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AHM – AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL

HOSPITAL MUNICIPAL DR. BENEDICTO


MONTENEGRO

- PGRSS -
Validade: 19/09/2019

Data de Emissão: 19/09/2018


PGRSS
PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE

ANÁLISE GLOBAL

HOSPITAL MUNICIPAL DR. BENEDICTO MONTENEGRO

SÃO PAULO

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Plano de Gerenciamento de Resíduos dos Serviços de Saúde
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FICHA TÉCNICA

Direção Técnica Direção Médica

Dr. Marilande Marcolin Dr. Jose Helder A. de Almeida

Direção Administração

Fabiane Gonçalves de Paula

Elaborado em 2018, com base nas orientações da ANVISA.

Presidente da Comissão

Dr. Jose Helder A. de Almeida – Médico Responsável Técnico pelo PGRSS/HMBM

Membros

Adriana Leite Coppola 60332706 AS - Enfermagem


Cristina Maria dos Santos 6247491/3 AGPP
Fávero
Edite Maria Do Nascimento 83033391 AS - Enfermagem
Ilma de Carvalho Zani 6243495/3 AS – Enfermagem
Lívia Silveira Miranda 60368110 AS - Enfermagem
Luiz Carlos Guilherme 60031907 AGPP
Maria Elena de Amorim 30004137 ANS – Farmácia
Matilde dos Santos Teixeira 72005792 ANS - Enfermagem
Milena Costa Ramos Sant Ana 83332461 AGPP
Poliana Batista Silva 60032623 ANS - Nutrição
Rafael Felipe Morais dos Santos 60032548 ASTS – Segurança do Trabalho
Rosana Maria Ponce Vilela 624235902 ANS - Enfermagem
Fúlvio Tadeu Gomes 036698 Encarregado – Guima ConSeco
Patrícia Luiz 32133 Enfermeira – Guima ConSeco
Camila Terres 824 Biologista - Colsan
Carolina Roberta C. Souza 35970 Biomédica - CientifcaLab
Rosangela Apª N. Rocha 90792 Administrativo - FiDi

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Sumário

1 – INTRODUÇÃO ...................................................................................................................... 5
2 – RESPONSABILIDADE............................................................................................................. 6
3 – IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO HMBM ................................................................ 7
3.1 – Institucional ...................................................................................................................... 7
3.2 – Localização ....................................................................................................................... 7
3.3 – DESCRIÇÕES BÁSICAS DOS ATENDIMENTOS .................................................................... 8
3.4 – MÃO DE OBRA .................................................................................................................. 9
3.5 – CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS .............................................................. 9
4 – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA SAÚDE (PGRSS) ......................... 9
4.1 – ETAPAS DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS .............................................................. 11
4.2 – OBJETIVO ........................................................................................................................ 12
4.3 – CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS ................................................................................. 12
4.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE .................................................................... 13
4.5 – O DIAGNÓSTICO DA UNIDADE ....................................................................................... 17
5 – MANUSEIO DOS RESÍDUOS ............................................................................................... 20
5.1 – MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO .................................................................................... 20
5.2 – IDENTIFICAÇÃO......................................................................................................... 21
5.4 – GERENCIAMENTO INTERNO ..................................................................................... 22
5.5 – GERENCIAMENTO EXTERNO..................................................................................... 27
6 – PLANO DE AÇÃO ................................................................................................................ 28
7 – MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES ..................................................... 32
8 – PLANO DE CONTINGÊNCIA ................................................................................................ 34
9 – BIBLIOGRAFIA .................................................................................................................... 34

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1 – INTRODUÇÃO

Autarquias são pessoas jurídicas de direito público, de natureza meramente


administrativa, criadas por lei específica, para a realização de atividades, obras ou
serviços descentralizados da entidade estatal que as criou. Funcionam e operam na
forma estabelecida na lei instituidora e nos termos de seu regulamento. As autarquias
podem desempenhar atividades educacionais, previdenciárias e quaisquer outras
outorgadas pela entidade estatal-matriz, mas sem subordinação hierárquica, sujeitas
apenas ao controle finalístico de sua administração e da conduta de seus dirigentes.
Lei nº 13.271 de 04 Janeiro de 2002 – Dispõe sobre a descentralização das
ações e serviços de saúde do município de São Paulo, com a criação de unidades
autárquicas hospitalares de regime especial. Instituição das 05 Autarquias Hospitalares
Regionais da cidade de São Paulo.
Lei nº 14.669 de 14 de janeiro de 2008 – Altera a estrutura e as atribuições das
Autarquias Hospitalares do Município de São Paulo.
Decreto nº 49.231 de 19 de fevereiro de 2008 – Regulamenta o artigo 1º da Lei
14.669 de 14 de janeiro de 2008 no que se refere à organização e estruturação da
Autarquia Hospitalar Municipal, criando as Coordenadorias Hospitalares Regionais.
Decreto nº 50.478 de 10 de março de 2009 – Organiza a estruturação da
Autarquia Hospitalar Municipal.

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2 – RESPONSABILIDADE

As responsabilidades sobre o correto manejo e descarte dos resíduos gerados


no HMBM recam sobre todos os envolvidos nos processos, desde a direção, médicos,
residentes, passando pelos responsáveis pelas áreas, por facilitadores, pesquisadores,
funcionários em geral, alunos e estagiários, além, das empresas terceirizadas que
prestam serviços na instituição.

Responsável Legal pelo Hospital

Dr. Marilande Marcolin


Diretora Técnica
CRM: 49.483
CPF: 05636411855

Responsável Técnico pela Elaboração/Atualização do PGRSS

Dr. José Helder A. de Almeida


Diretor Médico
Médico
CRM: 70.595

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3 – IDENTIFICAÇÃO E CARACTERIZAÇÃO DO HMBM

3.1 – Institucional

Razão Social: SECRETARIA MUNICIPAL DA SAUDE


Nome Fantasia: Hospital Municipal Dr. Benedicto Montenegro
CNPJ: 46.392.148/0028-30 FILIAL
Atividade principal: 84.11-6-00 - Administração pública em geral
Natureza jurídica: 103-1 - Órgão Público do Poder Executivo Municipal
Data de abertura: 19/07/1990
Data da situação cadastral: 03/11/2005
Situação cadastral: Ativa
Área total do terreno: 16.500m²
Área construída: 4000m²
Número de trabalhadores: ( ) Autarquia – ( ) Terceirizado
Endereço: RUA ANTONIO LAZARO
Bairro: Sapopemba
CEP: 03.921-080
Cidade: São Paulo
Fone: (11)3394-9500

3.2 – Localização

Figura 1- Localização do Hospital Municipal Dr. Benedicto Montenegro (FONTE: GOOGLE MAPS)

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3.3 – DESCRIÇÕES BÁSICAS DOS ATENDIMENTOS

- Na condição de hospital, atende as mais diversas especialidades médicas, como:


- Clínica Geral
- Clínica cirúrgica
- Clínica pediátrica e outras especialidades de nível superior, como enfermagem,
assistência social, nutrição e dietética, fisioterapia e terapia ocupacional.

- Possui serviços próprios de diagnóstico, como:


• Patologia clínica e diagnostico de Imagem (Radiologia e Ultrassonografia);

- O funcionamento e atendimento do Hospital Municipal Dr. Municipal Benedicto


Montenegro são diários e contínuos nas 24 horas:
- O HMBM possui profissionais com vínculo direto e com vínculo terceirizado,
colaborando para um quantitativo de atendimentos, conforme tabela abaixo (2017):

Consultas Anual Média Mensal Porcentagem


Ambulatorial 2628 292 02,68%
Urgência 148948 18255 98,42%
Total 151576 18547 100%
Tabela 1 - Quantitativo de Atendimentos

- Os gráficos abaixo demonstram o quantitativo mensal de consultas ambulatoriais e


urgências e suas respectivas porcentagens:

Média Mensal
Porcentagem

98,42% 100%

2,68%

Ambulatorial Urgência Total


Gráfico 1 - Média Mensal de Atendimentos.

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3.4 – MÃO DE OBRA

Força de Trabalho Nº
Servidores 298
Terceirizado 363
Total 661
Tabela 2 - Quantidade de Funcionários

3.5 – CARACTERIZAÇÃO DOS ASPECTOS AMBIENTAIS

Abastecimento de Água

O sistema de abastecimento rede pública – SABESP;

A unidade Hospitalar possui 1 caixa d’agua superior e 2 reservatórios inferiores,


servem de abastecimento para combate a incêndio, caldeira e hospital;

Controle interno da qualidade da água: O controle é semestral, e a análise mais


recente foi realizada em 21 de Agosto de 2018 pela empresa “Guima Conseco”: A
coleta de material é feita no ponto de entrada (a montante do abastecimento) e no
ponto de saída da cisterna.

Efluentes Líquidos:

Possui rede de esgoto ligada à rede coletora pública – SABESP, a qual é a


responsável pelo tratamento externo; Conforme previsto no item 13.3.1 da RDC
ANVISA 306/2004 (ANVISA, 2004, pg 19.).

4 – PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DA SAÚDE (PGRSS)

Em 2006, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e o Ministério do


Meio Ambiente criaram o manual do PGRSS, ancorados na Resolução da Diretoria
Colegiada (RDC) da Anvisa nº 306/04 e na Resolução do Conselho Nacional do Meio
Ambiente (CONAMA) nº 58/05, com o objetivo de minimizar a geração e os problemas
decorrentes do manejo dos resíduos sólidos e líquidos, buscando alternativas que

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favorecem a reciclagem, redução dos riscos na área de saneamento ambiental e da
saúde pública.
Os resíduos sólidos, de acordo com a Norma Brasileira (NBR) 10004/2004 da
Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), são resíduos nos estados sólido e
semissólido, que resultam de atividades de origem industrial, doméstica, hospitalar,
comercial, agrícola, de serviços e de varrição. Ficam incluídos nesta definição os lodos
provenientes de sistemas de tratamento de água, aqueles gerados em equipamentos e
instalações de controle de poluição, bem como determinados líquidos cujas
particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou
corpos de água, ou exijam para isso soluções técnicas e economicamente inviáveis em
face à melhor tecnologia disponível.
De acordo com a Resolução do CONAMA, nº 358, de 29 de abril de 2005,
resíduos de saúde, são todos resíduos gerados relacionados com o atendimento à
saúde humana ou animal, inclusive os serviços de assistência domiciliar e de trabalhos
de campo; laboratórios analíticos de produtos para saúde; necrotérios, funerárias e
serviços onde se realizem atividades de embalsamamento (tanatopraxia e
somatoconservação); serviços de medicina legal; drogarias e farmácias, inclusive as de
manipulação; estabelecimentos de ensino e pesquisa na área de saúde; centros de
controle de zoonoses; distribuidores de produtos farmacêuticos; importadores,
distribuidores e produtores de materiais e controles para diagnóstico in vitro; unidades
móveis de atendimento à saúde; serviços de acupuntura; serviços de tatuagem, entre
outros similares.
O gerenciamento de resíduos deve basear-se em ações preventivas,
preferencialmente às ações corretivas, e ter uma abordagem multidisciplinar,
considerando que os problemas ambientais e suas soluções são determinados não
apenas por fatores tecnológicos, mas também por questões econômicas, físicas,
sociais, culturais e políticas. Um programa de gerenciamento de resíduos deve utilizar
o princípio da responsabilidade objetiva, na qual o gerador dos resíduos é o
responsável pelo seu correto tratamento e descarte (individual ou coletivo), mesmo
após sua saída do local onde é gerado.
Após a obtenção e sistematização de dados e informações, é possível realizar
um diagnóstico em que sejam identificados os problemas, as deficiências e as lacunas
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existentes e suas prováveis causas. Esta primeira fase subsidiou a elaboração do
diagnóstico, que contém a concepção e o desenvolvimento do plano de
gerenciamento, de acordo com a legislação vigente, atendendo todas as etapas do
gerenciamento.
Entretanto, ressalta-se que os Gerenciamentos dos Resíduos estão sendo
implantados a partir da elaboração deste plano e levantamento de dados do Hospital
Municipal Dr. Benedicto Montenegro.
Diante disso, para a elaboração do PGRSS foi realizado um diagnóstico em
todas as etapas, analisando a situação de cada setor (in loco) e em seguida, levantadas
propostas medidas de adequação, que serão monitoradas no decorrer dos anos
seguintes, contemplando assim, as atualizações contínuas do PGRSS.

4.1 – ETAPAS DO MANEJO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O Plano de Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde (PGRSS) é o


documento que aponta e descreve as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos,
que corresponde às etapas de acordo com o fluxograma apresentado abaixo:

Geração e segregação: a separação correta e criteriosa permite o tratamento


diferenciado, a racionalização de recursos despendidos, além de facilitar a reciclagem.
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Caso haja mistura de resíduos de classes diferentes, um resíduo não perigoso pode ser
contaminado e tornar-se perigoso, dificultando seu gerenciamento, bem como um
aumento dos custos a ele associados.

Manuseio, acondicionamento e armazenamento: o manuseio e o acondicionamento


correto dos resíduos possibilitam a maximização das oportunidades com a reutilização
e a reciclagem, já que determinados resíduos podem ficar irrecuperáveis no caso de
serem acondicionados de forma incorreta.

Coleta, transporte, destinação e disposição final: são etapas que requerem muita
atenção no processo de gerenciamento por apresentarem riscos quanto à alteração da
qualidade dos resíduos gerados, podendo ser alterada a classe, caso os resíduos sejam
misturados. É preciso estabelecer mecanismos de controle para permitir a
rastreabilidade e monitoramento das quantidades geradas, podendo influenciar nos
custos para tratamento e disposição final.

4.2 – OBJETIVO

O PGRSS tem como objetivos minimizar a geração de resíduos na fonte,


adequar à segregação na origem, controlar e reduzir riscos ao meio ambiente e
assegurar o correto manuseio e disposição final, em conformidade com a legislação
vigente.

4.3 – CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS

Os resíduos sólidos podem ser classificados de várias formas. Com relação aos
riscos potenciais ao meio ambiente e à saúde pública, a NBR 10004/2004 classifica os
resíduos sólidos em:
- Resíduos classe I, denominados perigosos, são aqueles que, em função de suas
propriedades físicas, químicas ou biológicas, podem apresentar riscos à saúde e ao
meio ambiente. São caracterizados por possuírem uma ou mais das seguintes
propriedades: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade e
patogenecidade.
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- Resíduos classe II denominados não perigosos são subdivididos em duas classes:
classe II-A e classe II-B.
Os resíduos classe II-A-não inertes podem ter as seguintes propriedades:
biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água, enquanto que os
resíduos classe II-B-inertes não apresentam nenhum de seus constituintes
solubilizados a concentrações superiores aos padrões de potabilidade de água, com
exceção dos aspectos cor, turbidez, dureza e sabor.
Quanto à origem e natureza, os resíduos sólidos são classificados em:
domiciliar, comercial, varrição e feiras livres, serviços de saúde, portos, aeroportos e
terminais rodoviários e ferroviários, industriais, agrícolas e resíduos de construção civil.
Entretanto, de acordo com a responsabilidade pelo gerenciamento dos
resíduos, pode-se agrupá-los em dois grandes grupos. O primeiro grupo refere-se aos
resíduos sólidos urbanos, compreendido pelos resíduos domésticos ou residenciais;
resíduos comerciais; resíduos públicos.
O segundo grupo, dos resíduos de fontes especiais, abrange: resíduos
industriais; resíduos da construção civil; rejeitos radioativos; resíduos de portos,
aeroportos e terminais rodoferroviários; resíduos agrícolas; resíduos de serviços de
saúde
Além disso, os resíduos podem ser classificados ainda por sua natureza física
(seco ou molhado) e por sua composição química (matéria orgânica e inorgânica).

4.4 – CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS DE SAÚDE

Os resíduos de serviços de saúde são diferenciados dos demais resíduos


urbanos por necessitarem de um gerenciamento específico, pois alguns destes podem
possuir alto grau de periculosidade. Os resíduos são diferenciados em cinco principais
grupos distintos de acordo com a RDC 222 – Grupo A; Grupo B; Grupo C; Grupo D e
Grupo E.

GRUPO A: Resíduos com a possível presença de agentes biológicos que, por suas
características, podem apresentar risco de infecção. Este grupo é subdividido em 5
grupos – A1 a A5. Apenas descrito os presentes na unidade hospitalar.
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GRUPO A1:
 Culturas e estoques de microrganismos resíduos de fabricação de produtos
biológicos, exceto os hemoderivados; meios de cultura e instrumentais utilizados para
transferência, inoculação ou mistura de culturas; resíduos de laboratórios de
manipulação genética;
 Resíduos resultantes de atividades de vacinação com microrganismos vivos ou
atenuados, incluindo frascos de vacinas com expiração do prazo de validade, com
conteúdo inutilizado, vazios ou com restos do produto, agulhas e seringas; Os resíduos
provenientes de campanha de vacinação e atividade de vacinação em serviço público
de saúde; Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais, com
suspeita ou certeza de contaminação biológica por agentes Classe de Risco 4;
 Bolsas transfusionais contendo sangue ou hemocomponentes rejeitadas por
contaminação ou por má conservação, ou com prazo de validade vencido, e aquelas
oriundas de coleta incompleta;
 Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou líquidos corpóreos,
recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, contendo
sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
GRUPO A3:
 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem
sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 cm ou idade
gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal e não
tenha havido requisição pelo paciente ou familiares.
GRUPO A4:
 Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores;
 Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada; membrana filtrante de
equipamento médico hospitalar e de pesquisa, entre outros similares;
 Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes contendo fezes, urina e
secreções, provenientes de pacientes que não contenham e nem sejam suspeitos de
conter agentes Classe de Risco 4, e nem apresentem relevância epidemiológica e risco
de disseminação, ou microrganismo causador de doença emergente que se torne
epidemiologicamente importante ou cujo mecanismo de transmissão seja
desconhecido ou com suspeita de contaminação com príons;
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 Resíduos de tecido adiposo proveniente de lipoaspiração, lipoescultura ou
outro procedimento de cirurgia plástica que gere este tipo de resíduo;
 Recipientes e materiais resultantes do processo de assistência à saúde, que não
contenham sangue ou líquidos corpóreos na forma livre;
 Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos provenientes de
procedimentos cirúrgicos ou de estudos anatomopatológicos ou de confirmação
diagnóstica;
 Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos provenientes de animais
não submetidos a processos de experimentação com inoculação de microrganismos,
bem como suas forrações; cadáveres de animais provenientes de serviços de
assistência;
 Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual pós-transfusão.
 Peças anatômicas (membros) do ser humano; produto de fecundação sem
sinais vitais, com peso menor que 500 gramas ou estatura menor que 25 centímetros
ou idade gestacional menor que 20 semanas, que não tenham valor científico ou legal
e não tenha havido requisição pelo paciente ou seus familiares.

GRUPO B:
Resíduos contendo substâncias químicas que podem apresentar risco à saúde
pública ou ao meio ambiente, dependendo de suas características de inflamabilidade,
corrosividade, reatividade e toxicidade.
a. Produtos hormonais e produtos antimicrobianos; citostáticos; antineoplásicos;
imunossupressores; digitálicos; imunomoduladores; antirretrovirais, quando
descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de
medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos
Medicamentos controlados pela Portaria MS 344/98 e suas atualizações.
b. Resíduos de saneantes, desinfetantes, desinfetantes; resíduos contendo metais
pesados; reagentes para laboratório, inclusive os recipientes contaminados por estes;
solventes; tintas; lâmpadas; pilhas e baterias.
c. Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados em análises clínicas.
d. Demais produtos considerados perigosos, conforme classificação da NBR 10.004 da
ABNT (tóxicos, corrosivos, inflamáveis e reativos).
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GRUPO D:
Resíduos que não apresentem risco biológico, químico ou radiológico à saúde
ou ao meio ambiente, podendo ser equiparados aos resíduos domiciliares. Resíduo
comum e os recicláveis.

➢ Papel de uso sanitário, fralda, absorvente higiênico,

➢Resíduo de gesso proveniente de assistência à saúde;

➢Peças descartáveis de vestuários,

➢Material utilizado em antissepsia e hemostasia de venóclises,

➢ Material de curativo em incisão cirúrgica limpa ou livre de sangue/secreção na sua

forma livre;

➢ Luvas, máscaras, aventais descartáveis, gaze, chumaços livre de sangue/secreção na

sua forma livre;

➢Equipo de soro e outros similares não classificados como A1 e A4;

➢Frasco de soro sem presença de resíduos químicos;

➢Equipo de soro e outros similares com validade vencida;

➢Vidros sem resíduos químicos;

➢Sobras de alimento e do preparo de alimentos;

➢Resto alimentar do refeitório;

➢Resto alimentar de paciente,

➢Resíduos provenientes das áreas administrativas;

➢Resíduos de varrição, flores, podas e jardim;

GRUPO E:
Materiais perfurocortantes ou escarificantes, contendo ou não contaminação
biológica.

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➢Lâmina de bisturi;

➢Ampolas de vidro (medicamentos);

➢Ponta perfurante do equipo;

➢Lâmina do barbeador;

➢Agulhas;

➢Mandril de cateteres intravenoso ou arterial;

➢Dispositivos intravenosos (escalpe);

➢Todos os utensílios de vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubo de coleta, placa

de Petri);

➢Brocas, limas endodônticas;

➢Pontas diamantadas;

➢Lancetas;

➢Micropipetas;

➢Lâminas e lamínulas;

➢Pregos;

➢Tesoura;

4.5 – O DIAGNÓSTICO DA UNIDADE

Com base na RDC 222/2018, foi realizado um estudo analítico dos resíduos
produzidos na Unidade. Para descrevermos de forma adequada e sintética o resultado
da avaliação qualitativa dos resíduos, o diagnóstico foi realizado por unidade geradora,
abaixo se encontra uma tabela resumo dos resíduos gerados em cada setor do hospital
de forma geral.

Resíduos gerados / setor


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Tipo de
Resíduo
Perfuro
cortante

Áreas
HMBM

Almoxarifado *** x x

Agência
x x *** x x x
transfusional

Banheiro *** x

Centro
x x *** x x x
Cirúrgico

Central de
x x *** x x x
Materiais

Corredores *** x x

Caldeira x *** x x

Diagnostico
por Imagem e
x x *** x x
Ultrassonogra
fia
Postos de
x x *** x x x
Enfermagem

Farmácia x *** x x x

Laboratório x x *** x x x

Rouparia x *** x x x

Manutenção x *** x x

Necrotério x x *** x x

Nutrição e
Dietético x *** x x
Refeitório
Nutrição e
Dietética
x x *** x
Copa
Intermediária

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Odontologia x x *** x x x

Ortopedia x x *** x x x

Pediatria x x *** x x x

Pronto
x x *** x x x
Socorro
Salas
Administrativa *** x x
s
Serviço de
Higiene e x *** x x
Limpeza

TI/Eletrônicos x *** x x

Acondicionamento dos resíduos gerados

Tipo de
Resíduo

Perfuro
Acond. de cortante
Residuos

Saco lixo
x
branco Leitoso

Coletor de x
material
perfurocorante
Coletor de
Plástico para
x
Resíduo
Químico
Saco de lixo

laranja
Saco de Lixo
preto de 20,
x
40, 100 e 240
litros

Não se aplica x x

¹ Resíduos provenientes de radiologia

4.5.1 ANÁLISE QUANTITATIVA DOS RESÍDUOS

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Conforme o andamento e implantação deste plano, será avaliado o quantitativo
mensal de resíduos gerados nesta unidade hospitalar, sendo disposto por tabelas,
durantes as atualizações deste documento.

5 – MANUSEIO DOS RESÍDUOS

O manejo dos RSS no âmbito dos estabelecimentos de saúde deve obedecer a


critérios técnicos e sanitários e contemplar os aspectos de minimização na geração,
segregação, acondicionamento, identificação, coleta e transporte interno,
armazenamento temporário, tratamento interno, armazenamento externo, coleta e
transporte externo, tratamento externo e disposição final.

5.1 MINIMIZAÇÃO DA GERAÇÃO

1. Segregação: Operação que deve ser feita no próprio ponto de geração e de acordo
com as características físicas, químicas, biológicas e radiológicas do resíduo, estado
físico (sólido e líquido) e forma química. Devem-se sempre observar as exigências de
compatibilidade química dos resíduos entre si para que acidentes sejam evitados.

2. Acondicionamento: É a colocação do resíduo em embalagens adequadas para


coleta, transporte, armazenamento e disposição finais seguros. Deve ser de acordo
com o tipo do resíduo e os limites de enchimento devem ser obedecidos 2/3 da
capacidade. Os resíduos sólidos são acondicionados em saco plástico contido em
recipiente (lixeira) confeccionado com material lavável, resistente à punctura, ruptura
e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com
cantos arredondados e resistente ao tombamento.
Os recipientes de acondicionamento existentes nas salas de cirurgia, nas salas
de parto, nas salas cirúrgicas do Setor de Cirurgia Ambulatorial e do Setor de
Hemodinâmica não necessitam de tampa para vedação, conforme legislação.

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Grupo A1: em saco branco leitoso. Os resíduos perfurocortantes acondicionados em
caixas específicas, mesmo que descaracterizado é encaminhado como resíduo do
Grupo E.
Grupo A3: As peças anatômicas (membros) do ser humano são armazenadas sob
refrigeração até o momento da coleta externa, sendo embaladas primeiramente em
saco preto e após acondicionadas em saco vermelho conforme legislação.

Grupo B: As lâmpadas são armazenados na embalagem original Resolução CONAMA n°


275/04/01. Os resíduos químicos líquidos são acondicionados em galões laranja ou em
caixas de papelão parda conforme legislação. Os resíduos quimioterápicos e fármacos
são acondicionados em caixas de papelão laranja e/ou saco laranja. As pilhas/baterias
são armazenadas em galões reaproveitados de outros produtos.

Grupo E: Contaminados ou não por material biológico são armazenados em


recipientes amarelos rígidos, resistentes a punctura, ruptura e vazamento, com tampa
e identificação de acordo com a NBR 13853/97. Igualmente os perfurocortantes
contaminados por produto químico são armazenados em recipientes laranjas rígidos,
resistentes a punctura, ruptura e vazamento, com tampa e identificação.

3. Resíduos da Construção Civil: São definidos como Resíduos Sólidos de Construção


Civil (RCC) aqueles provenientes de construções, reformas, reparos e demolições de
obras de construção civil, e os resultantes da preparação e da escavação de terrenos,
tais como: tijolos, blocos cerâmicos, concreto em geral, solos, rochas, metais, resinas,
colas, tintas, madeiras e compensados, forros, argamassa, gesso, telhas, pavimento
asfáltico, vidros, plásticos, tubulações, fiação elétrica etc., comumente chamados de
entulhos de obras. Para o descarte desse material é feito locação de caixas Brooks.

5.2 IDENTIFICAÇÃO

Devem-se utilizar rótulos (símbolos e expressões) para identificar os recipientes de


acondicionamento, carros de transporte interno e externo, salas e abrigos de resíduos

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(locais de armazenamento). A identificação das lixeiras e contentores foi padronizada,
sendo utilizados etiquetas adesivas conforme modelos abaixo.

Após a segregação e acondicionamento, os resíduos são submetidos ao


gerenciamento interno que pode ser subdividido em duas etapas principais a Coleta
Interna I e a Coleta Interna II.

5.4 GERENCIAMENTO INTERNO

5.4.1 Coleta Interna I

Nessa fase os sacos com resíduos são recolhidos das unidades e/ou setores pela
funcionária da higienização e limpeza lotada no setor e transportados para os
armazenamentos temporários, por meio de um carro auxiliar de limpeza. Não há
horário preestabelecido para essa coleta, sendo a primeira no início da manhã (7 h) e
as demais quando os sacos atingem 2/3 de sua capacidade.
Resíduos do Grupo B, em particular Diagnostico de Imagem:

O Setor de Radiologia é administrado pela empresa Fidi - Fundação Instituto de


Pesquisa e Estudo de Diagnóstico por Imagem.

Galões de fixadores e reveladores são armazenados em saco laranja e disposto


pelos próprios funcionários da empresa no abrigo de Resíduos Químicos, onde este é
recolhido pela empresa DPC Brasil LTDA. As películas de raio-x são armazenadas em
caixas e os filtros são retirados pela empresa DPC Brasil LTDA para realizar a extração
da prata do material.

5.4.2 Armazenamento Temporário

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Permite a guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já
acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando agilizar a coleta
dentro do estabelecimento, otimizando o deslocamento entre os pontos geradores e o
ponto destinado para coleta externa;
O armazenamento temporário existe no setor da Internação Adulto, O
armazenamento temporário dos resíduos de sobras alimentares fica numa sala
denominado COPA.

No armazenamento temporário não é permitida a retirada dos sacos de resíduos


de dentro dos containers estacionados;

5.4.3 Transporte Interno e Coleta II

A coleta e transporte de resíduos do Armazenamento Temporário até o abrigo


Intermediário de resíduos, é realizada pela equipe de limpeza e higienização em
horários fixos, obedecendo a rotas de transporte especificas afim de não coincidir com
o horário de refeições, visitas, distribuição de roupas limpas.

HORÁRIO DE ATENDIMENTO
Retirada de
Nutrição Rouparia
Horário Resíduo
Entrega Retirada Coleta Entrega Comum Infectante
0:00

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0:30
1:00
1:30 X X
2:00
2:30
3:00 X
3:30
4:00
4:30 X X
5:00 X
5:30 X
6:00
Entrega
6:30 privativa
Entrega
7:00 privativa X X
7:30 X
8:00 X
8:30 X
9:00 X X
9:30 X
10:00 X
10:30 X
11:00
11:30 X
12:00 X
12:30 X
13:00 X
13:30 X
14:00 X X
14:30 X
15:00 X
15:30 X
16:00 15:45 16:05 16:05
16:30 X
17:00 X
17:30 X
18:00 X
Entrega
18:30 X privativa
19:00 Entrega 18:45 18:45
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privativa
19:30 X 19:45
20:00 X
20:30 X
21:00 X
21:30 X
22:00 X
22:30 X X
23:00 X
23:30
A coleta interna II para os resíduos químicos – setor de Raio-X é realizada sempre
que o recipiente enche e é encaminhado ao Abrigo de Resíduos Químicos pelos
funcionários da própria empresa terceirizada.
Os resíduos são transportados até a área externa em um abrigo intermediário,
onde são acondicionados em recipientes maiores e quando atingido o limite
estabelecido são levados ao Abrigo de Resíduos.

5.4.4 Armazenamento Externo


É a contenção temporária de resíduos em área específica, denominada “ABRIGO DE
RESÍDUOS”, durante o aguardo da coleta externa, para a destinação visando ao tratamento ou
à disposição final. Deve ter identificação na porta e os sacos de resíduos devem permanecer
dentro dos contêineres devidamente identificados.
A armazenagem dos resíduos químicos deve ser de acordo com a NBR 12.235 da ABNT. A
identificação “ABRIGO DE RESÍDUOS QUÍMICOS” deve ser afixada em local de fácil visualização
e conter sinalização de segurança, com símbolo baseado na norma NBR 7500 da ABNT. As
regras de compatibilidade química devem ser seguidas também no local de armazenamento.
Alguns aspectos do abrigo de resíduos do grupo A, grupo D e grupo E:
a. Local de fácil acesso à coleta externa.
b. Piso e paredes revestidos de material liso, impermeável, lavável e de fácil higienização.
c. Aberturas para ventilação de, no mínimo, 1/20 da área do piso e com tela de proteção
contra insetos.
d. Porta com abertura para fora, tela de proteção contra roedores e vetores e de largura
compatível com os recipientes de coleta externa.

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e. Pontos de iluminação e de água, tomada elétrica, canaletas de escoamento de águas
servidas direcionadas para a rede de esgoto do EAS e ralo sifonado com tampa que permita a
sua vedação.
f. Área coberta para higienização dos contêineres e equipamentos com piso e paredes lisos,
impermeáveis, laváveis;
g. Pontos de iluminação e tomada elétrica; ponto de água, preferencialmente quente e sob
pressão; canaletas de escoamento de águas servidas direcionadas para a rede de esgoto e ralo
sifonado provido de tampa que permita a sua vedação.
No armazenamento externo não é permitida a disposição e manutenção dos sacos e
recipientes de resíduos diretamente sobre o piso, sendo acondicionados em containers
específicos para cada tipo de resíduo;
Os recipientes de transporte interno não podem transitar pela via pública para ter
acesso ao abrigo de resíduos;

Situação atual do Abrigo de Resíduos do HMBM:


A unidade dispõem de 2 áreas especificas para o armazenamento externo dos
resíduos, na figura 2, ficam armazenados resíduos químicos, figura 3, são armazenamos
resíduos infectantes e comum. Os lugares dispõem de piso lavável, abertura na parte superior
e inferior das portas de ferro, iluminação e ponto de água.

Figura 2- Abrigo de Resíduos

Figura 3-Abrigo de Resíduos

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5.5 GERENCIAMENTO EXTERNO

O Gerenciamento Externo estrutura que denomina quais são os procedimentos


tomados para a destinação final dos resíduos gerados no estabelecimento, como o
gerador do resíduo é responsável destes até sua destinação final, o hospital tem o
dever de garantir que os serviços contratados ou ainda os métodos utilizados como
destinação final dos resíduos são seguros, tanto para a sociedade em geral como para
o meio ambiente.

5.5.1 Coleta Externa

5.5.1.1 Resíduo Infectante

O recolhimento dos resíduos infectantes e químicos, realizado pela empresa


EcoUrbis Ambiental S.A, ocorre por volta das 7h30min horas de . Os resíduos
produzidos nos finais de semana são coletados na segunda-feira, e no caso de feriados,
a coleta realiza-se no próximo dia útil.
O veículo utilizado para a coleta possui sistema de basculamento hidráulico e
compressor. O funcionário responsável pelo recolhimento utiliza luvas, máscara e
botas para a sua proteção individual.

5.5.1.2 Resíduo Comum

Os resíduos comuns são responsabilidades da Prefeitura Municipal, e são


coletados pela EcoUrbis Ambiental S.A. A coleta ocorre segunda-feira, Quarta-feira e
Sexta-feira por volta das 7h30min. O caminhão utilizado possui sistema de
basculamento hidráulico e compressor.
5.5.1.3 Resíduos Reciclados (somente Papelão)
A unidade realização separação apenas do Papelão, sendo este recolhido pela
empresa EcoUrbis Ambiental S.A.

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5.6 Disposição final

Os resíduos infectantes são encaminhados ao Aterro Sanitário

Conforme define a NBR 8.419/1984, aterro sanitário é a técnica de disposição de


resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos à saúde pública e à sua segurança,
minimizando os impactos ambientais. O método utiliza princípios de engenharia para
confinar os resíduos sólidos à menor área possível e reduzi-los ao menor volume
permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de
trabalho, ou a intervalos menores, se necessário. O projeto deve contemplar todas as
instalações fundamentais ao bom funcionamento e ao necessário controle sanitário e
ambiental durante o período de operação e fechamento do aterro.

Destino final dos Resíduos

GRUPO RESÍDUO DISPOSIÇÃO FINAL MÉDIA MENSAL EMPRESA

A Resíduo Biológico Aterro Sanitário - EcoUrbis Ambiental S/A

D Comum Aterro Sanitário - EcoUrbis Ambiental S/A

Pilhas e Baterias: Armazenadas no almoxarifado e encaminhadas A Drogaria Sp, que possui o


compromisso de descarte correto do material.

Empresa de Coleta dos Resíduos Recicláveis

Empresa CNPJ Endereço

EcoUrbis Ambiental S.A 07.037.123/0004-99 Central Mecanizada de Triagem – CMT Carolina Maria
de Jesus: Rua Miguel Yunes, 345

6 – PLANO DE AÇÃO

6.1 MAPEAMENTO DE RISCO


Elaborar um fluxograma específico documentando os seguintes aspectos:
a. Atividades envolvidas;

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b. Produtos e equipamentos envolvidos;
c. Recursos humanos envolvidos;
d. Riscos existentes; e. Danos possíveis (acidentes, doenças, agravos, incidentes);
f. Medidas de controle necessárias;
g. Medidas de controle existentes

6.2 PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO

6.2.1 Segregação e Acondicionamento:


6.2.1.1 Física
 Levantamento e quantificação das lixeiras existentes na unidade e sua
localização especifica
 Adequação das sinalizações das lixeiras

6.2.1.2 Procedimento Operacional Padrão – POP


 Elaboração do POP com as diretrizes do gerenciamento de resíduos dos setores
e PGRSS do setor de Rádiologia.

6.2.1.3 Capacitação
 Capacitação admissional para todos os profissionais, inclusive estagiários e
alunos;
 Capacitação in loco para os profissionais do setor, de maneira periódica:
semestral;
 Informativos;
 Cartazes;

6.2.2 Armazenamento Interno


6.2.2.1 Física
 Estudo de viabilização no aumento de salas para armazenamento interno.
 Levantamento para garantir o número suficiente de lixeiras no armazenamento
interno.

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6.2.2.2 Procedimento Operacional Padrão – POP
 Os sacos de lixo deverão ser amarrados e armazenados por categoria nos
contêineres, nunca excedendo a 2/3 do saco, somente na hora da coleta,
quando o profissional de limpeza do setor traz até sua área o carrinho de
transporte.
 Deverá ser recolhido primeiramente o resíduo comum e após para o resíduo
infectante;
 Deverá ser prevista a limpeza do Armazenamento interno de maneira
periódica.

6.2.2.3 Capacitação
 Treinamento admissional para o pessoal de limpeza;
 Treinamento periódico semestral para o pessoal de limpeza.

6.2.3 Coleta II/Armazenamento Externo


6.2.3.1 Física
 Aumento no número de Carrinhos para transporte dos resíduos
 Viabilizar o trabalho com divisão de área, realizando coleta primeiramente pelo
lado A da área hospitalar ( internação adulto ), logo após Lado B ( Emergência )
e por fim, internação infantil.

6.2.3.2 Procedimento Operacional Padrão – POP


 O carrinho não deverá retorna para a área interna da unidade antes de ser
Higienizado/lavado
 Realizar as coletas no horário pré estabelecido pelo SCIH

6.2.3.4 Capacitação
 Treinamento admissional para o pessoal de coleta interna;
 Treinamento periódico semestral para o pessoal de coleta interna.

6.3.4 Armazenamento Externo


6.3.4.1 Física
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 Instalar balança no armazenamento para realizar a pesagem e controle dos
resíduos gerados na unidade.

6.3.4.2 Procedimento Operacional Padrão – POP


 Definição de parâmetros de contabilização de peso
 Planilha com as variáveis necessárias para controle

6.2.4.3 Capacitação
 Treinamento admissional para o pessoal de Coleta/Pesagem;
 Treinamento periódico semestral para o pessoal de Coleta/Pesagem.

6.3.5 Abrigo de Resíduos


6.3.5.1 Física
 Avaliar junto a Autarquia Hospitalar Municipal a expansão do Abrigo de
Resíduos.
 Adequar a sinalização dos compartimentos do abrigo.

6.3.5.2 Procedimento Operacional Padrão – POP


 Incluir a necessidade de lavação do abrigo e do contêiner após a coleta externa;
 Planilha com as variáveis necessárias para controle

6.3.6 Coleta Externa/Destino Final


 Atualmente não é realizado controle dos resíduos comum e infectante.
 Não é recebido o certificado de destinação das empresas que fazem coleta e
destinação final dos resíduos da unidade
 Acompanhar e fiscalizar os serviços de descarte de resíduos do setor de
diagnostico de imagem.
 Solicitar documentação do setor de diagnostico de imagem para
preenchimento da atualização deste plano.
 Verificar junto as empresas terceirizadas os processos de trabalho, a
documentação de cada um e solicitar os mesmo para atualização deste plano.

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 Armazenar de forma adequada as lâmpadas e aguardar até a licitação para
empresa de descarte adequado.

6.3.7 Coleta Seletiva


 Implantar lixeiras adequadas e em numero suficiente para coleta seletiva,
estabelecida em contrato com a empresa Ecourbis Ambiental S/A.
 Treinar os servidores para a correta segregação.

6.3.8 Nutrição
 Solicitar ao setor da nutrição, documentação de descarte do óleo utilizado no
processo de trabalho.

Ciente e de Acordo:

Assinatura do Responsável pelas Ações Assinatura do Responsável pelas Ações


Dra. Marilande Marcolin Fabiane Gonçalves de Paula
Diretoria Técnica Diretoria Administrativa

Responsável pelo PGRSS


Jose Helder A. de Almeida
Diretor Médico

7 – MONITORAMENTO PARA CONTROLE E INDICADORES

O monitoramento visa checar e avaliar periodicamente se o PGRSS está sendo


executado conforme o planejado, consolidando as informações por meio de
indicadores e eventualmente elaborando relatórios, de forma a melhorar a qualidade,
eficiência e eficácia, aprimorando a execução e corrigindo eventuais falhas
Os resíduos devem ser quantificados anualmente, conforme preconizado na
RDC nº 306/2004 da ANVISA (Itens 4.2.2 e 4.2.3 do Regulamento Técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de saúde), assim como a taxa de acidentes com

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resíduos perfurocortantes em profissionais da limpeza. A ANVISA exige, no mínimo, o
monitoramento dos seguintes indicadores:

1. Taxa de acidentes com resíduos perfurocortantes


2. Variação da geração de resíduos
3. Variação da proporção de resíduos do grupo A
4. Variação da proporção de resíduos do grupo B
5. Variação da proporção de resíduos do grupo C
6. Variação da proporção de resíduos do grupo D
7. Variação da proporção de resíduos do grupo E
8. Variação do percentual de resíduos encaminhados para a reciclagem
9. Pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
10. Custo com RSS

ITEM A SER
INDICADORES RESULTADOS
AVALIADO
Taxa de Acidente com perfurocortantes em profissionais de limpeza
Acidente com
Total de acidentes com perfurocortantes em profissionais de limpeza
perfurocortantes
Total de acidentes
Variação da Geração de Resíduos
Geração de Resíduos Total de resíduos gerados no período:
Total de resíduos gerados atualmente
Variação da proporção dos resíduos do grupo A
Resíduo do Grupo A Total de resíduos do grupo A gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do grupo B
Resíduo do Grupo B Total de resíduos do grupo B gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do grupo C
Resíduo do grupo C Total de resíduos do grupo C gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do grupo D
Resíduo do grupo D Total de resíduos do grupo D gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos do grupo E
Resíduo do Grupo E Total de resíduos do grupo E gerados
Total de resíduos gerados
Variação da proporção dos resíduos recicláveis
Resíduos Recicláveis
Total de resíduos recicláveis gerados

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Total de resíduos gerados
Variação do percentual de pessoas capacitadas em gerenciamento de
Pessoas capacitadas em resíduos
gerenciamento de resíduos Total de pessoas capacitadas em gerenciamento de resíduos
Total de pessoas capacitadas
Variação da proporção de custo com RSS
Custo com o RSS Custos do gerenciamento do RSS
Custo do gerenciamento total

A unidade não possuía controle de resíduos, desta forma este plano busca
orientar as necessidade iniciais sobre o andamento dos resíduos. Salienta-se que
valores mensurados para os resíduos ainda estão em fase de implantação e suas
atualizações constaram nas revisões deste plano.

8 – PLANO DE CONTINGÊNCIA

Segundo orientações da Anvisa o plano de contingência deve constar de


instruções e procedimentos visando minimizar ou eliminar as consequências dessas
situações. Deverão constar:
1. Isolamento da área em emergência e notificação à autoridade responsável;
2. Identificação do produto ou resíduo perigoso;
3. Reembalagem em caso de ruptura de sacos ou recipientes;
4. Procedimentos de limpeza da área de derramamento e proteção do pessoal;
5. Alternativas para o armazenamento e o tratamento dos resíduos em casos de falhas
no equipamento respectivo de pré-tratamento; 6. Alternativas de coleta e transporte
externos e de disposição final em casos de falhas no sistema contratado

A unidade não possui plano de Contingência, entretanto, a elaboração está em


processo.

9 – BIBLIOGRAFIA

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10.004 – Resíduos Sólidos.


Classificação. Rio de Janeiro, Brasil, 1987b, 63p

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RESOLUÇÃO CONAMA nº 358/2005 – Dispõe sobre o tratamento a destinação final dos
resíduos dos serviços de saúde. Brasília, 2005.

Resolução no 283 de 12 de julho. Dispõe sobre o tratamento e a destinação final dos resíduos
dos serviços de saúde. CONAMA – Conselho Nacional de Meio Ambiente, Brasília, 2001, 4p.

NBR 12.808 – Resíduos de Serviços de Saúde. Classificação. Rio de Janeiro, 1993.

Resolução RDC nº 306, de 7 de dezembro de 2004 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico


para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde. Brasília, 2004.

Resolução RDC nº 222, de 11 de Junho de 2018 – Regulamenta as Boas Práticas de


Gerenciamento dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências. Brasília, 2004.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos;
altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA. Resolução nº. 275 de 25 de abril de


2001. Estabelece o código de cores para os diferentes tipos de resíduos, a ser adotado na
identificação de coletores e transportadores, bem como nas campanhas informativas para a
coleta seletiva.

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