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MAPUTO, 2018
Ficha técnica
Autor:
Vı́ctor Manuel dos Santos
Revisores:
Digite o nome aqui
Revisão Linguı́stica:
Digite o nome aqui
Apoio Técnico:
Digite o nome aqui
Designer Gráfico:
Digite o nome aqui
i
Agradecimentos
ii
Índice
Ficha técnica i
Agradecimentos ii
Nota de apresentação 2
Autor(es) 3
iii
Tópicos em Introdução à Lógica
Actividades de Auto-avaliação 18
II Introdução à Lógica 21
Vı́ctor Santos iv
Tópicos em Introdução à Lógica
7 Actividades de Auto-avaliação 34
7.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
7.2 Exercı́cios . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
9 Quantificadores. 41
9.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
9.2 Quantificadores . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
9.2.1 Quantificador universal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
9.2.2 Quantificador existêncial . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
9.2.3 Negação - Leis de Morgan . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
10 Formulação de teoremas 43
10.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10.2 Formulação de teoremas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10.2.1 Teorema: Prova directa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
10.2.2 Teorema recı́proco . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
10.2.3 Teorema: Prova indirecta . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
10.2.4 Teorema: Desaprova (contraexemplo) . . . . . . . . . . . . . . 45
Actividades de Auto-avaliação 46
Vı́ctor Santos v
Tópicos em Introdução à Lógica
Booleana 50
Vı́ctor Santos vi
14.2.3 Fechamento transitivo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 64
15 Funções 66
15.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
15.2 Aplicações e funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
15.2.1 Aplicação . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 66
15.2.2 Funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 67
15.2.3 Composição de funções . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 68
15.2.4 Funções injectivas, sobrejectivas e bijectivas . . . . . . . . . . 68
15.2.5 Função inversa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
Actividades de Auto-avaliação 70
16 Álgebra Booleana 73
16.1 Objectivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
16.2 Álgebra de Boole . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 73
16.3 Funções booleanas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 76
16.3.1 Igualdade das expressões booleanas . . . . . . . . . . . . . . . 77
Bibliografia 78
Nota de Apresentação
2
Autor
3
UNIDADE TEMÁTICA I
4
Introdução Geral
A noção de conjunto e operações nele fazem parte dos conceitos mais básicos da
matemática sendo o conjunto o elemento principal da teoria dos conjuntos. Nesta
unidade teremos:
• Cardinalidade de conjunto
• Listagem de um conjunto;
• Produto de conjuntos.
Esta unidade irá precisar de um pouco do seu tempo de 12 horas no total. Ela
contém 3 aulas, a compreensão desta unidade temática é expressamente importante
para as unidades posteriores.
5
Aula 1
1.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
6
Tópicos em Introdução à Lógica
Vı́ctor Santos 7
Tópicos em Introdução à Lógica
Glossário 1
Vı́ctor Santos 8
Aula 2
Métodos de Representação de
Conjuntos, Partes e Operações
2.1 Objectivos
9
Tópicos em Introdução à Lógica
Exemplo 2.4. Seja M = {a, b, c}. O conjunto P(M ) contém 8 elementos, isto é,
P(M ) = {∅, {a}, {b}, {c}, {a, b}, {a, c}, {b, c}, {a, b, c}}
Vı́ctor Santos 10
Tópicos em Introdução à Lógica
Glossário 2
Diagramas de Venn são uma excelente ferramenta para nos ajuda a visualizar um
problema, principalmente para gerar exemplos e contra-exemplos. Entretanto argu-
mentos e raciocı́nios baseados em diagramas de Venn não servem como demonstração
da validade de uma proposição.
Vı́ctor Santos 11
Tópicos em Introdução à Lógica
A ∪ B = {x : x ∈ A ou x ∈ B}. (2.1)
2.4.3 Propriedades
1. A ∪ B = B ∪ A → lei comutativa
2. A ∪ (B ∪ C) = (A ∪ B) ∪ C → lei associativa
3. A ∪ A = A → lei idempotência
Actividade Formativa 1
Vı́ctor Santos 12
Aula 3
3.1 Objectivos
A ∩ B = {x : x ∈ A e x ∈ B}. (3.1)
13
Tópicos em Introdução à Lógica
3.2.2 Propriedades
1. A ∩ B = B ∪ A → lei comutativa
2. A ∩ (B ∩ C) = (A ∩ B) ∩ C → lei associativa
3. A ∩ A = A → lei idempotência
Actividade Formativa 2
Vı́ctor Santos 14
Tópicos em Introdução à Lógica
3.2.4 Propriedades
1. (Ac )c = A
2. ∅c = U e U c = ∅
3. A ∩ Ac = ∅ e A ∪ Ac = U
4. A − ∅ = A
5. U − A = Ac
6. A − A = ∅
7. (A − B)c = Ac − B
8. A − B = B c − Ac
9. (A − B) − C = A − (B ∪ C)
10. A − (B − C) = (A − B) ∪ (A ∩ C).
Actividade Formativa 3
Vı́ctor Santos 15
Tópicos em Introdução à Lógica
A4B = {x : (x ∈ A e x ∈
/ B) ou (x ∈ B e x ∈
/ A)}
ou seja
A4B = (A − B) ∪ (B − A) (3.3)
A4B = (A ∪ B) − (B ∩ A) (3.4)
Actividade Formativa 4
3.2.6 Propriedades
1. A4B = B4A
2. (A4B)c = (A ∩ B) ∪ (Ac ∩ B c )
3. (A4B)4C = A4(B4C)
4. A ∩ (B4C) = (A ∩ B)4(A ∩ C)
5. A ∪ (B4C) = (A ∪ B ∪ C) − (Ac ∩ B c ∩ C c )
(a) (A ∪ B)c = Ac ∩ B c
(b) (A ∩ B)c = Ac ∪ B c
Vı́ctor Santos 16
Tópicos em Introdução à Lógica
1. A ∪ B(B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ B)
2. A ∩ (B ∪ C) = (A ∩ B) ∪ (A ∩ C)
C = A × B = {(x, y) : x ∈ A ∧ y ∈ B} (3.5)
Nota 3.1. A definição do produto cartesiano pode ser generalizada para caso de
três ou mais conjuntos.
Vı́ctor Santos 17
Tópicos em Introdução à Lógica
2. Em uma escola que tem 415 alunos, 221 estudam inglês, 163 estudam francês
e 52 estudam ambas as linguas. Quantos alunos estudam inglês ou francês?
Quantos alunos não estudam nenhuma das linguas?
Resolução
Sejam I - disciplina de imglês. F - disciplina de francês. O número de alunos
que estudam inglês ou francês representa se por n(I ∪ F ), n(I) alunos que
estudam inglês, n(F ) alunos que estudam francês e o número de alunos que
estudam ambas as linguas por n(I ∩ F ). Assim:
Vı́ctor Santos 18
Actividades de Auto-avaliação
Das afirmaç~
oes a seguir selecionar a alternativa correcta para cada quest~
ao.
a) X = {1, 3}
b) X = {1, 4}
c) X = {1, 2, 3}
d) X = {1, 2}
a) Y = {a, b}
b) Y = {a, f }
19
Tópicos em Introdução à Lógica
c) Y = {a, b, f }
d) Y = {a, b, d}
4. Para os conjuntos A = {a, b, c} e B = {∅, {a}, {b}, {c}, {f }, {a, b}, {a, c}}.
O conjunto P(A) M B é igual:
a) (2, 4) ∪ (4, 5]
b) [2, 4] ∪ (4, 5)
c) [2, 4) ∪ (4, 5]
d) (2, 4) ∪ (4, 5)
Vı́ctor Santos 20
UNIDADE TEMÁTICA II
Introdução à Lógica
21
Introdução Geral
• Definição de proposição;
• Definição de conectivos;
• Lei de silogismo;
• Proposições equivalentes
Esta unidade irá precisar do seu tempo de 16 horas no total. Ela contém 4 aulas.
22
Aula 4
Proposição, Conectivos e
Operações sobre Proposições
4.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
4.2 Proposições
Definição 4.1. (Proposição)
Uma proposição é uma afirmação que é verdadeira ou falsa, mas não ambos. (Não
pode ser verdadeira e falsa simultaneamente).
(a) ”O conjunto A contém 3 elementos”. Apesar de ser uma frase afirmativa, não
é uma proposição, porque é impossı́vel determinar o seu valor de verdade.
23
Tópicos em Introdução à Lógica
Glossário 3
Propriedades primitivas de noções matemáticas que não exigem a prova, como sa-
bemos, são chamadas axiomas e aceitam-se como proposições verdadeiras.
Proposições que não são axiomas devem ser provadas para determinar a sua veraci-
dade.
Nota 4.1. Uma combinação de duas ou mais proposições é uma proposição com-
posta.
Designa-se por
. .
p0 = não P ou ∼ P =não P.
P ∼P
Vejamos a tabela de verdade V F
F V
Vı́ctor Santos 24
Tópicos em Introdução à Lógica
p q p∧ q p q p∧ q
V V V 1 1 1
V F F ou 1 0 0
F V F 0 1 0
F F F 0 0 0
Vı́ctor Santos 25
Aula 5
5.1 Objectivos
26
Tópicos em Introdução à Lógica
p q p∨q p q p∨q
V V V 1 1 1
V F V ou 1 0 1
F V V 0 1 1
F F F 0 0 0
p q p→q p q p→q
V V V 1 1 1
V F F ou 1 0 1
F V V 0 1 0
F F V 0 0 1
Nota 5.2. Analisando a tabela de verdade, vimo que, condicional exclui a única pos-
sibilidade: da suposição verdadeira receber a conclusão falsa, todos os outros casos
são possı́veis.
Esta propriedade do condicional, como iremos ver a seguir, é posta na prova dos
teoremas matemáticos.
Glossário 4
O condicional p → q lê-se:
(a) p implica q; (b) p apenas quando q
Vı́ctor Santos 27
Tópicos em Introdução à Lógica
p q p↔q p q p↔q
V V V 1 1 1
V F F ou 1 0 0
F V F 0 1 0
F F V 0 0 1
(b) b ↔ (2 > 3) − V. Podemos concluir que a proposição b é falsa uma vez que a
proposição (2 > 3) é falsa.
Exemplo 5.2. O condicional tem a mesma tabela de verdade com o seu contra-
recı́proco. Vide a 5a coluna e a 8a coluna da tabela abaixo:
Vı́ctor Santos 28
Tópicos em Introdução à Lógica
p q ∼p ∼q p→q q→p ∼ p →∼ q ∼ q →∼ p
V V F F V V V V
V F F V F V V F
F V V F V F F V
F F V V V V V V
Vı́ctor Santos 29
Aula 6
Funções proposicionais:
Tautologia, Contradição, Silogismo
e Equivalência
6.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
30
Tópicos em Introdução à Lógica
p ∼p p∨ ∼ p
V F V
F V V
p ∼p p∧ ∼ p
V F F
F V F
Vı́ctor Santos 31
Tópicos em Introdução à Lógica
Glossário 5
p q p→q p q ∼p ∼p∨q
V V V V V F V
V F F V F F F
F V V F V V V
F F V F F V V
Reparamos que as últimas colunas das duas tabelas têm as linhas com mesmos
valores lógicos, então (p → q) ≡∼ p ∨ q.
Vı́ctor Santos 32
Tópicos em Introdução à Lógica
2. Leis associativas: (a) (p∨q)∧r ≡ p∨(q ∨r); (b) (p∧q)∧r ≡ p∧(q ∧r).
Actividade Formativa 4
Vı́ctor Santos 33
Aula 7
Actividades de Auto-avaliação
7.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
7.2 Exercı́cios
1. Dada as frases seguintes:
A−’Se o preço de combustı́vel aumentar e o preço de chapa aumentar,
haverá greve.’
B−’Se o preço de combustı́vel aumentar e o preço de chapa n~
ao aumentar,
n~
ao haverá greve.’
(a) Formule as funções proposicionais das duas frases usando a lógica simbólica.
2. Verifique, por meio das tabelas de verdade, a validade das equivalências abaixo,
onde p, q e r são proposições quaisquer, v é uma tautologia e f uma pro-
posição logicamente falsa (contradição).
(a) p ∧ q ⇔ q ∧ p
34
Tópicos em Introdução à Lógica
(b) (p ∧ q) ∧ r ⇔ p ∧ (q ∧ r)
(c) p ∧ p ↔ p
(d) p ∧ v ⇔ p
(e) p ∧ f ⇔ f
(f) p ∨ q ⇔ q ∨ p
(g) (p ∨ q) ∨ r ⇔ p ∨ (q ∨ r)
(h) p ∨ p ⇔ p
(i) p ∨ v ⇔ v
(j) p ∨ f ⇔ p
(k) p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r)
(l) p ∨ (q ∧ r) ⇔ (p ∨ q) ∧ (p ∨ r)
(m) p ∧ (p ∨ q) ⇔ p
(n) p ∨ (p ∧ q) ⇔ p
(o) ∼ (∼ p) ⇔ p
(p) ∼ (p ∧ q) ⇔∼ p∨ ∼ q
(q) ∼ (p ∨ q) ⇔∼ p∧ ∼ q
(r) (p → q) ⇔ (∼ q →∼ p)
(s) (p → q) ⇔ (∼ p ∨ q)
(t) ∼ (p → q) ⇔ p∧ ∼ q
Vı́ctor Santos 35
UNIDADE TEMÁTICA III
36
Introdução Geral
• Quantificadores(existêncial e univeral)
• Teorema recipoco
• Teorma. Desaprova(contraexemplo)
Esta unidade irá precisar do seu tempo de 12 horas no total. Ela contém 3 aulas.
37
Aula 8
8.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
8.2 Predicados
Definição 8.1. (Predicado)
Predicados são proposições que contém variáveis.
Essas afirmações podem ser verdadeiras ou falsas quando os valores das variáveis
são especı́ficas.
Exemplo 8.1. A afirmação ”x é menor que 2” tem duas partes: sujeito e predicado.
38
Tópicos em Introdução à Lógica
2. Predicado ”é o menor que 2” refere a propriedade que o sujeito pode tomar.
Exemplo 8.2. Seja P (x) = {x ∈ R : x < 2}. Qual o valor lógico de P (1) e P (4).
Resolução:
P (1) = {1 < 2} é uma proposição com valor lógico verdade.
P (4) = {4 < 2} é uma proposição com valor lógico falso.
Actividade Formativa 5
Vı́ctor Santos 39
Tópicos em Introdução à Lógica
Sejam P (x) e Q(x) dois predicados sobre o mesmo conjunto U o seu domı́nio.
Então:
Vı́ctor Santos 40
Aula 9
Quantificadores.
9.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
9.2 Quantificadores
∀ x P (x) (9.1)
41
Tópicos em Introdução à Lógica
∀x (S(x) → P (x))
Exemplo 9.2. Represente a frase ”a equação ax2 + x = b tem pelo menos uma
raiz”usando quantificador existêncial.
Resolução: ∃x (ax2 + x = b).
1. ∼ ∃x P (x) ≡ ∀x ∼ P (x)
2. ∼ ∀x P (x) ≡ ∃x ∼ P (x)
Exemplo 9.3. A proposição (∀x : x2 > 4) terá como negação a proposição (∃x :
x2 ≤ 4).
Vı́ctor Santos 42
Aula 10
Formulação de teoremas
10.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
”Se p então q ”
43
Tópicos em Introdução à Lógica
”Se uma obliqua ao plano é perpendicular a uma recta do plano, então a sua
projeção sobre o plano é perpendicular a mesma rcta.”
”Se a projeção duma obliqua sobre o plano é perpendicular a uma recta no plano,
então a própria obliqua é perpendicular a mesma recta.”
Estes dois teoremas podem ser formuladas na forma bicondicional cuja a sua for-
mulação simbólica é
p ↔ q ≡ (p → q) ∧ (q → p).
”Para que uma obliqua seja perpendicular a uma recta no plano é necessário e
suficiente que a sua projecção sobre o plano seja perpendicular a mesma recta.”
Resolução:
Seja a premissa, p- ”x é número par” e a conclusão, q - ”x2 também é par”
Supomhamos o contrário a conclusão do teorema:
Seja ∼ q - ”x2 não é par” e duduzimos a negação da premissa ∼ p- ”x não é número
par” e vejamos a frase:
Vı́ctor Santos 44
Tópicos em Introdução à Lógica
Glossário 6
Para mostrar que uma proposição da forma (∀x ∈ A, P (x)) é falsa, basta mostrar
que a sua negação (∃x ∈ A, ∼ P (x)) é verdadeira, ou seja, tem-se que mostrar que
existe pelo menos um elemento x0 ∈ A tal que P (x0 ) é uma proposição falsa. O
elemento x0 diz-se contraexemplo para a proposição (∀x ∈ A, P (x)).
Vı́ctor Santos 45
Tópicos em Introdução à Lógica
Actividade Formativa 6
2. (B ∩ ∅) ∪ B = B
3. (A ∩ ∅) ∩ B = A se A ⊆ B.
4. A ∩ B = Ā ∪ B̄.
Vı́ctor Santos 46
Actividades de Auto-avaliação
a) mdc(2, 3) = 1 ou mmc(2, 3) 6= 6.
3 6
b) = ou 3.10 6= 6.5
5 10
3
c) ≥ 1 e −3 ≥ −7
7
√
d) 22 = 4 4 = 2
√
e) (−3)2 = 9 9 6= −3
f) 2 ≤ 532 ≤ 52
m) Todo triângulo que tem três ângulos congruentes tem três lados congru-
entes.
47
Tópicos em Introdução à Lógica
3. Um crime foi cometido por uma pessoa de um grupo de cinco suspeitos: André,
Bernardo, Caio, Daniel e Edu. Perguntados sobre quem era o culpado cada
um deles afirmou:
Sabendo-se que apenas um dos suspeitos mentiu e que todos os outros disseram
a verdade, podes concluir que o culpado é?
4. Se a Iara não fala italiano, então Ana fala alemão. Se a Iara fala italiano, então
ou Ching fala chinês ou Débora fala dinamarquês. Se Débora fala dinamarquês,
Elton fala espanhol. Mas Elton se e somente se não for verdade que Francisco
não fala francês. Ora, Francisco não fala francês e Ching não fala chinês. Logo:
5. Ou lógica é fácil, ou Artur não gosta de lógica. Por outro lado, se geografia
não é difı́cil, então lógica é difı́cil. Daı́ segue que, se Artur gosta de lógica,
então:
Vı́ctor Santos 48
Tópicos em Introdução à Lógica
6. Três suspeitos num roubo de colar na sala de aula foram levados á presença de
um sábio professor de lógica. Um dos suspeitos estava de camisa azul, outro
de camisa branca e o outro de camisa preta. Sabe-se que um e apenas um dos
suspeitos é culpado e que o culpado às vezes fala a verdade e às vezes mente.
Sabe-se, também, que dos outros dois (isto é, dos suspeitos que são inocentes),
um sempre diz a verdade e outro sempre mente. Sábio professor perguntou a
cada um dos suspeitos, qual entre eles terá roubado o colar, ou qual entre eles
era o culpado. Disse o de camisa azul: ”eu sou o culpado”. Disse o de camisa
branca, apontando para o de camisa azul: ”sim, ele é o culpado”. Disse por
fim o de camisa preta: ”eu roubei o colar, o culpado sou eu”. O sábio professor
de lógica, então, sorriu e concluiu corretamente que:
Vı́ctor Santos 49
UNIDADE TEMÁTICA IV
Relações Binárias e de
Equivalência. Àlgebra Booleana
50
Introdução Geral
• Definição de relação
• Classes de equivalência
• Fechamentos
51
Tópicos em Introdução à Lógica
• Fechamento reflexivo
• Fechamento sométrico
• Fechamento transitivo
Esta unidade irá precisar do seu tempo de 24 horas no total. Ela contém 6 aulas.
Vı́ctor Santos 52
Aula 11
11.1 Objectivos
11.2 Relações
Dados dois objectos ”a” e ”b”, podemos formar um novo objecto (a; b) chamado
par ordenado a e b.
53
Tópicos em Introdução à Lógica
Nota 11.1. A notação (a, b) aqui é usada para um par ordenado, não para um
intervalo aberto o qual é desigando por ]a; b[ onde a, b ∈ R. O par ordenado (a; b)
não é o mesmo que o conjunto {a; b}.
Nota 11.2. Para o par ordenado (a; b) ”a” é chamdo primeira coordenada e ”b”
segunda coordenada.
Nota 11.3. O sı́mbolo aRb é lido ”a está relacionado a b”ou ”a está relacionado
com b.”Quando A e B são iguais, digamos X, diremos que a relação R é uma
relação binária em X em vez de ”de X para X.”
Vı́ctor Santos 54
Tópicos em Introdução à Lógica
11.4.1 Matrizes
Para listar todos os elementos (pares) de uma relação binária em caso de conjuntos
finitos é cómodo usar tabelas chamadas matrizes. Por meio de matrizes é fácil en-
contrar todos os pares do produto A×B e destacar entre eles aqueles que pertencem
a relação binária dada.
Vı́ctor Santos 55
Tópicos em Introdução à Lógica
A\B 2 4 6
1 (1,2) (1, 4) (1, 6)
3 (3, 2) (3,4) (3, 6)
5 (5, 2) (5, 4) (5,6)
11.4.2 Diagramas
Vı́ctor Santos 56
Aula 12
12.1 Objectivos
12.2.1 Grafos
57
Tópicos em Introdução à Lógica
Exemplo 12.1. Dada a relação R = {(1, 1); (1, 2); (2, 1); (2, 2); (2, 3); (2, 4); (3, 4); (4, 1)}
de A para A onde A = {1, 2, 3, 4}. A relação R acima é representada através do
digrafo.
Uma das formas mais utilizadas para representar relação binária R é por via da
matriz de adjacência. É mais fácil construir depois de obter o dı́grafo.
Seja MR = [rij ] uma matriz n × n onde n é o número de vértices de um dı́grafo
ou a partir da relação dada, n é o número de elementos do domı́nio da relação. A
matriz
1 se (xi , xj ) ∈ R
MR = (12.1)
0 se (xi , xj ) ∈
/R
Vı́ctor Santos 58
Tópicos em Introdução à Lógica
Exemplo 12.4. Sejam A = {1, 2, 3}, R = {(1, 1); (2, 3); (3, 1)} e T = {(1, 2); (2, 2); (3, 2)}.
Então R ◦ T = {(1, 3); (2, 3); (3, 3)} e T ◦ R = {(1, 2); (2, 2); (3, 2)}.
Vı́ctor Santos 59
Aula 13
13.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
Exemplo 13.1. Sejam V = {1, 2, 3, 4} e R = {(1, 1); (2, 4); (3, 3); (4, 1); (4, 4)}.
A relação R não é reflexiva porque o par (2, 2) ∈
/ R.
60
Tópicos em Introdução à Lógica
Exemplo 13.5. Seja R uma relação de conjuntos R de números reais definida por
uma função proposicional "x é menor que y."Então, R é transitiva porque se
a < b e b < c implica a < c.
Exemplo 13.6. Sejam A = {a, b, c} e R = {(a, b); (c, b); (b, a); (a, c)}.
R não é transitiva porque (c, b) ∈ R, (b, a) ∈ R, mas (c, a) ∈
/ R.
Exemplo 13.7. Dada a relação R definida sobre o conjunto dos números naturais
como: R = {(x, y) : |x − y|mod2 = 0|}(resto da divisão por 2 é zero).
Podemos observar alguns dos pares ordenados desta relção:
R = {· · · , (1, 3); (1, 1); (3, 1); (1, 5); (5, 1); (3, 3); (5, 5); (0, 0); (0, 2); (2, 4); (4, 2), (2, 2) · · · }.
Esta relação é refelexiva, simétrica e transitiva.
Vı́ctor Santos 61
Tópicos em Introdução à Lógica
Exemplo 13.9. Sejam A = {1, 2, 3, 4} e R = {(1, 3); (4, 2); (2, 4); (4, 4)}. Então R
não é anti-simétrica porque (4, 2) ∈ R e (2, 4) ∈ R.
Nota 13.1. Uma relação não anti-simética, não significa necessariamente simétrica.
A relação dada no último exemplo acima, não é anti-simétrica nem simétrica pois
temos o par (1, 3) mas não temos o par (3, 1).
Vı́ctor Santos 62
Aula 14
14.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
63
Tópicos em Introdução à Lógica
Rr = R ∪ {(x, x) : x ∈ A} (14.1)
Exemplo 14.2. Seja R = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (3, 1); (2, 3)} uma relação em A =
{1, 2, 3}. O fechamento simétrico é
Rs = R∪R−1 = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (3, 1); (2, 3)}∪{(1, 1); (2, 1); (3, 1); (1, 3); (3, 2)}
Isto é, Rs = {(1, 1); (1, 2); (2, 1); (1, 3); (3, 1); (2, 3); (3, 2)}.
Exemplo 14.3. Sejam A = {1, 2, 3, 4} e R = {(1, 2); (2, 3); (3, 4); (2, 1)}. Achar o
fechamento transitivo de R. Para tal usamdo dois métodos.
Método 1: Geométrico
Vı́ctor Santos 64
Tópicos em Introdução à Lógica
Assim: R∞ = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (1, 4); (2, 1); (2, 2); (2, 3); (2, 4); (3, 4)}.
Método 2: Algébrico
Computamos potências da matriz de R sobre A.
Primeiro escrevemos na forma da matriz de adjacência a relação dada, isto é
0 1 0 0 0 1 0 1 0 1 0 1
1 0 1 0 1 0 1 0 1 0 1 0
MR = ; (MR )2 = ; (MR )3 = ;
0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
1 0 1 0
0 1 0 1
(M )2 se n é par
R
(MR )4 = . Notemos que (MR )n =
0 0 0 0
(M )3 se n é ı́mpar
R
0 0 0 0
Portanto:
1 1 1 1
2 3
1 1 1 1
MR∞ = MR ∧ (MR ) ∧ (MR ) =
. Ou
0 0 0 1
0 0 0 0
R∞ = {(1, 1); (1, 2); (1, 3); (1, 4); (2, 1); (2, 2); (2, 3); (2, 4); (3, 4)}.
Nota 14.1. Para conjuntos e relações grandes usa-se outros métodos como al-
gorı́timo de Warshall. (Fora do nosso escopo!.)
Vı́ctor Santos 65
Aula 15
Funções
15.1 Objectivos
15.2.1 Aplicação
66
Tópicos em Introdução à Lógica
15.2.2 Funções
Actividade Formativa 7
Vı́ctor Santos 67
Tópicos em Introdução à Lógica
1. Dom(g ◦ f ) = Dom(f ) = A.
Vı́ctor Santos 68
Tópicos em Introdução à Lógica
f : A → B é sobrejectiva, ⇔ ∀b ∈ B, ∃a ∈ A : f (a) = b.
f −1 (b) = a ⇔ f (a) = b.
Vı́ctor Santos 69
Tópicos em Introdução à Lógica
(i) A aplicação f : A → B que definimos a relação f = {(1, y); (2, w); (3, x)} é
injectora, pois cada elemento de A tem imagem distinta. E, não é sobrejectora,
pois z ∈ B não é imagem de nenhum elemento de A.
(ii) A aplicação g : B → C que definimos a relação g = {(x, 4); (y, 5); (z, 4); (w, 6).}
não é uma função injectora, pois x e z estão associado ao mesmo elemento 4.
Esta aplicação g : B → C é sobrejectora pois cada elemento de C é imagem
de algum elemento de B.
(iii) A aplicação h : C → D que definimos a aplicação h = {(4, b); (5, c); (6, a)} é
uma função injectora e sobrejectora por isso é uma função bijectora. Logo h
tem uma função inversa.
Vı́ctor Santos 70
Actividades de Auto-avaliação
(a) R1 = {(x, y) ∈ A × B : x + y ≤ 6}
(b) R2 = {(x, y) ∈ A × B : y 2 = x}
(d) R4 = {(x, y) ∈ B × A : x = y}
(f) R6 = {(x, y) ∈ B × A : y + x = 4}
71
Tópicos em Introdução à Lógica
a) R = {(1, 3), (1, 1), (3, 1), (1, 2), (3, 3), (4, 4)}
b) R = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 3), (3, 4), (4, 3), (4, 4)}.
9. Considere a relação R = {(1, 3), (1, 4), (2, 1), (3, 2)} sobre o conjunto A =
{1, 2, 3, 4}. Encontre o fechamento reflexivo, simétrico e transitivo de R.
Vı́ctor Santos 72
Aula 16
Álgebra Booleana
16.1 Objectivos
Para o alcance do objectivo da aula são definidos os seguintes objectivos de apren-
dizagem:
1. lei comutativa
• x + y = y + x, • x·y =y·x
2. lei associativa
73
Tópicos em Introdução à Lógica
• x + (y + z) = (x + y) + z, • x · (y · z) = (x · y) · z
3. lei distribuitiva
• x · (y + z) = (x · y) + (x · z), • x + (y · z) = (x + y) · (x + z)
4. lei identidade
• x+0=x • x.1 = x
5. lei de complemento
• x + x0 = 1 • x.x0 = 0.
• 00 = 1, • 10 = 0.
Note que a operação OU só pode ser definida se houver, pelo menos, duas variáveis
envolvidas. Ou seja, não é possı́vel realizar a operação sobre somente uma variável.
Devido a isso, o operador ”+”(OU ) é dito binário.
Vı́ctor Santos 74
Tópicos em Introdução à Lógica
Pela definição dada, pode-se deduzir que o resultado da operação E será 1 se, e
somente se, todas as entradas valerem 1.
Assim como a operação OU, a operação E só pode ser definida entre, pelo menos
duas variáveis. Ou seja, o operador ” · ” (E) também é binário.
Teorema 16.1. Sejam x e y elementos arbitrários numa álgebra booleana hB, +, ·,’, 0, 1i.
Então:
1. leis idempotência
• x+x=x • xx = x
2. leis de limitação
• x+1=1 • x0 = 0
3. leis de involução
• (x0 )0 = x • 00 = 1 • 10 = 0
4. leis de absorção
• x + xy = x • x(x + y) = x
5. leis de Morgan
• (x + y)0 = x0 y 0 • (xy)0 = x0 + y 0 .
Vı́ctor Santos 75
Tópicos em Introdução à Lógica
Actividade Formativa 8
Vı́ctor Santos 76
Tópicos em Introdução à Lógica
x y f (x, y) x y f (x, y)
0 0 0 0 0 0
0 1 1 Tabela 1: Adição. 0 1 0 Tabela 2: Multiplicação.
1 0 1 1 0 0
1 1 1 1 1 1
Funções booleanas também podem ser definidas por expressões booleanas compostas
de variáveis e operadores booleanos.
x y x+y (x + y)0 x0 y0 x0 y 0
0 0 0 1 1 1 1
0 1 1 0 1 0 0
1 0 1 0 0 1 0
1 1 1 0 0 0 0
Vı́ctor Santos 77
Tópicos em Introdução à Lógica
0 0 0 0 1 1
0 0 1 0 1 1
0 1 0 0 1 1
0 1 1 1 0 0
1 0 0 0 1 1
1 0 1 0 1 1
1 1 0 0 1 1
1 1 1 1 0 1
Actividade Formativa 9
Vı́ctor Santos 78
Bibliografia
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