatores Externos...................................................................................16
2.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA..............................................................16
2.3. HIPÓTESE...........................................................................................16
2.4. JUSTIFICATIVA.................................................................................16
2.5. OBJETIVOS........................................................................................17
2.6. METODOLOGIA................................................................................17
2.7. PLANO PROVISÓRIO DE TRABALHO.....................................17
2.8. CRONOGRAMA - Plano de atividades.....................................17
2.9. BIBLIOGRAFIA.................................................................................18
3. TÉCNICAS DE COLETAS DE DADOS............................................18
3.1. QUESTIONÁRIO...............................................................................18
3.1.1. Linguagem.............................................................................................18
3.1.2. Pré-testes..............................................................................................18
3.1.3. Carta Explicação...................................................................................18
3.1.4. Identificação do Respondente...............................................................19
3.1.5. As questões a serem pesquisadas........................................................19
7
3.2. ENTREVISTA......................................................................................19
3.2.1. Quem deve ser entrevistado.................................................................20
3.2.2. Plano de entrevista................................................................................20
3.2.3. Pré-teste................................................................................................20
3.2.4. Diante do entrevistado...........................................................................20
3.2.5. Relatório................................................................................................20
3.3. OBSERVAÇÃO.................................................................................20
3.3.1. Conhecimento prévio do que se observa..............................................20
3.3.2. Planejamento de um método de registro..............................................21
3.4. PESQUISA BIBLIOGRÁFICA.......................................................21
3.4.1. Locais de coletas..................................................................................21
3.4.2. Registro de documentos.......................................................................21
3.4.3. Organização..........................................................................................22
3.4.4. Internet..................................................................................................22
3.4.5. Biblioteca..............................................................................................22
3.4.6. Sistema de Classificação nas Bibliotecas.............................................23
Cap. 2 - ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA..........................24
1. ETAPAS INICIAIS DA ELABORAÇÃO................................24
1.1. SELEÇÃO DO TEMA.....................................................................25
1.2. DELIMITAÇÃO DO TEMA............................................................26
1.3. LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO........................................26
1.4. PLANO PROVISÓRIO DO TRABALHO...................................26
1.5. CRONOGRAMA..............................................................................26
2. COLETA DE DADOS (PESQUISA BIBLIOGRÁFICA).................27
2.1. LEITURA............................................................................................27
2.2. DOCUMENTAÇÃO.........................................................................27
3. A CONSTRUÇÃO LÓGICA DO TRABALHO...................28
3.1. INTRODUÇÃO.................................................................................28
3.2. DESENVOLVIMENTO...................................................................29
3.2.1. Explicar................................................................................................29
3.2.2. Discutir................................................................................................29
3.2.3. Demonstrar..........................................................................................29
3.3. CONCLUSÃO..................................................................................29
4. APRESENTAÇÃO GRÁFICA DA MONOGRAFIA........30
4.1. CAPA.................................................................................................32
4.2. FOLHA DE ROSTO.......................................................................32
4.3. AGRADECIMENTOS....................................................................33
4.4. SUMÁRIO.........................................................................................33
4.5. TEXTO...............................................................................................33
4.5.1. Parágrafos...........................................................................................34
4.5.2. Capítulos.............................................................................................34
4.6. CITAÇÕES E NOTAS....................................................................34
8
INTRODUÇÃO
A
criação deste trabalho foi motivada pela necessidade de um material didático mais
adequado aos objetivos da Metodologia Científica, dentro do curso de Graduação
em Teologia. Necessidade esta, que foi se tornando cada vez mais presente, ao
lecionar, ano após ano, esta matéria em seminários teológicos. Durante vários anos fui
obrigado a recomendar aos alunos, livros disponíveis, porém bastante inadequados. Eram
livros arcaicos e obsoletos. Livros, na sua maioria, escritos na década de 70 ou 80 1, que nem
sequer imaginavam que os alunos poderiam estar usando um computador gráfico. Mesmo a
maioria dos livros escritos mais recentemente estavam igualmente desatualizados e nada
prescrevia quanto às inovações advindas do computador.
Na virada do século 21, em pleno ano 2000, não podemos continuar utilizando livros,
que ensinam a confecção de uma monografia na velha Máquina de Escrever. A Metodologia
Científica precisa estar preocupada com sua própria modernização. Ela não pode ficar de
maneira alguma à margem do progresso, uma vez que ela própria, é a mola mestra deste
progresso.
1
Estes livros podem ser observados na Bibliografia final deste trabalho.
11
Este trabalho foi produzido especialmente para você que busca o conhecimento e o
desenvolvimento intelectual. Você que está entrando numa faculdade e não quer apenas mais
um diploma, mas quer de fato adquirir mais conhecimento, mais experiências. Trata-se de um
esforço visando mais que informar, mas formar e também conscientizar. Como disse
Monteiro Lobato: "Um grande país se faz com homens e livros". Eu acrescentaria, com bons
livros. Livros que possam formar uma consciência de qualidade e grandeza de caráter neste
país. Que possam ajudar a levantar uma geração voltada para a nobreza de caráter e seriedade
no que faz. Desejamos e ansiamos por conscientizar esta nova geração de escritores e
pesquisadores que vão surgir, a buscar mudar o ruma da nossa nação. Deixando para trás a
mediocridade, precisamos caminhar diligentemente em direção a excelência.
quer dizer estudo. Portanto, Metodologia é o estudo de um caminho para se atingir uma meta.
É uma forma ordenada e sistemática de proceder ao longo de um caminho, para se atingir um
determinado fim.
Algumas vezes notamos que surge uma certa rejeição, a esta disciplina por parte dos
alunos. É, mais ou menos, como aquele velho chavão do "odeio matemática", mesmo que a
matemática não seja tão terrível assim. Certamente, essa rejeição à Metodologia Científica
não se dá pela disciplina em si, pois ela é muito interessante e seu conteúdo é simples e
prático; mas talvez, a culpa seja nossa, dos professores que ministram as aulas, e da didática
que aplicamos.
Este trabalho também tem a pretensão de tentar modificar esta situação, mudando a sua
disposição, meu caro leitor, em relação à Metodologia Científica. Desde já lhe pedimos, um
pouco de crédito, uma predisposição positiva para com esta matéria, que tem sido a chave do
sucesso para muitas pessoas. As possibilidades que hoje temos, através do computador,
tornam esta matéria ainda mais criativa, onde você poderá liberar todo o seu potencial
inventivo e inovador.
2
AURÉLIO, Buarque de Holanda Ferreira. Dicionário Aurélio Eletrônico, V. 1.4, Editora Nova
Fronteira, baseado no Novo Dicionário da Língua Portuguesa, 1994.
13
1
14
Cap.
METODOLOGIA DA PESQUISA
O conceito de pesquisa vem do latim "perquirese" que quer dizer buscar, indagar,
descobrir, investigar. No contexto acadêmico é o exame cuidadoso, para descobrir
novas informações.
A atividade de pesquisa está baseada também no fator de que, até aqui, muitos caminhos
já foram percorridos. Por isso, precisamos levantar o estado atual da questão. Antes de sair
por aí apavorado, buscando resolver um problema, é necessário verificar se alguém já não o
solucionou antes.
1. CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES
1.1. PRINCIPAIS ASPECTOS DA PESQUISA
1.1.1. Acumulação - A pesquisa é cumulativa no sentido vertical porque, ficando
raízes no que já foi feito, desenvolve e soma novos conhecimentos àquela área. O
pesquisador procura ver tudo o que já foi dito antes no
assunto e acrescenta suas própria conclusões, publicando-
as. Horizontalmente, ela compara e utiliza o conhecimento
de todas as outras áreas correlatas para fundamentar seus
postulados ou conclusões.
2. O PROJETO PESQUISA
2.1. ESCOLHA DO TEMA/PROBLEMA
Na maior parte dos casos, nos cursos de graduação, o
tema para a pesquisa e redação da monografia é
apresentado pelo professor da cadeira. Neste caso cabe ao
aluno apenas compreende-lo e delimita-lo corretamente.
Tempo disponível - Seu tempo disponível para a realização do trabalho de pesquisa. Para o
desenvolvimento do tema escolhido e os seus desdobramentos. É preciso avaliar os
limites das suas capacidades intelectuais, conhecimento e recursos, em relação ao tema
pretendido.
18
Problema latente - você pode estar visualizando um problema latente. Uma tendência, que
precisa ser alertada.
2.3. HIPÓTESE
Hipótese é sinônimo de suposição. Neste sentido, hipótese é uma afirmação, que tende
dar uma resposta satisfatória ao problema levantado, dentro do tema escolhido para pesquisa.
O trabalho de pesquisa, então, irá confirmar ou negar a hipótese (ou suposição)
levantada.
2.4. JUSTIFICATIVA
A justificativa num projeto de pesquisa, como o próprio nome indica, tem o objetivo de
convencer que o trabalho de pesquisa é fundamental de ser efetivado. O tema escolhido pelo
19
pesquisador e a hipótese levantada são de suma importância. Para a sociedade como um todo
ou para determinados seguimentos sociais em especial.
Deve-se tomar o cuidado, na elaboração da justificativa, de não se tentar justificar a
hipótese levantada, ou seja: tentar responder ou concluir o que vai ser buscado no trabalho de
pesquisa. A justificativa exalta a importância do tema a ser estudado, ou justifica a
necessidade imperiosa de se levar a efeito tal empreendimento.
2.5. OBJETIVOS
A definição dos objetivos determina o que o pesquisador quer atingir com a realização
do trabalho de pesquisa. Objetivo é sinônimo de meta, fim. Os objetivos podem ser separados
em Objetivos Gerais e Objetivos Específicos.
2.6. METODOLOGIA
A Metodologia é a explicação minuciosa, detalhada, rigorosa e exata de toda ação
desenvolvida no método (caminho) do trabalho de pesquisa.
É a explicação do tipo de pesquisa, do instrumental utilizado (questionário, entrevista,
pesquisa bibliográfica, etc.), do tempo previsto, da equipe de pesquisadores e da divisão do
trabalho, das formas de tabulação e tratamento dos dados, enfim, de tudo aquilo que se
utilizou no trabalho de pesquisa.
2.9. BIBLIOGRAFIA
Fazer o Levantamento da Literatura existente e a Localização de fontes em potencial
nas principais bibliotecas disponíveis. Verificar a possibilidade de acesso a documentos e
avaliar a disponibilidade de material que subsidiará o tema do trabalho de pesquisa.
Fontes são também documentos escritos, não somente livros, mas também, jornais,
artigos, relatórios, atas, anais, etc., que podem reforçar a nossa hipótese ou refuta-la. A
pesquisa bibliográfica é também chamada de pesquisa documental, nela também estão
incluídos filmes, fotos, gravações, etc.
3.1.1. Linguagem - A linguagem utilizada no questionário deve ser simples e direta para
que o respondente compreenda com clareza o que está sendo perguntado. Não é
recomendado o uso de gírias, a não ser se faça necessário por necessidade de
características de linguagem do grupo (grupo de surfistas, por exemplo).
3.1.2. Pré-testes - Todo questionário a ser enviado, deve passar por uma etapa de pré-
teste, num universo reduzido, para que se possam corrigir eventuais erros de
formatação.
3.1.3. Carta Explicação - Você deve enviar junto com o questionário, uma carta
explicativa que possa motivar seu respondente a devolve-la pronto o mais rápido
possível. A Carta Explicativa deve conter:
A proposta da pesquisa;
Instruções de preenchimento;
Instruções para devolução;
Incentivo para o preenchimento e;
Agradecimento.
3
ENCICLOPÉDIA LARROUSE CULTURAL, Nova Cultura, SP, 1998, (Verbete: Cronograma), p.
1709.
21
3.2. ENTREVISTA
É necessário ter um plano para a entrevista para que no
momento em que ela esteja sendo realizada as informações
necessárias não deixem de ser colhidas.
As entrevistas podem ser de caráter exploratório ou ser
de coleta de informações. Se for uma entrevista de caráter
exploratório pode ser relativamente estruturada, porém se for
para coleta de informações, deve ser altamente estruturada.
22
3.2.1. - Quem deve ser entrevistado - Procure selecionar pessoas que realmente têm o
conhecimento necessário para satisfazer suas necessidades de informação.
3.2.3. - Pré-teste - Procure realizar uma entrevista com alguém que poderá fazer uma crítica
de sua postura antes de se encontrar com o entrevistado de sua escolha.
3.2.4. - Dante do entrevistado - Estabeleça uma relação amistosa e não trave um debate
de idéias.
Não demonstre insegurança ou admiração excessiva diante do entrevistado para que
isto não venha prejudicar a relação entre entrevistador e entrevistado.
Seja objetivo, já que entrevistas muito longas podem se tornar cansativas para o
entrevistado.
Procure encorajar o entrevistado para as respostas, evitando que ele se sinta falando
sozinho.
Vá anotando as informações do entrevistado, sem deixar que ele fique esperando sua
próxima indagação, enquanto você escreve.
Caso use um gravador, não deixe de pedir sua permissão para tal. Lembramos que o
uso do gravador pode inibir o entrevistado.
3.2.5. Relatório - Mesmo tendo gravado procure fazer um relatório o mais cedo possível.
3.3. OBSERVAÇÃO
Sugestões para uma observação satisfatória.
4
Maria Margarida de Andrade. "Introdução à Metodologia do Trabalho Científico". p. 38
24
3.4.4. Internet - A Internet representa uma novidade nos meios de pesquisa. Trata-se de uma
rede mundial de comunicação via computador, onde as informações são trocadas livremente
entre todos.
Explicando melhor: qualquer um pode colocar sua "Homepage" (ou sua Página) na
rede. Vamos supor que um indivíduo coloque sua página na "net" (rede) e o objetivo desta
página seja falar sobre a História do Brasil: ele pode perfeitamente, sem que ninguém o
impeça, dizer que o Brasil foi descoberto "por Diogo da Silva, no ano de 1325". Sendo assim,
devemos levar em conta que toda e qualquer informação colhida na Internet deverá ser
confirmada antes de divulgada.
3.4.5. Biblioteca - Decreto 1.807 de 1907: "todas editoras estão obrigadas a remeter uma
cópia a BIBLIOTECA NACIONAL DO RIO DE JANEIRO".
Acervo é o conjunto de obras que formam o patrimônio de uma biblioteca.
25
350 Administração
400 Lingüística Filologia
469 Língua Portuguesa
500 Ciências Puras
510 Matemática
520 Astronomia
530 Física
920 Biografia
CAP
ELABORAÇÃO DE MONOGRAFIA
26
O trabalho tem por objetivo último transmitir uma mensagem, comunicar o resultado
final de uma pesquisa e de uma reflexão. Por isso deve demonstrar uma idéia, comprovar uma
única hipótese, defender uma única tese.
"Dissertação é o resultado de pesquisa exigido
para obtenção do título de Mestre. Trata-se de um
trabalho de pesquisa, com o qual o candidato deve
demonstrar sólidos conhecimentos sobre a área de
estudos a que se dedica”.
Seleção do
Tema
1a FASE
1a FASE Delimitação
do Tema
Levantament
o Biográfico
Pesquisa
Bibliográfica
27
Plano
provisório do
Trabalho
Questionário
Cronograma
Entrevistas
Coleta
de
Dados
2a FASE Observação
2a FASE de
Fenômenos
Pesquisa
Bibliográfica
Conexão e Desenvolvimento
Construção Construção Lógica
3a FASE Lógica
3a FASE Redação
Introdução
Provisória do
Desenvolvi
texto
Conclusão
Redação da Revisão
Introdução Final
4a FASE
Texto Final
4a FASE Redação da Editoração e
Conclusão Digitação.
O trabalho tem por objetivo último transmitir uma mensagem, comunicar o resultado
final de uma pesquisa e de uma reflexão. Por isso deve demonstrar uma única idéia,
comprovar uma única hipótese, defender uma única tese. É preciso discorrer sobre o tema
com objetividade e evitar divagação.
Obs: A decisão, a opção por determinada posição é posterior a discussão de possíveis
alternativas.
28
1.5. CRONOGRAMA
Após o aluno ter tomado conhecimento prévio de todo o trabalho que ele vai ter para
desenvolver o tema, ele deve fazer um planejamento, um cronograma, para ter a idéia de
como vai cumprir o prazo dado pelo professor.
Planejamento - Ação ou efeito de planejar. Organizar segundo um plano, planificar.
Plano de trabalho pormenorizado.
Projetar, programar, planificar.5
Cronograma é a distribuição planejada das fases de execução de um projeto em
determinado período de tempo.6
O aluno deve fazer um plano das atividades colocando as datas previstas para sua
conclusão até a data final da entrega.
5
ENCICLOPÉDIA LARROUSE CULTURAL. Nova Cultural, SP, 1998, p. 4642, (verbete:
Planejamento).
6
Ibid, p. 1709 (verbete: Cronograma).
29
2.1. LEITURA
Fazer uma pré-leitura: Além do título que deverá ter alguma relação com o tema da
pesquisa, deve-se analisar o sumário e a contracapa para ver se a obra trata realmente do
assunto pesquisado. Algumas vezes estas informações precisam ser garimpadas em pequenas
partes do livro, um ou dois capítulos, que o pesquisador deve ter "faro" para descobrir.
2.2. DOCUMENTAÇÃO
Esteja preparado para copiar os documentos encontrados, seja através de xerox,
fotografias ou outro meio qualquer (Notebook, Scanner, etc.). A cópia (xerox) está a um preço
muito acessível e, hoje em dia, há sempre uma copiadora por perto. Mas, quando não é
possível dispor de qualquer um desses recursos, faça à mão num rascunho, copie ou resuma
tudo que tiver relacionado com o tema (não esqueça de anotar a referência bibliográfica).
Servem de Matéria prima para o seu trabalho. Utilize folhas de rascunhos soltas que podem
ser arquivadas em qualquer ordem num fichário (Pasta A-Z). Deixe espaço para
desenvolvimento próprio. Procure imprimir todo material conseguido através da Internet, e
guardar como fonte, junto a outras anotações e cópias, para futuras pesquisas.
Acesso à biblioteca, ajuda de um funcionário, computadorizado. Fichas?
Ao começar a redação do seu trabalho, você não precisa necessariamente começar pela
introdução. Pelo comentário, na maioria das vezes, a redação da introdução só sairá no final.
Comece pelo mais fácil. Vá redigindo conforme a inspiração, de uma maneira provisória, em
rascunhos ou diretamente no computador, que permitirá posteriormente alterações. Um "plano
30
de trabalho provisório" bem feito torna possível redigir o trabalho por partes e depois ordena-
lo convenientemente. Este procedimento é especialmente útil para trabalhos em grupos, pois
cada um de seus componentes pode ficar encarregado de redigir uma das partes, e depois
todos podem colaborar na redação final.
3.1. INTRODUÇÃO
A Introdução pode conter todos esses itens ou apenas alguns deles.
Esclarecer o tema do trabalho. Dar definições.
Levantar o estado da questão.
Assinalar a relevância e o interesse do tema.
Manifestar as intenções do autor e os objetivos do trabalho.
Justificação do trabalho.
Devem ser apresentados os objetivos do trabalho.
Deve-se mencionar a importância do trabalho, justificando sua imperiosa necessidade
de se realizar tal empreendimento.
Deve ser bem explicada toda a metodologia adotada para se chegar às conclusões.
31
3.2. DESENVOLVIMENTO
É o corpo do trabalho, composto de seus capítulos e suas partes redacionais. O corpo do
trabalho é onde o tema é discutido e desenvolvido pelo autor do trabalho.
Deve ser enumerado simetricamente, e dividido logicamente, para a fundamentação da
tese.
"A construção racional tem por objetivo: explicar, discutir, e demonstrar. Precisa
envolver objetividade, clareza e precisão".
Devem envolver os 3 estágios do raciocínio:
2.2.1. Explicar - É tornar evidente o que estava implícito, obscuro ou complexo. É descrever,
classificar ou definir.
2.2.2. Discutir - É comparar as várias posições que se entrechocam dialeticamente.
2.2.3. Demonstrar - É aplicar a argumentação apropriada à natureza do trabalho. É partir de
verdades garantidas para novas verdades. 6.6.2. - Desenvolvimento do Texto.
- As hipóteses a serem testadas devem ser claras e objetivas.
- A revisão de literatura deve resumir as obras já trabalhadas sobre o mesmo
assunto.
3.3. CONCLUSÃO
A conclusão é à parte onde o autor se coloca com liberdade científica, avaliando os
resultados obtidos e propondo soluções e aplicações práticas.
A Conclusão pode conter todos esses itens ou apenas alguns deles.
É a síntese para a qual caminha o trabalho.
Recapitula os resultados da pesquisa.
Confronta com a introdução.
Faz aplicação prática.
Dedicatória (*)
Agradecimento (*)
Sumário
Abreviaturas
Texto - introdução
Desenvolvimento
Conclusão
Apêndices (*)
Anexos
Referências bibliográficas
Glossário (*)
Modelos de estrutura de um trabalho completo.
Foto do Autor
da monografia
(opcional)
ESCOLA
Local, mês/ano
4.1. CAPA
Hoje em dia, está a nossa disposição e a preço bem acessível, belas pastas plásticas
com a primeira capa transparente e a contracapa fosca ou transparente também. Esta é a
moderna solução para termos o trabalho protegido, com a folha de rosto à vista. Se você
mandar encadernar ficará melhor ainda.
na hora que o navio chegar ao porto, você deve chegar também. Assim é a padronização da
folha de rosto.
Deve conter:
Nome do autor (na margem superior);
Título do trabalho (mais ou menos centralizado na folha);
Caracterização;
Instituição onde o trabalho foi executado (na margem inferior);
Cidade e ano de conclusão do trabalho (na margem inferior).
OBS: Diferença entre monografia, dissertação e tese, ver início deste capítulo.
4.3. AGRADECIMENTOS
É a revelação de gratidão àqueles que contribuíram na elaboração do trabalho. É um
item dispensável, especialmente em monografias.
4.4. SUMÁRIO
Mostra toda a estrutura do trabalho. É o esqueleto do trabalho. Pode conter a paginação,
como o índice. Deve conter todos os tópicos e sub-tópicos. É diferente do índice, pois, para o
sumário a paginação é optativa, ao passo que neste, optativa é a demonstração de todos os
tópicos e sub-tópicos. O sumário deve dar uma visão geral do conteúdo do trabalho.
Segundo a ABNT, sumário é "Enumeração das principais divisões, seções e outras
partes de um documento, na mesma ordem em que a matéria nele se sucede" (NBR 6027).
4.5. TEXTO
O texto deve expor um raciocínio lógico, ser bem estruturado, com o uso de uma
linguagem simples, clara e objetiva. Fuja do pedantismo intelectual.
Abreviaturas - deve-se evitar o uso de abreviaturas e siglas no decorrer do texto, exceto
casos reconhecidamente conhecidos como os livros da Bíblia, ou caso contrário, estas
abreviaturas devem ser caracterizadas no início do trabalho, antes da introdução. No caso dos
livros da Bíblia deve ser abreviada em duas (2) letras conforme abreviação detalhada pela
Sociedade Bíblica do Brasil (SBB), Edição Revista e Atualizada, 2a Ed.
O texto normal deve ser digitado em espaço um e meio (1,50 ou dois (2) e corpo letra
tamanho 12).
4.5.1. Parágrafos
Recuo de aproximadamente 8 letras na primeira linha ou a tabulação automática que
vem nos programas de computador.
36
É uma unidade de pensamento que contém uma idéia mais ou menos completa. Ele
sempre deve começar com uma oração chave, chamado "tópico frasal" ou "lead", que indica
qual a direção de pensamento que o texto seguirá.
Um parágrafo deve ter unidade, coerência, suficiência. Com unidade queremos dizer,
que contém apenas uma idéia e o seu desenvolvimento. Como coerência entende-se frase
disposta segundo uma ordenação lógica. Há necessidade de certa forma, conter a introdução,
o desenvolvimento, e a conclusão da idéia. Como suficiência esta necessidade do parágrafo
conter uma idéia completa.
4.5.2. Capítulos
Caso o trabalho tenha divisões de capítulos, ele deve sempre começar numa nova
página.
Monografia pequena (até 30 páginas), não deve ser dividida em capítulos.
Os capítulos costumam ser numerados com algarismos romanos, porém este costume
esta se desvanecendo.
Títulos devem estar com letras maiúsculas e destacadas na página.
Uso de MAIÚSCULAS, TÍTULOS E SUBTÍTULOS.
de seu povo, e semear no coração de Moisés o amor a Deus e ao povo eleito. "Moisés foi
criado num lar piedoso, pelo menos durante os primeiros cinco ou sete anos de sua vida,
e assim aprendeu a ter fé, não somente em Deus, mas também simpatia e amor ao seu
povo oprimido."
Citação Literal Longa (com 4 linhas ou mais) - As margens são recuadas à direita, e
corpo de letra menor (10, por exemplo):
"Claude Bernard, médico e teórico do positivismo e do método experimental evocado
anteriormente, deixava entender que a abordagem positiva poderia ser aplicada, com sucesso, a todos os
objetos de conhecimento, tanto naturais quanto humanos. Ora, nas ciências humanas, isso não se deu sem
problemas”.7
Citação Bíblica - Sempre transcreva o texto Bíblico, evite dar apenas a referência,
para que o leitor não tenha que ficar consultando a Bíblia constantemente.
de Moisés teve um sonho muito significativo, referindo-se ao seu nascimento e a sua grandeza."8
7
LAVILLE, Christian & DIONNE, Jean. A Construção do Saber: Manual de Metodologia da
Pesquisa em Ciências Humanas. p. 31.
8
JOSEFO apud CHAMPLIN, Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia. Verbete "Moisés", p.
332.
38
1. Papel formato A-4 (210 X 297 mm) - branco. A tendência para padrão mundial
é o A-4 branco. Não é, nem carta nem sulfite ou ofício 1, nem é o ofício 2.
Pode-se até aceitar um trabalho feito em papel carta ou ofício, mas não é o
padrão. A tend6encia mundial e moderna é o A-4, este é o padrão.
2. Margens: O ideal é o 3x2. Três, três, dois, dois.
Margem esquerda = 3,0 cm
Margem superiro = 3,0 cm
Margem direita = 2,0 cm
Margem inferior = 2,0 cm
39
3. Corpo da letra: 12
Obs: Não esquecer que o espaço entrelinhas em uma citação longa (mais de cinco linhas) deve
ter espaço simples. Com letras menores.
4.10. BIBLIOGRAFIA
É uma lista de livros e obras consultadas para a elaboração do trabalho, citadas ou não,
colocados em folha própria, no final do trabalho, em ordem alfabética e numerada. Este
conjunto de indicações de obras possibilita a identificação de documentos e publicações, no
todo ou em parte.
4.10.1. Livros
1. DUZILEK, Darci. A Arte da Investigação Criadora. 2a ed. Rio de Janeiro: JUERP,
1978.
- NOME do autor. Título da Obra. Edição. Local da publicação: Editora, ano da
publicação (número de pp).
Autor (ou coordenador, ou organizador, ou editor) - Escreve-se primeiro o
sobrenome paterno do autor, em caixa alta, e, a seguir, o restante do nome,
após uma separação por vírgulas.
Observação:
Dois espaços devem separar os diversos campos de uma referência.
A 2a linha e as subseqüentes se iniciam em baixo da 3a letra da 1a linha.
Em obras avulsas são usadas as seguintes abreviaturas:
org. ou orgs. = organizador (es)
ed. ou eds. = editor (es)
coord. ou coords. = coordenador (es)
Exemplos:
Até três autores:
COSTA, Maria Aída B., JACCOUD, Vera, Costa. COSTA, Beatriz. MEB: Uma História de
muitos. Petrópolis: Vozes, 1986. p. 125. (Cadernos de Educação Popular, 10).
LAKATOS, Eva Maria., MARCONI, Mariana de Andrade. Metodologia científica. 2 ed., São
Paulo: Atlas, p. 231, 1991.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: Método e Técnicas. São Paulo: Atlas, 2
ed. p. 287, 1989.
Dissertação / Tese:
BELLO, José Luiz de Paiva. Lauro de Oliveira
Lima: um educador brasileiro. Vitória, 1995, 210 p. Dissertação (Mestrado em Educação) -
Programa de Pós-Graduação em Educação - PPGE-UFES, Universidade Federal do
Espírito Santo, 1995.
Autor corporativo:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO. Programa de Pós-Graduação em
Educação / PPGE-UFES. Avaliação educacional: necessidade e tendências. Vitória,
PPGE/UFES, 1984. 143 p.
41
HORTA, José Silvério Baía. Planejamento educacional. In: MENDES, Dumerval Trigueiro
(org). Filosofia da Educação Brasileira. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1991.
p. 195-239.
Dicionário:
Educação. In: FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Mini-dicionário da língua
portuguesa. 2 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1988, p. 185.
Enciclopédia:
Divórcio. In: Enciclopédia Saraiva de Direito. São Paulo: Saraiva, 1997. v. 29, p. 107-162.
Obs: No caso de mais de um autor, segue-se a mesma regra das referências dos livros.
4.10.4. Internet
Não existem regras para referências de "sites" da Internet. No entanto, o autor deste
trabalho esteve na Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e recebeu a informação
43
que até o final do ano de 1998 as normas já estariam estabelecidas. Neste momento também
foi instruído, verbalmente, a proceder da seguinte maneira:
BELLO, José Luiz de Paiva. Estrutura de Apresentação do Trabalho. In: Pedagogia On Line,
Cap. 6. 1999.
Obs.: O endereço do "site" deve estar entre parêntese, no final das referências possíveis.
4.10.5. Vídeos
CAP.
VIDA ACADÊMICA
Planejamento do tempo
Tempo é uma questão de prioridade.
Prioridade é uma questão de organização.
Se possível, reserve um horário de estudo, e cumpra-o fielmente.
Sempre que o período de estudo ultrapassar 2 h deve-se fazer um intervalo de 0,5 h.
O Principal tempo do Aluno é aquele que está na sala de aula. Este tempo é vital e
precioso. É preciso ter um aproveitamento intenso da aula. Neste tempo ele deve procurar
aplicar uma atenção aguçada, para uma completa compreensão e até uma reflexão do assunto.
O aluno deve procurar participar, dialogar, questionar e esclarecer suas dúvidas.
Estudar
Estudar é concentrar todos os recursos e habilidades pessoais na captação e
assimilação dos dados, técnicas e relações.
2. LEITURA
Apesar de todo o avanço tecnológico observado na área de
comunicação, principalmente audiovisuais, nos últimos tempos, ainda é,
fundamentalmente através da leitura que se realiza o processo de
transmissão/aquisição de cultura. Daí a importância capital que se atribui
9
ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à metodologia do trabalho Científico: Elaboração
de trabalhos na graduação. SP, Atlas, 1993 p. 15.
46
"Uma grande nação se faz com homens e com livros" Monteiro Lobato.
A Bíblia é uma leitura especial. Sem pressa, meditativa, reflexiva e com oração.
Aprenderá mais aquele que tem no coração uma atitude quebrantada, humilde, contrita e de
desejo sincero (desejando com a sua vontade dominante).
Há textos inteiramente inteligíveis ao leitor e texto que não são tão inteligíveis assim.
Cabe ao leitor tentar superar tais dificuldades. Caso a razão desta dificuldade seja um
vocabulário excessivamente esmerado, ou um vocabulário excessivamente técnico, tenha à
mão um dicionário. Isto fará com que seu vocabulário se enriqueça. Livros de uma área
técnica, à qual nós não estamos familiarizados, causam uma dificuldade inicial na leitura.
Caso a razão seja um livro mal escrito, cabe ao leitor a decisão de continuar ou não a leitura.
Depende da riqueza das ideais.
questões mais profundas. Romances, e obras fictícias estão nessa categoria, além de revistas e
periódicos.
O título do livro é a primeira informação que temos sobre seu conteúdo, mas não deve
figurar como critério único de escolha para a leitura.
"Devemos examinar sumariamente o livro cujo título nos interessa á
primeira vista; devemos ver o nome do autor, seu currículo; devemos ler a sua
Uma pesquisa feita numa biblioteca, de uma forma bem empírica, sem a observação
estrita de critérios científicos de amostragem, constatou a seguinte composição em relação ao
hábito da leitura.
10
RUIZ, João Álvaro. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. P. 35.
49
5%
26% Curiosidade
Prazer
Necessidade 69%
Prazer 26%
Curiosidade 5%
69%
Necessidade
11
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica, p. 61.
50
Num resumo: "Nem sempre há a necessidade de manter todos os títulos e subtítulos; a natureza da
obra, do processo de raciocínio do autor e de sua forma de argumentação é que apontarão a necessidade de se
13
conservar ou não a divisão do livro em partes e capítulos”.
Resumir é uma arte, que cada um desenvolve dentro do seu estilo próprio. Muitos o
fazem ao ler o texto da primeira vez, outros o fazem ao ler o texto da segunda vez, outros vão
sublinhando o texto para, em seguida, fazer o resumo através das principais idéias já
sublinhadas.
A técnica de sublinhar se impõe cada vez mais, devido o corre-corre da vida moderna.
Além disso, hoje em dia, está bem mais fácil adquirir livros ou tirar cópias de documentos
onde o pesquisador pode tranqüilamente ir sublinhando, pois o livro é seu. Ao ler um livro de
sua propriedade, o leitor que grifa as principais idéias, tem facilidade de encontra-las e
memoriza-las para posterior estudo ou citação.
Há, portanto, princípios e normas que devem ser obedecidos para que a técnica de
sublinhar produza resultados eficazes.
- Leia todo o texto antes, para tomada de contato. Esclareça todas as dúvidas de
vocabulário.
- Releia o texto e sublinhe as idéias principais, através da palavra-núcleo.
- Tenha sempre a mão um lápis macio para sublinhar (preto ou colorido). Evite
caneta hidrocor (marca-texto), pois afeta o verso da página do livro.
- Evite sublinhar a frase inteira, sublinhe apenas palavras chaves, ou expressões
chaves. Sublinhar em excesso produz mais poluição visual que o destaque
desejado.
- Num parágrafo muito importante, assinale-o na margem esquerda.
- Nos casos de dúvida ou discordância, ponha uma interrogação.
3.3. RESENHA
É a apresentação condensada das idéias do autor, acrescentando-se a elas, a avaliação
de quem esta escrevendo a resenha.
52
A resposta além de apresentar uma visão geral da obra deve também conter um juízo
valorativo. Alguns a chamam de resumo crítico. Deve resumir as idéias da obra, avaliando as
informações e conteúdo e a forma como foram expostas. Muitas vezes pode até compara-la a
outras obras.
A resenha não vem sendo muito usada hoje em dia, exceto em setores culturais
específicos.
3.5. FICHA
"As fichas constituem valioso recurso de estudo de que se valem os pesquisadores
para a realização de uma obra didática. Científica e outras".15 (?).
Muitos escritores pensam assim, como João B. Medeiros, eu, porém, acho as fichas
inadequadas para os dias de hoje e tendem a desaparecer, tanto como elementos de registro de
dados, como também, como elementos didáticos.
3.5.1. Ficha de Leitura
As fichas de leitura buscam registrar anotações das principais idéias, como também
juízo valorativo a respeito da obra.
Coloque primeiro sua identificação, acima da primeira linha. Nome do aluno, escola e
data. Coloque na linha vermelha o Nome do livro e as páginas lidas. Normalmente as fichas
são manuscritas. Procure fazer o fichamento em uma ou duas fichas. Não precisa também
espremer a letra para caber mais anotações. Fichas não são resumos. Elas oferecem apenas
uma breve visão da obra.
Bibliografia.
ISBN 85.224.0327-09
3.5.3. Fichários
O uso de fichários, semelhantes à pasta A-Z, onde podemos arquivar folhas de
anotações, constitui um valioso recurso. Anotações feitas em folhas pautadas ou não,
simplesmente folhas de rascunho, podem ser arquivadas ali sem problemas. Além disso, é
fácil encaixar a folha na ordem certa.
4.1. CLAREZA
Espera-se que todo trabalho escrito seja claro na apresentação de suas idéias. Como
regra geral à clareza é obtida em função do conhecimento que se tem de determinado assunto.
Escrever com clareza, antes de tudo é pensar com clareza. Você tem que ter uma idéia bem
nítida do que pretende expor. Se não estiver claro para você, nunca estará claro para o leitor.
4.2. EXATIDÃO
16
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica. p. 89.
54
4.3. OBJETIVIDADE
Como a própria definição de monografia indica, o nosso trabalho deve trater de um
único tema. Cuidado com as divagações. Devemos no policiar e nos disciplinar neste sentido.
Evite também a subjetividade. Seja objetivo no seu assunto. Não saia do assunto.
4.4. SIMPLICIDADE
Toda monografia ou relatório de pesquisa deve primar pela simplicidade e
objetividade. Evite literatices e rodeios inúteis. Seja conciso e preciso. As frases
demasiadamente longas dificultam o entendimento, exigindo do leitor uma ginástica mental.
Evite o acúmulo de frases subordinadas, use no máximo, duas ou três. Prefira as frases curtas
na ordem direta.
4.7. UNIDADE
A unidade no parágrafo é conseguida pela utilização de uma frase inicial, que define a
idéia central de cada parágrafo (lead).
A unidade no trabalho é obtida através da coesão de todas as diferentes partes do
trabalho em torno de seu tema.
Os tópicos e parágrafos devem manter uma correlação de seqüência e unidade,
formando um todo.
55
4.8. ÊNFASE
É a qualidade de fazer ressaltar a verdade. Ou também ressaltando as verdades mais
importantes.
4.9. VARIEDADE
Deve-se evitar um mesmo padrão na redação de frases e parágrafos. Evite também um
mesmo vocabulário e um mesmo estilo. Quando você segue sempre uma mesma linha, um
mesmo ritmo e um mesmo vocabulário, seu estilo torna-se maçante.
4.10. IMPESSOALIDADE
Procure EVITAR expressões como "na minha opinião", "eu penso que", "o meu
trabalho". Estas expressões apresentam uma conotação de subjetividade inerente ao uso da
primeira pessoa.
Na página 57, o parágrafo: "Uma pesquisa feita numa biblioteca, de uma forma bem
empírica, sem a observação estrita de critérios científicos de amostragem, constatou a
seguinte composição em relação ao habito da leitura". Poderia ter sido escrito num tom
pessoal da seguinte forma: "Fiz uma pesquisa numa biblioteca, de uma forma bem empírica,
sem a observação estrita de critérios científicos de amostragem, e constatei a seguinte
composição em relação ao hábito da leitura". Portanto evite sempre o estilo pessoal. Se o
trabalho é seu, a opinião é sua, a pesquisa é sua.
4.13. PARÁFRASE
A Paráfrase é a tradução livre de um texto procurando manter as idéias originais, mas
sem obedecer a regras rígidas de tradução. Um resumo em especial, se constitui uma paráfrase
de um texto mãe. Ex: de paráfrase: A Bíblia Viva.
5.1. SEMINÁRIO
Definição - Palestra apresentada por um especialista que pode expor determinado
assunto, em profundidade. Pode também ser proferida por alguém ou um grupo de estudo que
pesquisou o assunto profundamente. Após a palestra é aberto um amplo debate, onde o
assunto é ainda mais amadurecido.
O Seminário busca levar os participantes a reflexão aprofundada de determinado
problema/tema, ou investigar e desenvolver um tema a partir de determinado texto
(embasamento). É feito, principalmente em equipe, grupos de trabalhos / grupo de pesquisa /
seminaristas. Apresenta os resultados para o grupo e faz-se uma discussão global.
Realizar a pesquisa, para obter uma visão global do assunto, poder fazer análise mais
aprofundada e ter um poder de síntese. Torna-se um especialista.
O professor pode elaborar um texto roteiro-didático. A maioria dos seminários tem um
texto básico, como ponto de partida. Este texto deve ser distribuído previamente aos
participantes ou seminaristas, que se prepararão para discutir-lo ou questiona-lo.
Principais aspectos
Texto Roteiro - O coordenador do seminário prepara esmeradamente o texto-roteiro e
fornece aos participantes apostilas buscando estabelecer o tema e o campo de discussão.
Problematização - Levanta questões para a discussão das idéias do texto/seminário. É
preciso criar contextos problematizadores.
Texto roteiro de questões - para fins didáticos, o coordenador do seminário exige que
os participantes tragam por escrito suas abordagens e tratamentos das questões.
Apresentação e debates gerais - todos devem ter a oportunidade dentro da dinâmica do
seminário de expor seu ponto de vista e debate-lo.
5.2. CONGRESSO
17
MEDEIROS, João Bosco. Redação Científica p. 17.
57
5.3. SIMPÓSIO
Partem tão somente de problemas / temas e não de textos.
Grupos de especialistas num assunto desenvolvem e apresenta ao auditório, aspectos
diferentes ou especiais de um determinado problema / tema.
5.4. DEBATE
Duas pessoas dialogando sobre determinado assunto do qual são especialista diante de
um grupo ou uma emissora de TV / Rádio. Envolve uma discussão, contestação, tema,
especialista.
O público só assiste o debate entre especialistas.
A publicação pode enviar perguntas escritas aos especialistas.
Há um moderador ou dirigente.
Exemplo - debate político na TV.
problemas específicos, rompendo com paradigmas estabelecidos, são aceitas todo tipo de
idéias, das mais inovadoras possíveis.
Brainstorming é um termo americano que vem das palavras brain (celebro) e storm
(tempestade). Pode ser traduzido como tempestade de idéias.
Um dos modos mais fáceis de gerar uma lista de idéias é fazer uma reunião de
Brainstorming. Um Brainstorming bem sucedido permite às pessoas a maior criatividade
possível e não restringe de forma alguma qualquer idéia colocada.
2. Não deve haver discussão durante uma seção de Brainstorming. Isto ficará para mais
tarde.
3. Não se deve fazer julgamento. Ninguém tem o direito de criticar as idéias dos outros
(nem mesmo com um resmungo ou careta).
4. Deixe as pessoas pegarem carona - desenvolverem idéias dadas por outros membros
da equipe
5.8. FÓRUM
É uma forma de reunião na qual um especialista ou autoridade disserta sobre um
assunto previamente determinado, seguindo-se discussão, da qual os presentes podem
participar.
5.9. INSTITUTO
É um recurso educacional em que o programa ou material de ensino é preparado para
atender as necessidades de um grupo especial.
5.10. PAINEL
É uma técnica educacional em que um grupo de especialistas discute um problema,
diante de um auditório sob diferentes pontos de vista, depois disso é permitida ao auditório a
participação na discussão geral.
ANEXOS
“Nem toda mudança implica em progresso, mas
todo progresso implica em mudança”. SRO.
O Caminho do Bezerro
Sam Walter Foss
Um dia, através da floresta virgem, um bezerro emigrou para o seu curral distante, a
exemplo dos bons bezerros.
Mas fez uma picada sinuosa, corcoveada, a exemplo de todos os bezerros.
Trezentos anos escoaram-se desde então, e deduzo que o bezerro esteja morto.
Mas atrás de si ele deixou o seu rastro, e nisso se estriba a moral do meu conto.
Seu rastro foi seguido, no dia seguinte por um cão vagabundo, que percorreu a mesma
trilha.
60
BIBLIOGRAFIA
1. ANDRADE, Maria Margarida de. Introdução à Metodologia do Trabalho Científico:
Elaboração de trabalhos na graduação. SP, ed. Atlas. 1993. 140 p.
2. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Normas ABNT sobre
documentação. Rio de Janeiro, 198_.
3. ASTI VERA, Armando, Metodologia da Pesquisa Científica, Porto Alegre, Globo, 1976.
4. BACHELARD, Gaston. O novo espírito científico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1968.
151 p. (Biblioteca Tempo Universitário, 12).
5. BARQUEIRO, Ricardo Velilla. Como se realiza um trabalho monográfico. Barcelona,
EUNIBAR, 1960.
6. BARRASS, Robert, Os Cientistas precisam escrever, Guia de redação para cientistas,
engenheiros e estudantes. SP, T.A. Queiroz, EDUESP, 1979.
7. BARROS, A. J. P., LEHFELD, N. A. S. Fundamentos de metodologia. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1986.
62
8. BASTOS, Lília da Rocha, PAIXÃO, Lyra, FERNANDES, Lúcia Monteiro. Manual para a
elaboração de projetos e relatórios de pesquisas, teses e dissertações. 3 ed. Rio de
Janeiro: Zahar 1982.
9. CASTRO, Cláudio Moura. A prática da pesquisa. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil,
1977.
10. _____________________. Estrutura e apresentação de publicações. São Paulo:
McGraw-Hill do Brasil, 1977.
11. CERVO, Amado Luiz, BERVIAN, Pedro Alcino. Metodologia científica: para uso dos
estudantes universitário. São Paulo: McGraw-Hill do Brasil, 1977.
12. COSTA, Antônio Fernando Gomes da. Guia para elaboração de relatórios de pesquisas:
monografia. 2a ed. Rio de Janeiro: UNITEC. 1998. 218 p.
13. DEMO, Pedro. Metodologia científica em ciências sociais. 2a ed. São Paulo: Atlas. 1989.
287 p.
14. DIXON, B. Para que serve a ciência? São Paulo: Nacional, 1976.
15. DUZILEK, Darci. Arte de Investigação Criadora, A. Rio de Janeiro, JUERP, 1978.
16. ECO, Umberto. Formas do conteúdo, As. São Paulo: Perspectiva, 1974.
17. ____________. Como se faz uma tese. São Paulo: Perspectiva, 1989.
18. FERRARI, Afonso Trijillo. Metodologia da Ciência. 3ª ed. Rio de Janeiro: Kennedy,
1974.
19. ______________________. Metodologia da pesquisa científica. São Paulo: McGraw-Hill
do Brasil, 1973.
20. FRAGATA, A. Guilherme. Org. método científico: teoria e prática. SP, Harper e How do
Brasil.
21. GALLIANO, A. Guilherme. O método científico: teoria e prática. São Paulo: Habra,
1986. 200 p.
22. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em
Ciências Sociais. 2a ed. Rio de Janeiro: Record, 1998. 107 p.
23. GOOD, Willian Josian, HATT, Paul M. Métodos de pesquisa social. São Paulo: Nacional,
1977.
24. GRESSLER, L. A. Pesquisa educacional. São Paulo: Loyola, 1983.
25. IBGE. Normas de apresentação tabular. Rio de Janeiro, 1979. 22 p.
26. JAPIASSU, Hilton F. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago, 1975.
27. KERLINGER, F. N. Metodologia das ciências sociais. São Paulo: Edusp, 1980.
28. KNELLER, G. F. A ciência como atividade humana. Rio de Janeiro: Zahar, 1980.
29. KOURGANOFF, V. A pesquisa científica. São Paulo: Difel, 1962.
30. LAKATOS, Eva Maria, MARCONI, Marina de Andrade. Metodologia científica. 2a ed.
São Paulo: Atlas, 1992. 231 p.
63