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Eis as principais propostas do plano


desenhado por Costa Silva

21/07/20 06:00 ‧ Há 7 Horas por Lusa

19-26 minutes

Num documento de 142 páginas, intitulado "Visão Estratégica para o plano de


recuperação económica e social de Portugal 2020-2030", António Costa Silva
deixa o alerta: não vale a pena ter "ilusões", acrescentando que "a crise
sanitária causada pela doença covid-19 traz consigo uma profunda recessão
económica que tem características globais e que vai ferir profundamente" a
economia.

O primeiro-ministro, António Costa, considera que a visão estratégica que será


apresentada esta manhã para a recuperação económica de Portugal
representa uma "oportunidade que o país não pode desperdiçar", apelando à
participação.

Costa Silva lembra que as previsões para a economia portuguesa e mundial


têm vindo a ser revistas e adianta que Portugal "pode vir a enfrentar uma das
piores crises da sua história" e que "a queda do PIB [Produto Interno Bruto] em
2020 pode chegar aos 12%", um valor que é muito superior à recessão prevista
pelo Governo no Orçamento Suplementar aprovado recentemente na
Assembleia da República e que previa uma queda do PIB de 6,9%, mas que o
executivo também já admite rever.

António Costa Silva, que foi convidado pelo Governo para elaborar o
documento, alerta também para que "a partir de setembro a situação de muitas
empresas pode deteriorar-se significativamente", considerando ser
"fundamental existir no terreno um programa agressivo para evitar o colapso de
empresas rentáveis".

Eis algumas das principais propostas do plano de recuperação económica


elaborado por António Costa Silva:

Fundo soberano e banco de fomento para apoiar as empresas

António Costa Silva sugere uma série de instrumentos para ajudar na

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tesouraria das empresas, incluindo um "fundo soberano", dirigido a companhias


de base exportadora. O consultor justifica que "as empresas portuguesas estão
muito descapitalizadas e é essencial criar condições para o reforço dos capitais
próprios através de políticas fiscais e financeiras adequadas".

Propõe a criação "de um fundo, de base pública, de capital e quase capital,


aberto a fundos privados, para operações preferencialmente em
coinvestimento, dirigido a empresas com orientação exportadora e
potencialidades de exploração de escala".

Costa Silva apela ainda para a "criação de um banco promocional [tipo Banco
do Fomento], definindo uma matriz clara da operação em torno dos segmentos
de empresas com maior capacidade de arrastamento e não numa lógica de
assunção das operações de risco que o sistema financeiro convencional não
está disponível para aceitar".

Cultura em rede, descentralizada e aposta no digital

Portugal deve apostar em redes de equipamentos culturais e de criação


artística e em "áreas ainda insuficientemente exploradas" ligadas ao digital. A
Cultura - um dos setores "mais penalizados pela crise sanitária e económica" -
terá de passar pela descentralização da atividade cultural, pela criação de
trabalho em rede e tendo como foco "as novas gerações, os talentos
emergentes".

Entre as propostas concretas apresentadas, para abranger "áreas


insuficientemente exploradas", consta a criação de um fundo público para a
criatividade digital, "para projetos inovadores que associem arte e tecnologia",
instalação de "incubadoras para a criatividade e arte digital", com ligação a
universidades e centros tecnológicos.

A intenção é que estas redes - Rede Nacional de Cineteatros e Cineclubes,


Rede Nacional de Arte Contemporânea e Rede de Residências Artísticas -
respondam aos agentes culturais que "não dispõem de espaços para criar".

São defendidos ainda programas de apoio a atividades artesanais, "assentes


na tradição" e a reabilitação de património cultural e natural para futuros
"programas eco-artísticos".

Reforço do investimento no 'cluster' da Defesa

O reforço do investimento no 'cluster' da economia de Defesa deve ser uma


prioridade porque funciona como "alavanca para o desenvolvimento tecnológico
do país".

Costa Silva assinala que este 'cluster' "representa hoje 3% do PIB nacional e

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aglutina os Centros Tecnológicos da Forças Armadas, com uma rede de


empresas nacionais e internacionais, Universidades e Centros de
Investigação", envolvendo ainda "mais de 200 empresas exportadoras" e
cobrindo as indústrias aeronáutica, espacial e de defesa.

O consultor considera que "devem ser apoiados" projetos relacionados com a


mobilidade aérea urbana, com os microlançadores e os microssatélites, com a
inovação no desenho e fabricação de estruturas aeronáuticas, com a vigilância
marítima, o comando e controlo, a ciberdefesa, sistemas submarinos.

Portugal deve assumir-se como 'player' atlântico

Portugal deve reforçar a cooperação geopolítica e económica para se tornar um


'player' (ator) atlântico, e não só europeu.

"O objetivo aqui é transformar Portugal numa potência média do 'soft power'
[poder de persuasão], ligando a diplomacia, as missões de solidariedade
internacional das Forças Armadas Portuguesas, a tecnologia e a necessidade
de combater as ameaças globais, para abrir caminho à criação de plataformas
colaborativas que podem resolver problemas e abrir novas vias para a
cooperação geopolítica e económica", lê-se no documento elaborado pelo
gestor António Costa Silva.

O documento evoca as missões de solidariedade em diferentes países


africanos em que as Forças Armadas têm participado, as quais "dão
credibilidade a Portugal, promovem a solidariedade internacional e abrem
portas no mundo".

"Todo este trabalho extraordinário das Forças Armadas e da rede diplomática


portuguesa, que é importante para abrir linhas de cooperação geopolítica e
económica, deve ser reforçado, ampliado e integrado, para transformar
Portugal num 'player' não só europeu, mas atlântico", afirma.

Avaliação periódica dos reguladores

Os reguladores nacionais devem ser avaliados "periodicamente" e as suas


fragilidades identificadas.

No documento destaca-se que é preciso dar "atenção à necessidade de


aumentar a eficácia dos reguladores, que são essenciais para o mercado
funcionar de forma aberta e competitiva, tendo em conta o papel central da
regulação, que deve ser simples, desburocratizada e ativa".

Assim, deve fazer-se um balanço do trabalho das agências reguladoras em


Portugal e que se identifiquem meios e mecanismos para melhorar toda a sua
ação. O consultor apela para que se identifiquem "fragilidades em termos de

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recursos humanos" e que se aposte "na sua qualificação dotando-os


[reguladores] do conhecimento adequado ao exercício das suas funções".

Portugal deve assumir papel de 'Fábrica da Europa' na Saúde

O plano propõe transformar Portugal numa "fábrica da Europa" na área dos


dispositivos médicos, como ventiladores, e consolidar a fileira dos
equipamentos de proteção individual, revendo os sistemas de certificação.

Defende um programa de investimento para transformar Portugal numa "fábrica


da Europa", que leve o país a organizar a investigação de base, a transferência
de tecnologia e as condições para desenvolver e consolidar empresas de alta
tecnologia.

O plano lembra que os meios de proteção individual "vão continuar a ser


procurados, mesmo depois dos efeitos da pandemia terminarem" e que é
importante o país "rever o sistema de certificação deste tipo de equipamentos
médicos para que as empresas e os centros tecnológicos que os criaram sejam
capazes de os exportar e consolidar uma nova fileira exportadora do país".

Eliminar prazo de reporte de prejuízos fiscais

O Governo deve eliminar o limite de anos que os bancos e as empresas têm


para deduzir prejuízos fiscais ao IRC.

A forma de resolver o problema seria através de "uma medida que vise a


eliminação do prazo de reporte de prejuízos fiscais em sede de IRC, em
sintonia com o que acontece noutros países europeus", medida essa que deve
ser "extensível às empresas, em especial as micro, pequenas e médias
empresas".

Com estas medidas, para além de permitir aos bancos a operar em Portugal
condições iguais aos que operam noutros países europeus, conseguir-se-ia
ainda alcançar outro dos objetivos previstos no plano de recuperação
económico: apoiar a tesouraria das empresas viáveis economicamente.

Para este último objetivo deveria ponderar-se a criação de um mecanismo que


permitisse a "dedução dos prejuízos fiscais gerados em 2020 e 2021 aos lucros
dos últimos exercícios e usar mecanismos de incentivo e créditos fiscais para
fomentar a revitalização das empresas e o seu crescimento".

Criação de Universidade do Atlântico nos Açores

Portugal deve criar uma "grande Universidade do Atlântico" nos Açores, com
um polo na Madeira, para o estudo do oceano, clima, terra e atmosfera, em
cooperação com o ensino superior e centros de investigação.

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A Universidade do Atlântico deverá promover a investigação oceanográfica e


climatológica, "informação vital para mapear os ecossistemas e desenvolver
uma estratégia consistente para a sua proteção".

A ideia é transformar os Açores numa plataforma tecnológica, criando ainda um


polo ligado ao Atlantic International Research, assente numa rede de
instituições nacionais e internacionais, o que pode atrair "financiamentos
múltiplos".

Expansão dos metros de Lisboa e Porto, nova ponte sobre o Douro

O plano recomenda a expansão das redes do metro de Lisboa e Porto,


incluindo a construção de uma nova travessia do Douro a montante da ponte
da Arrábida, e uma aposta na mobilidade elétrica.

A rede do Metropolitano de Lisboa deve ser alargada "para zonas densamente


povoadas da cidade e da sua periferia imediata".

Ainda em relação a Lisboa, é recomendada a introdução de novas formas de


transporte, bem como transportes públicos mais eficientes, atrativos e
sustentáveis.

No Porto, o documento aponta o reforço da oferta e a expansão dos sistemas


de metro ligeiro na área metropolitana, nas zonas em que a procura justifique, e
a construção de uma nova ponte para o metro a "montante da Ponte da
Arrábida".

Nas cidades de média dimensão, como Braga, Guimarães, Aveiro, Coimbra,


Leiria, Évora ou Faro, devem ser desenvolvidos os sistemas de transportes
coletivos, aumentando "a oferta de transportes públicos de passageiros que
conduza à redução da dependência de transporte individual nos acessos aos
principais centros urbanos e à descarbonização".

Propõe ainda acelerar a mobilidade elétrica das cidades, incluindo dotar as


frotas de transportes públicos com veículos de zero emissões, elétricos ou a
hidrogénio.

Atrair alunos para os cursos de engenharia

Portugal deve formar mais engenheiros e começar por atrair os alunos do


ensino secundário para a profissão.

António Costa Silva considera que "é vital Portugal reforçar o seu papel como
centro europeu de engenharia" e que o país precisa de "engenheiros, não só
de 'software' ou eletrotecnia, mas engenheiros mecânicos, civis, químicos,
mineiros, físicos tecnológicos, aeroespaciais e outros".

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"Recomenda-se fortemente a criação de 'kits' pedagógicos ilustrativos das


profissões mais necessárias para atrair estudantes do ensino secundário."

Nos planos para a ciência, destaca-se ainda a defesa de "um novo ciclo de
investimento e desenvolvimento" para "cobrir fragilidades que ainda existem na
capacidade do sistema científico" na formação de investigadores e acesso às
tecnologias.

Pacto entre Estado e empresas

António Costa Silva defende um pacto entre Estado e empresas em que aquele
não se limite a pôr dinheiro nas empresas, mas as condicione a uma gestão
eficiente, áreas e produtos de maior rentabilidade e manutenção de empregos.

As empresas têm de ser reconhecidas como o "motor real do crescimento e da


criação de riqueza", mas o Estado também deve exigir àquelas que beneficiam
de capital público que se empenhem na melhoria da gestão, prefiram capital a
dívida, aumentem a competitividade (não por baixos salários, mas pela
inovação tecnológica) e internacionalização (desde logo pela cooperação entre
si para melhor intervirem no mercado global).

Justiça económica e fiscal

Portugal precisa de uma justiça económica e fiscal orientada para o século XXI,
com mais utilização dos meios alternativos de resolução dos litígios.

De acordo com o documento, "a melhoria da justiça económica e fiscal é


decisiva para uma economia mais saudável e mais dinâmica", já que o sistema
"é lento, as respostas aos processos são demoradas, a gestão dos processos
de justiça não é a mais adequada" e faltam meios e recursos nos tribunais.

Para uma melhoria da justiça económica e fiscal, é recomendado que seja


fomentada a utilização dos meios de resolução alternativa de litígios e que os
operadores judiciais sejam estimulados a utilizar os meios alternativos de
resolução dos litígios, "tendo em conta que são mais rápidos e menos
onerosos".

Aposta na qualificação dos portugueses

Portugal deve continuar a apostar no reforço das qualificações e competências


dos portugueses, desde os jovens à formação contínua dos adultos menos
qualificados.

Entre as propostas apresentadas para a área da qualificação, consta a criação


de condições para aumentar o número de jovens que frequentam, com
sucesso, o ensino superior e a promoção da formação avançada em todas as

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áreas do conhecimento.

Ajuda às PME de comércio que promovam produtos nacionais

O consultor sugere um programa de ajuda financeira direta às PME de


comércio a retalho que promovam a oferta de produtos nacionais.

É também proposta a criação do Programa Portugal Repara, de "incentivos à


reparação de equipamentos, orientada para facilitar a ligação entre o
consumidor e as empresas de serviços de reparação, essencialmente as micro
e pequenas e médias empresas, aproveitando sinergias existentes com pontos
de atendimento disseminados pelo território e redes logísticas já existentes".

O objetivo é "combater a obsolescência programada e promover a extensão da


vida útil dos equipamentos, designadamente equipamentos elétricos e
eletrónicos", bem como promover o emprego em pequenas e médias empresas
ligadas à reparação de equipamentos, "criando uma rede nacional de
reparadores enquadrados num mecanismo de reconhecimento de qualidade de
serviço".

Retoma da alta velocidade e novo aeroporto

O documento propõe a retoma do projeto de ligação entre o Porto e Lisboa por


alta velocidade ferroviária e do novo aeroporto de Lisboa devido à necessidade
de "construir um eixo ferroviário de alta velocidade Porto-Lisboa para
passageiros, começando com o troço Porto-Soure (onde existem mais
constrangimentos de circulação)".

Esta ligação "potenciará a afirmação das duas áreas metropolitanas do país e o


seu funcionamento em rede", além de trazer "grandes ganhos ambientais por
dispensar as ligações aéreas".

"Uma posterior ligação a Espanha pode favorecer todo o litoral português e


facilitar o equilíbrio financeiro da exploração. A ligação Porto-Vigo, bem como
outras 'amarrações ibéricas', devem ser equacionadas no médio prazo", indicou
o consultor.

Recuperação centrada nas pessoas, reforçando setor social

O plano de recuperação económica deve centrar-se nas pessoas, identificar e


corrigir as vulnerabilidades do setor social, designadamente no combate à
pobreza, ao desemprego, à exclusão social.

São propostos um conjunto de programas de investimento que permitem


responder a problemas desde a habitação social à proteção dos mais idosos.

Cumprimento do Pacto Ecológico Europeu

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A recuperação económica para Portugal de 2020 a 2030 tem que cumprir os


objetivos do Pacto Ecológico Europeu.

O gestor considera que "a sociedade reconhece e exige um plano de


recuperação verde" e aponta como objetivos "mais energias renováveis, mais
gás e menos carvão, mais eletricidade, mais tecnologias digitais".

Reafirma o compromisso "de neutralidade carbónica e a trajetória de redução


de emissões", cumprindo as metas para 2030 dos planos nacionais para a
energia e economia circular, como a utilização de 80 por cento de energias
renováveis.

Criação de 'clusters' para desenvolver o interior

É proposto um plano de investimento direcionado para o interior que prevê a


criação de 'clusters' regionais em várias áreas, da floresta às ciências
biomédicas, numa lógica de "descentralizar o país".

O documento atribui à coesão do território, à agricultura e à floresta um papel


fundamental para "mobilizar o interior do país" e "contribuir para a construção
de uma economia mais justa, equilibrada e inclusiva".

Tal como noutros documentos de gestão do território das últimas décadas, é


reconhecido que há um desafio significativo ao nível da estrutura da
propriedade, "extremamente fragmentada", e da conversão de paisagens de
forma a melhorar a vida das comunidades locais e reduzir riscos como os dos
incêndios rurais.

Centro para gerir riscos naturais e soluções para escassez de água

A criação de um centro de competências para a gestão de riscos naturais e a


investigação de soluções para combater a escassez da água são propostas da
versão preliminar do plano.

Evidenciando uma preocupação com a transformação da paisagem, de forma a


restaurar ecossistemas, equilibrar a ocupação do solo e combater a
desertificação, a versão preliminar destaca a necessidade de ser criado um
centro de competências para a gestão dos riscos naturais e de saúde pública.

"Portugal pode enfrentar riscos significativos no futuro, não só em termos de


novas pandemias, mas também no âmbito do risco sísmico, energético,
climático, ciberataques, riscos naturais de diversa índole. É importante o país
investir nas suas capacidades e recursos humanos direcionados para a
identificação e prevenção de risco, e desenvolvimento de estratégias de
resposta e resiliência do território", é referido.

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Consórcios internacionais para explorar recursos nacionais

António Costa Silva defende que Portugal crie consórcios internacionais para
aproveitar os seus recursos estratégicos, como minérios fundamentais à
transição energética, e que para os mercados internacionais desenvolva um
selo verde da 'Marca Portugal' que diferencie o país.

Apesar das melhorias, Portugal tem de reforçar a atração de investimento


externo, nomeadamente para recursos estratégicos -- como recursos minerais
(lítio, cobalto, níquel, nióbio, tântalo, terras raras) importantes na transição
energética (fabrico das novas baterias, indústria eletrónica de alta precisão) e o
mar -- que "com uma visão a médio e longo prazo podem transformar-se em
fontes de criação de riqueza e valor".

O consultor defende que o país desenvolva projetos para atrair investimento


externo e desenvolver consórcios internacionais para aproveitar estes recursos,
aprendendo com o que fez a Noruega para o desenvolvimento da sua indústria
de petróleo e gás.

"Os países que estão interessados podem ser a Alemanha (que já concorreu
no Pacífico à exploração de uma zona com sulfuretos polimetálicos), a França,
os EUA e Canadá, para além do Japão e da Índia", afirma no documento.

Evitar guetos com habitação social

O plano defende a criação de habitação social em meios residenciais já


existentes, para evitar a criação de guetos, e a contínua recuperação de
património devoluto.

Destaca a importância do "provimento público de habitação, seja por


construção de raiz de habitação social, mas não de bairros sociais, seja por
recuperação de parte do parque habitacional devoluto e a sua redistribuição".

A proposta sublinha que as diferentes vulnerabilidades ao contágio


demonstradas na pandemia de covid-19 tornam ainda mais urgente a
necessidade de acabar com as debilidades no acesso à habitação, que é "um
fator de desigualdade social e segregação territorial".

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