Você está na página 1de 21

O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO E SUA

ARTICULAÇÃO COM O PLANEJAMENTO DOCENTE

Cirlene Aparecida Castellani1


Marta Lucia Croce2

RESUMO

Este artigo apresenta os resultados de estudos teóricos e práticos realizados


junto à Universidade Estadual de Maringá (UEM), a partir do Programa de
Desenvolvimento Educacional (PDE), da Secretaria de Estado da Educação do
Paraná (SEED/PR), em 2016 e 2017. Agrega a atividade de implementação da
Produção Didático-Pedagógica proposta no Projeto de Intervenção
Pedagógica, que questionou a relação e a influência do Projeto Político-
Pedagógico no planejamento docente e no cotidiano da sala de aula, junto aos
professores. Após os estudos teóricos houve compartilhamento dos
conhecimentos adquiridos com o Grupo de Trabalho em Rede (GTR), assim
como a implementação junto aos professores do Colégio Estadual Professora
Denise Cardoso de Albuquerque – Ensino Fundamental e Médio. Buscou-se
promover uma maior interação destes profissionais com o Projeto Político-
Pedagógico, contribuindo, assim, para subsidiar as suas ações educativas. A
elaboração do planejamento docente e, consequentemente, o desenvolvimento
e acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem promovem as
práticas pedagógicas que buscam a melhoria na qualidade da educação
escolar pública. Estabelece, ainda, uma importante relação entre Projeto
Político-Pedagógico e Plano de Trabalho Docente, concorrendo para o bom
andamento das práticas pedagógicas no cotidiano escolar. Contribui, também,
para o estabelecimento de vínculos entre o que se pensa e que se quer para a
instituição e com a educação desenvolvida na sala de aula.

Palavras-chave: PDE; Planejamento Docente; Projeto Político-Pedagógico;


Gestão Democrática.

1
Professora PDE na área de Gestão Escolar – Universidade Estadual de Maringá – UEM –
e-mail: cirlenecastell@seed.pr.gov.br
² Professora Doutora, Orientadora PDE - Universidade Estadual de Maringá – DFE/UEM –
e-mail: martalucia.croce@gmail.com
2

1 INTRODUÇÃO

O presente texto é resultado dos estudos teórico científicos realizados


junto a Universidade Estadual de Maringá (UEM), durante as orientações,
cursos e palestras ministradas, assim como na implementação da produção
didático-pedagógica do Projeto de Intervenção Pedagógica. Estas atividades
compõem a formação continuada proposta pelo Programa de Desenvolvimento
Educacional (PDE) da Secretaria de Estado da Educação do Paraná
(SEED/PR).
Por meio de textos e outros materiais pedagógicos, buscou-se ressaltar
a importância e compreensão da prática do planejamento docente, como
possibilidade de organização do Plano de Aula dos professores. A estratégia
de implementação da prática de planejamento da ação docente também
contribui para a gestão democrática da escola. Atua como instrumento para
promover um maior envolvimento dos professores com o Projeto Político-
Pedagógico da escola, em sua dimensão e organicidade.
Com esses direcionamentos, firmamos a ideia de buscar, por meio de
um clima de reflexão, ferramentas para compreender e suprir a necessidade
dos professores em analisar o Projeto Político-Pedagógico como um
instrumento resultante de um trabalho coletivo da escola. Este trabalho deve
ser vivenciado por todos os envolvidos no processo educativo, buscando
subsidiar a organização do trabalho pedagógico, a elaboração do planejamento
docente, incluindo o trabalho na sala de aula.
Justificou-se assim, um estudo voltado à relevância do educador em
analisar seu planejamento docente e da sua atuação no cotidiano da sala de
aula, como a concretização das especificidades do Projeto Político-
Pedagógico. O processo de ensino e aprendizagem é resultante do
planejamento docente, e este está articulado ao Projeto Político-Pedagógico,
originado nas políticas educacionais contidas nas diretrizes da educação
nacional, conforme prescrito na Lei de Diretrizes e Bases da Educação
Nacional – Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996).
Os encaminhamentos metodológicos deste trabalho se deram por meio
de levantamento bibliográfico a respeito de conceitos com textos de apoio,
3

pesquisas, vídeos, imagens, documentários, entre outras atividades


pedagógicas.
Foram, ainda, realizadas atividades teóricas e práticas com os
professores do Colégio Estadual Professora Denise Cardoso de Albuquerque –
Ensino Fundamental e Médio, do município de Flórida – PR, que ocorreram no
próprio colégio, na sala multiuso e laboratório de informática, com utilização de
projetor multimídia, computador e internet, quebra-cabeça em MDF, bloco de
anotações e caneta esferográfica.
As estratégias de ação foram desenvolvidas em trinta e duas (32) aulas,
elencadas em forma de grupos de estudos, nas quais se buscou
instrumentalizar os profissionais da educação no que se refere ao
conhecimento do Projeto Político-Pedagógico da instituição de ensino, da qual
fazem parte.
Para a apresentação do referido estudo, este trabalho está subdividido
em seções relacionadas à analise da elaboração do Projeto Político-
Pedagógico da escola, discutindo e refletindo a sua importância dentro da
instituição de ensino bem como sua influência na organização do trabalho
pedagógico. Na descrição da aplicação do projeto de intervenção pedagógica
apresentamos a palestra com profissional da educação sobre o tema, assim
como a pesquisa bibliográfica por meio de estudos em grupo, e utilização do
material elaborado com os professores da escola analisado sob a luz do
Projeto Político-Pedagógico do Colégio.
Deste modo, foi possível organizar os debates em grupo e desenvolver
planos de aula experimentais. Os resultados obtidos estão conectados ao
processo de implementação com os profissionais do Colégio.

2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

Na década de 1980, a perspectiva democrática de gestão escolar,


valorizando o pensamento crítico e adotando a participação como estratégia
político-pedagógica, ocupou crescente espaço entre os educadores. O contexto
político então vivido no Brasil favorecia seu desenvolvimento. Reivindicada
pelos movimentos sociais, tornou-se um dos princípios da educação na
constituição brasileira de 1988.
4

Com a promulgação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional


– Lei nº 9.394/96 (BRASIL, 1996), toda escola precisa elaborar um projeto
político-pedagógico. Esse documento deve contemplar a introdução do trabalho
integrado e articulado, com a participação coletiva em sua elaboração e
desenvolvimento, fazendo o ordenamento de todas as atividades pedagógicas,
curriculares e organizacionais da escola e tendo como primordial, os objetivos
educacionais.
A partir desse momento, toda escola necessita se adequar à legislação e
elaborar o seu Projeto Político-Pedagógico contando com a participação de
todos os segmentos da comunidade escolar (professores, pedagogos,
diretores, funcionários, alunos, pais de alunos). Este documento deve
expressar a identidade da instituição e também a autonomia pedagógica,
administrativa e gestão financeira.
No entanto, o Projeto Político-Pedagógico, sendo um documento que
deve ser elaborado coletivamente e, quando necessário, reelaborado, é um
instrumento efetivo do desenvolvimento do trabalho pedagógico, interferindo
positivamente na elaboração do planejamento docente. Sua construção está
relacionada com a organização da escola em sua totalidade, bem como o
trabalho pedagógico, incluindo a ação do professor na dinâmica interna da sala
de aula (VEIGA, 2001).
Dessa forma, o educador deve fazer a análise do seu planejamento
docente e da sua atuação no cotidiano da sala de aula, como a concretização
das especificidades do Projeto Político-Pedagógico.
É a partir desses pressupostos que os gestores escolares têm de nortear
seu trabalho na Escola. Devem estar conscientes de que a gestão democrática
e participativa é um dos fatores fundamentais na organização escolar, a
participação de todos os envolvidos no processo educacional é a principal ação
do gestor escolar.

2.1 A GESTÃO DEMOCRÁTICA

O processo de democratização está ligado às mudanças na organização


do trabalho e na maneira pela qual a política educacional foi se desenvolvendo
nessa trajetória. Implantado como forma de gerenciamento ocasiona a
5

organização e o fortalecimento de recursos para efetivar a participação da


comunidade na escola (BOGATSCHOV et al, 2012).

Os órgãos colegiados têm possibilitado a implantação de novas


formas de gestão por meio de um modelo de administração
coletiva, em que todos participam dos processos decisórios e
do acompanhamento, execução e avaliação das ações nas
unidades escolares, envolvendo as questões administrativas,
financeiras e pedagógicas (ABRANCHES, 2003, p.14).

As Instâncias Colegiadas, na gestão democrática, garantidas pela LDB


9.394/96, são compreendidas como instrumentos capazes de promover a
integração da comunidade escolar, da família com a escola bem como sua
participação em conselhos escolares ou equivalentes.
De acordo com Libâneo; Oliveira; Toschi, 2006, é importante que a
escola possua meios para garantir a participação da sociedade nas ações da
escola, tais como as instâncias colegiadas: conselho escolar, conselho de
classe, Grêmio Estudantil e Associação de Pais, Mestres e Funcionário –
APMF. A gestão democrática se efetiva a partir das práticas coletivas de
planejamento e participação da comunidade escolar nas tomadas de decisões
envolvendo o processo de ensino‐aprendizagem.
O Conselho Escolar, compreendido como um instrumento de gestão e
participação, é considerado o órgão máximo de direção da escola pública. É
um órgão colegiado deliberativo, consultivo, avaliativo e fiscalizador dos
aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros, no qual pais, professores
funcionários e alunos expõem seus interesses e fazem suas reivindicações. Ao
assumir a função pedagógica e política, tem a competência de aprovar e
acompanhar o projeto político‐pedagógico (VEIGA, 2005; LIBÂNEO;
OLIVEIRA; TOSCHI (2006).
A organização e os processos de gestão abrangendo a direção,
assumem diferentes significados de acordo com a concepção que se tenha dos
objetivos educacionais a cerca da sociedade e a formação dos alunos. Numa
concepção técnico-científica de escola, a direção é centralizada na figura do
diretor que ao exercer sua função cumpre um plano já estabelecido sem a
participação dos demais membros integrantes da escola em sua elaboração.
Enquanto que na concepção democrática participativa, é possível uma direção
6

individualizada ou de forma coletiva sendo que as tomadas de decisões se dão


coletivamente e participativamente (LIBÂNEO, 2008, p. 102).
No âmbito escolar, a participação é o principal meio de se garantir a
gestão democrática, viabilizando o envolvimento de todos os profissionais e
usuários no processo de tomada de decisões. Propicia a todos a compreensão
dos objetivos e metas da estrutura organizacional, de suas ações, das relações
da escola com a comunidade, contribuindo para uma maior proximidade entre
professores, alunos e pais. Assim, é indispensável o trabalho em equipe, de
forma colaborativa e solidária, primando pela formação e a aprendizagem do
aluno (LIBÂNEO, 2008, p. 102-103).
Do ponto de vista organizacional, a gestão escolar divide as
responsabilidades rompendo com as práticas individualistas, favorecendo a
cooperação, o diálogo, o compartilhamento de atitudes, a convivência,
aceitação das mudanças que se fizerem necessárias. É preciso criar outra
cultura organizacional, instituída a partir das percepções, modos de pensar e
agir (LIBÂNEO, 2008, p. 103).
A gestão democrática repensa a estrutura de poder da escola visando
sua socialização. A socialização do poder permite que ocorra a participação
coletiva, amenizando o individualismo, a exploração, a opressão; a
dependência de órgãos intermediários que elaboram políticas educacionais das
quais a escola é mera executora (VEIGA, 2001 p. 4).
Na liderança pode-se promover ações que contemplem as práticas
participativas e de desenvolvimento pessoal e profissional. Diretores,
pedagogos, professores, todos são gestores nas instâncias de suas
competências. A direção deixa de ter caráter autoritário. Na gestão democrática
efetivada de forma participativa para que ocorra o bom funcionamento e êxito
da escola, é indispensável que a direção e a coordenação pedagógica
possuam capacidade de liderança.
Ferreira coloca que a gestão ocorre em todas as esferas da escola.

[...] a gestão da educação, enquanto tomada de decisão,


organização, direção e participação, não se reduz e
circunscreve na responsabilidade de construção do projeto
político-pedagógico. A gestão da educação acontece e se
desenvolve em todos os âmbitos da escola, inclusive e
especialmente na sala de aula, onde se objetiva o projeto
7

político-pedagógico não só como desenvolvimento do


planejado, mas como fonte privilegiada de novos subsídios
para novas tomadas de decisões e para o estabelecimento de
novas políticas [...] (FERREIRA, 2003, p.16).

A escola é a responsável por seu desempenho. Para uma gestão


centrada na aprendizagem e conseguir melhores resultados é necessária a
participação dos pais e da comunidade. Na escola necessita-se desenvolver
uma relação de parceria com a família. Esta participação democrática e
participativa é o principal meio de assegurar e inserir as famílias como
parcerias ativas no processo de ensino-aprendizagem efetivo de seus filhos.
Em uma concepção democrática, constata-se a importância da atuação
de todos os membros por meio da participação dos sujeitos sociais envolvidos
na comunidade escolar. Na elaboração e construção de seus projetos, como
também nos processos de decisão, de escolhas coletivas e nas vivências e
consequentemente, proporcionar aprendizagens e valores voltados para a
cidadania.

2.2 CONTEXTO HISTÓRICO DO PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

A construção e execução do Projeto Político-Pedagógico acontecem em


uma gestão democrática, no âmbito escolar. A construção coletiva do Projeto-
Político-Pedagógico envolve professores, estudantes, funcionários, pais e
comunidade. É um aprendizado da gestão democrática e participativa, pois, a
democratização implica, portanto, compreender a cultura da escola e dos seus
processos, bem como articulá-los com as relações sociais mais amplas.
O Projeto Político-Pedagógico está vinculado às exigências decorrentes
da reestruturação do ensino na atualidade, também como a política
educacional foi sendo construída no decorrer desse processo. Por isso,
visando uma melhor compreensão do nosso objeto de estudo, faz-se
necessário, neste momento, compreender o contexto histórico no qual ele
surgiu.
A história da educação contemporânea mostra, no decorrer dos anos, o
campo educacional determinando suas opções políticas e culturais e suas
categorias de percepção e apreciação. No Brasil, presenciamos este indício a
8

partir dos anos de 1970 até meados dos anos 1990, quando o campo
educacional sofreu constantes pressões conjunturais vindas dos processos de
abertura democrática, das lutas sindicais, dos movimentos sociais e dos
primeiros sinais neoliberais da mundialização da economia e de toda atividade
humana. Nesse cenário, ocorre a preocupação em definir uma nova identidade
do administrador da educação reconstruindo seu perfil político e técnico de
acordo com o movimento sociopolítico da época (SANDER, 2007, p. 61).
A perspectiva democrática de gestão escolar, considerando o
pensamento crítico e priorizando a participação como estratégia político-
pedagógica, ganha ênfase nos estudos e publicações competentes da área.
Com a Constituição Brasileira de 1988, ocorreram importantes mudanças
políticas no país. Em seu artigo 206, estabelece a gestão democrática como
princípio da educação.
Em consequência, a educação teve avanços significativos possibilitando
a prática democrática no cotidiano escolar. Também abre uma expectativa para
restaurar o caráter público da administração pública, e restituir o controle da
sociedade civil sobre a educação. Nesse contexto, a gestão democrática como
princípio da Constituição vigente, compreende as dimensões pedagógica,
administrativa e financeira.
Seguindo uma tendência internacional, instituída pelas novas imposições
do capital internacional de reorganização produtiva e de políticas neoliberais,
no Brasil, é instaurada a elaboração do Plano Decenal de Educação para
Todos no governo Itamar Franco (1992-1995). No governo seguinte, Fernando
Henrique Cardoso (1995-2002) instaurou metas em conformidade com as
organizações internacionais de descentralização, autonomia das escolas,
reorganização curricular, gestão democrática, formação docente e sistema de
avaliação (SHIROMA; MORAES; EVANGELISTA, 2006).

A implantação da gestão democrática como forma de


gerenciamento da escola pública, [...] implica na organização e
fortalecimento de mecanismos para efetivação da participação
da comunidade na escola. Tal participação torna a escola o
núcleo da gestão democrática. Assumindo o pressuposto que a
organização e gerenciamento da escola não podem ser
desvinculados do processo histórico no qual estão inseridas
(BOGATSCHOV et al, 2012, p. 2797).
9

Na década de 1990, as reformas da educação foram alicerçadas no


novo modelo gerencial no campo empresarial, que redirecionou a organização,
financiamento e gestão dos sistemas de ensino. Com a Lei de Diretrizes e
Bases da Educação Nacional (Lei 9.394/96) em seu artigo 14, reafirmou o
princípio da gestão democrática às escolas públicas assegurando autonomia
pedagógica, administrativa e de gestão financeira.

Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão


democrática do ensino público na educação básica, de acordo
com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do
projeto pedagógico da escola;
II - participação das comunidades escolar e local em conselhos
escolares ou equivalentes.

As instituições de ensino terão o compromisso de administrar seu


pessoal, recursos materiais e financeiros e ofertar um ensino com base nos
princípios da gestão democrática do ensino público, na forma da Lei e da
legislação própria dos sistemas de ensino.
A Constituição Federal (1988) institui:

Art. 214. A lei estabelecerá o plano nacional de educação, de


duração plurianual, visando à articulação e ao desenvolvimento
do ensino em seus diversos níveis e à integração das ações do
Poder Público que conduzam à:
I – erradicação do analfabetismo;
II – universalização do atendimento escolar;
III – melhoria da qualidade do ensino;
IV – formação para o trabalho;
V – promoção humanística, científica e tecnológica do País.

O Plano Nacional de Educação (PNE) entra em vigor em 2001, pela Lei


nº 10.172/2001, traçando diretrizes e metas à educação brasileira.

As ações concernentes à estruturação do PNE configuram-se,


portanto, como fruto da ação política desencadeada pela
sociedade civil organizada, em fazer valer as disposições
legais contidas no artigo 214 da Constituição Federal de 1988 e
nas disposições transitórias da LDB (DOURADO, 2006, P. 29-
30).
10

Como princípio da Constituição vigente, a gestão democrática


compreende as dimensões pedagógica, administrativa e financeira. Ela requer
mudanças na prática administrativa escolar, em oposição às questões de
exclusão e reprovação do aluno e sua não permanência na escola, o que vem
acarretando a marginalização das classes populares. Esse compromisso exige
a construção coletiva de um projeto político-pedagógico direcionado à
educação das classes populares (VEIGA, 2001).

[...] a dinâmica da vida da escola leva a considerar a


organização escolar como uma instituição aberta, cuja
estrutura e processos de organização e gestão são
constantemente construídos pelos que nela trabalham (diretor,
coordenadores pedagógicos, professores e funcionários) e
pelos seus usuários (alunos, pais, comunidade próxima)
(LIBÂNEO, 2008, p.24, grifo do autor).

A construção coletiva favorece aos envolvidos no processo de ensino,


situações que lhes permitam assegurar a autonomia da escola com a interação
comunicativa, discussão pública dos problemas e soluções, tomada das
decisões, realizar o fazer pedagógico de forma coerente para que seja
assegurada a qualidade de ensino.
Na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei nº 9.394/96, o
art. 12, inciso I prevê que “os estabelecimentos de ensino, respeitadas as
normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de
elaborar e executar sua proposta pedagógica”, deixando assim evidente que a
ação educativa deve ser ato intencional e diversificado que atenda às políticas
de apoio e assegure a formação do cidadão.
A deliberação Nº 014/99 do Conselho Estadual de Educação do Paraná,
dispõe que toda escola paranaense deve elaborar sua proposta pedagógica em
atendimento às normas do Sistema Estadual de Ensino e à Legislação
educacional vigente, envolvendo todos os segmentos da comunidade escolar,
promovendo a aquisição de conhecimentos, competências, valores e atitudes
previstas para a Educação Básica.
Logo, a construção do Projeto Político-Pedagógico da escola deve ser
coletiva valorizando todos os envolvidos no processo educativo, tendo
consciência de que cada um possui sua parcela de responsabilidade
enriquecendo o trabalho coletivo.
11

2.3 O PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO

O Projeto Político-Pedagógico, entendido como a organização do


trabalho pedagógico da escola, tem sido objeto de estudos em busca da
melhoria da qualidade do ensino. Quando o Projeto Político-Pedagógico é
elaborado coletivamente determinando o que se quer (fins) e como (meios),
pode auxiliar na formação com qualidade, ajudar o processo de uma gestão
democrática no interior da escola, possibilitar a organização do trabalho
pedagógico na escola e, oportunizar a reflexão sobre a sua intencionalidade
educativa.
VEIGA (2001), ao explicar o termo projeto, diz que, em sua origem
etimológica o termo projeto deriva do latim projectu, particípio passado do
verbo projicere, verbo projetar, que quer dizer lançar-se para diante.
Na escola, a elaboração de projetos é algo intencional, que busca a
solução de problema e desenvolver um processo de construção do
conhecimento. Todo projeto em sua elaboração supõe romper com a situação
presente e almeja ocorrer mudanças no futuro. O Projeto Político-Pedagógico é
um compromisso coletivo no sentido de definir as ações educativas e cumprir
seus propósitos e sua intencionalidade (VEIGA, 2001).
O termo político está relacionado ao exercício da política: Governar o
que é público. É o compromisso com a formação do cidadão e da sociedade.
Na escola, deve-se incutir nos alunos e na comunidade escolar a consciência
dos direitos e deveres dos cidadãos. Explica DIAS (2003) que “A educação
sendo uma construção humana e ocorrendo nas relações sociais de forma
intencional, passa a ser um ato político”.
O termo pedagógico refere-se ao cumprimento da intencionalidade da
educação. Como explica VEIGA:

O projeto busca um rumo, uma direção. É uma ação


intencional, com um sentido explícito, com um compromisso
definido coletivamente. Por isso, todo projeto pedagógico da
escola é, também, um projeto político por estar intimamente
articulado ao compromisso sociopolítico com os interesses
reais e coletivos da população majoritária. É político no sentido
de compromisso com a formação do cidadão para um tipo de
sociedade [...] Pedagógico, no sentido de definir as ações
educativas e as características necessárias às escolas de
12

cumprirem seus propósitos e sua intencionalidade (VEIGA,


2001, p. 13).

Como um processo democrático de decisões, a elaboração do Projeto


Político-Pedagógico busca superar conflitos, eliminar relações competitivas,
corporativas e autoritárias, bem como, romper com a burocracia que ocorre no
interior da escola. Procura organizar o trabalho pedagógico em sua
globalidade, refletindo a autonomia da escola e sua capacidade de traçar sua
própria identidade. A escola deve se alicerçar em uma teoria pedagógica que
parta da prática social com o compromisso de sanar os problemas da
educação, do ensino da escola.
As ações pedagógicas exercidas devem estar voltadas aos interesses
da maioria da população, propiciando situações que permitam aprender a
pensar e a realizar o fazer pedagógico de forma coerente. A organização do
trabalho pedagógico na escola está relacionada com a organização da
sociedade. Desse ponto de vista, é uma instituição social introduzida na
sociedade capitalista, manifestando em seu interior as contradições sociais
(VEIGA, 2001).

O projeto político-pedagógico é entendido [...] como a própria


organização do trabalho pedagógico da escola. A construção
do projeto político-pedagógico parte dos princípios de
igualdade, qualidade, liberdade, gestão democrática e
valorização do magistério. A escola é concebida como espaço
social marcado pela manifestação de práticas contraditórias,
que apontam para a luta e/ou acomodação de todos os
envolvidos na organização do trabalho pedagógico (VEIGA,
2001, p. 8).

Ao abordar questões referentes a finalidades da educação, Alves (1992)


ressalta que:
A escola persegue finalidades. É importante ressaltar que os
educadores precisam ter clareza das finalidades de sua escola.
Para tanto, há necessidade de refletir sobre a ação educativa
que a escola desenvolve com base nas finalidades e nos
objetivos que ela define. As finalidades da escola referem-se
aos efeitos intencionalmente pretendidos e almejados (ALVES,
1992, p. 19).
13

O Projeto Político-Pedagógico é o documento de emancipação, é base


das ações da escola, tendo o currículo como seu componente principal. É um
instrumento que precisa ser conhecido, discutido, reformulado por todos os
integrantes da escola. Ele precisa estar em consonância com as políticas
públicas educacionais vigentes, com o momento histórico vivido, com as
expressões culturais da comunidade escolar, com os conhecimentos científicos
historicamente produzidos pela humanidade.

Como instrui Veiga (2001):

[...] o projeto político-pedagógico vai além de um simples


agrupamento de planos de ensino e de atividades diversas. O
projeto não é algo que é construído e em seguida arquivado ou
encaminhado às autoridades educacionais como prova do
cumprimento de tarefas burocráticas. Ele é construído e
vivenciado em todos os momentos, por todos os envolvidos
com o processo educativo da escola (VEIGA, 2001, p. 13).

O Projeto Político-Pedagógico deve ser executado, consultado e


avaliado constantemente, deve interferir positivamente no plano de ação do
professor e da equipe pedagógica.
Como explica Libâneo (2008 p. 72) é o instrumento de articulação entre
fins e meios fazendo um ordenamento de todas as atividades pedagógicas,
curriculares e organizativas da escola, promovendo a educação a todos para a
igualdade e inclusão social, desenvolvendo assim um trabalho escolar
integrado e articulado com o currículo.
A ação comprometida dos professores diante dos conteúdos e da
metodologia de ensino enfatiza a importância social desses conteúdos em
busca de bons resultados. Isso vem destacar o trabalho da escola e dos
professores.
Na construção do Projeto Político Pedagógico, deve-se objetivar
intenções pedagógicas pautando-se na intencionalidade e num compromisso
com a qualidade político pedagógica da organização escolar e da prática
educativa na qual, requer uma reflexão sobre o que os envolvidos acreditam e
pensam, e assim optar por concepções que se refletem nas tomadas de
decisões da comunidade escolar.
14

2.4 O PLANEJAMENTO DOCENTE

Após termos discorrido sobre o conceito e a concepção do Projeto


Político-Pedagógico, sustentados nesta definição, vamos comentar a respeito
do planejamento e a prática do docente no dia a dia da sala de aula como um
meio de concretizar as ações contidas no Projeto Político-Pedagógico da
escola.
Para desenvolver as ações que foram estabelecidas pelo coletivo no
Projeto Político-Pedagógico, é necessário que a equipe gestora (direção e
pedagogos) tenha um mesmo posicionamento, um mesmo discurso, pois, no
momento de sua execução, esses profissionais são os responsáveis pela
orientação do desenvolvimento do trabalho a fim de se efetivar em sala de aula
o que foi decidido em grupo.
Pedagogos e professores devem estar integrados na organização do
trabalho educativo. No desenvolvimento desse processo, é importante que
todos os envolvidos tenham as mesmas metas para a escola, assegurando o
cumprimento da sua função social, garantindo a aprendizagem do
conhecimento histórico para todos os estudantes.
Conforme ressalta Libâneo (2008).

A sociedade brasileira está passando por intensas


transformações econômicas, sociais, políticas, culturais. As
novas exigências educacionais diante dessas transformações
pedem um professor capaz de exercer sua profissão em
correspondência às novas realidades da sociedade, do
conhecimento, do aluno, dos meios de comunicação e
informação. Há uma nítida mudança do desempenho dos
papéis docentes, novos modos de pensar, agir e interagir. Com
isso, surgem novas práticas profissionais, novas competências
(LIBÂNEO, 2008, p. 81).

O termo planejamento refere-se à reflexão sobre a prática, definir ações


a serem desenvolvidas, partindo da realidade que se conhece e das metas que
se quer alcançar. Neste sentido, o planejamento tem como característica
básica nortear a execução da ação educativa, prever seu desenvolvimento e
sua avaliação. É um meio de antecipar as dificuldades e projetar maneiras
possíveis de superá-las.
15

Logo, o Planejamento Docente tem a função de organizar a prática


pedagógica da escola. Está articulado ao Projeto Político-Pedagógico, à
proposta pedagógica da escola.

O ato de planejar é sempre processo de reflexão, de tomada


de decisão sobre a ação; processo de previsão de
necessidades e racionalização de emprego de meios
(materiais) e recursos (humanos) disponíveis, visando a
concretização de objetivos, em prazos determinados e etapas
definidas, a partir dos resultados das avaliações (PADILHA,
2001, p. 30).

No Planejamento Docente tem-se a oportunidade de organizar o tempo


e as atividades a serem desenvolvidas com os alunos, de maneira a favorecer
conhecimentos, habilidades e atitudes propostas. Ele deve expressar o pensar
na ação docente, refletindo os objetivos, conteúdos, metodologias e avaliações
dos alunos e do próprio professor. O Processo de ensino-aprendizagem é
produto do Planejamento Docente, e deste modo, ele está articulado ao Projeto
Político-Pedagógico e as políticas educacionais vigentes.
Vasconcellos (2002) declara que o Planejamento Docente terá muito
mais consistência e organicidade se estiver articulado ao Projeto Político-
Pedagógico da escola. Em vista disso, a relação entre o Projeto Político-
Pedagógico e o Planejamento Docente decorre da efetiva participação na
tomada de decisões, na construção, elaboração, execução e na avaliação do
Projeto Político-Pedagógico.
O não envolvimento dos professores no processo de participação
coletiva e desenvolvimento do seu planejamento de acordo com o Projeto
Político-Pedagógico e a não aplicação do mesmo no cotidiano escolar, pode
trazer muitas dificuldades na continuação de todo o trabalho. O Planejamento
Docente requer compromisso com o trabalho a ser desenvolvido. Destacamos
o Planejamento Docente como orientador do ensino, favorecendo a
aprendizagem dos alunos.

3 ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Inicialmente, foi realizado um levantamento de informações revelando o


conhecimento e o trabalho da equipe gestora da escola e também dos
16

professores acerca do tema a ser trabalhado, bem como alguns


questionamentos sobre a elaboração do Projeto Político-Pedagógico da escola,
discutindo e refletindo a sua importância dentro da instituição de ensino bem
como a organização do trabalho pedagógico.
Após essa coleta de dados foram discutidos alguns conceitos como o
processo ensino-aprendizagem, que é resultante do Planejamento Docente,
articulado ao Projeto Político-Pedagógico com o intuito de gerir uma gestão
democrática dentro do âmbito escolar.
Trabalhado esses conceitos com textos de apoio, pesquisas, vídeos,
imagens, documentários e palestra com profissional da educação sobre o tema
e entre outras atividades pedagógicas, foi lançado o desafio de transpor as
teorias para a prática com incentivos para promover uma maior interação dos
professores com o Projeto Político-Pedagógico. Estas ações contribuíram para
subsidiar as propostas educativas e houve a elaboração do Planejamento
Docente, por meio do desenvolvimento e acompanhamento do processo de
ensino e aprendizagem nas práticas pedagógicas.
Foi desenvolvido ainda, o estudo com foco em demonstrar a relação e a
influência que o Projeto Político-Pedagógico desempenha no planejamento
docente e no cotidiano da sala de aula, junto aos professores.
Foram realizados 08 encontros com duração de 04 horas cada um,
perfazendo assim, um total de 32 horas de curso, dispostos da seguinte forma:
bloco 1, com a apresentação do objeto de estudo contemplado na produção
didática, em tela; bloco 2, uma dinâmica de leitura de texto; bloco 3, estudo
sobre a construção do projeto político-pedagógico e sua importância; bloco 4, a
dinâmica de leitura; bloco 5, uma palestra sobre o projeto político-pedagógico;
bloco 6, sobre a análise do projeto político-pedagógico do colégio; bloco 7, com
o plano de ações educativas e bloco 8, com ações para confecção do
planejamento docente.
Realizou-se, fundamentalmente, a reflexão sobre a importância do
Projeto Político-Pedagógico com ênfase em uma gestão educacional, com
ações para uma escola democrática e igualitária, estabelecendo uma nova
organização político-pedagógico da escola a partir de um processo de gestão
democrática com a participação de todos os envolvidos no processo educativo,
enfatizando-se o papel do gestor em conduzir e garantir o cumprimento da
17

função educativa como agente que coloca em prática uma instituição


administrada democraticamente e compreender que é função dele estabelecer
relações benéficas e propiciar essa participação efetiva e coletiva para que
todo o sistema escolar seja beneficiado.
E, ainda, a relevância do professor e a instituição como um todo em
compreender que o Projeto Político-Pedagógico deve ser construído
continuamente, pois além de produto é também processo. Considera-se assim,
que a qualidade da educação se conquista com medidas efetivas em prol da
autonomia, logo, da gestão democrática.

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

A implementação deste trabalho, realizado por meio das atividades


pedagógicas e práticas com os professores do Colégio Estadual Professora
Denise Cardoso de Albuquerque – Ensino Fundamental e Médio, do município
de Flórida – PR, possibilitou situar o grupo de professores presentes no
contexto do objeto de estudo, focando a importância da articulação Projeto
Político-Pedagógico com o Planejamento Docente.
Primeiramente, despertar a reflexão acerca da construção do Projeto
Político-Pedagógico, entendido como a própria organização do trabalho
pedagógico da escola, entender como o Projeto Político-Pedagógico é
construído e sua importância para a comunidade escolar, assim como
compreender os princípios para a construção do Projeto Político-Pedagógico e
analisar o Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professora Denise
Cardoso de Albuquerque, identificando a representação dos professores
quanto à influência que o Projeto Político-Pedagógico exerce no Planejamento
Docente e na prática educativa em sala de aula.
Justifica-se assim, a importância da reflexão completa sobre todo o
estudo feito, bem como, buscar promover a elaboração de um planejamento
docente em conformidade com o que se espera de um Projeto Político-
Pedagógico.
As realizações práticas ocorreram efetivamente tendo como resultados
práticos: um estudo histórico e sócio-político em analise com a elaboração do
Projeto Político-Pedagógico da escola, discutindo e refletindo a sua importância
18

dentro da instituição de ensino bem como a organização do trabalho


pedagógico.
Sendo assim, pode se afirmar que a implementação do projeto atingiu o
intuito desejado, pois promoveu uma maior interação dos professores com o
Projeto Político-Pedagógico, contribuindo para subsidiar as ações educativas e
favoreceu a reflexão sobre uma possível reelaboração do planejamento
docente e, consequentemente, o desenvolvimento e acompanhamento do
processo de ensino e aprendizagem.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

As atividades de formação contribuíram, significativamente, nas ações


de planejamento dos professores, o que possibilitou uma reflexão sobre a
prática para conhecimentos referentes ao Projeto Político-Pedagógico e sua
importância para a gestão democrática da escola e do ensino.
Nos encontros de formação realizados pelo projeto de intervenção pode
enfatizar a relação estabelecida entre Projeto Político-Pedagógico e o Plano de
Trabalho Docente, aplicando na prática e orientando os professores por meio
de estratégias para conduzir práticas pedagógicas, no cotidiano escolar. No
GTR, constatamos o estabelecimento de vínculos efetivos relacionados com o
Projeto Político-Pedagógico e o papel do gestor em articular, torná-lo vivo e
dinâmico dentro da escola referindo-se às questões administrativas e,
principalmente, às ações pedagógicas exercidas na sala de aula.
Considerando os resultados obtidos na escola da implementação do
nosso projeto e junto ao GTR, fica bem explícita a grande importância do
Projeto Político Pedagógico em indicar a direção, os caminhos que devem ser
percorridos em todos os momentos por todo o coletivo da escola, como
também definir as ações educativas a serem efetivadas durante o processo de
ensino aprendizagem e refletir sobre os problemas vivenciados pela escola.
O Projeto Político-Pedagógico auxilia na formação com qualidade, ajuda
o processo de uma gestão democrática no interior da escola, possibilitando a
organização do trabalho pedagógico na escola e, oportunizar a reflexão sobre a
sua intencionalidade educativa, possibilitando espaços abertos para as
reflexões coletivas que favorecem o diálogo, a comunicação entre diversos
19

segmentos envolvidos com o processo educativo, contribuindo para uma


gestão democrática escolar.
Este trabalho permitiu verificar como se dá de fato a utilização do Projeto
Político-Pedagógico em seu propósito de agregar os profissionais envolvidos
no processo educativo, tanto na sua formulação como na sua execução. Assim,
questionamos a importância e a coerência entre o que é descrito no Projeto
Político-Pedagógico e o que consta no Planejamento Docente, especialmente
no conhecimento dos professores acerca do Projeto Político-Pedagógico.

6 REFERÊNCIAS

ABRANCHES, M. Colegiado Escolar: Espaço de participação da comunidade.


São Paulo: Cortez, 2003.

ALVES, José Matias. Organização, gestão e projecto educativo das


escolas. Porto: Edições Asa. 1992.

BOGATSCHOV, D.N. et al. A escola como núcleo da gestão democrática:


praticas coletivas na organização da escola a partir das instâncias colegiadas.
João Pessoa: IX Seminário Nacional de Estudos e Pesquisas História,
Sociedade e Educação no Brasil – Universidade Federal da Paraíba, 2012.

BRASIL. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília, DF:


Senado, 1998.

BRASIL. Lei nº 9.394 de 20 de dezembro de 1996. Lei de Diretrizes e Bases


da Educação Nacional. Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.Htm> Acesso em: 16 de julho
de 2016.

BRASIL. Lei no 10.172, de 9 de janeiro de 2001. Plano Nacional de Educação.


Disponível em:
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/leis_2001/l10172.htm>. Acesso em 16
de julho de 2016.

DIAS, Gilmar. A Dimensão Política do Projeto Político-Pedagógico: Rumo à


Autonomia Política e Pedagógica da Escola Pública. Universidade Tuiuti do
Paraná, 2003.

DOURADO, L. F. Plano Nacional de Educação: avaliações e retomada do


protagonismo da sociedade civil organizada na luta pela educação. In:
FERREIRA, N. S. C. Políticas públicas e gestão da educação: polêmicas,
fundamentos e analises. Brasília: Liber Livro Editora, 2006.
20

FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Gestão Educacional e Organização do


Trabalho Pedagógico. Curitiba: IESDE, 2003.

FLÓRIDA. Projeto Político-Pedagógico do Colégio Estadual Professora


Denise Cardoso de Albuquerque – Ensino Fundamental e Médio. 2013.

LIBÂNEO, J.C.; OLIVEIRA, J.F. de; TOSCHI, M.S. Educação Escolar:


políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2006.

LIBÂNEO, J. C. Organização e Gestão da Escola: Teoria e Prática, 5. ed.


Goiânia: Alternativa, 2008.

PADILHA, R. P. Planejamento dialógico: como construir o projeto político-


pedagógico da escola. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 2001.

PARANÁ, CEE. Deliberação nº 014/99 – Indicação nº 004/99. 1999.

SANDER, Benno. Administração da Educação no Brasil: Genealogia do


Conhecimento. Brasília: Liber Livro, 2007.

SHIROMA, E.O.; MORAES, M.C.M. DE; EVANGELISTA, O. Política


Educacional. Rio de Janeiro: Lamparina, 2006.

VASCONCELLOS, C. S. Planejamento: projeto de ensino-Aprendizagem e


projeto Politico-Pedagógico – elementos metodológicos para elaboração
e realização. 10.ed. São Paulo: Libertad, 2002.

VEIGA, Ilma Passos Alencastro. (Org). Projeto Político Pedagógico da


Escola: uma construção possível. Campinas SP: Papirus, 2001.

VEIGA, Z. de P. A. As instâncias colegiadas da escola. In: VEIGA, Ilma P. e


RESENDE, Lúcia M.G. de (org). Escola: Espaço do projeto político–
pedagógico. Campinas SP: Papirus, 2005.

Você também pode gostar