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21-05-2013

De que falamos quando falamos


de segurança?

ESPAÇOS PÚBLICOS  A segurança foi sempre uma exigência


urbana;
USO SEGURO  Desde os seu início as administrações
municipais sempre tiveram a segurança
como uma questão central.
LEONEL FADIGAS
Faculdade de Arquitetura
Universidade Técnica de Lisboa

A vida nas cidades


 O urbanismo não se resume ao desenho que  A população que vive
aparenta ser. nas cidades é uma
população exigente,
 Estabelece as relações entre o espaço livre e o  que busca
espaço construído e incorpora questões incessantemente
intangíveis que tornam mais sustentáveis e mais melhores condições de
vida,
confortáveis os territórios habitados.  mais qualidade,
 Dá forma às cidades e às suas periferias, sem conforto, segurança e
prazer.
deixar de ter em conta que a cidade se faz pela
 As pessoas esperam
gestão continuada e equilibrada do território que a respostas imediatas
envolve e pela apropriação que as pessoas dela  exigindo que as cidades
fazem. respondam
positivamente a este
desafio permanente.

A vida nas cidades A vida na cidade


 Nas cidades reproduzem-se  O mundo urbano é um
comportamentos, mundo plural nas formas,
 num processo contínuo de na organização social e
transmissão de valores sociais na cultura.
e culturais que dão coesão e
valor identitário às sociedades  Mas é também um
e aos territórios. mundo de acolhimento.
 Realidades sociais e culturais  A mudança dos
emergentes trazem para as paradigmas sociais e
cidades novas identidades e funcionais das
novas vivências, sociedades
 Com as quais se constrói e contemporâneas tem
reforça a coesão social ou a impactes nas morfologias
marginalização urbana e urbanas e nos modos de
social. apropriação do espaço.

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A vida nas cidades A vida nas cidades


 As relações entre as
pessoas, como cimento da
 Nas áreas centrais a coesão social, já não
perda de residentes dependem apenas do
não implicou, na espaço disponível, da sua
maioria dos casos, forma e natureza nem do
modo como ele se oferece
perda de atividades e
para ser usado.
importância funcional.
 As redes de comunicação e
 Nas áreas que de informação criam novas
perderam funções e formas de socialização e de
importância, surgem relação com o espaço
urbano.
situações de
marginalização
espacial que são
também sociais.

A vida nas cidades A vida nas cidades


 Os espaços livres e abertos  A cidade torna-se mais
são lugares de encontro segregada.
por excelência,
 As morfologias urbanas
 mas tendem a deixar de ser podem ser formalmente
os espaços públicos que semelhantes às da cidade
eram nas cidades antiga mas funcionam de
tradicionais maneira diferente.
 para serem substituídos  A fruição dos espaços
por espaços fechados, urbanos de um modo
climatizados, muito programado e
disponibilizados por formas controlado pode criar
de comércio, que sensações de conforto,
reproduzem, de maneira de segurança, mas cria
simplificada, o vazios de uso nos
funcionamento tradicional espaços urbanos abertos
das cidades. não programados.

A vida nas cidades


 As cidades plurais são
realidades territoriais e
Actualidade do tema
sociais, onde a  O ambiente urbano pode influenciar
fragmentação dos usos e atividades criminosas no espaço quer
das funções e a
segregação económica e
através da sua morfologia, quer da sua
social acentuam tensões e vivência.
conflitos.
 Ao urbanismo e à gestão
das cidades compete  Desde os anos 60 que a reflexão sobre a
devolver aos espaços dissuasão de atividades delituosas e/ou
públicos a função social e transgressivas no meio urbano fez surgir
cultural que fizeram deles os conceitos de “vigilância natural” e
os espaços de
socialização e encontro “controlo social”.
que fizeram das cidades
espaços de liberdade,
progresso e cultura.

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tema tema
 As atividades delituosas surgem da  A “Carta Urbana Europeia sobre
indefinição territorial, Segurança Urbana e a Prevenção de
Delinquência” , aprovada pelo Conselho da
 pelo que é fundamental existir uma estrutura Europa em 1992, é uma tentativa de
espacial com domínios territoriais resposta à insegurança entre a população
hierarquizados (espaço-funcionais) entre o urbana.
domínio público e privado.  No Reino Unido, surgiram, desde o início dos
anos 80, programas assentesna ideia de que.
 o espaço público pode ser criado e ordenado
integrando o objetivo de prevenção criminal.

Urbanismo e segurança
 As cidades são realidades
Urbanismo e segurança
sociais e culturais onde a
concentração populacional  As cidades são cada vez mais menos uniformes e mais
estimula e permite uma miscigenadas,
larga diversidade de
 traduzindo-se esta realidade em formas diversas de
ofertas e alternativas de
vida em sociedade. apropriação do espaço, organização funcional e de identificação
com o território.
 são espaços de
oportunidade e mudança
 onde a estabilidade dos
valores se ressente da
diversidade social e
cultural e de acesso à
distribuição da riqueza.

As dimensões territoriais
Urbanismo e segurança e individuais da segurança
 O que significa que
a qualidade dos
 O sentimento de insegurança das populações
espaços públicos,
está associada ao
conforto urbano  “Nos últimos anos, porventura de modo mais evidente nas duas
últimas décadas, assistiu-se a um aumento crescente das
 muito
preocupações com a segurança que não pode ser escamoteado.
especialmente nas
 Estas preocupações são legítimas porque são livremente
suas dimensões
expressas pelos cidadãos, embora se possa considerar nem
sociais e sempre justificadas pelas estatísticas criminais, ou mesmo pelos
psicológicas. acontecimentos (…)”.
Relatório Anual de Segurança Interna – 2008, pp. 42-46.

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A segurança no espaço público Qualidade de vida e segurança


fatores físico-ambientais
 Ao longo da história têm surgido muitos  Tipologias de construção -Os tipos de construção e
exemplos de arquitectura militar ou os usos associados a essas tipologias têm forte
influência no quotidiano dos cidadãos e no seu
“defensiva” : castelos, igrejas fortificadas, sentimento de segurança:
cidades muralhadas.
 Edíficios em bom ou mau estado de conservação;
 Os locais de cotas elevadas, foram sempre  Bairros de barracas,
considerados um fator de segurança,  Habitações degradadas;
 por permitirem o controle do espaço
envolvente,
 aumentando a capacidade de vigilância
 e desfavorecendo o acesso dos invasores.

Qualidade de vida e segurança Qualidade de vida e segurança


fatores sociais fatores sociais
 As distinções étnicas e religiosas podem ser,  A diferença entre necessidade e os
em certos momentos, fator de desagregação
e conflito social com reflexos nos sentimentos desejos é que os desejos podem ser
de segurança urbana. influenciados por uma infinidade de
 O mesmo pode acontecer com doenças fatores,
socialmente estigmatizadas ( Na Idade
Média, a lepra, a peste, por ex.)  enquanto que as necessidades são
 As comunidades cristãs, judaicas e inerentes à condição humana.
muçulmanas viveram juntas durante períodos
longos da história e noutros em profundo
conflito social.

Desenho urbano e uso seguro Urbanismo e segurança


 Independentemente dos seus processos  O objectivo central do urbanismo é a
formativos e de evolução, espontâneos ou qualificação dos espaços habitados.
formais,  A qualidade de vida urbana implica um
 os aglomerados urbanos e os respetivos estreito envolvimento entre a componente
espaços públicos promovem distintos urbanística e a componente ambiental e
sentimentos de segurança e insegurança. social.
 Nas sociedades urbanas contemporâneas a  O urbanismo deve ter em conta os anseios,
coesão social é um fator importante de valores que emanam das culturas e das
qualificação do espaço e da vida das formas de habitar, viver e circular na cidade;
populações e um fator e uma condição de  Tanto nas sociedades estabilizadas como
segurança. nas sociedades urbanas emergentes
fortemente marcadas pelas migrações e pela
mobilidade social.

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Segurança
Urbanismo e segurança Fatores físico-ambientais
 Os espaços públicos são lugares de  Habitat -introdução de elementos de outras
integração e de confronto: minorias étnicas
Morfologia do Espaço Urbano - aspectos
 integração pelo bairro e pela cidade;

exteriores do meio urbano e as suas relações
 confronto através de manifestações, recíprocas, definindo e explicando a
por vezes violentas, contra quem paisagem urbana e a sua estrutura:
representa a autoridade.  Volumes e vazios,
 Dimensão, qualificação dos espaços e dos usos
(pedonais, recreio),

Segurança
Qualidade de vida e segurança
Fatores físico-ambientais
fatores sociais
 Conforto ambiental – consoante o seu nível de conforto  As cidades já não são monoculturais.
ambiental (ensombramento, insolação, iluminação, campos
visuais) condicionam a utilização do espaço público e os níveis  São pluri-culturais.
de segurança.
 Nível cultural -Os distintos níveis culturais promovem fracturas
 Este facto pode ser gerador de
sociais lacunas dentro das comunidades e afectam a qualidade comportamentos que afectam a qualidade de
de vida e os sentimentos de segurança em ambiente urbano. vida e os sentimentos e níveis de segurança
Nível económico - a capacidade de compra quando muito

diferente é uma fator de desconforto e frustação para os
em ambiente urbano
indivíduos menos privilegiados,
 o que induz muitas vezes a prática de atividades delinquentes.

Qualidade de vida e segurança


fatores sociais Urbanismo e uso seguro
 A qualidade de vida está intimamente  A segurança esteve sempre associada ao
relacionada com o ambiente urbano e com a ordenamento urbano e à configuração formal
satisfação proporcionada pelo que a cidade que as zonas urbanas foram adoptando ao
lhes pode proporcionar. longo do tempo e dos seus processos de
 Kotler (1998), afirma que “a satisfação é o organização espacial.
resultado da comparação entre o  Mas a segurança tem sido uma questão
desempenho do produto e as expetativas da ausente da teoria e da prática do
pessoa em relação a este”. ordenamento do terriório e do urbanismo.

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Urbanismo e uso seguro


Urbanismo e uso seguro
 Nas cidades contemporâneas a segurança faz  Quando os espaços públicos se tornam
parte do conjunto de questões centrais dos inseguros para quem os utiliza, ou conduzem
processos de planeamento e gestão urbana. à criação de situações de insegurança, real
Nas grandes aglomerações urbanas a ou potencial, é a qualidade de vida urbana
que é posta em causa.

concentração populacional potencia os fatores
de segurança:  Para evitar esta situação é prudente apostar
na prevenção, reduzindo os fatores de risco a
desestruturação social,

montante das ocorrências,
fragmentação morfológica,

 uma vez que a vulnerabilidade destes espaços
 diversidade tipológica, gera a ocasião ideal para os delitos de
 incoerência e desqualificação dos espaços oportunidade e de atividades transgressoras.
públicos.

Guidelines
Urbanismo e uso seguro  Os espaços verdes devem ser facilmente
observados a partir dos edifícios envolventes
 A relação entre urbanismo e segurança é e dos passeios e vias.
condicionada pelo planeamento, enquanto  As fachadas dos edifícios voltadas para os
processo de criação, espaços verdes devem permitir vistas amplas
 e pela gestão, enquanto processo regulador e profundas pelo menos a partir das salas
de usos e atividades. mais utilizadas e janelas mais utilizadas.
 programas que procurem melhorar ou  O arranjo dos espaços verdes não deve
revitalizar certos aspectos designadamente a bloquear as vistas dos caminhos de peões
nem a visibilidade destes para as áreas
qualidade de vida da população, dentro de
envolventes.
uma dada área urbana ou através do
planeamento de uma nova área urbana numa  Ao longo dos caminhos de peões e numa
determinada região. extensão lateral de cerca de 3 metros para
cada lado a vegetação não deve ultrapassar
os 60-70 cm de altura.

Guidelines Guidelines
 Os projetos de arquitectura
dos edifícios devem
maximizar a vigilância do
espaço público.
 As fachadas principais
devem estar voltadas para
rua ou para espaços de usos Boa vigilância
público abertos. Vigilância limitada
 Os edifícios devem ter:  Janelas pequenas e empenas
cegas •Janelas largas
 Limites claros;
 Boa vigilância;  Portas de entrada recolhidas • Empenas com boa fenestração
 Garagens bem localizadas;  Ajardinamento excessivo  Muros de vedação baixos
 Jardins seguros, com (oclusão visual)  Gradeamentos
especial atenção aos jardins Muros de vedação altos e
nas traseiras dos lotes;

 Acessos amplos e desobstruídos
falta de gradeamentos :
 Boa visibilidade da porta de (oclusão)
entrada.

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Os custos da insegurança Actualidade do tema


 Nos países desenvolvidos o custo directo e  Nos termos de um acordo estabelecido com
indirecto da insegurança está estimado em companhias de seguros, e com base em
cerca de 5-6% do PIB;
 e nos países em desenvolvimento este valor cadernos de encargos rigorosos, esta
sobe para 8-10%. unidade emite uma etiqueta Secured By
Design (SBD) que confere o direito a
 Uma estimativa feita para os países da reduções de prémios de seguro e atribui,
América Latina mostrou que os custos da anualmente, prémios monetários a
insegurança eram em média de 14% do PIB, promotores ou industriais que apresentem os
com valores que variavam entre 5% e 24%. melhores projetos.
(Londoño y Guerrero, 2000).

Actualidade do tema
 A lei francesa de orientação e de programação
relativa à segurança (1995), prevê a realização
de um estudo prévio para determinar o impacte  A prevenção do crime e das práticas delituosas através do
que determinados equipamentos urbanos têm ao desenho urbano e da relação entre os volumes construídos e
os espaços abertos,
nível da segurança pública,  assenta em princípios que reforçam a territorialidade, o
 O projeto é apreciado tendo em conta os locais controlo de acessos, a vigilância natural e social, na imagem
onde a construção está prevista, a densidade das e na apropriação e uso dos espaços.
construções vizinhas, as características da
criminalidade e as necessidades de
equipamentos públicos que geram.

 implica, por isso, práticas que exigem estratégias, elaboradas e  Em Portugal existe uma lacuna no que respeita à existência
a cumprir pela população:
e operacionalização de instrumentos de segurança pública,
 Auditorias de segurança;
no âmbito do quadro jurídico de referência para o
 Investigação e conferências;
 Parcerias na comunidade para prevenção e resolução de planeamento urbanítico : da Lei de Bases da Politica do
conflitos, interacção social e ajuda às tomadas de decisão; Ordenamento do Território e de Urbanismo (LBPOTU), do
 Condicionar acessos ao bairro; (RJIGT) e do Regime Jurídico da Urbanização e Edificação
 atividades, incluindo criação de redes para a implementação de (REJUE).
programas;
 Capacidade local para a tomada de decisão;
 Contratos locais de segurança envolvendo autoridades
administrativas, forças de segurança, associações locais,
parcerias de promoção social.

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 a LBPOTU (Lei n.º 48/98, de 11 de Agosto), define, no artigo 3º, como  o estudo de impacto de segurança pública pressupõe: um
fins da política de ordenamento do território e de urbanismo: diagnóstico que precise o contexto social e urbano e a
 “assegurar o aproveitamento racional dos recursos naturais, a interacção do projeto e do seu ambiente imediato; uma análise
preservação do equilíbrio ambiental, a humanização das cidades e a do projeto em relação aos riscos de segurança pública que
funcionalidade dos espaços edificados” (alínea c)); recaem sobre a operação; e criação de propostas relativas às
 “promover a qualidade de vida e assegurar condições favoráveis ao medidas a tomar, no que concerne ao ordenamento das vias e
desenvolvimento das atividades económicas, sociais e culturais” espaços públicos, ao projeto de construção (relativamente à
(alínea e));
implantação, ao destino, à natureza, à arquitectura, às
 “racionalizar, reabilitar e modernizar os centros urbanos e promover a dimensões, ao saneamento da construção e ao ordenamento
coerência dos sistemas em que se inserem” (alínea f));
da sua zona envolvente), para prevenir e reduzir os riscos de
 e “acautelar a protecção civil da população, prevenindo os efeitos segurança evidenciados no diagnóstico e facilitar as missões
decorrentes de catástrofes naturais ou da acção humana” (alínea h))”.
dos serviços policiais e de socorro.
 Mas nada diz quanto à segurança (security).

 a melhor forma de harmonizar as atividades de prevenção  A regulamentação urbanística e as práticas de licenciamento


que são desenvolvidas ao nível público e privado, nos planos e gestão urbana concorrem para a criação de fatores de
nacional e local, para melhorar a sua eficácia e de as segurança mas não esgotam o conjunto das acções
completar com novas iniciativas, consiste em desenvolver associadas à prevenção da criminalidade. O reforço da
uma abordagem global e integrada do conjunto dessas coesão social, a integração das diferentes comunidades na
acções. vida urbana, o reforço dos fatores identitários e dos valores
sociais que alargam a interação social, cultual e económica
nos espaços habitados são outros dos caminhos a
prosseguir.

 5.3. Condições para segurança dos espaços públicos  De entre estes consideram-se fatores estruturantes na gestão da segurança que influenciam
 o meio físico dos espaços públicos e que limitam e condicionam a actuação dos infractores:
 Para a determinação das condições com vista ao estabelecimento da segurança nos espaços públicos importa  O acesso e a circulação: lugares com linhas visuais bem definidas, de espaços e acessos
referir de uma forma sistematizada o que designamos por áreas funcionalmente distintas da cidade, as quais nos quais convém prever os aspectos relacionados com a circulação sem comprometer a
de seguida se enumeram:
 Áreas dominantemente habitacionais - onde se incluem os centros habitacionais/ bairros.
segurança;
 Áreas dominantemente de serviços – onde se localizam dominantemente escritórios, comércio, bancos e  A estrutura: lugares que são estruturados de modo a que diferentes tipos de utilizações não
hotéis. possam causarem conflitos;
 Áreas mistas – onde existem de forma heterogénea as habitações, comércios e serviços referidos nos pontos  A vigilância: lugares onde todos os espaços acessíveis ao público não sejam ignorados;
anteriores.  A propriedade: locais que promovam um sentimento de propriedade, de respeito, e de
 Áreas industriais – cujo enquadramento da envolvente dos lotes industriais é espaço público responsabilidade territorial e da própria comunidade;
 5.3. Condições para segurança dos espaços públicos

 A protecção física: lugares que incluem as necessárias e bem concebidas funcionalidades
de segurança;
 Para a determinação das condições com vista ao estabelecimento da segurança nos espaços públicos importa
referir de uma forma sistematizada o que designamos por áreas funcionalmente distintas da cidade, as quais  A atividade: locais onde o nível de atividade humana é adequada para a localização, que
de seguida se enumeram: promovem um risco reduzido de criminalidade e geram um sentimento de segurança em
 Áreas dominantemente habitacionais - onde se incluem os centros habitacionais/ bairros. todos os momentos;
 Áreas dominantemente de serviços – onde se localizam dominantemente escritórios, comércio, bancos e  A gestão: lugares que são projectados com a gestão e a manutenção em mente, para
hotéis. desencorajar o crime, no presente e no futuro.
 Áreas mistas – onde existem de forma heterogénea as habitações, comércios e serviços referidos nos pontos
anteriores.
 Áreas industriais – cujo enquadramento da envolvente dos lotes industriais é espaço público

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 Acesso e circulação (Movimento seguro e conexões):  Estrutura (A essência está no projeto que deve dar orientações claras e lógicas):
 Limpar os caminhos que estão previstos para os diferentes modos de  O desenho e o plano devem apoiar e assegurar a circulação e a ajuda, com a
tráfego; orientação e a forma concebida.
 O desenho e plano devem ser apropriados para o risco de criminalidade identificado, e
 O movimento da segurança deve ser especialmente maximizado depois do possibilitar o manter ou o melhorar das condições ambientais e valorizar a segurança
escurecer; pessoal.
 À segurança deve ser facultado o acesso entre os principais destinos e a  O piso térreo dos edifícios com fachadas deverão ter uma alta qualidade e desenho
eliminação de áreas fechadas; que forneça fachadas activas para a rua (por exemplo, janelas, portas, visores que
 Todos os caminhos deverão ser necessários para levar aos destinos que as torne a atividade da rua visível do interior).
pessoas queiram chegar;  Os espaços públicos devem ser de uma qualidade elevada, e devem servir um
propósito e um nível adequado de apoio legítimo à atividade e.g. lúdica, recreativa,
 Múltiplas saídas e pontos deverão ser prestados a partir de espaços laboral, económica.
públicos e ao longo dos caminhos pedonais;  As entradas e saídas devem ser claramente sinalizadas e facilmente acessíveis.
 Os efeitos das ligações, a quantidade e o tipo devem ser cuidadosamente  A sinalização deve ser legível e informativa em torno da envolvente, dos serviços
considerados; públicos e das vias de acesso.
 Os caminhos não devem oferecer aos potenciais infractores despercebidos  A arquitectura dos espaços exteriores deve apoiar a legibilidade do espaço.
pontos de acesso aos alvos potenciais

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