Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
LIBER - II
TEXTO REFLEXIVO
II
INTRODUÇÃO
Nele dizemos a certa altura o seguinte: “Um espaço mais profundo que o
inconsciente pessoal. Uma herança psíquica que assim como a herança
biológica (genética), trazemos conosco ao nascer. Estruturas definidas que
chamamos de arquétipos e que são expressões universais da humanidade.
Cada ser humano traz em si já uma direção, uma tendência, para desenvolver
determinados potencialidades arquetípicas. Estes arquétipos podem ser
conhecidos através dos estudos dos mitos universais, pois são comuns a
qualquer comunidade humana desde os primórdios.
Uma estrutura definida desde o nascimento mas no entanto vazia, esperando o
nosso contato com o mundo para ser preenchido pelos conteúdos de nossas
vivencias, nossos afetos, nossas experiências. Algo que podemos comparar
com o leito de um rio vazio, que sabemos os contornos e as direções mas não
sabemos de que nem como será preenchido ”.
Creio que o entendimento de arquétipo fica um pouco frouxo por não estar
contextualizado. Sem entrar em estudos psi, pois não é esta nossa intenção,
falaremos brevemente do contexto em que se encontra este chamado
arquétipo para solidificar este conceito e podermos desenvolver o texto deste
mês de forma a ser bem entendido.
Nos deparamos com nossa Sombra e não aceitamos. Quem de nós assume com
tranqüilidade o lado invejoso, egoísta, impulsivo, moralmente condenável. Por
isto o aspecto amoral da Wicca. Não por estar além da moralidade/imoralidade
mas por conhecer estes padrões sociais e saber que é possível buscar o
equilíbrio entre eles.
Não à passividade moralista que nos cerceia a criatividade e a ação assim como
não, ao individualismo sem respeitar o outro, seus espaços, seus conceitos e
crenças, por vezes até seus corações e mentes. Mas sim um equilíbrio entre
dois pólos.
Existem formas inadequadas de tentar amenizar este nosso lado Sombra, por
mecanismos chamados mecanismos de defesa, tal qual a projeção, quando de
maneira bastante confortável para o ego “descobrimos” onde está o mal: no
outro ou como a infantil postura da negação; basta negar aquele algo em você
e pronto, ou através da repressão, que já vai por um viés que não cabe aqui
comentar pois temos de nos ater a nossa prática e extrair de teorias dos mais
diversos saberes, material para nossa busca.
O fato é que estes mecanismos nos dão um alento, que no entanto mais a
frente, explodirão.
O que nos cabe aqui é aceitar este aspecto Sombra que trazemos em nós e o
aceitando, desenvolver uma capacidade de dialogar e buscar extrair dele, o seu
lado bom, produtivo, estimulante e criativo. Como exemplo, podemos citar a
inveja de alguém por outro que tem o sucesso, que será negativa enquanto
energia canalizada para produzir ódio ou até mesmo prejudicar o outro. No
entanto, podemos utilizar esta mesma energia, canalizando-a de forma
produtiva, extraindo dela o estímulo e a criatividade necessária para buscar o
nosso sucesso ao invés de simplesmente remoermos, odiarmos e nos
incomodar com o sucesso alheio.
Um rotina mensal deve ser estabelecida por nós e seguida com disciplina, para
estarmos sempre renovando este dialogo e aproveitando esta energia do nosso
lado Sombra. Em nossa nascente Tradição, este momento será as noites de Lua
Negra, a Lua que está e não está. Rituais específicos e suas possibilidades de
variação serão expostos e estudados mais a frente em nossos textos
ritualísticos.
Por enquanto, cabe a nós, refletirmos sobre este texto e desenvolvermos nossa
capacidade de perceber o nosso lado Sombra. Um aparente inimigo que pode
ser um forte aliado se soubermos lidar com ele. Como disse Goethe: “nossos
amigos nos mostram o que podemos fazer, nossos inimigos nos ensinam o que
devemos fazer”.
Abençoados Sejam.
Fernando Martins
TEXTOS DOUTRINÁRIOS
INTRODUÇÃO
Em grego arcaico Mãe Terra é guê meter. Por influência do idioma dórico, por
conta das invasões ocorridas por volta de 1100 a.c., o termo passou a ser
designado: dé meter. Deméter ainda teve a designação na Frigia de Kybeléia
ou Cibele, utilizado posteriormente pelos romanos.
OS PERSONAGENS DA ALEGORIA
Hades, conhecido também como O Invisível, está ligado ao mundo dos mortos,
na mitologia romana viria a ser chamado de Plutão. Hades é filho dos
primordiais Crono e Réia. Foi um dos filhos que não foi comido pelo pai Crono,
salvo pelo seu irmão Zeus, que promoveu a grande revolução assumindo
posteriormente a posição de “deus dos deuses” no monte Olimpo. Zeus quando
assumiu o poder, dividiu entre os outros deuses olímpicos os reinos do mundo,
sendo dado a seu irmão Hades, o reino das trevas. O motivo de Hades ser
chamado de O Invisível, é porque tinha ele um elmo que o fazia tornar-se
invisível, sempre que vinha a superfície, evitando ser visto pelos mortais.
Perséfone é filha de Zeus com Deméter e pivô de toda a nossa alegoria que
simbolizará os Sabás dos equinócios e solstícios. Ela encerra em si, o mistério
da vida, da morte e do renascimento, uma vez que nasce da mãe terra
Deméter, segue para o reino dos mortos de Hades e retorna para os braços de
sua mãe. Podemos associa-la também ao nosso mundo psíquico, onde o
consciente percebe a realidade a nossa volta e o inconsciente, nos remete às
profundezas mais misteriosas.
O MITO DE PERSÉFONE
Deméter que ouvira os gritos de Perséfone, foi em sua busca de sua filha sem
sucesso.
Buscou a ajuda de Hécate que a levou até o deus Sol. Este contou à Deméter o
destino de sua filha, o que levou Deméter a um estado de tristeza profundo,
abandonando o Olimpo e partindo para perambular pelo mundo, transformada
na figura de uma velha senhora.
Foi nesta jornada que ela encontrou a cidade de Elêusis e conheceu Céleo , seu
rei, que a contratou para cuidar de seu filho.
Durante este período, a terra não mais deu seus frutos, uma vez que Deméter
recusava-se a gerar sementes até que tivesse a filha de volta.
Foi aí que Zeus, não viu outra alternativa a não ser tentar convencer Hades de
devolver Perséfone à mãe. Sem as sementes de Deméter, a terra não produzia
e ameaçava a existência da humanidade e a humanidade deixando de existir,
os deus também desapareceriam.
A partir dali, a terra voltou a ser semeada e a dar seus frutos, entristecendo no
período em que Perséfone se prepara para partir para o reino de Hades e
morrendo no inverno, para renascer na primavera, quando Perséfone volta para
junto da mãe.
A ALEGORIA DA RODA DO ANO
Fernando Martins
TEXTO RITUALÍSTICO
II
SAMHAIN NA TRADIÇÃO FILOSÓFICA
O Sabá de Samhain será o primeiro Sabá a ser apresentado por seu contexto
simbólico. Na Wicca tudo é simbolismo e este Sabá encerra o fim e o início de
um ciclo (por isto dizerem ser a passagem de ano pagã). Logo, nada como ser
ele o primeiro a ser apresentado.
Como dito no primeiro Líber, os Sabás maiores por força de sua natureza terão
seus nomes preservados – no caso de Lughnasad também conhecido como
Lamas e Imbolg, também conhecido como Candlemmas, os primeiros nomes é
que serão utilizados – e seu simbolismo observado, sendo que na nascente
Tradição, incluiremos um momento ritualístico voltado para a interpretação do
fogo por nós acesso.
Abertura
A esfera de energia faz se fazendo cada vez mais clara, mas real, até que o
condutor do ritual anunciará:
E que dentro de ti
Athames guardados, mãos dadas na posição para o Círculo (este gesto será
apresentado no próximo texto vivencial – um gesto particular na TF), o
condutor profere o chamado para a presença divina da Deusa e do Deus.
Procedimentos de Harmonização
Procedimentos Associados
Procedimentos Finais
Após os procedimentos que variam a cada Sabá e neste em particular que será
celebrado no próximo ano terá como objetivo, a fundação, Consagração da TF
e iniciação dos aprendizes, temos os procedimentos finais que são básicos.
A Runa das Bruxas é uma adaptação do canto original, escrito por Doreen
Valiente e Gardner e que é apresentado na sua forma original no livro “Eight
Sabbats for Witches” de Janet e Stewart Farrar. Este livro pode ser encontrado
no Brasil em português, depois colocarei como encontra-lo em mensagem no
Grupo.
Encerramento
Todos: Água!
Todos: Fogo!
Todos: Terra!
Todos: Ar!
Todos juntos, com as mãos dadas na posição para o Círculo, o condutor profere
e todos imediatamente depois repetem.
Grande Mãe, Grande Deusa, nossa e dos antigos, agradecemos sua presença
assim como a de seu filho e consorte, o Grande Deus. Vós saudamos e nos
despedimos, até o próximo encontro sob vossa Luz.
II
Xamanismo e Bruxaria
Teria alguma diferença entre um xamã e um bruxo? Ambos não lidam com a
magia natural? Seria o termo bruxo utilizado pela medieval igreja católica como
um termo pejorativo e o xamã, um termo utilizado para classificar bruxos de
formação indígena? Concordam que tem certos termos que no fundo querem
dizer a mesma coisa?
Expansão da Wicca
GOLDEN DAWN
A Ordem Golden Dawn foi a mais importante Ordem que existiu no que tange a
reunião de cabeças pensantes, intelectuais, artistas, ocultistas que existiu.
Muito de seus elementos, foram aproveitados por Gardner para a criação da
Wicca, embora Doreen posteriormente tenha substituído muito do material
posto por Gardner.
A proposta é que os membros pesquisem sobre esta Ordem, suas origens, sua
filosofia, seu criado, principais participantes, como terminou, em que se
transformou, etc.
TERAPIAS ALTERNATIVAS
Volto a lembrar, que buscar textos na internet sem autor, além de não terem
nenhuma credibilidade, ocupam espaço no nosso grupo e geralmente, pouco
são aproveitados.
Fernando Martins
Texto Reflexivo
Texto Ritualístico
Texto Doutrinário
Texto Vivencial