Introdução à Teologia Pentecostal: Uma leitura sistematizada a partir da declaração de fé das assembleias de Deus
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Introdução à Teologia Pentecostal - Eduardo Leandro Alves
Sumário
Capa
Folha de Rosto
Página de Créditos
SUMÁRIO
Agradecimentos
Introdução
PARTE 1 – SOBRE DEUS
1. UMA INTRODUÇÃO SOBRE DEUS
1. Intuição e Tradição
Intuição
Tradição
2. Razão e Revelação
Valor intrínseco
Realizações
3. Revelação
2. A EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A Crença na Existência de Deus
O senso interior que a humanidade tem de Deus
Crer na evidência da Escritura e da natureza
2. A Cognoscibilidade de Deus
Não podemos entendê-lo de forma plena
Podemos conhecê-lo verdadeiramente
3. As Obras de Deus
1. A Providência Divina
2. Onisciência Independe de Predeterminação
3. A Soberania de Deus e o Livre-Arbítrio
4. Objeções contra a Providência
A questão do problema do mal
4. A Revelação de Deus
1. Revelação Geral
2. Revelação Especial
3. A Relação entre a Revelação Geral e a Especial
5. SOBRE OS ANJOS
1. A Origem dos Anjos
A natureza dos anjos — são seres espirituais e incorpóreos
São um exército, e não uma raça
2. São Seres Racionais, Morais e Imortais
3. Anjos Bons e Anjos Maus
Quatro tipos de anjos bons
Principados, potestades, tronos e domínios
Anjos maus
4. A Queda dos Anjos
A época da sua queda
O resultado da sua Queda
5. Os Demônios
A natureza dos demônios
As atividades dos demônios
6. Satanás
O seu caráter e o motivo das suas atividades
Considerações Finais
PARTE 2 – A SALVAÇÃO
Introdução
1. A NATUREZA DOS SERES HUMaNOS
1. Alma
2. Espírito
3. A Imagem de Deus
Não se referem à semelhança física
4. A Origem do Pecado e a Liberdade Humana
2. A ORIGEM DA SALVAÇÃO
1. Os Decretos Divinos
2. A Natureza da Salvação
Expiação penal e substitutiva
3. A Salvação no Sentido Objetivo (Factual) e no Sentido Experimental (Subjetivo)
3. O Alcance da Salvação
1. Expiação Limitada versus Expiação Ilimitada
Expiação limitada
Expiação Ilimitada
2. O que Vem Primeiro: Fé ou Arrependimento?
3. Sinergismo, o que É?
4. As Evidências da Salvação
4 Os Três Estágios (Tempos) da Salvação
1. A Salvação da Punição do Pecado
2. A Salvação do Poder do Pecado
3. A Salvação da Presença do Pecado
5. Só Jesus Cristo Salva
1. A Exclusividade da Salvação
2. Desafios na Contemporaneidade: Pluralismo, Universalismo e Inclusivismo
3. Como isso Está Ocorrendo?
Pluralismo
Universalismo
Inclusivismo
6. A Base Bíblica da Exclusividade da Obra Salvífica de Cristo
1. Jesus, o Caminho, e a Verdade, e a Vida
2. O Conhecimento sobre o Pai
Promessa de continuidade
3. Um Ser Humano Indesculpável
7. Os Efeitos da Salvação
1. Os Efeitos da Salvação sobre os Salvos
2. Os Efeitos da Salvação sobre os Perdidos
3. A Condenação dos Perdidos É Justa
4. Os Efeitos da Salvação nos Infantes
8. Sobre a Apostasia
1. A Questão da Escolha
2. O Perigo de Afastar-se
3. O Perigo da Apostasia
4. A Seriedade da Apostasia
9. Os Salvos e a Vida Eterna
1. Uma Vida de Comunhão e de Descanso com Ele
2. Uma Vida de Total Entendimento e Santidade
3. Uma Vida de Alegria e de Serviço
4. Uma Vida de Abundância e de Glória
Considerações Finais
PARTE 3 – SOBRE O ESPÍRITO
Introdução
1. Introdução à Pneumatologia
1. O Espírito Santo no Antigo Testamento
Regeneração no Antigo Testamento?
Habitação seletiva
2. O Espírito Santo no Novo Testamento
3. A Tradição nos Credos
2. A Deidade do Espírito Santo
1. A Personalidade do Espírito Santo
2. Títulos Divinos do Espírito Santo
Símbolos do Espírito Santo
Abordagens contemporâneas
3. Atributos Divinos do Espírito Santo
3. Ações do Espírito Santo
1. O Espírito Santo na Revelação e na Inspiração
Revelação
Inspiração
O Espírito Santo e a profecia
2. Métodos de Revelação
3. A Obra do Espírito no Antigo Testamento
4. A Obra do Espírito no Novo Testamento
4. As Obras do Espírito Santo
1. O Espírito Santo em Ação
2. O Espírito Santo e a Vida Cristã
O atuar do Espírito quando oramos
3. O Espírito Santo e a Santificação
O esforço humano pode gerar santidade?
Como entender a santificação pelo Espírito
5. O Batismo no Espírito Santo
1. Perspectiva Pentecostal Clássica
2. As Línguas Estranhas
3. Objetivo do Falar em Línguas
6. Compreendendo a Ação do Espírito Santo
1. O Cessacionismo
A manifestação de línguas no livro de Atos
2. Estariam os Dons Limitados aos Apóstolos?
3. O Pentecostalismo Clássico
7. Os Dons do Espírito Santo
1. A Importância dos Dons
2. Dons que Manifestam a Sabedoria de Deus
3. Dons que Manifestam o Poder de Deus
4. Dons que Manifestam a Mensagem de Deus
5. Três Classes de Manifestações dos Dons
Dons de ministérios
Dons na área de ministério prático
O mau uso dos dons
8. O Poder para Vencer o Mal
1. O Mundo
O mundo corrompido
2. A Carne
A consciência do pecado
3. O Diabo
O agente da tentação
9. O Poder para Fazer o Bem
1. O Fruto do Espírito
Virtudes cristãs
Virtudes sociais
Virtudes para consigo mesmo
2. A Direção do Espírito Santo
Em toda a verdade
Espiritualidade é ser guiado pelo Espírito
3. A Vida de Fé
A vitória que vence o mundo
Não apagar o Espírito
Não entristecer o Espírito
A blasfêmia contra o Espírito Santo
Considerações Finais
PARTE 4 – AS ÚLTIMAS COISAS
Introdução
1. A Volta de Jesus e o Arrebatamento da Igreja
1. O Tempo do Arrebatamento da Igreja
2. O Modo do Arrebatamento da Igreja
Arrebatamento integral
Arrebatamento parcial
3. Questões Chaves no Arrebatamento Pré-Tribulacionista
2. Pré-Milenismo Histórico e Dispensacionalista
1. Descrição: Pré-Milenismo Histórico
2. Interpretação de Gálatas 6.16
3. Origem — Pré-Milenismo Dispensacionalista
4. Descrição
5. As Duas Ressurreições
A ressurreição para a vida
A ressurreição para a condenação
3. O Tempo dE Ressurreições
1. O Falso Ensino da Ressurreição Geral
2. O Programa da Ressurreição
3. São Coextensivos ou Não?
4. Profecias do Antigo Testamento
1. Cumprimento Pleno
2. Três Interpretações para o Novo Pacto
3. Cumprimento Parentético
5. As Setenta Semanas de Daniel
1. A Sexagésima Nona Semana
2. Uma Profecia para Israel
3. O Cumprimento da 69ª Semana
4. O Intervalo entre a 69ª e a 70ª Semana de Daniel
5. A Septuagésima Semana
6. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro
1. A Doutrina da Recompensa
2. Ouro, Prata e Pedras Preciosas
3. As Obras que Serão Destruídas
4. As Bodas do Cordeiro
7. A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O Aparecimento do Homem do Pecado
2. Os Sofrimentos Finais de Israel
A batalha do Armagedom
a destruição da Babilônia política e comercial
3. O Dia do Senhor, o Dia de Cristo
8. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. A Besta e o Falso Profeta no Lago de Fogo
2. Satanás Preso e Confinado
3. O Julgamento das Nações
9. O Milênio e o Grande Trono Branco
1. E os Salvos? Onde e como Estarão?
2. Outros Participantes do milênio
3. A Última Revolta
4. O Grande Trono Branco
5. O Céu, a Eternidade
10. AS SETE DISPENSAÇÕES
1. Definição
2. A Natureza dos Mordomos
3. As Sete Dispensações
4. Tabelas
Conclusão
Referências
Pontos de referência
Capa
Folha de rosto
Página de Créditos
Sumário
Agradecimentos
Introdução
Página Inicial
Conclusão
Bibliografia
Introdução à teologia pentecostalTodos os direitos reservados. Copyright © 2023 para a língua portuguesa da Casa Publicadora das Assembleias de Deus. Aprovado pelo Conselho de Doutrina.
É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na web e outros), sem permissão expressa da Editora.
Preparação dos originais: Cristiane Alves
Revisão: Miquéias Nascimento
Capa e projeto gráfico: Joab dos Santos
Editoração: Elisangela Santos
Conversão para Ebook: Cumbuca Studio
CDD: 220 – Bíblia
ISBN: 978-65-5968-348-2
e- ISBN: 978-65-5968-321-5
As citações bíblicas foram extraídas da versão Almeida Revista e Corrigida, edição de 2009, da Sociedade Bíblica do Brasil, salvo indicação em contrário.
Para maiores informações sobre livros, revistas, periódicos e os últimos lançamentos da CPAD, visite nosso site: https://www.cpad.com.br.
SAC — Serviço de Atendimento ao Cliente: 0800-021-7373
Casa Publicadora das Assembleias de Deus
Av. Brasil, 34.401, Bangu, Rio de Janeiro – RJ
CEP 21.852-002
1ª edição: 2023
Tiragem: 3.000
SUMÁRIO
Agradecimentos
Introdução
PARTE 1 – SOBRE DEUS
1. UMA INTRODUÇÃO SOBRE DEUS
1. Intuição e Tradição
Intuição
Tradição
2. Razão e Revelação
Valor intrínseco
Realizações
3. Revelação
2. A EXISTÊNCIA DE DEUS
1. A Crença na Existência de Deus
O senso interior que a humanidade tem de Deus
Crer na evidência da Escritura e da natureza
2. A Cognoscibilidade de Deus
Não podemos entendê-lo de forma plena
Podemos conhecê-lo verdadeiramente
3. As Obras de Deus
1. A Providência Divina
2. Onisciência Independe de Predeterminação
3. A Soberania de Deus e o Livre-Arbítrio
4. Objeções contra a Providência
A questão do problema do mal
4. A Revelação de Deus
1. Revelação Geral
2. Revelação Especial
3. A Relação entre a Revelação Geral e a Especial
5. SOBRE OS ANJOS
1. A Origem dos Anjos
A natureza dos anjos — são seres espirituais e incorpóreos
São um exército, e não uma raça
2. São Seres Racionais, Morais e Imortais
3. Anjos Bons e Anjos Maus
Quatro tipos de anjos bons
Principados, potestades, tronos e domínios
Anjos maus
4. A Queda dos Anjos
A época da sua queda
O resultado da sua Queda
5. Os Demônios
A natureza dos demônios
As atividades dos demônios
6. Satanás
O seu caráter e o motivo das suas atividades
Considerações Finais
PARTE 2 – A SALVAÇÃO
Introdução
1. A NATUREZA DOS SERES HUMaNOS
1. Alma
2. Espírito
3. A Imagem de Deus
Não se referem à semelhança física
4. A Origem do Pecado e a Liberdade Humana
2. A ORIGEM DA SALVAÇÃO
1. Os Decretos Divinos
2. A Natureza da Salvação
Expiação penal e substitutiva
3. A Salvação no Sentido Objetivo (Factual) e no Sentido Experimental (Subjetivo)
3. O Alcance da Salvação
1. Expiação Limitada versus Expiação Ilimitada
Expiação limitada
Expiação Ilimitada
2. O que Vem Primeiro: Fé ou Arrependimento?
3. Sinergismo, o que É?
4. As Evidências da Salvação
4 Os Três Estágios (Tempos) da Salvação
1. A Salvação da Punição do Pecado
2. A Salvação do Poder do Pecado
3. A Salvação da Presença do Pecado
5. Só Jesus Cristo Salva
1. A Exclusividade da Salvação
2. Desafios na Contemporaneidade: Pluralismo, Universalismo e Inclusivismo
3. Como isso Está Ocorrendo?
Pluralismo
Universalismo
Inclusivismo
6. A Base Bíblica da Exclusividade da Obra Salvífica de Cristo
1. Jesus, o Caminho, e a Verdade, e a Vida
2. O Conhecimento sobre o Pai
Promessa de continuidade
3. Um Ser Humano Indesculpável
7. Os Efeitos da Salvação
1. Os Efeitos da Salvação sobre os Salvos
2. Os Efeitos da Salvação sobre os Perdidos
3. A Condenação dos Perdidos É Justa
4. Os Efeitos da Salvação nos Infantes
8. Sobre a Apostasia
1. A Questão da Escolha
2. O Perigo de Afastar-se
3. O Perigo da Apostasia
4. A Seriedade da Apostasia
9. Os Salvos e a Vida Eterna
1. Uma Vida de Comunhão e de Descanso com Ele
2. Uma Vida de Total Entendimento e Santidade
3. Uma Vida de Alegria e de Serviço
4. Uma Vida de Abundância e de Glória
Considerações Finais
PARTE 3 – SOBRE O ESPÍRITO
Introdução
1. Introdução à Pneumatologia
1. O Espírito Santo no Antigo Testamento
Regeneração no Antigo Testamento?
Habitação seletiva
2. O Espírito Santo no Novo Testamento
3. A Tradição nos Credos
2. A Deidade do Espírito Santo
1. A Personalidade do Espírito Santo
2. Títulos Divinos do Espírito Santo
Símbolos do Espírito Santo
Abordagens contemporâneas
3. Atributos Divinos do Espírito Santo
3. Ações do Espírito Santo
1. O Espírito Santo na Revelação e na Inspiração
Revelação
Inspiração
O Espírito Santo e a profecia
2. Métodos de Revelação
3. A Obra do Espírito no Antigo Testamento
4. A Obra do Espírito no Novo Testamento
4. As Obras do Espírito Santo
1. O Espírito Santo em Ação
2. O Espírito Santo e a Vida Cristã
O atuar do Espírito quando oramos
3. O Espírito Santo e a Santificação
O esforço humano pode gerar santidade?
Como entender a santificação pelo Espírito
5. O Batismo no Espírito Santo
1. Perspectiva Pentecostal Clássica
2. As Línguas Estranhas
3. Objetivo do Falar em Línguas
6. Compreendendo a Ação do Espírito Santo
1. O Cessacionismo
A manifestação de línguas no livro de Atos
2. Estariam os Dons Limitados aos Apóstolos?
3. O Pentecostalismo Clássico
7. Os Dons do Espírito Santo
1. A Importância dos Dons
2. Dons que Manifestam a Sabedoria de Deus
3. Dons que Manifestam o Poder de Deus
4. Dons que Manifestam a Mensagem de Deus
5. Três Classes de Manifestações dos Dons
Dons de ministérios
Dons na área de ministério prático
O mau uso dos dons
8. O Poder para Vencer o Mal
1. O Mundo
O mundo corrompido
2. A Carne
A consciência do pecado
3. O Diabo
O agente da tentação
9. O Poder para Fazer o Bem
1. O Fruto do Espírito
Virtudes cristãs
Virtudes sociais
Virtudes para consigo mesmo
2. A Direção do Espírito Santo
Em toda a verdade
Espiritualidade é ser guiado pelo Espírito
3. A Vida de Fé
A vitória que vence o mundo
Não apagar o Espírito
Não entristecer o Espírito
A blasfêmia contra o Espírito Santo
Considerações Finais
PARTE 4 – AS ÚLTIMAS COISAS
Introdução
1. A Volta de Jesus e o Arrebatamento da Igreja
1. O Tempo do Arrebatamento da Igreja
2. O Modo do Arrebatamento da Igreja
Arrebatamento integral
Arrebatamento parcial
3. Questões Chaves no Arrebatamento Pré-Tribulacionista
2. Pré-Milenismo Histórico e Dispensacionalista
1. Descrição: Pré-Milenismo Histórico
2. Interpretação de Gálatas 6.16
3. Origem — Pré-Milenismo Dispensacionalista
4. Descrição
5. As Duas Ressurreições
A ressurreição para a vida
A ressurreição para a condenação
3. O Tempo dE Ressurreições
1. O Falso Ensino da Ressurreição Geral
2. O Programa da Ressurreição
3. São Coextensivos ou Não?
4. Profecias do Antigo Testamento
1. Cumprimento Pleno
2. Três Interpretações para o Novo Pacto
3. Cumprimento Parentético
5. As Setenta Semanas de Daniel
1. A Sexagésima Nona Semana
2. Uma Profecia para Israel
3. O Cumprimento da 69ª Semana
4. O Intervalo entre a 69ª e a 70ª Semana de Daniel
5. A Septuagésima Semana
6. O Tribunal de Cristo e as Bodas do Cordeiro
1. A Doutrina da Recompensa
2. Ouro, Prata e Pedras Preciosas
3. As Obras que Serão Destruídas
4. As Bodas do Cordeiro
7. A GRANDE TRIBULAÇÃO
1. O Aparecimento do Homem do Pecado
2. Os Sofrimentos Finais de Israel
A batalha do Armagedom
a destruição da Babilônia política e comercial
3. O Dia do Senhor, o Dia de Cristo
8. A SEGUNDA VINDA DE CRISTO
1. A Besta e o Falso Profeta no Lago de Fogo
2. Satanás Preso e Confinado
3. O Julgamento das Nações
9. O Milênio e o Grande Trono Branco
1. E os Salvos? Onde e como Estarão?
2. Outros Participantes do milênio
3. A Última Revolta
4. O Grande Trono Branco
5. O Céu, a Eternidade
10. AS SETE DISPENSAÇÕES
1. Definição
2. A Natureza dos Mordomos
3. As Sete Dispensações
4. Tabelas
Conclusão
Referências
Agradecimentos
Conforme os livros vão sendo publicados, os agradecimentos acabam se tornando repetitivos. Mas como não continuar agradecendo a Deus por tudo que Ele tem-me feito? Como não agradecer minha esposa e filhos, sinais visíveis da graça de Deus em minha vida?
Faz uns 25 anos que o missionário americano Douglas Lamp (na época era missionário da SEPAL) entregou-me um CD com vários dos seus estudos bíblicos (era como se eu tivesse recebido um tesouro!). Esse conteúdo abençoou-me por muitos anos. Em 2020, às vésperas de concluir o seu período de missões no Brasil, foi vitimado pela COVID-19. Deixo aqui meus agradecimentos por aquela quantidade gigantesca de material, inclusive as tabelas finais deste texto, que foram montadas a partir dos conteúdos que ele me entregou.
Os agradecimentos são extensivos aos amados irmãos e irmãs da Assembleia de Deus em João Pessoa, onde, desde 2004, tenho a alegria de pastorear Igrejas na Capital. De alguma forma, essas palavras, antes de tornarem-se livro, foram pregadas/ensinadas nos púlpitos e em salas de aulas de nosso CETAD.
Ao meu pastor José Carlos de Lima, pela liderança inspiradora que exerce sobre minha vida e de toda a minha família.
Ao dr. Márcio Matta, diretor da AETAL (Associação Evangélica de Educação Teológica da América Latina), que incentiva nossos estudos, caminhada acadêmica e produção teológica.
Ao pastor José Apolônio da Silva, antigo funcionário e escritor de nossa CPAD, que, já no fim da vida, me incentivou a escrever este texto que você tem em mãos.
Ao irmão Ronaldo Rodrigues de Souza, diretor da Casa Publicadora das Assembleias de Deus, ao pastor Alexandre Coelho e a todos da equipe CPAD, que buscam a excelência na vocação que receberam do Senhor.
A todos, minha gratidão.
INTRODUÇÃO
Reconheço, obviamente, que há em língua portuguesa excelentes materiais na área da Teologia Sistemática, inclusive por autores pentecostais (seja de autores nacionais, seja de livros traduzidos). No entanto, por ocasião da produção deste material, o fiz pensando em membros, professores de Teologia, estudantes e pastores em geral, especialmente os que seguem uma hermenêutica pentecostal (mesmo sabendo que há o risco de ser repetitivo).
A opção deste texto é fazer uma discussão a partir da Teologia Sistemática com as definições contidas na Declaração de Fé das Assembleias de Deus. Não é somente um reproduzir
, mas busco um aprofundamento utilizando diversos outros autores, realizando uma espécie de conversa sobre Teologia com a mesa mais ampla
.
O que quero dizer sobre mesa mais ampla
? É importante que você compreenda já de início essa ideia
. Nesta leitura, você perceberá uma vasta bibliografia consultada (separada nas quatro partes do livro), além de notas de rodapé suficientes para que você possa aprofundar-se nas pesquisas (quase 300 notas explicativas e bibliográficas). Pensando naqueles que não possuem condições e acesso a tantos livros assim, trabalhamos este texto para que possa cumprir o papel de introduzi-los nessas discussões e na amplitude dos temas em questão. A saber: Deus, a salvação em Jesus, anjos, demônios, as obras e dons do Espírito e questões relacionadas às últimas coisas (escatologia).
Nos últimos anos, têm surgido muitas pesquisas sobre o Pentecostalismo, inclusive ganha corpo a nomenclatura Pentecostalismos
, com ênfase no ismos, como uma proposta que não se pode mais falar de um pentecostalismo, mas de vários. Daí a necessidade de aprofundar-se as discussões a partir da Declaração de Fé das Assembleias de Deus, pois, dessa forma (assim eu creio), o Pentecostalismo Clássico, cujo tronco mais robusto são as Assembleias de Deus, deve posicionar-se, com respeito, porém expressando claramente nossas bases teológicas, digamos assim, uma Teologia Pentecostal Assembleiana (com todas as equações históricas que tal afirmação abarca).
Agora, é necessário dizermos o óbvio: Se Deus não se revelar a nós, não poderemos conhecê-lo. Daí a necessidade de fazermos Teologia com humildade e dependência dEle. Ter a consciência de que nossas mentes são finitas, não obstante, discutindo aquEle cujos caminhos são inescrutáveis!
Precisamos também entender que, após 2000 anos de cristianismo, mais de 500 anos após a Reforma Protestante, mais de 100 anos de desenvolvimento da Teologia Pentecostal como sistema, se alguém escrever alguma coisa muito diferente daquilo que já foi dito, a probabilidade de produzir uma heresia, ou um grande absurdo, é enorme. Por isso, repito, nos textos que seguem, há inúmeras notas de rodapé e várias citações, às vezes diretas ou indiretas com vistas a embasar as discussões.
Assim, na produção deste texto, bebi alegremente das fontes de grandes teólogos que, por muitos anos, têm formado gerações de servos e servas de Deus, inclusive de teólogos fora da tradição Pentecostal, mas que compartilham conosco do alto apreço pela Bíblia como Palavra de Deus — daí, mais uma vez, a ideia de uma mesa ampla
. No entanto, a base inicial para a discussão para a conversa nessa mesa ampla
prezou pelas definições da Declaração de Fé das Assembleias de Deus, que, a meu ver, produz uma síntese muito benfeita daquilo que os pentecostais clássicos defenderam nos últimos 100 anos.
A tradição, a erudição pentecostal, não surge no vácuo
da história; ela faz parte (e alimenta-se) de uma longa tradição de estudos que podem ser traçados desde muito cedo na história cristã. Então, se você for um desses leitores atentos, perceberá similaridades com grandes temas da Teologia Sistemática.
Cada uma das partes pode ser lida separadamente, o que pode facilitar seus estudos. Por fim, desejo a você, prezado(a) leitor(a), que o estudo deste texto seja agradável e de grande valia para seu crescimento espiritual e um melhor serviço no Reino de Deus.
Pastor Eduardo Leandro Alves
Doutor em Teologia
Introdução à teologia pentecostal1. UMA INTRODUÇÃO SOBRE DEUS
Iniciamos apresentando a doutrina de Deus, ou o que algumas vezes é conhecido por teontologia,¹ visto que essa palavra significa o estudo do ser de Deus
. Inicialmente, examinaremos os vários aspectos do caráter de Deus, tradicionalmente conhecidos como os seus atributos
.
A Declaração de Fé das Assembleias de Deus, em conformidade com os credos antigos da Igreja Cristã, fala sobre a crença em Deus da seguinte forma:
CREMOS, professamos e ensinamos que Deus é o Supremo Ser, Criador do céu e da terra: "Porque assim diz o Senhor que tem criado os céus, o Deus que formou a terra e a fez; ele a estabeleceu (Is 45.18); que Ele é o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo: "[...] para que creias que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, para que, crendo, tenhais vida em seu nome (Jo 20.31); que Ele é Espírito doador e mantenedor de toda a vida:
O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-poderoso me deu vida (Jó 33.4); que Ele é o único Deus verdadeiro:
E a vida eterna é esta: que conheçam a ti só por único Deus verdadeiro e a Jesus Cristo, a quem enviaste (Jo 17.3) e não há outro além dEle:
Eu sou o Senhor, e não há outro; fora de mim, não há deus [...] que fora de mim não há outro; eu sou o Senhor e não há outro (Is 45.5,6). Ele é identificado na Bíblia como Deus:
Eu sou Deus, o Deus de teu pai" (Gn 46.3), Deus Altíssimo e Deus Todo-poderoso, Jeová e Senhor, além de outros nomes. Deus é um ser pessoal, que possui atributos naturais, morais e de poder, qualidades e virtudes que lhe são próprias.²
Antes de qualquer questão mais abrangente, devemos compreender que o Senhor é um Deus pessoal, de relacionamentos. Não podemos esgotar Deus, nem podemos simplesmente o definir à exaustão com os argumentos de uma mente finita como a nossa. Gosto da forma como a obra Teologia Sistemática – uma perspectiva pentecostal, organizada por Stanley M. Horton, inicia o capítulo 4 sobre O Deus Único e Verdadeiro
, texto de Russell E. Joyner, apresentando a ideia de que muitas teologias sistemáticas do passado tentaram classificar os atributos morais e a natureza de Deus. Mas a questão é que o Supremo Ser não se revelou simplesmente para transmitir conhecimentos teóricos a respeito de si mesmo; pelo contrário, a revelação que Ele fez de si mesmo se apresenta como um vínculo a partir de um desafio pessoal, a uma confrontação e a oportunidade de o ser humano reagir positivamente a essa revelação. Isso fica evidente quando o Senhor se encontra com Adão, com Abraão, com Jacó, com Moisés, com Isaías, com Maria, com Pedro, com Natanael e com Marta
.³
O objetivo da Teontologia não deve ser a busca por demonstrar a existência de Deus para quem a ignore, mas tem o objetivo de verificar a validade do reconhecimento de Deus amplamente já realizado pela religião, cultura e história da humanidade; assim, o estudo sobre Deus não o faz a partir do vazio, mas parte daquilo já revelado à humanidade.
As provas da existência de Deus estão muito além de meras demonstrações hipotéticas, mas, na verdade, acabam por serem confirmações de uma verdade que a pessoa intimamente já possui. Nesse caso, as provas
não são abstrações de Deus, mas, sim, testemunhos recolhidos de Deus na natureza e na história a título de confirmação daquela voz que já falou com o homem no profundo da consciência. Assim, as provas
da existência de Deus não são buscadas em locais nunca explorados; muito pelo contrário, é uma busca em uma terra já conhecida, na qual o intelecto possa ficar tranquilo na sua adesão a Deus.
Todos os ensinos e argumentações pressupõem certas verdades, o que, de certa forma, é óbvio. Nesse caso, é necessário pressupor e aceitar que as afirmações inequívocas da razão são válidas para todas as verdades e princípios afirmados; ao contrário disso, faria com que cada tentativa de construir uma ciência de qualquer tipo ou de obter certo conhecimento sobre algum assunto seria vão e até absurdo.⁴
É necessário entender que o primeiro encontro do ser humano com Deus não ocorre pela via da demonstração, da prova, da argumentação, da indução ou dedução. O primeiro encontro do homem com Deus vem pela revelação (geral ou específica). O ser humano conhece Deus quando e porque Ele vem ao seu encontro e manifesta-se. A experiência de Deus é intuitiva, existencial, sendo feita com todo o ser da pessoa, e não apenas com o coração
ou com a razão
. Deus, em primeiro lugar, é conhecido e experimentado, e só depois se torna tema da reflexão por parte da razão, que intervém para verificar
e certificar-se
dentro do campo lógico aquilo que, no campo existencial e psicológico, já se impôs ao reconhecimento da experiência. A ideia é que a razão mostra, evidencia a verdade de Deus
e, desse modo, vai tranquilizar e corroborar com a consciência em relação ao que já possui.
Na passagem em que o evangelista Lucas relata a caminhada de Jesus ao lado de dois homens (discípulos) que estavam indo para Emaús, entre tantas verdades que são reveladas na jornada, há algo que nos interessa na discussão. Já em casa, sentados à mesa, os dois homens pedem que ao que os acompanhou na jornada dê graças pela refeição, pelo pão. Naquela hora, os seus olhos abriram-se. Lucas relata: [...] Porventura, não ardia em nós o nosso coração quando, pelo caminho, nos falava e quando nos abria as Escrituras?
(Lc 24.32). Ou seja, o que o intelecto demorou para compreender (abriram-se-lhes, então, os olhos
), o sentimento e a experiência já tinham percebido, pois já ardia o coração
.
1. Intuição e Tradição
O sentido é a capacidade que percebe sensações e leva-as ao campo da consciência. Intuição vem do latim intueri, ver. Esse termo, cujos significados são diversos, designa, de uma maneira geral, um modo de conhecimento imediato e direto que coloca no mesmo momento o espírito em presença do seu objeto.
Intuição
A intuição empírica, que nos entrega o mundo da experiência, comporta a intuição externa ou sensível (dados dos sentidos) e a intuição interna ou psicológica (fenômenos mentais conscientes relativos à vida interior).
A intuição racional percebe as relações e apreende os primeiros princípios que constituem a estrutura da razão. Também podemos dizer que a noção de intuição metafísica aplica-se em contextos filosóficos diferentes. Por exemplo, no pensamento do filósofo francês René Descartes (1596–1650) é a própria intuição racional, a concepção firme de um espírito puro e atento, que nasce apenas da luz da razão; marcada pelo selo da evidência, é o conhecimento das ideias claras e distintas ou, então, a visão sintética do espírito que verifica o encadeamento lógico de uma demonstração.
Já a intuição pura, na concepção do filósofo alemão Immanuel Kant (1724–1804), é a das formas a priori da sensibilidade que, aplicando-se a intuição empírica, estrutura o diverso sensível de acordo com o espaço e o tempo. O alcance metafísico da intuição coloca a intuição como uma espécie de simpatia intelectual
, que constitui não apenas o estofo da consciência, mas ainda a própria essência de qualquer realidade. A noção também é utilizada para designar na matemática o conhecimento das noções primeiras a partir das quais se constrói todo o edifício matemático.⁵
Verdades intuitivas devem ser testadas pelos fatores corretos, quer elas sejam ou não universais, necessárias ou autodemonstrativas. Sobre isso, Dr. Griffith Thomas resumiu muito bem:
Qual a origem da ideia de Deus? Há duas explicações gerais. Para alguns a ideia de Deus como Ser Supremo é considerada, em linguagem técnica, como uma intuição da razão moral
. O apóstolo Paulo parece ter reconhecido na mente uma percepção inata de Deus (At 17.28). Isso significa que a crença num Deus pessoal é nascida em todo o homem, não como uma ideia perfeita ou completa, mas como envolvendo uma capacidade para crer quando a ideia é apresentada. Se isso é assim, ela é uma das intuições principais da natureza humana. Certamente é um erro supor que derivamos a ideia de Deus da Bíblia, porque as raças que nunca ouviram da Bíblia possuem uma crença definida num Ser supremo. A Bíblia revela o caráter de Deus e o seu propósito para o homem, e assim nos dá uma ideia verdadeira do Ser divino, mas a ênfase recai sobre a verdade antes que sobre o mero fato. Do mesmo modo, é igualmente incorreto dizer que obtemos a ideia de Deus da razão, porque a razão não é neste sentido originativa. Pela reflexão podemos obter uma reflexão mais plena de Deus, mas a razão em si mesma não é a fonte da concepção. Para aqueles que sustentam que a nossa ideia de Deus é intuitiva, a concepção de Deus é analisada em três elementos: primeiro, uma consciência do poder em Deus que conduz a um sentimento de dependência dele; segundo, uma consciência de sua perfeição que conduz à percepção de nossa obrigação para com ele; terceiro, uma consciência de sua personalidade que conduz a um senso de adoração a Ele.
Outros objetam que a ideia de Deus seja intuitiva, e dizem que ela é o resultado da razão que institivamente reconhece a verdade, a beleza e a bondade, e que estes coalescem no pensamento de uma realidade. Nessa visão, estes três elementos proporcionam um argumento para o teísmo.⁶
Dentro do mesmo raciocínio, Chafer diz que uma intuição é a confiança ou crença que flui imediatamente da constituição da mente. Isso ocorre de forma regular pelo fato de que a intuição é uma função humana e totalmente necessária. Assim, pode-se dizer que o conhecimento intuitivo vem a ser aquele em que a mente normal e natural assume como verdadeiro. Ele inclui temas como: tempo e eternidade; espaço, causa e efeito; certo e errado; demonstração matemática; auto existência; a existência da matéria e a pessoa de Deus. Essas e outras verdades importantes, visto que já aceitas pela mente racional, são pouco melhoradas, mesmo que por meio de uma demonstração, digamos, mais acrescida.
Ao mesmo tempo, nem são elas grandemente diminuídas pela argumentação contrária. Com isso, o conhecimento intuitivo é pouco mais do que uma inclinação em direção a certas verdades. Cada tema intuitivo visa a oferecer um campo de pesquisa infindável e esconde depósitos inexauríveis de realidade. Particularmente, isso é verdadeiro quando tratamos do conhecimento a respeito de Deus. A real universalidade da crença em Deus, então, torna-se uma prova de que Ele é intuitivo.⁷
Tradição
Chafer divide a discussão sobre a tradição em dois pontos: remoto, as antigas impressões da raça e como as questões que estão presentes no ensino que são passadas aos filhos. Vejamos:
Remota – A Escritura registra o fato de que os seres humanos caídos começaram com o mais alto conceito de Deus, tal como deve possuir aquele que anda e fala com Deus. A sua memória e senso da realidade de Deus não foram perdidos na Queda, pois, mesmo depois do fracasso, Adão ouviu a voz de juízo do Eterno e recebeu a provisão divina das roupas feitas pelas mãos de Deus, vestimentas essas que sugeriram a graça divina para o pecador. O testemunho de Adão a respeito de Deus foi dado diretamente às gerações subsequentes, por centenas de anos, com toda a força de uma expressão original e num tempo quando a tradição como um meio de educação era soberba. Portanto, é concebível que o começo normativo original do conhecimento tradicional a respeito de Deus foi disseminado de geração a geração.⁸
Presente – A presente influência da tradição, como apresentada na instrução dos filhos, é o aspecto mais vital da educação. Os filhos são ensinados na fé (ou sem a fé) dos seus pais, e, quando o conhecimento salvador de Deus penetra numa casa ou comunidade, o efeito pode ser passado às gerações subsequentes. O reverso disso também é verdadeiro, pois a influência do mestre ou dos pais sobre o entendimento que as crianças vêm a ter de Deus e no relacionamento com Ele é de longo alcance.⁹
2. Razão e Revelação
A autoconsciência também acaba por revelar-nos a razão ou a função prioritária do intelecto. A razão vem a ser a função do intelecto que defende de imediato uma classe de verdades que, pela natureza delas, não é possível serem conhecidas nem pelo entendimento e nem pelos sentidos. Pode-se exemplificar utilizando os axiomas da matemática, filosofia e moral; nesse caso, a razão oferece leis e princípios primeiros, fornecendo o abstrato, o necessário, o absoluto e o infinito. Equipando, assim, todas as suas afirmações pela contemplação ou intuição direta, e não por indução ou raciocínio.
Ou seja, a razão intui ou as contempla de maneira direta, assim como a faculdade dos sentidos intui ou contempla de maneira direta uma sensação. Dessa forma, os sentidos proporcionam à consciência a visão direta de uma sensação e, assim, a existência da sensação é conhecida de modo inegável. Com isso, a razão fornece à consciência a visão direta da classe de verdade das quais toma conhecimento; assim, da existência e validade dessas verdades não se é possível duvidar, da mesma forma que, em perfeito juízo, não podemos duvidar da existência de nossas sensações.¹⁰
É Finney¹¹ que nos diz que há uma diferença entre o conhecimento derivado dos sentidos e o derivado da razão. No conhecimento derivado dos sentidos, a consciência dá-nos a sensação: daí pode-se questionar se as percepções dos sentidos são uma contemplação direta do objeto da sensação e, por conseguinte, se o objeto realmente existe e é real o arquétipo da sensação
. Dessa forma, estamos certos de que a sensação existe; porém, se existe aquilo que supomos ser o objeto e a causa da sensação, admite dúvida. A questão é: Será que os sentidos intuem ou contemplam de maneira imediata o objeto da sensação?
. Daí pode-se argumentar que o fato de nem sempre ser possível confiar no relato dos sentidos parece mostrar que a percepção dos sentidos não é uma contemplação imediata do objeto da sensação
. A sensação existe, e isso se pode saber com certeza. Da mesma forma, sabemos que possui uma causa. Mas talvez não saibamos se conhecemos corretamente a causa ou objeto da sensação
.
Seguindo as discussões, podemos dividir ainda em dois pontos a mais: 1) valor intrínseco; e 2) realizações. Vejamos.
Valor intrínseco
O valor intrínseco da razão deve incorporar o fato essencial de que a razão é uma das características pertencentes a Deus e que o Universo na sua ordem, sistema e propósito reflete a razão perfeita que está em Deus. Semelhantemente, todas as conclusões dos seres racionais são apenas um reconhecimento da razão primária que é Deus, assim como da sua adaptação a ela. Sobre o fato de que o homem pode conhecer por inferência e pela razão, como somente é suposto por ele que Deus existe e que Deus age com a sua razão perfeita.¹²
Realizações
O valor da razão como medida pelas