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LÍNGUA PORTUGUESA

2a Série Militar – Assunto 6

FRASE, ORAÇÃO E PERÍODO

Frase de contexto: Só tem sentido em um contexto linguístico.


AbordagemTeórica Ex.:
“Óbvio”, não tem nenhum sentido,
mas em:
- Vai à festa?
1. SINTAXE -Óbvio!
De forma sintética, a sintaxe é o estudo da estruturação da
frase. Sendo assim, a fim de se fazer uma análise mais clara, é
Oração: Enunciado linguístico que apresenta verbos. O
importante que se definam alguns conceitos.
número de verbos, então, é proporcional ao número de orações.
Frase: Enunciado linguístico de sentido completo. Inicia-
Ex.: Não saberia /o que aconteceria com ela. 2 verbos, 2
-se na letra maiúscula e termina com um ponto final, ponto de
orações.
interrogação, exclamação ou, mais raramente, com reticências.

• Locução Verbal
A frase pode ser:
Eles vão votar naquele corrupto de novo.

Nominal: Não apresentar verbos ou apresenta verbos de A locução verbal não caracteriza duas orações, que podem
ligação (são verbos que não indicam ação alguma por parte ser substituídas por um único verbo, porque a locução verbal
do sujeito; é vazio de significado, já que sozinho não apresenta equivale ao papel de um verbo único.
noção. Sua função é indicar estado, qualidade ou condição do
sujeito – também conhecido como verbo relacional. Fazia versos/ como um poeta (faz versos).
Aqui, embora não apareça o verbo da segunda oração, o que
Ex.: é normal nas orações comparativas, há duas orações.
Cada macaco no seu galho.
Socorro! Oração absoluta: É aquela que apresenta um único bloco
verbal (um verbo ou uma locução verbal).

• Verbal: Ex1.: Ana saiu cedo da casa de sua mãe.

Apresenta verbos relacionais ou verbos de ação. São verbos Ex 2.: Ana tem trabalho até tarde todos os dias.
que o sentido da frase giram em torno deste.
Período: É a frase organizada em oração ou orações.
Ex.: Não saberia o que aconteceria com ela. Período subdivide-se em:

Frases de situação: Frase em que o sentido só se dá numa • Período simples (ou oração absoluta) – Formado por uma
situação específica, por exemplo: única oração.
Ex.: Ela só pensa em besteira.
Peixaria (em cima de um lugar que venda peixe)

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• Período Composto por: Dizer é transmitir informações sobre algo de que se fala, mas
é, sobretudo, fazer. É uma tentativa de agir sobre o interlocutor
– coordenação: é aquele iniciado por conjunções coordenativas. e sobre o mundo ao seu redor. Ao valor de ato que se encontra
O mundo acorda e eu durmo. alojado no enunciado, dá-se o nome de valor ilocutório (ou
ilocucionário). A frase possui um conteúdo proposicional
organizado em termos de significados, ao passo que o enunciado
– subordinação: é aquele iniciado por orações subordinativas.
possui um valor ilocutório que corresponde ao seu sentido. Este
A subordinação se refere a termos.
valor ilocutório equivale àquilo que o ato significa para aqueles
Se todo amor fosse como o seu. que através dele comunicam: um oferecimento, uma ordem, uma
promessa, um pedido de desculpa, uma pergunta, uma crítica
2. FRASE E ENUNCIADO etc.
No estudo gramatical atual, tem-se destacado uma análise
do contexto sociodiscursivo, além da pura análise da frase. Dessa Sintetizando essas relações num quadro esquemático, temos
forma, o contexto, os níveis de sentido, as intencionalidades o seguinte:
têm ganhado bastante relevância no estudo de textos. Por isso,
devem-se estabelecer algumas diferenciações. Frase: conteúdo proposicional – significado
Enunciado: valor ilocutório – sentido
Frase: uma estrutura composta de formas verbais,
considerada fora de seu emprego contextual. A análise da frase,
E o mais importante: no âmbito da relação interpessoal,
por exemplo, pouco leve em consideração a intencionalidade ou
quando se comunica, é o valor ilocutório que importa, e não o
mesmo a capacidade de interpretação do receptor.
significado.”
Enunciado: também composto por elementos verbais, difere-
se da frase por ser analisado dentro de um contexto específico de Significado: é o conceito que se refere a um significante
produção e uso. Assim, ele leva em consideração tanto o emissor fora de seu uso (como o conceito mesa, por exemplo).
(o interlocutor) quanto o coenunciador (o destinatário). Segundo Sentido: é sempre produzido por um sujeito e emana de
Fernando Afonso de Almeida, “a frase possui um significado, ao um conjunto de fatores componentes da cena comunicativa,
passo que o enunciado adquire um sentido. Embora se conheça o que vão desde a camada linguística do enunciado até o quadro
significado dos termos que compõem a frase, não é possível dizer espaço-temporal, o propósito que move os interlocutores, suas
de antemão que sentido ela poderá produzir quando assumida posições respectivas e suas identidades.
por um locutor em uma dada situação de comunicação. Observe-
se que a frase ‘A água está quente’ pode ser mobilizada na
composição de diferentes enunciados produzidos em contextos 3. ENUNCIAÇÃO E DISCURSO
interlocutivos diversos. E, de acordo com o contexto, esses
enunciados certamente serão portadores de sentidos distintos. Enunciação: Entende-se a enunciação como um ato. De
Assim, “A água está quente” pode adquirir, entre outros, o acordo com o estudioso Benveniste, em Problemas de linguística
sentido de: geral, enunciar é “colocar em funcionamento a língua por um
ato individual de utilização”. Dito de outra forma, “a enunciação
• um aviso, equivalente a ‘Você já pode vir fazer o café’. supõe a conversão individual da língua em discurso”. Assim, ao
• uma advertência, como ‘Espere para entrar no banho’. se utilizar da língua, o sujeito é alçado à condição de enunciador.

• uma reclamação: ‘Não tem água gelada nesta casa!’.


“A existência do enunciador é, portanto, condição
Em outras palavras, a frase é portadora de um significado necessária a toda enunciação. Mas não é suficiente; ao enunciar,
estável, que emana de sua estrutura proposicional. O sentido do além de mobilizar a língua por sua conta, o enunciador instala
enunciado, ao contrário, possui uma relação bastante estreita ao mesmo tempo o outro, seu interlocutor, aquele a quem
com o contexto em que é produzido. se dirige, qualquer que seja o grau de sua presença. Esse
outro é necessário não apenas para o funcionamento da
Afirma Maingueneau, em Análise de textos de comunicação,
linguagem, mas também para a própria constituição do ‘eu’
compreender um enunciado não é somente referir-se a uma
e da consciência; intelectualmente e materialmente, o outro é
gramática e a um dicionário, é mobilizar saberes muito diversos,
para cada um de nós condição de existência.
fazer hipóteses, raciocinar, construindo um contexto que não é
(Gusdorf, em La Parole)
um dado preestabelecido e estável.

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Para o francês Jean-Paul Sartre, o homem por si só, sem a EXERCÍCIOS RESOLVIDOS
convivência, não pode conhecer-se em sua totalidade, por inteiro.
Somente por meio dos olhos dos outros é possível ver-se como
01.
parte do mundo. Cada pessoa, embora não tenha acesso às
consciências das outras pessoas, pode extrair de seus olhares uma O período é composto por coordenação na seguinte alternativa:
imagem de si próprio.
Na literatura, este processo é bastante usado e muito rico, na a) A vida é dura para quem é mole.
técnica que se chamou de Multiperspectivismo narrativo. Pode- b) O braço constrói, o espírito eterniza.
-se vislumbra tal processo no livro Enquanto agonizo, de Willian c) Nunca amamos aqueles que tememos.
Faulkner. O romance narra a vida de uma família do interior, d) Uma paz desfavorável é pior que a guerra.
moradora do sul dos Estados Unidos. Antes de a mãe morrer, e) A terra está cheia da bondade de Deus.
ela pede que lhe satisfaçam um último pedido: ser enterrada em
Jefferson, a cidadezinha maior da região. O pai e as cinco crianças
Resposta: Letra B.
filhas do casal se esmeram em conseguir tal intento. Enquanto
As duas orações possuem uma independência sintática, ocupando
tudo isso ocorre, fica-se diante de uma narrativa multifacetada,
o mesmo espaço hierárquico no texto de que fazem parte.
pois cada capítulo é narrado por um personagem diferente. No
total, 15 personagens se revezam na narração, cada uma com
um estilo. 02.
Assinale a alternativa em que o período é composto por
subordinação.
OBS.:
A narrativa personativa em Memórias Póstumas de Brás
Cubas, de Machado de Assis, cria uma enunciação complexa, a) A palavra vale prata, o silêncio vale ouro.
porque embora o eu narrante e o eu narrado sejam o mesmo, b) A boa reputação é um segundo patrimônio.
a distância temporal – que implica modificação existencial c) Suportam melhor a censura os que merecem elogios.
entre eles – os configuram como seres intelectualmente d) A familiaridade encurta o respeito e rebaixa a autoridade.
distintos – o que lhes confere a alteridade. Isso, por exemplo, e) A compaixão mantém a ferida aberta.
vai além da distinção entre o enunciador e o interlocutor –
que também há na obra, representado, agora, pelo leitor.
Resposta: Letra C.
A partir do pronome relativo “que” há uma oração com função
4. TEXTO E DISCURSO de adjunto adnominal. Neste caso, a oração é subordinada, já que
exerce uma função sintática sobre a principal.
Se a enunciação é um ato, se enunciador é quem promove
tal ação, o discurso é um efeito, ou seja, um resultado do uso da 03.
língua, quando se põe em relevo sua relação com os elementos Ocorre período misto na seguinte opção:
envolvidos no processo de enunciação, com o contexto espaço-
temporal, com os propósitos da interação, etc. O estudo do
a) Se não és generoso na penúria, não serás generoso na
discurso busca, portanto, entender as condições de produção que
abundância.
o tornaram possível e que permitem sua circulação enquanto tal.
b) O silêncio, às vezes, diz mais que um longo discurso.
Mas dentro dessa relação outra também aparece com força:
c) Palavras fortes e amargas indicam uma causa fraca.
o texto. De acordo com Ingedore Koch e Carlos Travaglia, “o
d) Tudo que é débil é velho; tudo que é forte é jovem.
texto será entendido como uma unidade linguística concreta
(perceptível pela visão ou audição), que é tomada pelos usuários e) Mudamos de paixões, mas não vivemos sem elas.
da língua (falante, escritor/ouvinte, leitor), em uma situação
de interação comunicativa, como uma unidade de sentido e Resposta: Letra D.
como preenchendo uma função comunicativa reconhecível e Há dois blocos coordenados: [Tudo que é débil é velho;] + [tudo
reconhecida, independentemente da sua extensão”. que é forte é jovem.]. Além disso, a partir do pronome relativo
Diante disso, o que verifica-se é que o texto é uma estância “que” há uma oração com função de adjunto adnominal. Neste
mais concreta, em que emergem os elementos cotextuais (que caso, a oração é subordinada, já que exerce uma função sintática
são as marcas materiais) oriundos de sua construção; ao passo sobre a principal. Aqui há o bloco subordinado. Período misto.
que o discurso se vale da situação comunicativa e por isso
privilegia os elementos contextuais.

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II. Na imagem 1, predomina o tom cômico, tanto na fala das


personagens quanto na representação bem humorada do
EXERCÍCIOS NÍVEL 1 céu.
III. Na imagem 2, encontramos uma visão crítica da manipulação
genética, explicitada pela presença da face de Hitler sendo
enxertada no DNA.
Considere as imagens para responder às questões de números
01 e 02.
Está correto apenas o que se afirma em:

Imagem 1.
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e II.
e) II e III.

03.
Leia:
“No senso mais geral, o termo engloba cada faceta da
cultura evidente na atualidade...”
A expressão – “no senso mais geral” – equivale a:

Texto: a) sensivelmente.
Anjo: Senhor, descobriram o código do genoma humano.
b) superficialmente.
Deus: Droga, malditos hackers. Terei que inventar novas senhas.
c) severamente.

Imagem 2. d) relativamente.
e) genericamente.

04.
Leia:
“A despeito das controvérsias, o que efetivamente intriga os
cientistas é o fato de nossos ancestrais terem, em certo momento
da evolução, deixado de lado suas preocupações básicas com
comida, água, abrigo ou predadores para se dedicarem a fazer
ornamentos e bibelôs.”.
A expressão – “A despeito das”...– pode ser substituída, sem
comprometimento de sentido, por:

a) Por conseguinte às.


01. b) A não ser que as.
O humor presente nas falas das personagens da imagem 1 c) Assim como as.
deve-se à aproximação entre termos próprios a dois domínios d) Apesar das.
diferentes do conhecimento, a saber:
e) A fim das.

a) a tecnologia e a religião.
05.
b) a religião e a filosofia.
Constata-se o emprego de uma estrutura sintática característica
c) a genética e a informática. da linguagem coloquial em:
d) a biologia e a genética.
e) a informática e a filosofia. a) “Nos lêem melhor que nós mesmos.”
b) ”Perfumes falam.”
02. c) “O corpo é um texto.”
Considere as seguintes afirmações sobre as imagens: d) “Um paisagista lê a vida de maneira florida e sombreada.”

8 I. Ambas, de modos diferentes, tratam a engenharia genética


e) “A paisagem pode ter sotaque.”

como um avanço fundamental e altamente positivo para a


humanidade.
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06. 10.
“...embora os dados objetivos sejam bem mais controversos...”; Leia:
a alternativa que mostra um conectivo que NÃO possui o mesmo “O que é preciso saber gerenciar e dosar bem as duas medidas,
valor semântico do vocábulo “embora” nesse segmento do como em tudo na vida”, afirma Maria Carlota Boabaid, peda-
texto é: goga e mestra em Administração de Empresas, que atua na
área de gestão de pessoas. Com uma visão ampla sobre o tema
a) mesmo que. emoção e trabalho, Maria Carlota afirma ainda que a emoção
b) ainda que. não é o berço ou privilégio apenas da área”.
(Patrícia bispo – adaptado)
c) apesar de.
d) sem que.
O conectivo que introduz o segundo período do texto traduz
e) não obstante.
uma relação de:

07. a) concessão.
A alternativa em que o sinônimo do termo destacado está corre-
b) modo.
tamente indicado é:
c) meio.
d) instrumento.
a) “sejam bem mais controversos” – diferentes.
e) causa.
b) “permite debates acirrados” – acalorados.
c) “com tanto vigor” – interesse.
d) “a propagação do dogmatismo” – propaganda.
e) “base da paixão democrática” – política.

08.
A alternativa que NÃO mostra qualquer exemplo de intensifica-
01.
ção de um adjetivo é:
ELETROBRAS ADMINSTRAÇÃO GERAL - NCE-2007 SECRETÁRIA
a) “embora os dados científicos sejam bem mais controversos O teste definitivo para você saber se você está ou não
do que se costuma supor”. integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica. O que
b) “as opiniões mais autorizadas estão em perfeita contradição”. você faz quando liga para alguém e quem atende é uma máquina.
c) “dispor de um balanço mais definitivo sobre essas questões”. Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária
d) “para avivar o ‘grande medo planetário”. eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema? É
e) “Pois quanto maior a incerteza científica...”. apenas um gravador estranho com uma função a mais. Mas aí
é que está. Não é uma máquina como qualquer outra. É uma
09. máquina de atender telefone. O telefone (que eu não sei como
“Ao encontro de” tem sentido diferente a “de encontro a”; a funciona, ainda estou tentando entender o estilingue) pressupõe
frase abaixo em que a expressão destacado deveria ser substituí- um contato com alguém e não com alguma coisa. A secretária
da pela que está entre parênteses é: eletrônica abre um buraco nesta expectativa estabelecida. É
desconcertante. Atendem – e é alguém dizendo que não está
a) Os executivos preocupam-se acerca do futuro das empresas. lá! Seguem instruções para esperar o bip e gravar a mensagem.
(a cerca). É aí que começa o teste. Como falar com ninguém no
b) Porventura a vida profissional dos executivos está mudando? telefone? Um telefonema é como aqueles livros que a gente
(por ventura). gosta de ler, que só tem diálogos. É travessão você fala, travessão
c) Senão ocorressem mudanças, os executivos também não fala o outro. E de repente você está falando sozinho. Não é nem
mudariam. (se não). monólogo. É diálogo só de um.
d) Alguns executivos vieram de baixo e triunfaram por esforço – Ahn, sim, bom, mmm... olha, eu telefono depois. Tchau.
próprio. (debaixo). O “tchau” é para a máquina. Porque temos este absurdo
e) As empresas estão a fim de progredirem. (afim). medo de magoá-la. Medo de que a máquina nos telefone de
volta e nos xingue, ou pelo menos nos bipe com reprovação.

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Sei de gente que muda a voz para falar com secretária 04.
eletrônica. Fica formal, cuida a construção da frase. Às vezes O item em que o vocábulo “para” tem significado diferente de
precisa resistir à tentação de ligar de novo para regravar a todos os demais é:
mensagem porque errou a colocação do pronome.
Outros não resistem. Ao saber que estão sendo gravados, a) “O teste definitivo para você saber...”.
limpam a garganta, esperam o bip e anunciam:
b) “O que você faz quando liga para alguém...”.
- De Augustín Lara...
c) “Seguem instruções para esperar o bip...”.
E gravam um bolero.
d) “Sei de gente que muda a voz para falar com a secretária...”.
Talvez seja a única atitude sensata.
e) “...ligar de novo para regravar a mensagem”.
Luís Fernando Veríssimo
05.
01. A frase do texto em que há claramente a personificação da
secretária eletrônica por meio de uma ação humana que lhe é
“O teste definitivo para você saber...”; o vocábulo definitivo,
atribuída, é:
nesse contexto, corresponde ao seguinte sinônimo:

a) “Medo de que a máquina nos telefone de volta...”.


a) inapelável.
b) “O ‘tchau’ é para a máquina”.
b) decisivo.
c) “Porque temos este absurdo medo de magoá-la”.
c) determinado.
d) “Não é uma máquina como qualquer outra”.
d) derradeiro.
e) “Sei de gente que muda a voz para falar com secretária
e) aprovado.
eletrônica”.

02.
06.
O item que mostra um desenvolvimento inadequado do segmento
O item em que o termo destacado apresenta um significado que
sublinhado é:
é específico, ao contrário dos demais, em que é vagamente geral,
é:
a) “O teste definitivo para você saber...” = o teste definitivo
para que você saiba.
a) “O teste definitivo para você saber...”.
b) “Ao saber que estão sendo gravados...” = quando sabem
b) “O que você faz quando liga para alguém...”.
que estão sendo gravados.
c) “Tem gente que nem pensa nisso”.
c) “para regravar a mensagem” = para que regrave a
mensagem. d) “...se está ou não integrado no mundo moderno”.
d) “Seguem instruções para esperar o bip” = seguem instruções e) “...para falar com secretária eletrônica”.
para que se espere o bip.
e) “como aqueles livros que a gente gosta de ler” = como 07.
aqueles livros que a gente gosta que se leiam. “O que você faz quando liga para alguém e quem atende é uma
máquina”. O comentário correto sobre o vocábulo “O”, colocado
03. ao início desse período do texto, é que se trata de:
“O teste definitivo para você saber se você está ou não
integrado no mundo moderno é a secretária eletrônica”. a) um pronome demonstrativo, referindo-se a “teste”.
A forma de reescrever-se esse segmento do texto que altera o seu b) um artigo definido, determinando a oração seguinte.
sentido original é: c) um pronome pessoal, equivalendo a “ele”.
d) um pronome interrogativo, juntamente com “que”.
a) Para você saber se está ou não integrado no mundo moderno, e) um pronome indefinido, correspondendo a “algum”.
o teste definitivo é a secretária eletrônica.
b) A secretária eletrônica é o teste definitivo para você saber se
está ou não integrado no mundo moderno.
c) É a secretária eletrônica o definitivo teste para você saber se
está ou não integrado no mundo moderno.
d) Para você saber se está ou não integrado no mundo moderno,
a secretária eletrônica é o teste definitivo.
10 e) O teste definitivo do mundo moderno para você saber se
está ou não integrado nele é a secretária eletrônica.
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08. 02.
“O que você faz quando liga para alguém e quem atende é “A secretária eletrônica abre um buraco nesta expectativa
uma máquina”. estabelecida”.
Nesse segundo período do texto, os elementos que estão em A “expectativa” referida no texto é a de que:
oposição semântica são:
a) se entre em contato com alguém.
a) você / quem; b) se possa deixar um recado.
b) faz / liga; c) a secretária eletrônica esteja ligada.
c) liga / atende; d) se possa seguir as instruções da máquina.
d) alguém / máquina; e) não tenham ligado a secretária eletrônica.
e) o / uma.
03.
09. O trecho entre parênteses no segundo parágrafo – “que eu não
A frase abaixo que representa uma linguagem coloquial é: sei como funciona, ainda estou tentando entender o estilingue”
– tem a função de:
a) “Tem gente que nem pensa nisso”.
b) “Falam com a secretária eletrônica com a maiornaturalidade”. a) mostrar a competência tecnológica do autor do texto.
c) “Talvez seja a única solução sensata”. b) fazer pouco das máquinas modernas.
d) “E gravam um bolero”. c) demonstrar a inadequação do autor diante das coisas
e) “É apenas um gravador estranho com uma função a mais”. modernas.
d) transmitir um tom crítico ao texto.
10. e) situar o texto em tempos passados.
O item em que a figura de linguagem presente no segmento
destacado NÃO está corretamente identificada, é: 04.
“...porque errou a colocação do pronome”.
a) “Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária A frase abaixo em que ocorre erro na utilização de pronomes,
eletrônica com a maior naturalidade” = silepse de número. segundo a norma culta da língua, é:
b) “Um telefonema é como aqueles livros que a gente gosta de
ler” = comparação. a) A secretária repetiu-lhe a mensagem.
c) “É aí que começa o teste” = metáfora. b) O deputado telefonou-me à noite.
d) “Talvez seja a única atitude sensata” = ironia. c) Nenhuma secretária se colocará entre eu e ela.
e) “É diálogo só de um” = paradoxo. d) Todos têm medo de magoá-la.
e) Ninguém a quer magoar.

05.
“– Ahn, sim, bom, mmm...”.
Essas palavras indicam, por parte de quem é atendido pela
secretária eletrônica:

Considere o texto anterior para responder às questões a seguir.


a) aborrecimento.
b) hesitação.
01.
c) espanto.
“Tem gente que nem pensa nisso. Falam com a secretária
d) desilusão.
eletrônica com a maior naturalidade, qual é o problema”? A
pergunta final desse segmento: e) admiração.

a) é feita pelo próprio autor do texto.


b) é questão atribuída à secretária eletrônica.
c) é da autoria da “gente que nem pensa nisso”.
d) parte de quem não é atendido pela secretária com naturalidade.
e) questiona o problema de não haver quem atenda o telefone. 1111
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06. 09.
“Medo de que a máquina nos telefone de volta e nos xingue...”; Afirmação que cabe ao texto como um todo é que ele:
a forma verbal abaixo que, por não apresentar uma forma correta
de presente de subjuntivo, NÃO poderia substituir as formas a) critica amargamente os novos meios tecnológicos.
telefone ou xingue:
b) elogia a tranquilidade dos que não temem as máquinas.
c) ironiza a falta de educação da secretária eletrônica.
a) requeira – requerer.
d) destaca a desumanização nas relações humanas.
b) provenha – provir.
e) indica uma solução para os problemas de comunicação.
c) proveja – prover.
d) intervinha – intervir.
10.
e) refaça – refazer.
“...eu telefono depois”; se colocamos essa frase na forma de
discurso indireto, iniciando-a por “ele disse que...”, a forma
07. adequada é:
Na palavra regravar, o prefixo re- tem o sentido de “de novo”.
O vocábulo em que esse mesmo prefixo tem sentido diferente, é: a) telefonará no dia seguinte;
b) telefonará depois;
a) reforçar. c) telefonava no dia seguinte;
b) renovar. d) telefona mais tarde;
c) revisão. e) telefonaria depois.
d) reescrever.
e) releitura. 11.
Há tipos diferentes de atitudes diante do atendimento de uma
08. secretária eletrônica. A frase cuja identificação dessa atitude não
O item em que o sentido da oração destacado está erradamente está adequada é:
indicado, é:
a) “Falam com a secretária eletrônica com a maior naturalidade”
a) “O que você faz quando liga para alguém e quem atende é – tranquilidade.
uma máquina” – tempo. b) “Como falar com ninguém no telefone?” – confusão mental.
b) “...regravar a mensagem porque errou a colocação do c) “E gravam um bolero” – lirismo.
pronome” – causa. d) “Sei de gente que muda a voz para falar com secretária
c) “Sei de gente que muda a voz para falar com secretária eletrônica” – formalismo.
eletrônica” – finalidade. e) “...ou pelo menos nos bipe com reprovação” – temor.
d) “O teste definitivo para você saber se está ou não integrado
no mundo moderno é a secretária eletrônica” – condição.
e) “Ao saber que estão sendo gravados...” – tempo.

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GABARITO 09. Letra D.


De forma geral, há mais de uma questão certa, pois de algum
modo respondem o texto. Mas tentando responder àquela que
EXERCÍCIOS NÍVEL 1 reúne a intenção mais essencial da mensagem é a letra D.
10. Letra E.
01. Letra C.
Há uma enálage em “telefono depois”, já que o verbo deveria
02. Letra E.
estar no futuro do presente. Sendo assim, no discurso indireto,
03. Letra E. deve-se colocar a frase no respectivo passado, ou seja, no futuro
04. Letra D. do pretérito, por isso, “telefonaria”.
05. Letra A. 11. Letra C.
06. Letra D. Não há lirismo, mas ironia.
07. Letra B.
08. Letra D.
09. Letra C.
10. Letra E.
NOTAS

EXERCÍCIOS NÍVEL 2
01. Letra B
02. Letra E.
03. Letra E.
04. Letra B.
05. Letra A.
06. Letra D.
07. Letra A.
08. Letra D.
09. Letra A.
10. Letra C.

EXERCÍCIOS NÍVEL 3
01. Letra C.
O autor cria um texto polifônico, em que as vozes daqueles que
teriam um pensamento distinto ao seu também ecoam.
02. Letra A.
A expectativa a que se refere o autor é ser atendido por alguém.
03. Letra C.
A expressão “que eu não sei como funciona” prova a resposta.
04. Letra C.
Diante de uma preposição, a preposição constrange o pronome a
assumir a forma oblíqua tônica.
05. Letra B.
As interjeições, as pausas, a repetição consonantal e as reticências
apontam para uma fala pouco segura.
06. Letra D.
O correto não é intervinha, mas intervenha.
07. Letra A.
Em reforçar o sentido é de intensidade, ou seja, deixar mais forte.
08. Letra D.
Sendo o se uma conjunção integrante e a oração sendo objetiva 1313
direta, não há ideia de condição.
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NOTAS

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