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INTRODUÇÃO
Tudo indica que as primeiras utilizações de energia eólica deram-se com as
embarcações, algumas publicações mencionam vestígios de sua existência já por
volta de 4.000 a.C., recentemente testemunhado por um barco encontrado num
túmulo sumeriano da época, no qual havia também remos auxiliares.
Por volta de 1.000 a.C. os fenícios, pioneiros na navegação comercial, se
utilizavam de barcos movidos exclusivamente a força dos ventos. Ao longo dos anos
vários tipos de embarcações a vela foram desenvolvidos, com grande destaque para
as Caravelas - surgidas na Europa no século XIII e que tiveram papel destacado nas
Grandes Descobertas Marítimas.
As embarcações a vela dominaram os mares durante séculos, até que o
surgimento do navio a vapor, em 1807 veio dividir este domínio, mas pelo fato de
exigir menores despesas em contrapartida a menor regularidade oferecida no tempo
dos trajetos, o veleiro conseguiu manter o páreo por um bom tempo, só vindo a
perder a concorrência no início do século XX, quando foi praticamente abandonado
em favor do vapor. Atualmente os maiores usos das embarcações a vela são no
esporte e lazer
Em 30 de junho de 1998, a avaliação da utilização da energia eólica na
Alemanha levou ao número de 5 631 turbinas instaladas com uma potência nominal
de 2 389,6 MW. Foram instaladas, somente no primeiro semestre de 1998, 434
turbinas (cada uma tendo uma potência nominal de 5 ou mais KW) com uma
potência nominal total de 306,5 MW. Comparado com os primeiros seis meses de
1997, um aumento na nova capacidade instalada de 41,8 %, enquanto que o número
de novas turbinas instaladas cresceu apenas em 20,6%. A potência média das novas
turbinas instaladas alcança o valor de 706,2 KW por unidade. O capital total
estimado investido em aplicações eólicas no primeiro semestre de 1998 na
Alemanha, atinge cerca de 675 milhões de Marcos, ou seja 200 milhões Marcos a
mais do que nos primeiros seis meses de 1997.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
ENERGIA EÓLICA
A energia eólica ou energia dos ventos, tem sido utilizada há vários séculos,
sob as mais diversas formas e para as mais diversas aplicações.
Ícaro, usando asas e o vento, voou tão alto, que aproximou-se do Sol, que
derreteu a cera, que fixava as asas e despencou, segundo a mitologia.
O Hamurabi, famoso imperador da Babilônia, na Mezopotâmia ( 2000 AC ),
usou a energia dos ventos para irrigar os seus campos agrícolas, para o
desenvolvimento daquela região, que alcançou grande progresso. Vide Código de
Hamurabi com 250 artigos, Monumento aos Juristas.
Na China, na Pérsia, na Europa, sempre foram usados os cata-ventos, para
diversos fins, foi porem na Idade Média ( 1350 DC ), que os moinhos de vento
começaram a ser usados na Holanda.
Os aeromotores só apareceram em 1724, quando Leupold Jacob, começou a
acionar uma bomba de pistão alternativo, com auxílio de um cata-vento de 8 pás,
para retirar água de um poço, na Alemanha.
Os pássaros usam o vento em vôo a vela, desde que surgiram na Terra. Os
navegadores antigos usavam velas ao vento e remos e só recentemente apareceram
as máquinas a vapor, por isso os navios foram chamados de vapor.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
1- VELAS
Usadas só desportivamente
2- CATA-VENTOS
Multipás
Savonius
Darrieus
Hélice
Molinetes
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
3- TURBINAS
4- SISTEMA FIXO
CATA -VENTOS
Para qualquer projeto envolvendo captação de energia eólica, tornam-se
necessários conhecimentos completos do comportamento do vento no local
escolhido para o empreendimento, pois os ventos variam de intensidade e direção a
cada instante, sendo necessário levantar dados de média durante o dia, média
durante a noite, variações do dia, variações da noite, formando gráficos semanais,
quinzenais, mensais, etc.
De modo geral, os aeromotores (cata-ventos), mesmo os de pequeno porte,
devem ser usados dentro dos limites de velocidade permitido para cada tipo, para
obtenção da maior eficiência.
Conhecendo-se os limites das curvas de eficiência de cada tipo e as
estatísticas das velocidades, podemos calcular os coeficientes de utilização, pelo
gráfico abaixo, que por sua vez, permitem determinar a energia recuperável de um
local selecionado, usando as curvas e as estatísticas
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
TURBINAS
Atualmente, grandes turbinas são instaladas em grandes áreas, formando
“farms” para geração de grandes quantidades de energia, depois que alguns
problemas foram resolvidos:
Controle indireto da inclinação do eixo horizontal por meio de um sistema
cíclico da inclinação do eixo, criado por cientistas da Universidade de Saint Louis -
Missouri - USA, baseado no princípio do helicóptero, para eliminar excesso de carga
e vibração nas tempestades.
Turbinas melhoradas com convergedor afunilado guiando o vento para as
pás, para aumentar a produção de energia, segundo o autor Ken Foreman, da
Gruman Aero Nautic, fabricante de helicópteros.
Turbinas eólico-solar, aproveitando o calor dos raios solares, para formar
uma estufa forçando os gases quentes a subirem por uma chaminé de grande altura,
com velocidade de 70 km/h, acionando uma turbina de 10 m de diâmetro, numa área
de 250 m de diâmetro, instalada em Manzanares - Espanha, gerando 100 KW,
conforme dados abaixo:
Altura da chaminé...........................................300 m
Turbina de vento a...............................................9 m
Casa de maquina abaixo da turbina.....................8 m
C de alimentação formado pelo teto a .............2,5 m
Suporte da chaminé em estrutura de aço
Sistema de regulagem de alimentação...........d=30 m
Regulagem da alimentação por palhetas reguláveis
Teto solar em plástico transparente d= 300 m
Piso pintado de preto fosco
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
paisagem da ilha” assim reportou o Jornal Tecnologia em Pernambuco, na edição de
abril de 1993. Depois de muitas tentativas infrutíferas, chegou a data dos técnicos
Dados............................Dm......N° Pás........kW
1890 Dinamarca............23............3.............200
1931 Rússia...................30............3.............100
1941 U.S.A...................54.............2............200
1959 Alemanha.............34............2.............100
1978 N A S A................50...........2.............200
1979 BOEING..............100..........2..............(*)
1981 Alemanha.............100..........2..........3.000
SISTEMA FIXO
Um gerador eólico sem peças moveis, baseado no processo magneto-hidro-
dinâmico, ou seja um fluido ou gás cortando as linhas de um campo magnético,
produz eletricidade.
Na Universidade de Dayton - USA, os cientistas aperfeiçoaram um Gerador
Eólico por Dinâmica da Eletro-Fluidês, que carrega eletricamente gotículas d’água,
mediante um eletrodo de atração.
O vento ao forçar a passagem das gotículas, através do eletrodo coletor, cria
um fluxo de corrente, carregando o eletrodo, pois o sistema está engrazado com 68
KV a 250 miliampéres e em laboratório, um modelo reduzido de 45 x 45 cm, gerou
16,3 watts, com vento de 40 km horário.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
fato de sua ocorrência ser irregular e de intensidade variável. Para contornar a
variação de intensidade surgiram, ainda no século XVI, os primeiros sistemas de
controle ou limitação de potência, sendo mencionados o freio aplicado ao eixo das
pás - existindo inclusive esquemas de Leonardo da Vinci de um freio de cintas
aplicado a roda acionadora - e a inclinação do eixo das pás em relação ao horizonte.
Tais aperfeiçoamentos permitiram integrar os moinhos de vento também a estas
unidades produtivas, e até o século XVIII - século do surgimento da máquina a
vapor - os moinhos de vento, juntamente com as rodas d´agua, marcavam muitas
paisagens.
EIXO HORIZONTAL
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
e com um rendimento bastante satisfatório, passando o fator determinante a ser a
potência obtida pelo rotor em relação a área de varredura, onde os modelos de duas e
três pás se destacam com um rendimento muito superior. Rotor de três ou duas pás –
é praticamente o padrão de rotores utilizados nos aerogeradores modernos, isto
deve-se ao fato da grande relação de potência extraída por área de varredura do
rotor, muito superior ao rotor multipás (embora isto só ocorra em velocidades de
vento superiores), pois além do seu rendimento máximo ser o melhor entre todos os
tipos, situa-se em velocidades mais altas. Entretanto, apresenta baixos valores de
torque de partida, e de rendimento para velocidade baixas, características que apesar
de aceitáveis em sistemas de geração de eletricidade, incompatibilizam seu uso em
sistemas que requeiram altos momentos de força e ou carga variável.
EIXO VERTICAL
OS AEROGERADORES
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Com o surgimento da máquina a vapor, dos motores de combustão interna e
das grandes usinas de eletricidade e rede de distribuição, os sistemas eólicos foram
relegados a um segundo plano por um bom tempo, permanecendo em algumas
CONFIGURAÇÃO DE FORNECIMENTO, E
SISTEMAS DE ARMAZENAMENTO
Apesar de ser uma fonte relativamente barata a energia eólica apresenta
algumas características que dificultam seu uso como fonte regular de energia, além
de sua ocorrência ser irregular para pequenos períodos, a quantidade de energia
diária disponível, pode variar em muitas vezes de uma estação do ano para outra, em
um mesmo local.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
O fato da potência disponível variar com o cubo da velocidade do vento,
dificulta muito a questão do dimensionamento e a escolha do local para instalação,
limitando seu uso apenas em regiões de ventos fortes e relativamente constantes.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Características do Sistema :
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Características do Sistema
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Características do Sistema:
Torre: cônica de duas seções, 40m de altura, confeccionada em aço com proteção
dupla contra corrosão.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
(Figura 6)
PANORAMA DA ENERGIA EÓLICA NO BRASIL
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
até o ano 2000. Na Europa, espera-se gerar 10% de toda eletricidade a partir do
vento, até o ano 2030.
Considerando o grande potencial eólico existente no Brasil, confirmado
através de medidas de vento precisas realizadas recentemente, é possível produzir
eletricidade a custos competitivos com centrais termelétricas, nucleares e
hidroelétricas. Análises dos recursos eólicos medidos em vários locais do Brasil,
mostram a possibilidade de geração elétrica com custos da ordem de US$ 40 - US$
60 por MWh.
De acordo com estudos da ELETROBRÁS, o custo da energia elétrica
gerada através de novas usinas hidroelétricas construídas na região amazônica será
bem mais alto que os custos das usinas implantadas até hoje. Quase 70% dos
projetos possíveis deverão ter custos de geração maiores do que a energia gerada por
turbinas eólicas (ver tabela 5). Outra vantagem das centrais eólicas em relação às
usinas hidroelétricas é que quase toda a área ocupada pela central eólica pode ser
utilizada (para agricultura, pecuária, etc.) ou preservada como habitat natural.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
(Figura7)
Energia Eólica
A energia eólica é a energia obtida pela força dos ventos, e não se tem
registro de sua descoberta, mas estima-se que foi há milhares e milhares de anos
para mover as pás dos moinhos, e hoje é pesquisada para gerar eletricidade.
Atualmente existem no mundo 20 mil geradores que produzem eletricidade
a partir de força eólica (principalmente nos Estados unidos).
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Produzir energia a partir do vento no Brasil pode ser um bom negócio.
Prova disso está no interesse de algumas universidades no desenvolvimento de
técnicas e equipamentos para esse setor, bem como na busca de investimentos para
implementar o progresso desse território .
Algumas pessoas da área dizem que em muitos lugares essa fonte de energia
é mais competitiva do que outras alternativas, pois o custo é relativamente baixo e o
retorno se dá a curto prazo. Dizem que ela é capaz de gerar 10% da capacidade
<Figura: fontes de energia>instalada no Brasil hoje, sendo do tipo que deve ser
bancado pela iniciativa privada. Somente esse tipo de energia pode produzir energia
localmente, em pequena escala de forma viável.
É uma forma interessante para grandes consumidores de eletricidade, como
a indústria do aço.
A CSN, por exemplo, não instalaria turbinas eólicas em Volta Redonda, mas
poderia gerar energia no Nordeste, a custos baixos, e trocá-la. Tudo indica que é
uma forma alternativa viável e barata de se conseguir suprir as necessidades
energéticas locais sem causar significativos danos ao equilíbrio dos ecossistemas.
(Figura 8)
Histórico
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
E neste momento em que nos aproximamos já do final do século XX,
despontam novas fontes de energia que poderão no futuro desempenhar o papel que
o petróleo desempenhou até o momento: a energia solar? a biomassa? a energia das
marés? a geotérmica ? o hidrogênio? a eólica, ou a energia proveniente dos
minerais?
O gráfico ao lado nos mostra como se encontrava o consumo mundial de
energia em 1994.
Figura 9
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
comissões. Faz-se necessário, assim, um veículo de comunicação e informação,
capaz de promover a maior participação e integração dos membros do GTEE. Com a
finalidade de viabilizar essa comunicação e, simultaneamente, incentivar e registrar
os progressos, foi criado o informativo do GTEE, intitulado FOLHAS AO VENTO.
Espera-se que esses objetivos sejam alcançados o mais breve possível, para
isto, propõe-se que o veículo divulgue, de maneira constante e permanente, as
notícias de interesse do grupo. Assim sendo, estabeleceu-se a periodicidade
bimestral, pelo menos na fase de implantação.
Experimentalmente, foram criadas as seções Palavra dos Editores,
Atividades das Comissões, Eventos, Notícias. A apresentação gráfica do informativo
será a mais simples possível, a fim de viabilizar a produção. O mais importante,
entretanto, é a participação efetiva de todos os integrantes do GTEE, enviando
regularmente notícias e informações sobre seus projetos e atividades.
As colaborações deverão ser encaminhadas à coordenação do GTEE, no
endereço citado à folha 6. A edição do material, a composição, a impressão e a
distribuição das FOLHAS AO VENTO fica a cargo do CRESESB - Centro de
Referência para Energia Solar e Eólica Sérgio de Salvo Brito.
Sugestões e ponderações sobre o conteúdo, as seções e qualquer outro
aspecto do informativo são bem-vindas e necessárias, para que o veículo possa ser
de real utilidade na promoção dos trabalhos e na veiculação de informações dos
participantes.
Missão GTZ:
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
setor elétrico no Norte e Nordeste do Brasil. Esta conclusão fundamenta-se nos
seguintes aspectos:
Potencial Eólico:
Econômico Financeiro:
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Durante a última reunião, foi feita uma reestruturação do GTEE e foram
formadas também as comissões de Banco de Dados técnicos, Divulgação de Dados
Técnicos e Linhas de Pesquisas
Notícias e Atividades:
UFPB
CHESF
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Como parte do aperfeiçoamento da quantificação do potencial da região, a
CHESF irá implantar uma rede anemométrica através de cooperação com as
concessionárias estaduais, no Ceará (5 anemômetros), Rio Grande do Norte (5),
Pernambuco (5), Xingó (1), Sobradinho (1) e Itaparica (1), no total de 18
anemômetros com um custo de R$ 54300,00. Está prevista a expansão desta rede
numa etapa posterior.
Instalados Novos Aerogeradores de Pequeno Porte
Na COFECO (colônia de férias da COELCE em Fortaleza), foram
instalados dois aerogeradores de pequeno porte (7kW), oriundos do Projeto
Fernando de Noronha da cooperação Brasil-Alemanha (1985-1991).
CEPEL
Convênio CEPEL-INMET:
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
(Figura 10)
ENERGIA EÓLICA
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Turbina Savonius de eixo vertical ( Fonte página do NERG ) (figura 11)
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Os de eixos na horizontal que devem ser providos de leme direcional para
aproar sempre o vento;
A velocidade e a direção dos ventos, medem-se com instrumentos chamados
anemômetros.
A energia cinética de uma massa de ar em movimento é dada pela equação:
Ec = ½ m v2
donde:
m = massa do volume de ar em kg/m3
v = velocidade do vento em m/s
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
e sujeito a limite de diâmetro e velocidade, conforme abaixo, pelo fato de, com a
mudança da direção do vento, o triângulo de velocidade também pode mudar e por
conseqüência o rendimento.
Desse modo para uma mesma velocidade de vento, poderemos ter potências
diferentes, em função dos diâmetros. Tomando-se por base o trabalho de Kranert,
pode-se verificar junto a Estação Meteorológica local, os dados que são anotados de
hora em hora, sobre o vento, ou de 6 em horas, nos aeroportos, para preenchimento
das cartas sinópticas, podemos dimensionar um aerogerador, para experiências, com
materiais disponíveis no mercado, isto é: baterias, geradores de automóveis, hélice
de alumínio, relay, etc.
Estudo para dimensionar um aerogerador eólico, para uma praia da zona sul
de Pernambuco, para alimentar bateria, usando um gerador de Corcel, que gera 30 A
em 12v a 3000 rpm.
Dados disponíveis:
Tensão...............................12v DC
Consumo P1......................5 A por 3 horas
Consumo P2......................1 A por10 horas
Dias sem vento..................5 dias
Dias com ventos >10 kt....15 dias
Vento de 10 kt (nós).........5,5 m/s
Dias com vento médio......10 dias a 5,5 m/s
Rotação máxima...............1.000 rpm
Pede-se
Diâmetro da Hélice.......................?
Potência de consumo.....................?
Capacidade das Baterias................?
Seqüência de cálculos:
Taxa de trabalho: Tb = (10x1+3x5)/24h = 1,042
Consumo equivalente: P = 12v(5+1).1,042 = 75 W/h
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Como para 2 pás a eficiência de modelos testados pela NASA chega a 75%,
com área equivalente a 0,83 à velocidade máxima, verificando se temos vento
suficiente, fica:
Respostas:
Potência do gerador será 120 w/h > P3
Diâmetro da hélice será 1,81 m
Consumo será 79,34 w/h
Capacidade da bateria será 130 ampéres/h
USINAS
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
ENERCON E-40/500 kW, sendo que toda a energia produzida é adquirida pela
Companhia Energética do Ceará - COELCE. Com capacidade total instalada de 10
MW (dez megawatts)., sua produção anual de energia elétrica - de forma limpa e
renovável - é da ordem de 35 milhões de kWh, suficiente para suprir as necessidades
domiciliares de uma população de cerca de 100 mil pessoas. O investimento total
para a realização do empreendimento foi da ordem de US$ 10 milhões.
O grande sucesso das turbinas eólicas ENERCON se deve não apenas
à qualidade e confiabilidade, mas especialmente pelas características de sua
tecnologia única e inovadora:
AEROGERADOR E-12
Gerador
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Controle ativo de passo das pás;
Freio de gerador para serviço;
Trava de rotor para serviço;
Passo bandeira das pás para proteção contra sobrevelocidade.
AEROGERADOR E-30
sincronizado do ângulo de passo das pás, com suprimento reserva de energia para
emergências
Gerador
AEROGERADOR E-40
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
AEROGERADOR E-58
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Controle de potência3 sistemas elétricos de acionamento sincronizado do ângulo de
passo das pás, com suprimento reserva de energia para emergências
Gerador
AEROGERADOR E-66
Gerador
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Controle de orientação Ativo por engrenagens, amortecimento por
atrito Velocidade do vento - início de produção 2,0 m/s Velocidade do vento -
potência nominal 13,0 m/s
- A Experiência Alemã –
1.Introdução
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
atividades de pesquisa. Como primeiro passo, o então conhecido como “Programa
Experimental de 250 MW” foi lançado em meados de 1989 e que subsidiava o kWh
gerado com 0,08 DM e a partir de 1991 com 0,06 DM .
Desde 1991 a Lei Federal de Alimentação Elétrica para energias renováveis garante
90% do preço médio de venda da energia elétrica. Ambas medidas foram
combinadas com subsídios estaduais adicionais de, inicialmente, até 50% dos custos
de investimentos do projeto. Este lado financeiro foi acompanhado por ordens de
planejamento político que instruíam os distritos a determinar uma certa quantidade
de localidades para utilização em geração de energia eólica. Estudos preparatórios
para localizar terrenos para fazendas eólicas, a mudança da lei federal para
construção de edificações para localidades situadas fora das áreas de planejamento
para construções (construções em terra branca) das comunidades e a fundação de
novos institutos de energia eólica ajudaram a indústria, os investidores de energia
eólica, ministérios e administrações locais em seu objetivo de alcançar uma
aplicação mais intensiva da energia eólica.
Este relatório mostra , em maiores detalhes, as razões e os efeitos das
medidas federais e de governos locais que deram apoio técnico, legal e financeiro e
que tornaram a utilização da energia eólica um setor promissor da economia alemã
com ótimas chances de crescimento contínuo no futuro. Após vários anos
desinteresse e atraso técnico, a indústria alemã assumiu uma posição de liderança
econômica e técnica com conceitos inovativos e altos padrões de qualidade. O ano
de 1998 representa o segundo ano de operação bem sucedida do novo aerogerador
de1,5 MW no mercado alemão , um desenvolvimento que não era esperado após as
experiências do desenvolvimento dos aerogeradores da classe de megawatt nos anos
oitenta e início dos anos noventa.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
californiano e quiseram tirar um pedaço do bolo para eles próprios. Esta dura
competição junto com a produção seriada necessária levaram os preços dos
aerogeradores a um rápido declínio enquanto a demanda crescia simultaneamente. A
maior parte dos fabricantes dinamarqueses que surgiram simultaneamente, ainda
hoje encontram–se no mercado e alinham-se como maiores fabricantes de
aerogeradores em todo o mundo.
Durante os poucos, porem ativos anos do mercado californiano, os fabricantes
já haviam começado a aumentar o tamanho dos aerogeradores. Aos aerogeradores
de 55 KW seguiram-se os de 75 KW e estes foram seguidos pelos de 100 KW. Por
causa da relativa independência do tamanho na instalação dos aerogeradores, o
diâmetro do rotor aumentou em paralelo ao aumento da potência de 15 até 17 a 19m.
Os tamanhos maiores sempre demonstraram ser mais econômicos e portanto
eram preferidos pelos investidores. No fim do rush dos aerogeradores na Califórnia
em 1985, os primeiros aerogeradores de 25m com cerca de 250KW apareceram
como protótipos e vagarosamente entraram no mercado. Os fabricantes
dinamarqueses então redescobriram o mercado na própria Dinamarca, que, devido a
condições financeiras favoráveis para ligação à rede, cresceu rapidamente e manteve
os fabricantes dinamarqueses vivos.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
com cerca de 150 a 250 KW de potência. O próximo passo do desenvolvimento foi
na direção dos rotores com dimensões de 30 a35 m e potências superiores a 300 kW.
Por um período de dois a três anos esta classe dominou o mercado alemão , até que
em agosto de 1992 o primeiro aerogerador de 500 kW , produzido pela Tacke
Windtechnik entrou em operação , seguida, alguns meses mais tarde, pela E-40 da
ENERCON e por outros fabricantes europeus. O resultado do desenvolvimento
desta máquina de 500 kW , que iniciou com o diâmetro medindo 37 m, foi a
máquina de 600 kW e 46 m, especialmente projetada para regiões com valores de
ventos mais baixos, para aplicação no interior.
Uma vez que os fabricantes sempre procuraram por melhores condições
econômicas para os grandes aerogeradores, seu desenvolvimento rapidamente
evoluiu. No final de 1996, apenas quatro anos após a máquina de 500 KW da Tacke
Windtechnik ter entrado no mercado , a ENERCON colocou em operação o
aerogerador de 1,5 MW com 66 m de diâmetro do rotor.. Outros fabricantes
apresentaram um estágio intermediário no desenvolvimento e produziram máquinas
de 500 KW ou 1 000 KW antes de passarem à classe de 1,5 MW. Hoje em dia
vários fabricantes europeus produzem aerogeradores da classe de MW e o velho
jogo de alterar um pouquinho o diâmetro ou a potência para ultrapassarem seus
competidores recomeçou . Após a máquina de 1,5 MW e 66 m de diâmetro, um
competidor ofereceu uma máquina com o diâmetro porém com 1,65 MW de
potência e um outro já está desenvolvendo uma de 1,8 MW com 70 m. Potências de
mais de 2 MW já estão em desenvolvimento.
Como resultado, pode-se afirmar que o desenvolvimento dirigido pelo
aspecto comercial das máquinas da classe de MW foi vitorioso e portanto mostram
que o fracasso de aerogeradores desta classe desenvolvidos anteriormente não tem
nenhuma relação com os problemas causados pelo tamanho. A questão é: quis são os
limites comerciais para o desenvolvimento das potências? No momento potências de
2 a 3 MW com 70 a 80 m de diâmetro do rotor podem ser razoáveis para aplicações
terrestres. A tendência para aplicações “offshore” pode ser para unidades ainda
maiores em decorrência da infra-estrutura e problemas de acesso para O & M para
máquinas localizadas no mar.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
de gestão. Possuir ou não multiplicador, portanto, não é somente uma questão de
comparação de custo entre um conjunto gerador/multiplicador e um gerador anel.
As idéias por trás dos diferentes projetos são explicadas em detalhe abaixo.
Aerogerador sem Multiplicador
Para alguns fabricantes, a turbina eólica sem multiplicador possui tantos
aspectos atrativos que eles abandonaram a maneira tradicional de projetá-las. Ao
invés de utilizar uma caixa de engrenagens com uma alta relação de transmissão
para alcançar a alta rotação de geradores padrão bem compactos, eles utilizam
geradores multipolos de baixa velocidade de grandes dimensões que ocasionam uma
certa desvantagem no transporte especialmente na classe de megawatt. Por outro
lado, o número de peças mecânicas é consideravelmente reduzido. Sem grandes
caixas de engrenagens, sem elementos acopladores, poucos elementos rotativos ,
projeto da nacele muito simples e por último, mas não menos importante, menos
manutenção .
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Fig. 3 : Projeto de Nacele Integrada
A Fig. 2 mostra o projeto da máquina com os componentes separados,
ocasionando estruturas de nacele maiores, porém proporcionando fácil substituição e
manutenção dos componentes individuais.
Uma nacele bem mais compacta é possível com a integração de vários
componentes no multiplicador (Fig.3 ) , que também serve de berço para todos os
componentes da máquina.
Sob as normas de fabricação de engrenagens atuais, o ruído produzido por
um multiplicador não é motivo para fabricar um aerogerador sem este. Bem
projetada, as engrenagens de transmissão são capazes de alcançar a vida útil
desejável de vinte anos e a troca de óleo lubrificante pode ser reduzida a poucas
vezes. Todo o maquinário no interior da nacele é dividido em partes compactas,
cada uma com um tamanho tal que, mesmo para a classe de megawatt, permite fácil
transporte para montagem no sítio.
n ( rotor) = n(generator)
------------------
r
n (generator) = f (grid)
-----------
p
n (rotor) = f (grid)
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
----------
r.p
Fig.
Fig.
A idéia básica da turbina com velocidade variável é o desacoplamento da
velocidade de rotação do gerador e, consequentemente, do rotor da turbina da
freqüência de rede. O rotor pode funcionar com velocidade variável ajustada à
situação real da velocidade do vento.
A principal vantagem é a redução da potência e as flutuações de carga
mecânica através do armazenamento da energia eólica em energia cinética rotacional
do rotor do aerogerador e o melhor ajuste da velocidade do rotor para operar a um
coeficiente de potência cp Máximo. As desvantagens são os altos esforços de
construção e a geração de harmônicos, o que pode, evidentemente, ser reduzido a
níveis insignificantes. Ambos os conceitos básicos de aerogeradores provaram sua
confiabilidade e eficiência na geração de energia em fazendas eólicas e em
aplicações isoladas nos últimos anos.
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Sistema de baixa Para aerogeradores pequenos a médios(até ~
tensão 300 KW)
Harmônicos acima de 50 Hz
Cintilação 0,01 – 35 Hz
Elevação < 0,01 Hz
transitórios aleatórios
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
controle dos aerogeradores ou das fazendas eólicas proporcionam melhor qualidade
de energia e portanto reduzem os custos de instalação ou resultam em melhor
eficiência na geração de energia.
Os fatores essenciais da perturbação do sistema são:
Skv: potência de curto-circuito da rede no ponto de acoplamento
(PCC)
Snom : potência aparente nominal da turbina eólica
Propriedades especiais do sistema (projeto elétrico, método de
operação etc.)
Efeito combinado de várias turbinas eólicas similares na rede
Parâmetro Causa
Elevação /queda de tensão Produção de energia
Flutuações de tensão e Operações de chaveamento, efeito
cintilação sombra da torre, erro de passo da pá, erro de
mudança de direção, camada limite,
flutuações da velocidade do vento,
intensidade da turbulência
Harmônicos Inversor de freqüência, controlador
do tiristor,(capacitores)
Consumo de potência reativa Componentes indutivos ou sistemas
de geração
Picos e quedas de tensão, Operações de chaveamento
transitórios
Variações de Tensão
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
Medições do Desempenho de Aerogeradores
Procedimento de Medição
Avaliação
De acordo com a norma IEC os dados registrados tem que ser a média
obtida num intervalo de 10 minutos. Este processo de tomar a média garante que os
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
dados de velocidade média de vento são representativos para o fluxo de ar incidente
visto pela turbina eólica, não obstante a distância relativamente grande entre o
mastro de medição e a localização da turbina. Estes pares de dados de velocidade
média e potência formam o conhecido “dados brutos” de uma curva de potência.
Limitados pela dispersão relativamente ampla dos dados brutos, uma curva
de potência assim determinada dificilmente é adequada para dados posteriores. Este
método é chamado de “método dos intervalos”.
Calibração de Anemômetros
Geral
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ENERGIA EÓLICA – UMA VISÃO DE FUTURO
diferentes túneis de vento. Isto significa cerca de 10% de incerteza na predição da
energia gerada. Os túneis de ventos aceitos pela MEASNET não diferem em mais do
que 0.5% da velocidade de vento de referência. A MEASNET desenvolveu um
Procedimento de Medição para Calibração de Anemômetros de concha,
especialmente desenvolvido para aplicações de energia eólica. É muito importante
que cada anemômetro utilizado para as medições da velocidade do vento seja
calibrado individualmente num túnel de vento.
Tão importante quanto a calibração, é a seleção dos anemômetros.
Anemômetro de má qualidade causam altas incertezas nas medições da velocidade
do vento, mesmo se eles forem individualmente calibrados num túnel de vento. A
razão para isto é que, sob condições atmosféricas reais, em ar com turbulência, os
anemômetros se comportam diferentemente em relação ao túnel de vento.
Investigações demonstraram que alguns anemômetros são extremamente sensíveis a
fluxos de ar inclinados, que sob condições reais ocorrem mesmo em terrenos planos
devido a fluxo turbulento. Em terrenos complexos estes efeitos são de capital
importância e levam a uma super ou subavaliação das condições reais de vento.
Apenas poucos anemômetros evitam estes efeitos.
Outra fonte de erros nas medições da velocidade de vento é a relacionada
com a montagem dos anemômetros. As extensões dos, mastros devem ser montadas
de tal modo que a perturbação do campo de escoamento devido ao mastro seja
minimizada. Caso seja necessária proteção contra raios, a mesma regra deve ser
seguida. A exatidão da montagem horizontal dos anemômetros é também importante
para se evitar os efeitos da inclinação.
Medições de velocidade de vento bem executadas por um período de, pelo
menos, um ano reduzem significativamente o risco financeiro de um parque eólico,
uma vez que as incertezas próprias das medições da velocidade de vento são muito
menores do que predições baseadas em modelo de fluxo. A posição do mastro
dentro do parque eólico deve ser representativa deste. Para grandes parques eólicos
em terrenos complexos, devem ser escolhidas duas ou três posições para os mastros
meteorológicos. Pelo menos uma medição deve ser feita na altura do cubo das
turbinas planejadas, pois a extrapolação a partir de uma altura do cubo traz
incertezas adicionais. Se um dos mastros meteorológicos for posicionado próximo à
área do parque eólico , este poderá ser utilizado como um mastro de referência da
velocidade de vento durante a operação do parque eólico e para a determinação do
desempenho da potência do parque eólico por setor. Se a produção de energia for
garantida num contrato de um parque eólico. As partes devem decidir sobre a
posição do mastro e um instituto independente deve executar as medições e
avaliações da velocidade do vento.
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5) Determinação de todas as curvas de potência através da
velocidade de vento de corrente livre e a velocidade de vento na nacele;
6) Comparação da produção de energia determinada a partir das
curvas de potência medidas de todas as turbinas com a produção de energia
determinada a partir da curva de potência garantida.
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Procedimento
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Despesas de Capital
Custos de fundação;
Custos de conexão à rede (por exemplo , transformador, subestação de
despacho, reforço da rede etc.);
Preparação do terreno ;
Custos de planejamento (taxas, relatórios, pagamentos de equalização,
etc.)
Fundações 7%
Conexão à rede 17%
Preparação do terreno 2%
Custos de planejamento 4%
Somatório das despesas 30%
adicionais
Seguros;
Contrato de manutenção;
Custos de arrendamento de área;
Peças sobressalentes, etc.
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CONCLUSÃO
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BIBLIOGRAFIA
- INTERNET – www.eolica.com.br
- INTERNET – www.cepel.br
- INTERNET – www.coelce.com.br
- INTERNET - www.nerg.ufpb.br
- INTERNET – www.ventosolar.br
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