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SERRA
2014
ISMAEL UCHÔA DA COSTA
SERRA
2014
ISMAEL UCHÔA DA COSTA
Aprovado em_____de____________2015.
BANCA AVALIADORA
____________________________________
Mauro Ottoboni Pinho-Dr. Professor.
Faculdade do Centro Leste
____________________________________
Juliana da Cruz Vianna Pires-Dra. Professora.
Faculdade do Centro Leste
____________________________________
Karla Ponzo Vaccari-MSc. Professora
Companhia Espirito Santense de saneamento
SERRA
2014
AGRADECIMENTOS:
Agradeço primeiramente a Deus por ter me abençoado ao longo de todo esse caminho que
percorri, a meu orientador Prof. Doutor Mauro Ottoboni Pinho pelas sugestões e conselhos
que foram de suma importância para a elaboração deste trabalho,agradeço aos meus pais
Marcos ferreira da costa e Maria da Gloria Uchôa da Costa pela educação e caráter que me
deram,agradeço também meus irmão Thiago, Sara, Lucas e Matheus, agradeço minha esposa
Daniele Milioli da silva da Costa pela força, compreensão e sabedoria, meus filhos Isaac e
Davi, também agradeço a todos colegas de turma que ao longo dos anos sempre cooperaram
para que este trabalho pudesse acontecer.
RESUMO
Este trabalho tem por objetivo identificar as patologias que se desenvolvem no concreto
armado, algumas em função da má execução, por falta de profissionais habilitados e outras
pela aplicação de técnicas deficientes ou mesmo devido a estruturas mal dimensionadas, peças
que deveriam ter um controle maior de qualidade por ficarem expostas a um ambiente
marítimo ou industriais, após constatadas as patologias analisa-se como foi originado o
problema ,como se desenvolveu, assim apresentar as soluções para esses problemas, como
recuperar um pilar que tem sua armadura exposta ou mesmo uma viga que teve parte de sua
seção transversal de armadura perdida em função da oxidação ou uma laje exposta durante
muitos anos que desenvolveu varias trincas e fatalmente essas trincas facilitaram o acesso a
armadura da laje fazendo assim desenvolver-se uma patologia.
This work aims to identify the pathologies that develop in reinforced concrete, some due to
the poor execution, lack of qualified professionals and other disabled by applying techniques
or even due to bad programmed structures, parts that should have greater control quality by
being exposed to a marine or industrial environment, found after the pathologies is shown as
originated the problem, how it developed, and present the solutions to these problems,
recovering a pillar which has its exposed armor or even a beam had part of its cross section of
armor lost due to the oxidation or an exposed slab for many years developed several cracks
and fatally these cracks facilitated access to armor slab doing so develop a pathology.
Keywords: Pathologies. Reinforced concrete and its defects. Problems in reinforced concrete
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE TABELAS
Tabela 01-Fator água-cimento..........................................................................................22
LISTA DE EQUAÇÕES
Equação 1: Reação CO2 com Ca(OH)2...................................................31
Equação 2: Medir profundidade da carbonatação....................................31
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 12
3. METODOLOGIA ........................................................................................... 48
5. CONCLUSÃO ................................................................................................. 63
7. REFERENCIAS .............................................................................................. 65
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1. INTRODUÇÃO
Muito se tem discutido sobre a evolução tecnológica dos materiais da construção civil. Porem
existe um fator que é determinístico no que tange a durabilidade, o que seria capaz de
converter uma construção grandiosa e robusta, a algo frágil e suscetível ao colapso. Muitas
empresas e estudiosos se dedicaram a encontrar as respostas, e o que se pode entender que o
que leva uma estrutura a desenvolver uma patologia são a soma de vários fatores, estes fatores
serão abordados e explicados ao longo desta obra. Fenômenos como carbonatação, ataques de
cloretos, ácidos e sulfetos, serão explicados, pois são o que ocorre com mais frequência em
obras de pequeno, médio e grande porte. De acordo com [8] a carbonatação é o fenômeno
responsável pela despassivação da armadura, deixando-a totalmente vulnerável ao ataque de
qualquer agente externo potencialmente agressivo. Obras executadas em ambiente marítimos
ou industriais sofrem uma agressão muito grande, pois podem entrar em contato com ácido ou
sulfatos que associados à chuva podem formar a chuva ácida, estruturas de concreto armado
executados nesses ambientes são da classe de agressividade III, segundo [2]. Também será
abordado um estudo de caso tomando como base uma edificação hipotética que apresentará as
patologias explicadas nesta obra, às soluções dessas patologias estarão descritas por etapas,
afim de que o leitor possa entender o quão é importante se executar cada etapa com a devida
atenção e mão de obra especializada.
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[1] A construção civil é uma das áreas do conhecimento mais antiga na história do mundo.
Desde tempos remotos até hoje esse setor evoluiu muito tanto na tecnologia dos materiais:
areias, pedras, cimento entre outros aglomerantes, aço, enfim os materiais que compõem as
edificações sofreram inúmeras manipulações para alcançarem o maior nível de qualidade
possível com isso a mão de obra também precisou sofre evoluções, pois é preciso mais
atenção e conhecimento para fazer uso das novas tecnologias.
[1] Dentro da engenharia civil tem uma área especifica que cuida da estabilidade
estrutural, antigamente essa área se preocupava exclusivamente em calcular e dimensionar a
estrutura para resistir aos esforços solicitantes, mas atualmente esse conceito mudou muito,
pois é considerado também o fator durabilidade. Afinal de nada adianta criar uma estrutura
que atenda as solicitações por pouco tempo, é preciso que a mesma dure tanto quanto
possível.
[1] E o que leva uma estrutura tão robusta composta de concreto e aço a sofrer uma
deterioração ou colapso tão precocemente, a resposta esta nos processos construtivos, insumos
que depois de serem mal usados acabam facilitando ou mesmo causando doença na
construção, muitas etapas desde a concepção do concreto existe um fator que é de suma
importância para um concreto saudável é a relação água/cimento, pois através dela podemos
saber a resistência à compressão do concreto e também a porosidade da peça, e mais a frente
vamos entender que a porosidade do concreto determina o quanto ele é suscetível à agressão
da corrosão, mas também existe reação químicas que também desprotegem o concreto entre
elas a RAA(reação álcalis agregado) que é uma reação química entre os componentes
mineralógicos dos agregados e o cimento, água e ou pasta cimenticia ou agentes externos,
dando origem a uma doença interna no concreto que inevitavelmente vai levar ao colapso
implicando em perdas financeiras e impactos ao meio ambiente, e o que se busca com o
estudo de patologias é evitar que coisas desse tipo aconteçam, podendo assim trazer mais
durabilidade as estruturas de concreto armado.
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1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Com o aumento das construções civis no mundo ao longo dos anos provocou um grande
avanço, seguido de novos desafios dentre eles podemos destacar a durabilidade das obras
estruturais, muitas inclusive foram criadas com a expectativa de durarem por muitos anos,
mas devido a doenças desenvolvidas tiveram que sofrer manutenção ou mesmo serem
demolidas a fim de evitar problemas maiores.
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2. REFERENCIAL TEÓRICO
Os materiais literários usados para a concepção deste trabalho foram essenciais para se
chegar a alguma conclusão, e serão relatadas ao longo desta obra. Sendo que os autores dessas
obras são todos profissionais renomados em seus campos de atuação, portanto os mesmos já
possuem experiência suficiente para explicar como essas patologias se desenvolvem e como
se devem tratar as patologias desenvolvidas pelas obras civis.
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O concreto armado é sem duvida uma das melhores invenções do mundo, pois com a sua
invenção conseguimos construir pontes, prédios, barragens entre outras estruturas que nem se
quer passavam pela cabeça das pessoas anos atrás, mas onde foi criada essa mistura de
concreto e aço, especula-se que o primeiro a fazer o uso foi um agricultor francês chamado
Joseph Louis Lambot, que em sua primeira obra criou um barco que ele patenteou em 1855
mesmo ano que foi apresentado a feira mundial de París, o projeto não teve muita
repercussão, mas chamou a atenção de outros curiosos da época, tanto que em 1875 foi criada
a primeira ponte construída por Monier e que ainda existe, desde então o concreto armado
vem sofrendo evoluções significativas em sua concepção.
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Figura 1
Jazida de extração de areia.
Lembrando sempre que esses agregados devem ser isentos de qualquer tipo de material
nocivo ao concreto como: materiais pulverulentos, substancias orgânica e materiais contendo
carbono.
Outro fator de extrema importância e o teor de humidade dos agregados, pois caso o mesmo
tenha esse teor alto poderá alterar a relação água cimento do concreto.
A granulometria dos agregados graúdos pode oferecer algumas características bem especificas
ao concreto, agregados com formato mais arredondados aumentam a trabalhabilidade e
facilitam o adensamento, já agregados com arestas mais definidas conferem ao concreto maior
resistência mecânica em detrimento da perda de parte da trabalhabilidade.
Figura 2
Jazida de extração de pedra.
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2.2.3 Cimento
O concreto tem como matéria prima principal o cimento que é um aglomerante, o próprio
nome já deixa bem claro que esse material tem a função de unir os demais componentes
agregados. No Brasil e no mundo o cimento produzido passa por processo onde são
acentuadas algumas características físico-químicas do cimento com o objetivo de aumentar
sua eficiência para suportar uma determinada solicitação, no Brasil são produzidos alguns
tipos de cimentos que serão explicados detalhadamente logo abaixo:
CP-I (Cimento Portland Comum): é um cimento que contem 100% de clínquer e sulfato de
cálcio, por tratar-se de um cimento comum o mesmo não apresenta propriedades especiais,
não sendo resistente a sulfatos e a outros agentes agressivos.
CP-II (Cimento Portland Composto): Este cimento gera um calor de hidratação menor que o
cimento CPI, pois tem em seus compostos: escória, pozolâna ou filer. O concreto feito com
esse cimento possui boa resistência a sulfatos, é também muito recomendado para grandes
concretagens como: barragens, muros de peso, peças pré-moldadas.
fumo também é utilizada como material pozolânico é obtido através do quartzo, e também a
sílica obtida pela extração de minerais com uso de ácidos.
CP-V ARI (Cimento Portland de Alta resistência inicial): esse tipo de cimento possui uma
característica muito particular, ele desenvolve resistência à compressão em um curto espaço
de tempo, essa característica pode ser obtida através de vários processos dentre eles:
Figura 3: Cimento
2.2.4 Água
Na concepção do concreto um item muito importante a ser observado é a água, fazendo uma
abordagem em relação à qualidade, a agua precisa ser potável ou ser isenta de gosto e cheiro,
não pode conter materiais em suspenção, tampouco ter algum tipo de cloreto dissolvido,
açucares em geral causam um grande retardo ou mesmo impedem que o concreto inicie a
pega, com relação à quantidade é preciso saber que a resistência do concreto é definido pela
relação agua-cimento, conforme a tabela 1.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Partículas dissolvidas ou em suspenção podem ocasionar pelo menos três cenários críticos:
- Caso a agua possua íons que se associem ao cálcio do cimento podem retardar ou mesmo
impedir a pega/endurecimento do concreto, esses íons são muito comuns em aguas
magnesianas.
-Aguas que possuam em sua composição sulfatos ou íons álcalis podem reagir com o cimento
e/ou agregados aumentando a expansibilidade do concreto.
-Alguns tipos de íons podem deixar de atuar no concreto e atuar diretamente sobre o aço,
ocasionando o início da corrosão e/ou acelerando esse processo.
Sabendo dessas possibilidades é preciso ficar atento ao tipo de água utilizada para produzir o
concreto e também para a agua usada na cura, pois a mesma percola através do concreto
podendo facilmente causar grandes danos. Se a água utilizada for extraída de um poço
artesiano a mesma deve ser levada a um laboratório para se verificar sua composição e
qualidade.
2.2.5 Aditivos
Segundo [1], os aditivos são substancias que se usados nas quantidades corretas e aplicados
nos ambientes recomendados conferem ao concreto características especiais, sempre que
possível deve-se buscar alcançar tais características sem uso de aditivos, mas não sendo
possível é preciso que se façam todos os ensaios a fim de se atestar a compatibilidade entre o
aditivo e o aglomerante e também a armadura.
De acordo com [9] os aditivos para concreto são classificados pela NBR 11768 em aditivos
plastificantes, superplastificante, superplastificantes com retardado ou acelerador de pega,
aditivos incorporadores de ar, acelerador ou retardador de pega, acelerador de resistência, não
será explicado à função de cada um dos aditivos, pois não é parte desse estudo.
Fonte: Manual técnico aditivos para concretos e argamassas. 6ºedição. São Paulo: 2010
2.2.6 Armadura
[6] O concreto tem uma grande resistência à compressão porem sua resistência à tração é
muito baixa. Com o advento do aço para construção civil criou-se o concreto armado, o aço
utilizado é produzido a partir da combinação de ferro gusa e sucata, esse material vai para a
aciaria onde é transformado em aço liquido posteriormente passa por um processo chamando
lingotamento que consiste em dar a forma ao aço, na sequencia os lingotes passam pela
laminação onde serão comprimidos por sucessivos rolos para diminuírem sua seção e
aumentarem de comprimento. As peças então são dispostas em locais para serem resfriadas a
temperatura ambiente, esse aço é conhecido como aço natural que pode ser o CA-25, CA-50.
Segundo [6] o aço CA-60 sofre a trefilação a frio esse aço é produzido em fios de até
9,5mm de diâmetro. O mesmo possui baixíssima capacidade de escoamento, contudo possui
maior resistência à tração e compressão.
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Apesar de o aço possuir grande resistência as mais diversas solicitações, o mesmo pode ter
sua durabilidade comprometida por um processo chamado corrosão, que segundo [1] se
tratando de aço seria a deterioração de sua composição através de um processo químico ou
eletroquímico do meio ambiente em conjunto ou não a uma solicitação mecânica.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Segundo [1] são muitas as patologias que causam a ruína de uma estrutura de concreto,
porem existem algumas que se apresentam por fatores intrínsecos, e outras por fatores
extrínsecos.
A tabela a seguir mostra quais são os casos mais comuns que levam ao aparecimento dessas
patologias.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Segundo [1] as causas intrínsecas são entendidas como processos que ocorrem na estrutura
devido à natureza dos materiais, mau uso, erros durante o projeto e a execução, má utilização
e falhas humanas, alem agentes externos como acidentes. Será explicado mais adiante cada
um dos fatores intrínsecos geradores de patologias.
A natureza dos materiais utilizados para concepção do concreto deve ser bem analisada,
pois segundo [1] reações químicas internas podem diminuir consideravelmente a vida útil da
estrutura ou mesmo leva-la ao colapso. Reações álcalis agregado, alto índice de
permeabilidade, porosidade e relação água cimento.
De acordo com [1] os pesquisadores devem se ater a desenvolver concretos cada vez mais
impermeáveis, pois todo e qualquer processo de degradação do concreto se dá através de
penetração de substancias nociva ao concreto ou sua armadura, de maneira simplificada a
figura a seguir representa o que o autor explicou.
Figura 5: Durabilidade
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
As patologias mais agressivas que ocorrem em concreto armado são químicas, provocadas
pela carbonatação, ataque de cloretos e sulfetos.
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Figura 6: Carbonatação
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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2.5.1 Carbonatação
De acordo com [6] a carbonatação consiste na dissolução do CO2 presente na atmosfera
sobre o concreto com isso ocorre à formação do carbonato de cálcio e também a redução do
Ph do concreto normalmente esse fenômeno ocorre quando o Ph esta abaixo de 9, sabendo
que quanto mais alcalino for o concreto mais protegido do fenômeno da carbonatação estará.
A equação 1 mostra a equação química da reação do dióxido de carbono CO2 com o
hidróxido de cálcio Ca(OH)2 que se forma durante hidratação do cimento e o torna mais
alcalino, assim que se combinam é formado o carbonato de cálcio CaCO3(início da
carbonatação).
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Ainda de acordo com[12], existe um método muito usado para se verificar a presença do
fenômeno da carbonatação, que consiste na aplicação de uma solução alcoólica de
fenolftaleína sobre o concreto, essa substancia quando entrar em contato com o concreto de
Ph maior que 12 exibe uma coloração rosa forte figura 7, e quando entrar em contato com o
concreto com Ph menor que 9 o mesmo se apresenta incolor.
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Segundo [12], existe uma grande diferença da taxa de difusão de CO2 na água e no concreto,
quando o concreto é exposto somente ao ar dependendo da organização dos poros o CO2 irá
se espalhar pelos poros porem a reação não ocorrerá devido à falta de água (figura 8). Quando
a peça esta saturada de água, processo que ocorre na figura 9, porem é pelo menos 10000 mais
lento do que quando ocorre na presença parcial de água figura 10.
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A figura 12 mostra o teor limite de cloretos para o concreto, segundo normas internacionais.
Figura 12: resultados do ensaio (a) sem cloretos livre, (b) com cloretos livre.
(a) (b)
[1] Os ataques por sulfatos normalmente ocorrem da associação do gás sulfídrico H2S com
água, que na presença do cálcio do cimento Portland formam o sulfureto de cálcio e também
um sal chamado de sal de Candlot que irá descalcificar o concreto, amolecendo a pasta de
cimento.
[1] As reações do cimento com água são consideradas exotérmicas, ou seja, geram calor
que flui do interior do concreto para a superfície externa do concreto. Quando a superfície do
concreto se resfria o seu interior ainda esta aquecido, o que provoca dilatações e ou fissuras
que podem se estender até a superfície. Situações como essa ocorrem muito em concretagens
muito grande, como, barragens, bloco de coroamento ou mesmo radier.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Os fatores extrínsecos de acordo com [1], são agentes externos que levam o surgimento de
uma patologia. Independente de a estrutura aparentar segurança esses agentes estão
trabalhando para corromper a estabilidades da edificação, esses agentes podem aparecer
durante a execução ou ao longo de sua vida útil.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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De acordo com [1] a durabilidade de uma edificação pode ser comprometida por falhas no
projeto executivo ou mesmo estrutural, erros muito comum ocorrem sobre condições de
engastamento de vigas. A NBR6118/2014 trata do assunto no subitem 14.6.6.1 no qual
explica quais as considerações devem ser feitas na adoção do modelo de calculo de vigas
continuas. A figura 18 mostra um caso de consideração errada sobre a modelização de viga.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
[1] Considerações equivocadas sobre vigas e lajes podem levar a flechas excessivas, trincas
em alvenaria ou mesmo em pisos e revestimentos. As normas devem ser estudadas para que
durante o dimensionamento sejam realizadas todas as verificações e lançamentos de cargas
conforme o tipo de edificação, podendo ser habitacional, comercial ou industrial.
[1] Outra situação que pode causar uma patologia é sobre o detalhamento de armaduras,
caso o projetista erre no detalhamento e durante a execução da obra esse erro não seja
observado, fatalmente aparecerão patologias, pois serão criados pontos de vulnerabilidade na
estrutura, o que facultara a ação de agentes agressivos. A figura 18 mostrara alguns tipos de
erros comuns em detalhamento de concreto armado.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
[1] Após a concepção a edificação passa a ser habitada, e com o tempo pode haver
necessidade de mudanças, essas que devem sempre ser acompanhadas por um engenheiro
civil. Casos em que ocorrem reformas e são feitas alteração do tipo, remoção de paredes
estruturais, supressão de pilares e/ou vigas, caracterizam mau uso, pois cada elemento
estrutural corrompido ou retirado causa uma sobre carga nos demais elementos, o que
inevitavelmente levará o surgimento de uma patologia, edificações que são projetadas para
serem residenciais e são utilizadas para fins comerciais ou mesmo industriais ,também são
consideradas mau uso, pois as cargas não são compatíveis. Algumas edificações são
aumentadas o numero de pavimentos, o que facilmente pode causar um colapso na fundação
ou pilares.
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[1] Após a concepção ou mesmo durante a execução da obra podem ocorrer recalques, pois
o solo esta suportando um carregamento maior que sua resistência, esse deslocamento só
cessara quando houve equilíbrio entre a carga aplicada e a resistência do solo, casos de
ampliação onde ocorre a união de uma construção antiga e uma nova também causam
fissuras, pois a nova construção estará sujeita a recalques enquanto a obra antiga já recalcou o
que deveria. Segundo [3] o valor mínimo de carga acidental para edificação residencial é de
1,5 KN/m² a 2,0 KN/m², por outro lado se for de uso para casa de maquina esse valor deve ser
de no mínimo 7,5 KN/m².
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Segundo [1], as principais ações físicas estão associadas a variações de temperatura, não
somente a variação de temperatura que toda estrutura esta exposta, mas nos pontos que geram
um gradiente de calor. A superfície de uma laje descoberta recebe muita radiação ao longo do
dia, enquanto sua face inferior pode estará submetida a uma temperatura muito menor, quando
isso acontece se forma o gradiente de calor, que pode causar desde pequenas a grandes
deformações na estrutura, essas deformações levam a edificação a um quadro fissuratório e
consequentemente a uma patologia. A grande maioria das patologias se inicia em função da
água, nas suas diversas formas de acordo com [11], a tabela 8 mostra em porcentagem as
causas que levam o surgimento de uma patologia.
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As recomendações dos autores para se ter uma edificação segura e durável estão mostradas na
figura 20.
3. METODOLOGIA
O método para obtenção de dados será um estudo de caso, baseado em uma situação
hipotética no qual serão observados quais foram os métodos construtivos, ambiente de
trabalho e os insumos utilizados para concepção da estrutura.
A fim de entender o que levou tal construção a esse colapso eminente, foram entrevistados
agentes envolvidos durante a construção e também o proprietário do imóvel. Os construtores
informaram que durante a construção não houve acompanhamento de um engenheiro civil ou
qualquer profissional técnico com formação na área civil. A construção foi executada sem se
observar os pré-requisitos das normas vigentes, o proprietário por sua vez disse que não tem
nenhum conhecimento sobre construção civil e, portanto não poderia supervisionar o
construtor, informou que os materiais foram comprados conforme o construtor solicitou. A
dosagem do concreto utilizado na construção não obedecia a parâmetros como, relação agua
cimento, dimensão máxima do agregado, massa de cimento para cada m³ de concreto. O
cobrimento aplicado aos pilares, vigas e lajes desobedece à norma NBR 6118/2014, levando
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em conta que o local da construção a enquadra em classe de agressividade III, segundo [2] o
cobrimento para vigas e pilares é de 40mm e lajes 35mm conforme tabela 9.
3.3 RESULTADOS
Fonte: Manual técnico aditivos para concretos e argamassas. 6ºedição. São Paulo: 2010
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De acordo com [11] o tratamento deve obedecer a uma ordem execução que consiste em,
limitar a área afetada pela patologia, conforme figura 25.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Assim que esta etapa for finalizada deve se iniciar o tratamento da armadura atacada pela
corrosão, é feita a limpeza da armadura a fim de retirar todo material oxidado, essa limpeza
pode ser feita de diversas maneiras, escovação, jato de agua, jato de areia, entre outras
técnicas.
Figura 30: Jateamento de estrutura de concreto
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Existem situações em que ocorre perda da seção transversal das barras de aço, sempre que
essa redução da área total ultrapassar 15% é necessário a complementação das barras, existem
diversas maneiras de se executar essa complementação, seja por furação, sobreposição e
substituição entre outras opções.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Quando a armadura estiver preparada é o momento de fazer o recobrimento, que pode ser com
concreto, graute e argamassas especiais. As formas devem ser construídas de modos a
permitir o acesso de equipamentos para preenchimento das peças danificadas.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
Casos em que a estrutura fique aparente e exposta a agente agressores é preciso que a
mesma tenha uma proteção química, normalmente esse tipo de proteção é semelhante a tinta
,porém possui propriedade singulares, a especificação do tipo de agente agressor é
imprescindível para a utilização do material correto.
Os custos podem ser visto de duas maneiras segundo [1], o custo preventivo é referente a
uma manutenção periódica obedecendo algum programa de inspeção, as retas B e C
representam esse tipo de custo, é visível que o mesmo é muito menor que o custo corretivo
que é representado pela reta D. O custo corretivo é referente a uma manutenção ou reforço de
ultima hora, que normalmente envolve muita mão-de-obra e demanda muito tempo.
Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
A figura 35 mostra um gráfico que exemplifica a relação entre o avanço da corrosão com o
tempo, e o ponto no qual se torna inviável a recuperação.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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Fonte: patologia, recuperação e reforço de estruturas de concreto. São Paulo: PINI, 2009.
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5. CONCLUSÃO
Em vista dos argumentos apresentados fica claro que as patologias realmente estão
presentes em muitas estruturas de concreto, não é preciso ir longe para se identificar uma
patologia a olho nú, obras mal impermeabilizadas, mal executadas ou mesmo sem nenhum
controle de qualidade. A carbonatação é sem duvida a patologia mais comum em grandes
centros urbanos, pois as grandes concentrações de CO2 associada a umidade relativa do ar
ideal faz com que esse fenômeno se inicie e quando não identificado e tratado a tempo
pode facilmente levar a edificação a ruina. Em indústrias ou locais onde a contato da
estrutura com a maré o mal mais comum é o ataque de sulfetos, sais e ácidos. De fato
ficou evidente que as patologias podem reduzir ou mesmo acabar com a vida útil de uma
estrutura de concreto. Mesmo sabendo que atualmente a tecnologia da construção civil
oferece muitas soluções para tratar essas patologias, ainda assim fica bem claro que o
investimento em prevenção é a melhor solução, pois a dosagem de um concreto é algo
relativamente simples para um profissional com formação técnica em construção civil, a
analise do tipo de ambiente a ser construído é de suma importância, pois assim poderão
ser atendidas as condicionantes das normas.
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A engenharia de solução de patologias precisa sempre estar sendo alimentada com novos
indicadores, pois o clima esta cada vez mais atípica e fatalmente pode levar o aparecimento de
novas patologias ou mesmo acelerar o aparecimento das patologias já conhecidas, por isso
seria interessante que fossem realizados experimentos em laboratório e em campo a fim de
ajudar no crescimento desse setor importante da engenharia civil.
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7. REFERENCIAS
8-Enio Pazini Figueiredo; Gibson Meira. Corrosão das armaduras das estruturas de
concreto. Mérida-México,2013
9-Vedacit. Manual técnico aditivos para concretos e argamassas. 6ºedição. São Paulo:
2010
11- Vedacit. Manual técnico recuperação de estruturas. 3ºedição. São Paulo: 2012