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DIREITO DE AUTOR
NO DESENI-IO INDUSTRIAL
NEWTON SILVBIRA

O Autor é Mestre em Direito pela Fa-


culdade de Direito da Universidade de
São Paulo e especialista em Direito de
Autor e Propriedade Industrial.
Neste campo milita atìvamente, desde
1963, sendo membro fundador da ATRIP
_ Associação Internacional de Profes-
sores e Pesquisadores de Propriedade In-
telectual e do IIDA - Instituto Intera-
mericano de Direito de Autor.
L
E secretário e colaborador ativo da
RDM - Revista de Direito Mercantil e
redator da RT-Informa, além de colabo-
rador assíduo da RIDI _ Revista Inte-
ramericana de Dìreito Intelectual, todas
publicadas por esta Editora, e da Enci-
lal
clopédia de Direito.
E autor de um utilíssimo
CURSO DE PROPRIEDADE INDUS-
TRIAL, também editado pela Revista _-_.
dos Tribunais.

4,-`

Uma edição da

EDITORA m
REVISTA DOS TRIBUNAIS
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Capa de Luis DIÁz
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I ¶ Direitø de Autør
no Desenho
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Newton Silveira

É Direito de Autor
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CIP - Brasil. Cataiogação-na-Fonte
Cámara Brasileira do Livro, SP
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Silveira, Newton. - '


S589d Direito de autor no desenho industrial /
Newton Silveira. - São Paulo : Ed. Revista
dos Tribunais..¿19B2.
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í Bibliografia. -
ISBN 85-203-0172-X -
1. Desenho industrial 2. Direito de autor
3. Propriedade industrial 4. Propriedade in-
dustrial - Brasil I. Título. «

CDU-347 . 773
81-1363 -347 . 773(81)

índices para catálogo sistemático:


1. Brasil : Desenho industrial : Propriedade
industrial : Direito comercial 347.773(81)
2. Desenho industrial : Propriedade industrial :
Direito comercial 347.773

Ar Edla van. 'Stefan


Exemplar
Íléäf

ISBN B5-203-0172-X

. © desta edição da
EDITORA REVISTA DOS THIBUNAIS LTDA.
Rua Conde do Pinhal, 78- Tel. [011] 37-8689
01501 São Paulo. SP, Brasil.
Janeiro de 1982 1
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APRESENTAQÃO

« O trabalho do Prof. Newton Silveira aborda um tema


de grande atualidade, que, no entanto, surpreendentemen-
te, não tem sido objeto de estudo e discussão, a não ser
em nivel muito limitado. Levanta um problema de rele-
vância e interesse prático para os desenhistas industriais,
e no qual estes aparentemente não pensaram até agora.
Poder-se-ia dizer talvez que a discussão levantada pela
tese tem mais interesse acadêmico do que prático, porque
considera, em última análise, que o desenho industrial tem
assegurada a' necessária proteção para o seu criador, quer
através da Propriedade Industrial, quer através dos Di-
reitos de Autor. Na realidade, entretanto, parece-me que
as coisas não se passam assim: creio que se pode dizer,
sem receio de erro, 'que o assim chamado designer vem'
desenvolvendo o seu trabalho sem cogitar de proteção por
qualquer dos dois instrumentos. O primeiro mérito da tese
residiria pois em chamar a atenção dos profissionais dessa
nova profissão para o fato de que seu trabalho pode ser
objeto de proteção juridica, ímpedindo que terceiros uti-
lizem os frutos de seu esforço criador sem qualquer tipo
de compensação. A profissão realmente é nova e sua
abrangência pouco definida. Fiecebido inicialmente como
criação puramente estética, destinado à criação de formas
visuais mais atraentes, o desenho industrial evoluiu para
um conceito mais amplo de melhoria do produto, do qual
a forma externa passou então a ser apenas um dos com-
ponentes. Trata-se, como é fácil de ver, de um conceito
distinto, que modifica substancialmente a idéia anterior:
9
APHESENTAGÃO
DIHEITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
mento válido de desenvolvimento. Valorizando com sua
mente existente sobre o desenho industrial. Dai as distin- tese o trabalho e a profissão do desenhista industrial, o
çöes que a tese examina com grande erudição einteli- Prof. Newton Silveira fez muito mais do que poderia ser
gência, entre aquilo que constitui puramente uma criação considerado um bom trabalho jurídico. Demonstra profun-
artistica, sem utilidade prática, daquilo que se destina a do conhecimento da essência do desenho industrial e do
uma produção em escala industrial, através da repetitivi- papel que a arte e a indústria representam na sociedade.
dade. Apesar da aparente aridez do assunto, a leitura da A divulgação de seu trabalho é um importante serviço
tese é proveitosa e agradável, pois tanto aquilo que apro- prestado à cultura brasileira.
xima as criaçöes no campo da técnica e no campo da
estética; como aquilo que as diferencia, é objeto de uma JOSÉ E. MINDLIN
análise estimulante e original. Os próprios títulos dos
capítulos confirmam o que digo, e o autor demonstra gran-
de sensibilidade e compreensão para os problemas da
criação intelectual, o sentimento estético, e a importân-
cia da criação artistica em geral. Sabemos todos que no
Brasil o desenho industrial é uma atividade incipiente,
existindo, no momento, creio que mais profissionais do
que demanda. Esses profissionais são pioneiros que se
aventuraram a exercer como inovação uma profissão au-
tônoma, que até há pouco fazia parte dos currículos de
arquitetura ou de artes plásticas. Vêm demonstrando que
seu trabalho pode constituir atividade independente, tanto
de uma como de outra. Para o país, considero da maior
importânciao desenvolvimento do desenho industrial, quer
como forma de aperfeiçoar nossa produção, »quer como
meio de se criar para o produto brasileiro uma imagem
específica, a exemplo do que ocorre nos paises industria-
Iizados, de que são bom exemplo a Suécia e a Itália. Até
agora, como disse acima, creio que os designers não se
preocuparam com a proteção de seu Direito de Autor, e,
embora não dispondo de dados concretos, acredito não
errar dizendo que -devem ser raros os casos de recurso
à Propriedade Industrial o-u ao Direito Autoral. É evidente,
no entanto, que o interesse dos designers nessa proteção
deveria ser grande, pois, desenvolvendo o seu trabalho
em caráter profissional e não como mero subproduto de
um talento artístico, é justo e indispensável que o pro-
veito material que tal trabalho possa proporcionar seja
por eles auferido, e não por terceiros que /hes copiem as
idéias. O trabalho do Prof. Newton Silveira levanta o pro-
blema com muita propriedade. Acredito que seja uma con-
tribuição absolutamente original nesse campo, e merece
ser conhecido, tanto por juristas, como por designers, e
todos aque'/es que vêem no desenho industrial um instru-
11
10
SUMARIO

APRESENTAQÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .' 9
INTRODUQÃO . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . . . . 15
e
_ Noçoes eenms t I
0 homem e o instrumento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._ _19
|\3_¿- O sentimento estético . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .20
3. Criação intelectual no campo da técnica e no campo da
estética . . . . I . . . . . . . . . . . . . . . . .. ~- . . . . . . . . . . . . . ._- '22

|| - o "oeslsn" V A
A questão terminológiea . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 27
A fusão da arte e a indústria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 30
Funcioinalidade e estética . . . . . . . . . . . . . . . X . . . . . . . . . .. 33
.ACDÍO-L Estímulo ao desenho industrial» brasileiro . . . . . . .; . . . . . 39
III _ TUTELA DO "DESIGN" NA PRÓPRIEDADE INDU$TRIAL
1. lnvençöes industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 47
2. Criaçöes de forma: o modelo de utilidade e os desenhos e
modelos industriais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._ . . . . . . . . . . . . _. 51
3. Limitaçöes à proteção das criaçöes industriais . . . . . . . . . . .. 56
_ A LEI DE DIREITOS AUTORAIS '
Objeto do díreito _ .os projetos e a arte aplicada . . ... . _. 63
1
Valor artístico , . . . . . . . . ....._.. .. .. ............... ... . .. 68
Registro . . . . . . . . . . . . . ........ .. .. . . . . .' . . . . . . . . . . ... . ._ 71
2.^F'”!“." Direitos morais . . . . . . . ........ .. .. ............... ... . .. 75
V - COMPARAQÃO ENTRE A PROPRIEDADE INDUSTRIAL
E OS"D|REITOS AUTORAIS ' _
1. Novidade e originalidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 81
2. Duração e ámbito da proteção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 'B4
3. Criaçöes dos ernpregados . . _ . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ¬ . . .. 85

13
DIREITO DE AUTOR NO IDESENHO INDUSTRIAL

VI - OBJETOS MULTIPLICADOS E CRIAQÓES ÚTEIS _


A revolução industrial e a produção masslficada . . . . . . . . .. 89
A arquitetura . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. 93
OJIO-I› Obras artisticas multiplicadas . . . . . . . . . _ . , . _ _ . . . . . . . _ . ._ 94

VII - DELIMITAçÄ0 DA PFIOTEQÃO


Critérios delimitadores , . . . . . . . _ . . . . . . . . _ . . . . . . . , . . . . , .. 97
A teoria de I'unité de l'art . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . 107
Dois precedentes norte-americanos . . . . . , . . . , . , . . . . . . . . .. 114
-l>›OJ|\)-^ Alguns julgados brasileiros . . . . . . . . . . _ . . . . . . . . . . . . ._ 127
VIII _ O CRITERIO DA LEI BRASILEIRA
1. Do ponto de vista do autor . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . , › . . . . .. 133
2. Do ponto de vista do empresario , . . . . . _ . . .. . 138 INTRODUQÃO
-- NO ÂMBITO INTERNACIONAL
Tratados e convençoes internacionais . . . . . I . . . . . . . . . . . . .. 149
Os países latino-americanos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._ 154
§.°”!°.“' O ato normativo brasileiro de transferência de tecnologia _. 157
A dicotomía entre os direitos de Propriedade Industrial e
X _ TUTELA DO DESENHO INDUSTRIAL os Direitos de Autor, o primeiro tradicionalmente enqua-
1. Funcionalidade e invenção . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . ._ 161 drado como ramo do Direito Comercial, os segundos como
2. Nível estético . . . ` . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . .. 165 disciplina do Direito Civil, traz ao jurista motivo de perple-
xidade ao se defrontar com certas criaçöes que parecem
APÉNDICE querer fugir do rígido enquadramento, vacilando seu cam-
1. Convençao Interamericana sobre os Direitos de Autor em po de incidência e sugerindo a existencia de uma terceira
Obras Literarias, Cientificas e Artísticas, firmada em Washington, categoria de direitos que comporíam uma zona gris de
a 22 de junho de 1946 . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . _ . . . . . . .. 171
2. Resoluçöes Aprovadas na I Conferência Continental do Ins-
proteção a criaçöes que alcançam, de forma ambivalente,
tituto Interamericano de Direito de Autor . . . . . . . . . _ . . . . . . . . ._ 178 tanto a forma quanto a função.
A inc-erteza no enquadramento de tais tipos de obras pode
BIBLIOGRAFIA . . . , . . . .. . . .. . . . . . . . . ... . . . . . . . . . . _ . . . , . . ,_ 189
levar o aplicador da lei a pecar por excesso, ampliando a
proteção deseas obras mistas de modo a criar restriçöes
ao avanço tecnológico, ou a pecar por esca-ssez, negando
ao autor o legítimo exercicio de seus direitos de criação.
A materia não se acha assentada e sua regulamentação
varia, seja no campo legislativo, seja na orientação juris-
prudencial, podendo-se destacar extremos tais como a
orientação francesa de outorgar um direito de autor a toda
e qualquer criação de forma, seja procurando restringir a
incidencia do direito do autor sempre que a obra se destine
à utilização no campo da indústria, como é aplicada nos
países de sistema jurídico anglo-saxão. A Alemanha tem
procurado um justo equilibrio na aplicação da lei, ao passo
que a doutrina italiana se mostra muito mais avançada que
14
15
INTRODUGÃO DIREITO DE AUTOR NODESENHO INDUSTRIAL

os julgados dos tribunais, e as convençöes internacionais, peculiaridades da materia, estudar, concomitantemente, a


tímidamente, procuram contornar o problema, na verdade Propriedade Industrial, para que se possa visualizar os
omitindo-se a 'fim de não impor aos países signatários campos de incidência específicos e suas relaçöes recí-
qualquer solução que viesse a conflitar com o nivel nacio- procas.
nal de tratamento da materia. Em recente artigo sob o título “Proteçao da Obra Literaria",
subscrito por Antônio Chaves e publicado n'O Estado de
O Brasil, face ao seu inegável atrelamento ao sistema in- S.. Paulo de 24 de fevereiro de 1980, é dado o devido
dustrial, necessita firmar posição a respeito da proteção ao destaque à materia: “Já no quadro das artes figurativas, a
ff;«_-sìrlfliåe desenho industrial, em especial tendo em vista a proteção tarefa complica-se, pecando a regra, se não por excesso, ao
do autor desse tipo de obras, sob pena de ver frustrados menos por uma falta de coordenação e de unidade, surgindo

i
seus esforços no sentido de alcançar o estágio de indus- conflitos relativamente à delimitação dos respectivos cam-
trialização. A incerteza nessa área produzirá, inevitavel- pos de aplicação da lei do direito de autor, da que tem
mente, os mais dispares pronunciamentos de nossos tri- por objeto os desenhos e modelos industriais.
bunais, ensejando idas e vindas que gerarão. sem dúvida, Semelhante problema, que se coloca nos limites da pro-
a perda do passo de nosso avanço tecnológico. priedade industrial e da propriedade artistica, não pode ser
Por outro lado, é importante destacar que o avanço técnico elidido porque, ao menos com relação às artes aplicadas à
não se contrapöe à proteção do individuo ou equipe .de indústria, o criterio de proteção das obras artísticas pode
autores de novas formas aplicadas à indústria, Muito pelo ser por ele influenciado". j
contrario, o justo reconhecimento do direito desses auto- A questão, no estágio atual do desenho industrial, mais
res, longe de resultar em um entrave, representará o ne- se complica porque temos de enfrentar, não somente o
cessário estímulo à criatividade do industrial designer bra- problema não resolvido de delimitação dos campos de
ìïíítå.fiía sileiro, estímulo esse que, no campo jurídico, setsomará proteção à arte e à técnica, como também a moderna
aos estímulos de caráter financeiro e cultural, que nossa aspiração do desenho industrial em busca de um título
sociedade vem procurando conferir ao desenho industrial de proteção, de -forma unificada; às criaçöes de forma da
parasuperar os obstáculos que vimos encontrando na área. qual decorre uma vantagem técnica.
1.-_ ;
Assim sendo, o objetivo deste trabalho é o de sopesar as
diversas tendências em conflito na civilização industrial
e buscar a que mais nos convenha no momento, que seja
coerente com nosso sistema jurídico e que dê o devido
realce à figura do autor dessas criaçöes. Buscaremos ana-
Iisar as condiçöes em que o direito autoral possa ser cha-
mado em garantia das criaçöes de forma no campo da
indústria e os limites de sua aplicação. Dessa maneira,
damos como pressupostos as condiçöes de novidade e
originalidade da obra, conforme o caso, para considerar
quando sua proteção deve incidir unicamente nos insti-
tutos componentes da propriedade industrial e quando deve
merecer a guarida mais ampla do Direito de Autor, exclu-
I sivamente ou por acumulação
al Não obstante o presente trabalho, por sua natureza, esteja
inserido na área de Direito de Autor, será necessário, pelas
16 17
l

I
NOQOES GERAIS

1. 0 homem e o instrumento l
r
Muito antes de o homem ter alcançado a possibilidade de
planejar a economia e multiplicar os produtos necessários
à satisfação de suas necessidades, ele já vem -exercendo
intenso diálogo com a natureza e desenvolvendo o apro-
veitamento desta em seu beneficio. podendo essa atividade
ser genericamente designada pelo termo técnica.
Assim, o homem aprendeu a fabricar instrumentos de pe-
dra, sobretudo de sílex, lascando-os com outra pedra, A
descoberta [ou invenção) dos primeiros instrumentos tor- J
nou possível ampliar o alcance e utilidade da mão do ho-
mem (seu primeiro instrumento), tornando-o capaz, com
o uso de seus machados, lanças, arpöes, anzóis, arcos e
flechas, de vencer animals maiores e de colocar a natureza
à sua disposição. No período neolítico o homem aperfei-
çoou o uso da pedra e criou novos utensilios, como facas,
foices, enxadas e vasilhas para guardar ou cozinhar ali-
mentos. Descobriu novas utilizaçöes para osmateriais en-
contrados na natureza, modelando recipientes de argila,
tecendo fibras e empregando troncos de árvores para cons-
truir barcos e jangadas.
Na ldade dos Metais aprendeu a trabalhar o cobre, a liga-lo
com o estanho obtendo o bronze, surgindo, assim, a figura
do artesão.
19
NOGÓES GERAIS
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL

Do _primeiro machado aos computadores de terceira QB' mentos futuros. “A arte, desde então, como tudo o mais,
W930 e,a_s naves-sonda interplanetárias, verifica-se 0 mes- não é senão uma das manifestaçöes espontâneas dessa
mo e unico fenómeno de subjugação da natureza pelo atividade intelectual, que é o próprio caráter do homem,
I'|0mem. C0mP0l'Id0 todos o universo de instrumentos que e que, aplicando-se em objetivos diversos, criou sucessi-
0 I¶0m§m GOIOCOU H sua disposição em decorrência da vamente, e pela mesma razão, todas as artes, todas as
aplicaçao de sua capacidade criativa ao campo da técnica. indústrias e todas as ciências".f*
É por essa razão que as cavernas pré-históricas abriga-
vam objetos desenhados, esculpidos ou entalhados, de-
2. O sentimento estético monstrando o prazer do homem pela reprodução de certas
formas. Pode-se dizer que 0 homem desenvolveu, em maior
Ao lado de suas aptidöes no campo da técnica, o homem grau que os outros animais, um instinto “do melhor" que
desenvolveu, concomitantemente, o seu sentimento esté- o levou à posição hoje atingida, sendo o resultado mais
tico. Pode-se dizer que "a arte não é senão uma resultante importante de sua diferenciação intelectual a criação da
natural do organismo humano, que é constituido de modo linguagem. Através da linguagem, o homem passou a se
a experimentarum prazer singular em certas combinaçöes utilizar de sinais ou imagens, distintos dos objetos desig-
de formas, de linhas, de cores;-de -movimentos, de sons de
-
ritmos, ›
de imagens n _,
.' A essas sensaçoes, '
deve-se acres- nados, e a estabelecer entre eles uma nova ordem de
centar o elemento emoção e a personalidade do artista, relaçöes. Esses sinais e relaçöes foram utilizados tanto
como veículos de transmissão dos conhecimentos adqui-
devendo a eles responder a maneira de compreender e de ridos, quanto das emoçöes. Por força do progresso da
sentir do publico., . análise intelectual, as artes se libertaram espontanea-
Elementos intrínsecos, entretanto, são unicamente a fm-ma mente da linguagem falada e da linguagem escrita. utili-
e a emoção em relação. Essa relação forma-emocão cons- zando-se dos mais variados meios para a transmissão das
ÍÍIUÍ- SBQUHCIO Abel Salazar. a “tectônica do Conceito da emoçöes.
Arte".2 É importante destacar ser a arte um produto espontáneo,
Na arte 0 homem transmite sempre algo de si próprio, imediato e necessário da atividade humana, jamais se li-
sua impressão pessoal, revelada pela escolha do assunto, mitando a imitação da natureza,4 podendo-se concordar
pela proporção das partes, por experiênbias instintivas, com Véron quando afirma ser a arte “a expressão emo-
qlle resulta numa criaçao que pode ser reconhecida pelo
tiva da personalidade humana".5
publico como obra de arte, como fato puramente humano.
3. E. Véron, ob. cit., pág. 25. Véron acrescenta que as contingëncias
O sentimento estético, da mesma forma que o emprego dos da vida conduziram o homem primeiro a inventar e aperfeiçoar seus
primeiros instrumentos, remonta aos primórdios da civi- instrumentos de guerra em decorrência de seu instinto de conservação.
lização. Tanto um, quanto outro, decorriam já do esforço sendo, entretanto, o gosto artístico tão natural no homem como o
instinto de conservação. V
intelectual que permitiu ao homem alcançar os aperfeiçoa-
4. "O que há de notável é que, desde a época mais remota, a imitação
não lhe bastou. Ao lado das ossadas, nas quais ainda se reconhecem
1. E. Véron, A Estética, pág. 9. figuras de animais, imitadas mais ou menos grosseiramente, encon-
2. “.._.não ha conceito de arte possível sem dois elementos funda- tram-se braceletes. colares, ornamentos, cuja invenção demonstra a
mentais: uma forma e uma emoção". Abel Salazar. O Que é a Arte?, pesquisa, voluntária e pessoal, de formas imaginárias. Os instrumentos
pag. 35. Abel Salazar acrescenta aos elementos fundamentais do. con- de pedra, destinados à guerra e à caca. têm uma variedade de formas
ceito de arte [relação forma-emocão] outros elementos externos, como e, por vezes, uma elegancia de linhas e de decoração que, -por nada
o_s estados coletivos, soclais, económicos e morais, integrados nos adiantarem à sua eflciência no ataque ou na defesa, definem sem
sistemas históricos, o que denomina de totalização histórica da expe- dúvida alguma. uma intencão meramente estética". Véron, ob. cit.,
rlencia. bem como os elementos do pensamento e da razão e outras pág. 45, '
relaçôes tais como homem. coletividade, espaço e tempo lpágs. 36 a 38]. 5. 'Véron, ob. cit., pág. 47.
20 21
o|aEiTo DE Autos No DEsENi-io INDUSTRIAL NOGÓES GERAIS

Em contraposição à emoção manifestada pelo artista atra. ciente adquire, paulatinamente, consciência de si própria
vés de sua obra, encontramos a sua repercussão nos de nos tempos modernos. “A arquitetura tornou-se uma arte,
mais seres humanos que a recebem criando nestes um mas principiou por ser outra coisa. O primeiro homem,
prazer estético. Para que este sentimento se realize certas que teve a idéia de cavar um abrigo na terra ou de cons-
regras devem ser respeitadas, em especial uma relação truir para si uma cabana, por certo não sonhou com a
"50'-¡¡"3a entre 3 em0Gä0 a ser transmitida e a forma adotada criação de uma obra artística. Obedeceu a uma preocupa-
msesrat convenieråcia entre forma e idéia pode ser especial- ção, com a qual nada tinha que ver a estética, tal como o
e aprecia a na arquitetura, onde a beleza de uma primeiro que talhou um machado de sílex. A arquitetura
parte deve decorrer de seu cabimento e de sua razão de nasceu, pois, de uma necessidade meramente física. Mas,
serf' no conjunto. Nem por a arquitetura levar em coma pelo simples fato -de uma cabana oferecer à vista um con-
0 elemento necessidade. limitando a liberdade e a fantasia junto de linhas e superficies, era de prever-se que o sen-
do artista, é ela menos "arte", podendo-se af¡¡-mar até timento ¡nato da arte acabasse por manifestar suas prefe-
CIUG 0 sentimento estético no caso resulta exatamente da rências, dando às linhas e às superficies disposiçöes mais
fldeflluaçao da forma à necessidade. agradáveis à vista. Tais preferências tiveram naturais opor-
tunidades para revelar-se e fixar-se, quando da construção
Éïïešaätïnpšfiššš §§2šš;i`Éia唚°3r'a'“e“*-6 -° gê“'° “iii
de formas e sinais diretamente eg exterlonzar' por m~e|0
das habitaçöes destinadas aos deuses e aos potentados;
os templos e os palácios, para ser dignos de seus habi-
sentidas,por
formas e auma
faculdade
espéciededeencontraílresslvosl' aã elmoçoes
¡ntmcã esseds sinais e essas tantes, deviam distinguir-se dos abrigos reservados ao
vulgo, por sua grandeza, por sua magnificência e pelo ca-
flexão e o cálculo não intervêm se.nao
'O por
'me adiçao
'ani' onde -a re-7
ulterior". ráter de sua decoração. Aí está o germe de tudo* mais. A
construção e a decoração, subordinadas ã natureza dos
3. estéfãica
Cria ão intel ec t ual no campo da tecnica
' - e no campo da materiais e ao destino dos edificios, produziram espon-
taneamente os vários géneros de arquitetura.- conside-
rados em suas linhas gerais. Em seguida, por um lógico
Muitod em_P0l'? P0SS_am,SGI'_. em regra. delimitados
- - trabalho de concentração e assimilação análogo ao que
os cam- se nota na formação das grandes lendas e epopéias anti-
POS 2 Cleflfila, da industria e da arte a invenção tem um gas, cada qual destes gêneros se completou com tudo
dcaráter de - ' ~ ' Os celebres
_ processo mental unitario. » textgs
e H. Poincare sobre seus processos de invenção no cam que pudesse contribuir para a expressão do pensamento,
que se pode encarar como constituindo o centro e o núcleo
P0'd-H matemática revelam “processos que são no fundo de toda a combinação. Como na epopéia ou na música,
analogos ao da invenção artística".B ' '
estacombinação, primitivamente, não é mais que uma
fèfiâing É desde o inicio ,da história do homem. A0 mes;-ng harmonia sucessiva de linhas, mais ou menos expressivas,
d p m q_u,e talha 0 SIIGX Plfepärando seus instrumentos de idéias ou de sentimentos, com a diferença apenas de
de 9UGl'I'a. la a arte se manifesta na escolha da forma que os sinais que se reúnem e combinam na epopéia e
essas a rmas e de seus ornamentos.9 Essa arte .jj-mans. na música são palavras e notas, ao passo que, na arqui-
6.V'll-l- .
tetura, são linhas, formas e cores, exatamente como na
__GoSit%"et e Duc. Dicionario. Comentado da Arquitetura, ver-bere escultura e na pintura. Poder-se-á dizer, mesmo, que a ar-
g. Xãronšolb. cit., pág, 91, quitetura não passa de uma extensão da escultura. Esta
- 'Í - -e aazar- . °b- C¡t-- Pág- 93 -_ "Poincaré insiste
_ sobre o papel da
analogía torna-se patente, diante dos templos subterrâ-
1fl_UIf;a0 e _o sentimento da harinonia e da ordenaçao _ fato importante,
POIS aPI'0XIma H criaçao matematica da criação artistica sem no entan- As armas, os instrumentos, os adornos de pedralascada, já são escul-
to as confundir" (pág. 95). ~
tura. 0 homem das cavernas rebusca a elegância na forma, a variedade
9- A GSGUITUFH. que cria diretamente as formas completas com sua no aspecto. e este rebuscamento é tão espontãneo, que será difícil
très d¡me"S5BS- Parece ter sido a primeira mesmo antes do desenhos atribuí-lo à imitação". Véron, ob. cit., pág. 104.
22 23
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL NOCÓES GERAIS

neos da india, cavados inteiramente num só bloco de inicialmente limitada a edificar abrigos para o homem.
pedra. Ha, porém, esta diferença: a escultura imita muito passa posteriormente a dar origem à concepção artística.
mais ordinariamente as formas fornecidas pela natureza, Deixa de ser uma indústria, para tornar-se uma arte, nao
ao passo que o conjunto do modelo arquitetônico só existe mais visando apenas a conveniência e a utilidade e pas-
no pensamento do arqu¡teto". 1° sando a se preocupar com a impressão que deve pro-
O mesmo esforço que deu origem à indústria [satisfa-
duzir. O fim útil domina a manifestação da arquitetura.
que no entanto possui uma inegável força de expressão.
ção das necessidades materiais), criou as artes para a
satisfação das necessidades espirituais do ser humano. 0 mesmo se pode dizer com relação à "arquitetura" dos
Ao passo em que a técnica se objetiva na natureza, a arte, produtos industriais, com os quais convivemos na chama-
ao contrario, atua no mundo do homem, inventando novas da civilização industrial. Já disso se advertira Almeida
formas destinadas unicamente a estimular o sentimento Garrett no projeto de lei sobre a propriedade literaria e
estético.” artística apresentado na Cãmara dos Deputados em sessão
de 18 de malo de 1839, cujo art. 20 cuidava da proprie-
Do ponto de vista estético, o valor de uma obra deve ser dade dos desenhos de fábrica: '
apreciado independentemente de sua utilidade. 12 A obra
artística ultrapassa a realidade, buscando uma intensidade "O artigo 20." d'este titulo declara a propriedade dos de-
de efeito que não se encontra na natureza. A beleza da senhos dos fabricantes: genero de indústria e talento,
arte é, assim, uma criação puramente humana. Pode-se que o progressive augmento das nossas fábricas muito
dizer que a arte transforma e "personaliza" a realidade. A requer que seja protegido. Não se trata de -novos inventos
forma criada pelo artista pode ser emprestada pelo mundo e descobertas, que lá teem lei propria, mas das creaçöes
exterior, mas é animada pelo sentimento que inspira ao do desenhista, do gravador, cujos riscos não devem fazer
homem interior. “A natureza e a humanidade são, a um a fortuna senão de quem lh'os pagar, e nãoficarem como
tempo, e indissoluvelmente, o objeto e o tema de todas as em baldio commum, que quem quer aproveita sem re-
artes, assim como da ciência e da indústria. A arte mani- tribuição.
festa os fenómenos da vida universal, a ciência explica-os Na presente lei só era possivel, quanto a este ponto, de-
e a indústria adapta-os às necessidades do homem. A arte clarar o principio: as regras de applicação demandam fór-
propôe, a ciência expöe e a indústria dispöe". 13 _ mulas particulares que precisam de lei separada, e que se
Não obstante o acima exposto, cumpre insistir que a uti- Deus me ajudar com a vida, me comprometto a apresentar
lidade de uma obra não exclui necessariamente o seu cará- brevemente á deliberação da camara". 14
ter «'=1flIÍS'f¡C0. 0 que se verifica, em. especial, na arquite- É o caráter expressivo, indissoluvel-mente ligado à forma,
tura, que pode ser considerada a expressão sensível de
uma necessidade satisfeita. A indústria da construção, que vai denunciar o eventual valor artístico de uma cria-
ção em qualquer área da atividade humana. Assim é que.
10. Véron, ob. cit.,_pág; 106. ' mesmo nas obras c_ientíficas, sua forma de expressão é
11. Thoré, “Salão de 1847": “Quanto mais tenha o artista transformado diretamente protegida pela lei autoral. Não importa que
a realidade exterior, tanto mais terá ele posto de si mesmo em sua se achem acumuladas na mesma obra ou no mesmo suporte
obra, tanto mais terá elevado a imagem para o ideal que todo homem material criaçöes de vários géneros, pois não é a natu-
acalenta em seu coração. tanto mais terá progredido no mundo poético.
Ao contrário, se nada ele acrescentou à natureza encarada de um modo reza do suporte material que vai determinar a natureza
vulgar, agiu como industrial e não como artista". da criação e,' em conseqüência, a lei aplicável. Exemplo
12. .. o valor de uma obra não poderia ser apreciado conforme a típico dessa acumulação de criaçöes diversas em uma
utilidade que oferece. Tal critério é da ciência e da indústria, mas não mesma obra é o fonograma, que é objeto, ao lado do direito
da arte". Véron, ob. cit., pág. 119. _
13. Thoré. “Salão de 1861", publicado no “Le Temps". 14. Almeida Garrett, Obras Completas, Lisboa, 1904, Politica, vol. II.
24 25
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
, . . - f na-
do autor. tambem do direito conexo do integpfefiìèåâ de
tureza diversa, e do direito do produtor do on0Q '
natureza mais diferente ainda.
Dessa forma, é preciso assina_lar_que a_d.iStlfiça9,fQfm'-1'
lada por De Sanctislì entre criaçao literaria e artisticatã
produção industrial nao implica em_ qualquer i-mpedämefl
lógico para recon-hecer-se _um direito de autor ten 0 POI'
objeto um produto industrial.
O mesmo se diga quanto à necessidade de perfeita dis- II
tinção entre as leis de direito de autor e de propriedade
industrial, defendìdas por Villalba e LipSZYC.15 Cl-lla dllillffjl' O “DESIGN”
tação não impedirá o reconhecimento de_ uma HGUITLU 2980
de dois tipos de criaçao, sujeitos a_ leis diversas, so re um
mes-mo produto ou suporte material.

1. A questão terminológica
A expressão desenho industrial deriva da expressão in-
glesa industrial design, cujo significado, por sua vez, não
coincide com o do Código da Propriedade Industrial. Efe-
tivamente, já o Código da Propriedade Industrial brasileiro
de 1945 [Decreto-lei 7.903] definia como modelo indus-
trial “toda forma plástica, moldes, padröes, relevos e de-
mais objetos que sirvam de tipo de fabricação de um pro-
duto industrial e se diferenciem dos seus similares por
certa forma, configuração ou ornamentação própria e nova,
seja por um, seja por mais efeitos exteriores" [art. 12], e
como desenho industrial “toda disposição ou conjunto de
linhas ou de cores, ou linhas el cores, aplicáveis, com o
fim industrial, à ornamentação de certo produto, empre-
gando-se qualquer meio manual, mecânico ou químico,
singelamente ou combinados" [art. 13]. Ressalvava, ainda,
no art. 14, serem também privilegiáveis como modelos e
desenhos industriais aqueles que, embora não inteira-
1-5. Valério de Sanctis, I.D.A.. 1962, n-I 15 IÍQ- ns 23 pág 684_ mente novos, “realizem combinaçôes originais de elemen-
16. Carlos A. Villalba e Delia Lipszyc. - - -- _ - _- ` ' , ' '
"Si bien dentro de las distintas leyes sobre F_>r0PIãdag°::dïšgã¡|as:_':¿Í tos conhecidos, ou disposiçöesdiferentes de elementos
hacerse una distinción precisa sobre los ambitoe 6 xclu Pentes de las já usados, de modo que dêem aos respectivos objetos as-
procos, determinando con precision los territorifjã ã ãiiseños ¡ndus_ pecto geral característico".
invenciones patentables, de Io_s modelos de, uti_I las ym se hace una
triales y de las marcas y designaciones Ácomlerciadeïderecho de autor O vigente Código da Propriedade Industrial [Lei 5.772, de
distinción normativa entre la verdadera natura eza 1971), mantém, praticamente, as mesmas disposiçöesz
y el de la propiedad industrial". - -

26 27

l
I
O "DESIGN"
oiniäito DE Auton No DESENHO iNoustniAi.
zer a uma necessidade naturalíssima, cujas manifestaçöes
"Art, 11 - Para os efeitos deste Código, considera-se: nunca seria demasiado estimular. Faz menção, a respeito,
1) modelo industrial toda forma-plástica que possa servir à exposição de tapeçarias promovida em 1876, no Palácio
,I de tipo de fabricação de um produto industrial e ainda se
caracterize por nova configuração ornamental;
da Indústria pela “União Central das Balas-Artes aplicadas
à indústria", destacando a beleza das pecas exibidas, sua
disposição de linhas e de cores. Comenta esse autor ter
2] desenho industrial toda disposição ou conjunto novo sido a própria arte grega em grande parte de caráter deco-
de linhas ou cores que, com fim industrial ou comercial. rativo, não somente quanto às suas “inesgotáveis inven-
possa ser aplicado à ornamentaçao de um produto. DOF çöes sobre todos os utensilios da vida cotidiana", bem
qualquer meio manual, mecânico ou quimico, singelo ou
1 II como quanto a quase toda a arte grega, no sentido do belo
combinado. adstrito à forma. Ao lado dessas obras, em especial des-
A semelhança do art. 14 do Código de_19_4t`›. 0 art- 12 da tinadas à decoração dos monumentos, encontrava-se a es-
vigente lei também ressalva a privilegiabilidade dos mo- cultura expressiva, na qual se destacou Fídias. Quando,
delos e desen-hos que, mesmo compos_tos_ deu elementos entretanto, a emoção domina o caráter decorativo, “chega
conhecidos, realizem combinaçöes originais, dando aos a suprimi-lo, pois é pela emoção que se distingue a arte
respectivos objetos aspecto geral com características expressiva. o que constitui sua superioridade".“*
próprias". Ainda segundo Véron, o termo ex ressão comporta a
I Verifica-se, assim, de inicio, que a lei reserva a expressão dup_laidéia_de sinal e de`c_oi_sa_s_igniIic,a_EI,_a, no sentido de
I desenho industrial aos desenhos de ornamentação planos, a forma não se restrin
.___ ir a ela mesma
___,Q_,,.__.._, __, ___; mas conter u`m
,_,, -_s¬_.^,__
I
ou bidimensionais, utilizando-se para as formas tridimen- äaráfer 5@ Qëiapesèaàli Subietige. manifestaflfl9,Um~a.idéia
sionais da designacão modelo industrial, sempre, entre- ou um sentimento individuais. 7
tanto, dando destaque ao seu caráter ornamental. -
Nada imeede <?I_UJì ,L±f1Li¿rQdu.to_ifldy.§triaLcøiiteiihar even-
O tratamento legal, no entanto, para os modelos e dese- fualmëfiìe- ëaïafetsšaressivø. 0 que nã9.,0_ë`Xë|uira,_,entre-
tanto, da proteção da lei šeïpröiíriedafclje,i,n_d_usfiLa_il, a qual
nhos é exatamente o mesmo, constituindo uma única e
mesma categoria de criaçöes que vamos, -de aqui por šorìEñte`ë›ìcIUi`dë'šeu Íamparì os modelos ou desenhos
I
diante, englobar sob a expressão desenho industrial. de caráter puramente artístico [art. 13, "b").
I
I i
I Mesmo assim, a expressão permanece limitativadpor estar Cer_'ta_i1_1ente,* es§,a_for_rnaZ que utiI_iza como suporte material
se referindo apenas aos desenhos e mode os e cara er um produto industrial e que é dotada de caráter expressivg,
exclusivamente ornamental. çleyerá eAncontrar`7giÍa'rida t“ambém_,na_4lei de direitos a_L_lt0-
rais. 0 quevinteressa, entretanto, a esta altura, é salientar
Ora, tradicionalmente se distingue a arte decoratlilva ou ãíië a›_e¿<pres,=äã_Q desenho industrial não se reduz agumga
ornamental da arte expressiva. A arte decorativa nasce forma meramentemornamentâl "conferida _a um prgduto in-
da procura instintiva ou voluntaria dos prazeres da visao
e da audição. Resulta especialmente da desejada disposi- 18. Véron, ob. cit., pág. 133. Acrescenta Véron: “Mas não é só. Uma
ção das linhas, das formas, das cores, dos sons, dos r_it- obra pode muito bem não ser vulgar; pode mesmo ser muito distinta
mos, dos movimentos, das sombras e das luzes, sem in- sob certos aspectos, sem, por isso, entrar na categoria das artes
i tervenção necessária de idéias ou de sentimentos.“É o expressivas, É o que se dá, sempre que o sentimento ou o caráter
que, no dominio das artes plásticas se 'chgma de atte exprimidos pela obra se comportam numa fórmula geral e impessoal,
decorativa". A outra é a “alle GXPFGSSIVQ - que não suponha no artista um modo de compreender e de sentir
I que Ihe pertença exclusivamente. Numa palavra, sempre que em face
Destaca Véron ue a arte decorativa busca o gracioso, o de uma obra não se experimentar o sentimento de uma individualidade
bonito o belo, ìendo perfeitamente legitima por satisfa- nitldamente revelada, a conseqüência que por si mesma s`e impöe é que
esse obra. sejam quais forem, não obstante, os seus méritos, não é
uma obra de arte. no verdadeiro sentido do termo" (pág. 136).
17. Véron, ob. cit., Pág. 129.
29
2a '
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTFl|AL O "DESIGN"

l
dustrial, podendo ser dotada, ex abtnidantia¿ de jorça ex- artes aplicadas, artes industriais e artes decorativas. Trou-
pressiva. 7 ' ` " ` xe ao arquiteto a preocupação de restabelecer a harmonia
Nos tempos atuais, porém, o industria/ design nao se entre a arquitetura e a indústria, devido à transição da
prende nem mesmo a forma estética, mesmo que de alto fase de artesanato à da fabricação em série. A participa-
nivel. O industrial designer deve levar em conta no seu ção pessoal do artesão sucederam-se a máquina e seus
projeto, tanto quanto o arquiteto, a função do produto, do processos impessoais.
ponto de vista tecnológico, prático e até mercadologico. A principio, a arquitetura, sob o impacto da mecanização,
.___.|.¬-
O desenhista industrial é o responsável pelo projeto da se esforçou em imitar o trabalho artesanal e as próprias
l forma do produto industrial, seja da forma tridimensional máquinas receberam ornamentação justaposta, postiça, de
dos objetos e equipamentos de uso [desenho de produto), ferro ou bronze, peculiar aos estilos em voga na ocasião,
seja da forma bidimensional das imagens e veículos de podendo-se citar a respeito um exemplar inglês aperfei-
comunicação (programação visual). Para chegar a forma çoado de 1830 da máquina de Watt, existente no Science
do produto industrial, o desenhista industrial manipula Museum de Londres, em que os suportes verticais do eixo
um conjunto de conhecimentos _ técnicos, fisiológicos, do sistema que movimenta o volante são esguias colunas
psicológicos, económicos e culturais - que participam dórico-romanas, caneluradas, de ferro, com estilóbatas e
da criação e da fabricação do PI'0dUÍ0. d6'VBFId0 levar em entablamento também de ferro.”
conta não só a tecnologia [m-QTGYÍHÍS. P_f0CeSS0S. mä0-d€'- Ao mesmo tempo, verificou-se “que a produção artesanal,
-obra), como responder pelo resultado final do produto e. de alto nível artístico, ia desaparecendo do mercado, por
conseqüentemente, por sua aceitaçao por parte d0 PUbl'00 não poder competir com a produção manufatureira, e esta
visado. Em relação ao usuario, deve preocupar-se com a úItima,,preocupada com a qualidade, abastardando-se, nu-
l compreensão do produto, comunicando ao publico a sua
verdadeira natureza, com o conforto que proporciona, in-
ma voraz competição de comércio, distanciada dos antigos
padröes artesanais".2° _
troduzìndo o conceito de estetica de que o Vteio e inco- Seguiu-se a reação em busca de melhorar a qualidade dos ll
il modo, com utilidade e economia. Deve estar a par dos pro- produtosindustriais e educar o gosto do público, podendo-
i cesses tecnológicos de produçao, preocupando-se com a -se referir a criação da “Arts Manufactures" em 1847 pelo
economia na fabricação e facilidade de comercializaçao e. inglês Sir Henry Cole e o movimento realizado por Wil-
até, com a preservação do meio am-biente. liam Morris no século XIX, defendendo o “retorno à inte-
Como se vê, a expressão “desenho industrial" não se gração cultural dos grandes períodos do passado", em que
i reduz às formas bidimensionais, nem ao caráter- mera- a arte, a técnica, a moral, a politica e a religião "forma-
mente ornamental, abrangendo esse conceito as termas vamtcomo um todo, um só sistema de vida". Morris con-
tridimensionais e, tambem, as bidimensionais e tridimen- centrava-se em criar, através da casa, mobiliario, decora-
i sionais de caráter expressivo, devendo incluir ate as for- ção e toda especie de objetos de uso, um quadro de beleza
mas que conferem maior utilidade e conforto para o usua- para a vida do homem, não chegando. no entanto, a admitir
\rio [campo da técnica) e a comunicação visual. 19. Paulo F. Santos, A Hevolução Industria/ e a Mecanização das Artes,
Suplemento Cultural do Estado de S. Paulo, de 30.12.79, pág. 4. l
Outros exemplos fornece Paulo F. Santos: “No mesmo Museu existe
2. A fusão da arte le a indústria uma roda de fiar de metal, fabricada na Alemanha em 1750, em que l
i
cada peça tem sua função disfarçada por uma tremenda sobrecarga de
A revolução industrial trouxe, como conseqüência, a meca- ornamentação rococó, também de metal. Um último exemplo: o pri-
nização das artes, em especial das artes plasticas, q_ue meiro locomóvel de que se guarda memória, inventado -pelo francés
Cugnot. não passava de uma carruagem das usadas na época (1769),
são as que nos ¡nteressam no presente trabalho. A influen- à qual foi adaptada um-a máquina a vapor". l
cia da revolução industrial se manifesta na arquitetura, 20, Paulo F. Santos, ob. clt., pág. 4.
30
31

i l
O "DESIGN"
oineito DE Autos No DESENHO iNousti=iiAL
quina como veículo apto a criar formas que atendessem
fosse a máquina capaz de _produzir unäa obra deAatrï-Jànfä aos objetivos comerciais, técnicos e estéticos da cultura
movimento criado por Morris, conheci o como r da sociedade industrial. _ V
Grafts Mouvments", desencadeou outros movimentos, co-
mo na Bélgica, o “Art Nouveau", na Alemanha o Jung lnspiradores de Gropius e considerados os verdadeiros
Stille" na Áustria o “Sezessi0n". na França 0 “l'Af† M0' iniciadores do fenômeno conhecido sob o nomlè-
derne", na Itália o “Liberti" e na |n9lf=\'fefl'a 3 ES°°la de nho ¡ndustriaTToram ï7an*Eie*VelHÉ eïëhrens. Para Beh-
Glasgow .21 _ rens, a arte deixou de ser um fato privado face à presença
Em 1907 na Alemanha, Hermann Muthesius funda o do potencial produtivo da indústria, sendo o design um
fenômeno integral da sociedade moderna.”
“Deutsche Werkbund" que se baseia no Pi'¡nC¡l3¡0 de que
“a produção em massa e a divisao do trabalho devem_ ser Esse casamento entre a arte e a indústria torna-se evi-
feitas para obter qualidade. T_odo_,gbJet0. alfim de SQU-5-fa' dente na concepção que Walter Gropius formulava a res-
zer estritamente à sua finalidade utilitaria, deve ter valor peito da atividade do arquiteto no mundo moderno: “o
artist@ '- arquiteto é em primeiro lugar um coordenador, um ho-
mem de visão e competência profissional, com a tarefa de
Relata Paulo F. Santos que, nessa epoca, EmildBatlB)enati;, solucionar harmonicamente os vários problemas sociais,
Presidente da ,A.E¿G.. co_ntratou_Peter Behrens. _0 telà técnicos, económicos e artísticos que surgemem iconexão
che Werkbund , nao so como arquiteto, para projetar 0 HS
com a construção. O arquiteto deve conhecer a influência
as obras da fábrica, mas tambem como supervisor de da industrialização, bem como pesquisar e explorar as
to_da a produção artística e_ir1dU$UÍ|§l- "fm3Pâ"dã'Se aaï: novas relaçöes ditadas pelo desenvolvimento social e cien-
quiteturaie-as artes indAustr¿a1§. 'fB_flC|0 SUf_Q_l 0 esse tifico". Com relação ao design, a concepção de Gropius
biente axinspiraçãö de Walter Gropius (auxiliar de aB,eh,rB,F¦§ é a mesma: “o projeto* de um grande edificio e o de uma
entre 1908 _e 1919] para fundar a Bau,haus_,| escolahqueNveiko simples cadeira diferenciem-se apenas na proporção, não
a aplicar os objetn/_0S Pl'0P0$†0§ Pel0 DBÄÍSC ed V¡;*`I"¡_ no i principio". _
bund". Gropius dirigia a Academia de Belas- rtes, _e 6
mar, tendo fundido a ela uma escola de artes e oficios que Ésa cogcepçãg ujnitária da_arte eda técnica já sepodia
tomou o nome de Bauhaus, cujo funcionamento teve inicio vislumbrar na criação del Leonardo Da Vinci, para quem a
em 1919 e que veio a exercer grande influência sobre atividade artistica e a atividade cientificaììásciam de uma
as artes industriais›e a arquitetura contemporaneas. Na inspiração única, nutriam-se sem cessar uma da outra, e
Bauhaus trabalhavam em equipe o artesao, artistas e arqui- as conquistas de uma influenciavam o desenvolvimento
tetos, criando novos produtos no setor das dartes äiglijcaá da outra.”
das, em que se procurava ajustar a forma odprø _ dos
,utilização racional do trabalho _das maquinas. GSP0Jaeza 3. Funcionalidade e estética
da ornamentaçao postiça e simplificados numa pur
geométrico-funcional. 22 _ Como se verifica, o desenho industrial compöe dois ele-
No período de 1925 a 1928 a Bauhaus criou obras que mentos que no mundo moderno não mais se contrapöem:
marcaram época no campoda mobiliaria de aç0. ÓOAS S91'-
viços de mesa, dos aparel-hos de ilujminaçao, dos texte-is. 23i Franco Sargiani, Breve Storia Del Design, in “D'Ars", ns. 56/57,
da tipografía e da propaganda, conhecidas como estilo Mi ão.
Bauhaus e que foram exibidas em Paris, no Salao dos At- 24. ,Cf. Anna Maria Brizio, Os Codices de Madri, in “O Correio", pu-
blicação da Unesco de dezembro, 1974: 'fïratando-se de Leonardo,
tistas Decoradores de 1930. A Bauhaus aceitava a ma- porém, será inútil procurar estabelecer categorias nesses desenhos,
de separar a obra de arte do trabalho técnico. Tal distinção não tinha
21. Cf. Paulo F. Santos, ob. cit. sentido para Leonardo. e era inteiramente estranha a seu modo de
22. Paulo F. Santos, ob. cit., págs. 4/5. pensar".i

32 33

--É ~ 1 __ _ ~_f
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTRlAL O “DESIGN”

a funcionalidade e a estética. A separação lógica entre em discurso de Sir Robert Peele perante a Câmara dos
tais conceitos, além de carecer de aplicação prática, nao Comuns em 1832,- cujos reflexos podem ser encontrados
chega nem mesmo a constituir mais uma separação lógica até em Portugal em carta de Garrett de abril de 1851, diri-
visto o novo conceito estético de que o feio é incômodo. gida ao Ministro dos Negócios Estrangeiros, acerca de
0 design representa a união entre a técnica e a estética, seu projeto de lei sobre a Convenção assinada com a Re-
fenômeno do sistema industrial moderno que não pode pública Francesa em 12 de abril de 1851: “O artigo 17 pro-
ser reduzido aos critérios convencionais da arte e da téc- tege, como é de justiça, a parte artística da indústria
nica. As novas criaçöes de forma devem, assim, acompa- fabril contra a fraude e a falsificação.
nhar a evoluçãoda matéria e serem disciplinadas sem de- Devo confessar a V. Exa., que n'este pontop verdadeira-
pendência das categorias rígidas da técnica e da esté- mente cedemos a um preconceito vulgar, e às falsas idéas
tica. Tal forma é fruto da atividade criativa do designer economicas que ainda escurecem os animos, não garan-
e pode ser considerada como integrante da estética con- tindo do mesmo modo internacionalmente os desenhos e
temporánea. 25 A padröes dos fabricantes. V
A Bauhaus iniciou a demolição do muro que separava a Certamente é nova e está muito atrazada a nossa indús-
arte da indústria. A introdução da máquina passa a deter- tria: mas uma das causas mais poderosas do seu atrazo
minar ampla influência sobre a arte no que se refere ao é o pouco conhecimento das artes do desenho que entre
mobiliario e à decoração, rompendo a raridade da obra de os nossos fabricantes se encontra. Nem será, emquanto
arte, a atmosfera, a arma de encantamento da obra como elles servilmente copiarem os desenhos francezes, que
peca única, que não pode ser reproduzida ou repetida para jamais hão de fazer progressos verdadeiros, e adianta-
l

a satisfação pessoal de um grande número de individuos. rem-se a ponto de podêrem competir com os outros paízes.
i

A arte surge como fato público, reabrindo os canais de Confio em que o tempo os ha de esclarecer melhor sobre l
comunicação com toda a vida, fora das academias e dos os seus próprios interesses, rectificar a opinião publica
museus, emergindo como trabalho no mundo do trabalho.” e habilitar o governo a proceder, como não só é justo
à superposição aos produtos industriais de elementos or- mas util".27
namentais e estéticos sem ligação intrínseca entre orna- A Exposição de Paris de 1889 e a Exposição internacional
mento e função, de que muitos exemplos se viram na de arte decorativa moderna de 1902 deram mostra dos es-
Exposição Universal de Londres, de 1851, sucedeu-se a forços da técnica industrial em direção a uma beleza fun-
exploração das novas possibilidades estéticas e funcio- cional, deixando fora de qualquer dúvida a existência, em
nais da produção em série. resultando num produto cuja fins do séc, XIX, de uma tendência a dar forma artística
característica estética derivava diretamente do encontro aos objetos de uso comum, representando uma revolução
do elemento funcional com o elemento formal. no campo da estética tradicional e transformando os juizos
LA conscientização da necessidade de aperfeiçoamento -do valorativos, que passaram a ver com menos desprezo as
desenho dos produtos industriais, levando em conta a im- artes úteis e aos produtos que são parte da vida prática.
portância do fator estético, foi declarada na Grã-Bretanha Paralelamente ao desenvolvimento do senso estético dos
25. “Todo o trabalho de divulgação do design brasileiro tem sido no consumidores, se evidencia a procura de uma funcionali-
l
sentido de desfazer a falsa imagem de profissional da ornamentação: dade mais eficiente, resultando na exigência de produtos l
o designer não quer ser e não é um maquilador de produto. Ele detesta mais funcionais e mais agradáveis. Essa busca se mostra i
colocar enfeites e penduricalhos nos objetos e, sempre que pode. mais evidente na arquitetura e no mobiliario. Na arquite-
tira-os. Ele se preocupa mais com o aspecto econômico e funcional tura passa o artista a buscar não somente a beleza, mas
do que com o estético, que é uma decorrência da funcionalidade do
produto. 't'A forma segue a função" é um postulado do designer", Em a técnica e a funcionalidade, esfumando-se a distinção
Busca do Estilo Brasileiro, in revista “Visão", 15.10.73, pág. 34.
26. Formaggio, "Arte", Milão, 1973, pág. 124. 27. Almeida Garrett, ob. cit., pág. 179.

34 35
i
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL O "DESIGN" 1 1-¢=_

entre 0 que é belo e o que é funcional e firmando-se o Pero en una vitrina de grandes dimensiones ubicada en
principio de que aquilo que não é prático não pode ser uno de los ángulos del mismo salón de arte, se hallan i
belo.” también en exhibición: sillas, mesas, automóviles, máqui-
-o c-\
j,
A arte, a ciência e a técnica passam a constituir uma única nas de coser, lámparas, máquinas de escribir, cascos de-
realidade, justificando a indagação a respeito da conve- portivos, floreros, candelabros, ventiladores, copas, tazas,
niência de uma separação legislativa em relação a uma lentes, radios, ceniceros, cafeteras, asientos de avión y ll

realidade que tende a unir de maneira sempre mais forte. sillones para dentistas, para consultorios médicos y para ll
ili
Surge a teoria do formalispio funcional de PaulAS_or`iau¿29 el hogar, lo mismo que para balnearios, restaurantes y
segundo a qual cada coisafé perfeita no seu gênero quando
é conforme à sua própria finalidade, não podendo existir
salas de espectáculos.
Aqui podría afirmarse- que el punto de partida para colocar
Il
il
contraste entre o belo e o útil (cf. Mallarmé, “Sur le Beau todas estas obras de arte moderno en la sección donde
et L'Utile"]. se exhiben, fue su caráter de modelos industriales, es l

Quando se esgota a utilidade instrumental dos produtos decir, de obras del ingenio humano, no lineales ni de su-
da indústria e das máquinas, pode restar nelas, ainda, a perficie, sino tridimensionales o de volumen, que impri-
me objetos una forma artist_ica._ El diseño, l
arte pura, passando tais objetos a figurar nos museus:
a la vez que originãlfieìiïlotãbie-a`ëscala industrial como
“Quien haga una visita al Museo de Arte Moderno de un satisfactor de necesidades o como un mero producto
Nueva York, podrá encontraren la forma más objetiva, decorativo. 2 l
más clara y concluyente, muestras vivas de estas dos es- l
pecies del diseño industrial. El hombre del Derecho en general y más concretamente
el aficionado a la disciplina que llevado quizás por una
En una de-las primeras salas, al lado de las obras pictó- deformación profesional se pregunta: cuál es la protección
ricas propiamente dichas de los lautores de nuestros tiem- legal de que son susceptibles todas estas creaciones in-
pos de mayoriirenombre, el espectador contempla en sus telectuales? Su naturaleza artística es, ante todo, lo que
muros estos objetos: alfombras, gobelinos, tapices, pren- las reúne.
das de vestir, cortinas y tapetes. No importa el material
de que están elaborados, pues los hay de algodón, ixtle, Quiere ello decir que como solución simplista su protec-
yute, lana, fibras, vidrio, -seda, lino, poliester, rayón, satin, ción se las brinda la ley que reconoce y defiende el de-
celulosa, plástico, acrílico, estambre, etcétera. recho de autor, por cuanto se refieren a especies de obras
pictóricas que son reguladas por la ley .autoral? Pero qué
Colocadas como están, en una sala especial, podría afir- ocurre con los sillones o con los automóviles o con las l
marse que quién hizo la distribución de todas esas obras máquinas de escribir: la originalidad de su forma, el es-
té,
@,<L-t2¿,*<' _
de arte lineal y de superficie, tuvo en mente como criterio
3 selectivo su índole de dibujos industriales, ya que el co- fyefzø pretadøtttque les daaúfl`$ifl@~àÍšsiìšš2†f¿f¡¬5ié'¬ i
debe ser objeto de protección por la ley del derecho-de
, im
\ \|
múnidenominador de estas obras' artisticas lo constituye autor?".3° 7 1
\
su aplicación a la industria, suiconcepción artística orien- l
ct tada a producir un r§_st¿tado4±ecotativo_a,la 362, ,$19 O Museu de Arte Moderna de Nova lorque foi fundado
tario.iSÍ=:g`lìfam*eñte se- advirtió en todas esas manifesta- em 1929 _. para a finalidade de estimular e desenvol- l
J_›f«c¿ ver 0 estudo das artes modernas e sua aplicação à manu- l
ciones del talento, la condición de L¿1_j1"fG flPl¡Cfld0 6 la
industria conocidojen la legislación GOITIQ el ailigjo inf fatura e à vida prática. . Baseado num amplo conceito
Élustriãlf A de arte, foi o primeiro a fundar departamentos nas áreas
_/-*Â

28, O. Wagner, Moderne Architektur, Viena. 1395. Pág. 9. 30. David Rangel Medina, Protección al Arte Aplicado, in "Revista Inte-
ramericana de Direito Intelectual", janeiro a junho de 1978, São Paulo,
29. Paul Soriau, La Beauté Rationelle, Paris, 1904. págs. 65-66.

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37
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l- ~--_~~ -- L
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O "DESIGN"
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
e substancia, considerar uma forma sem função ou distin-
de Arquitetura, Desenho Industrial e Gráfico Fotografia guir entre forma funcional e forma meramente estética. 3'
e Filmes. Em 1933 realizou uma exposição de móVe¡S e
arte decorativa e com a exposição “Arte de Máquinas"
iniciou sua coleção dedicada à estética de objetos pro- 4. Estímulo ao desenho industrial brasileiro
duzidos pela máquina. A coleção atual de Desenho Indus-
trial do Século XX se acha, desde 1979, em exposição Lima pesquisa que realizamos nos ilaíses latino-america_-
no Nucleo de Desenh_o Industrial do Centro das indús- nos ldemoñstrou que a questão da protegão artística aos
trias do Estado de Sao Paulo, podendo-se lá ver exibi- modelos ejdesenhos industriais mal chegou a ser posta.
das algumas das pecas relatadas por Rangel Medina. Dita Asflášpiraçóes dos criadores nessa área não chegaram,
coleção trata principalmente de objetos úteis e produzi- ainda, ao nivel de reconhecer a existência de um con_fl_i_tQ
dos em ,ma_ssa. selecionados pelo critério de terem sido entre asfleiš aplicáveis e de reivindicaijfagprotecão autoral
responsaveis pelos ideais formais de beleza que acaba- em certgs casos. Ao queniíarece, as leis que regulam
rarnlse-tran-sformando nos mais importantes conceitos os modeloíeìlesenhos industriais nesses países, quando
estilisticos de nossa época. Segundo o redator do Catá- existem, vêm sendo consideradas suficientes para ampa-
logo dessa exposição, foi feito um esforço para excluir rar seus autores. Mesmo no Brasil, ha poucos anos atrás,
estilos meramente passageiros ou bizarros levando-se em se considerava serem gs mpdelos e des_enho_s_criadgs _n_a
conta a_ sua originalidade de concepção e a perfeição de indústria *propriedade do industrial empreqa_clgr, podendo-
execuçao, resultando em objetos nao ,somente agradáveis -se dar como exemplìgfo tratadišfa ¿lQã_Q__ çla _G_ama _Cer-
ide se olhar, mas que também contribuam para o conforto ggtïih que somente enfocava a quëstão da criação na vi-
do usuario; O redator expressa a teoria do formajismg gência do contrato de trabalho quando _o_riunda da invencãg
å_IJn_cional no sentido de que_ Loara unLob¡_¢_i;9 ser \¿eyd_a. fndìlstrial, ou seja, interpretava as diversas situaçöes pre-
,širamenjte fJ_¿ncional, seu formato tegnìjgge ser_b_Qni±0"_ vistas no Código da Propriedade industrial, ora de pro-
A mostra exibe desde as cadeiras “Thonet" de madeira priedade plena do empregador sobre a invenção, ora do
vergada, criadas em 1856 pelo alemão Michael Thonet empregado exclusivamente, ora em co-propriedade, como
exemplos do movimento “De Stijl" organizado de 1917 a não aplicáveis aos modelos e desenhos industriais.
1928 por artistas holandesesbda escola Bauhaus como a O surgimento da profissãoido "designer" em nossa socie-
cadeira tubular de Marcel Breuer de 1925, oslfamosos dade provocou a colocação do problema, tornando-se sen-
moveis de Mies van der Rohe, de Le Corbisier, até má-
quinas, luminarias, torradeiras, máquinas de escrever e
tida a necessidade de- uma proteção a sua criação mais
consentânea com o estágio atual do desenho industrial.
l
de costura e utensilios de mesa e de cozinha. Otproblema começou a ser levantado quando se verificou
que a indústria brasileira vinha se utilizando quase que
Em fevereiro de 1970, a Galeria do Pavillon de Marsan do exclusivamente de criaçöes de artistas estrangeiros, o
Museundo Louvre de Paris apresentou a mostra “Bolide que motivou uma campanha de defesa do artista nacional,
Design , onde se expunham carros Masserati. Bugatti,
Ferrari, Alfa Romeo e outros.
Pode-se dizer que no mundo moderno o conceito de arte
promovida pelo Ministério da indústria e do Comércio em
1972, que tinha por fim a criação e a promoção de um
design brasileiro. Referida campanha encontrou ressonân-
cia no Museu de Arte Moderna de São Paulo, o qual, se-
l
se modificou e a forma se acha em estreita conexão com gundo Severo Gomes, então coordenador de assuntos li-
a utilidade tecnológica à qual tende todo produto indus- gados aïfdesenho industrial, sempre teve a aspiração de
trial- /:\ fUfl
forma,_§-nquanto e_sta,por sua vez. é de_term¡i1_a,dg_pgJ¿ 31. Casella, lmitazione Servile, Confuzione e Confundibilità, in “Riv.
%jgêLçLa:_E*Íy_n, . Pela teoria estética contem. Dir. Comm.", 1952, ll, pág. 35, apud Franco Benussi, La Tutela del
porânea, parece quase impossível distinguir entre forma Disegno lndustriale, Milão, 1975, pág. 21. '
39
38

~ i
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
. 0 "DESIGN"
congregar o meio artistico e o meio industrial. “Seria uma
forma", disse Severo Gomes, “de os artistas contribui- e a indústria e o subdesenvolvimento. Denunciaram-se as
rem para o desenvolvimento industrial e, simultaneamen- dificuldades do mercado de trabalho e a falta de conscien-
te, enriquecerem nosso patrimônio cultural. Em contato tização do empresário em relação ao design brasileiro.
com a máquina, descobrindo sua potencialidade, a capaci- Nota-se, no Brasil, a falta de implantação de um desenho
dade criadora do artista iria mais longe. Quem visita a autóctone, que atenda às expectativas da comunidade. O
Bienal de São Paulo, por exemplo, fica perplexo. Não sa-be desenho industrial brasileiro carece de incentivo e uma
mais o que é pintura e o que é objeto. O artista, embora das formas deincentivar os criadores, se não a primordial,
desligado do processo industrial, sabe utilizar os materiais consiste no reconhecimento dos direitos do autor sobre
modernos. Cria objetos com aluminio, plástico, aço, etc. sua criação.” l

Se lhe for dada a possibilidade de conviver com a indús- A indústria brasileira necessita desvincular-se da depen-
tria, encontrará maneiras de usar sua criatividade na des- dência às empresas estrangeiras, através da criação de
coberta de novas formas para os produtos industriais".32 uma tecnologia adaptada aos hábitos de consumo e costu-
mes brasileiros, produzindo modelos peculiares aos pro- i
Nessa ocasiãofsurgiu a idéia do M.A.M. de São Paulo da dutos da indústria tipicamentebrasileira. Tais objetivos
fundação de um Design Center, projeto 'existente tam- coincidem com os do desenhista industrial.
bém no M.A.M. do Rio de Janeiro, elaborado pelo Prof.
Karl Heinz Bergmiller, para o fim de promover exposi- É necessário, entretanto, superar as diversas dificuldades
çöes de design e despertar o interesse dos artistas bra- com que se-defronta o desenho industrial brasileiro, mui- l
sileiros.-"fa tas delas apontadas no 1.° Simpósio Brasileiro de Desenho
Industrial organizado pela ABDI, pela Secretaria de Tec-
O 1.°_Encontro Nacional de Desenho Industrial, realizado nologia industrial do MIC e pelo IDORT em maio de 1976.
na Universidade Estadualdo Rio de Janeiro e organizado Em uma das conferências, apresentada por Jorge Wilheim.,
pelaABDl - Associação Brasileira de Desenho Industrial deu-se ênfase ã necessidade de beleza do pròduto e da
e pelas AP-DINS - Associação dos Profissionais do Dese- formação de um profissional brasileiro. A segunda confe-
nho industrial de Nível Superior do Rio e Pernambuco, rência, sob o título “Propriedade industrial e Desenho ln-
demonstrou o âmbito nacional das discussöes sobre de- dus-trial",-foi_ apresentada pelo então Presidente do insti-
senho industrial. Os temas principais debatidos foram a tuto Nacional da Propriedade Industrial _ INPI, Guilherme
regulamentação da profissão, o currículo das escolas de Hatab, quando se evidenciou não ser completamente efi-
desenho industrial, as relaçöes entre o desenho industrial ciente a proteção conferida pelo Código da Propriedade
Industrial: -
32. O Dirigente Industrial, novembro de 1972. “Por força da Convenção de Paris, firmada em 20 de março
33. Os design centers foram propostos pelo “Programa 06" do Minis- deu1883, da qual participa o Brasil, o desenho industrial,
tério da Indústria e do Comércio como centros-oficinas, para arealiza-
ção de: estudos que identifiquemproblemas e potencialidades do de-
senho industrial no Brasil, visando à melhoria do estilo de bens manu- 34. Em entrevista à revista “Visão" de 15.10.73, Luis Corrêa da Silva, l
C
i,
faturados, tanto para exportação como para consumo interno; estudo então na Secretaria de Tecnologia industrial do Ministério da Indústria
do mercado externo de bens de consumo manufaturados importados e do Comércio, assim se manifestou: "O desenho industrial nacional é
por cinco ou seis países de maior significacão comercial para o Brasil; fraco de modo geral, somente apresentando result-ados de padrão inter-
estudo da oferta nacional de bens de consumo manufaturados para nacional em alguns setores ou grupos de produto", acrescentando,
exportação, identificando o potencial para melhoria do desenho indus- “No caso do desenho industrial, o nosso gargalo, de quem depende
trial ou imagem: desenvolvimento de produtos especificos, cujo a elaboração dos projetosi Do Governo, aqui entendido não apenas o
potencial de exportação seja conhecido; programas de informação e Federal, através do MIC, mas também os estaduais, que têm condiçöes
assistência, estimulo e estudos do desenvolvimento industrial e da de conceder recursos? Ou da indústria, que deve ser despertada para
comunicação de produtos especialmente para exportação; seminarios, a necessidade de me|hora_r a funcionalidade externa e o impacto visual
exposiçöes e concursos visando a promover o desenvolvimento do estético de seus produtos, especialmente os que enfrentam a compe-
desenho industrial. K tição internacional? Ou dos designers, que são os agentes implemen-
tadores dos projetos?"
40
41
í _ E

0 "DESIGN"
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL

como genericamente é conhecido e tratado, apresenta-se da novidade, a fim de que possa antecipadamente ao de-
desdobrado em quatro formas dis-tintas: modelo de utili- pósito do pedido de privilégio revelar o seu objeto.
dade, modelo industrial, desenho industrial e marca, esta Essa salvaguarda é obtida mediante depósito de um pedi-
última sob a forma de logotipo ou de elementos figurativos, do de garantia de prioridade devidamente instruido, assim
de acordó com as respectivas definiçöes, constantes do considerado quando acompanhado de relatório descritivo
Código da Propriedade Industrial, a última Lei 5.772/71. ou circunstanciado, em que sejam perfeitamente determi-
É importante ressaltar, também, que o desenho industrial nadas as caracteristicas básicas do objeto do pedido e
com finalidade industrial ou comercial, não pode ser con- sua aplicação, com a juntada, se for o caso, de desenhos".
siderado somente sob o aspecto do trabalho artistico, em .. Por outro lado, há um detalhe que eu ia esquecendo:
que teria assegurado o amparo apenas ao direito autoral, desde que 9 detentorado desenho no Exterior não tenh_a
e cuja reprodução não se encontra disciplinada por uma se protegido no País, a§lWo* pode sim-
legislação especial. A pie iñadã.“Pörqujef,iiãí;esta prote-
Quando, portanto, o desenho industrial se destinar à apli- g'id`öÍfiQÍz_ã_i§. Softerñ fdifeitöffà proteìjãö, de acordo com o
cação industrial ou comercial, a proteção aos respectivos Ulïeito Internacional da Propriedade Industrial, aquele que
direitos somente é, assegurada pelo Código da Proprie- se proteja em todos os países. Uma vez não efetuado o
dade Industrial, mediante a concessão da patente ou do depósito da patente, tudo que está _dÉ¡¶)š¬ifta`do ou objeto
registro de marca. de patente em outros países, para 'nós será dom¬in'io"Í:iìÍ-
Cabe ainda ressaltar que o desenho industrial, o design. lìfico, pode ser adaptado ou copiado, semipröbienìãsjlilfaš
se lïcïtiïiër um direito de prioridade envoh/ido e houve um
aplicado na parte de projetos, também não tem proteção, depósito dessa patente, ai não se pode copiar, e se tem
porquanto alguns alegam ser direito autoral e outros não, que sujeitar a um contrato de licença e pagar os royalties
mas o projeto de uma instalação industrial, de uma fábri- devidos".
ca, não tem proteção, pode ser copiado".
Por ocasião dos debates, foi, levantada al questão da ina-
Nota-se que nossas autoridades administrativas ainda en- dequação da lei à proteção do trabalho do designer: “_Como
focam a proteção aos modelos e desenhos industriais sob se explica g_lNgPl entender por desenho industrial agg
o cunho restrito e limitado do Código da Propriedade In- que__s_e_ljmïa_ao aspecto ornamental, o què, dífato, tem
dustrial, entendendo descaber a proteção autoral sempre m¿.ifig_p¿)_u_<¿o___a ve_Lconfi`desenlTo industriafentendido aqui
que se esteja em face de uma destinação industrial.-O como industrial design? 7
conferencista destaca 0 tratamento limitativo da legis- O Sr. Guilherme Hatab - Quanto à primeira parte da
lação de propriedade industrial: “A vigente legislação es- segunda pergunta, não é o INPI que agenda assim, é uma
tabelece um critério de novidade absoluta para concessão Iegislação internamåmífíó ãnilìto da propriedade indus-
da patente. Significa ¡sto que tudo aquilo que em qualquer trial. Não quer dizer que a atuação e as atividades dos
ramo de atividade tenha sido colocado ao alcance do pú- designers estejam limitadas apenas a isso, Eu quis me
blico em qualquer parte do mundo por qualquer meio de referir, que no âmbito da propriedade industrial, ele tem
comunicação, ou pelo uso anteriormente à data do pedido a sua _grgteç`ã5Íl_šjtro_dag[u_elas Í:lefiniçöes_que dei. Nas
de patente, está_em dominio público, não tendo portanto demais atividades executadas, teria uma proteção como
possibilidade de ser protegido. direito autoral, mas que ainda não está definida perfeita-
Assim, quando o autor pretender principalmente participar mente em qualquer legislação, como é o caso do projeto
de exposiçöes ou feiras, deve procurar previamente ade- de instalaçöes industriais, não ha uma norma queaasse-
quada proteção, utilizando-se de disposição emalnada do gura a propriedade. I-já o direito artístico, mas a reprodu-
Código de Propriedade Industrial denominada garantia ção do ponto de vista industrial não tem proteção asse-
de prioridade" e definida como a salvaguarda †emP0l`al'¡fl gurada".

42 43
DIREITO DE AUTOR No DESENHO INDUSTRIAL O "DESIGN"

Outras perguntas formuladas na ocasião, demonstram cla- de desenho industrial do Museu de Arte Moderna de Nova
ramente que o desenhista industrial se ressente da ina- lorque para permanecer em caráter permanente, formando
dequação do sistema de patentes: um núcleo inicial e um centro de desenho industrial.
“Por que o custo do privilégio de patente é tão elevado? As conclusöes dos grupos de trabalho sugerem a for-
Por que há demora de 2-3 anos para recebimento do certi- mação de cursos de especialização e aperfeiçoamento, a
ficado de patente? instituição de prêmios, a regulamentação da profissão e a
proteção da criação do designer, inclusive do trabalho do
Por que o inventor deve ceder a patente, se tiver vínculo estudante. 35
empregaticio à firma onde trabalhe?
No ano de 1979 foi fundado o NDI - Núcleo de Desenho
Por que não é encerado, a nivel governamental, o problema Industrial, com sede na Federação das indústrias do Es-
da “evasão de cerebros", decorrente da não valorização tado de São Paulo, onde se espera criar condiçöes para
do trabalho do profissional brasileiro, tanto ao nivel de
pesquisa universitária, como ao nivel de projeto concreto?" que o desenho industrial brasileiro atinja o estágio que
respondaàs necessidades da nossa sociedade industrial
“Existe alguma garantia, realmente eficaz, por parte do em formacãoñiô i
INPI, de que algum produto desenvolvido e fabricado no
Brasil venha a ser copiado com modificaclöes superfluas 35. “Sugerimos à ABDI a criação de um banco de informaçöes gerais
e dispensáveis, no Brasil ou no exterior? relativas ã profissão, como trabalhos feitos pela escola, pelos profis-
sionais. levantamento de bibliografia, atualização e publicaçöes, estabe-
"Os paises protegem a própria criação de tecnologia; no lecendo um arquivo à disposição dos associados. Não necessariamente
caso, proteção ao design. a ABDI deveria ter todas as publicaçöes do momento mas um cadastro
dessas publicaçöes, para que nós pudéssemos recorrer aos assuntos
Pergunta: Queira o conferencista nos dizer ou repetir como - se eu tiver um problema de projeto, poderei recorrer à ABDI, para
o INPI pode ser usado. queBela Tne pudesse encaminhar tais livros, ou tais trabalhos já feitos
_ pelo designer, criador do desenho industrial? no rasi .
Relevamos que esse arquivo poderia ser um instrumento de pro-
- pelo pequeno industrial brasileiro, usuario dessa tec- teção do trabalho do. designer. O designer é um profissional não prote-
nologia?" gido. Já vimos que existe um problema, que quando você faz um
trabalho na escola, se você não registra esse trabalho, esse trabalho
“Até que ponto seria interessante elaborar um design em está sujeito a vários outros problemas. Então, a apresentação desse
termos últimos de função e utilização, a fim de que-se trabalho à ABDI já seria um instrumento de proteção desse trabalho
evite o problema de recriaçöes "oportunistas" ulteriores do estudiante como profissional ipalmasl". Ricardo Luiz, O Estudante
sobre um produto já existente, que venham a superá-lo, e a Problemática do Desenho Industrial, in Anais do 1." Simpósio do
Desenho Industrial - Design, 76. _ `
levando vantagens em termos de concorrência?
36. “A busca de um modelo, de um padrão brasileiro de desenho
Quais as perspectivas de garantias para esse tipo de industrial, no entanto, parece não ser preocupação corrente nos meios
design?" empresariais, nos gabinetes governamentais e nas universidades. Se-
“De quem é a propriedade de um desenho de produto, se gundo explica Sérgio René Akamato, designer, professor e presidente
da Associação Brasileira de Desenho Industrial, a introdução de ele-
este desenho foi criado por um profissional em design, mentos da cultura brasileiranos processos de produção ainda não é
solicitado por uma agência de publicidade, para um certo efetiva porque, de uma maneira geral, “não existem pesquisas que
cliente [uma indústria, por exemplo)?" realizem um levantamento de nossa matriz cultural". Mas, na sua
opinião, este não é o único fator que impede a criação de um objeto
Certamente, a lei de propriedade industrial não responde essencialmente brasileiro. Ele aponta outras razöes, como as implica-
a todasvessas indagaçöes, multas das quais encontrarão çöes de mercado _ "que absorve bem a moda internacional pela
solução unicamente no direito de autor. força da publicidade e pelo anseio de deixar de ser subdesenvolvido"
- e as industriais - "pois, em principio, os empresários brasileiros
Por ocasião do simpósio, o Sr. José Mindlin comunicou não acreditam num padrão brasileiro. É uma tarefa difícil convencer
que estava para ser trazida para São Paulo uma exposição o empresario a mudar sua postura". Para ele, a empresa nacional, acima

44 ' 45
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL

Ao jurista brasileiro compete, por sua parte, estabelecer


os principios que confiram uma justa proteção ao trabalho
desses profissionais.

TUTELA DO “DESIGN”
NA PFIOPRIEDADE
INDUSTRIAL
de tudo, "está preocupada com sua viabilidade econòmica; ela precisa
vender seus produtos e não tem capital de giro suficiente para desen-
volver seus projetos, quando mais para inovar em termos de desenho
industrial". -
Já que não se encontra o objeto genuinamente nacional, “o desenho
indgsurialho Brasil é_u_ma questão_de re enho, para atendãìpenas
às nossas ccïndiçöeš e ništï ešfä umã se absorver cultura". 1. lnvençöes industriais
como coloca Décio Pignatari. Alguns especialistas da área apontam
como solução o retorno - não a volta pura e simples - aos ele- Já verificamos no primeiro capítulo- que a criatividade do
mentos.da estrutura cultural brasileira, sem xenofobismo de qualquer
espécie. “Não vejo mal algum nesta absorção - considera ele - homem se exerce ora no campo da técnica, ora no campo
desde que se procure depois a criação de um desenho próprio". O da estética. Em conseqüência, a proteção jurídica ao fruto
problema, no seu entender, está no fato de que os brasileiros não dessa criatividade também se dividiu em duas áreas: a
estão sabendo atuar como os alemães e japoneses. que durante seus criação estética é objeto do direito de autor; a invenção
processos de industrialização tentaram “evitar o choque", traduzindo técnica, da propriedade industrial.
para o processo industrial os valores artesanais: “Nossa indústria
não está investindo nesta passagem porque está se expandindo muito
velozmente". , Pode-se conceber, também, que todo trabalho intelectual
Qual seria, portanto, o caminho para a ruptura desta dependencia dos tutelável, que resulte em obras intelectuais, seja generi-
modelos estrangeiros? Em primeiro lugar, conforme Lúcio Grinover, camente protegido pela lei de direitos autorais, com exce-
"sem a instituição de uma política clara a respeito do desenho indus- ção das criaçöes que envolvam ,um desenvolvimento téc-
trial não teremos saida a médio prazo". Para ele, esta política deve
envolver uma série de aspectos entre os quais condiçöes de pesquisas nico, estas somente tuteláveis pela lei de propriedade in-
-_ cujos recursos viriam de organismos governamentais, tipo Finep e dustrial. Assim encara Ramella a propriedade industrial,
CNPq - e que só poderiam ser realizadas no âmbito das universidades entendendo ser esta não mais que uma forma do direito
ou nas instituiçöes de pesquisa, uma vez que “nenhuma empresa tem de autor. 1'”
condiçöes de desenvolvê-las de maneira seria". Segundo Lúcio Grino-
ver, o desenho industrial brasileiro está sendo pressionado, primeira- Segundo Ramella, a propriedade industrial constitui
mente. “por um processo tecnológico que está nas mãos das empresas uma das categorias de produtos intelectuais do trabalho,
multinacionais; que são o maior entrave", e "por uma legislação que
não é adequada". Na sua opinião, se forem criadas uma política pre-
cisa e pesquisa de tecnologia, "teremos condiçöes de iniciar um 37. Agustin Ramella, Tratado de Propiedad Industrial, Madrid, 1913,
processo de implantação de um desenho industrial brasileiro. O pro- pág. 3. Em nota à mesma página, Ramella faz menção à Stobbe e Ii
blema não é só estético, mas antes de tudo técnico". Brasil Procura Köhler, para Iembrar que em certos casos, como nos desenhos e mo-
seu Desenho Industrial, “O Estado de S. Paulo", 16.3.80, pág. 50. delos, é dificil delimitar a' obra de arte e a produção industrial.

46 47

I.
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL TUTELA DO "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

"ao lado da propriedade literaria assegurada às obras do Conforme se encara o direito de autor como tute-
engenho", constituindo “duas formas de DFOPFIBÓGCIG de' lando as criaçöes no campo da estética, ou, em forma
nominadas, também, direito de autor, que é o conjunto mais ampla, como tendo por objeto todas ,as obras inte-
dos direitos garantidos pelas leis modernas aos autores lectuais, exceto as do campo da técnica, teremos, respec-
de produçóes literárias, artísticas e industriais, etc."3B tivamente, uma contraposição estética/utilidade, ou não
Destaca Ramella que os privilégios industriais e os útil/útil. Como, por outro lado, as criaçöes estéticas sem-
desenhos e modelos de fábrica são criaçöes no dominio pre se resolvem em uma determinada forma, enquanto as I

invençöes têm por objeto idéias aplicadas no campo da l


do útil, encaminhadas à solução de problemas de utili-
dade, ao aumento dos bens económicos, enquanto as obras técnica, pode-se estabelecer uma nova contraposição
literárias e artisticas são concepçóes no terreno do belo entre forma e conteúdo. Esta contraposição é destacada
e as obras científicas no terreno do verdadeiro. por Ascarelli4° quando acentua que nem todas as cria-
çöes intelectuais são protegidas pelo direito de autor,
Esta contraposiçao entre as criaçöes no campo da o qual não compreende 0 argumento da obra, ou a notí-
técnica e no campo da estética, que possui, entretanto, cia nela contida, ou a descoberta por ela comunicada,
um denominador comum no fato de ambas constituirem sendo esta a diferença que separa as contribuiçöes téc-
criaçöes intelectuais, pode ser verificada na Constituição nicas das culturais, os resultados técnicos das expressöes
norte-americana de 1887, que outorgava um direito exclu- formais.”
sivo aos autores e inventores sobre seus escritos e des-
cobrimentos. ^ Seja no campo da técnica, seja no campo da esté-
tica, estamos em face da invenção ou imaginação cria-
Embora Ramella englobe as invençöes industriais e
os desenhos e modelos de .fábrica como criaçöes no do-
minio do útil, verificaremos mais adiante que tal distri-
buição somente té correta quanto às invençöes e modelos
de utilidade, já que os modelos e desenhos industriais,
dora, que, aplicada a vida prática. produz as invençöes
industriais, e orientada para as artes, produz as invençöes
estéticas. Explica João da Gama Cerqueira, em seu Tra-
tado de Propriedade Industrial, que a invenção, pela sua
origem, caracteriza-se como uma criação intelectual, como
I
na forma da lei, nãorivisam à utilidade.3.9 ' o resultado da atividade inventiva do espírito humano;
pelo modo de sua realização, classifica-se como uma cria-
38.' Ramella, ob. cit., pág. 2. _ ção de ordem técnica; e,' pelos seus fins, constitui um
39. Veja-se Ascarelli, Teoría de la Concurrencia y de los Bienes Inma- meio de satisfazer às exigências e necessidades práticas
l
teriales, Barcelona. 1970, pág. 614: “Así pues, mientras que con los
modelos de utilidad, -no obstante referirse a la manera de ser del la concurrencia entre la protección dispensada por la ley especial a I
Ii
producto, nos encontramos en el campo de la técnica, con los modelos los modelos [en función del depósito y de la patente] y la de la obra i
o dibujos [y en este segundo caso se trata, precisamente, de modelos del ingenio, o bien. como en Inglaterra, se acude a un criterio empírico ,I
0 de dibujos sobre el producto) nos encontramos en el campo de la de distinción con las obras de las artes plásticas [en relación al número
estética: en el primer caso la forma del producto concierne a la efi- de las reproducciones)". - I
cacia de empleo del producto; en el segundo, a la satisfacción de 40. Ascarelli, ob. cit., pág. 692.
exigencias estéticas. '
41. “Una obra de metereologia será, ciertamente, tutelada por el de-
Esta circunstancia, como ya se ha dicho, puede hacer dudar de la recho de autor en lo relativo a sua reproducción, pero evidentemente
oportunidad de considerar conjuntamente ambas categorias, si bien esto no podrá impedirse la utilización [piénsese en la importancia de dichos
se explique por la común referencia a la forma del producto y expli- datos para la navegación aérea), por parte de cualquier persona, de
que. además, por qué en la legislación internacional a veces se encuen- los resultados obtenidos en la obra, de los criterios - aún nuevos y
tra la consideración de los modelos y dibujos artísticos como categoria originales - en ella elaborados para predecir las condiciones mete-
totalmente autónoma o por qué (asi en Estados Unidos] se incluyen reológicas o de los ofrecidos en una obra [como tal, tutelada)
o entre las obras del ingenio o entre los inventos, según el registro sobre competiciones deportivas respecto a la formulación de pronós-
realizado, o bien [como en Francia y Bélgica] se consideran como obras ticos, del mismo modo que no constituye creación tutelable un nuevo
de las artes plásticas tomándose luego en consideración, en Francia, juego, aún cuando sea objeto de tutela, como obra del ingenio, un
48 49

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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
TUTELA DO “DESIGN” NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
do homem. Para satisfazer às suas necessidades, 0 hgmem Distingue-se a invenção industrial, portanto, das demais
precisou dominar os bens e as forças da natureza, cons- criaçöes do espírito, não só por objetivar a utilida-
tituindo a técnica a soma dos conhecimentos e dos meios de, como também por seu caráter abstrato, consistente
que permitem ao homem estender a sua ação ao mundo na concepção de uma nova relação de causalidade não
exterior, utilizando as forças naturais e submetendo-as ao encontrável na natureza. Aqui não entra em questão a
serviço de suas exigências e necessidades. Quando a forma, como, por exemplo, nas invençöes químicas ou
solução dos problemas técnicos depende das faculdades consistentes em processos de fabricação, e, mesmo quan-
inventivas e demanda o seu exercicio, temos a invenção, do a invenção se refira a um novo produto, não é a forma
que constitui, assim, a solução de um problema técni- em si que é objetivada, mas a relação entre as suas partes,
co, definida por Gama Cerqueira como trabalho criador resultando em um novo efeito técnico.
objetivado pela técnica. Entre os resultados decorrentes
de tal trabalho de tipo criativo, que constituem a dife- A lei de propriedade industrial não protege, entre-
rença entre o que já é conhecido e o objeto da invenção, tanto, todas as invençöes técnicas, mas apenas as inven-
podem ser indicados 0 aumento de durabilidade, maior çöes industriais, ou seja, as consistentes em um novo
solidez, maior segurança, aumento de velocidade, de sim- produto ou processo industrial.
plicidade, de leveza, de pureza, melhor acabamento.
aumento de possibilidade, de rendimento, diminuição do Ii
»preço de custo, de perigo, de certos inconvenientes, dife- 2. Criaçöes de forma: o modelo de utilidade e os desenhos i
rença de uso, utilização de um só órgão para desempe- e modelos industriais
nghar duas funçöes, reunião de vantagens, etc. A invenção
é, assim, uma criação na medida em que seu autor teve Enquanto os processes de fabricação e os produtos
de intervir para apropriar os meios fornecidos pela natu- químicos, misturas e ligas metálicas, quando novos, so- ll

reza ou pela indústria humana aos fins úteis que tinha mente podem ser objeto, quando inexistir impedimento
em mira ao pensar. Constitui a invenção uma concepção, legal, de patentes de invenção, novas máquinas, apare-
uma idéia de solução original, que pode residir no modo lhos, dispositivos, etc., ou seja, os produtos em geral da
de colocar o problema, nos meios empregados, ou, ainda, indústria, podem, conforme o caso, ser objeto ora de
no resultado ou no efeito técnico obtido pelo inventor. patentes de invenção, ora de modelos de utilidade ou de
modelos ou desenhos industriais.
à originalidade da concepção do inventor, deve-se unir a
utilidade da invenção, entendida como a propriedade ou O modelo de utilidade possui em comum com a inven-
aptidao para servir ao seu fim e corresponder à exigência ção o fato de ambos visarem a uma finalidade utilitária.
ou necessidade a cuja satisfação visa o inventor. Já os modelos de utilidade e os modelos e desenhosiriclus-
triais são, ambos, ci1agö_es_cle fQrm_a. Dešsa Tnaneira, gt
libro que exponga juegos o reglas de juego; no puede ser objeto de rTioElelo"deTútilidãdé comunga da natureza das__in¿/ençöes
tutela un sistema de contabilidad, aún cuando ,sea objeto de tutela è das-fšuaaâfiìde de-crisi« i ` il
el manual que lo expone. É preciso considerar, entretanto, que, enquanto a in-
ESTO. |Z)I'BCIS8mel'I†e, POI'ql.l€ En ÍOCIOS GSOS CBSOS SB CIHR IRS CBFHCÍGTÍS-
ticasde una obra del ingenio en la exposición, pero no se dan las
venção revela uma concepção original no que toca à
requeridas para la existencia de uno de los tipos de creación tutelable obtenção de um novo efeito técnico, o modelo de utili-
en el "sistema" [de contabilidad, de juego, etc.] y, por lo tanto, sólo dade corresponde a uma forma nova em produto conhe-
puede verse un bien inmaterial - obra del ingenio - en la exposición cido que resulta em melhor utilização. Isso significa que,
del sistema, pudiendo, por ello, otorgarse una exclusiva en lo relativo mesmo quando a invençao decorra da forma do produto,
a la publicación, reproducción, interpretación, traducción, transmisión a ela não se reduz, 42 abarcando possíveis variaçöes dentro
por rádio, etc., de la obra en su expressión formal, pero no una exclusi-
va sobre la utilización de los resultados asi expuestos" Ascarelli, ob.
cit., págs. 303/304. 42. Bonnet, transcrito por Gama Cerqueira em seu Tratado da Proprie-
dade Industrial, comentando a Iegislação alemã, assim se pronuncia a
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51

I
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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL ' TUTELA DO "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

da mesma idéia inventiva (relação causa-efeito). ao passo relação à função do produto, que se expressa visivelmen-
que o modelo de utilidade não revela uma nova função, te através de um modelo. Adverte Ascarelli que a con-
mas, apenas, melhor função, sendo sua proteção restrita traposição às invençöes subsiste mesmo em relação
à forma. à-quelas que se realizam através da forma de um produto,
Os modelos de utilidade visam melhorar o uso ou por implicar em novos resultados.
utilidade dos produtos, dotando-os de maior eficiencia ou Ja os modelos e desenhos industriais, na forma do IJ-/
comodidade na sua utilização, por meio de nova confi- Código da Propriedade Industrial [cuja noção, como vimos
guração. acima, não coincide com a de industrial design). Se redu-
Em geral, como é o caso da lei brasileira, somente se zem a objetos de caráter meramente ornamental, objetos
compreendem no conceito de modelo de utilidade os ins-
trumentos de trabalho e utensilios em geral, inclusive de
l de gosto, como se dizia no passado. A proteção, no caso,
se restringe à novatforma conferida ao produto, sem con-
uso doméstico, ou seja, aqueles objetos que prestem um sideraçöes de utilidade, podendo achar-se aplicada seja
serviço ao usuário. ,Nas invençöes de meios industriais, a um objeto útil ou nã_o_. Tal forma, entretanto, deve achar-
entretanto, a vantagem técnica pode se encontrar exclu- -se desviriãTada da função técnica, ¡sto é, não pode con-
-sivamente no processo de fabricação, mesmo que se des-
tine à produção de objetos sem finalidade prática. como
os feitos para decoração ou entretenimento.
Enquanto decorre da invenção um novo resultado, do
modelo de utilidade se obtém maior comodidade e eficá-
I sistirem uma foïma necesì para que o produto preen-
cha a sua finalidade, hipótese em que seria ocaso de um
modelo de utilidade.” A nova forma, de caráter orna-
mental, se aplica a qualquer classe de objetos, desde que
possam ser industrializados, A' cašïìïïñïíãrio -estariam
fora do âmbito de proteção do Código da Propriedade
cia de emprego. Assim, segundo Ascarelli,” a criação Industrial. Os-desenhos e modelos industriais constituem
intelectual no modelo de utilidade se refere à maneira de I invençöes de forma [invençöes em sentido late), desti-
ser do produto em relação ao seu emprego, à forma em nadas a produzir efeito meramente visual, não sendo requi-
respeito: “Ensuite, l'objet du brevet, à la différence du modèle, ce l sito essencial deslsãšìriaçoes o göÍinho artístico, mas ape-
n'est jamais la forme da-ns laquelle se réalise I'invention: c'est. comme nas a sua novidade. ` , 1 BCI/
nous le verrons encore, l'idée d'invention, 'dans laquelle la forme A novida-de de um modelo ou desenho pode consistir
n'apparait que comme un moyen d'appliquer des forces de la nature. ›¦¬I› I

Aussi, pour reconnaitre et pour décrire, au point de vue du brevet, na composição do conjunto, mesmo que suas partes sejam
une machine déterminée, faut-ill s'attacher plutôt à la fonction de ses conhecidas. Segundo Pouillet, tais criaçöes, quando não
organes qu'à leur forme particulière, le brevet devant proteger l'inven- despertam ne_nTllLin1~4§_e:¿iti,rQ¶1_t¿1_,_es¿ét_i@, satisfazendo
teur contre toute contrefaçon qui réalisera sa conception, même dans apenas ao agosto da__n¿g§l_a, somente podem ser protegidas
une forme méconnaissable. Dans les modèles, au contraire, la forme
doit être considérée comme telle, et non au point de vue de la fonction pelavlëi dedesenhos e modelos, caso contrario entram
des organes formels, et la protection de la loi de 1891 ne s'étend pas no dominio da .propriedade artistica. ;li'-¡f-"ig
au dela de la forme particulière qui caractérise le modèle. A ce point Como se verifica, a proteção aos modelos e desenhos
de vue donc, le rapprochement entre les inventions et les modèles
montre une analogie superficielle et purement extérieure; le contrast industriais prevista na lei de propriedade industrial pro-
est profond". cura, simplesmente, completar o quadro das criaçöes no
Na mesma ordem de idéias, Ramella estabelece essa diferença, dizendo campo da indústria, sem entrar no mérito artístico nem
que o modelo de utilidade se distingue das invençöes. "porque a pro-
teção não se estende além da forma particular que o caracteriza, ao
passo que o objeto da patente não consiste na forma em que se 44. Bonnet estabelece essa diferença: “Ce qui caractérise les modèles
d`usage, par opposition aux modèles de goút, c'est que ceux-ci ne
I
materializa a invenção, mas na idéia de invenção em que a forma não visent qu'à un effet d'ornamentation (modèles de tapisl, ã un effet
aparece senão como meio para aplicação :das forças da natureza".
Ob. cit., pág. 412. artistique en général, tandis que ceux-la prétendent réaliser, par une
forme spéciale, une meilleure utilisation de l'objet" (transcrito por
43. Ascarelli, ob. cit., pág. 612. Gama Cerqueira, ob. cit.-I.

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I.
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL . TUTELA DO "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL -,¬4.-=u_:›u

tecnico de tais produtos, caso em que, respectivamente A lngl_¶erra seguiu a França com os estatutos de 21
a proteção decorrenia da lei de direitos de autor ou das He jul-ho <`:Ië_'1798, de 18 de maio de 1814, sobre proteção
patentes de invençao ou de modelo de utilidade. das esculturas do ponto de vista artistico, de 1842 e
Explica Ramella 45 que os direitos sobre desenhos e 1858 sobre desenhos ornamentais, de 1843 sobre mode-
modelos industriais são idênticos aos do autor sobre obras los de utilidade e de 1850 sobre a proteção_^lega
intelectuais e aos do inventor sobre as invencöes indus- duto_sg_deAgescultuLa _i_nÍIíJf_S'tT]§I"S`ëguiu-se' a lei de,28 de
triais, pois as novas formas estéticas dos produtos resul- agosto de 21907 sobre patentes e desenhos. Na Austla.
taråi tambem de co_ncepçoes do espírito, igualmente mere- a primeira lei de desenhos e modelos data de 8 de dezem-
ce oras de _proteçao; Conta esse autor que os desenhos
e modelos industriais, considerados como um grau infe-
rior das criaçöes da arte, somente encontraram protecão
bro de 1858. A partir dai, outros países previram, também.
proteção aos modelos e desenhos, como o Canadá em
1894, a Alemanha em 1876, o Japão em 1899, o México
em 1903, Portugal em 1896, Rússia em 1893, Espanha em
I
nos tempos modernos. Devido ao grande desenvolyimento
dasktecelagens de Lyon`nos séculos XV e XVI, surgiuïà 1902, a Nicaragua em 1907, a Suiça em 1900, etc.
Iffšlnçâ a__PFlme'fê prgteçãQì7a_os_de¬s§nho_s dessa¬_ndús¶'ia Os desenhos industriais, criaçöes de forma bidimen-
em_\1717¿ estabelecendo sançöes contra a usürpação dos sionais, do mesmo modo que os modelos, tridimensionais, I i
desenhos utilizados na fabricação de tecidos, assegurando têm por finalidade conferir um aspecto novo ao objeto l
seu segredo durante o periodo de fabricação. Os regula- a que se aplicam." Pode-se dizer, assim, que, enquanto
mentos de 1737 e 1744 se destinam a r_epri`inir_,a¬h1fideIi- os desenhos industriais são sobrepostos a um produto.
flëdš' 90-DI§§,F-ëlrto. que transmita desenhos a concorrentes, os modelos industriais constituem sua própria forma.
a_ usurpaçao _por estes e a falsificação, garantindo um Entram nessa categoria os recipientes, móveis, artefatos
direito exclusivo de reprodução sem limitacão de tempo. 1'* de metais, de cerâmica, de joalheria, objetos de moda e
P05'fef¡0|'m@0†e. -'H proteção conffëridaxãs tecela/gens_de todo e qualquer produto industrial, podendo coexistir num
Lyon se generalizou a todo o país, através do regulamento mesmo objeto desenhos e modelos industriais.
'de 1787. Existiam na França, em r_elação_aos modelos, regu- Como veremos mais adiante, autores modernos, face ao
1a7'ggll†1Q¡fi`š CIUG protegiam certas industrias [de 1702, 1706, estágio ,gua|`çl§¡dgs_en\¿olv,i_mentAo` do desenho industrial,
_ . 6] B em proveito de algumas corporaçöes, espe- eintejndem _s_e¿WartifLciaI ëgdištinção entre modelos indus-
cialmente de pintores e escultores. Quando a le-i de 2 de triais e¿1odelos_de_¿ti_lmde, visto que forma e função
2131120 de_1791 a_boliu as corporaçöes e proclamou a liber- 'sã'oTconceÍBiElÉs unitariamente.^“
ade de industria e de comércio, se edirou no mesmo
ano, a lei 'de patentes e, em 1793, a de propriedade |¡te. 47. lgualmenteiaqui, não é requisito o cunho artístiçg, mas, unica-
falla 9 HYUSTICG. a qual passou a ser utilizada pelos auto- mente, a novidade da Tcompošiçãëïdë mhasfe cores, embora alguns
êešl die dtâsãnhos e modelos até o _surgimento da lei espe- autores entendam ser requisito para a concessão de uma -patente de
e_ e março de 1806. Esta lei garantia aos autores desenhoìndustrial o seu valor artistico: “Desenho novo é o que dá
a propriedade dos desenhos e modelos de qualquer natu- a aparência distintiva ao artigo ou produtos ao qual ele é aplicado e
Ihe da' forma caracteristica
' ' _ S e requer p ara tanto um alto __Q/aLL
r -de,
reza e destino, sem estabelecer diferencas entre dese- Íexercíçjgga faci_i_l_d_a;1a_inve_r@a_g,ci:iado_i;a, ma pa ente e Desenho
nhistas artísticos e desenhistas industriais le sem consi- Industrial deve, não só ser nova e original, como tambem, ser gma- 1.- '
derar fossê o desenho ou modelo do campo da arte ou do mental. O examinador de um pedido de patente de modelo ifiistrial I
I

f10meI'Ci0. ssa lei, no entanto, se destinava especialmente nãcT“pode ser uma máquina fria de conhecimentos técnicos, como i-

aqueles que examinam patentesde Privilégios de invenção, ele terá


as fabricas de seda de Lyon, somente tendo sido esten- que ter, acima de tudo, um alto grau de sensibilidade artística". Amau-
dida a todas as indústrias e a toda a França em 1825. ry Ferreira. Propriedade Industrial Comentada. pág. 88 [no preloj.
48. Tal unidade já fora prevista por Ramella: "Añadase que una sepa- i

45. Ramella, ob. cit., págs. 389 e segs. ración técnica y juridica del valor artístico y estético de un objeto y
46. Pouillet, Traité des Dessins et Modèles de Fabrique 1903 su potencialidad de uso, además de dificil, estaria en contradicción
con las exigencias y condiciones de la vida práctica". Ob. cit., pág. 413.
54' 255
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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
\ iï* ¿. V TUTELA DO "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
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Diferentemente da proteção conferida lpela lei de direito fl _, -"~--*
de autor, a proteção que decorre de uma patente de mo _ Cm “yk Tal atitude se reflete diretamente sobre a tutela dos cha-
delo ou de desenho industrial se resume à exclusividadg .“` ,U mados bens ¡materiais resultantes da criação intelectual,
limitando sua duração para o fim de harmonizá-los com o
fi@ faëficaçäø e_vsn±1_fi\.d_0-otgdutotinãviincluido aïšalrv..-` ›---ff
dggãojde _u_rg_a imagem do desenHo_ ou *do modelo, do progresso técnico e cultural e a tutela do consumidor,
mesmo modo que"a pá›tentéTde invenção de uma máquina buscando delimitar- tais direitos, em especial no campo
não impedea reprodução de sua imagem. 49 industrial.
Na Constituiçao brasileira, o direito exclusivo conferido
aos autores de inventos e obras artísticas através dos §§
3. Limitaçöes à proteção das criaçöes industriais 24 e 25 do art. 153, encontra sua recíproca na liberdade
de iniciativa e na função social da propriedade (titulo III
Tullio Ascarelli, em sua Teoria de la Concurrencia y de - Da Ordem Económica e Social- art. 160, ns. l e lll). "A
los Bienes lnmateriales, considera como base do direito V \) Ordem Económica e Social" apareceu pela primeira vez no
\
¡¿ì€II¿1_S__l_IÍlâl\o_i_riit§e_resse geral no progresso Égltural e téc- Brasil na Constituição de 1934, constando também nas Car-
nico go interesse ì'1.Fï;›'ñ`§Wi7;l`<_5††5°`"""" I tas de 1937 e 1946, tendo sido o desenvolvimento económi-
Tal posição destaca a constante contraposição entre os co erigido, na Constituição de 24.1.1967, em um dos prin-
direitos exclusivos dos autores e inventores e o interesse cipios basilares da Ordem Económica brasileira, tendo
geral da comunidade. Em especial no campo das inven- como fim a realização da .justiça social, precedido pelos
çöes, o direito exclusivo de seus autores foi bastante principios da liberdade de iniciativa, função social da pro-
contestado logo após a Revolução Francesa e sua pri- priedade e repressão ao abuso do poder económico, entre
meira lei de patentes, em nome da li-berdade de indústria, outros [art. 157]. A Emenda Constitucional N.° 1, de 17.10.69,
o que levou Pouillet a fazer uma ardorosa defesa dos também relaciona, no art. 160, os mesmos principios, para
direitos dos inventores, negando que esse direito exclu- o fim de realizar o desenvolvimento nacional e a justiça
si\¿o provocaria um atraso no desemgalvimento industrial. social.
Ño séctilo passado, o mesmo fenómenïocorreu nos Esta J
Nesse clima, nota-se uma crescente tendência ã restricãg
dos Unidos, tendo muitos autores segdebatido pela elimi- aos direitos dos inventoi;es.rA título de exemplo, a paten-
nação de tais monopólios. , teaiìlidade dos processos de fabricação de produtos ali-
Acompanhando-se a história do direito mercantil, muitos menticios e medicamentos era expressamente prevista no
autores, como Ascarelli, a dividem em quatro períodos: Código da Propriedade Industrial de 1945 [Decreto-lei
um periodo corporativo [inicio do século XII até a metade 7.903, art. 8.”, parágrafo único, “a"]. O Decreto-lei 254, de
do século XVI), um segundo periodo em que o direito 1967, que se Ihe seguiu, manteve a proibição da lei ante-
mercantil se torna direito estatal (metade do século XVI rior quanto ã não patenteabilidade dos produtos alimen-
até o fim do século XVIII), o liberalismo [até a guerra de ticios e medicamentos, sem porém ressalvar a privilegia-
1914] e Q peiipdo atual,_gue se cagragteriza por gm nr¿vp_ bilidade de seus processos de fabricação [art. 7.°]. Já o
i_nter\¿enç_iggn_i_sg1oÍpúMbjgc¿ Este periodo possui como tó- Decreto-lei 1.005, de 1969, expressamente se referiu à não
nica a produção industrial em massa. privilegiabilidade seja dos produtos alimenticios, químico-
As constituiçöes modernas contemplam, ao lado da liber- -farmacêuticos e medicamentos, seja dos respectivos pro-
dade de iniciativa, a utilidade social, criando mecanismos cessos de obtenção ou modificação (art. 8.”, “c"]. Final-
de controle da atividade económica coordenada a fins mente, o Código da Propriedade Industrial vigente, Lei
socials. 5.772, de 1971, além de manter a restrição quanto a tais
produtos e processos de fabricação, limitou os prazos de
49. Cf. Ascarelli, ob. cit., pág. 609. vigência das patentes em geral, passando a contá-los da
50. Ascarelli, ob. cit., pág. 9. data do depósito, e não mais da data da concessão da
patente [art. 24], dispondo, no art. 117 das Disposiçöes
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57

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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL TUTELA DO "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL

Finais ,e Transitórias, que o novo Código se aplicarla a o direito de proceder ao exame dos pedidos de patentes
todos os pedidos em andamento. provenientes _de'outros paises, segundo seus próprios cri-
Tais restriçöes no campo das patentes, reflexo do diri- terios. Tal principio se acha previsto no Artigo 4 bis da
Convenção de Paris:
gismo estatal contemporâneo, quanto à exclusão do am-
paro da lei a certas classes de invençöes, a redução de “As patentes requeridas nos diversos paises contratantes
seus prazos de vigência, a caducidade por falta de explo- da União pelos respectivos cidadãos serão independentes
ração do privilégio, a obrigatoriedade do pagamento de das patentes obtidas para a mesma invenção nos outros
taxas de manutenção das patentes, se somam à territo- paises, quer tenham, quer não tenham estes aderido ã
rialidade da proteção e ao formalismo no exame e conces- União. Esta disposição deve ser entendida de modo abso-
são das patentes. luto, principalmente no sentido de que as patentes reque-
ridas durante o prazo de prioridade são independentes, não
Busca-se limitar o âmbito temporal e territorial das paten- so em relação às causas de nulidade e de caducidade,
tes, sem, no entanto, desestimular a criação industrial, como também do ponto de vista da duração normal". 52
para o fim de encontrar um justo equilibrio entre os mono-
pólios de fabricação e o interesse da comunidade. Tais patentes, quando não reivindicada a prioridade pre-
vista no Artigo 4 da Convenção de Paris, sujeitam-se ao
Mesmo na área de direitos de autor, a exclusividade sobre requisito de novidade do art. 6.° do Código da Propriedade
as obras artisticas não é absoluta, encontrando limites, Industrial, de modo que, se o inventor, após o depósito do
também, na ordem econó-mica e social.” _ pedido de patente em seu país e antes do depósito no
Muito embora sejam admissíveis certas restriçöes aos Brasil, tornou pública a invenção, não mais poderá obter
direitos do autor de obra artística em beneficio do direito a patente no Brasil, por Ihe faltar o requisito de novidade.
Excepcionalmente, o Artigo 4 da Convenção de Paris ga-
de todos ao acesso à cultura, é no campo da técnica que rante um prazo de doze meses paraos privilégios de inven-
tais restriçöes tomam vulto, em especial na área das çao e os modelos de utilidade e de seis meses para os
patentes de invenção e da transferencia de tecnologia. As desenhos e modelos industriais, dentro dos quais of autor
patentes são concedidas para valerem unicamente no ter- poderá solicitar a patente em qualquer pais da União,
ritório dos Estados que as outorgaram (exceto quando, reivindicando a prioridade do primeiro depósito. Essa rei-
excepcionalmente, criem-se Uniöes de Estados com um vindicação, entretanto, deve ser formal e, na sua ausên-
Escritório de Patentes comum), atribuindo-se cada Estado cia, mesmo dentro do prazo do Artigo 4, não será garan-
tida a prioridade. Mesmo no caso de ter sido reivindicada
51. Vide Hermano Duval, Violaçöes dos Direitos Autorais`, Ed. Borsoi, a prioridade, cada pais membro da União faráo seu pró-
1968, pág. 59: "Temos, portanto, de um lado, o direito exclusivo de prio exame de novidade e de privilegiabilidade segundo a
reprodução de determinada forma de expressão e, de outro, os limites
impostos ao seu exercicio pelas necessidades da instrução, da cultura lei interna, podendo ser indeferido o-pedido.” ,
e da informação; e a razão de tudo isso é muito simples: é que a
exclusividade do direito da reprodução não foi concedida ao autor com 52. Cf. texto revisado em Haia e promulgado no Brasil pelo Decreto
o propósito de transformar sua obra num intangivel e odioso monopólio, 19 056 de 1929
mas para servir de estímulo à produção de novas obras e ao progresso 53 'La coexistencia de diversos bienes tiene su solucion en el ambito
das Letras, das Artes e das Ciências. Assim, a proteção que o Estado territorial de la tutela de cada uno la exclusiva sobre los bienes inma
confere ao autor não o é apenas em razão de sua respeitável pessoa, teriales posee una eficacia territorial tanto en el sentido de que ela
mas no interesse delee também do público, destinatario natural de exclusiva sobre bienes inmateriales solamente es invocable en el am
sua obra. E a interposição do Estado entre o autor e o público visa bito territorial de la legislacion que la reconoce, como en el de que
precisamente a estabelecer o indispensável equilibrio entre a exclusi- en el ambito territorial de cada una de las legislaciones no puede
vidade que vivifica o progresso das Letras, das Artes e Ciências. e o invocarse la tutela que se derive de una exclusiva concedida por una
interesse público que tem a coletividade na divulgação da cultura ou ley extranjera. como asi mismo, en el de que deberan cumplirse las
Informação pelo Livro, Jornal, Revista, Disco, Rádio, Cinema ou Tele- formas de publicidad prescritas por la legislacion cuya tutela se invoca.
visão. Esta é a concepção moderna do Direito Autoral". , Por otra parte, la limitación territorial expuesta se coordina, precisa-
58 59
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL TUTE-LA Do "DESIGN" NA PROPRIEDADE INDUSTRIAL
A lei brasileira, a exemplo dos códigos de propriedade I
Tal diferença de tratamento se justifica face ao fato de
industrial dos demais paises, é extremamente formaIi_sta que as invençöes no campo da técnica se destinam a
e a falta de atendimento de qualquer de seus prazos, exi- atender as necessidades básicas do homem, o que motiva
gências e pagamento de taxas implicará na perda do o tratamento mais restritivo dado às patentes de inven-
pedido e na queda em dominio público de seu objeto. çao e de modelo de utilidade, visto visarem diretamente
Nota-se, quanto a tais formalidades exigidas pela lei de ao desenvolvimento técnico.
patentes, substancial diferença com relação ao tratamento Não se justifica, entretanto, que idêntico critério seja apli-
que a lei e as convençóes internacionais conferem aos cado às patentes de desenhos e modelos industriais, de
direitos de autor, dispensando-os de registro e outras for- caráter meramente ornamental e que não constituem formas
malidades. 54 necessárias, não podendo, portanto, criar qualquerfempe-
cilho ao desenvolvimento industrial. _
mente, con la diferente tutela de los diversos bienes, con su eventual
atribución a titulo originario a sujetos distintos y con la misma even-
tual falta de reconocimiento del bien dentro del ámbito territorial de
una determinada legislación [pudiendo el invento, la obra del ingenio
o el signo distintivo, tutelado en un país, no -ser tutelado en otro)".
Ascarelli, ob. cit., pág. 310.
54. “En este concepto se inspira también la disciplina que hemos
estado recordando; a este respecto adviértase el contraste entre la
patentación requerida para los inventos y los -modelos y la ausencia
de formalidades por lo que respecta-a la constitución del bien inma-
terial obra del ingenio y a la adquisición originaria del correspondiente
derecho. «contraste que. hemos visto, tiene su paralelo en la diferencia
de la creación protegida y en el alcance de la exclusiva; frente a los
inventos, la creación tutelada se concreta en el descubrimiento y la
exclusiva concierne a la utilizacióndel descubrimiento mismo que cons-
L
1
tituye un eslabón en la cadena del progreso técnico, de tal suerte
que este último se prejudicaria si no se coordinase la exclusiva con
una publicidad del invento que permitiera su utilización general una
vez transcurrido el plazo; en cambio, frente a las obras del ingenio
[y precisamente porque la protección concierne a la expresión formal]
no se da la subordinación de toda obra posterior a la utilización de
la precedente (sí, en cambio, a la utilización de argumentos, descubri-
mientos o noticias asi comunicados, argumentos, descubrimientos- y
noticias que, sin embargo, no están amparados por la exclusiva, preci-
samente por su peculiar importancia para el progreso general). por
lo que la exclusiva puede ser independiente del cumplimiento de for-
malidades particulares con respecto a la revelación al-público de la
obra.y de toda preocupación por asegurar una revelación al público a
los efectos de una posterior utilización general de la creación. Esto
se refleja precisamente en el hecho de que la obra, en cuanto creada,
se protege con independencia de toda formalidad, mientras que en los
inventos la exclusiva no puede obtenerse cuando antes de la solicitud , il
de la -patente [o del momento oportuno, en los casos de -prioridad)
haya sido divulgado el invento y además se precisa la p-atente para
que .pueda consiguirse el derecho absoluto sobre el invento, patente
que se r-elaciona con una consiguientepublicidad del invento a efectos
de permitir el conocimiento del descubrimiento y, por tanto, la posibi-
lidad de su utilización general transcurrido el período de protección".
l
Ascarelli, òb. cit., pags. sas/694.
60 61

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A LEI DE DIREITOS AUTORAIS

1. Objeto do direito - Os projetos e a arte aplicada


Í
O direito de autor, assim como o direito do inventor, tem
por objeto uma determina-da concepção de seu criador. No
direito de autor tal concepção se expressa através de uma
determinada forma [que não se confunde com o objeto
l
material que Ihe serve de suporte). Já-o direito do inventor
consiste na própria idéia de solução técnica, o que torna
necessário, também, o exagerado formalismo a que fize-
mos menção ac¡ma.55
Assim, desde que a invenção não se reduz a determinada
forma de materialização da invenção, e preciso det rmi-
na_r seu_?_am11Lto no`camp9 das idéias, restringindøq o seu
alcance íàgyilo que o inventor deïläïwfilhïëñtadïfiã-
¬._Z""“7 7 7 “_-A7> _ f às' _ "'

55. De acordo com Bonnet, a invenção pod-e realizar-se em várias


formas individuais, como uma idéia pode exprimir-se por diferentes
fórmulas. Mas a representação material da idéia nunca a encerra intei-
l ramente. A invenção pr-ecisa traduzir-se em uma forma real, concreta;
mas com ela não se confunde, nela não se resolve, nem se incorpora.
E é sobre a idéia, sobre sua concepção, que o inventor pode exercer
seu direito e não sobre sua forma contingente. 0 direito do inventor
é ainda mais amplo que o dos autores de obras literárias e artísticas.
pois al-cança todos os meios análogos, equivalentes, virtualmente con-
tidos em sua concepção. na “idéia de invenção", que pode ser definida
como a noção ideal, geral e abstrata de que a invenção concreta não
é senão uma de suas realizaçöes possíveis [Étude de La Législation
Al/emande Sur Les Brevets, págs. 12/13].

63
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DIREITO DE AUTOR N0 DESENHO INDUSTRIAL l A LEI DE DIREITOS AUTORAIS
/0
_3` v e. Na pratica, f tal se realiza ati? . trial ou científica (direito à invenção)." 58 O direito do autor
_ `fl vés os pontos caracteristicos da invenção, ou ileivin |- L recai, direta e imediatamente, sobre a sua criação, opon-
I
›` gfïcqçöes. Ue C0flSjfflm..i0_P9dLdø_,de Patente edema, relaìçãq do-se erga omnes, constituindo uma forma de proprieda-
:JV//.
) É* ' s er á _,_¿_,__
aos quaisé eito o exame de n Ovlsdade
______,__ ' ' '
e,.d.e_mer|tQ¿ de.59 Esse direito ¡nato e absoluto decorre da própria
\

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O Estadö, através de seus órgãos competentes [entre nós,
é o› Instituto Nacional da Propriedade industrial), dever_á
/
.
ll criação, que o autor pode conservar em sua mente, inédi-
ta, e, mesmo, destrui-la antes de divulgada, o que levou
\ V)/;¬y` procede;-_ a_Q___exan¿_e_das reivindicagöes, eventualmente l Gama C,Qquei5a2a afirmar que 0 homem possui um direi- I,
x) ~
díterh_1_i,nan_d”9_ ã,_rBduçÍäQ,n_de__se;L1,aalçaiìge.` Döitítulo do to abstrato sobre as criaçöes que sua inteligência produ-
prï/Tl`ég'io" concedido pelo Estado - a patente - consta- zir, direito que se realiza por meio do trabalho intelectual,
47%
Í)
rão asJr_e_iy1ndjcacö_es7apirg\áa%as,,_å1áe,¬_n_a__formada) 4
dando em resultado um bem ¡material sobre 0 qual exerce
car Íefizam as__@_rtigu ari'g_es _iI13LfiìH'rg, Les-,jta ele- esse direito.
§e?fjÍlGo_A<-,¬_,dEíJ:j1a|1d,o gs Élirïeitos de invento'r [Lei 5775, S¿=±_gund9_A$§ar_e_lU, 51 o denominado direito patrimonial do
de 1§71, art. 14f§ 2.°). “ `* ' ` " autor tem como fato constitutivo a criação da obra e corr-ío
Já nas obras artísticas, as- q_uais têm por objeto determi- ponto de referência a própria obra, considerada como ex-
nada forma, o_ alcance _d_o direi_t9 do¿ut9L terna ao sujeito, lo qual conta com um direito absoluto
pe,La¿ï objëtïvadã no suporte material. sobre sua. utilização. Por esse motivo, Ascarelli utiliza
Dessa forma, num caso ou em outro, o objeto do direito o esquema da propriedade, considerando 0 direito abso-
é uma coisa puramente intelectual, de natureza incorpó- luto do autor como um direito de propriedade sobre sua
rea ou imaterial, o -que foi acentuado por Picard ao con- obra, bem imaterial.
ceber sua teoria dos direitos intele-ctuais.56 `4uú'
4-'
O objeto do direito do autor é, em conseqüência, ulma obra,
A doutrina de Picard destaca que o di_re_itg_deWauto,r recai entendida como produto da elaboração do intelecto.
|
sobre u_ma__c_onc_ep§dã9 do espíritobue tem por objeto a A vigente lei de direitos autorais, n. 5.988, de 1973, rela-
própria; concepšão o atjtg e não a sua realização mate- 4 ciona no art. 6.° as obras intelectuais protegidas, destacan-
rial. idéia q`ue coincide com a de Köhler, na sua teoria dos
iI
do-se no n. VIII as obras de desenho, pintura, gravura, escul- i
direitos sobre bens imateriais.57 tura e litografia, no n. X os projetos, esboços e obras plás- I
Das teorias de Picard e Köhlerldeduziu-se uma nova gate- ticas, concernentes, entre outros, à engenharia, arquite-
goria de objetos dí-LIÁÍELG'-¡12. osƒbens imgfšàtiëiå ¿oí inte- _tura e cenografia, e, no n. )Q, as _obras de arte aplicada; i
lécìuaišjïüe vêm se somar aos objetos de direito tradi- Qom referêjnçia_ ao desenhoindïístrial, cabe, inicialmente, l
ciönšiš como observa De Fiuggiero: “Objetos de direito verfficar em qual desses incisos poderia ser classificado. l
podem ser, na verdade, além das entidades corpóreas per- Não há dúvida de que os desenhos e modelos constituem, l
ceptíveispelos sentidos, também as incorpóreas, desde genericamente, obras de desenho e escultura. Ao menos, í
que constituam uma utilidade económica para o homem,
l-
seus originais o são. A maioria desses desenhos e mode-
isto é: os citados bens imateriais, como são. por exem- los, entretanto, não é realizada, em forma definitiva, pelo I

t
ll
plo, o produto da inteligência' própria nas obras literárias. l
I 58. Cf. Gama Cerqueira, artigo cit., pág. 20.
artisticas e musicais [que dá lugar ao direito do autor),
o desenho ou marca de fábrica [que dá lugar ao direito
t 59. Teixeira de Freitas, Consolidação das Leis Cívis, nota I ao art. 884,
pág. 525: "O direito de propriedade com aplicação compreensiva. ¡sto
à marca e aos modelos de fábrica), a descoberta indus- é. aos objetos intangíveis “res qui tangi non possunt - quae in jure
consistunt" [embora visíveisl "é o vero direito de propriedade":
56. Edmond Picard, Pandectes Belges, vol. 2.”, introdução, e Le Droit e ai entram os direitos: da “propriedade artística": da “propriedade
Pure. `§§ 45 e 54. industriai" e da “propriedade literaria". p
57. Cf. João da Gama Cerqueira, 0 Direito de Autor como Propriedade, 60. Gama Cerqueira, Tratado da Propriedade Industrial.
RT 270/11. 3
61. Ascarelli. ob cit., pág. 696,

64 65
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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
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A LEI DE DlFlElTOS AUTOFlAlS l
seu criador, o -qual, geralmente, executa um projeto, desti-
nado à fabricação do produto.
7
1 Tudo indica, entretanto, que o inciso X do art. 6.° possa
abranger os' projetos de desenhos” ex modelosltdustriais
No que se refere aos projetos, podem eles ser considera- como tais, mas não o próprio conteúdo do projeto, aseme-
dos em si, como obras de desenho, ou em relação ao obje- lbança (És projetos de engenharia e ciência. Assim, o l
to projetado. Ao que parece, o legislador pretendeu, no autor de projeto de um desenho ou modelo ind_ustrial pode-
inciso X do art. 6.°, proteger os próprios projetos e não o l l

ria, baseado em tal inciso, proibir a reprodução, divul- `l


seu conteúdo, visto que referido inciso faz menção, por A Íl
t gação ou utilização do projeto realizadas sem sua autori-
exemplo, a projetos de engenhariae ciência, cujo con-
teúdo, como já vimos, não pode ser apropriado em decor-
rência de direitos de autor. O conteúdo da obra científica
zação. l
Quanto ao próprio modelo ou desenho industrial contido
não é apropriável, mas, exclusivamente, a sua forma. No no projeto, consideram-se obras de arte aplicada, sujeitas
que se refere a obras de engenharia, que objetivam um à condição prevista no n. XI do art. 6.°: "desde gue_§_e_u
resultado técnico, já vimos também que só poderão ser valor artístico possa disgaciaigseggçlo çyáteí-Íindys_t_1j_al_do
protegidas no campo das invençöes.” Referido inciso, no objeto xa que estiverem sobrepostas".
entanto, se refere, também, aos projetos de arquitetura e i
cenografia, sendo certo que, no caso, as próprias obras Como se verifica, a lei confere um tratamen_tc_›/d,i_ver_so aos
de arquitetura e de cenografia constituem obras protegi- gl-i casos de multipligàção de'6,b|ïš'de"dešenho se escultgra,
das, referidas pelo legislador como “obras plásticas con- òfide não impöe qúalï1ueFÍest¿i_ç_ãp_ìúìbndição pafia de
cernentes à arquitetura e cenografia". o direito`dëÍaï.ito*r se exerça em sua plen|tude_, e para os
cãsos de obrasñãe arteeaplicada, que se aåham sujeitas ao
62. O direito italiano prevê uma proteção especial para o objeto ou critério de valor artistico.
resultado técnico contido em um projeto de engenharia, que não existe
no direito brasileiro: "El problema afrontado a este respecto es, en Cumpre, assim, estabelecer a discriminação entre as obras
efecto, el' de la concurrencia en una misma creación intelectual de una i de desenho e escultura, consideradas obras de arte pura,
expresión formal constituida por planos y dibujos y la solución original. e aquelas que,lembora criaçöes intelectuais, tenham uma
a un problema técnico. En líneas generales esta última [ya que en
sella no se dan ni los extremos del invento industrial, por no existir destinação que não se reduz à emoção estética. Ensina
un autônomo producto y no poder-se hablar. en este caso, de un invento Walter Moraes” que as leis autorais assimilaram as cate-
de proceso, ni los del modelo de utilidad] no podría ser protegida, pero gorias tra-dicionais das belas-artes e as superaram, "reco-
se ha dictado una especial disciplina protectora de la utilización de la lhendo em seus quadros formas revestidas de um mínimo
original solución técnica indicada en el proyecto, independientemente
de la tutela dispensada a los planos y a los dibujos como obras del de elemento estético". No plano plásticoforam admitidos
ingenio; evidentemente. la presencia de la obra d-el ingenio no implica, 0 urbanismo, o paisagismo, a jardinagem, a decoração, a
por sí. la de una original solución de problemas técnicos; sin embargo, ornamentação, as obras de artesanato, o modelo indus-
la presencia de esta solución implica la presencia de una obra del trial e a arte aplicada, além dos projetos e trabalhos plás-
ìngenilo en los correspondientes dibujos y proyectos, en su expresión
orma . ticos de geografia, topografía, engenharia, ciência, carto-
Esta especial protección se subordina a una declaración de reserva en grafia, fotografia e fixaçöes análogas. Conclui Walter
el proyecto o dibujo y al depósito del mismo [art. 99), depósito que ll Moraes que “grande parte das espéciesprotegidas _comg
de este modo determina una presunción [pues no podrían aplicarse los arte_, não se pôde _quãlTticar como de balas-artes em sen-
criterios propios de los inventos y de los modelos] de prioridad frente I tido estfito, dede a stflastância utiljtária gyegfhes é própria.
a todos los que independientemente consigan la misma solución, du-
rando la protección veinte años desde dicho depósito y garantizando Sem dúvida, las leis autorais contentam-se com pouco para
al autor una justa compensación [v. también el art, 2.578 del Cod. C-iv.) considerar certa obra como de arte".
a cargo de qui-en realice el proyecto técnico con finalidad de lucro sin
su consentimiento". Ascarelli, ob. cit., págs. 777/778. l
63. Walter Moraes, verbete "Arte", in Enciclopedia Saraiva do Direito.
B6 7
67

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oinE|To DE AUTOR No DESENHO 1Nous†n|A|. §'fo1"0e-12%'-Q = °Éï§ A LEI DE DIREITOS AUTOFlAlS

2. Valor artístico E
e>u<›<«`~'›¢$”“°
artista ng escolha do objeto e o estilo da fotografia. que
representaría uma forma de escrever com a luz.
A Lei 5.988, ao relacionar em seu art. 6.° as obras intelec- Durante muitos anos, entretanto, los tribunais hesitaram
tuais protegidas, não estabelece para elas qualquer con-
em conceder proteção sem reservas à fotografia, muito
dição de valor artístico para que mereçam a proteção da
lei, exceto nos iilcisgs Vll e XI, que se re_f_er_e¿n, respecfg-
embora as convençö_es internacionais a considerem obra
vamente, às obras lfotoç,Íñ aplicedejlgual- 9_rg'=ssi.<ie-.ii i
nïente, o art. 7.” declera serem protegiídesfcomo obras Alegam os defensores da proteção autoral à fotografia que
intelectuais independentes, as coletâneas. antologias, a escolha do assunto, a posição do operador, o tempo de
enciclopedias, jornais, revistas, etc., desde que, pelos cri- pose, constituem operaçöes do espírito e não simples atos
terios de seleção e organização, constituam criação inte- materiais. Que, em comparação com o trabalho do pintor.
lectual. apenas os instrumentos e a técnica são diversos, exigin-
l U do-se, porém, a mesma fantasia e imaginação. Que foto-
l
Esse mesmo critério é estabelecido pela lei como condi- grafias de um mesmo objeto podem oferecer resultados
fé;
›2 ção de proteção das obras fotográficas, as_quais somente
serão consideradas obïas intelectuais protegidas quandg,
totalmente diversos. Que a escolha do assunto, a compo-
sição da imagem, o jogo de luz e sombra, perspectiva,
lage@
acy
p_ela escolha de seu ogeto e pelas condiçöes de sua exe-
cução, possam ser considerades criação artistica l[arÍ`6.°,
ângulo, equilibrio dos elementos, relevo, movimento, repre-
sentam umsesforço intelectual digno de proteção, embora
nÍ VlTÍÍTrata-se, como se vê, de condicão de valorartjs- não se deva levar em conta o esforço intelectual despen-
ti_c& a qual vem sendo objeto de discussao desde a inven- dido, mas o resultado obtido. É o ato intelectual de esco-
cão da fotografia em 1839. B4 lha, praticado pelo fotógrafo, que confere o caráter de
Em fins da década de 20, jovens artistas da Hungria, Ale- originalidade à obra.
manha e Letônia reuniram-se em Paris, efetuando pesqui- Exemplo dessa tendência é uma famosa sentença profe-
sas em Montparnasse. Suas fotografias se inspiravam na rida pelo então Juiz, Prof. Antônio Chaves, que deusganho
pintura, escultura, cinema e poesia e sofreram influências de causa ao fotógrafo Euclides Machado, em ação que
do cubismo e do surrealismo. Foi uma época de eferves- promoveu contra Listas Telefónicas Brasileiras S. A., a
cência das artes plásticas e da fotografia e os melhores qual, na capa de seu catálogo de 1956, se utilizara de um
trabalhos eram divulgados em revistas como "Regard", desenho calcado em fotografia do autor.
"Verve" e "Vu", Destacava-se a participação pessoal do A tendência dos tribunais, entretanto,' é de distinguir as
fotografias por terem ou não caráter de obra de arte,
64. Em artigo publicado n'O Estado de S. Paulo de 22.1.78, sob o excluindo da proteção aquelas que não considerem como al

l
fi
"\›
título “Quando Fotografia e Pintura se Completam", Sheila Leirner tais. Essa tendência remonta a uma decisão da Corte de
\ chama a atenção para o fato de que, depcis da Pop Art e do super-
l /0
-realismo, as diferencasentre arte e foto, rafia_perderam_s3us_prógrios Cassação da França de 1862, que deu ganho de causa aos
limites. f_@'ef_a inter-,erf_enciãs_mútuas,_queqlevam o espectad9_r_a_qJ›gn§) fotógrafos, baseando-se no principio de que “os desenhos
J( de não_s_aber ogdefirmina apìtura`1a,_c@e"ç¿'ì¬F`Íografia_, e vice-versa,
l
fotográficos não 'devem ser necessariamente e em qual-
“Í”
v*~(e\
K-§\*'
Destaca, entïetantofqíe a fotegrafia comí peça artistica autónoma é A quer caso considerados como destituídos de qualquer
7*.
-um fenómeno recente, lembrando palavras de Nancy Foote: "Para-cada V caráter artístico, nem considerados como obras puramente
fotógrafo que persiste em fazer seu trabalho como artista, existe um
artista correndo o grave risco de se tornar um fotógrafo". Lembra
que, há meio século, Alfred Stieglitz conduzlu uma campanha maciça
para a aceitação da fotografia como arte, tendo sido emprestada uma
maior prioridade aos valores ƒ9r%m_ais abstratos da fotog_r_afia. o que
influenciou decisivamentea esco aidos assuntos pelos fotógrafos, bem ›'l\
\;ï
¿CJ
/_
65. A Convenção de Berna, na revisão de Bruxelas de 1948, no art.
2.". alinea 1.“, prevé expressamente a proteção às obras fotográficas
e às produzidas por processo análogo, o que se acha mantido na
revisão de Paris de 1971. Igualmente a Convenção Interamericana, no
l
como a tática de suas composiçöes. Art. lll, prevê proteção às obras fotográficas.
¡$9
68
f<° 69
DIREITO -DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL A_LEl DE DlFlElTOS AUTORAIS

materiais" “que tais desenhos, obtidos com a ajuda finalidade, não ha dissociação entre o caráter industrial
da câmara escura e sob influência da luz, podem, em uma e o seu valor artístico, ou seja. ,não há valor artistico, 0
certa medida e em certo grau, ser o produto do pensa- qual somente surge quando tal forma corresponde a uma
mento, do espírito, do gosto e da inteligencia do opera- linguagem, revelando o cunho pessoal do autor, o que
dor". Outras decisöes francesas, deram proteção ã foto- equivaleria a dizer que a forma possui caráter expressivo.
grafía, levando em conta a escolha do objeto, o ângulo da Como se verifica, trata-se, exatamente, do mesmo requi-
tomada, o grau de iluminação e outros detalhes que indi- sito que exige a lei em relação à fotografia, sendo valor
cavam um trabalho pessoal do fotógrafo (Orleans, 4.2.1925], artístico sinónimo de caráter expressivo.
ou o seu caráter relevante de arte, apresentando um es-
forço intelectual e pessoal independente da parte mecâ-
nica de operação (Paris, 12.3.1935). 3. Registro T,
A vigente lei brasileira reflete tal tendência, admitindo, A proteção conferida pela lei às obras artisticas independe
excepcionalmente, o requisito de valor artistico para a de registro, o qual pode ser feito pelo autor, apenas para
proteção da obra fotográfica. segurança de seu direito. É o que estabelece o art. 17
Ascarelli refere-se à fotografia, classificando-a entre os da Lei 5.988, o qual relaciona os estabelecimentos compe-
direitos afins ao direito de autor, ao lado dos discos, filmes tentes para esse -registro conforme a natureza da obra.
documentários e projetos de engenharia, cuja proteção é No caso das obras plásticas, o registro deverá ser feito
subordinada pela lei italiana a uma declaração de reserva na/Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Flio
e ao depósito de um exemplar. Comenta Ascarelli ser tam- de Janeiro/As dúvidas levantadas por ocasião do registro
bém o fotógrafo autor de uma criação intelectual, muitas deverão ser submetidas à decisão do Conselho Nacional
vezes de um grande valor artistico, fator que a lei italiana de Direito Autoral - CNDA [art. 18).
,_
toma em conta.” Tal registro não é obrigatório, não representando condi-
O mesmo critério aplica a Lei brasileira 5.988, de 1973, `çao para a constituição do direito ou para seu exercicig.
para as obras de arte aplicada, condicionando sua prote- §o_mente no caso de cessão dos á
/Pe ção ao seu valor artístico (art. 6.°, Xl].iTrata-se também, a obra estar re istrada, ou ser feito o seu registro, para
K194-l/c no caso, de exceção ao principio geral de que a proteção o fim de poder ser a cessão averbada e valer perante
autoral deve ser conferida independente do mérito e des- terceiros. A averbação é condição;exclusivamente, para
(Ó tinação da obra. No caso da fotografia, procura a lei eli- a cessão poder ser oposta erga omnes (§ 1.° do art. 53].
? minar aquelas que decorrem de atividade puramente mecâ-
nica, do simples acionar um botão da máquina; nas obras Não ha dúvida. entretanto, que todos os autores de obras
de arte industrial, busca -proteger apenas aquelas que de-
intelectuais protegidas segundo a Lei 5.988 têm a facul-
O dade de levá-las a registro nos estabelecimentos indicados
monstrem o cunho original do autor. O inciso referido faz no art. 17, ou perante 0 próprio Con_selho Nacional de
menção, também, à separabilidade entre valor artístico e Direito Autoral, quando a obra não se enquadrar nas enti-
caráter industrial, podendo-se aplicar aqui a distinção for- dades relacionadas naquele artigo [art. 17, § 3.°].
mulada por Ascarelli no sentido de que, no caso das artes
plásticas, a "forma" concerne à “linguagem”, à comuni- Com base em referidos dispositivos, autores de obras de 1-

cação, enquanto que no caso dos modelos industriais, a caráter misto, ou mesmo sem qualquer cunho artistico,
I
\ forma corresponde à coisa em si.” Em outras palavras, encaminharam ao CNDA solicitaçöes de registros de
quando a forma de um produto industrial se reduz a essa direitos autorais. Através do processo 447/77, Pedro
Maria Maduro Paes Leme solicitou o registro de “Ficha
66. Ascarelli, ob. cit., págs. 762/763. para Atendimento do Recém-Nascido", requerimento esse
67. Ascarelli, ob. cit., pág. 616. que foi objeto do parecer 71, aprovado em 14.12.77. Dito

70 71

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Ñ.- _ Pe*-±_' __ _ † T E "7' ' † † l
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL A LEI DE DIREITOS AUTORAIS l
parecer concluiu pela não registrabilidade da obra, por relacionava as mercaderias expostas à venda em hipermer-
considerar não ser -"suficiente que a obra seja intelec- cados, supermercados, auto-serviços e correlatos, possuin-
tual, mas antes e impreterivelmente deva ser de natureza do espaços predeterminados para a inserção de anúncios,
literaria, artistica ou cientifica, para que mereça registro ou no processo 367/78, relativo a um "Calendario Bior-
nos órgãos enumerados no art. 1.° e posteriores da Reso- ritmo", cujo requerente solicitou “que a proteção abranja
lução 05/76, deste Conselho". Acrescenta o parecer que o programa original de computação e as posteriores modi-
o autor utilizou dados técnicos notórios no campo da ficaçöes", indeferido pelo parecer 104 aprovado em
medicina, possuindo a obra natureza técnica, devendo ser 13.09.78. O mesmo ocorreu no processo 402/78, relativo
recusado o registro “por não apresentar características de a um método de formação prática de tenistas, que se tra-
natureza literaria, artistica ou cientifica exigidas -pela Res. tava “-de um formulário para registro ordenado das ativi-
05/76". dades destinadas ao curso e treinamento de tênis" (pare-
Já Adolpho Hermann Otto Thiele submeteu a registro im- cer 105, aprovado em 13.09.78).
pressos a serem utilizados pelos apostadores da Loteria O parecer 110, de 11.10.78, apreciou e denegou o regis-
Esportiva (processo 462/77). O pedido de registro foi tro solicitado por lvone Tessuto Tavares, de uma teoria
apresentado ao CNDA, “em virtude da não acolhida por no campo da perspectiva, definida pela requerente como ¡$112,
r-,: _Ai
4,
parte do INPI e da Biblioteca Nacional para efetivação do “técnica que pretende determinar a terceira dimensão em
registro". O parecer 72, aprovado em 14.12.77, concluiu qualquer altura da Linha do Horizonte nas perspectivas
pela não registrabilidade, por não -se enquadrar a obra paralela, obliqua e aérea, de uma maneira mecânica, sem
entre aquelas relacionadas no art. 6.° da Lei 5.988/73. cálculos matemáticos e sem o quadra-do em planta como
Igualmente foi recusado o registro pretendido por Vidros fazem os arquitetos". O indeferimento se baseou no fato
Corning Brasil Ltda. [processo 052/78) de um folheto co- de que o objeto do pedido se configurava “como teoria
mercial, que pretendía a requerente enquadrar-se no inciso no campo da Perspectiva, não constituindo obra cientifi-
I do art. 6.° da Lei 5.988, 0 qual relaciona os livros, brochu- ca". Igual destino teve a solicitação de registro de sistema
ras, folhetos, cartas e outros escritos. O parecer 81, apro- de diagnose empresarial (proc. 495 - parecer 109, apro- l
vado em 15.02.78, entendeu não ser registrável dito folhe- vado em 11.10.78).
to por não possu_ir natureza literária, científica ou artis- Em artigo publicado n'O Estado de S. Paulo de 1.12.79,
P

l
tica, acrescentando não poder o mesmo serconsiderado o Presidente do CNDA, José Carlos Costa Netto, refe- l
folheto, já que folheto, “segundo a UNESCO seria uma riu-se expressamente aos casos supra relatados, indi-
publicação não periódica que contivesse no minimo cinco cando que, com o advento da Resolução 18 do CNDA,
e no máximo quarenta e oito páginas, excluidas as capas".
A mesma orientação seguiu o Conselho no processo poderão ser reexaminados os pedidos de registros de
107/78, em que se examinou a pretensãoi da Empresa obras ¡ndeferidos pelo CNDA, através “de uma apreciação
Abrantes da Fonseca Organização e Métodos para 0 re- mais minuciosa concernente à efetiva natureza da obra.
Se puder ser caracterizada como obra intelectual e não
gistro de “Álbum Curricular", “Curriculum Vitae Simpli-
ficado" e “Ftoteiro de Atividades", denegando o pedido sob se tratar de propriedade industrial [senão o órgão próprio
o fundamento de não se enquadrarem as obras no elenco será o Instituto -Nacional da Propriedade Industrial), então
poderá ser objeto de registro para maior garantia dos titu-
do art. 6.° da Lei 5.988, não possuindo as mesmas carac- lares quanto aos direitos de autor ou conexos".
teristicas literárias, artisticas ou cientificas [parecer 87,
aprovado em-10.05.78). Nao nos consta ter o CNDA se manifestado, ainda, sobre
pedidos de registros de direitos autorais de desenhos e
A orientação se repetiu no processo 114/78, objeto do modelos destinados à indústria. A referência, entretanto,
parecer 89, de 10.05.78, relativo a um pedido de registro de seu Presidente à propriedade industrial como privativa
de “Guia Prático de Compras do Consumidor", folheto que do lNPl_, sugere gye o CNDA não pretende levar a reqjstro
72
73 ll

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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL \x
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/_; A LEI DE DIREITOS AUTORAIS


modelos ou desenhos industriais, mesmojurpossuam ft ¿»*“'lt'CJuanto à arte aplicada ã indústria, consubstanciada em
cunho artistico. /_
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\ _--:
,ye modelos 'ou desenhos industriais, pode-rá ser objeto do
Nos casos acima relatados, já submetidos ao CNDA e inde- H ¬C:'
registro de direitos autorais sempre guelsegyalorgartis-
feridos, que ao que parece serão revistos pelo Conselho, tico_ possa dissociar-se do caráter_i|1d¿1§tria_Ldq¿5`§jeto_a
ha grande confusão de conceitos. Em alguns, provavel- A
`a¢§~ `
que estiverem s obre-postes", consoante dispöe o art. 6.°,
mente carentes de qualquer originalidade, deve-se negar J
ii,
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I
8.
o registro. Se for óbvia a falta de originalidade da “Ficha
para Atendimento do Recém-Nascido", ou do “impresso da Cumpre Iembrar, finalmente, que o re istro da obra não
Loteria Esportiva" ou do “Guia Prático de Compras do constitui o direito, criando mera Tpresuncão def¿lt¢_Jria_,
Consumidor", do “formulario para registro ordenado das nos termos do estipulado no Código Civil. Assim, quãl-
atividades destinadas ao curso de treinamento de tênis", quer obra protegida pela Lei 5.988 gozará de proteção
poderá, certamente, conhecer o Conselho da ausência do mesmo que não tenha sido feito o registro. Por outro lado,
requisito de originalidade, ¡ndeferindo os pedidos, pelo a obra¿¡genão¿e¬ enqfidra__e_rgre as obras protegidas
simples fato de não constituirem obras intelectuais, ou ãìñão 0 arìj.`s.°¿1aTëi 5,998 näo”f›`6E¶'íàr"da`p*r`oìe'-_
seja, criaçöes do espírito, nos termos do art. 6.° da lei. fgiãcïìláeleifnïšm mesmífestande registradel. "`” 7
No que se refere ao “Calendario Biorritmo" e à teoria no
campo da perspectiva, da Sra. lvone Tessuto Tavares, o 4. Direitos morais
registro somente poderá ser feito para a forma da obra.
jamais protegendo o seu conteúdo. Pelo que consta dos
pareceres 104 e 110/78, entretanto, seus autores preten- _ Entendem muitos autoralistas ser o direito demauìqr,
dem, através do registro de direito autoral, exclusividade por sua própria natureza, um direito _de _jì§*¿c›na_lÍdade,
sobre um formulario de impressão para computador, constituigdo a obra extensãf<ÍeÍes¡jrit¿_gge _a__\_/gerte,
incluindogprograma de com-putação e posteriores modifi- ãigó integññte d_a pe§_soa do autor, gHpg5p|ji,o¿1to.r_§re-
caçöes e, 'no outro caso, obter exclusividade sobre uma sente*ém*TprojeJcão Tsua. Em cönseqüência, seriam tais
teoria ou técnica, 0 que foge, evidentemente, do campo diF'e'itcï/<:le_di'se<§flbiflidade_#l/imi_ta,_dga, admitindo atos de
dos direitos autorais. disposição, mãs"não para privar-se deles o titular, tratan-
do-se de bens inalienáveis. Por constituirem direitos essen-
Tal nao impede, entretanto, que sejam registrados traba- ciais, imp`óT-ee-ia aìïíficlüsão de serem limitadamente dis-
lhos cientificos de qualquer natureza, folhetos comerciais, poníveis, inalienáveis, inextinguiveis a não ser pela morte,
bulas de remé-dios, guias práticos, calendários, cartazes intransmissiveis, metapatrimoniais, irrenunciáveis e im- I
publicitarios, desenhos de qualquer natureza, etc., desde prescritíveis. B” A teoriafldvq di/r_ejt_c)ød¿a`jìersonafidade defen-
que possuam um minimo de originalidade, sem o que não de a idéia de que ódireitó d9__autqr__éj_e_i_to subjetivo I
se tratariam de obras de caráter criativo, não sendo, por- sobre_u_n1 valor _integren`te'da"j)_rópr¡a personalidade, é um
tanto, objeto da lei de direitos autorais e não podendo se direito à própria pessö¬a”,"t'e`ndo por Ííöjetomalgo da própria
servir do registro nela instituido. Com registro, ou sem personalidade do autor. Outros autores vêem na obra
registro, a proteção decorrentersefirestringe_ãjo¿ma d_e intelectual dois direitos distintos, de diferentes naturezas
expressão.” e" p_ressadáíjï)“r* meio/,da_`ol5ra, e irredutiveis entre si. Para outros, ainda, o direito patri-
send'6T:|e"dest'a¿car-se qüe"os`sistãas`ëiíídgramaçöes, os monial e o direito moral se combinam e se integram for- I'
planos ou os esquemas de escrituração comercial, de cál- mando um só direito.”
culos, de financiamento, de crédito, de sorteios, de espe-
culação ou de propaganda, bem como as concepçöes pura- 68, Otto Gierke, Deutsches Privatrecht, Munique, Lipsia, 1936: "O dl-
mente teóricas, não podem ser protegidos nem mesmo reito de autor é um direito de personalidade, cujo objeto constitui uma I
I
através da propriedade industrial [art. 9.°, letras "h" e obra do espírito, considerada como parte integrante da esfera da pró-
da Lei 5.772, de 1971). pria pessoa" (pág. 756). E
69. Cf. Walter Moraes. Direito de Autor lapostllai.
74
75
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL A LEI DE DIFIEITOS AUTORAIS

Os autores que defendem e¿p¿›sígãn@Iafl§ta entendem ser buída ao autor, quando disso resulte um prejuízo à sua
0 direito de autor um direito,a`L¿n¿bem imaterial, ísto é, h'óñra ou a sua reputação. Dele decorre, também, a facul-
*@<Íerigr_ao be/rme'š1†_A teoria do dade que possui o autor da obra de -proibir sua publicação,
direito da persìmalídade a ela se oporia por considerar ou de retírá-la do comércio, bem como o direito à inte-
que o bem jurídico não está fora, mas dentro do homem, gridade da obra. A disciplina do direito de paternidade
sendo, por sua natureza, fundamentalmente ínseparável adquire especial relevo quando se encara a hipótese de o
da pessoa. Tratar-se-íam de direitos diversos, ou de mo- criador da obra, a quem compete o direito de paternidade,
mentos diversos do direito de autor, levando-se em conta ser pessoa distinta do titular de direito sobre o bem ima-
a idéia básica de que toda criatura se deslíga do criador, terial, o que podeiocorrer no caso de cessão da obra.”
não podendo, após a exteriorízação, ser mais a obra consi- O díreitode personalidade do autor se manifesta, de modo
derada como parte da personalidade do autor.” absoluto, antes da publicação da obra, por meio de um I

aI tendo por objeto um bem direito de inédito, de decidir publicar ou não agobra, que I

ima eríal, subsiste o,_ irefigmojal tpiautor, conjunto de é o próprio fundamento do direito patrimonial sobre o
faculdades quexdecorreìt dos direitos ínerentes à sua bem imaterial, quando este, se _d4e_s_Iiga do,_aut¶',pel_rLp_u-
pessoa e constituem prolongamentos de seus direitos de blicagão. Após a publicação, o direito de personalidade,
personalidade. 7' düe éiñerente à pessoa do autor e não à obra, se refletírá
nesta à medida em que a obra contenha, em maior ou I
Importante aspecto do direito de personalidade do autor i menor grau, elementos da personalidade do autor, como
_ _Ly
»J é o direito de paternidade, que serve de fundamento ao o seu nome, a sua imagem, o seu estilo, etc. Nessa mesma
I X” H” próprio direito pa LÚÑreíto deïãternidadesëìïa- proporção, terão aplícação, mais ou menos intensa, o di- l
,_ nifestañtambëm em relãção ap inventor e, mesmo, em rela- reito de arrependímento, de modificar a obra e de asse-
\ 3.'
\ ção às descobertas cientificas, que não são objeto de um gurar sua íntegrídade. Geralmente, a um grau máximo de |
- ¿I direito exclusivo como o que têm os autores e inventores. reflexo da personalidade do autor-em sua obra, corres- I
D_o_díreí@,il_6;EêLâíDlCl,ê¬de__deconre ungjjrnite míbíli- I
ponde um grau minimo de disponíbilidade da obra, como
-¿.;4_4.†-¬f-
I

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__,,r«wf' “ ,Q
_ fiat dade de terceiros introduzírem modíficaçóese obraìtri- ocorre no caso dos direitos conexos de intérprete em que
sua própria imagem se acha gravada na obra. Na hipótese
70. Cf. Josef Köhler, Urheberrecht an Schríftwerken und Verlagsrecht,
Estugarda, 1907. No mesmo sentido, Greco e Vercelone: “O Direito contraria, em que pou_CQ,.Ql!__Dâ§lã_Ela _P§tS11r1aIidade-,d_o
_ -
,y/,)_
moral e o econômico têm naturezas diversas, comportam disciplinas H_U†0f Se flGha_§9Dtiì1i He.-Pfiaçšsfasccúesufasasv das in-
distintas, podem sujeitar-se a imposiçöes separadas, o que por outro veknçóešïfddetríaís, h_á_y_[r¿gfaïá›im9_tlg1ispoÍgibiluiade
lado não impede que os dois direitos se reúnam e se ínterpenetrem
entre si para terem na obra do engenho um centro comum de referén- *?¿fnL<;ÉÍíflï¡ifi¬,c›Eded¡¿i†9 de_9_ere0n,al.idasie. reiiresen-
cia, em torno de que gravitam, e do qual recebem ambos o cunho de tado pelo direitíque possui o ínventoréde sefmencionado
sua especialidade, como as duas partes de um sistema distinto de como tal na patente.
direitos subjetivos: o sistema dos direitos do autor" [I diritti su/le Esse dualismo foi reconhecido na Lei 5.988, que no art.
opere dell'¡ngegno. págs. 179/180].
71. Cf. Gama Cerqueira. O Direito de Autor como Direito de Proprie- 21 dispöe: “O autor é titular de direitos morais e patri-
dade: "O direito moral do autor, como já vimos e aqui acentuamos,
não se confunde com o seu direito patrimonial; e se alguns autores 1 72. Cf. Ascarelli, ob. cit., págs. 306/308, o qual acrescenta: “Esta pe-
os distinguem como faculdades diversas ou como aspectos diferentes culiar disciplina constituye, sin embargo, como se ha dicho, una regla-
de um mesmo direito ou se consideram o direito de autor como um mentación particular. frente a los actos de creación intelectual ly de
direito de dupla natureza, ¡sto resulta de sua unidade aparente, unidade creación intel-ectual que encaje en el tipo de creación intelectual frente
do "conceito" ou_ do "nome" que lhe emprestamos. Na realidade.
porém, os dois direitos a que aludímos são diversos e atuam em duas
ordens diferentes, entre as quais, sem dúvida, pode haver relaçöes,
mas relaçöes que se manifestam em planos diferentes, sem cooperação
essencial" (págs. 25/26].
l
a la que. después, esté previsto un derecho patrimonial), de aquel
genérico derecho de paternidad que corresponde a todo sujeito sobre
las acciones por él realizadas, en modo alguno alude a un distinto y
ìautôncïmo derecho de paternidad en relación a cada creación inte-
ectu-a ".
I
76 77
ll
II..
A LEI DE DIREITOS AUTORAIS
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL

moníais sobre a obra intelectual que produziu". O art. 25 atenda a exigências técnicas. reservando-se ao autor a
da leí relaciona os direitos morais do autor, que são: I - realização das modifícaçóes quando se refiram' ao ele-
o de reivindicar, a qualquer tempo, a paternidade da obra; mento artistico da obra. No caso de¬orodutos4'odustri_ais.
ll -- o de ter seu nome, pseudónimo ou sinal convencional igualmente,_ não há que sfejalar em__çli_Iei_tcL?Lintegri_d,ade
indicado ou anunciado como sendo o do autor, na utiliza- da_òb_|3f a qual dever_á_ âtiìlder Qr¡_mnrdialmente_.às.ex.í-
ção de sua obra; lll - o de conservá-la inédita; IV - o de gências técìieas e El_e mercado,Q§_alv`tì~seì o elemen_to__est_é_-
assegurar-Ihe a integridade, opondo-se a quaisquer modi- ticioifor pr<{i_›f6ndera_nte._¿¡-¿I A 7'
ficaçöes ou ã prática de atos que, de qualquer forma, pos- No caso das obras puramente artisticas. o direito de inte-
sam prejudícá-la, ou atingi-Io, como autor, em sua repu- gridade da obra se mantém mesmo no caso de o autor
tação ou honra; V - o de modifícá-la, antes ou depois de ter cedido os direitos patrimoniais, podendo ele suspen-
utilizada, e VI - o de retírá-la de circulação, ou de Ihe der a exploração ou intervir no caso de a obra ter sido des-
suspender qualquer forma de utilização já autorizada. O fígurada ou modificada, mesmo na hipótese em que o dí-
§ 3.° do art. '25 ressalva as indenizaçöes a terceiros, quando reito tenha sido cedido sem qualquer reserva."
couberem, nos casos dos incisos V e VI.
Os direitos morais previstos nos incisos l a lll corres-
pondem, diretamente, ao direito de paternidade e são co-
muns às invençöes. Efetívamente, o artigo 4 Ter da Con-
venção de Paris, na revisão de Estocolmo de 1967, prevê
ter o inventor o direito de ser mencionado como tal na
patente, dispositivo esse que se reflete na Lei brasileira
5.772, cujo art. 21, § 2.°, estabelece que da patente de-
verão constar o nome, nacionalidade, profissão e domi-
cilio do inventor. O direito ao inédito encontra, no campo
da propriedade industrial, proteção relativa, através ,das
normas que protegem o segredo industrial e tipificam
como crime sua violação, a qual enseja indenização (art.
178, XI, e parágrafo único do-Decreto-leí 7.903, de 1945].
Os direitos previstos nos ns. IV a VI do art. 25 não encon-
tram paralelo no campo da propriedade industrial, pelas
razöes acima expostas, visto não ser possivel, nesta área,
ocorrer prejuízo à personalidade do autor.”
Já no campo da arquitetura, que tem por objeto uma obra
ao mesmo tempo artistica e técnica, entende-se que a
obra possa ser modificada somente quando a modificação _%-2.- í-~74.'“

74. Em decisão datada de 27.11.1931, que tinha por objetoa modifi-


73. “Las razones morales que pued-en autorizar al autor a retirar la cação não autorizada de um cartaz publicitario, »o Tribunal de Paris
obra de la circulación [con la obligación de resarcir los daños] me assim decídiu: "Considérant que Cassandre, en cédant à la Société
parece que deben-ser -entendidas no tanto en estrecha relación con la H..., sa maquette du bucheron n'a pas aliéné son droit moral à la
reputación en sentido objetivo ia la que en cambio se refiere el art. défense de son oeuvre; que se droit est inaliénableç que I'auteur d'un
20) del autor como. más genéricamente, con la tutela de la persona- dessin, malgré une cessíon de la propriété d'usage de son oeuvre.
lidad del autor, personalidad que se expresa en la obra del ingenio peut interdire au cessionnaire de faire des modifications susceptibles
y que el autor debe poder conseguir que aparezca en sus propias d'altérer le caractère de sa créatíon artistique dont il a conservé la
obras como él actualmente la siente [tal vez como consecuencia de surveíllance et le contrôle à sa guise, d'un domaine éminent".
propios cambíos]". Ascarelli, ob. cit., pág. 682.

78 79
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COMPARAQÁO ENTRE A PROPRIEDADE



INDUSTRIAL E OS DIREITOS AUTORAIS
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4,,_
1. Novidade e originalidade - - .
`l

l Enquanto as obras protegidas pelo direito del autor têm,


como único requisito, a originalidade, as criaçöes no cam-
I po da propriedade industrial, tais como as invençöes, mo-
\
delos de utilidade, desenhos e modelos industriais, depen-
dem do requisito de novidade, objetivamente considerado.
A originalidade deve ser entendida em sentido subjetivo,
em relação à esfera pessoal do autor. Já objetivamente
I
› nova é a criação ainda desconhecida como .situação de
i fato. Assim, em sentido subjetivo, a novidade representa
um novo conhecimento para o próprio sujeito, enquanto,
em-sentido objetivo, representa um novo conhecimento
l para toda a coletividade. Objetivamente novo é aquilo que
x ainda não existia; subjetivamente novo é_g1uiIo que era
. ignorado pelo autor no 6¶ícriativïñ"†* l
'i No campo das criaçöes técnicas não é raro acontecer que
l
l
I
I
duas ou mais pessoas cheguem, uma independentemen-
te da outra, à mesma solução, em conseqüência de se
acharem em facedo estado atual da técnica. Tal coinci-
dência é extremamente rara no campo da criação artística.
I
visto que o autor trabalha com elementos da sua própria
I
imaginação. _ ' r
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1-7

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL PROPRIEDADE INDUSTRIAL E DIREITOS AUTORAIS

Nas criaçöes técnicasewa E ÉSlaÉÉle_°9 fl_l1$_devam ser urna determinada_formaZ_a uijn determinado produto in-
elas novas do ponfó`ì'Te vista objetivo, cìlocando o 'inte- dus't`ria_`l."i
Fee_šš_dã`§:TJTë'ív_idedïfàeiiï1ïdóTi'riTefesse pee`š›aTl`do7euÍ:iT". gt
¿considerando como suficiente a novidadeïibjetiva para › 'c\&" Assim sendo, quando um modelo ou desenho possuam so-
a tutela do direito de autor. o que, neste caso. não cria C
MP" Løaf
¿- mente origínalidade relativa, isto é, sua originalidade con-
obstáculpsfio prog,r_e¿sso da coletivigde. ,K ¿,
sista unicamente nanovídade de aplicacão, nao podem
No caso dos modelos e desenhos industriais, não se pode Q' obeles merecer a protecãôïa lei de direitos autorais, es-
P`,\"\

falar de obstáculo ao desenvolvimento técnico, face à /¬ /


/t\.›
, `_-¬\./
tando sujeita sua tutela ao requisito de novidade do Códi-
imensa variedade de formas possíveis (lembre-se que a go da Propriedade Industrial [art. 6.°). Divulgados por
proteção a tais criaçöes não abrange a forma necessária qualquer forma antes do pedido de patente, considerar-
do produto). No entanto, a lei brasileira exige para a con- -se-ão de dominio público, podendo ser lívremente explo-
cessão de uma patente de modelo ou desenho industrial rados por quem quer que seja.
a mesma novidade objetiva que é requisito para a con- Já quando a forma possuir suficiente originalidade para
cessão das patentes de invenção e de modelo de utilidade. merecer a proteção dos direitos autorais, essa proteção
Essa exigencia é atenuada, entretanto, no caso dos mode- índepende de qualquer registro, decorre do próprio ato de
los e desenhos. O art. 12 do Código da Propriedade Indus- criação. Como já vimos anteriormente, no caso dos mo-
trial estabelece que “para os efeitos deste Código, con- delos e desenhos aplicados à indústria, tal forma deverá
sidera-se ainda modelo ou desenho industrial aquele que, ser dotada de valor artistico, isto é, deverá possuir caráter
mesmo composto de elementos .conhecidos, realize com- expressívo, para que possa ser considerada obra intelec-
binaçöes originais, dando aos respectivos objetos aspecto tual protegida.
. . <'> geral com caracteristicas próprias". Pode-se falar, assim,
em uma novidade relagiva, consístindo não na forma abs-
Nos termos do art. 6.° do Código da Propriedade Indus-
trial, a novidade da invenção deve ser considerada em
K/ C`l%<\J
i ¿J tratamente íóñšídefadafmas naxeformaxefefiiíanïeritedtlili- relação ao estado da técnica." Já a lei de direitos auto-
zaãa como modelef75 1%; A TL¬"“"T"` rais subentende o requisito de originalidade no caput do
Código da Propriedade Industrial exige não art. 6.°, ao se referir às obras intelectuais como criaçöes
só a novidade objetiva como a originalidade, já que ga- do espírito de qualquer modo exteriorizadas. Ao referir-se,
rante o direito de obter patente ao autor de invenção, de no inciso XI do art. 6.°, à possibilidade de poderem ser
modelo de, utilidade, de modelo industrial e de desenho as obras de arte aplicada díssocíadas do caráter industrial
industrial [art. 5.°), somente podendo ser re-querido o privi- do objeto a que estiverem sobrepostas, a lei dá a enten-
légio pelo próprio autor ou seus herdeiros, sucessores ou der que essa categoria de criaçöes só poderá ser prote-
eventuais cessionários [§ 2.° do art. 5.°]. Dessa maneira, gida pelos direitos autorais quando consistir em formas
|` ¿›~
.fl a origínalidade_é condigãg tanto pa_ra a prqtegãpkdasgin-_ que resístam a talhdjëociaçião sem perder seu valor artis-
vençöes, quã'iiTo¬clas_ obras` artisticãršfpšdendo-sed dizer tíçg, ¡sto É se após ašìratãmente separada a forma do
\ Áfà que nas obras de arte a originalidade se Éferel à forma produto, se possa constatar ter a mesma caráter expressivo.
fb f considerada em si mesma, enquanto que para os modelgs
L) M.,
Nessa ordem de idéias, pode-se dizer que coincidem os
.›¬
I ii fi J' i=¿i_e_senl1c_is;in_d_u¿n~iais a forma em si pode fiãíser oigi- conceitos de originalidade, caráter expressívo e valor
ti ginal,-Jsëës. que Ošía iS1=ia`¿fi¢_a<;ão†ršibiéÍa¬f¶sina- artistico.
V)V› l"_Élêìe¿?s3†e`<=f2'¶,¶>j1š'I_šEl§›\_f!a ëïütãv original de
76. Cf. Franco Benussi, ob. cit., pág. 171.
75. Bonasí-Benucci entende que a novidade da a lica ãiLindustrial 77. O estado da técnica é constituido por tudo que foi tornado aces-
constitui elemento suficiente para a' proteção de um mo elo ou díenlfi sivel ao público, seja por uma descrição escrita ou oral, seja por uso
industrial [Tutela Della Forma Nel Diritto Industriale, pág. 289]. ou qualquer outro meio, inclusive conteúdo de patentes no Brasil e
no estrangeiro. antes do depósito do pedido de patente (§ 2.° do art. 6.°).
82
83
, ¡__ 7

'I DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL PROPRIEDADE INDUSTRIAL E DIREITOS AUTORAIS

2. Duração e âmbito da proteção Bem diferente o sistema de direitos autorais. que não su-
bordina a proteção à obra intelectual a qualquer formali-
Conforme a criação esteja sujeita ao regime dos direitos dade decorrendo o direito da própria criação. não estando
de autor, ou da propriedade industrial, a exclusividade sujeito a anuidades ou uso efetivo. Via_ de regrfl._PG_i'd_U'
outorgada ao autor variará no espaço e no tempo. ram por toda a vida do autor, transmitindo-se vitalicia-
A proteção conferida por meio das patentes é bem mais mente aos herdeiros enumerados na lei, ou mantendo-Se
reduzida do que a que decorre da lei de direitos autorais, por sessenta anos subseqüentes ao falecimentoodo autor.
alem do que a leí estabelece uma série de requisitos para no caso dos demais sucessores [art. 42. §§ 1- G' 2- da
a concessão e manutenção das patentes, requisitos esses Lei 5.988). No caso de obr lícada. a duraGã0¢í¡¿r-Íj(§ _
inexistentes em relação ao direito de autor. da proteção é de sessenta anos a contar de 1. de janeiro IC;
do ano subseqüente ao da conclusao da obra, prazo esse ¬' 'fl _`-*
O primeiro requisito para a obtenção de uma patente [ao que se aplica também às obras cinemato rfiicasëfgoo-
lado da originalidade, que é comum a ambas as categorias) gráficas e fotogtáitcas [art. 45]. ESSH PFQÍBGHO. POI' ffiffåa
e._a noyídade. Assim, se o próprio autor divulgou sua cría- dee convençöes internacionais, se estende aos demais
çao antes de solicitar a patente, não tem mais direito ex- paises participantes, independentemente de formalidades.
clusivo à mesma. Isso é válido para qualquer categoria de
patente, de invenção, de modelo de utilidade ou industrial Como se vê, o enquadramento da criação do desenhista
e de desenho industrial. Mesmo que tal divulgação tenha industrial em uma ou outra categoría representará alter-
ocorrido por culpa de terceiro, sem autorização do autor, nativa de fundamental ímportãncia, podendo o enquadra-
a novidade estará prejudicada e, conseqüentemente, o dí- mento de sua criação como propriedade industrial _signi-
reíto de obter patente. ficar a perda de qualquer direito, face a divulgaçao de
sua criação antes do pedido de patente, caso em que qual-
Para a obtençao da patente, o requerente deverá preen- quer industrial poderá explorar o_modelo ou desenho se_m
cher uma série de formalidades estipuladas no Código da necessítar de qualquer autoriz_açao do autor, o qual nao
Propriedadelndustrial, sujeitar-se a prazos rígidos e ao fará juz a qualquer remuneraçao.
pagamento de taxas, sob pena de ver arquivado seu pedido
de patente, caíndo em dominio público a invenção, o mo- Ora se tal situação é admíssível no caso de obras me-
delo ou o desenho. nores, de simples aplicação de formas conhecidas a pro-
dutos índustríais, não é justo seja oautor de obra original
Obtida a patente, sua manutenção está sujeita ao reco- despojado totalmente de seu direito em beneficio do in-
lhimento de taxas anuais e à efetiva exploração do privi- dustrial que aufere lucros pela utilizaçao de sua iâriaçalo.
Iégío, sob pena de caducidade. A duração do privilegio é unicamente porque deixou o autor de cuniprir as orma i-
limitada a quinze anos para as invençöes e dez anos para dadss estabelecidas pelo Código da Propriedade Industrial.
as demais categorias, contados da data do depósito do Nem se diga que o direito do autor deve ceder. 00 CHS0.
pedido de patente [art. 24 do CPI). Durante o periodo com- l aos interesses da coletividade, o que só se justifica quando
preendido entre a data do depósito e a da efetiva expe- I se tratar de criaçöes no campo da tecnica. mas “HO em
dição da patente, periodo esse que corresponde a vários
of šï senão anos, nada pode fazer o autor para coibír as contrafaçöes,
reclamar indenízação após a obtenção do titulo
I
relação a formas arbitrarias, que nao Iimitam o desenvol-
vimento industrial.

(art. 23 do CPI). A proteção coiierida pela patentefsq-


3. Criaçöes dos empregados
f9e!1ï<ìaLcan.<.=_a,9_S¿imüe§_pI9_E§ffld0 que a Gvflcëidleu-'çaiafifl
automaticamente em dominio*púBlieq;seLi_;obje_te nosf de; Igualmente no que se_refere àƒcriação subordinada _ão
mais¿pa¿e_s_em que _i1_e1o,tei_1ha\›s_i_do,obtida,__em,virtude contrato de trabalho, diferente e o tratamento _con eri o
dÍL®f_Liig.acä<› «LeaL<ii›JJasat<±=1f¢.0fiaina'- pelas leis de direito de autor e de propriedade IHÓUSÍFIHI-
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"I oineito DE Auron No DESENHO iNous†niAi. PROPRIEDADE INDUSTRIAL E DIREITOS AUTORAIS

O art. 36 da Lei 5.988 estipulalque, salvo convenção em Como já foi acentuado, no campo da Pf0Pl'¡?dade ¡"d“S`
ontrário os direitos de autor sobre a obra intelectual trial somente o direito moral de paternidade e assegurado
produzida em cumprimento a dever funcional ou a con- pela lei. Caso, porém, ao desenho ou modelo sejalatri-
trato de trabalho ou de prestação de serviços, pertence- buido valor artistico, terá direito o autor de FBPUCIIHY 3
rão a ambas as artes. Já no campo da propriedade indus- paternidade da concepção da obramodificada sem o seu
i xclusívamente ao çempregador os in- consentímento, por aplicação analogica _do art. 27 da Lei
Ventos'e aperfeiçoamentos realizados durante a vigência 5.988, que regula tal sítuação em relaçao ao trabalho do
de contrato em que a atividade inventiva do assalariado
ou do prestador de serviços seja prevista ou decorra da
própria natureza da atividade contratada, limitando-se a
remuneração do autor ao salário ajustado, e alcançando
arquiteto, não sendo lícito ao industrial, a partir de ent-90
e em proveito próprio, dá-la como_concebida pelo autor
do desenho ou modelo industrial. Evidentemente, caso nao
í
tenha havido transmissão do direito _patrimonial, poderá
tal dispositivo os inventos e aperfeiçoamentos cujas pa- o autor cancelar a licença de exploraçao face a introduçao
tentes sejam requeridas pelo empregado até um ano de- pelo licenciado de modificaçóes não autorizadas.
pois da extínção do contrato [art. 40 e parágrafos do CPI).
Mesmo quando a atividade inventiva do assalariado não
esteja prevista no contrato de trabalho, nem decorra da
natureza da sua atividade, a pat-ente pertencerá, e_m/cg
-pìrgigdade, aïaregado e_e_mp_regad,or, quando o invento 1
do empregado tiver recebido _a contribuição do empre-
gador através de recursos, dados, meios, materiais, ins-
talaçöes ou equípamentos [art. 42 do CPI). O Código da
Propriedade Industrial não faz menção expressa aos mo-
delos e desenhos, devendo-se aplicar, por analogía, os dis-
positivos supramencionados, concernentes às invençöes.
_l No caso de a invenção do empregado pertencer ao empre-
gador por força do contrato de trabalho, nem por isso se
transmite o direito de paternidade da invenção [direito
¿1- moral do inventor), determinando a lei que o nome do
inventor conste do pedido e da patente [§ 4.° do art. 40).
Tal ímposíção do Código da Propriedade Industrial se apli-
ca inclusive a criação realizada por uma equipe, devendo
todos aqueles que elaboraram trabalho de tipo criativo
serem mencionados na patente. Já na especie, a Leí 5.988
parece suprimir o direito moral dos autores de obra artís-
tica, ao estabelecer no art. 15 que, “quando se tratar de
obra, realizada por diferentes pessoas, mas organizada por
empresa singular ou coletiva e em seu nome utilizada, a
esta caberá sua autoría"."B ._ `
I
78. Esse dispositivo corresponde ao art. 13 da lei francesa de 1957
que estabelece: “A obra coletiva é, salvo prova em contrário, proprie-
dade da pessoa fisica ou moral sob o nome da qual ela é divulgada: i
lí I
esta pessoa é investida dos direitos de autor".

86 87

V.
"1-
Fi

VI
OBJETOS 'MULTIPLICADOS
E CRIAQÓES ÚTEIS e i 4

1 ,A revolução. industrial e.a produção massificada


~ .-
A civilizaçao moderna se caracteriza pela produçao indus
i »trial em massa, decorrente da criação de máquinas cada
i vez mais aperfeiçoadas. que permitem a multiplicação dos
i produtos para atender à demanda de uma número cada vez
maior de pessoas.
Foi a consciência das possibilidades ainda incipientes da
utilização dafmáquina. que produzìu as primeiras leis de
proteção aos inventores. Tal foi feito para o fim de esti-
mular a criatividade humana em beneficio da indústria. o
que é fácil de reconhecer pelo fato de que as eleis desti-
nadas a proteger as invençöes ño campo da técnica se
Iimitam, na verdade, a proteger tão-somente aquelas que
possuam aplicação industrial. Se a patente de invenção
fosse conferida em reconhecimento a um direito geral dos
criadores no campo da técnica, deveria ser concedida in-
clusive para os novos produtos e processos úteis em si,
mesmo que não pudessem ser utilizados industrialmente.
Em contraposição a essa ordem de idéias, deve-se reco-
nhecer que a proteção aos autores no campo da arte
surgiu e se acentuou exatamente em face da possibilidade
de reprodução das suas obras. É inegável que fa proteção
1

89
i

I _
*~ï ~
1.-

DIREITO DE AUTOH NO DESENHO INDUSTRIAL


OBJETOS MULTIPLICADOS E CRIACÓES ÚTEIS
às obras literárias somente passou a ser objeto da preo- Não há, entretanto, qualquer contraposição entre os di-
cupaçäo dos legisladores após a invenção da imprensa. reitos de propriedade industrial e os direitos de autor vis-
Assim sendo, tanto _as leis de direitos autgrais¿quanto_a_s tos pelo angulo da produção massificada. Ambos são frutos
de progiedade industrial são frutos da reíólugão fingie- desse mesmo fenômeno, não possuindo qualquer sentido
jflal. As primeiras, entretanto, embora inicialmente se des- a idéia de que a arte se opöe, como conceito, à multipli-
tinassem aos editores, visam diretamente à tutela do cação industrial, visto que essa mesma possibilidade de
autor, enquanto as leis de propriedade industrial procuram, multiplicação massificada é que deu origem à proteção
nitldamente, abarcar o fenômeno da industrialização, mes- do autor.
mo que, indiretamente, não deixem de amparar o autor de Não é, pois, o critério de quantificação que pode gerar
criaçöes industriais. qualquer linha divisória entre o direito de autor e 0 direito
Ensina Ascarelli que a produção industrial em massa que de propriedade industrial, já que as obras protegidas por
caracteriza a civilização atual nãotem precedentes histó- ambos os ramos do direito se destinam, na sociedade
ricos, trazendo novas questöes ao direito moderno que atual, a serem multiplicadas, divulgadas e até consumidas
não se adaptam às categorias jurídicas anteriormente ela- pelo maior número possível de pessoas. Tal linha demgr-pjpíb
boradas, seja pelo direito romano, pela common law ou catória deve ser tracada p_glgiato_r__util_iclade_ icampo_da5¿\~
É
t§ç_r1jca_J, de modí que as criaçöes que _r_ej:j"ëšen_tam_.f1J_l_L|_-
pelas codificaçöes napoleônica e pandectista, todas ante-
riores à produção industrial em massa, estas últimas rela-
tivas a uma sociedade artesanal e mercantil, mais que
çöes de caráter técnico ou confeïërìfmaior conforto ou
uìiliìlade aos utensilios señkëiïcontram fora do camífgla
P i0r, recebenìlo apenas a tutela
el
industrial, que ignorava a eletricidade, os automóveis, as mais restrita do Código da Propriedade Industrial, a fim
máquinas de escrever, podendo-se acrescentar os compu- de não embaraçar o desenvolvimento técnico da sociedade.
tadores, o video tape, a transmissão por satélites, etc. O
desenvolvimento da indústria produziu uma profunda trans- A lei de prQp_§çied_ad_;-1 i_ndus:l1ial, entretanto, a par de obje-
formação na estrutura econômica e social, nos costumes tivar as criaçöes no campo da técnica, tem como principal
e nos valores, trazendo para a doutrina jurídica a neces- protagonista, como já acentuamos acima, a figura do in-
sidade “de elaborar um arsenal conceitual apto para a' dustrial e, assim, além da proteção às inyençöes e mode-
valoracão normativa dos problemas criados pela produção los _cle utilidade, p_r e§Lä›,<g títulos semelhantes -D 1-

industrial em massa". 79 [patentes] rel_ativç›_§§às criaç_ö_e§_,d,eLfo_rma desvinculadas


da_ut_i_lidad§.d9S_ produtos. Assim fazendo, c -
res de modelos e desenhosjndustriais e, via de regra,
79. Cf. Ascarelli, ob. cit., págs. 16/17: “Esta tarea afecta naturalmente ao industrial, titular a título derivado dertais criaçöes, L@
a todo el derecho, incluso en sus sectores más tradicionales, ya que
todos los problemas se presentan diversos en el paso de una econo- instrumento simp,|§§¿_Bfl§_ã_Zèpara garantir sua,exc¬lusi-
mía agrícola y meramente comercial a una economía industrializada. vidad3_pe_!;äÍ_f›†f;_e,roeiros. Alem disso, tal título é confe-
Frente a esta tarea el jurista es llamado a una más atenta considera- rido sem necessidade de se indagar sobre o valor de tais
ción de la realidad y a una conciencia crítica de los propios Instru- criaçöes, que poderão ser patenteadas caso preencham
mentos, precisamente porque la complejidad de una economía industrial apenas o requisito de novidade e mesmo que essa novi-
hace cada vez más dificil poder confiarse a la inmediata intuición de
las situaciones sociales, que puede ser suficiente en el caso de estruc- dade resida unicamente na sua aplicação a determinados
turas sociales más simples. La frecuente referencia a conceptos econó- produtos industriais. _
micos o a consideraciones de sustancia y no de forma, facilmente
A questão da proteção aos modelos e desenhos surgju
9@ /\
criticables ya que el derecho sólo puede actuar utilizando conceptos
jurídicos. esconde en realidad la exigerktia de una elaboración de inicialmente na França, ainìla na fase das corporaçöes de
conceptos jurídicos diversos de los recibidos del derecho tradicional y ofício l os artistas se agruparam na Aca-
más adecuados a la disciplina jurídica de una vida que se ha venido
transformando profundamente". , sí/ demia Real e os artesãos na de São Lucas, tendo se refle-
tido essa separação na Decìla_raçã¿d_e_¿/e§¶l1_es__[l'74'7'Z],
so ` 91

,
l
It
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL OBJETOS MULTIPLICADOS E CRIAQÓES ÚTEIS

a qual submetia ao Hegulamento das corporaçöes apenas 2. A arquitetura /V,/~


as obras de arte_ utiliza_das conl fins çQ_nl<-1|'\c:iajs_ Com o
šíüimëntof da lei fïaïfcesa de 1793, a qual estabelecia que Já no caso da arquiteturai considerada como obra plástica.
“os autores de escritos de toda classe, os compositores a multiplicaçãåfteñøffaráter eventual. Embora considerada
de música, os pintores e os desenhistas, que gravem qua- arte tradicionalmente, é, não o«bstante, I
dros e desenhos, gozarão durante toda a sua vida do di- WliïfiíÍ par de seu caráter artistico, o tra-
reito exclusivo de vender e de distribuir suas obras no balho do arquiteto deve, necessariamente, tomar em con-
território da República, e de ceder a propriedade das mes- sideração a comodidade e utilidade, não deixando de cons-
mas, total ou parcialmente", passou a mesma a ser apli- tituir uma criação no campo da técnica. A grande quanti- \--\\
cada tanto às obras de arte qu os indus- dade de pedidos de patentes de casas moduladas oujréf
triais. Os indus"tTieñ`š,¬e`ñtï€ca`ñto, não se sentiram devi- -fabricadas existente atualmente ñã WJer dúvi-
dañiënte amparados pela lei de 1793, tendo Napoleão, is criaçöes poderem consistir em invençöes e
atendendo aos fabricantes de Lyon, editado o Decreto de modelos industriais. Ajpossibilidade de riultiplicação d,e.s-J”
18 de março de 1806, que instituía um depósito de dese- ses produtos_in__iu§triais c_oTocou o_ Códjgg _da,Propriedade
nhos industriais, para o fim de proteger os fabricantes, Iñdíštriál ao alcance do arquiteto.
assegurar a ordem nas manufaturas e a lealdade nas rela-
çöes comerciais.” ' Aliás,.desde pelo menos o surgimento da Bauhaus, o ar-ió,ti,\ ti ¿U5
quiteto passou a ser considerado desenlšalndustrial por
Dessa breve noticia histórica se podem retirar duas idéias: excelencia. Segundo Gropius (“Bauñaus'Í- NoVã"Äï-qui-
a primeira é no sentido de que a distinção que faziam as tetura"], a Bauhaus foi uma escola de arte que deixou de
corporaçöes de oficios entre obras de arte utilizadas com lado a tradição de séculos, inovou a arquitetura e foi rë-
fins comerciais ou não, não mais pode subsistir em uma ponsável pelo surgimento do design. Na visão de Walter
sociedade em que a indústria da arte e o comércio de Gropius, "o arqui'tëñEé Ñugar um coordenador,
arte se acham quase em pé de igualdade com os dos de- um homem de visão e competência ,profissional, com a ta- Í
mais produtos e tendem até a alcançar uma posição de refa de solucionar harmonicamente os vários problemas
lll

primazia face ao desenvolvimento das comunicaçöes e ao socials, técnicos, económicos e artísticos que surgem em
vn surgimento da "indústria do lazer"; a outra, no sentido de conexão com a construção. 0 arquiteto deve conhecer a
que Q re istro ou de_p_o'§ito_c_om expedição de um título influência da industrialização, bem como pesquisar e ex-
Bjš. é consiElerado_ mais ap§c¿priadÍ)ïfiã¿s_“ necessidades do em- plorar as novas relaçöes ditadas pelo desenvolvimento
«GQ Éììflg-E ' E' E” W A E El E* social e cientifico". Isso confirma que o trabalho do arqui-
Cumpre insistir, todavia, que jamais a possibilidade de teto engloba arte e. técnica, podendo se aplicar, ainda con-
multiplicação de uma determinada forma pode ser consi- forme Gropius, tanto à execução de umacadeira, uma
derada como argumento capaz de eliminara eventual pro- construção, ou uma cidade inteira,82 buscando o arquiteto
teção autoral a tal forma.” “uma expressão original construtiva para as necessidades
Ä, I
80. O Decreto criou um Conselho de Prud'hommes, de nove membros, intelectuais e materiais da vida huma-na". A solução or_i- {Ll›f\ si “
para a conservação da propriedade dos desenhos. estabelecendo um ginal para__a_tender ai necessidade -materiaÉ;fi m .H 1`\
,4/
depósito, a inscrição em registro especial e a expedição de um cer- cí›Wt=:s'|:ñfñEleHafijetotlïipropriedãìleïñdüstriahja a ex-
tificado. pressão original que atend?ã`s†necesšidaÍ:lš¶1teIectuais
81. Exemplo da absurda aplicação de tal maneira de pensar pode ser
dado por uma decisão de 1889, da Corte de Apelação francesa, que
negou proteção autoral à representação de uma corrida de touros, exe- 82. "O projeto de um grande edificio e o de uma simples cadeira
cutada por encargo de um fabricante de tapetes, não obstante seu diferenciam-se apenas na proporção, não no principio".
valor artistico, somente porque se destinava a uma exploraçãoindus- 83. “O arquiteto irá da observação ã descoberta, da descoberta à
trial (of. Pascual Di Guglielmo, La Invención Patentable, Buenos Aires. invenção e, finalmente, à configuração intuitiva de nosso mundo am-
1968, pág. 79]. biente". `
92 i *› 93
i
i
OBJETOS MULTIPLICADOS E GR|AçöEs úTE|s ly
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL '
prevendo a sua reprodução em grande escala, através de l
do homem corresponde, por sua vez, as obras intelectuais ^ '
processos mecanicos " V asare I , um dos ,_¿___
ou nao. rimeiros
_
protegidas pelo direito de autor. I a adotar o múltiplo, assim defendía a obra de arte multi-
Em conclusão, a conce ão ar ' t_i_c¿a`da qb[a,__arqU¡tBtô,fliCfl pli¿;a__
da: “ITÑ6 í:l'ã"única obra de arte desaparecera. Cs
e tutelada pelo direito d aut , mas nao eventuais solu- I artistas não po-dem desconhecer as vantagens que a tec-
çÍÉš rquiteto. Estas, se tiverem nica nos oferece. Devemos ser coerentes com a nossa
caráter industrial, ou seja, se consistirem em processo ou l época". O_ múltíplo se generalizou através /de processos ,I
produto que possa ser repetido in_du_s`tri_al_@1te, jpodgão mecânicošììë reprodÍ1T;ão,¬`quer de serigrãfias em papel. l
ser objëtö *dais patentes previstas no CódigoÃa1__Pr@5ie- `t"€rñdo"é`6ufr`5s”r_nãã-ïaiiš, quer de objetos executadostem |
dãcTsÍWlüštriÉl†Íïaso
ìfiv-, ccnrtrâ-ioãfašisoluçöes técnicas ori-t plástico fundido ou colado, aluminio, aço inoxidável, bron-
ginais que se tornem conhecidas pela divulgação do pro- ze, madeira, assim por diante. Não havia limites quanto l
jeto arquitetônico não serão objeto de qualquer exclusivi- ao material a ser empregado. A intenção primordial é que I
dade, pertencendo ao dominio público. c¿_preço da criação fosse¿Ijluido na tiragem. Conforme a Á
concepção do projeto, ã numeração e a ”ãs`sii1atura passa-
3. Obras artisticas multiplicadas ram a ser feitas inclusive mecanicamente".°4
Evidentemetne, o caráter industrial da criação _não_ pode
Tanto o critério de multiplicação não desqualifica as obras servir de elemento diferenciador entre as criaçoes indus-
artisticas, que as mais conhecidas e que encontram mais triais e as artisticas, nem a industrialização pode desna-
severa proteção na lei de direitos autorais, são aquelas turar o caráter artistico de uma obra.”
que se destinam à produção em massa por sua própria
natureza, como ,os livros, discos e filmes, objetos, respec-
tivamente, das indústrias editorial, fonográfica e cine-
matográfica.
Nada justifica, por outro lado, que o critério quantitativo
se aplique somente às artes plásticas, visto que também
os trabalhos de desenho e pintura são hoje objeto da in-
dústria gráfica, que produz reproduçöes e posters, aos I
quais ninguém pretende que se deva aplicar o Código da I
Propriedade Industrial.
Mesmo a escultura, que era dada no passado como exem-
plo de obra de arte única, atualmente, por força das neces-
sidades de divulgação da cultura se da diminuição de seu
custo, tornando-se menos elitista e acessível as diversas J.
camadas da população, é objeto de uma forma de arte
atual, que consiste nos cham,adgs"imúltiplgs". Embora o ,__`
múltiplo seja tirado em quantidade cërtaie seus diversos \
"originais" sejam geralmente assinados, tais artificios são 84. «Cf. Edla Van Steen, Obra de Arte em Série, in "Revista Interameri- 1-

feitos simplesmente com a finalidade de, apesar da re- can-a de Direito Intelectual". São Paulo. 1978. vol. l. n. 1, págs. 73/74.
dução do custo, manter um certo preço no mercado de arte. B5. “Q múltipllgmpjgyaque 0 que car_a_;>t¿ri;a_a, obra de _arte,é,,a
gualidadeì'ã__gijagão e não a quañidade em que é reproduzida. A larga
Segundo consta, a_|:¿alavra_múlt^i¡¿l_o_t9,`L_adotada em/195@ edïãofibs livros jamais afetou a qualidade dos originais como o
por Denise Ren§,øDiretora de uma das maistiïnïpórtantes número de concertos, jamais afetou 'qualquer partitura musical, ou o
galerias de Paris, para descrever as ediçöes de seus ar- número de copias de discos jamais afetou as excelências da sua cria- †
ção". Edla Van Steen, ob. e loc. cits.
tistas contrataìlbs. O múltiplo é criado pelo artista já I

94
95
il
H †

I
VII I '
DELIMITAQÄO DA PROTEQÃO
i
l

1. Critérios delimitadores
O fato de que a possibilidade de reproduçao em número
ilimitado de exemplares não possa servir de impedimento
para que a lei -de direitos autorais seja aplicada às cria-
çöes de forma, não significa que toda e qualquer forma
nova possa ser objeto de proteção_autoral. i *
A aplicação indiscriminada da lei de direitos de autor pode
levar ao abuso de considerar qualquer forma como obra
de arte, como já foi salientado em artigo não assinado sob
o título "O ICM ei as Obras de Arte", publicado no Diário
de São Paulo de 8 de fevereiro de 1974. Referido artigo
comentava a promulgação, pelo Governo do Estado de São
Paulo, do Decreto 3.094, de 26.12.73, que determinou a
=ìI¡- w
redução do imposto de circulação de mercadoriasde 15%
para 1,5% para os antiquários e galerias de arte que ven-
dessem obras de arte dentro do territorio do Estado. Cha- l
mava a atenção o articulista para o fato de que tal decreto-
-lei não especificava quais obras de arte poderiam ser I
objeto do favor fiscal: “Como distinguir, entre produçöes,
as mediocres e as originais, entre invençöes e imitaçöes,
entre obras autógrafas e cópias, no hoje ¡menso campo
das atividades artisticas?"B6 Concluia sugerindo que a
86. “O superamento do conceito "arte" neste ,século degenerou com-
pletamente os significados correntes, não só pela evolução das manei-
ras mas também pela divulgação e aceitação de critérios, em parte
Ii
espontáneos e em parte artificiais, que liquidaram os modos de enten-
l
97

Qgdfïïïïïïïj : ' : :::¿'- _ 7 Í Í Í Í Í Í 'Í Í Í


DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
DELIMITACÃO DA PROTECÄO

expressão “obra de arte" se àPl_¡CaSSe -'='=1Pen{=\S ar 0bJB'f0S


de antiquai-¡ato e objetos produzidos por artistas, quando já se destacou, o maior ou menor valor artisticcli ìclfãeulçfjlíã
Vend¡d0S por galerias e casas de leilöes regularmente obra não impede seja a mesma P1_i0t99'da fpe a eeceSsá_
registradas nas Juntas Comerciais e repartiçöes públicas reitos autorais, exceto quando imPl}qU_e em Ofma n ue 0
e regularmente inscritas nas associaçöes ou sindicatos ria para obter-se um resultado tecnico, ca_ã0d@mOg1ente
de classe. Uma câmara formada por técnicos, críticos e direito de autor sofre restriçao e a exclusnál C211 Gìnsdustrial
historiadores do mais alto nivel cultural seria o árbitro de poderá ser conferida no campo da PI'0Pf'e a e '
última instância para dirimir controversias sobre determi- Destaca
. . Ramella” que os produtos chamados ' ' na " lingua-
. - ria-
l
I
nada obra, para distinguir se ela é verdadeira ou não e gem juridica de desenhos ou modelos industriais sao C
capaz de justificar o favor fiscal. Como se vê, a preocupa- ção da arte industrial ou decorati_va,dresäläggodêlausagtì
cão em distinguir entre obras de arte ou não, seja pelo
critério de original ou cópia, seja pelo de valor artistico, aplicada àpara
pmprios industria para 0a sen
despertar proïldãaìstãtlìzd - Acentua n_tré
não fty-Qiftï,
surge nas mais variadas oportunidades. Entretanto, como ser ' 'l encontrar um critério exato de _fÃl§ÍÍl19êQ_§ M. 1
desenhos e mo e os industriais e_ pro_di.§os¬artistic1os,_ en|1_- U 7
der arte através das regras moduladoras da tradição. seja também a i ¿uf ,
bora sua tutela sejaT¶Tfereri¬te.¬1-2T0d§0 _0IUan fïluìïvoofcflgmo
tradição em evolução. dades prescristas para asS_S9Ufal' _0 're't° exc r as' Obras'
Antigamente as artes eram desempenhadas por artífices inscritos em quanto .ao alcance do direito_[m`ais extenso_Pa 3
corporaçöes que eram responsáveis perante a comunidade pelo oficio. de arte) e também em relaçao a -sua duraçao.
¡sto através de leis e regulamentos que estabeleciam os direitos e os
deveres _ capacidade, moralidade, responsabilidade _ funçóes estas *Segundo alguns autores, ag disfln9ã0_FçYì d§C_9ll'e'-'_§l§ 9;
que, nos tempos modernos. passaram a ser de competência das asso- própriajìnaturezš do ideìenlwoiïoìdggilgodefiloá Otédesenho artis- _ <\_l
ciaçöes de classe, dos sindicatos ou das ordens. Porém, enquanto nos ticoìiossui existencia PFOPYIG. LL GPÉDJW eme-U-“É do Qbl `f
jeto ao qual se a lica `e queñlhg serve simpl<ì$!!1!ì1_tB`§l§ -.¡¬ 1?-\
tempos antigos, um artífice só era admitido numa corporação 'após
prévio e rígoroso exame, em nossos dias. um artífice. até mesmo
aquele de parcos conhecimentos técnicos e desprovido-de inteligencia. agessörio eparado a matéria em que se acha impresso
se outorga o titulo de artista. Ele produz, encontra aqueles que gostam
das suas "obras", vendendo e expondo em certames oficiais. o que l~ do ProPrio
tacoes - - teïripo e jëêrtìcäireêrããdrgegìãåutores
ens a serem entendi-
de auténticas
vem aumentar o seu curriculum, documento que, sem mais exames,
serve de trampolim para novas escaladas na senda do engano dos das somente no uuro. m
incautos e apoucados de cultura. obras de arte. - ,
'
Elencar e regulamentar os_ tlermoslpãllä íìluaåïte'-èglnatol ob'eto
_ - pintura.
possa ser
Esse tipo de artista tornou-se o personagem mais comum no setor.
sua obra pode ser encarada como insignificante ou como excelente, escultura, grafica, moda. I" flsl-Wa e 9 - _ _ ¡_
dependendo de quem a julga. É corrente se ouvir dizer, diante de uma d e f'ini'd o c omo obra de arte e um tanto complicado. Existem, . - natura

- - - - ' condi ao de opinar.
pintura de Picasso - considerado um dos gênios da pintura - que mente'
um menino é capaz de pintar tal e qual o mestre recém-desaparecido. mas porentendId?s¢'j
outro a 0.pmfisslotrìalsiawdeilbedwallhììcâblb
8 GXIS enc _ de ogjetos de arte
dete'rm¡nand0 avaliaçöes e custostpela lei da oferta e da procura.
Sendo esta a opinião mais generalizada, será que o autor de um quadro estabelece normas geralmente acìi as. ' b d te genuina Conseh
desenhado e colorido perfeitamente como o fazem os académicos _ - -" umo'etoeoraear . _
obra que um historiador de arte de renome nem se digna olhar - tem A§§|m" cåmaii-glsscdhitllgzhtbee de uln jeito de criar, capaz de suscitar
algum valor? ' quencla e - ` ' ' f turo'? Antes de tudo.

il
admiração, e com vistas a sougaataóiånålãììïlclgë èlser ¿tão artista quanto
A escultura, por exemplo. passou da reprodução figurativa para tomar esta intuição-previsao e prerr
formas abstratas e geométricas, manifestando-se no "objeto" repro- . - ' ' te _implica_ - na escol h a. O s _int ru sos
0 artista propriamente dito. POIS af _ d. . está ma¡ de
duzido em múltiplos, seguindo o sistema tradicional da gráfica. mam le iöes: se um lei90 em me 'C"la - , _
Voltando à digressão da “obra de arte", pergunta-se quais os critérios neãbe carïrlpo ll¬h)bnte recgrre a um médico. Em Geral' "'"9Uem e |e'g°
para defini-la no instante de suaxcomercialização e em relação ao Sau arte.lis;1toprÍ›åufj¿
âm B' na mad sentem
art¡s†¡c0hábeis
pode e ser
capacitados
julgado emem emitir
termospareceres.
os mais
recente decreto em que o tributo iscal tornou-se mais ameno? Fran- ssim. u
camente, parece-nos impossível uma definitiva opinião, pois a atividade _ 0 fl tantes, ate mesmo com exagero. P ms_
_ ,
artística foge de qualquer definição. dado que, às vezes, verifi- diversos' Egg;-gansçlânheos geraïi Ide] cultura razöes morais, sociais, senti-
ca-se o caso de artistas desconsiderados antecipadores de interpre- ° parecer - - - ' ' ta e assim or diante".
mentais. de simpatia ou antipatla Pafa Com 0 ams p li
87. Ramella, ob. cit.. págs- 403 9 55' ,
Il

ss '
99
Il
ll
ti.

I É _: 2222- ~D l.
Dinieito DE AUTOR NO DESENHO |NDU3TR|A¡_ DELIMITACÃO DA PROTECÃO

e reproduzido em outra d
'-- ~ ~O me
estetico. ~ _ . 1 .-.~
GSPGFÍEI o _ mesmo
_ _aossent'
_modelos,
lmfiïlo dustrial brasileira, que trata conjuntamente de ambos e
de modo que asi†ri1gtLi"Ia(;:Zioc1jnio se aplicaria lhes concede o mesmo prazo de protecão, sem que uma
para a ¡_ _ _ 3 2] CÍIHGHO serviria de critério categoria exclua expressamente a outra.”
_ ap_icaçao da lei de direitos autorais ou da de pro-
priedade industrial. Para outros autores, deixando de lad T I' atando desse problema, Otero Lastres B9 comenta ser fre-
o caráter intrínseco ou o valor estético da criacão Q ¡eq qüente que um objeto, que seja o resultado da aplicaçao
df* B“1Rf¡e_d§d_e ¡"_dUStrial se aplicaría aos desenh' I de uma regra técnica, apresente uma forma nova e atraen-
modelos concebidosjara sereïri utilizacÉ›š”inÉlTist 'giìgu te para o consumidor, surgindo o problema de qual pro-
fé, Ou Seja iapncados a-OS , ria mgn- teção se deve conferir a tal objeto. Considera esse autor
lt - - Nesse
comercio. ' - sistema o crit' produtos da
. _ in ustriav
' delimitador , OU d`0
. _ . erio ' ' ' que, para esse fim, é preciso determinar previamente se
na ,ntencao 0 autor tomand consistiria a forma do objeto é ,ou não separável do efeito técnico
- o-se em conta não
o modo de reproducão do ' somente produzido. Se a forma for separável do efeito técnico pro-
.
cedimentos › paraObieto
industriais _ (se foram de
a reproducão a d ma d os pm' duzido pelo objeto, entre sua forma e a regra técnica plas-
exemmares) como também a _ _ . numerosos mada no objeto existirá tão-só uma mera união externa.
-se a lei- de ' direitos de auto S"fUfl9ao do autor ' ap I''cando' Faz esse autor menção aos criterios propostos pela dou-
¿ada em objeto . úmco] e a I'leipara
_ de os artistas [ b '
_ pro ried d o ' ra reali- ' trina e jurisprudencia fnancesas, a saber: o da multiplici-
Para
+\_, a criacão
- __idealizada pelo _ *E fabricante
" - “ cp a e mgusmal ió dade de formas, o da incidencia da variação da forma do
de-ntes - Outros . ai*nda, deixando
W' i '”lad
de Ou 'seus' - aëpen' - objeto sobre o resultado por ele produzido e o dos contor-
two da ¡ntencão do auto o o criterio subje-
deve ser como ríafiètrenldem qu_e a obra de arte nos. Pelo critério de multiplicidade de formas, se consi-
dera existir dissociação entre a forma do objeto e seu
trialmente, perdendì caráteig aïígtigao aplicada indus- resultado industrial,9° se tal objeto pode adotar variadas
que passa ¿¬šerV¡r dé ¿mame nto 0__n0 m9mento
1 ì¬-
em
s as necessida es prátiÉag*% S industriais 88 Cf Ramella, ob cit., pág, 413; “No debe, pues, seguirse el sistema
nômicg len
. - de
_ modo que Se passaria _ a aplicar_ .a aoI ' uso
d eco. de providencias legislativas especiales para los modelos que cump
priedade industrial tão lo 90 Se pudesse co e' e pm' las condiciones de un mejor uso. á los cuales se concede protección
autor ced¡dO a um fabrica nte o direito _ _ de mprovar ter - o por la capacidad de uso del producto. independientemente de la tutela
t al |'ePI'0dUG80~ se tenha realizado. _ re p rodui ç ao e dela forma, siendo irreducibles las discusiones acerca de los criterios
para reconocer el modelo de utilidad: razón por la que la ley inglesa.
A par da Pretendida ' - - ~ ent
distincao › - . que `in au g uraba la primera aquel sistema, comprende ahora en una fór-'
cadas à ¡ndúsma e formaš pumnI;2nl“tièri1;as'esteticas apli- mula única, y bajo idénticas normas, los dibujos y modelos de gusto
y los de uso. Añadáse que una separacion ' tecnica
' ` ' 'dica del valor
y juri
levar em conta o efeito técnico outra diì-ffigas. sãm se artistico y estético de un objeto y su potencialidad de uso, además
feita e ntre as criaçoes
" ~ que realizam -' 'nça°
um efeito po 9 e Self
técnico as de dificil, estaria en contradicción con las exigencias y condiciones de
de mera forma . de eficacia
' ' - estetica
I - Po e QC la vida pratica,
' Ni p or otra parte es posible, en el mayor número de
determinado. modelo se ' a dotado d - Orrer ue U casos, separar la parte que sirve al sentido estético y la que se enca-
'
mina á la idea "
de utilidad, '
para sujetarlas ' d e la s dis p osi-
al dominio
tempo uti e estética. Nessa ipo eesämã forma ao mesmo ' es res p activas, mientras én la unión de lo bello con lo útil es
cion
se trata de forma necïessãria ao preench` IS mg .Ir s.e donde está la especialidad de un producto; asi es que, ó se considere
dade,\uaiitária do _UBJÉTO
~ 1 1 ¡stoé
t .xserf 'me"t° da fm"-
e eri a orma ef a uni
' -- . of-`
' ' le s ad a ptaciones de formas
el objeto como resultado de nuevas y origina
POSSIVÉI para 0 fim de se atingï o efefi técniccï Ft qatfi* -(,.~“ á un uso práctico pero inseparablemente ligado á dibujos de ornamen-
tación, ó represente en su conjunto un modelo de conbinación de
._¬dla°' caso emñque estaria necessariãì mente excluida
' pa epos.
en- formas ya conoc id as. al efecto de servir a miras de utilidad y de
sibilidade da aplicacão da I ` de direito
' "
fgrma podefla t. el _ '
s autorais. Tal `~ decoración, deberá en todos los casos aprovecharse de la unica pro-
tección concedida a los modelos de fabrica'.
¡ndustrm Ídersãgìlìsiìïäãâäåéotãlgådavšafrito comotnodelo
S9. José Manoel Otero Lastres, El Modelo Industrial, Madrid, 1977,
ClUaflt0 como modelo de utilidad n a'gem un Itanal' págs. 349 e segs
qualidade estética). pelo menos Édlìelsãiogšlgïåãadetäsã
a es.ua
in- 90. A expressa'o “resultado industrial"
V é utilizada por muitos autores
no sentido de “resultado técnico" ou "resultado útil". Entretanto. enseja l
100 _ 101

li
¬_,

oiriisito DE Autos No DES ENHO INDUSTRIAL DELIMITACÃO DA PROTECÃO

formas sem d eixar


- de D ro duzir
- o mesmo resultado
' _ _ Códl 9 o da Propriedade Industrial. Destine-se ou não a ser
tecnico
O critério da in ' ^ '
I d cd - ~ de forma sobre o re--
i encia da variaçao multiplicada. uma nova forma (nao tecnicamente neces-
SU ta 0 que
aflrma Produzido
Se a foi Proposto por Casalonga,s1 0
forma ¡ sária) poderá ser protegida pela lei de direitos de autor,
, _ _ ,, Í _f oi concebida_ __ do seuqua
em¿_a_zao desde que atenda aos seus próprios requisitos, isto é.
-
i
\
l
Í ,É ç>\¡>\ rater utilitario' modific t ca- possua originalidade e caráter expressivo, o que se traduz
/ * i - '- el_ ' a|'Id0
tadóápi-oduzido S- a _forma_ se alt erara o resul _
fìã
if , Q L;-'\
. -L//J
beto- ' - '“'*-
aga-gentm fo P 0 01 . existira, assim, sepa,-ab¡|-_ ~ ì~»- em valor artistico la Gestaltungshohe segundo agatermino-
1 M,
_ f rma e resultado tecnico, quando variando 1,1 logia alemã, ou seja, a altura de configuração).
V“ Prma Bermaneca ina lteravel o resulta o tecnico ¡-oí Á.
Qaso determinada criação de_forma tenha caráte_r_pura-
el
.Dt
zido.
___” O criterio
ron,
' ' -' dos contornos foi Tormulado porñåzfitë-_
segundo 0 .-\ A
^\ W)
\
mente artistico, nao podeLá_segobjeto Adedt-Imapateriteede l
- qual o u _ _ , _ _ Á. sen% industgifaj, face ao disposto na letra
l
kv -"'13
9Ul'aQa0. o contorno da cqorïeãe deve examinar e a confi- `cWgo da Propriedade industrial. Por
verificando-se se Prdduz um resputlçddentedcnação de forma
a o in ustrial [útil]
_-*W
- Es te'
. \\
último critério na V outro lado, se carecer de valor artistico, nao podera ser ,og \ ¬
_ , erdad " tutelada pela lei de direitos de autor. nf* _
haI o u nao
" separabilida
- - e' "a0 Se"Ve Para determinar se ,L/1/;\
, le/V
taria de um objeto. maieaìgtdšsapdïmeastãbalfunção utili- A .q uestão da delimitação
_ ,_ dessas duas áreds__é objeto de ,, , i
orma cum ~ , _ e ecer S diversos critérios propostos no,Äìfiíeito comparado,
_ I _ os V1,
fx \\ ._
l`,>\"
Em pre “ma função tecnica. 'e sua quais podem ser divididos em dgi¿grup,os: cgtertgs quan-
X _

outras palavras a for E titativos que estabelecem a distinçao segundo o grau sdea
- ,
um oIgLeto e aguela "“`f~ › ma tecnica
_ ,
mente necessariajo _
- ~
\ï“ _ a sua fu_ FIQHO -_- 99€
~ f - 3, de modo Ú- sea C@ ' '
flldfisoluvelmemg '_-
hggda `oì¬trai1Éiade,
9 e ¢ri±é
_, s. segundo os qual
i ¬<
ender a inallìla
_ _ _ diferença não se acha no grau de originalidade, mas em
A l tÍ”`"(`W ,Pg_-gue
- a__forma
_ ,mesma
-_ __f
- re-presente EF. q ' e*Qut¿a fwma-"a0
-- ~ POSSG
\é sua natureza..
u'dl\iEêlaãiš?iII:<1*'naJsqiLbe |mp0rta| não
N:_§;a%:¿;sbt“§s%f:M1 ia-sa
/Q;
I -6
/` Q,- ecnico s' _ _ . as que ta f ' Entre os criterios ualitativos devem ser destacados os
_ gb propostos por Kohler e por Hoffmann na doutrina alema e
de efeito estético . n'ao' poderá serUeobjeto
a orma se'a
J dot
da Í utela d o critério da dissof:_ia,ç¿ão_clé<LdWit_eito__i'tal1ano.
reito de autor or u . do adi-a
da técnica- . P Q e esta estaria interferindo no campo Kohler foi um dos primeiros autores que tratou em profun-
didade do problema da distinção entre o modelo indus- 1
Desde CIUG uma forma não s e co nstitua
' _
trial e a obra artistica. Para Ko~hl.er,“ é necessário distin-
em forma tecnica- guir em matéria de criaçöes estéticas entre a “criação de
mente necessária od '
.
auto,-a,s, I
P e ra sel'
S u b or d ¡nando-se '
a PI'0te9ida pela
.
, _ lei de direitos configuração" (Gestaltungsschopfung) e a pura "cri¿1¿:_:_'ãp
bem cømo poderá também Sgf seus _l3roprios requisitos. de sentimento" (Gelfühlsschopfung)_ As obras de arte,
dustrial, sujeita ao requisito dgrofegíjda como modelo in- entre ãs"qÍ1_áE'se incluem as obras de arte aplicada,
d l cons-
'
forma for nova e puder carater
' de UP0 industrial
- de fabrica_ _ - SG 2 tituem criaçöes de configuração, enquanto os mo e os sao
serv"
produto industrial, se enquadra no conceito d G aot_ d e um criaçöes de sentimento. Enquanto as primeiras consistem
o ar _ 11 do " de uma `ideia,
na representaçao " os modelos sao" f ormas q ue
dúvidas « visto ue nem _
causam uma impressão estética, mas não incorporam uma
mente úm em q si._ como sempre Um produto industrial é necessaria- idéia. Assim, existirá obra de arte quando houver incor-
'_ por exem PIO. flore , _
podçndo; "° emanfø. considerar-se útil o ' S.amf'°'a'5 de PlaS'f100. i'
ã1¡lèr;caåìo¡ Por ,permitir sua fabricacão äiflešg:-É: 3 Seu pr°°eSs° de 93. Segundo Diaz Velasco, “los modelos que además de ser artísticos
1 -1 If ' I d
- ria pre erível, assim uf- ' e maneira econo- fueran utilizados para la fabricacion y presentacion de objetos in us
Ds produtos fabricados em série mšãr- ff' expressao Hmdustrlalu Para triales serian sim ul tanea
' mente protegidos por una_ legislación _ en _ lo
utilidade no seu emprego e util para os produtos dotados de ' ' '
que tuvieran de artisticos y por otra en lo q ue tuviesen de industria- ¡
91- Cflsalvnea
f ' rra/fé rec/vn'¡ql/5 ÍP ' 1
les" (verbete “Dibujo y Modelo Industrial", Diccionario de Derecho
l
Tomo I' pags' 171 9 SGQS.. Paris, 1â49. ranque De B"eVeÍS Dlnventlon. Privado. Tomo I, Barcelona, 1954).
92. Cf. Otero Lastres, ob, mt"
_ p¿g_ 351_ 94. J. Köhler, Neue autorrechtllche Studien. GRUR, 1919, págs. 1 e segs.
102 103
,l
li
l 5 ,j
al
í

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL


DELIMITAQÃO DA PROTEGÄO'
Ppracão de uma idéia a ,
modelos industriais possuem a mesma natureza -- são cria-
tf,/§'9n4fiCaçÉ9
*
na Própria goìrìiaérma. Ja 0 modelo¿__ esgota sua
to
çöes de forma estéticas -, existindo entre elas ,uma dife-
rença de grau de atividade criadora. As obras de arte aplica-
Ch0PfUfl9sideen}?1nìgnldéllâsãea
Komer, Considerando que umaaqlqeãrça
gbraea(|:onCePça°.d§ Wehs'
ou imaginario] de da possuem nível artístico; os modelos industriais carecem
reito de autor quando constitui maise pmtegma Pelo di- de nível artístico. Este critério é aplicado pelo direito ale-
mundo exterior, quando configura uma -que uma Pafte do mão, que considera não existir entre ,as criaçöes ampara-
p§L_clente da realiãdefeïñlltiìe ÉT†i\sñ %š?i*-ïa' das pelo direito de autor ou como modelos industriais
ao mundoÉ reàT.`Ä`T;¬ . _ _ _ or J unto nenhuma diferença qualitativa, sendo o mesmoo objeto 2-gi¬«›4 4

s 0 nai,.d a d e criadora
Lf¿_<=lg_art¿aa_21aefl_vaça0
e oss' *†¬'è de u¿n,Uå,_
` protegido em ambos os casos, ou seja, uma criação que
åráå-io, o modeloÍduš%-liedgnššïïá-L3n%UÉ~§'Hë-dA0 COH- é fruto de uma atividade criadora individual no campo da
a e, mas parte do mund o re . 'magem a rea” estética. A diferença consistiria unicamente no grau de
. conteúdo estético. Conforme uma decisão do Tribunal Fe-
e_J-ïf¿_Pl'€',_@entação da realiÉl|adEén¶ia,lÍf°, €2É'1ëtdS'?LêtI§
Gvnçepçao ar±iS±f¢a;*aï¬a¢ireoró**ë*¿*Lïs1?~@¬†ï?V.e§ ie uma
cento de valor pröpriofseu valo`pr°5la__!`_$ìl.ì¿ëtCͧ, care-
deral da Alemanha de 9 de dezembro de 1958,98 para ser
protegido pelo direito de autor, o conteúdo estético da
" de s ervir
objetos'
fU|`|Gfl0 ' d e tipo
- para ar fabricação
Se esgota
_ ao cumprirdea
industrial obra deve alcançar um grau tal que, segundo a opinião
dominante nos círculos sensíveis à arte e familiarizados
0 critério da dissoo' ' - de certo modo com as opiniöes artísticas, possa falar-se l
fo¡ formwado por Piãšfgaìâfñlihäclaosiëäãirlešgislação italiana. de uma realização artística, e não apenas de uma realiza-
de arte a Pllcada
' orma' “a ob ção que ¡nflua no sentidodo gosto, como exige a lei de
ef a uela ' - ra modelos industriais. O mesmo sentido segue o direito
mo ob ra d e arte Puraq se for°b'?
d que podemos conceber co. suíço, cuja jurisprudência considera que a obra protegida
teriais que lhe d" ' lssomada dos e|eme'“'f0S ma-
- . são modelo
contrario 60 o carater
' .de produto indu s t'
ria.| Pelo pelo direito de autor deve ser uma “criação original", que.
- s industriais todos os produtos segundo o Tribunal Federal, consiste na “criação de algo
- _ que e, parte ¡nte que
contëm um ele mento artistico t
C10 produto e ue nao * original que possua um caráter próprio e que seja produto
- gra" 9 de uma idéia pessoal".99 Em sentença do Tribunal Federal
l
0
d os como obras..¡,nd
q . Wdem POr si mesmos , _ ser concebí - l

0 C,.¡té|_¡o da dissocfiigãålgììfåfãrgãcëe do Propriã produto", se suíço, baseada,nos mesmos pressupostos da anterior, foi I

-
tido -
material ser enten 'd ° em S abordado, também, o fato de que a obra em questão (tra-
. com o dissociação
' - fisica entre a' obra em
artís. tava-se de uma manta bordada) não se achava sujeita à
tica e o produto 'in d ustrial - mas como possíbilidad d finalida-de utilitária. existindo um amplo campo- para a
SePëH'ação
f¡ . abstrat a. entre o 'elemento artistico
. _ G e
e o suporte crição de formas, coisa que não sucede com outros obje-
s'C° em_ ClUe se ach 8 materializado 97 Basta a sim les tos de uso corrente, cuja forma se acha, em geral, estrei- 4;!,A

dissocia Gao conceitual - entre f - p


afirmar o caráter r Gpresentativo .a orma 9 0 produto p ar a tamente ligada à função utilitária.
e autôno mo da obra e
portanto suaiproteçãg . _ Otero Lastres é de opinião que as figuras de modelo artís-
~ ' Pelo direito de autor-. caso a f tico e de modelo industrial somente podem ser delimi-
"ao Possua existência a uto^ - ~ . . .°"ma
um modem ¡ndustr¡a¡_ mma- a criaçao consistira em tadas em função de critérios quantitativos, ou seja, através l
Já . os_ oritérios quantitativos
' - de seu nível artístico. 1°” Para esse autor, que adota a
partem do principio
' ' ' de que as posição da doutrina e jurisprudência alemãs, poderão ser i

°“aç°e$ amParadas como o bra de arte aplicada


- e como protegidas como modelos artísticos as criaçöes que pos- .l
95. Hoffmann . Werk, Erzengnls
' und Muster, JW 1939 suam um conteúdo estético e que, em segundo lugar, se- l
á 73
96. cit.
ob. Piola-Cas e ll'I. D r. Aut.. 1940, pag.
. 19. referido
- .P Otero
por gs. e
Lasstìgš, l,
98. GRUR, 1959, págs. 289 e segs.. l
97. Cf. V ercellone. Are. Rotondi,. Greco et a¡_ 99. Sentença de 4 de fevereiro de 1942.
100. Otero Lastres, ob. cit., pág. 405.
104
105 l
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l
ll
¿_ .ll
DIREITO DE AUTOR No DESENHO lNDUSTR|A|_
DELlMITACÃO DA PROTECÃO
¡am dotadas
_ dedeuma
nivel artístico , se ' -
reproduçao Obra de arte ¡lg Porque consistem na bastando um grau mínimo para o modelo artístico e não
Consmuam por sì mesmas, Obra [às ea›<r|ts;ente. sela porque
se levando em conta que qualquer fim a finalidade de uti-
A maioria dos paises
' tem - - - _ lização. A determinação do valor estético deve ser feita, l
ill

conferida aos modelos e <,))t:l')acsIr?l(d0a(:lât“'ng|qlr a pmteçao segundo a jurisprudência, pelas “pessoas sensíveis à arte l l
e de alguma maneira familiarizadas com as concepçöes ar- |
mércio e à indústria das obras de arteaplcadas 3.° C0' l
Registered Designs Act inglês de 1949 purla' AsS“_“- 0 tisticas".1°2 Levando em conta o valor artistico, podem-se
de modelos e desenhos por quinze anos ïfçâve OCFGQISTZO considerar, no direito alemão, três graus de proteção: se
Act estabelece não s . ', S_° OPWÍQ Í o valor estético não for suficientemente elevado para uma
seu destino in-dustrial.elI;laOV¦-åšñgo ãplfcëvel aq'-'e|GS, por
da entrada em vigor do Copyriglšt /ãcteIdde1.2)åå9 e antes
possível acumular a prote ã d - e ' não era
obra de arte, a obra será /tutelada somente pela lei de
modelos artísticos; criaçöes intermediárias encontrarão
dupla proteção, como modelos artísticos e direito de au- 1
l
- - de autor Se fivess ç
direito a lei de 194 9 Com a lei- de tor; se a obra preenche as condiçöes da lei de direito de
a lei. de 1949; ›mes e sido feito- um. d ?p°S'†°
' ' Segundo autor mas não a de modelos artísticos [por exemplo, por
feito. a proteção demcl)irgltãstïi|ed:p†0s|to~ nao t'Ve§se Sl'-lo falta de possibilidade ,de exploração industrial), a única
0 modem t¡\/esse Sido realizadoueoïç r:o_sedapli_caria se proteção possível será através do direito de autor.l°3
exemplares e que U d als e cmqüenta
dido ou posto à venldla. ìïasóìs ae)l(êimdFgalgê8t|VesSe sido Ven- 2. A teoria de “L'Unité de L'Art"
ãeia, ao mesmo tempo, uma obra de arte flggdelo que I
epositado e seu proprmtár- 1' 0" "ã0 A tese da unidad_e da arte, formulada por Pouillet, foi de-
de direitos_ de autor por u -lo pode Contar Com 9 Pf0'fieCã0
- fendida no Congresso Artístico Internacional de Veneza
que oã objetos realizadosqterdlìeaiìngãoavêgldlãr da data em
a ven a, mesmo que tal model ' - os- ou post” em 1905, no Congresso de Propriedade Literária e Artística l

dellósito A única limita ' 0 tenha Sldo objeto de um de Bucarest de 1906, em 1912 em Londres pela Associa-
para um ' Objeto
_ $80. Sid
que tenha em termos _ de d'|re|to' de autor, ção Internacional para a Proteção da'Propriedade indus-
-lsto e,
- realizado
. em mais de c'0 ap llcado ` d '
m. ustmalmentef trial - AlPPI e em Haia em 1913 pela Associação Literá-
sua proteção se reduz a quinzengäâ2Éì°1eXemplareS' G que rìa e Artística Internacional, tendo sido combatida nos con-
gressos de Haia [1925], Belgrado (1928), Cairo (1929), Bu-
No direito
_ B, alemão . a proteÉãgerïägoe
~ “ 'um efeito
- estetico,
, . dapeste (1930) e, segundo Di Guglie|mo,1°4 francamente
que nao expressamente
l
102. O conceito de obra de arte foi firmado por decisão do Tribunal
eram que oe um
doutrináfia
cOnSt¡tu¡nd0 mode| dirfåite).f ãgr 'lfrtàa
Í'-"`¡SPrudencial Os auçgrãsledleindësaes criação
consi-
r?aåuãeza_. obra__artistica. de Gassação Federal, de 9 de dezembro de 1958, no caso conhecido
por “caso Rosenthal": "ll faut, par conséquent, entendre par “oeuvre l

por base o direito de autor vistld âuš ae egttiì-'Bt§maI' tïdo d'art" une creation ¡ntellectuelle et personnelle produite avec les
não deve ser confundida cl) ' ' -una Jun ¡Ca moyens de représentation de l'art, par une activité liée à la forme
groteção de obras artísticas Idìecå derejggeiìgn dìL1â0'7|eI de el d e stinée de pr éférence à stimuler le sens esthétique par la contem-
plation à l'occasion de quoi il ne saurait lmporter que l'oeuvre, en
B ec@ no § 2.°. art. 1.° al. 1 esta' ' '
plus de son but esthetique, '
satlsfasse encore un but d'utilization pra-
dustrial fazem parte das obrggedos produto? de arte ¡"' tique. La valeur esthétique de l'oeuvre doit toutefois atteindre un
suscetíveis de serem protegidos pZ¡0a'g_e Eflgascìtica e são degré tel que, d'après les idees generalement repandues dans la vie, l
l
delimitacão entre o dir ` todosmodl
' Ire' 0 '-
e autor' A dans les milieux sensibles à l'art et en quelque sorte familiers aux l
._ d ›
dwet , e' _ eos artísticos e o idées artistiques l'on puisse parler d'un exploit “artistique” et non pas
l o e autor e estabeleclda pelo grau de valor estético, seulement de gout, tel que la protection d'aprés la loi sur les modèles
il
|l
et dessins artistiques le présume".
101- Cf. Maroon e Burrell 103. Cf. Wolfgang Seelig, nota sobre o direito alemão, às págs. 555 e
l
631/532, ¡n Greffe (Trare
.t, d.esnota sobreet odesdireito
Dessins britânico
Mode/es, Pa;-¡S_ às1974)_
págs_
559/562 in Greffe, ob. cit..
106 104. Di Guglielmo, ob. cit., pág. 79.
107

ll-
¡,
,l
oiasito oi; Auton No DESENHO iNous†niAL
DELIMITACÃO DA PROTEGÃO
repudiada pela C0nferê-no'
D_
na qual se considerou queia "fdg<le(ìnd%tsIcã1oic?
' - Poma (fm 1928' entender que cada qual teria seu próprio objeto. A lei de
Uma categoria ou es ' ' eos G esenhos_ 11 de março de 1957 sobre a propriedade ` l'iter ária _ eartís-
e pecie d
Proteçao das criaçöes mais tašviglias-És de arte' Conduz a tica, no entanto, confere a mais extensa proteçao, bus-
Os defensores da tese da unidad ' ' cando superar, novamente, tal discriminaçao.
-
Se pode estabelecer qualquer disïiifltìarte alegam que nao No período em que vigoravam simultaneamente na França
cultura que são do domínio da art 'ao eƒme Obras de es' as leis de 1793 e de 1806, foram propostos diversos cri-
obras de escultura de empi-ego ¡ndìsFf[“.)p¡r'ãme“te dlfa B as térios para tentar delimitar seus dominios. O primeiro
é única em sua essência ' Ha ' esde que a arte sistema
` proposto, com base em um aviso ` d o C on selho de
p0rt¿nC¡a de Suas formas» ããiiäelãlälâll for o resultado ou im- E sta d o de 30 de maio de 1823, se fundava na distinção
sujeiras à wteja da ¡e¡ de dire” -portanto, estar sempre sobre o modo de reprodução: se o modo de reproduçao
trina foi sancionada peja ¡e_ b I os de autor.-ies Essa d0u_ 1

fosse mecânico, tratar-se-ia de um desenho industria


1 1' I

submetido à lei de 1806; caso contrário, a obra perten-


ãgbi-eddireitos de autor cdjo eagta' gi ïssqe
ra e arts. reproduzida 'm rrdãrço de 1886
|SPUnha: “A ceria ao domínio da lei de 1793. Outro sistema, larga-
_ _ POT processos ' d - -
nece . sempre Sujeita à lei s ob re direitos
' - m usmals
de perma'
autor .. , mesmo men t e a colhido pela jurisprudencia, tomava em conside-
depois de tal ração o destino
desenhos U emãffgo. Dessa forma, 0 industrial, autor de _ da_ obra:_ se um desenho
_ _ _ se destinava d a
0 mo e os artísticos uma reproduçao industrial, constituiria um desenho e
tos do autor, não obstante a apligä Feãsmnarlo qos Chre" fábrica sujeito à lei de 1806 [Cass. civ_ 17 de janeiro de
enconri-aya garanfldo pe¡a ¡ei de 9-20_a sua industria, se 1882], como se o destino de um objeto pudesse modificar
Jeitando-se à lei de desenhos e mFÉ›rc(l)årded`a(de artistica' su- o seu c aráter _ Outros sistemas foram propostos: por
mente em relacão à S in ustriais u ' Philippon,l°“ o qual propunha que se levasse em conta
. . s produçöes U ~ mea'
consideradas como obras de artefioee nao pudessem sel' o cara'ter acessório ou não do desenho, e por Vaunois,
COFHO, entretanto - que sugeria que se levasse em conta a qualidade das
ficar desprotegida lå)((J)içIei1rãÍ› gšorrer gd “SGO de uma obra '
pessoas consideradas, de modo que a um fa b'rican t e se
a |e¡ francesa d 1 r consi erada obra de arte aplicaria
` ' a lei' d e 1806 e a um artista a lei de 1793. Face
tal inconve
_ '
mente.e estabelecendo
1 de março deu 1902 PI'0curou r ' às dificuldades de se estabelecerem tais distinçoes, um
a prop,-,edade art¡St¡Ca Se a ¡_ Cl e “ a lei- de 1793 eparar
sobre outro cri'terio foi utilizado, para o fim de conferir a pro Ii
tores de ornamento se`a p lea aos desenhlsfas 8 escul- teção da lei de 1793 a qualquer obra que apresentasse
da obra"- Assim fazendo qduearrdor O mjemo ou O destino caráter artístico, sem levar em conta quem fosse o seu ll

tando todos_ os produtos - da gou a el de 1806 › SUJGI-' ' autor ou qual o seu destino, surgindo a dificuldade de li

ornamerito a lei de propr¡edaÍjìCLåIrtä;(:;'¡ Ou do desenho de se estabelecer em que condiçoes " ` em pre senca
se estaria _
seu 0.3,-atar ma¡S Ou menos artístico ca. sem considerar de uma o b r a artística e deixando ao magistrado a liber-
.constituem acessórios de um ob- -sçu destino, Qu Se dade de se guiar unicamente_ pelo seu _ gosto pessoal. _ .ise
Rara adorná-lo_10v jeto industrial criados Lyon -Caen e Renault” sugeriam a seguinte regra.
ão obstante o text ' se trata de um desenho que fala a inteligencia ou ao sen-
gi renovou pela ediããgadaelelr?j[eCe1É%9deddš32' da questão ti m ento é um desenho artístico; se se trata, ao con-
amente aos desenhos e mo delos de' fábric
ina a especi- trário, de um desenho que não revele qualquer sentimento
H. dando a ' '
artistico, '
apenas satisfazendo o gosto d a mo d a, é um
106 Cf. Ramella, ob. cit., pag_ 404,
105. . , desenho de fábrica". Finalmente, surgiu a teoria de Pouil
107. šamella, pag_ 405, let, conhecida
' sob o nome de Teoria
` da U ni'd a de da Arte. “U
- egund d ' “ -
da Corte de 0 Apeja
e°'S°eS
- °'° T“b“"a' de Lyon de sl de maio de 1906 e 108. Traité des Dessins et Modales, 1880.
_ _ nece - _ m esma cidade
1905, nao era mais 980 dessa - de 1. _, de dezembro de
_ ssario abo|¡dgf)s'†0
a qual se achava virtualmente o de ' - requerido
_ pela lei_ de 1806, 109. Précls de Droit Commercial.
110. Cf. Pierre Greffe e François Greffe, Traité des Dessins et des
Modèles, Paris, 1974.
108
109 l
i
`ii,
ii
DiRE|To DE AUTOR NO DESENHO |NDUsTR|A¡_ DELIMITACÃO DA PROTECÄO

Po ui'll et se insurgia
' - contra todos os sistema para outra o caráter de originalidade e de novidade é a
ø . 1 1 ~ E t
Postos e contra to rnar-se o juiz um S ante
. . de M5 PFO- condição necessaria suficiente para a proteçao. sa
arte, entendendo que a lei de CÍÍFGÍÍOS @ eSpec|e critico de
de aut d 1 última teoria triunfou, finalmente, perante os tribunais,
tutelar todo des enhg or19|r1aI
¡
- - Or everia
e toda forma nova, sem representando? vitórìa da tese da unidade da arte susten- V

evar em conta o Seu d estmo a qualidad tada por Pouillet. “3 i


ou qualquer julgamento de valor ' 6 de Seu 1;0
estético DOF parteaU do r É importante assinalar que Pouillet jamais pretendeu que L
juiz. Sua teoria fo' _
influência`na elabofagãgìdïìeitê Pela doutrina e exerceu a lei de propriedade artística deveria abranger todas as l
a ¡qr¡§.prudênc¡a posterior queeišogã 1902 e 1909 e sobre criaçöes de forma, mesmo aquelas sem qualquer caráter
as ¡delas de Pouillet. agrou definitivamente artístico. visto se referir esse autor às “obras que possuem
arte ou que dela procedem de perto ou de longe", não se
l
Antes
_ _. da promul Qaçao
~ da lei d 1 . _ l
tendo pronunciado quanto às obras desprovidas de qual-
t':ad'ç°eS da ÍU1'¡SDrudência he '902' gã'_20flãtrado
as Vacllaçoes eo con- quer caráter ou mérito artístico. 1”
il
ãfàgeå ¡artificial da distincão entãpelaaï ca-
_ n os reuniåoeleons.
Smdmais e m d '
Fl,Ean;¡s1%87. S edeartcšmìirgã
A0 congresso 112. Cf. Greffe, pág. 11.
senhos e modelos ind ' mpos a aSS¡m“açã° d A 113 “D'oü vient la difficulté que l'on éprouve à definir f clairement la

me um me :ii :-'S
- ustriais ` - _ OS de' b' 'P Elle b
nature et les caracteres duxdessin et du modèle de a rique. l l
vient selon nous de ce que l'on s'est mis en tête de séparer deux
S ender as obras de escultura a aplic I gue tmhƒa pm' flm choses f ai't es p our s'allier et s`unir. l'art et l'ìndustrie et que l'on a
0 qual se 3980 da lei de 1793,
- transforme
,, quels que
Ou soieñlf
na l ' (ie 1992; acrescentando-se a rêvé d`établir entre elles une ligne de démarcation... Mais d'abord,
expryessao qu`est-ce que la beauté? Oü est-ce que commence le b ea u'?. OE: est-ce
de loeuvre". G merlte et la destination qu'il finit? Même parmifles auteurs reconnus. avérès dans tous les
A lei de 1902 se refe ria
' a .. dessms
_ et escul tures d. _
pays. et dans tous les siècles. n'y a-t-il pas des écoles qui. partant de
` '
prmcipes ' envisagent l'art, et conçoivent le beau d`une façon
opposes,
i
ments" - o que ocas'ionou que a ós P- - Ome diamétralement different? Est-ce que le beau est absolu?. . . C'est pour
Geses recusassem as C,-,a _ $068
_ Pque 19_02 os tribunais fran.i avoir tente' une distinction
` ` ` impossible,
' ` ' vo ulu admettre
c'est pour avoir
nao coub essem nessa l'existence du “dessin industriel" à côté et en dehors du “dessin
def¡"¡çä0,d tend o recusado, Por exemplg, Sua proteção a
mode' artistique". c'est pour avoir rêvé de séparer ce que la nature même
OS e vestuario - |Sf0 Provocou a pre
caracte
de 1909.I fiìlflue se destinava
- Pafaçao
a proteger criaçöes
~ da lei
de aspecto
des choses unit an point de les confondre, c'est pour cela que le
législateur français. épris malgré lui de logique. n'a pu pendant plus
i
de soixante ans mener à bonne fin la loi sur les dessins et les
-“S . C0exclusivamente
e aparencia ' maS _ de valor utilitáriosmñdesto'
b astante ,
de carater modèles de fabrique. Admettez. au contraire._avec nous. que la loi doit ›
l

être uniforme pour toutes le oeuvres qui tiennent de l'art, et qui, de l

A juris Prudencia
- ^ da - subse~ quente
" cons a9|'0U 0 prmci. ,t ' près on de loin. en procèdent, tout sfaplanit, les difficultés s'èva-
acumulacao . proteçag, de m PIO da nouissent. Ge voeu est aujourd`hui en grande partie réalisé grâce aux I
desenho ou modelo pode invocgifloaguã O autor de um votes sucessifs de la loi du 11 mars 1902 et de celle du 14 juillet 1909. ._
beneficios da lei de 19 oe e de 1793 ' esmo ± AU1'ourd'hui. et il faut s'en réjouir. l'idée de l'art a définitivement
'
Diseufius- eemSe,po'ape.
°S triomphé dans notre pays" (Pouillet. Traite des Dessins et modèles,
'Sal'
_ da p033'b'|'d
i || a d e teorica
- . de acumulaçãg, n" h n. 28). 7
criacöes de forma ao ave' al
114. Exemplo dessa orientação é uma decisão do Tribunal de|P_arìs cåe i
Seria' impossível invoc Puramente
ar a '
industriai S Para as quais na
22 de janeiro de 1924, na qual se decldiu que flores artiflciais e
se co n f rontaram . uma def endendo
lei de 1793.umaDuas teses oposfas
interpretação res. papel e outras matérias não deviam ser protegidaspela lei de 1793,
tritiva da lei de 1902 e o utra se pronunciando a por não constituirem obras de escultura ou de desenho. devendo
somente ser protegidas pela lei de 1909. Outra decisão do Tribunal de
uma interpretacao
_ . ~ ex tensiva' favor de l
afi
das duas leis são idêntiCOS G quiemfndo ql-le os dominios
Paris de 21 de novembro de 1958 concluiu que a lei de 1793 somente
protege "les créatìons de caractère artistique, et rien de plus". Apesar
disso. foi admitida a cumulação de proteção para um abajur (Paris,
l
l
H anto Para Uma quanto 14 de dezembro de 1934] artigos de joalheria, de bijuteria e móveis
1. Greffe. ob, çi†__ pág gk .
[cf. Greffe. ob. cit.. pág. 30].
110 111

l
l
i f
Dinizito DE Autos No oEsi:NHo iNousTniAL
oELiiviiTA<.3Ä0 DA PROTECÃO
Com o advento da lei de 11 de março de 1957 foi ultra- _ _ .
' em mantiveram e_ mesma
_ orien-
passada a teoria da unidade da arte concedendo se As decisoes que se SBQUW . el t de autor
teção a todas as criaçöes de forma, sem, -
se considerarpro-
te- taeeg, considerando obras Pl' ere 9 idas pelo_ irei o
. dim feito PUÉ
nham elas caráter artístico ou não O art 2 da lei d 195 desenhos public_itári_os, 0 Pl'0Jet° de Um ¡ari . h va e ate
estabelece o direito dos autores . de todas. e do7
as obras um arquiteto Palsagls ta ' um modelo
blicado de
no guar a c u | . 117
Auto-Jorna
espírito, qualquer que seja o género, a forma de expressão, 0 desenho de um Citroen PU i
o mérite~ou sua destinação, deixando de lado toda condição _ - - ntretanto, 05 Cas OS i
O Principio de. . cumulaçefiv “ao atmge' e~ 0 quee' exp res-
d i nçao.
de caráter artístico. de inseparabilidade. de forma e e '-' _ 2. da le' de 1909' ›

A jurisprudencia que se seguiu à lei de 1957 se fixou no samente. estabelecido nameSmO al. 2, do art PU
0bJ9†Q conside-
que estipula que se _i__.im ______0 Ou -
modelo der quanto_como
novo ser
sentido da possibilidade incondicional de cumulação, após i

processo que ficou conhecido pelo nome de "L'affaire du rado tanto como um (_-:se ms SãO____Sepa__áve¡s da mven.
- " e se seus Gema" « ej- pmtegido
invencao - pe I a lei de
panier à salade". A questão se referia a um recipiente de _ - - te podera S
matéria plástica formado por duas partes de forma geomé- tal ob eto somen
ça°'
patentes deJ invençfl
- "d (lei de 5 de iU“¬° de 1844 Subsmu'
' 'da
trica troncônica. A Cour d'Appel de Paris deu ganho de pela de 2 de janeiro de 19681.11@
causa ao contrafator, considerando que a- lei de 1793 se . ._ - otegid-HS Pela
destina a proteger as criaçöes artísticas e não aquelas
somente utilitárias. “5
Da mesma
|e¡ de *°”“a'
1909119 P_or as 'delaãa 0_,_____
outro "il 2°ÉÍ›Í' ͆`¬§§BvpÄ deSuaumautom-
_ conservam obre.) l

Tal decisão, entretanto, foi reformada pela Cour de Cassa- B Sua função tecnica (åïaëlãoläiglaaspecto decorativo e d_e l

tion, entendendo que a lei protege todas as criaçöes ori- m¡a~ Permmfdo a ïeopbeto poderá ser ProteQ¡d° †a“f° pe a
ginais de formas, qualquer que seja o mérito estético ou o função do objeto' ta' J 'o uanto Pela de 1909, sobre
lei de Paåentes dgdgfè/gn1(år?Áp(ësar de Cll-le 0 artigo Sitfadcf
valor artístico. "G A os desen OS e m ' - a invenção paten eeve l
i
1
11§. _"La loi d_e_1793 complétée en 1902 n'a entendu protéger que les
da ¡ei de 1999 faz mençãåsârddïencia tem interpretado 0
I
creations de lart et non celles qui sont seulement utilitaires et dont “mention brešïtafdedeâtijizlo
_ de "utilitario". 121 Dessa
f ma f0rfna'
I

la___sau\íâš¡_arde est suffisamment assurée par l'effet des lois de 5 obréveta 6 .- e unf
ju i et 4 sur les brevets et du 14 juillet 1909 sur les dessins et
s
ïffiidamente
_ . o critério de inseparabilidade
' “ da lei. de or
modèles. ção delimita 0 GemP0 da aphcaçao
Qu'avec la meilleure volonté du monde il est impossible de découvrir
Ia_mo_indre a_pparence artistique à ces objets en plastique. purement 117. Decisöes dos anos 1965, 1966 e 1967 referidas ' por Greffe. Gb- C"-'
_
utilitaires, denues de tout ornement, et que n`on été conçus. de tout
Pág- 33- .. - -|- ' de la forme et de e
evidence, qu en vue de leur fonction propre" (Paris, 13.2 chambre, 25 - en Cae d inseparabi
11g_ “Autrement dit. ite y a neu]
té é [S-¡| _ que comme una
juin 1960]. fOnc,_¡On_ ¡iobiet ne peutfiggaigã ?_t_rrìap1;_f:_éé9m¡nenCe eceordee eu sdr<__n_itS__dãã
1_16. “Attendu que pour écarter l'application de la loi de 1793. la Cour
da_ppel _constate que les objets contrefaits lui ont été représentés et im/e“†¡°" “°"'.Ve“e' en iinéa 2 de la ioi du 14 iuiiiet 1909 . e a
brevets par lartlcle
,, 2.. H. - -E;-me les lnventions
- Í

qu _ il et impossible
_ de d'ecouvrir la moíndre apparence artistique à ces C e| S0 B 0F9eSi L a Distinction
. ~ ' n Droit Français Brevetables et lee
ob¡ets qu/ son purement utilitaires; Oeuvres et les Dessins Proteges e - - et en dDFUIÍ _
d' Brési-
P ris. l ii
i
ll/lais attendu que la Cour d'appel en statuant ainsi sans avoir procédé iien", tese de doutorado apresen tada perante a Universl da e e e
a un examen descriptif des éléments caractéristiques des modèles en em 31 de julho de 1977. Pa9_-__1_6.ea______ même _n___én_e___se ___ n0uVeHe.._
cause, recherche s'ils etaient originaux et nouveaux et contrôlé l'argu- 119, .-UneSl_déeb_i_1_u<e__s_t gìs__iêr__o$em____0 de 1950 'l
mentation du prévenu sur le d'f Trib. Civ. ras -
e aut de validité desdits modèles, n'a - pag'' 79.t
pas justifié sa décision; 120, Of, Borgeä- ob' CW" ' tien rodulsant1 un resultaf
,
Que
_ la loi protége toutes les créatìons o rigin
` ` al es de fiormes quel qu`en ,. - dre Par la †°“†"~` “ea . p- d UX eenditions
ïgåt Jle mérite esthétique ou la valeur artistique. . [Cass. crim.. 2 mai 121- " fauf enten iitaire. sans avoir eçiar fi .Í I
industriel, ¢_>U_SimP¡e9;m?g'fdLè¡'¡¢ranGe d'un brevet . Borges. Oh- C' -~
1 . strictes exi9ee5 p°U -
' . 123.
112 pag 113
l
ll

i. l
i
i
mi
Dinisito pi; /.\u†oi=i No DESENHO iNDusTRiAi.
DELIMITACÄO DA PROTECÃO l
3. Dois precedentes norte-americanos
d 1956.
Nos Estados Unidos da América vigorou até 1 ° d ` ` sendo resclvida .de acordo com' um regulamento eser re-
utilitário_poderj_a' `
_ Copyright
e Janeiro
de 1978 a lei de direitos de autor de 1909 [Federal ° Wa' °s*abe'e°'a qff LW'lea%å%)¶±eia±aiëe pøstsaisseoiyn
g¡Stat
. u t el, a qual foi substituída,
. mas
, não inteiramente, pela gistrìado¿cQm9T9b2iìtís?t'i€oL[more
minimo É Va 9I_¬.¬J thanartística
forma a minimal QUHWW
pudesse ser l
ei de 1976, o Copyright Act [titulo 17 do United St
Code). Segundo a nova lei, que entrou em vigor em 1.1.78 ates
afïfiüc authorshlpl É `¿i'¢lprBHLi†ò,l`de m0d° “Pe
e n tr e as obras que podem ser objeto ' de um copyright se
incluem as obras de pintura, desenho e escultura Ipictorial. Sepmïga
umfo`raT`då--ìãåfcìäïauågf'?aafi,¶F'Je"quaüéëd,eTëÉäï
Ci - mregiélã pela ei G l
graphic and sculptural works). A lista das obras protegidas “Ca $eBëfáì'9" somente' ïiìïlãlsfåegign Pafefif Statutel' ,_
_ cìfìe relacionadas na lei não é exaustiva, devendo ser entendida
em sentido amplo. Assim, por exemplo, programas de Fiàteníes
Esses pa dd?
mes.dâïfannlloadlgtados
- Pela nova
5 obras lei _d,§_Q¡,ï_elï9Í1$›~d~§i'i¿-7
de pintura. desen 0 G * la
i
computadores são registráveis como obras literárias e
mapas e projetos de arquitetura são registrãveis como âulol- a qual Tclïilplìgatdìi afotøgrafias, desenhos técfnicos Q*
escultura a are - -_" nestes a sua orma t =
'obras de pintura, de desenho e de escultura". 122 e obras de ai'lïÉSanat0' ggètãtììnioecânicos ou utilitários. , Á
De acordo com a lei norte-americana [35 U S C 171] fll"fÍS'f¡°a' mas nfao Seu? -a' ' somente será Pl'0'¢e9¡da na- “Uv ff
patente de desenho industrial pode ser obtida_ . . para,uma
“um
desenho nov o, original
` ' 5 fcrmïde amggs utålrgaäaïrsacterísticâ$oÁ§_Pintura, deãe' 'f ,JJ --c
H e ornamental para ` um artigo fabri- medldå QT que mgorp ssam sergseparadêâ G 'feflåïs' ;›3“`*_ Ñ \¢,
cado . Os direitos autorais [copyright] por sua ve nho ou escultura ClUe,P°, ~ És eçtosl utiliitários do» ,J I
gem as obras artísticas. Reccnhece-se, , z, prote-
entretanto, que tëncia indepenšlåltšmel1Íf,Gí___,€¡¬flâ_3_P-- 3” .\*/`” ¡l
certas ob ras artisticas,
' como estatuetas, candelabros, Óbjetohza . ' d d de 1),.
isqueiros, jóias, etc., além do seu aspecto artístico, podem, _ J . meiro ata o I

também, possuir utilidade, no sentido de que podem ser Dois julgados “°f†e'a'"e*'°.a"°S' ° pr' de195a.0 I
l

usadas para fazer alguma coisa [um candelabro pode apoiar em vigor 0 regulamento
1954' antes de entrar utro lulgado em 14 de agosto de
uma vela, ou uma abotoadura pode ser usada no lugar de Caso Mazer Y' gteƒnlde 0 va lei o caso Esquire v. Ringefr.
um botão). Assim, é possível proteger tais artigos tanto 1973- lá na Vlgãncëaspãciliï Para demonstrar a interpr€ïaGa0
por meio de uma patente de desenho industrial, como por erecem men<;a0 _ -
um copyright, embora nem sempre os tribunais norteame- rdnos tribunais norte-americanos a rGSPe"f°~
ricano_s_amparem a curñülagao de protegöšs. Alguns auto- ' ente referência ao
res entendem que §_,¶2tiä¬o ass¿eg_u@_d_a__gor uma patente Este último' no qu'a| ie' faiíwaccglitãguïçrsvposta Por Esquire. Iii
de desenho industrial é ngaiåefetiva vistÓÍue ì`rei:W)- |i
Caso Mazer o vd'Stta¢:1iÉ`,do0¡C<I;|PYright
Inc. contra ire _ Office dos
b.et¡VandO Estados Uni-a
C0mpe|¡.|0 l
güÉão enteado, tegha ou não resultado dos [0 Register of C0PYf'9h†S]- 0 J »
e copia, constitui sempre vio ação a atente, enquanto _ arte ta-es
~ luminarias.
- ' ' P retendendoi,
a proteção`El0ìpyright' somenfë_impePt¶iïã`a cópia, de registrar como obras de
modo que se alguém produz o mesmo desenho, sem ter _ - i< of fine. graphic-
sido copiado do registrado, não haveria violação do 123- TW°`d¡mens¡0na| and three-dfntensaiggalartvoiïeãroductions, maPs.
copyright. and -aPPlied art. P|'10f09i'flP|¬S_~ P“n.s S and models. Such works
lobes charts, technical drawings. diaQr2E1¡p.¡nSofar as their form but
A questão de saber se uma determinada forma de ghall include works of artistic craftsmailts are Concemedz the ¿es¡gn
objeto utilitario pode ser registrada como copyright vinha
um not their mechanical or utilitaåian aãipsesection Shan be Conswered a i
f l article
ctcta)rušIB<?g:'aph¡c| as define viiork
or sculptural In onlY if,
. arldslälllïflural
' I to thefeatures
extent that.
that
_122.' Cf. “The Nuts and Bolts of Copyright". circular R1, publicação de
Janeiro de 1980 do Copyright Office da Biblioteca do Congresso Norte- such design
.
incorporates
--
pictcšrial. graãhiåèocapable
T0mi an _ n
of eX¡St¡ng mde.
LHW
-Americano, pág. 4. can be identified S9Pa'§te ts of the Article _ § 1
l 114
'pendently of the utilitarian aSPe°
94-553.
115
i i
l
l
,L
ll.
ml ¬
ointito DE Autos No DESEN Ho iNous†mAL DEUMITACÃO DA PROTEGÃO
I L
qUe tais obras eram art' ticas ' - existencia independente do aspecto utilitário.12f' As lumi-
de autor e QUE! E-I recusa'Sem conHOceder
Sentido
lhe 0da¡-6.l el-' str - -
de direito
sentava um injustificável lulgamento
' 'estétic 91 0 r eme' nárias criadas pela autora e por ela denominadas ELLlPTRA
de arte moderna 0 C - O sobre obras l, ELLIPTRA ll e ELLIPTRA lll, representavam dois tipos de
ao registro com base ggygg/Z_f_ Off/ce defendeu sua recusa configuração artística, sendo que o Copyright Office não
contestava que representavam criaçöes originais. Desta-
que era
ma fa¡'S de,_e__m_nada
luminarias constituga
pe_a funçigšamelìm
objetosdeutilitários
1956. entendendo
cuja foi-_ cava que no caso Mazer v. Stein [347 U.S. 201-1954], havia
sido submetida à Suprema Corte dos Estados Unidos a
l
artísticos ou escultura- P. nao contendo elemento
ob ras de arte no sentido _ IS doSeparaveis
Com/___.gh_ eC032-
n" representandoS questão da registrabilidade de artigos destinados a serem
usados na iluminação, no caso específico, estatuetas for-
Esquire,
de agostolnc.d h Íš/la
' submetido
. ao Copyright Office em 23 man d o u ma luminária, tendo sido decidido que um artigo
9 74 seu pedd que incorporasse arte poderia ser registrado como direito l
.aumr das Ífês luminarias reto 'Íiie reglstro de direito de de autor. .
mìdfiïgfgdo o pedido, Esquire ln? pï-ãbg-§'èd° åqäele Ól'9ä0 A fim de demonstrar que as Iuminárias denominadas ELLIP- l
uma açao contra a diretora daqueha Re štoutuåro
~ I ` 1 rn
bl'
TRA continham arte, a autora apresentou nos autos pu i-
Barbarat C
D_str_ A, R-inger (Civil.
. _ Action
_ g
n. 75-17?? United åtateì. caçöesm exibindo esculturas modernas, que utilizavam
'G ourt
_ for the D ¡Strict of C formas simples, geométricas e abstratas, alegando que tais
Seo” SP3 3980 no fato de que lum- 9|[Jmbia). A autora ba. i
pela delei des
das de direit
h 0 d e autor. sendoInarias
as de eram
sua re-9 ist¶'aVGIs
' ' 125. Pelo texto completo do § 202.10 severifica que nem a intenção
g en 0 unico
' - e original,
. . merecend criac" -ao df-'ta _ do autor, nem o número de cópias reproduzidas poderiam impedir o
registro de direito de autor:
mefimae condiçöes em que fora decidido Ono registro nas
v. Stein ' visto QUE suas luminári 0 caso Mazer "37 C.F.RL' 202.10
- _. '
as criavam Um ef i- t
derno - ilustr ativo do e o m _ WORKS OF ART [CLASS G]
modern 2- '124 Alegava quea Se concebe atualmente como artoe [a] General. This class includes published or unpublished works of
t' - possui. uma formaautora
¿go que pgrãgdfi
estética u _
um amgo _ _
um" artistic craftmanship, insofar as their form but not the-ir mechanical
erva. sua função é ao mesmo tem P Miel por -quem a or utilitarian aspects are concerned. such as artistic jewelry, enamels,
PO utilitaria e estéti- glassware, and tapestries, aswell as works belonging to the fine arts.
ca- 0 que ai' d - . 'such as paintings, drawings and sculpture.
i
d¡d° Vegistrïagì P 2 F8malsj O Copyflght Om-CÍ°`.já havia conce-
Outros [b] ln order to be acceptable as a Work of art, the Work must embody il
talheres , mon um entos de cemiterios,
artigos
. , _ utilitario
bcneca S, taisr l'c0m0 some creative authorship in its delineation or form. The registrability
li
cartöes de jogos ar s - of a work of art is not affected by the intention of the author as to
.
sol . sa | eiros i goles
e po,-ta _ de Por Í as, cofrinhoS_
_ - _@ Ogios,
reiogms de the use of the Work. the number of copies reproduced or the fact that
'Plmentas . cacarolas, i;in¿e,,-0
- . b it appears on a textile material or textile product. The potencial availa- i_
Como aparelhos de - - ~ - s. e bility of protection under the design patent law Will not affect the
candelabrosl n f ormava
“ummaça0'›c0m.°
u |.ust“9S. lâmpadasnd registrability, of a work of art, but a copyright claim in a patented
i
U

tro s de suas luminarias


_ ,_ Ciearehavia .
basendo se nhndâgãrldofos *B918- design or in the drawings or photographs in a patent application will Il
Regu/at' * ' not be registered after the patent has been issued. 'i
Ch /ons [37 C.F.R. Patente, Trademarks anã ãopçããñçãl ii

[c] lf the sole intrinsic function of an article is its utility, the fact
apfef ll parts 201/202 ' § 202 - 10) . POr ente nd that the article is unique and attractively shaped Will not qualify it as
cr' “ '" Possuiam
laçoes “'30
,
elementos artí S t'icos capazes
_
er que taís a work of art. However if the shape of a utilitarian article incorporates
de features. such as artistic sculpture. carving, or pictorial representation,
124- 0 indeferim which can be identified separately and are capable of existing inde-
de juih o de 1975.°“t° d° sido
tendo f_e9¡Stro
for pelo
u¡ __ COPYF/yht
- , ocorreu em 16
Office pendently as a Work of art. such features will be eligible for re-
these work . m a Q nos . gistration".
quafify for âoïg/çfahlt no çlemçnïs. either alonìeglfnijtes termos.: “Sima 126. Constantin Brancusi, de David Lewis [1957]; Arp. publicação do
tration of these åa¡mï3.$'S†ration. we rearet that wz hgdgïjzatlon' that Museum of Modern Art [1958); Contemporary Stone Sculpture, de Dona
- eny regis.
Z. Meilach (1970).
116 l
117
l
l

lif.-

J,
DEUMITAGÃO DA PROTEQÄO
ointito DE Autos N o oesENHo imousr niAL
formas Cd nstituiam
- f a ba gou a re' em sua contestação
_ que o registro das luminárias
exemplo,
M¡__0__u Nüzuma eu_r_aLs_t§:SeConstantin
as escult da arte moderna
Brancusi Cfendg'APOr
da autora criaria um precedente no sentido de que a forma
'
de to d os os artigos " ' '
utilitarios _ ` a se r entendida
passaria
haviam S¡d0 - _
exibidas n 0U1Il'0S es Gultores '
cu'a rp- como capaz de proteção pelo Copyright Act, o que, além
Y0¡›-k 127 De
- ssa forma OS MUSGU de A rte ModernaJ Sde Obras N d e se r contrario ao significado e intenção da lei, traria
suas criacöes C ' G a autora houvesse BW ”
conseqüencias ^ 'cas desastrosas _ Destacou que a
economi
¡um¡__á__¡aš Omo esculturas am _ apresentado '
recus a do registro foi` feita
' com base na le g islação que
.Certament
formas finh am condiçöe e teria- ' _ es de incor '
d obtido 0 registro _ jáP0ra-las
U a procura distinguir as obras de arte dos desenhos indus- ti

modernas Com
'
S e ser utilizad
Plementa d
'
HS 00m0 escult
q e Suas tr'ais
l que não atendem ao escopo _ da_ lei de direito_ de
e futura - A|ém do ma- " 0 H ar Ci U1 ietura contem ^UFHS autor, a qual foi cui'd a dosamente redigida para estabe ecer
aplicar ao cas 0 o dispos't'
_ 'S~ “G9-eva a aut Ora que se poranea d uma linha divisória objetiva` entre
' tais categorias,
' evitando
90s cuja única f uncao ~ fos' 'V0 que. _ proibia
, _ _
0 registro PUde GSSe- t'ti os subjetivos
julgamentos es e c 0 Copyright
_ O ff'ice s us-
suas luminarias nace
"' Se
' um'ta"'a iläqueaf
" ~ am' tentou que a lei estabelece distinção entre obras de arte
aspectos estéflcos maig unicamente utilitária pmänçao qe ' ' que consistem
e desenhos industriais ` na forma d e ob'etos
1 l
of Copyrights con-|'e¡_d Oricluia re-querendo fosse Dossuia utilitários,129 e que a forma atraente e__ori_ginal_de tais r.
,lv- i
havendo d_SCr_m_nlåcã: 0 a efetuar OS registros V? fíegister artigos não _os transf6rmã"eTïobFas dearte no sentido da V-
,

arte moderna - ' 0 em relação às S UHS criacöes » s. o estar de _ ' i \_


lei embora _possam ' ti c as no sentido de agradarem
_ _ ser artis ¿_ _. /'1 ili
` ' ' obras de arte que se'am
ã vista_. Assim, serao registraveis gi __
Contestand 0 a acão i - ,
apresentado pela aufiogdgyrigfåt Office relatou que O ped.d ~'=1Pl' 19asla§__<,›u sussmases a ob`etos
_._i_ Cm-,
utilitáriosrcomo, por
ex em p lo , uma pintura aplicada a um refrigerador ou uma'b“ 6;,
yo l

em9.9r4eind
_' não _
eferido m .s.74h
. avia - sido - exam' '0 estátua que sustenta uma luminária, casos em que se con .
05 qums
_..a__ por consistir
podem__ser_ considerados
_ e _
m artigos util't' inado
'
mo que Séí-aèš-,._ ob _ |_é1rios, sidera a pintura ou escultura como uma obra de arte pro- V
_ enho fu - r _i'_«'ãS artistica "" tegida pelo direito de autor [copyrightable Work of art),
Valor
a comercí" i D0I0nal possoda merito * =f Z a -fs!t' mes'
elementos de al '_ e que as nocriaçoes--_.-
da"¿1¡†5f- W, art' to-¬
_ J_SC_@0__ou devendo, entretanto, ser possível separar conceitualmente
_deselnlhoWd"`“PQ-nm"?› desenhoñou wescul ranao çonfillham a obra de arte da forma do objeto utilitario. 0 Copyright
aiiegfandarqflfgggfflšitã. iaofatitaiï-fåšïiršefšravefi 3°" Office não inclui a forma de tais artigos como obras de Ii
rais de efeito m “Hoces continham spon ido. arte em si, de modo que a configuração de automóveis,
- 0 caso Ma Oderno . citando
SW@ ' aspectos e scultu.
alguns pre cadeiras, torradeiras ou as luminárias da autora não são
_ man '
havia - Nao~ b dent -
tid zer V. Stein.
_ _ 0 stante, Ce - GS. inclu-
_ registráveis. A ré reconhece o -trabalho criativo realizado
somente poåeïiâugedefiêldao em 26.6.75 ocg_$š%z9htdOffice pelos desenhistas industriais, fundindo beleza e indústria;
industriais - r e't0 0 registro' - ra" 0 que reconhece que o desenho de produtos para torná-los este-
criativos secontpdgïšìtm felemefltos artísãtïcotsalsorçlgsenhos ticamente atraentes aos consumidores representa um in- li

fato de "“”QaLL`-ïrma d - utilitario


que eram 3 df-†~--T9-_-š†1.fti90 ' '9'"a¡S e vestimento econômico substancial e uma vantagem co-
necessaflam ente Paragraa proteção
aveis a de
vistan---~ __ €^_que o
d_reãgso:utqualificava mercial significativa e que a lei de patentes [Design Patent
i

Li
0i'ais_ Ale-
Law), na prática, protege inadequadamente tais interesses, l
127, No _ caso M 8Zer
Se restringia às ob v. Ste'in. a Suprema
_
._ Corte f _ . 129. Conforme a descrição apresentada p a
el autora ao solicitar seu
'
registro. suas luminaria ' s tinham a seguinte conformação: “oblate
fhe
me s°°Pe
a,.ts.._ of the cod?/fi 9liiiì statute
128. A autor
States Code a -S? fdfldava no fat d
arte puffii lt is more
to include cleìfngara quetraditional
th0n9ress
an the 2intended
lei não housings having a rounded upper portion, a reversely rounded lower
portion. a cylindrical band between
' " the lower
a cylindrical lower edge portion , ou,
and upper
em tradução portions_
livre, and
um corpo
l
_uëil-i_'š- z-_i. _r:_§›s_
_ e 1dedividia - ° 9 que a lei
forma?S¿_f_?¿âå<ã_åJ:tenteáveis d
quanetop2hìnïsuš35 United esférico achatado [de corte eliptico), formado por duas calotas con-
Giro 0350 9 Uma patente d aSpectQ5 trapostas divididas por uma faixa cilíndrica, possuindo uma borda infe-
a aPaI'ência estéti Ca uma Patente
de um arti go.de d esenhfi -industrial
e modeld
_ de utilid
Para ade
proteger rior também cilíndrica.
1 19
118

l l

. _†1:_« -~
-.ge
DlFlElTO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTR|AL

Vlsfe Clue os padröe d - _


DELIMITACÃO DA PHOTECÃO l
elevados Para algunssdeâelrlillildsdíl/fzliíl' e mvenção isão muito
tal visto que a configuracão de produtos ¡i'idUSïf¡f=\¡S em
| A' l , I d
l_ l_
de expedlçãe de Patentes é muito dllsos e' que 0 processo
relïluerentes Potenciaís e muito lenstldendlosodpara muitos bases estéticas é a essencia do desenho industrial. G
curta duração. P _ para esenhos d modo que, se as luminárias da autora pudessem ser coiäãis-
deradas obras de arte nos termos da lei, todo o camiâo
i
batalhado ativamoernlìãseas motlvqs' 0 COP)/right Office te-"Í l
sobre desenho indushlïiaíä Eantfeištura de uma lei especial produtos de consumo _ artigos de vestuario, torra eiras.
atual de direito de a ' ~ le a“f0, entende que | - re f'rigera dores . móveis
_ _ - banheiras - automoveis, etc.
f _ - B l i
utor Officeprãdâge
âcrescentou o Copyright nao _ a_ el
lol.-mas~ mdusmals' produtos industriais desenhados para obter um e eiåo eš T

Iireifos de autor a artigos utmtários arap ICGQBO .da lel de t't'co


e i - trens, computadores, máquinas fotocopia ora ,
máquinas de escrever, maquinas de somar, etc. - tagi
del de patemee. obedece aos princí l' me do-S “goles da bem deverlam ser qualificados com_o obras de arte. liâriten e
e se v aguardar
- o interesse
- pub/¡C0
I a ora os Para o Copyright Office que tal solucao traria consequencias
_* entre
I fabricantes
' de produtos similares. n 8 competlçao
- ' ' e económicas indesejaveis. _visto o prazo de pro-
sociais
A re declarou nao
' des teção de direito de autor ser excessivamente longo e que.
- _ _ se a forma de um produto utilitario, que levasse em conta
de determinar 0 que ììlflhecer as implicaçoes filosóficas
definiçöes que considera la uma obra de arte' desde HS elementos funcionais. pudesse ser protegida pel@ direit@
até à visão contemporârllã arte como -verdade e be¡eZa.. de autor poderia haver limitacão ao numero de formas
tanto o CoPJ/fight
' . H respeito de art 13° Enfre-' alternativas que pudessem ser utilizadas pelos concor~
_ _' Office d - _ e' rentes. ¡nt-erferindo na economia de sua produçee- Deeee
Oblãtlva. sem consideracöesevtï aplicar a le' de manelra modo a proteção ampla e a longo prazo do direito autoral
ou artístico". tendo feito a'Stl-ataâ de que seja “arte”
conferida a artigos utilitarios poderia linibir a produção e
de 7953 [Bailíe v Fisher] a re referencia a uma decisão
distribuicão por terceiros de produtos preàenchendo. fun-
ãgllisldemll
preen í aque
o na-*'90
conconsiitgiaráqglllaadgourtt
~ - ,_ ai' e ofse Appeals
estiver çöes similares interferindo na livre concorrencia e criando
1-Termo “arte"_ 121 AsS¡m°ef]â20tehistoriràa es costumeira do um impacto económico. O dfiominio público atende a um-¬
Obra de me na _ . _ rmos a lei de 1909 ` finalidade social. A preferencia dos consumidores pp
.
pode compreender conce ca historica
a foriåãao ' '- _ - Uma
e _costumeira, não certos estilos é comerciali_'nente_irflpeffeme- e ia ãgëìãçãa
utilitário_ No caso Mazer v gg 'configuraçao de um a"Í¡90 de direitos autorais poderia preiudicar a concorr _
deu que a F-5,»
- _a±uetaV de U - em. . a_ uprema C orte enten- fabricação e distribuicão de produtos, devendo-se evitar
a uma lumiriária_ a qual gdìlisllallarlna que Servia de base 1 - - "o
um controle monopolistico excessivo sopre a pr0ClUâì"
poderia ser considerada um Sbla em uma escultura que de tais artigos. A recusa do Copy_ri§_iljt Office em reíïlle _
torico e costumeiro não Ílola de arte no Sentido hls' a forma estética de produtos utilitarios decorre do perigo
corporação E um ám O D€^tr_|_eria esse caráter por sua in-
demsão não Se referiaš founimåtario, de modo que aquela implícito de tal situação
f - a
90s utilitarios em si. Assim .-,li I ima-eny? e 0"¡9¡flâl, de arti- Acrescentou a re que as normas a Feelïelle lgfiågldeemdâoïa i
recusadas llferfiue não contlnhì ulpnllanas da autora foram a função ¡ntrinseca de um artigo e a separa i i Éionhecìdos
dessem ser ob'ietivamente
U' m 0 ras de arte" que pu' forma de elementos passiveis_ de serem re _
discernida como obra de arte. Que a funçao intrinseca de um arti90
S de sua forma C0 mo
130. Citou a ria a ,es -Í constitui _ o . seu caráter
1 ~ inerente
- ou fundamental e gue un-
em _ _ 197~
Hofizo «O da .flNon-Art,
ue S tfae 0 artigo
- de M
Anfl_Art Açit A l_Usob pe'
o titulo and Anti-Art. -
lìlìilliìigrtpiäïllcãgã um uso incidental e extrinseco aisua ntaturešaíqbìuš fåossa
_ a NOn_Art Atšiclšeclñsìrlf Someone Says His Work ls Art, lt's Art ção intrínseca de uma estatua e est? ica. intrínseca de
servir como peso de Pepele- Que 3 W939
131. “A thinci is a work of art if it
and ordinary _coi¬ee - of the termappears uma cadeira é utilitária, fornecendo um lugal' Pefeíeenfaf-
. ption art" to be winth'ln Íh e h'St°“°al
- -
Que a funçao " 'intrinseca
' das lumìnárias
ƒ é utllltaria, de
(258 F_2 d 425 426] - ~ Destacou a re ClUe- e mbora desenha-
120 tornecer iluminaçao_
121

l l
l à Q
_ _'i,_
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
oELiiviiTAGÄ0 DA PHOTECÃO l
_ I
das de forma atraente, a função intrínseca das luminarias _ _ mu ue a unica _ de suas_
da autora é fornecer iluminaçao_ '32 ' ' funcão
Em rdpddd' d ddtdrd ddddidrd luz dvisto que sua forma f01 i li
dEmbora.t não pretendesse
, _ a re fazer juízo de valor acerca
_ ._ lumiddddd fdddd l ll
Vie dd)_ didnalidades estéticas.
o cara er artistico das luminarias da autora, alegou que _ - ' ta e _ elegaddd que'
idealizada em _ mente preocu-
nada existia na sua criação que pudesse ser reconhecido na verdade, o CoPYfl9l7† 0”'de.dStdVd dmdd ' de efetuar
istros que tetla , _,
i i,
separadamente de sua forma, sendo dificil imaginar um
exemplo mais claro de desenho - industrial em co n traposi'-
Pade Ggld a däididtpdìdìdddteddoue o Copyright dlllgehf
caso a riSSe 'lnimo valor artistic0._fle '
i li
ção a uma obra de arte registrável, acrescentando que um _ ri
ha*/la regldtrdddraddledidlsdaid ldddtras. dotadas de malel' gtlšâä
exame objetivo das luminarias em questão não mostrava vendo razao De o ue se apllcam a Um al'
nada mais que luminarias, de tal forma que os elementos de criatividade. eemedte p rd
que pudessem ser conceitualmente separados, não cons- utilitario. _ ¡ tada pela
tituiriam uma quantidade suficientede valor artístico para datada de 5 de male de 1976. Prdd
merecer o registro segundo al lei de direito de autor. 133 A sentença _ - d Cglumbia (414 Federal
E conclui a ré sua defesa dizendo que o critério sugerido U_S. District _Court do Distrito
942 , deu Bganho_ de causa à autora.
pe l a autora ultrapassa o mundo da arte moderna e penetra Supiementi pags. $i_3L_EìZaGe___l_a__d A_ Gesell, que o desenho
no do desenho industrial moderno, já que o fato de as lu- tende ded'd'd° .O › - d stlnadas ao uso em efeas de dd dd
minf I ll 11 | | 1

arias serem modernas não significa que elas sejam artístico de luminarias, d temas poderia ser obletd de ›

artistëcas em sentido estetico_ Assim sendo, o fato de cionamento e eddfdsdrddid dxutor [eligible for C0PYf¡9hd'
u _ _ dm registro dd' ddddd ' d ednte utilitario do eftlgd d ape'
q e a ecisao no caso M-azer v Stein considerou que uma
obra de arte registrável pode compreender uma forma mo- apesar do Pfepdsdo ddvldmi istro abrirla QS Peftas dd
derna (modernístic form), não significa que qualquer artigo ddr - dd dldddddd
' ` dd ddddaddudar radods desenhos
› - industriais. No
Mazer
intrínsecamente útil possuindo uma forma geométrica seja registro dedireitos B __ fez referenma ao Casa
registrável_134 Em conseqüência, o registro de tais artigos
constituiria um desserviço público e uma fu a v. Stein, no qual lcou _ _a¡ podem ser objeto de direito
bilidade do Copyright Office. g à responsa-S desdnadds dd dsd mddd darte" não deve ser reduzido 2.3
d autor e que o_ termo de o Juiz, as lumi-
132. Parece-nos que aqui o Copyright Office confunde as coisas: a
d A tradlcionais de arte pura. S891-ln rte Servmdo ›
i

função intrínseca de uma lu minaria


' " qualquer
~ fddddd
nárias d a a utora constltuiam claramented
ara iluminar. sen oHd Uta" - te 0 d¡a
e' fornecer iluminação.
' '
mas essa função não decorre da forma específica da luminária da tanto para decorãf Cg_fgåV%S_1as
autora. ou seja, a forma criada pela autora não é forma necessária à exclusivamente GC ¿
produção do efeito técnico. não criando qualquer limitação à concorrên- - - _
Copyright -
Office ter r_ecUS a 0
cia, exceto quanto à cópia da forma por ela elaborada, A SSH11
' sendo, nao deveria -0 _ UC05
_
_ otivos artis IOu_ pOi'qUe
_ 3 forma
133. Para sustentar sua afirmação, a ré citou trecho da decisão pro- o, registro. bese-add em am finalidade
_ - - -
uti _ _ i d il
ferida no caso Gardenia Flowers. lnc. v. Joseph Markowits, lnc. (1968):
litaria nao haven 0
“The standard for determining that degree of criativity necessary to dqualquer??
dprdpddddj l' a0
Pdridacdidndnal eceber
do que oconstitui
mesmo recoarte nȓddvdedndcg
ecim
constitute a work of art is not high. But though the boundaries may |uminarias da autora r
be generous, there are. nevertheless, limits beyond which courts cannot as - t A ltura tradiciona.
- - i Pmsseawu » - 0 JW ' °° nsi-
accord objects the status of work of art". Referida decisão considerou conferido a GSCU
faltar a um determinado arranjo de flores plásticas o requisito de - ou
- 13 egramusi
esteti-.
criatividade necessário a uma obra de arte registrável_ Confronte-se ._ - ' de escultura ao me_Sm 0 tempo _ origine
essa decisão com a do Tribunal de Paris de 1924 [nota 114 acima). 135' sao dm ›dpd ente satisfariam a Gropius - ~
l s sao
cameråte a9ra_t_ia_;i;_l_____('_3__¢_a_:ta_21______3 de Rembrandt tf para guëgàïrãdìs em
que também entendeu que flores artificiais não cleveriam ser protegidas ' ot'que
pela lei de direito de autor. mals ticas que alguns exemplos de es cu _turas através dos tempos
mais ar is 0 0 Qorcoran ou o Hirshhorn_ A arå da Acrópde ou 0
134. Compare-se tal argumentacão com a conclusao absolutamente museus com ' 't utilitario. As Carla i es arte
o p osta d a justiça
' ' francesa no “ Affair' du panier ' a` salade" [nota 116
supra). tem dddddd dldm pdgdlèdallllni são dois de muitos _eX.dmdlrd1Í1 deìtreita
rdddddddd
tra di ciona
` Sdârd/lilndlo a ,_uma_ ..finalidade.
414 .__ F.Sempre existiu
Supp_, påël- 941 u
jïgaçäo entre arte e ciencia Í 1.
122
123 li
i

I
mi ’
oinsno oi: Autos No ci:sEi\ii-io ii\ious†niAL DEuiviiTAGÃo DA Pno†EcÃo i
derando
l
. que
Copyright
a. verdadeira dificuldade do 0 r d
Office
-
era a perspectiva de terpdg Fegiestfaìtì do alterava a prática seguida pelo Copyright _Úff'Cei rlgaãššêé l
infinidade de desenhos industriais desde aut ' 'ma nas a codifi”cava. Fieconhecia a apelante existir cai S como l
banheiras e vestidos, mas que aquele He ¡str ïjmovçqs a de artigos utilitarios- tradicionalmente encara oca tais l
conformar à interpretação da SupremagCoi9te en/ãna Se obra de arte, possuindo du_pla_natureza intrinsetic,a¡S139
Mazer. Pela qual iuminária d ' - - - Ca” como tapeçarias, máscaras rit_uais africanas e caš0.eXC-lu- i
riam ser registrados. S omeshcas e castlçws pode' cuja função utilitária foi atrofiada e que agora s I má.
N ` sivamente decorativos, 0 Cl'-le N30 era 0 C330 das um
retfeìêäcçìicgosfìaão (ãlouï of Agpea/S' 0 C0PYf¡9'¡7† Úff/'CB rias da apelada. tt
e ia ter sido aprovada uma nova lei fez
de
direito de autor para entrar em vigor ' Em suas contra-razöes, aapelada insistiu _na forma ar is-
1973- 3 Clual mantém a distin ã
sendo a licad '
¡ante aspconsiãepïšelìeãësïånráila
em 1.° de 'an ' d

-' 65 anos._Reiterou
.
J ewo B
nhos industriais não registrâvgisennrã ggnïiìigeeñgtã e dese-
uea vem
ape-
tica moderna de suas luminarias, cuja funçao artistica pe
maneceria
, . mesmo -sem lâmpadas
-- ou sem energia.ar 1180 59"'
umento
do sua unica funçao a utilidade. i\leg0U ClUe_0 _9_ _ , _
da a elante de que um castical nao e um obieto util|tarI0.
l
tara em sua contestacão referiïwldã-tstengigìlëìf qtéie apresen- por Et)er~se atrofiado
, . sua -~funcão.
' 11510 em Vel'dad9¡f0-
_ Que, em DOY
ne-
alguns objetos utilitarios como tesouras e gc:-aiwïpgge em
ara ser
nhumnecessano em proibe
iugar, a lei Ocíaslaoo de 'fafrâ gg__ ëãlfšpria
regis , _ forma do,í
Papéis. a forma é determinada pela função de modo gue
se o fabricante obtiver um c ' ' produto e que, no caso de artigos utilitaålnütì. aarfåiránìaurì
tais artigos, ele poderia ¡m_pã¿$›,fr/â/ïefiïgš 3 desegho. de
mesmg a¡-fig°_ 136 Além do mais co G PF? UZII' O
agropräadê tanto para affunçao tãfteçfãâ suas fiìuminárìas.
çao amstlca' mas que a
embora leve em conta a Sua orma mfuncão
. de
_ iluminação,
d l`Iã0
reen_
0 m0n0Pólio de certas formas seria Itêìãjlïr aoƒabïlcante -0 limita sua u tilizacao
. - visto GU@ tal fU"Cfl0
- P0140 9 ser P -
“V°"- '37 Alegava ainda a apeiante - 'que aïnfo rma
antlcompetl- _ - - - - . e as lumi-
"mas bäS¡0HS. como círculos quadra os ±^S geomé- chlda
' ' por
da uma
a elaIdmmta Valhledade
a reenc em umadefijfibgìãsdecofativa
, , - essa
tëli
P ses eìm de f dominio
\-ffpublico,
› -' anao ; Elevend
' 'Q al?-qu DS' 'G;
i i
i si4 mano ff ¬ __ 0 constituir
(S /S~¿\\->šS“` em u§1°¿°t_nem lla, _d0 fossem esïeticamente integrados
Farçåãì 'tamïiém épintrinseca. Se a função intrinseca da
flårma de uma escultura moderna é ser uma ogíìáìlïj 62296
` Mi /Q t¬ ue I' Igo utilitario. durante
cava 0a d_afir mativa
' 'do iuiz
' - "`de
- . |

i tra . . Ia, Com as luzes . paa-


a
a transferencia dessa forma a gm efïlglìríäsleca de ser
Sìgfllfifla que a forma pema Sua u.nçao'll`n' ` se torne a
SQHÓHS.
. as luminarias ' -
i Á” _ ., _ Semïlm apenas decorativas,
egu" ta' WCIOCIHIO. uma torradeira usada apenas al
pois,
s
u ma obra de arte e Gil-IB SU@ fUfl9a0 Ut' 'tam'
única funcão intrínseca do artigo. Negou a apelada QUE 3
m¡"'-'tos Por dia - deveria ser considerada
' deco t' guns l e i tenha codificado a prática do Registro de YBGUSEW i
res”
› d° 'f9mP0 ' Não havia d' ' ' ra as
Wa lumi.
pelo l
narias
Vista suda apelada ' ' Uvida.
_ _ _ con stituiam - tambem,
artigos - . - . quetendo
utilitarios. em
nïeìenhos industriais" visto haver vários precedentes de
1
. - - ' lly part of a useful
a defimçao pam "Ova le' de 1976.13” a qual não or to convey information. ¡An article _tha_t"is norma 01 1976 90 `i
article is considered a_ useful article [17 U-S-C- 1 i - l
136.
. . , Como se vê i o Co ri ht ' Íštåt- ecognizes a penumbra where the object is so clearly
ätilitaria com a forma nefiä/=.-sgáriaošlifaltiïae pcågfnlcnhdeei- ãmforfna meramente
¡-al p,-0¡b¡¡._se 0 regmro a título d _ _ a unçao tecnica. _ is r _ -- _ 11 t eclude .its registration.
. - Sue h
,. _ _ e direitos auto ' d
"GUESS-flrla.
forma út¡|_ nao im P lica em - - _-
terse de Proibir o registro . rms'de 9qualquer
f°l'm-2 a Work Df artlåhïite .$1 Lgnläšvyavd gvås pvase. We are used to calling
ìucgbjãgfecguworks of art". ÍCGSO Va°he"°“ V- Benrus' 1957)'
137. Esse argumento também .. . - - - - ' f t'iånusigg
euflllv
de desenho in ' d ustrial
' confereCarece de fundame
,. sobre " t °' la
" que 3 Patente 140. Appe_llees_ lamps vvill provide their lììghtingìfi as
um monopolio uma fo,-ma_ well effectively irrespective of the overall s ape h H Í r the
138. “A that
funcfion `useful
¡S article'
t ' an article
is ' -
having -
an intrinsic utilitarian the Hghtmg
wiring, f“"°ü°"obviousll/_
etc., which 1? performed
Carl', bemi'me
the? iliêçfiifå
' šiseifiråniçfê ovåriew
"° me'°'Y ff* PWÍFHY the appearance of the arfiele
of different-saped outer housings .
124
125
li
il
ll
l
W DIREITO DE AUTOR No DESENHO INDUSTRIAL
nEi.iMiTAGÄ0 DA PROTEGÄO
s _ cor o das l
afirmado que solicitara o åeglatgnaãñnãsdgaïãlåìnaçåo, _in- l
artigos utilitarios cuja forma foi registrada, como castiçals,
cofrinhos, porta-lápis, luminárias, etc. luminarias e não para tol o_ Das e |âm_padaS_ as fotografias
0 acórdão da Court of Appeals, datado de 14 de agostotde cluindo a base, partes eletrjrodos de registros exibiam os
1978, reformou a decisão, dando provimento ao recurso do que acompflnharam os pe linárias de modo que o Copy-
Copyright Office. A decisão foi proferida pelos Juízes Ba- corP0S e_ as bas@ das lun-1
j u e Ésquire estivesse reivin-
zelon, Leventhal e Robinson (Circuit Judges of Columbia right Omce pocàenê iftomafjalroq desenho completo de Suas
Circuit), os quais entenderam que a interpretação do dlcando um Com/ng dg modo que a recusa do lrecçlJ`ì¦Íli(i)-
Copyright Office decorre do principio segundo 0 qual de- lum¡fla“aS_ exteflladias não representou um abuso I z_=í-:_
senhos industriais não podem ser objeto de um copyright, em tais circunstan
visto ter o Congresso norte-americano reiteradamente re-
jeitado projetos de lei que objetivavam conceder proteção cìonárioi d Juiz Leventhal não -aceitou o argu-
No voto em Sepa' a 0. 0 ' 1; ável um artigo Q ne possua
de direito de autor para produtos industriais ou de consu- - ser regis r _ B
mento de ãsdquåre :fas também uma forma esteticamenf
mo. O acórdão levou em conta o fato de que 'as normas
vigentes tentam definir os limites entre obras de arte re- não -só utii a B-' 142 ›
gistráveis e desenhos industriais não registráveis como original e agfâdavel' - América
_- t ajmente os Estados Unidos da _ W _ __ ¢¿;¿\
copyright, distinção essa- que foi mantida na lei de 1976,
como se verifica dos anais da elaboração da nova Iei.““ como
aplicamSe0 Ve'
req iïisuito
_ _da separabilidade no seu
0 döïireito lllïlfiìllãflçfã
autora ,_ V Si 1i
l
Face a esse entendimento, “o formato geral ou configu- ñíïaëìxancg-fi()lr%t di(i)1dti;1'ãs"ÍltIfJiJal ou utilitái'¡_Q¿ a qual. somerigï
ração de um objeto utilitário, mesmo que determinado HE-qualquer pro udì3 PO r uma patente de desenho industr .
tanto por consideraçöesestéticas quanto funcionais, não poderá ser protegl
pode ser amparado por um direito de autor (is not eligi-ble il
for copyright]". Dessa forma, o Tribunal não concordou ter
havido discriminação contra a arte moderna abstrata, nem 4. Al9uns ¡U¡9ad°s brasilmros
discrepãncia do decidido no caso Mazer v. Stein, visto que - .
- encontram0S “ 8 _lU'“Spr“
» -._ brasi-ieirad quelque*
dencia ,
as estatuetas de dançarinas do caso Mazer eram capazes Nao ficamente. 3 Cl uestao
de existência independente como ¿bra de arte. Concluiu
o acórdão destacïandfo quefembora É'sì|Íh'?lnc. tivesse rotoçafi W °r aises latino-am _ '
Éãnpsultas feitas junto a ccëlegasedea fàuestão tivesse sido
- - tícia G GU - ¡S90 Se Ii
141. House Report. n. 94, 1476, 94th Cong., 2d Sess, pág. 55, 1976: os, nao tivemos "O _ - ' ela doutrina. _ ›

.. although the shape of an industrial product may be aesthetically gbordada, seja- _pelos tribunais. sola P te na atuahdade li

satisfying and valuable, the Committee's intention is not to offer it deve' semnjuvida, ao fatoà deLatina
GU@ Sonfen -
estao se aproximando
copyright protection under the bill. Unless the shape of and automobile, Americ
alguns,paises_dâuSmaHZacã0_ I _ i
1,
air-plane, ladies dress, food processor, television set, or any other
industrial product contains some element that. physically or concep- do estagioide lr' '. ~eS dos ri-¡bunais brasileiros I

tually, can be identified as separable from the utilitarian aspects


i of that article, the design would not be copyrighted under the bill. Não obstante, algumas deciso questão Vajendn, por isso.
The test of separability and independence from “the utilitarian aspects tocaram em PO" tos proximos a › l
1l of the article" does not depend upon the nature of the designan -that
serem referidas- i de Justica do Distrito li
is, even if the appearance of an article is determined by esthetic [as
opposed to functional] considerations, only elements if any, Which Uma decisão do antigo Tr¡bUì›:ã de 1958 äpäfentemente
can be identified separately from the useful article as such are
copyrightable. And, even if the three dimensional des' n t'
Fedefal- datada de' 5- de't 3905
negou Proteçaa de dlreì 0
. 1
autoral a criaçao no G ampo da i
some such element [for example, a carving on the backig of con ains
a chair
or a floral r el'ef
i d esign
' on silver flatvi/are). copyright protection ' Form follows function,
would extend only to that element. and would not cover the over-all 142. ii l ivm
_ - - ' tion of that contentiofl-
ln the 'elec '
1 f art'-
configuration of the utilitarian article as such". in the credo of on@ S°h°° ° 127

i 26
ji
il
l,l
ji;
mi
Diaiaito DE AUTOR No DESENHO |NDUsTi=i|AL oiai.iiviitAGÄ0 DA PROTEGÃO i i`
moda [Apelacão
_ cível n. 45.213). A ementa foi assim re- . "es, dadü 3~ conc epção
digida: soma de
com base nadu?rlfd¡dade e daimDf§S_S° _
individualidadeíe seu autor»
“O direito autoral não protege as cria 0 toque da Orlges digna de PY0feça° lega ' - mo.
ticas para o vestuá rio
` f eminino,
' ` çöes de linhas esté-
destinado a determinada então surge ao contrário de negar proteçaiwçbãåndo-a
estação, por isso que tombam, desde logo, no domínio C0m° se Yegšgcaå reconhece em tese' engšldlëlã de model0
público, e, em conseqüência, o seu aproveitamento ou ade- delo, o acor la por nãc, ter havido contra dé determìnada
quação por terceiros não constitui ato de contrafação.
no caso em tïãd somente aPf0Ve'lame"lO '
O aproveitamento de uma linha original de vestuario na Gm sl' 'ÍlaS~ _ i'veI como tal. _ sí:-f_ 4

confecção de modelos, constituindo a utilização de um tra- concepção nao wtf ado Tribunal de Justiça de Sig gamg
balho de arte figurativa preexistente, para obtenção de Úutro afordëoelell 9196956. Pedro Selgl?:›sDIgtllâ e outro).
obra nova, posto que possa representar um plágio de con-
cepção, não é considerado ofensa ao direito de autor." lplwpelaçam-E
C aves olliltllos X- Livrvson L¡V§?5S±$al)diÍcde direito autoral
-¡ de 1971. i Tra-
(5.“ Câmara Civil , TJ Distr _ F e d era l , Marius Lauritzea Bergn datado de 22 de. abri * ublicidade - - de PBGH
' teatra.
Id de de
X Estab. de Modas Canadá S_A_]. de Poster' destinado H arado P PC" a ¡ U nos da Facu
" A 8 ando
Na verdade, o acórdão concluiu no sentido do segundo tava-se de tra balho pi'6P , _
Artes Plasticas 8 d Fundacao
2 - Fm 0 que
parágrafo acima transcrito, não autorizando a generalidade '
Comunicaç0e5 " e a base de estudo fotografico. teatral que
do primeiro parágrafo da ementa. Tratava-se não de um Állfareâ lìåïeìll-i(ãir" Por ¡nlluênclìntlš gerììroducão não
determinado modelo, mas d e uma linha
` ' de moda, denomina c¡åda Evidentem - _ _ ïtendo a
ou estilo estava sendo anU“ das' res.
, 0115910"
- 'ln deniza§a°-
a chamada linha Y. '43
autorizada_ DOY parte
- di- -ida:
Assim, tal julgado não decidiu acerca da proteção autoral ementa sido assim re 9 _ nada. em regra' pela
l de um modelo de moda, mas sobre a impossibilidade de › -
“A Obra artästicšiutsotì Não'- porem,
considera 'fefmlno ~
trabalho do foto-f
exclusividade sobre um estilo ou concepção, "e, como não
se ignora, porque seja de sabença por demais trivial, não assinatura 0
af@ ou do escu itor. _ - ten do
r, nao _ sido
há plagio de concepção ou de idéia em matéria de artes gr _ - Gäo por contrafaf;fi0 de pofìlãde a soiuçao que
figurativas no campo do artesanato. Em verdade, nas artes Na indeniza_ de Venda de cada UrI_I ,_ '
figurativas, 0 equivalente à idéia, na gênese da criação, é provadg
i
um conjunto de dados visuais que o artista extrai de sua Se imp0Goépãeâg avaliacão
' em execuçao
-b na| de' Justlça . de São
_ ~ bém do Tri u _ fins X Te- l
imaginação, de obras preexistentes e do mundo exterior. Outra declïaolotïilvelu n. 205.749. Alde¿l1nlr2¿llVlcel¢le março de
ii li Desse modo, o artista não pode reivindicar para a sua Paulo_ [APe afíïør S_A. e outra), datada_ edo artista sobre
li

concepção ainda em matéria bruta, posto que animada por levisa36Excé-ššlheeeu 0 direito eãclus%0erc¡a¡ [publicidade
se us d ados visuais,
' ' o direito
' ' autoral. Mas, criada a obra 1972. re finalida e G0 _
0 uso de S_U-9 0 bra 00m ' tes termos-
ús¡Ca], nos Segui” ,
143. Segundo o texto do acórdão, a linha Y seguiría a silhueta da
( letra, com ombros largos e as cavas das mangas descendo em ângulos de um_ le-Stwal
- . de m t e ncendo o direito de fepfodïšâodã
- o
abertos, “estreitando-se triangularmente e envolvendo o busto. de “Ã evldãncla calfteistlãlïrsomente el? pode allflwoalllizblaalde comer-
onde descem os tracos _ em d`iagonal, até cruzarem em vértice na divulgâçaogage a divulgação é feita 23;? Si só o prejuízo.
cintura, onde, confundindo-se, na mesma linha da saia justa, vão no- sua o ra. _ » 'a demonstra, ' ' econò-
vamente afinando até os membros inferior ci'al . essa ue ao autor cabe participar
circunstancl , _ dos Pr QVBIÍOS
em vértice, configurando-se a letra Y do alfabeto". Acrescentava
es, onde terminam quaseo
acórdão: "Em conseqüência, logo se está a ver que a denorriinada uma vez Cl
Linha Y não e' um modelo de vestido, como não o foi a linha H, como
não o são modernamente o "saco" e o “trapézio", mas uma idéia, 144. Cf - texto do acórdão citado.
uma concepção".
145. RT 428/202.
128 146. RT 444/100. 129

Li.

k
fa_ DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
oEi.iiviiTAGÃ0 DA PROTEQÃO
micos decorrentes da divulgação comercial do seu traba- ' ' no C850
a desrrecessario
lho intelectual". ~ 'ustifica 8 el' tiva de que
autoral-_° que na-0 Sãl ualquer forma. 2 asser - - f ' o
É por isso que não se pode compreender outra decisão, especifico. infeliz, G Cl ensagem
_ d e S er fosse a .b.`-¡dade
m PU blicitaria.
, _ ao dg BS Sas curtas
posterior, de 27 de agosto de 1974, do 1.° Tribunal de sua unica rflZ_ _ - si I
-» nao elimina
que. allaã' ' is com a POS ' írem Obras dota-
letra constiïu
Alçada Civil de São Paulo (3.3 Câmara, Apelação n. 204.757,
Pauta Gravaçöes e Propaganda Ltda. X Municipalidade de eoes mU5_'C°?
ãcå2'\På>ã|;¡e1or artistico. USP acima refefldol em que
São Paulo), a qual, com a única finalidade de aplicar o
imposto sobre servicos
, sobre o resultado
~ econ"omico' d e- ' dão do . ' Martins, l i
Tanto I10 caso däcb acìdiçiercial de Obra. de dêlllqeìldllde Janeiro l
corrente da criação de /"ingles, chegou à absurda conclu houve explogüåo de Tribunal de Justiça 42] Hcou assente- l i
sao de que ¡ingles comerciais não constituem obra pro-
tegida pela lei de direitos autorais. A ementa tem o se- quan t 0 em_ 75 iApeiaçfl° " "-_ 91.4
_ . de do son _ oma@
de 15 de _|Ull'\O (18 19 _ 1 de obra eal'l\IlSÍlCa clågen
;,›=
-qb
tn-|ZaçãQ,V :_`\-¿fl ,ZA
i

ll
1
i
i
guinte texto: 50 comerolfi I , -
d0 fille Q ul eu r_T\leste ultimo. tratava-se da U lásticos
_ U ,Al
,/ › - l
“O imposto sobre servicos não incidirá sobre ob ras d e do f to de Couro B P . 0° iJ*«rol->`-
, ±_rm=_m±o____.I.Cl
_ __ Arte H , de
gg:-l barte de Trevoli 5'A' embalagens Para presentes 'd i><<7f\
a ›
arte aplicada, desde que seu valor artistico possa disso-
ciar- se d 0 carater
' ` ' do obieto
industrial ' a que estiverem em pastas eecogaiàees Eñzabefh Barbosa Duarte, tendo si o
sobrepostas, circunstancia que não ocorre nos 'in les figuras de au ori
comerciais, cuja precipua finalidade é a mensagem I 9pu-
blicitária". W reconhecldo
- que: f e nsa ao direito autoral.
- “ p$'lgti
I ---1-' ›
“Caracterizada a Q - d s mai de criaçao
, Hi' nizafšao l
Tratava-se de execução fiscal contra a ré apelante, que não mento _G_e_šP*lqra%eb0 altllltoll da oÑ-3; la ca~lVeleaablidceando ao
retive ra as parcelas do imposto
` '
sobre serviços de paga- šeìn autorizaggo 672 daìódigo Civil¿ nao sue Se refere 0
mentos efetuados a título de cessão de direitos aut ' ííšvista no aftt-O 0 fipo de rePar8ça° a q
de artistas que, a pedido da ré, criaram. produziram oraise
gravaram__ co mierciais
` ` " para publicidade, também conheci-
°aS°› e“"eta" ` 0 có¢iigo"-1” _ ue
art. see do mesm
_ - moral do HU tor d B _ fotografia- em q
_, Gonsi'd e rado
dos por ¡mg/es _ Entendeu o acórdão que ¡ing/es comerciais
e publicitarios nem sempre podem ser conside d Mesmo 0 dlrelto va r dano material-_l9 da Segun d 3
ll intelectuais protegidas, face à restrição do art.ra 6.°,
os n.
obras
Xl, nao Fe podçnãglillgagão em lamosll dlãcåâaãe outubro de
l d
a L eiI 5.988, de 1973, visto
-
que U num ¡ing/e
1
comercial, passlvecll 0dêulpremo Tribunal
dinárioFedeçì - 627 ` GB ' in RTJ n. 67.

i
nunca se pode dissociar o aspecto artístico, de que raras Turma H-
1973 ([l;t3e7c/usrïå Extraor hum dos acóp
vezes
e se reveste, da mens agem publicitaria,
' ' ' ' que e' sua
unica razao de ser"_14B págs. ' ^ que nen -
Apesar de tocar por alto no requisito de dissociabilidade, Pelos
_ casos acima
dos relate0l_°S
exclui a sea fl; aplicada
' dão deda27 Pfoteçao
de 3903'
que não aprofundou, o acórdão em tela, na verdade, consi- daos menclona "o do malfadado acor
derou o imposto devido por não ter havido a averbação autoral. Cflmdeexçilllïinal de Alçada Clvål Se qsuãeo bìulllngllelì i

da cessão conforme o art. 17 da lei de direitos autorais, to de 197 - ' 1 genera Hzaçãó._ amen
_ .Í Se de autor. decisão ll

condição para sua oponibilidade a terceiros. Deveria o em


_ censufave,
~ - De l a lei de dile' 0 ecial
laveis _ levan do-se em l
acórdão ter se atido a este ponto em lugar de tecer co nao sao tute cuco peso, em eSP _
sideraçöes sobre o alcance da proteção
1
às obras de arte
n'
essa lsolada e ålemleramente fiscal da ClUeStaf)'_ de 13 de
aplicada
_ sem a n ecessaria
' ' profundidade, pretendendo conta o enfoqu ta uma deciSf›\0 .
excluir todo e qualquer iingle publicitario da proteção U nic
' amente no camP0 Penal Corpus
sons n. ff4.690 - 5-a Camara-
que foi
mafçff de 1973 [Habeaâ ` inal de 36° Paulol' em
147. RT 473/122. do Tribunal de Amada nm
148. Cf. texto do acórdão citado
149. RT 5n5/230- 131
130

ii
DIREITO DE AUTOR NO DE
SENHO INDUSTRIAL

concedida ordem d
com base em reg¡štI%'aScamen_to de queixa crime a'u¡Z d
milha pré-moldada para 3 Flfãlfos autorais para uma gala
crianças. Entende _ 396 os de homens se h _

'åeammodo
Casados é uï1°pÍJå*L'
que “0 mod i2a-'_'fl 3”ustrial “milha pfåmìlãšdâ
e não obra de ,.
3 proteção adequadaelgtíãålãtrãdo pelos querelantesateìiå
esenho industrial G patente de m d
auto . ' f
› _' n“"Ca› l90l'em, d - O e;lo 0 U
Carátršl àlgísïgšdão, entretanto, não qouefãååsìtcifi de dlreito
1'
inexistente no casco mågrelo. fille. alias, parece '?otì\l/lìetdtal VIII l
à promulgacão da L' . esça-se que a decisão é a - e
~ foi_ abordada
nao - el nf_ 5_-933. de 1973, motivo n terror O CRITERIO DA LEI BRASILEIRA
prevista no inciso 2? dacordaoofifluestão de valor grgcçsgue
dado h¡Stór¡C0 que devì art. 6. _ E_levando-Se em Coma e lco l
"US Seguintes termos: ser Conslderada a ementa. redigìãã l
“Tratando-se d
te ,.eg¡Sh_adO C%[;“c?%<äf>a0å1 desenho industrial erroneam 1. Do ponto de vista do autor
“possível a violacão dc eaIatrte18n4a Escola de Be|aS_Artâ-2.
aar no caso em 'd. . - o CP. É U ~ 1 Não resta dúvida que a criacão estética
. . no. campo das. artes
ão
tec- _ |_re|to autoral. É - _ Cl e nao ha
,w{ã°NF¿ì?ã1r¡]a«? ätularidade de patente Itïltšjrltìrajãildsavel a pm' plásticas merece a tutela da lel de direitos autorais. n
a Propriedade IndustriaI"_ a pelo |nSt¡` só com relação às obras de desenho, pintura e escultura, l

como, tambem. ' ' obras consls


quando tais ` t em em projetos l

e mc delos . Tratando-se de obras de arte aplicada, não há


como deixar de levar em conta oivalor artístico\ o qual,
no caso, é condlção para o reconhecimento da natureza ar-
tística de tais obras,
Não ha como negar . valor . artístico a .certas criaçöes
- d not l
l'

campo da indústria, as quals,reconhecldamente, sao o a- l.


das de valor estético. A titulo de exemplo, pode-se l f referir
oso
o projeto do Hupmobile, realizado em 1932 peo am
designer Raymond Loewy. Segundo palavras do próprio
Loewy. em 1979, quando completava cinqüenta anos de ati-
vidade em desenho industrial, o projeto da carroçaria do
Hupmobile representou mais que uma idéia artística dife-
rente, consìstindo em um novo conceito estétìco.15° O

150. “ . ._ the car was more than a different artistic idea. lt was a new
aesthetic concept expressing a feeling of slmplicity. The rendering.
with its interplay of highlights and Shadows. its fleetness and motion.
was itself a fresh concept, which in turn had a deflnlte effect upon
the automotive industry's advertising" - Industrial Design- RQYWDHÓ
Loewy. New York, 1979. pág. 64.
132 133
|l
l
l
l`-
¡›.
L

al

e/

fé éfifuítA

0 Hupmobile desenhado por Raymond Loewy em 1932


_
l
` l li

Fi No oEsENi-ie ¡N ousTniAL CRITÉRIO DA LEI BRASILEIFIA

. lzel' efn r I "'


arquiteto Lív' - _@ ¿$80 ao de - _ A redação do inciso Xi do art. 6.° da lei, empregando o
expostas em“l9|išV:{0f?¿¡ìCIdo em 1973, Scìillåìs? cblbïästçlal do termo sobrepostas,154 parece sugerir ser necessária a
fescas ¡um¡nár_ seu de Arte d _ s oram possibilidade de dissociação material entre a obra artística
.
ticos como ma las para exteriores
.
'ó' 9 S30 Paulo - G-19811-' e o produto industrial, como, por exemplo, no caso'vel,
de uma
~
¡asi .
Cmzmms Ganetas . ± orneiras
. 1 chi;
J las,- utensilios d Omes.
- que
. . talhe _ - veiros va pintura feita sobre a carroçaria de um automo
des/gn de excelent res,› sao co. nsiderados' ' 9 S031 bande- poderia ser raspada sem que o veículo perdesse sua inte-
luminária S escreve e mvel artist'100. Sobre U XemPl0S de gridade, o que não aconteceria na hipótese da obra con-
Ayala: “Ve¡,dade¡mël. em 1971, 0 Grítigo de ma de suas sis ti r n a p ró p ria forma da carrocaria
_ _ A lei emprega, entre-
tando de expefimentglìønumentos de arte cinéêll-de3. Walmir
exorbi- tanto as expressöes valor artístico e caráter industrial,
uma escultura › Para a coo;-den GU e P ossuem sentido abstrato, devendo, assim, também o
em n0V0S moldes" 151 ada consm-l¢ãQ de termo sobre-postas ser entendido em sentido_ abstrato.
Se os trab alhos do de - ' . . . , _ S¡
' - , _ Sl ne '- . Como caráter industrial aqui nao _- /\
W
amS†'C°$- G curioso c g- I L'V'0 Levi foram considerados bilidad? ul'ti'Tica a exemplafâê caso contrario, ,¿/
smafifl. Paral elamente °Í1s'9"a" CIUG 0 es cul'f0I' Frans Weis-
a escult ura ' `
0 as as obras artisticas '
possuiriam carater `
indust rial, ao 0@-Z
Carroçarias de 0^ - I S e ded - . ) deve ser _entendido indystr
uma obra de artgltl-ïìpcoålsultado sobre cddlbu rã prãjetar menos potencialmente, ' ' ial no_¿ _
si mesma - ou '_ OH eu: ' ' ou utilitario.
sentido de util ' ' "' Aplicar
' - se ia, entao,
" 0 critérib «W
só/,ie
_ “Uma obra CON ecer
'
de”dissociaçao para constatar-se a separabilida d e en teosiofif”
r \
que ela é flor., Q/Het? fala. Nag Se perguntadã ãrte fala pur
nomes mais . - issmann é Consmerad ma flor por cam P os da técnica e da estética. Se a forma estética nã ` ¬
“T'P0rta ±
fa. ao lado de Vito',. nes
0 Um dos quatro
da escu ltura moderna brasilei-
Brecha
puder serís eigaradajo
_ res
,_ /›'
Krajcberg 152 ` fet B,-uno . determinada forma, teremos, então, mais uma limitaçao 49 e 51
I I Glorgl e Ffans tor, a par das previstas nos arts.
Destacand0.Se 0 Va¡ da Lei 5.988, que se fundam no direito de citação e de
objetgl t ais
- obras deOr arte
artístico
a '_ do carater
- .
industrial do informação, especialmente para fins didát¡cos.155
autoral face aos picada enco r
;
it444; 5.988, de 1973 expressos termos do art n ram p"°fe<.=ã0 1971 sur la proprieté industrielle, refuse à ces oeuvres sard'protection.
r le
pende de autOršzQi.ialquer utilização de -tšìífl, n.°_ Xl¿ da Le¡ les auteurs peuvent toujours compter avec celle acco ee pa
açao d S criaçoes de_ statut des droits d'auteur. dans lequel la tormalité du dépöt n'est
exclusivo so 0 autor, a quem pas obligatoire. M. Tinoco Soares estime, à notre avis à tort, que:
da mesmal bre- -as . mesmas, na f 0,-m Compete 0 direito “Le droit d'industrialiser les oeuvres d'art et de les reproduire
tino da 0b,ae'¿u"ì° I31po_r±ando a in±enÉãg°ãoa¿-tí 29 ei 30 en série n'est guère, puisque lesdites oeuvres sont complètement
i-epmduZ¡da_ ,sa fl antidade de exemmares emoguo des. dépourvues du caractère industriel, nécessaire aux inventions, dessins
,_ G Seja et modèles industrieles, etmodèles d`utilité susceptibles d'être
brevetés". Autrement dit. il considere que l'oeuvre d'art utilisèe dans
151. cf re
' Portagem n R . l'ìndustrie est comme un puits public dont tous ceux qui veulent,
samente uma das
_ I
a ev/sta Ve¡a d
| --. __e1-4.5.75, ~ peuvent impunèment se servir. Or, ainsi penser, c'est méconnaïtre
Égtfïllïã-às ¿ale calotas|nle|glìérlÍ'a,fasd?:oLiVI0 Levi exiblìããsnãïšalncurío' les príncipes qui régissent la législation des droits d'auteur qui declare
-Iinger a¢¡ma n rapostas, cpm evista proteger /es oeuvres artistiques indépendamment de l'utiIisation qu'on
lutamente diversas relatado. embora esteticanljenìguìbajagio ìaso
a so _
leur donne, si ceci est fait par I'auteur ou avec son autorìsation
[Arts. 29 et S0. loi n. 5.988). A vrai dire. il n'est pas logique que i
152. Ve/a, 14.5.75,'›pág_ 93_
l'emploi d`une création artistique dans l'ìndustrie lui fasse perdre le i
~153-36'basti= Celso B caractère artistique et, en même temps. la protection légale a
En fair - ¢ie“°Plus en °føes
| ',.ob ' ei I
'-'_ Pag. 171/3, ' ll s`agit
laquelle elle a droit. ' la.
` en eftet, d'un por'nt sur lequel la
lqlanl-'dSus|tÍ`
) ledtdmaine
1 arflsfljqllìi. |O|:duStne
e t Va
- . cherchìclmãgsa ãrrespeitoz
veritables Oãufr-';êcolats,_ un grandPnäm;rigsä voir¿ Par exempgpaågï
I ' - a
doctrine est d'accord".
154. “ Obras de arte aplicada,
'
'
p d \,`
d es d e q ue seu valor artístico pos a D), i
'industrial
' do obieto '
l
dissociar-se do carater a q ue estiverem sob /- Il

de la reproduction amSn9"'.eSf de Peinture ouedboltes ómementées de postas".. _


fippartenant à des' aïrrlisstã-ne et Vente dans le ecgifvuresl sans parler
S _ Pemtres
- ren .
mere B d 6 dessins
. 155. Ocorre, no caso, um confronto entre direitos de naturezas _
Ornés. BÍEH que la loi de diversas, sendo o legislador torçado a optar por aquele que mais
137

l
i
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
ømtsnio DA i_iai si=iAsiLEiRA l
Em outras palavras, somente deve ser negada a proteção , delo e desenho 'In dustrial. Cum'
-
autoral a uma forma artistica, quando a mesma constitua
X forma Q“a“l° as patenlìispeiemlfllïa iei que fe9“l9“ sua
A /
1-- neçessaria
K
~/"\/fe para a obtencão
_ de um result a do técnico.
A par da tutela _da lei de direito preBdr2iìlll(l?Jl
U0 Ílugecreto 24.507, de 29en ìle
' tituiu re llnlolso albe paten-tes
0
orais po era' o autor, aquele regu lamento.I GU@ '“S_
. dusmal _ em se U art. 1. que
previa h
caso sua criaçao possua condiçöes para ser industriali enho e mode o in f . tm- de desen 0
za d a, obter, também, uma patente de modelo industrial l
na forma prevista no Código da Propriedade lndust' ll
Uma patente de modelggddfcrial poderá ser o-btida, ria por
äedlilreeslto de obter Palellle Competlãa llliclzaìïlåo industi'ial›
ou
. . modelo,
29 do n0\/0
ai-±_ 2.°e estipu
°“.gmfll'
avapâlì ng@ poderiam
, ser P"lV"
de cunho pu-
i
l

outro lado, para formas novas, às quais_fa_lte cunho artís- ïgâlìšãos .ios objetos, modeloâ iäèsdsìsnenlètš considerados
tico, sujeitas apenas ãos requisitos de novidadeïfcaråter » I _ . . il O
l
l
\ i mt ria,I caso em que tal criaçao ' " nao " e' objeto
' de tutela ramente artistico' ef-l de produtos industriais - _
do direito de autor, por Ihe faltar o requisito de valor C°m° Sllnples- acesïsrsliobsilidade de ser a Pateme. expelâlcllilì-
artístico. 69
em da lel prevla
nome a p J'urídica.
de pessoa eX¡g¡adesde que P*'e_e“°l“da
3 api-esentaçao a da
de prova _
i i ,
É)Ú mesmo
Í. criterio
, _ se aplica. para o caso
_ de marcas de ín- dicão do art. 11› df que uando 0 deposltante nao
M sria, comercio ou serviços consistentes em desenho
cessão dos dìreit0S dã lautorldìsenho não houvesse SìCl0
artistico, as quais somente poderão ser usadas ou re gis-
'
_
tradas pelo empresario com a expressa autorizacão do W559 ° autor ou 0 mp e' 0 oficina.
Ou caso em que Pe rtence--_ l
autor, como se depreende do n. 15 do art. 65 do Código executado na -ill? 'lbrogalaforma do art. 9-°- O all' 14 olltllel.
da Propriedade industrial de 1971. Pode, assim, ocorrer *lam ao. pl-Oprlrladb lnúmero da Païeme n°.s oblelosl pllcallta
W d_
em _relacão_ a det ermina d a forma uma cumulação entre o gava
. a lnlillcìlllballai
an patente sujeita a .caducidaclã
-ti 1 iïçjeafágrafo
ireito de autor e o de propriedade industrial, seja no Ezllleloesllpleosfacão por um' allo
campo das marcas, seja no dos desenhos e modelos in- . ' HVHconãlìiragtlll/glzalal/iolação
m ' dldestriais
tais
dustriais. Úmcol' O art' 21tentes
estlpude d ese nhos e modelos in U .
Palentes' AS -pa teladas pelos co'd'iQ0 s de proprie-
loram-sucesâllanlïglaeqåäntes
dade industria s t de 169
1945.a 1967-
189 do1969 e l971Í
Decreto-lei
“+2. Do ponto de vista do empresário
permanecem em vigor os _ai;lSàe Industfiai de 1945, que
Gozando a obra de arte aplicada da proteção autoral, po- 7 903 o Código da Proprif-I^ ali ropfìedade industrial. O
dera a me sma ser 'industrializada
' ' '
mediante ' " do
autorizaçao trata dos crimes em materla e "pa pena de detenção de
autor ou cessao de seus direitos patrimoniais, de modo art ` 171 'Sdomeses,
Códlgo0U_mU
de llll-:ls
quedo industrial atua na qualidade de simples licenciado a dgefllblìinhentos
. . a cinco
ado por mil cru-
patente
ou e titular a título derivado dos direitos de autor. 156 blglrãsseçlara a violaçalo deddilïceìläl ìììeaìulessas que serao l
' deo in US " ' 72 O art. l
de desenho ou mo S hipóteses do art. 1 . ii
beneficie a coletividade. Essa contraposição se evidenc' no t aumenlšlçlas de Llmeteclgoiallìa indicação de m°Élel° ou ¿Ea
xxvii d a oci
e araçao~ Universal
- ~ ~ Humanos [aprovada
dos Direitos 'a alna 174 tlplllca 9 Crlm tenteado. A HGÉQ Penal e a prevl
||l_Sessao_da Assembléia Geral das Naçöes Unidas a 10.12.1948), senho depositado ou pa tabemcendo 0 art. 189 que,
cuja primeira parte preve o_ direito de todos a participar da vida.
cu|tural_, fruir as artes e participar do progresso científico e de seus nos arts. 181 e Segulnlesl lïlserá ser intentada açä0 Para
beneficios. enquanto o inciso 2 garante ao autor a proteção de seus
~ ~Grlml
a Pai' da açao ' 'na. P0te com cominaçao
- ' d B P ena pe-
interesses morais e materiais. proibir a vio _
156. respeito dos contratos de desenho industrial, cabe mencionar . ~ dei-á ser modifica
" da_. alterada.
d
o Guide to Conditions to Contract For Industrial Design, elaborado bra do designer nao PO - to. nao deven o
pelo ICSID - International Council of Societies of Industrial Design, pula-mlo que
corrigida ou šdgPtada
tn. sem seu nome
ão do eXPI'e5S° °°rlse"t'm%l¡l0
do designer P ¡abr¡cant.e em I
Paris. 1970. Tratando no item 0 4 5 B dos direitos ` ' ser permitida a u izaç h m s¡¿° alterados sem o seu conseri-
da obra, o ICSID recomenda que. o. . contrato
_ a integridade
preveja cláusula esti- reiaçaü a produtos que ten a
flmentg (0.4-.7.C. -
138

il.
l
l
____________IIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII-IIII---------_____7 l

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL CRITÉRIO DA LEI BRASILEIRA

cuniária, a qual poderá ser cumulada com a de perdas I


..
roteça0 fepous
3 [10detutela
que
fatü
e danos. O lundamento :lšuntdlir la tutela dos "1°d,el0S cgglsïir mes-
Além da tutela do direito autoral e da exclusividade con- não se aaLf]2gênc¡a
contrzå deviìcïrência desleal. P0de"d° esta su
de primeira.
ferida pela patente de desenho ou modelo industrial, po- mo n
derá o empresario amparar-se pelas normas de repressão . . . '(3060
~ SGl'Vl'l
- ql-1e_S_e coloca. entreuando
A questao tant0.G_ Sealml
nao oco rra a '-1
_ hipotes
_ .. d e
à concorrência desleal, quando não possua outro título
que Ihe garanta exclusividade sobre a forma dos produtos deva ser rePi_'I_mi de mesmo Q
OS autores , . a~ P reibicao
favoraveis ao tra_a
de sua indústria. Não só o n. lll do art. 178 do Código de de Corllundlblllldïdlãundamentam na tutela d0 ffU†° g
1945 define como crime de concorrência desleal o em- imita@-20 Sem . -0 e de avlamento. _
prego de meio fraudulento, hábil ao desvio da clientela, balho d0 emplesall ~ vil é aquela`na qual Sa°
como o parágrafo único do mesmo artigo enseja indeni- Segundo lsay. isi a lmitaçao formeSG?e nas dimens
. ¿es ._mesmoão
zação por perdas e danos por atos tendentes a prejudicar' '
eepiadas fielmente. Ha -
I me cujas forma s e dimensoeS , -S a
a reputação ou os negocios alheios ou a criar confusão aquelas par tes da maqu funeionamento tec _
, meo da ,maquin Söes.
entre estabelecimentos ou produtos e artigos postos no . - mes para 0 - ~ mas e dimen
mercado. Assim, os chamados atos confusórios encon- llflledill-lllblllíleproduzidfls
S -Com ellalldapmãisrdcoltabricante
Q pl'l . mesmo
tram reparação no âmbito penal e civil, em decorrência da maquina- - Pro duzida_ DeWgemente.- Roton di I concentra a1
das normas de repressão à concorrência desleal. ClUa“d° po deriam variar ' itacão servi.¡ no P rotótipo.
__ d0 S¡¿e_
qua
Entre os atos confusórios, inclui a doutrina a imitação proteção“ c ontra a Im de~ produçao
_b_`_dade ' -massificada. 00'*
_ _ _ resunado
servi/, a qual, por este ângulo, somente incidiria sobre a -Ve e possi ii . ~ er obietivar ,
forma externa do produto. Nessa hipótese, mesmo que llšbldo llêglllma Sua apl'0prlaãrÍiO'l'l§são do aviamento Oble'
um modelo tenha sido objeto de patente, cujo prazo de do trabalho H lheio e ¡mi! 'Gal
vigência já tenha se encerrado, não será lícíta a cópia †¡V° do eslabeleclmenlou - ~ d l entos variados
servil que enseje confusão, visto terem os concorrentes R Í d,_ se refere a` combina@-90 , . 6 e em
uma obrigação de diferenciação. A fim de evitar a con- 0 On H 0 b tenc- ão de -formas organicas
fruto i
para . 6 Bwmplexas'
fadig-HS despes as Pe° ¡
fusão, devem os concorrentes, ao fabricar modelo de do- gd -~ '
riencias re alizadas com , -
mínio público, introduzir pequenas modificaçöes, desde e Bxpe ' r realce ao elemento tecnico' q ue_ r
empresario, dando maiod to O problema se coloca. Plá'
que tais modificaçöes não impliquem na diminuição da à forma externa do PY0 U .fsmo ' ^ '
economico, da chamâ
_ H l
utilidade do produto. ^ do arasil vldade
tanm' sgh 9 angllalìitarig servindo-se do fruto da ígrrente l

A utilidade do produto, entretanto, deve ser entendida em concorrenciadpaempresárw de criatividade do con


sentido amplo, inclusive sob o ângulo estético. É nesse de pesquisa 0 ' -
sentido que Casella (“lmitazione servile, confuzione e 1 lo o aproveitamefl to do SG9l'ed° ln` l

confundibilità"] se refere a uti/¡dade estética do produto, dustrial. h fteee cria um desequilibrio na C0:
chegando às seguintes conclusöes: a] que a utilidade de ' . ta<;H0.
c'
nessa .'pg - i - ~
sicao I
vantal0S_a e

uma forma consiste no atendimento não só das exigências


técnicas, mas também estéticas; bj que a utilidade que êolljãlncia i ficando o., imitad0f_ l-Tådbji?
| , tirando proveito d0

relacao~ ao 'imltad0.la que . 0 d nn.imitado.


- PO de opor a GSÍB
se realiza na forma do produto é livremente desfrutável, _ * . S uisas 0
sempre que seja impossível variar a forma sem prejuízo investimento em
_ .Pe Cl custo. i

de sua utilidade; c] quando a variação, mesmo que par- um produto 'dentico


i de mew" _ - ~ en/il. e a f Of ma ll

- diversas . portanto 1 -'fl im|taça0


o -interesse do emP"@Sá'l°
3
cial, é possível sem prejuízo das qualidades do produto e
de sua utilidade (técnica e estética), surge uma obrigação
de não imitação, devendo a modificação ir até o ponto
FI9Ul'a§
distintiva. GU@ tem por
objeto
l
que seja suficiente para evitar a possibilidade de confusão. .
157. citado PN H°†°" dl in L'imltazione s BW me com@ ^“° “ll Sleale
Concorrenza-
140 141
l

tl
j

. si=iAsiLEiaA
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL cnnemo DA LE'
.. -' nã0
na diferenciacão. Esta é conhecida no direito alemão como _.lidade. desen hos G m°de ies industriais _
-d com base nes prin-
Ausstattung, que é definida com t d delos de un “ odem ser PF0Íe9' os or Pelten'
l ñgx apreensível com os sentidos, que, o no"so aaforma concreta
a'ñìbientes_çpmer- patenleâdorseigiïlsgão da concorrência desleal' p
cipios a _ _o úbuco--_1su du_0S_ _ _
sr _./__tV.
c`i`ats*d¡retamente
_ kinteressados, tenha
_`_conseguido o valor cerem ao dominl F; ____d0_Se à confusão entre Plå__ que /__,?\\,,
deum sinafdistintivó
MP* S;9 »V - flficar __ de ¿nempresario_oL¿L'do“neï`a7d_ën
`* C ' ' T `
um r oduto. Tem um §¶1¿m' " ,,o Tullio Ascarelj. YF ef \_,¡¡~ie1 Descreve Asfiar
l ¿gw yl J
mpreender, iifiusive, sinais ni)_i1egis- faz mençao a` `|mlÉÉ1,§
, ac' a ser
¡mitaçao Por@. u\ r(\»,±\¢`“ U
'*° `~ servi'I c onstitui, ef ”
l l \`J
tráveis como mafcãfšeu único requisito é acapacidade sustentam qUe _ _ contraflëf 0,3 \\ ff'l7\
¢>/ dšìñwtiva. 15” ' alguns
mesma. um ato de concorre'l°la_
- tt' ' $§Éa~
' 1i3~°rvT* tentam _/ sf (9
OS SUS . iv ff `
princiPl os e correçao i'P'2Íl§åQllš=1l› que' outl tituirA C ,_~`-' V l

A Ausstattung tutela uma situação d f -f'f¬¡taçao SGYXL_`¿BJ?0t“Ío'dütos e. P0l't_àífí† La1:'


de Ser 'da
"el°l'm'-.f se conS
e n se
-g marca re is da, que configura uma e ato, c2F_I1La_Q%!-l9'
situação jurídica que
Lim rllteïídeïonfüsao Gnlll-e-O~$ñfl:l*isãtï i *citando varios Jul'
formal.” " , Í p0ssi- -- e 8 CO
dcorrerìl -
><¿&@,Q@LS¢<*-0m°A
_ `¿isstätt¿1g, que se inclui ' ' no ambito
-disciplina da concorrência desleal. Têm-se, assim, duas
^ da gados 'ita lianos nesse S6" tido. ,
- ser essa U mma tese . a melhora criarfun d acon-
da. l
situaçöes contrapostas- a prote ão EntendB_AãlGìleell-il lei italiana 3 malos aptos
gistro e__a_ que
_ decorre . do' usg, Rd/'g`_'§
çependendo
ue d 1Loi1e\do_¿e- . de um con corrrente. 3
^ Q/ ___ __ esta de ¿uma visto fe em' "`"/_`-a.àtividade
*[05 Ou _ _ .
_ ,
0nc0rl'ël'lGl§ J?-7 ¿Q ¿M1
l

i
VD, Í/l

\ "
situação concreta de confundibilidade perante o público lusao Congeošelgllšgäífico _que da 0
abs dlsllllšllrgãbiflš â das\± .¬__>`“.V
V
consumidor. Acre Seen _
_ d -vem direitos U 0 /_`_ Ji,/--¬~› ` /`~='
~r
Costuma-se comparar a posição do titular da forma não leal nao eri _ Ha a, forma~ , --de um_ roflu/. 'C0--
. ` r-. i í" zi)
\
registrada a uma situação possessória, decorrendo o di- ä%%G/5ë lSl clltmdja Ílàlscip ¡na dos enS '_'“êtllïlQaalls-
reito de- uma relação de fato entre o sujeito e o sinal, "Tais ireitoS 5°. ell'va 0 âmbito dos bens -"Fale-l iaida tute- tf-9*.W
6 por ¡eso só existem n d ambito 1
estando seu âmbito circunscrito ao territorio em que o do
ente l'GG0l°l hecidos. Cl@ mo ao
- Cl'-le»
O d e ser OPfotegl
lola . 'da
. -em Si- “T
- J*
sinal é conhecido. ie d os modelos. 3umcamente
m loma n proibirse p- ~ . sua utiliza d.f 3°enma. .,o of
Bonasi-Benucci inclui no rol das formas distintivas não mesma. P<_1:_f_ïlš_'_"fl0° ¿G een ao _ › entre eproälumesma
tos I $›lo\st¢'ä<_5
registradas uma série d e e l ementos que vão desde a ma
ca c omo considerada
' tradicionalment
' ' ' l I'-
mo mslhllno se verifica,
veis. - adotad erSaìaåue - aderindo-se
er consi . à- pri-
forma do produto, aos sons, os slogans,e, inc uíndo a cor edea
as formas C ueira. P
í3^__Gama elq ' 'ie reco nhecer P0l' tempo ln droduto. e terminadoana'
ob`et
1 os so' indiretamente
` ' '
referidos ao d l
viço [como as faturas comerciais, listas pro de
utopreços,
ou ao ser-
veí- mella lefedããesgblre
uma Pl'° e . o aspecto
' ci lina os mïlmabêllealtllslll
' Cipue. G0m°
e vi Ora Se
culo s, o aspecto do estabeleciment
' iegs ã prevista Pela dls ~ de uma Patente Cl”. 9
o, etc.], '59desde
concorra o elemento da capacidade distintiva. que
Seu valor sabe. dependem da- expe d Por icaqisS0_-“e9a a possibiiidadede '
não é autô nomo e a tutela tem por objeto por temP0 determina - '0 ios _ da_ c9i1G
. _ _ ,, v lea - - ' t de l à con-
iml'
empresario em diferenciar-se. o interesse do e eplicaremofiQ_EQ':_'_l_:_'a__d_T¡íc-mra/_Ú\$sibilBade\/-
s\ç N11 ceto ¿r deste ldade-
Gama Cerqueira, referindo-se a ia 'É° se' Í 3 . ¡ de iviiião,
d esleal tendentes a criar
' confusaoos" atos de concorrência ___,,'¬a qua referir uma decisão _d°_ -l-llblålea art. 2.598.
tos, produtos e artigos, consider entre
" 'estabelecimen- Élnteressanteisz ue negou 3 ap,llCa.ça0 ¡.V¡| por enten-
a que as invençöes, mo- deu 6.5.196§. _ q em caso de ìmitafâao Se '
t58; "ln altre parole l'obbligo di evitare la confusione tra merci non n. 1, do CC italiano
e automaticamente escluso per il fatto che il segno usurpato non era . ' dade
Trafadg da Pl'0Í-¡ne Industrial, V0l- 2- t°m° 2'
registrabile come marchio" (Bonasi-Benucci, Tutela de/la forma nel 160. Gama Cerqueira.
Dirítto Industrialel. Parte 3- Pág- 379' . f 208 e seguintes-
159. Bona si-Benuccl. ob. cit,, pág. 84. 16t. Ascarelli. °lï'- CW" pag'
162. Rassegna F'f°P- l" ri., 1965. v- 231- 143
142

,A-=±,_:=
e
oiniaito DE Auton No D ESENHO- iNpusTniA L GFHTÉRIO DA LEl BRASll.ElRA

der não ser a ' '


- -
direito de se phcavel Para exo]
_ com
servir atrib uir
. ' , a Um empresario
- _ o Já a Corte d'Apello de Nápoles, em 28.12.1965, *B4 consi-
tempo. da forma de um r d usmdade. sem limite d derou existente a concorrência desleal por imitação servil
de um brinquedo, no caso cães de matéria plástica [“Pluto"
ter sido, objeto de um ni: c;›_ uto que tenha sido, Qu poderá e “Filippo"], pondo em relevo a possibilidade de confusão
dado que tal forma apósfl elo de utilidade ou orname-n±a| da clientela formada por criancas e destacando que tal
ou a partir do momento ei?n termino de vigênma da Patente possibilidade de confusão constitui a medida, necessária e
patenteada, se torna de do¡g9e_ f0i_divulgada sem ter s¡d0 suficiente para que o ato de imitação servil seja repri-
mido, desde que a empresa ' imitadora, utilizando
l
Sa' que que
p°1'meio do CCd sómlI>Ood3ubhC0` C°nS¡derou ' resentaa 0solução
resul-
Ormas » não sendo ± em encontra r tutela' ain-
as original de um problema tecnico que rep
tgc ~ . _ 0 adaS de - . '
tado de fatigante e cus tosa elaboração, praticou atos idô-
fenãglf-G 0a awamento
“t_l|Idade QuCom 0 ún_c. segamculandades'
à estética __l m usadas para de.
no ' '
neos para produzir o desvio da _ c ien l' tela. \_/__¿¢»°
_ _ . d
produtos dos da concorrênci fo Im de diferenciar os É conhecida, a respeito de imitaçao servil, a posiçao e __@ ¬\
consistir em elem e - H. ormas
. que , ass'im de l
mente ao produto Ontosdacidentais e exteriores relatlï/m R o t o ndi. A imitação servil [Qklavisc _
' her Nacl1Jl_›a¿i),Hem sen- -,W _,\;»
tl<Ã<l_ïécni:G*Q,_GQns`ilštë ñfråïpšlilêšíì ,Q@ïíD
conhe¢¡da como ..'Ba___l_3é_0_ uto_ em questão era uma poltronaá
3 lh 9 io,
independenteme¶e_de
_. de
9° '50 industrial desi n (âìna ' Consïderada célebre no cam patente. Assim, q uando o produto está patenteado , sua
_ nifestou o Tribunal dg M__Pm _relaçao a ela, assim Se ma. reproduçao ” constitui
' ' ato i'l'ici't o de contrafação de patente,
dotto dalla Knoli c0ns____:__a_o: _La Poltrona Barcelli-,na pro- e não de concorr ência desleal . Rotondi» considera deverem
nata da“.a__Ch__e-tto Mies _ va
i a. a meno quand 0 venne dise
'. '_
gam . _ _ n der Rghe 9 ser excluidas do conceito de imitação servil não só a
p__at¦?:_C:) d_e__ll_e_voli.izione estética ed andhänsgtggrïss one! contralação de patentes. mas também a imita c- i

' UHI1 0 i ' _ 0 'as ' '


teristicalsflgïiaånas do pro-duto, que co`its'ET'ííi também ato l
nale che tendeva afìlãnduen Pr_0dctto di quello stile Faïiïgo dãöñïšorrência desleal, mas no sentido de coniusao entre
estético , con quello
i re'
' Conäeguiment
, , 0 d ello sc ' produtos concorrentes. Diz Hotondi: “Ma il problema del
contiene alcun elemeïiïla f":F _lã_ratico. Tale poltrona Egg quale intendiamo occuiparsi qui é quello di vedere se,
secorispetto
. .
ai co _ in ivi ualizzante che S¡a e S _ . ¡ndipendentemente dalla confusione dei prodotti, l'imita-
utilitaria in essa atrgiï-:iš1I:[¡|.,di' forma ornamentale e d¡ f0f_I__1_n zione vada repressa in sè e per sè, come forma di sfrutta-
corrência desleal a imitaèãfieferida decisão exclui da cona mento del Iavoro altrui diretto alla realizzazione di un pro- l
f
Pecie tinham s¡d o efetuadas o servil ' tanto ma¡ S CIUG [la es.` dotto anche non coperto da un diritto di privativa"-. Encara
l
ii
.
d_me__söeS_ .
variantes nas linhas e nas i
Rotondi o dispêndio de esforços, capitais. materiais e tem- I

po para se chegar ã produção de um protótipo, que pode


Em ecisao
d
- .- ante' . ser não patenteável. Exemplifica com um novo automóvel i
I
5.2_- 1953163
. em C HOT do Tribunal
_ _ d e Milao,
--
que possa não constituir uma invenção patenteável ou ser
'façao servil d “ ase ge °°"00rrencia desleal 'dç protegido como um novo modelo.
eXC|u¡da a imitação
. a VGSPH se - Por parte da “Lamb Fe rpg" 'm"
ta' fora 'n Mesmo
ulares lao modelo pode-
carrocaria ou
' cobrir somente elementos si g ' '
ria che pure ha
cas, por
_ _ terem si.d o encontrada
Wll. apesar de
d- algumas se me'ih an- ' ' 'iso l a dos), “non già tutto linsieme,
acessorios
Para distinguir os dois veícul S 'ferenças suficientes ' ' e organic
una incon-fondibile l ' a unità, e rappresenta faticosa
são entre as ativid ade OS 8 excluir qual quer confu- e cost o sa conquista dell'ingegno e del lavoro".
Aque l e q ue, sem os custos necessários à obtenção de te um
en- ili
0qgeser*/OU
Se refere
- que aà imi
questãif
~ dìaïmçrmpfesas
tacao da unha _ da,
I açao Goncorrentes
“linha” ' No
, 0 tribunal
- ' - por S'_ - mes' protótipo, repro d uz' aq uele feito por um concorren
ma. a nao ser que crie- confundibilid
na (de Ihclta ' e cional vantagem em re-
a e BW@ 05 produtos. COHÍYH-SB Gm COÍldlç0BS de GXC P
163. Rlv. Dir. Ind.. 2:241. 1953.
164. Temi' Napoletani, 1:323, 1965.
145
144
oiaeno DE Auton No DES; NHo INDUSTRIAL cnneaio DA Liåi ianAsii.EinA
i
¡ação
_ a este - Tal Imit
' ^' ' _
fusao entre os P rodutaça°.,P0de
OS, mas "emser feita sem causar con a imitação servil ser incluida entre os atos tendentes a
Por isso e menos da- prejudicar os negocios alheios. É bastante conhecida a po- l

"°Saf P0"qU€^ 0 consu midor ' ' frente a dois' rodu Í b


dtancialmente
__ __ _ "d" '
i enticos, mesmo que adverfãiø d___0s___sä_sì- sição-de Remo Franceschelli, que, repudiando a teoria dos i
i

a 9 direitos sobre bens imateriais, considera como único fun-


- G_ Orlgerig , ,preferira 3 damento do direito industrial a concorrência. Nesse ponto
› gravad _ JOSO . ue
0 pelas despesas iniciais_ q de vista, se justificaria tanto a tutela das patentes quanto
Contesta Rotond' . _ l
que ta| con CGIÍO _ I f_=_I_P0_sicao de Piola_ Caselli, no sentido de da imitação servil. i
, e |mt
olios - ' 3980 servil 0 _ O que nos parece não ter sido levado na devida conta é
P
gresso ' alem das Patentes,
da atividade in dustrialque Consí
impecdlñgrì novios IVTGm°"°'
pfg. que Rotondi se refere sempre ao protótipo e a “tutto l'in-
nesse caso f |e S30 ~ - dera Rotondi h aver sieme, che pure ha una inconfondibile e organica unità".
do aviamen
tado do trab
cO____0______ ||~, alheio
_ _aAo to por repmdução
_ e aproveitamento do
das despesgìsäo |_ Não se referiu Rotôìììf a uma “a5straçãb,ìomo e a inven-
ne crescenta fl ue tal posiçao nao _ frustra ou ção, cujos limites têm de ser especificados nos pontos
llmlta a pg _
característicos de uma patente e em desenhos esquemá- l
chè la P edgsi |hdade.de
Issequa ri "VPS Progresso industrial “per- ticos_ Referiu-se a ui11pr0,tQt_¡_PQ§ š=\_L!_mg_<;Qnj,L1nìo__ingon-
-
coscienza - Produzio
e senza intelli_ genza Henondellopera | una
- fsenz a
di H
Qresso _ R0 - - .' _
e~ mai_ stata
a'f†'UI. fuudív91Í¢í›@Ã<Íeun,@dg9Lgä@.- Vai. de uma`i›ara
outro, uma distância tão grande quanto, numa obra de ar-
00"@ '
"ma ' 'tpndi
Parasitaria . u seja' tais
0
- do trabalho alheio_1ss mC|'t“ atos na chamada odg:1a quitetura, vai do projeto básico para 0 projeto de detalha- D

rio 0 aproveitamento parasitá- ` mento. Um é a-bstrato, o outro correspondente a um ver-


É certo que _ dadeiro protótipo_ Diversa deve ser a natureza da prote-
fm amda __ ahprofundidade da p0S¡çã0 de Hot0__d_ não ção. A invenção, considerada como abstração, seja de ca-
econ ecida e
tam. A título de exe m l Qeralmente 03 a utores a conte S..
_ se referir _ Jor ráter artistico ou técnico, tem a proteção do direito de
, _
Castro Patricio P ' PO. pode F autor em sentido amplo, seja qual for a forma legislativa
_ aul,16G que ent d ge ernando adotada. O detalhamento, se bem que não voe às alturas
f e"d'da Por Rotondi- i- mplicaria
- _ aencriacao
P Cl_I-le de
adotar a_ tese de.
um direito ,-¡_
cone POr
Vat¡V0 _ ___te mpo indeterminado,_substituind0
- _ _ à tutelapda da criação de caráter abstrato, representa muito tempo
perdido, às vezes noites de insônia, experiencias frauda-
l acabaessao
` porG transformar
ria
Patentes d e '“Ve“çH0 ou d
o instituto da §0m_C:__dGf0s, das, até que se chegue aquela combinacão de elementos l
l i
leal rr ' 0 dque constitutivos que experimentalmente se demonstrou ser
.___ , _“num PGFIQOSO
_- _ instrume nto de ampllaçao
- ~ d0 e"C'a es -
regime
J ridico dos direitos privativos-,_167 a mais idônea para alcançar os fins a que o produto se
No Brasil ' 0 ' destina. Não se justifica seja livremente aproveitada pelo
paragrafo ÚÑÍCO dQ art 178 do Decretol ' concurrente. i
7.903 ' de,, 1945 . faz mençao ~ a out ' - ei li
d es I 9-al tendentes _ _ ros atos de concorrência Tal é a necessidade de se encontrar uma proteção para
' H P re J u dicar a reputaçao_ Ou os ._
cios alheios . a Cr-iar confusão entre estabelecimentosnego eo. esse “molde” ou “protótipo" que a maioria das legisla- ›

merciais ou indu striais' ' Q t çöes dos diversos paises protege a gravação de um disco

Postos no comercio" A en.†re 93 Produtos e artigos [fonograma] como se fora um direito de autor. Não porque l

cluir no citado dis o ' ' ' 9 'melfa . Vlsta, só se poderia in _ constitua efetivamente uma criação artística, mas porque.
bilitasse a confusgosetït/fea lmdtaçao Servil uando ossi ao menos nesse ramo, tornou-se evidente a necessidade
ì PTOr utos
“" NQ en tant@ l90deria
~ ` de protegerse o trabalho do empresário contra o indevido
165. Rotondi D'¡ri'fr 0 Industria/e,
- ,
pags_ 498_501_ aproveitamento por terceiros. Da mesma forma, a lei ita-
156- Fernando Ca stro Patricio- liana protege o projeto de engenharia, mesmo que não
1965 Paúl, COM orrencia
- . desleal, C0¡mb,.a_
l
contenha uma invenção em sentido abstrato. Assim, tam-
167' Ob- °¡f-- Pág. 164. bém, deveriam ser protegidos os programas de compu-
l
tador (software). Na ausëncia de uma proteção específi-
l 146 147

1
r

Diseno DE Autos No DE sENHo |NousTa|AL


Ca Para o prototipo contra sua
com 0 Sé,,¡0 ¡nconvemente delïìflflçodução mecánica mesmo
a __ ~ I

delimitada no temp0 nada - .proteção nao poder ser


presáflo das normas 'de mais justo se socorra o em-
repressao ` n _
me Sm0 que para isso - se tenha d a' con Correnma desleal
mais elástica, desde ue e Wfefpretá-las de formal
ma - ..Cl Se leve em c - . .
zadIs
ora,alto
de de proteçao
carater
› . _do aviam
criativo onta seu¡dela
que d,Gnto, _como - Slgmfmado
-- orgam-.
mento. Nao se Glsta,- dessa
forma de m
' maneira
a unidade ao est a b elem-_
criand
onopóio, 'á U . _ _- o uma nova
derada em relação au] q e a lmltaçaø servil não é ¢0nS¡_
~ a ele como elemento
çao produto¡mat
is 0 | adame nte' mas em rela'
belecimento. ella' integrante do esta NO ÃMBITO INTERNACIONAL

.-
1. Tratados e convençoes internacionais
. íï

A Convenção da União de Paris de 20 de março demi


para a_pï'Í›te äo da proprred`a“d¬e~i'ndustria|, no texto a '-
vi,s_ã_š19_cle_.'FlÍái%dte 1925, promulgada no Brasil p
1'9.056, de`3“1 de dezembro de 1929, prevê, em seu artigo
primeiro, os desenhos e modelos industriais como com-
preendidos na proteção conferida pela propriedade indus-
trial. O artigo 4 confere ao depositante de um pedido de
patente de desenho ou modelo industrial um prazo de
prioridade de seis meses para a realização do depósito
em outros paises pertencentes à União, prazo esse que é
de doze meses para os privilégios de invenção e os mo-
delos de utilidade. O artigo 5 ,estabelece que as_p§ten_te§
de desenho Ze modelo industrial não caducarão por falta
de exploraç_åg.'BB Finalmente, o artigo 11 prevê deverem
os paises contratantes conceder uma proteção temporária
168. O texto do artigo 5 pela revisão de Haia. conforme promulgado
no Brasil em 1929. não `é muito claro: “A proteção dos desenhos
' p
e modelos industriais não» d ¡e d d al gu me
por motivo de introduç o de o jetos que forem confor es aos que
se acham prot Ldos". Referida texto foi retificado na |_gvis§q_d_e.
Estocolmo deéšgfily promulgada no Brasil pelo Decreto 75Ú572. de
1§i'5.`dëìïa`neira que parece esclarecer melhor seu significado: “A
proteção dos desenhos e modelos industriais não caducará por falta
de exploração nem por introdução de objetos semelhantes aos que
astão protegidos".
149
N.
DiHE|T0 DE AUTOH No DESEN Ho |Nous†i=iiAL ÃMBITO INTERNACIONAL

às invençöes, m0de|0S e dese n h


. ._ _
P0SIç0es internacionais 03 que flgurarem
. em ex. superioresejqgalqifixldesenho novo original e de ad_qr¿1o_
Drioridade previsto no 'aiBcIg0pzaZ° que não exceda o de para um artigo industrial _
O texto da revisão ÍConvenção Interamericana so b re os Direitos de Autor
_ _ mífiieiocol F e m Obras Literárias . Científicas e Artísticas, firmada em
:Wa B1FšSI'l“§otr,Decreto de išïöjggmqef-šâêvïa ãmmulgado Washington a 22 de junho de 1946, foi promulgada no
_ ' 'I em praticamente I _ °S a"'f¡90S Brasil pelo Decreto 26.675, de 18 de maio
' de 1949.11"
gleincìioänadoe nqs amgos 1.' 4' 502 i;n1escn(1Jos dispositivos já
i ` aà_¢É1]__ Ouinìuieì que impöe a todois BLLQ-,â9Lescimo__d_0 Dita Convenção foi firmada pelos mesmos países signatá-
rios da Convenção de Buenos Aires de 1910- e pela Bolivia.
_/ Ä\/
¬
_ïa¿=fqieçaf› ¿aa§"aë;efia¢§~¿~,;,ìƒf¡'§š§_mew2§ Entre os direitos do autor previstos no artigo ll inclui-se
l, \/` ,,. ap” A Dar da Convenção dle-:ï|5;§&¿§¬f¡å_e.PL'!¬¶S'¿¡€1$. a utilização ex clusiva através de reprodução por qualquer
i X › rasi irmou aos 20 d
,¿;/

egfieïodgaio . ea _
patentes de W' em BUGMSAJL-2:8. unía Ccnvençãó S052
_ forma, total ou parcialmente
_ (letra gi, bem
_ como o direito
o_
-_ eflção desenh d G ada Ptar a obra a instrumentos que sirvam para repr
ocasiao da Ouarta C onfere
' t † ' Oâj` modelos¬ -¬ indust ' ' por
__LaIS. duzi-la mecanicamente (letra d). Como obras protegidas
Ao lado d B'¬ _- “___
- noia Internacional
__.-____ ____ Americana. 169
dos da Ag Í rasil,Tirmaram dita (Í_,“onvenìj:Lâ*±Í)*o_”s`EstatIoš Uni- '
relaciona '
o artigo lll, entre outras, os d esen hos, as ilus-
erica a Ar e t traçöes, as pinturas e esculturas, a arquitetura e toda
CHägãürgepïãilica
, _ 1 Dominicana
9 nina, Chile,
Equadggfoëìšfi .Colsta Rica. _
produção literaria, cientifica ou artística apta a ser publi-
S, éxico N¡ 1 ' . a ema a Haifi cada ou reproduzida. O parágrafo 2 do artigo lV estabelece I
Salvador, Uruguai_' e Venezue|a
Cafagufl. Pana
0 me.' Paraguai,- Peru,
' Eli que “ as o bras de artes feitas principalmente_, _para fins ig- i
cidadaos dos Países signatár' I artigo H outorgava a0S dustriaiš serão protegidas recíprocamente entre oscedam Esta-
outros Estados das Va t ios 0 gozo, em cada um ¿OS dos Éontratantes que no presente ou nofuturo con
Cionais relativas a pat nfagens _°°"°ed¡ClaS pelas leis na " ' tais obras"- destacando - entretanto, no pará-
delos industriais O at?-Qee de invenção, desenhos e mo P _
grafo 3, que o amparo conferido pela presente Convençao
Prioridade de doze mesesg%aiIIaI 'estabelecia um prazo de não compreende o aproveitamento industrial da idéia cien-
Ses
_ Para os desenh Os e m0de| mvencöes - ' _ e_ de Cl U GIÍFO me- tífica". A par de tal restrição, a Convenção também ad-
s . , OS ln ,
¡Tëotnos demals Paises de um Pe~di(IiLoStd'a'S Para ° CIGPO- mite a reprodução pela imprensa de artigos de atualidade
«-~. `/ d 'I e emflualquer deles. O arti V eI:_'°S'tad° ¡fl¡C¡al- de jornais e revistas, exceto quando conste dos mesmos
i
\ i
x _B_inven<_>ao e de modelošpead 0 I1fundlê os conceitos tal proibição, bem como ser livre o aproveitamento do [i
i
nindo; “ö6ns¡de,_¿ -se
es-_i _ ' _esen
it- os
-- ¡ndÚsT'¡†
__ l'LaIS. def-_ conteúdo informativo das notícias do dia publicadas pela li

produtos indus". _ ,_i


nico ou ma I iais, uma nova máquina ou spa |h a "CarI
nvençaü Um I'IOVO ITIOdO de f b _
imprensa (artigo VI): é Iícita, também, a reprodução de
descobfimentonua dìu ããegäroparadfabricar
' _ esses re 0 ^_
produfd:-Cal; fragmentos de obras, para fins didáticos ou científicos,
ll

desde que se indique a fonte (artigo Xll]_ O título da obra


de me¡0s co nhecidos
_ com 0Pro
f'imuto
de indu S †-Hal._ a aplicacäg
_ '
- resultados
- é protegido quando possuir caráter distintivo, exceto quan-
i
g conseguir
do utilizado em obra de índole diversa que exclua a pos-
169. Katzarov dá noticia
_ de sibilidade de confusão [artigo XlV]_ Essa Convenção subs-
e ma mas firmada
- ' ' uma Conv ençao'
sobre patente HO M exico, em 27 de -aSübte - modelos, desenhos tituiu a Convenção sobre a Propriedade Literária e Artís-
autor firmada sngeiâfønhãã' Jg'°d_Blos indüstridigelizgartfaes 199Oâl et outra
neiro, em 23 de ia OS t d , irei os de tica formada em Buenos Aires a 11 de agosto de 1910, a
Úlflma Partici revisão de Havana de 1928 e todas as convençoes intera- l
ema a, Ur¡_|gua¡ Ar ' _ -_ ava or, Costa R', _ _- Li a,
mericanas anteriores sobre direito de autor. l
da AméricaB-stabconvençao
finaudade A' gentlna' deNlcafågua. Brasil - Ch'lie Ica'
1906 conf. Mexico.Unidos
e Estados Gua- Consi'd e rando que . embora a Convencãode
_ a
. _ lecer ' ' - _ '""0U a de 1902 ' a proteçao' ao s mode os e Iesen os in ustriais no campo l
direitos d E escnt°"°S l'B9l0nai e tlnha PDI'
não cheggraìfiltoar com sede em HaVa"'3 Gslìijoe dIeIa.Igñì'iropaI›esntâãa'e
- is da prdpriedadíindustrial, muitos países admitem sua pro- l
Propert, G entrar em funcionam ±
Y efiebfe. 1976. vol. ll, págs' ssfgaï (Manual on Industrial -170. Vide Apéndice 1, pág. 171.
150 _151

i
l!
|
l
i`
il 1

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL


ÃMBITO INTERNACIONAL
i
Íefìäo pelas leis de direit , _
tifica sua existência aos países signatários e publica os
l i de.Pl'G0CUPa<;ão Por parteo die LíJìiIi|i[ã-“Ida matena era Oblefo '
m odelos e desenhos registrados [art. 3), bem com o as
Obleto de várias
C0nfe¡.ênC¡a Conferências
de Bruxems de 1942i t etrnacionais,
0 e- Befna. até
tendo
que,sido
na transferencias de propriedade (art. 17]. A duração da pro-
texto do artigo 2, n. 5 da C0 ' °'_aprovad0 0 Segumte teção e' de quinze
' ' ' ' em dois
anos, dividida ' perio
' dos de cinco
tg-sãšvé auš législations de-S Pr2;ìflçdaeoldeJnB(e1:naI: “ll est e dez anos [art _ 8] _ Na forma dos artigos 16 e 16 bis
ampappfiqués
'application - concernant les Goeuvres
féo er admite-se a adesão unilateral de qualquer Estado membro
¿fas arts et Iešïleãeslåiíes da União de Paris.
ainsi que les conditions OU modeles industriels
.
dessms _
et m0dè¡es_ de Protection
- de ces oeuvres,- A Convenção Universal de Direito de autor d e Genebra,
firmada a 6 de outubro de 1952, considera as obras de
Pour t les oeuvre.~S Pfotegees
- '
arte aplicada '
no artigo lV, n. 3, estabelecen d 0 qu e as
modeles dans le P ayS dori - uni qUGment
¡ne ' comme ~ dessi
, ns et obras de arte aplicada, nos Estados que protejam tais
dansdles autres Pays de ¡uåon .qìllenlã Peutt etre reclamé obras, terão uma proteção não inferior a dez anos, embora
aux ess'ins et modeles - dans ce Pays--Ipro
111 ection accord@' o artigo l, que relaciona as obras protegidas, não inclua a
A matéria de desenhos categoria das obras de arte aplicada. A Convenção confere
_-
vas reunioes H
de reexameed mg delos fo'
_| o b'¡eto de sucese¡. tratamento diverso às obras de arte pura e às de arte
l ll aplicada, prevendo para as primeiras um prazo mínimo de
obter-se uma forma de regôisnoìnvençao de Paris, buscando
l li proteção de vinte e cinco anos. K _
ongresso
gm de países
todos os Berna de
da 1904 param-Se doque
União Oizndernaclonal assunm
Valesse° A Conferência de Estocolmo de 1967/teve como finalidade
li »i nf3C|onaI Para a Proteção da Pi? AIPPII _ Assoclação Inter' inicial uma revisão da Convenção e Berna. Nessa ocasiao
side a matér,-a üscufida em re0P['iedade industrial. tendo foi criada a OM-Pl ~ Organização Mundial da Propriedade
de WaSh¡ngt0n_de 1911 b unioes de 1905. 1906 e na ' '
lnte|ecÍuaI,“c6Wa finalidade ' ' `
de simplificar e mo dernizar
Ii1'ialmer!i)te. foi aprovadaIenïnl-lzågmtïmìmciïiìvís e"m 21919' FI' a administração das Uniöes de Paris e de Berna. A OMPI
ovem ro de 1925 revista em ençao e 6 de tem sede em Genebra e executa os servicos administra-
' Londres em 1934 e em A
Haia em 1960 -

9 Z-~

Bras - ~
m0 e.aeos in _ u5t¡›¡§¡šim*-
'_' ::s_ii°e†a:;Sa
›¬._ of
edianfe um
-
30 308 esen]-1
¬¬-¬_A_¬_QS
- tivos das Uniöes de Berna e de Paris, respåeitando a auto-
nomia de cada qual.
A Lei Tipo de Túnis sobre direito de autor foi adotada
0V,,_
Escritor'io inte
' `-ionai o qual _ eposito__#%nte
feito pelo comite de peritos governamentais reunidos em Túnis
\_± proce e ao re gistro,
' ~
ne.
de 23 de fevereiro a 2 de março de 1976, com a assistência
171. Bonasi-Ben - - , da OMPI e da UNESCO. Referida Lei Tipo se destina a
n. 4l, da revisão LdCeGIBIt:I1ìtadgu1e92rgfãndo teXI›° subsmuíu O do amgo 2
HPP ¡qué à l'inr_lustrie ', Ue esta elecia: “Les oeuv ' ' servir de orientação aos países em desenvolvimento, sen-
|a |eg¡s¡at¡0n ¡méI_¡e ure50"*
de PI'0f€9ees autantCoque permet de res
chaque pays.. da"
le faire do seus dispositivos compativeis com os textos revistos Éj

ment
dna conferencia
a¡ _ de B ruxelas de 1948 houve*- um esforçoa esse
muifudtgrregäš em 1971 da Convenção de Berna e da Convenção Univer-
8
entre guns a
as Obåšsãìšmšeåšgiãgnãgte da França. no sentido de incluir sal. A alinea 3 do artigo primeiro preve entre as obras
que se pretenclie que 0 texto åas de_ arte aplicada, ao mesmo tempo protegidas as obras de arte aplicada, quer se trate de
pr°É°9ã0 às obras artísticas ual) artigo 2 da C°"Ve"9ã0 Previsse a obras de artesanato ou de obras produzidas por processos
flfiçao. no sentido dos princípilos t-¿fuer qu? f°sSe _seu mérito e desti- industriais [inciso IX). A alínea 4 estabelece que as obras
pmpoìta eflcontrou oposição de 'a tem-la da unfdade da flffe- Essa são protegidas independentemente de seu valor ou de
que nao previam tal forma de iI?ã›:Se§ Como a Italia ea Grã-Bretanha
sua destinação, ou seja, pouco importando que» sua desti-
I:Te|'%IìIš%0 °-\§¡¡Stema contraditórig
inc ui* ãšïrš de dâçagornïrìnsïas
- ~ Ileis BÉUWH
tão xa, internas' DISSD
flUeI"de nação seja utilitária ou cultural.” O artigo 4 bis prevê o
ao mesmc tempn que conceïìãglïzš entre as oñas protegidas.
proteger S membros a faculdade -de
de 1963' epglâflggšedelos as obras de arte- aplicada lob.. cit. edlção 172. "Assim, um desenho publicitario ou uma forma particular con-
ferida a um objeto fabricado em séri-e será protegido a título de
direito de autor, mesmo, que, além disso, esta mesma obra possa ser
152
153
Wii
gi Í,

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL ÃMBITO INTERNACIONAL

i
I
direito de seqüela [droit de suite), excluindo entretamo Na Argentina, se instituiu uma nova lei em 1963,”4 diver-
as obras de arquitetura e de arte aplicada. I' I sificando os modelos e desenhos das obras de arte apli-
A 1.° Conferência Continental do IIDA _ ' cada regidas pela Lei 11.723. O art. 3 da nova lei dispöe
ricano de Direito de Autor realizou-se eIi%StEI`›IãuotoPI.;LIIìdaIeI:I que "a los efectos de este Decreto se considera modelo
jiunl:JoNÉrš 1977, com a assistência da OMPI e a participação 0 diseño industrial la forma o el aspecto incorporado a
S2 áchaVCO. Entre os temas examinados pela Conferência un producto industrial que le confieren carácter ornamen-
_ a previsto o tema Proteçao à Arte Aplicada" tal". O art. 28 menciona que “cuando un modelo o diseño l

que foi estudado por um comité composto por Júlia Elen I industrial, registrado de acuerdo con el presente Decreto,
Fortún IBOIÍVÍEI. David Rangel Medina [México] Edla Vañ haya podido también ser objeto de un depósito conforme
a la Ley 11.723. . .", admitindo que uma obra de arte possa i
steen IBras'II' Oscar IVI-_Ka†Z ÍAI'-Qefifllïal, Francisco P. H. ser objeto da lei antiga [n. 11 .723) e da nova [n. 16.478).
Caruso IB"aS'II G PDF mlm. que fui encarregado da coor
CIGHGGHO do grtipo de trabalho. A conferência, aprovou di- Acrescenta 0 art. 28 que, nessa hipótese, o interessado
versas resoluçoes a respeito, '73 entre as quais a de n 49 não poderá invocar simultaneamente as duas leis na de- l

"° Se“†_¡d0 (fe f-IU@ 0_|lDA promova o estudo comparativo fesa judicial de seus direitos."5 Entre os desenhos' não r

regìstráveìs prevê 0 art. 6 da Lei argentina de 1963 aque-


ji l
das legislaçoes americanas e tratados internacionais sobre
dIreII° de al-l'f0f› Pi'0Pr¡edade industrial e transferência d les cuja forma seja ditada pela função. O modelo indus- I
*li tecnologia, e a de n. 50. no sentido de que a OMPI e 3 trial somente será protegido se, além do caráter industrial, l

U.
dglãsgg . . _
dlãëiågeuetm uma forma de identificar _
de maneira for dotado de novidade, no país ou no exterior. O prazo
il t _ I n es proteçoes oferecidas pelo direm, de de proteção é de cinco anos contados da data do depó-
au or e pe a propriedade industrial no campo da arte ap|¡. sito, podendo ser renovado por dois períodos consecutivos

lj Cada. formulando as bases para uma possível figura espe


' I tg3ãÉza:emconstituir_uma
21:
_
- - proteçao- e0mp|e±a e efmaz
aniestaçoes de arte aplicada; através da
_ '
da mesma duração [art. 7]. A não exploração do desenho
ou modelo não implica em caducidade.
A lei peruana (Dec.-lei 18.350 - reglamento de la ley
l

resoluçao n. 51 ficou estabelecido que a agenda da 2** general de industria] prevê nos arts. 82 a 86 a proteção ›

Conferência Continental do IIDA inclua 0 mesmo t I aos diseños industriales, consistentes em uma forma, l
I

ocasião em que deverá ser discutida a solução a serelìfãy configuração, ornamento ou desenho aplicável a um artigo
P0S_fH Pela OMPI. e a resolução n. 56 sugere que as ieIg)j¡S_ industrial. Segundo o art. 84, não são suscetíveis de pro-

i
mi
lagoes dos países americanos incluam expressameme DS
multiplos entre as obras protegidas pelo di]-e¡†0 de aut0,._
teção as formas que tenham por fim conferir utilidade,
funcionamento ou vantagem técnica aos produtos, as obras
artisticas e os desenhos referentes à indumentária.”” O
prazo de proteção é de cinco anos contados da data da
2- 05 Países latino-americanos concessão [art. 85).
1,
Como " fe°'d2š2'""%~'adQ-3
modelcfš ' ~
flUes_tao,da - autoral aos
proteçao 174. Decreto-lei 6.673, de 9 de agosto de 1963, ratificado pela Lei
lifi I _ _ ng os in ustriais e relativamente nova na 16.478, promulgada pelo Decreto 7.578, de 29 de setembro de 1964.
ll
America Latina, nao tendo sido ainda objeto das discussöes 175. A propósito, vale Iembrar que a nova lei de direito de autor da l
que tiveram lugar nos países industrializados. África do Sul de 1978, em vigor a partir de 1.° de janeiro de 1979, Ii
também admite a existência simultãnea de um copyright e de uma l
proteção de design, de modo que um desenho registrado pelo Designs
objeto de uma prote " ' l -
m0dBI0S. conforme açëzgisìãgggladçeufi lgsìïdbazdìtârtiäingãšãnhos 1?
comentario
agosto preparad
de 1976' I OMPI e UNESCO, Le Droit- dAuteur,
pá; iìãfi i † G'
julho-
Act de 1967 continua a ter proteção pelo Copyright Act de 1978,
que protege inclusive projetos para a fabricação de objetos mecánicos,
considerados como obras artísticas pela nova lei.
li
173. Vide Apêndice 2, pág, 173_ 176. Também pela lei de desenhos industriais da União Soviética de
1965, não são protegidos artigos de malha, calçados e chapeus.
154 155

li l
,i
i,
ii

l
'if DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
' i
Aivisito iN†Ei=iNAcioNAL
A decisão 85 da Comissão do Acordo de Cartagena prevê
nos arts. 45 a 55 a proteção aos desenhos e modelos indus- de 1946, bem como da Convenção Universal de direitos
triais, considerando-se modelo toda forma plástica que de autor. 1"
sirva de tipo para fabricar produtos industriais ou de arte- Como se verifica, o exame de algumas l_ejgisla)<äãSnL_~'Í_\å2?o
sanato, que lhes dêem aparência especial e não impliquem americanas _mostra que fa frorgaupiiìoàtãåiè iãoüprodutol não
em efeitos técnicos. Não são regìstráveìs os modelos refe- InduSIrIaI nao deve Int? este tal restricão alcançâ alïeflas
rentes à indumentária. Conforme o art. 53, um pedido mando
apresentado em um país membro confere um direito de a forma CIa-ro' entreI'aI'I ooo
util neclessãiria qualquer
demais fórma
países útil. Não loca-
latinüamerìcanosl ›

prioridade para solicitar o registro nos demais paises mem- IIZan.I°_s' nas Ielë '|'âsd de cumulacão da lei de direitos
bros. O Prazo de proteção é de cinco anos contados da prewsao da p0Ss¢IbI I ãdãlos como consta tímidamente da
concessão. de- autor çom a 156? exceto, quanto à lei de Honduras, que
Em Honduras, a lei de patentes de invenção [Decreto 125, Iel argentma de I trário concedendo uma Patente"
de 1.° de abril de 1919, reformada pelo Decreto 151, de 20 resowedo prCsbIcIInbas ade cc0rIiIacão intelectual, sel@ “O 0'”-'mp0
de março de 1935] estabelece em seu art. 1.°: Iããrìéäiigã ìelflpflfi Campo ¿ia BSié'f¡°a- i

“Art. 1.°. Todo descubrimiento, invención o mejora en las _ eito é no sen- i


Adreãomencllagzaodguã-irìïtopoddee gããšf ãrxâïem a proteção
ciencias, industrias o artes, da a su autor el derecho fi_ 0 9 as e'S ` - dustria,
- - indepen
- d en t G mente
exclusivo de explotarlo por un tiempo determinado y bajo '
as obras de arte aplicadas a in _ d mais segumdo
las condiciones que establece esta ley. Este derecho se de existir ou nao uma lei d_[e'Vm;›dšlc;Í)I;2a|älã0 a èonvenção
adquiere por medio de las patentes de invención. También o modelo da Lei .TIPO dl? Un' 194-6
lll podrán ser patentados los libros de toda clase que sean,
l Interamericana de Washin9†°“ e '
i incluyendo enciclopedias, directorios, folletos, revistas.
periódicos,compilaciones de toda índole, noticias diarias,
discursos, sermones, conferencias preparadas por escrito, 3 0 ato normativo brasileiro _ 3
composiciones musicales, dramas, óperas, mapas, contra- I de transferencia de te¢fl0|09|a-
tos, formularios comerciales para sus temas de ventas 'y ,
fr rs “mis i -,?:,;.“ 3:- tembro de 1975. r

control comercial, obras de arte, modelos, diseños para I

obras de arte, adaptaciones y reproducciones de las mis- o _ Presidente


. o nsi ' de averbaçao_ de con t ra t o S de
mas, dibujos y modelos en yeso de obras científicas o de trial baixou normas para fins _ I .f¡_adoS
carácter técnico, fotografias, cuadros, paisajes, caricatu-
ras o ilustraciones pictóricas, películas para cine y todo em ci
- -
ia d-
-
l ia. Os contratos sao c assl L-

lo que contenga una especialidad, producto del esfuerzo _ , -- ' d odelos edese-
l

mental o del ingenio humano". Comenta Mercedes Her- 177- CI- Katza."°V' nao ha prevlâao ±I¡I\aIIšIIicIIa plI;ì9e'I¡I;IC(IIEIIIcaeD2min¡cana. Hori- 4

nandez de Midence, no informe apresentado perante o nhos


duras.IndustrIaIS
Panama Éen%lBâbIIIIaIggr'' Siâotegem-'se " Pela ' ' lei, N'carágua,
de PafeflïesPara-
de
Seminário Regional sobre Direitos de Autor para Países
da América Latina e do Caribe [Buenos Aires, novembro
Invenção no chida' CugalasauadãbnI:|.I›Ii?IcIteI-gI:1EiIIlItI›s Idšx<IiceIsenlIos registrados
9113' 9 V°"eZ.uB aI na U' 'd dT ba o há uma Lei muito semelhante i
de 1979), que “inapropiadamente en la legislación Hon- no. Reino Unido e em Trini_a
a- inglesa,
- 0 9OS FBQISÍFPS
podendo ser con firmados
_
Um uaj possui lei especifica.
b fl.tân¡c0S,' na _jama¡.
que é 0 i
dureña, los derechos de autor están regulados en la Ley Ca Podem ser protegldos e 0 g . 't.. ágs. 39/2151- Sobre a
de Patentes de invención". Não existe em Honduras uma Decreto 362' dç 25 de maIo AñdIiI-IIZ2 vI:iI)acI::iIma.pNa América
legislação nacional específica sobre a proteção ao direito Argentina e paises do Paca enhoš B mogeløs através do do NOIÍB.
Industrial
de autor, embora seja aquele país signatário da Convenção as Bahamas protegem os Casada elo Industrial Design Act de 1970
de Buenos Aires de 1910 e da Convenção de Washington Pmpãmi Íqictndefisiãutfešl
e In us ra esig dean1es4-Iìsss
I _ . ios. eii.._ V¡¡_
págs- 1 H 221- 9°”
os Estados U-nidos da America ver acima. 089
156 157
l
oinsito DE AUTOR No DESENHO INDUSTRIAL ÃMBITO INTERNACIONAL

tente, de licença para uso de marca, de fornecimento de - - trato se efifllla dra no


d lo ou desenho industrial, o con_ _ _ uas normas'
tecnologia industrial, de cooperação técnico-industrial e mo
iteme 2 d o At 0 Normativo ' estando
- SUle't° as S um d'Il' eito
Or objeto
de serviços técnicos especializados.
Quando' entretanto' O Contìatoiacldbr Ianstituto Nacional da
O Ato Normativo 15/75 consolida algumas normas da le- de autor, f09G da .competencexame e averba<;â0- Clfmpn'
gislação que regula a aplicação do capital estrangeiro, o Propriedade Industrial o seu ategofla Sujeitandøa' quan.
abuso do poder econômico, a dedutibilidade fiscal e a |
propriedade industrial, permanecendo em vigor, entretan- rIa' for
do assIm' regudaroìgâb
o caso. _ Isalmcflares
¿B abusode'do remessas de^Pfi;2ã'-
poder econom i

to, as leis específicas, que se aplicam a tais contratos menI°ShI'IaIf oe eãåìrlgg ãue distinguir entre os PH9ame:;
conjuntamente com as normas do Ato 15/75. Nessa IPO es - - - b as de arte Pl-'fa
- -
tos de direitos autorais r elativos a 0,1'
Em primeiro lugar, deve ser referida a Lei 3.470, de 1958,
a antiga lei do imposto de Renda, que em seu art. 74 esta- a obras de arte aplicada. a seña da competência do
beleceu o teto máximo de 5% como limite à dedutibili- . . ez . , -
THI materm' Por Sua nlândeito Autoral e nao do lnSIIIutO
dade de pagamentos feitos a título de royalties. A Portaria COHSGIIIO Na°'°"aI de I d trial compreendendo, inclu-
do Ministério da Fazenda 436, de 1958, complementou 0 dis-
posto na Lei 3.470, estabelecendo coeficientes percen- .
NacI°naI
Sjve, da Pmpnedade
as remessas G Pa gIrariïãntos' devidos pela- indústria
i tuais máximos de 1 a 5% para as mencionadas deduçöes,
conforme o tipo de produção ou atividade.
editorial e fon09fáI¡°a-
il
ii, A Lei 4.131, de 1962 (modificada pela Lei 4.390,- de 1964,
e regulamentada pelo Decreto 55.762, de 1965], discipli-
nando a aplicação do capital estrangeiro e as remessas
de valores para o exterior, manteve em seu art. 12 a dedu-
tibilidade no limite de 5% prevista na legislação do Im-
posto de Renda, proibindo no art. 14 a remessa e a dedu-
tibilidade de royalties pelo uso de marcas e patentes pa-
gos pela filial ou subsidiaria à matriz com sede no exte-
I
rior. O § 3.° do art. 12-limitou o prazo para os contratos i
de assistência técnica a cinco anos, prorrogáveis por idên-
tico período. «
A Lei 4.137, de 1962, regulamentada pelo Decreto 52.025,
de 1963, regula a repressão ao abuso do poder económico ,`
e muitas de suas normas foram incorporadas ao Ato Nor- l
,i
mativo 15/75, que proibe, nos contratos -de transferência I
de tecnologia, as cláusulas que estabeleçam restrição à i
ii
concorrência. F

Todas essas normas, entretanto, se aplicam no caso de


l,l
i licenças de patentes, marcas, fornecimento de tecnologia
l e assistência técnica, não prevendo a hipótese de contra-
tação e pagamento de direitos relativos à produção indus-
trial de obras de arte aplicada. Este tipo de contrato não
cabe em qualquer das categorias previstas no Ato Nor- I

mativo e sujeitas à averbação. Quando existir patente de


158 159
|l`
,l
III
›l¡

I, il-iII` J.,
mil _†*

ilj ,
,Íi
V i X
l
TUTELA DO DESENHO INDUSTRIAL
,ilIl
ji
li,l

li I
1. Funcionalidade e invenção -
eri/g L/(\] C*J,¿.t ' -
A inverëão, em comparação com o modelo de utilidade,
se distingue pelo nível inventivo. Nos termos do Código
da Propriedade Industrial [art. 6.°, § 1.°), uma invenção é
considerada nova quando não compreendida pelo estado
da técnica. Assim sendo, _a invenção deve representar um
1 1
avanço técnicopacima da hãlïilidadé normal de uni técnico`
no ramo.
Em artigo publicado na Revista dos Tribunais,”B Sergio
Marques da Cruz traça a distinção entre invenção e ino-
vação, destacando que “o desenvolvimentownormal da téc-
nica' pode cpn_duzir a inovaçöéslou a ap_erfe@oam@tgs,

i mas essas' manifestaçöes nem sempre se caracterizaijn


:Torno invençöes"."9 Quando se ãfcança, entretanto, “para
a solução de um problema técnico, algo surpreendente,Q

i revolucionario, ainda
con ecimentos
_
até
difícil e distante
_ ¬¬E/†-_ì_~_-f
então_disponíveis , temos,
de -¬ im ,I
entao, a
-..

i
____ í/ff -_ f L., - i

178. HT 41,1, págs. 19 a 23, Propriedade Industrial, invenção e /noi/ação


- Descrição e Reivlndicação. ~
Ii 179. "Quando se procuram plo, os cI§joiLoa4ie,ii.ii1-
cionamento de u'a má uina, mo ificando-Ihe certas pecas. podera

I i aHWFiflfi gem para a indústria... Estar-se-la frente


a uma iaov_a1<_:_'i_?ig. (nã /diante de uma invenção. A essa normal habili-
i-
dade dífìspeciafista no ramo. c amam os americanos mechanical
i skill" (ob. cit.. pág. 19].
i I I
161

EL Ii i
í ~
7-
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
tu†isi.A oo DESENHO iNoustniAL
21/¿~J1;;ão. 0 autor descreve, com muita felicidade, a in-
enção face ao estado da técnica, indicando 0,,[l_IV$_I,_d,,a_
m0fmeflïe P°"q“e_° p'az°,de pfoteçao a etlo a atente de
L¢é1@_<=Li==1d9!§,9°m9s,,<eP,f&cds,ldsmificaf a iniaenéãø- "*° âmbüo de pmteçao tambem' VISIO que Ian' dusïrial prote.
Fleferido nível técnico somente pode ser apreciado em re-
lação ao momento em que surge a idéia inventiva. Assim, m°deI° de utmdade quanto a de 'mode 0 tmnto no nosso
certas invençöes, que hoje parecem banais, podem ter gsm a forma do pr-odum' podera' entre adelo industrial
exemplo, ser 0 pedido de patente de mo
representado, no passado, uma inovação surpreendente. indeferido por entender a administração que taI m°de_|IP_f;i± 5
Não l1ã,¿›2is. como se avaliar uma inven ão s_e_n1 rel_acignã- iñ/ão` se destina ã orname"ïaGã01d_°_.P"°d'-'toi maã a ut' \~\k
-Iïìoin _o_ moTfi_eij`töÍÑôFiíoÍ oïiïìstâdìfda tecnica na `d¬ade'.`C'omoñsÍe verifica, a previsao legal dessas uas sem
m
eX¡†resšão ÍITCódig'o_Ída” Propriedade Industrial. f . t acabar
dalidades pode levar ao resultado de o au or
Referindo-se à inoyaçãb, Marques da Cruz faz menção à qual-quer proteçao. f_
"soliJ¬gão_gtegcnicaif que traga progresso e seja industrial- Tal problema já fora ad_vertid0_ DDI' _Ha[“PIIa- quando a Ir:
es-mente utilizã-vei"";'iconistituindofporénì, *“merai inovação
V ___,....> ¬_“< ›- 1 . "Í -~ ' ` ' V
ue “uma separaçac tecnica e juridica do valor artis
naquilo que signifique apeñ'ã"s"ifö`r`ma'“nòVä*". Ti" Tal descri- Iìiìcadlaeqestético
cão`š'e"aJI1sta"ã'dèfiñiçãïS do'mo'dël`ö”dë`”uti|idade do art. alem . , . de
, de _dificiI. um. objeto e sua' potencialidade
estariaøe-_m " 00m as exi 9deências
§01Ig;ffHdIGfl°
uso.
10 do Código da Propriedade industrial, que considera mo- e condiçoes da vida pratica . _
delo de utilidade “toda disposição ou forma nova obtida
ou introduzida em objetos conhecidos, desde que se pres- Especialmente. na éPOCa - GIUHI.
- fflfiei às' °a"a°Ie"¡st'GaS
" de Flamella do
tem a um trabalho ou us-o prático". Neste caso, esclarece trabalho do industrial designer, a afirmf¡\Gfi0 _ _
a lei no § 2.° do mesmo artigo,,que “a proteção é conce- é ainda mais verdadeira._ O desenhista induâtråaluåfålaecìfâ
dida somente-à forma ou à disposição nova que traga me- novos produtos visando a utilidade tecnifëa
lhor utilização à função aque o objeto ou parte de máquina estética. b
se destina". Temos, aqui, o protótipo, que Rotondi consi- Exemplo dessa tendencia » - é a_a_tual Iiai-GSQQILIIM
' ' ua
_ 133so re
dera, também. protegido pelas normas de repressão à d enhgs e modelos industriais. Relata Benussi GU@
concorrência desleal pelo instituto da imitação servil, quan- B? 1970 i orava na Suécia uma le9¡SIflçã0 obastame 'U'
do não protegido por patente. äiiigwrgnqìlië
aIe a desflnação
t II°åIra ornamental
receber proteção da dolei, produto deveria
os tribunais ser
enten-
A par do modelo de utilidade, regula a lei de propriedade _ -- ` ' nomeado
industrial o mQcI_e_l,o_gi_ri_dy§gt/rial (art. 1111], este mera forma mas remyante que Sua"utdldadelešdnddgšiìafbbva lei em
pIástica_de produto _i_ndust'fiãI, desvinculada de qualquer um comitç para eIab0I?2ao BBIOI arca Finlãndia e No-
,__\_\_HAi /ema.
fiñaIid"aide`üt'lit††` Z *Í "` “ 'WE D DE Gomboraçao com oc0mIte's^
,-uega_ Na Suécia, comite,daem seu
mamtra b aIlh 0. dV Zfendiadente
que
Assim. aquele que cria um novo modelo deverá optar por ' ' en
uma das duas modalidades. Se entender que seu modelo ada tuteIa da- Io-rmade dos
circunstancia produtos
a forma dçvbiìmâefubgããpestética
P0SStU" dos mdutos ¡ndus_
representa vantagem prática ou utilitária, escolherá o mo- ou técnica e que a moderna estru ura _ P tamos ¡W
delo de utilidade, correndo o risco de ver seu pedido inde- triais se compunha de elementos tecnicos e es e i
ferido, caso conclua o examinador inexistir inovação que dissoluvelmente unidos. '
resulte em melhor utilização. Nessa hipótese, teria sido
_ - I ão ser ossi-
182. Ramella, ob. cit., vol. 1. Pag- 413. Acrescenta ee n _d P té_
180. A lei francesa de 1968 estabelece no art. 6.” que a invenção deve I na maioria dos casos. separar a Parte que serve afš 5e"'É' ° 93
lm_plicar_4em umagtiyjdade inventiva. definindo como atividade inven- :ño_ da que se. dirige ia idéia de
i- utilidade.
~ para suIB¡ta'Ia5
't'l é onasd e<IISP0§
esta
tiva`no'aFt†9.°”aqueIa cTu”ê,'^fiã§,'é`conseqüência evidente do estado da siçoes respectivas, desde qäetolnaclåfåigtüirfigobãš/eì° hlêfllƒer uma úmca
ieegg. 3 A » /¬~~~-~ ---- a especialidade de um PFP)-'_ - _
proteção aos modelos de fabrica.
iai. ob. cit.. pag. 21. -
isa. ob. cit., págs- 10° ° segs-
162 163
*r-

så DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL TUTELA DO DESENHO INDUSTRIAL

,il Embora a lei sueca de -direito de autor de 30 de dezembro lado, os modelos industriais ou de fábrica. Obleiìvando
I Él de 1960 previsse no seu art. 1.° as obras de artes arte-'
sanais ou industriais entre as obras protegidas, não era a
a funcionalidade, onde se compreenderiam, por extensão.
as formas meramente ornamentals.
mesma considerada suficiente para tutelar as criaçöes de
formas industriais. em especial, do ponto de vista do pro-
dutor, para permitir-Ihe recuperar o dinheiro investido em 2. Nível estético
tais criaçoes. 'i
O projeto da nova lei encontrou resistência dos órgãos Da mesma forma que o alto nivel de inovaçao técnica l\

encarregados de impedir as limitaçöes à concorrência, que permite a obtenção de uma patente de invenção (na qual
consideravam que o novo direito poderia trazer 'conse- se tutela com exclusividade uma determinada idéial. o
quen_cias negativas na formação dos preços. podendo fazer nivel ou valor artístico de uma forma industrial Ihe per-
surgir nos consumidores a idéia de que tais modelos pos- mitirá gozar da protecão da lei autoral. '
suissem` maior qualidade, quando a novidade se restringia Esta possibilidade será excluida somente quando tal' forma
apenas a forma externa, resultando num aumento de preço constitua forma necessária para a obtenção de um efeito
dos produtos. O comite respondeu nãolhaver Iimitação à i
prático.l”5
liberdade de indústria, visto ser possível na prática obter-
É inegável a existência de objetos cuja forma, estreita-
se grandevariedade de formas com resultados técnicos
igualmente eficazes.
mente ligada a um determinado resultado prático, apre-
A nova lei aprovada pelos países escandinavos protege a 28 de março de 1979 no Centro Campestre do SESC, tendo em vista
forma externa de um produto, tenha essa uma função esté- as dificuldades do sistema vigente, sugeri a seguinte moção, que
tica ou uma função técnica, protegendo-se a estrutura dos foi aprovada:
produtos pela lei de invençöes. As leis nórdicas sobre "Considerando a importância do design para o desenvolvimento da
indústria nacional e para a exportação e a conseqüente necessidade
modelos adotaram o principio da dupla tutela em relação i
de simplificação *das formalidades para o requerimento de patentes
à lei de direitos de autor, tendo sido substituida no texto de modelos e desenhos industriais e para o seu próprio processamento,
da lei a expressão “produtos do artesanato industrial e da as quais não dependem de alteração do Código da Propriedade Indus-
arte industrial" por “arte de uso prático" (brukskonst). trial, mas de simples Ato Normativo do sr, Presidente do INPI, sugere
que a Federação das indústrias do Estado de São Paulo solicite ao sr.
Face ao exposto seria-d da alconveniência que a lei Ministro da Indústria e do Comércio que o INPI simplifique o reque- I
brasileira tambén|^i_un/ific@_sse a tute a dosÍëseiTfiã'eimo- rimento dessa categoria de patentes. que poderão ser solicitadas r
i
.\f\ig mediante uma descrição sumária acompanhada de fotografias do l
ïÉí1;j6ria modelo. Sugere, "mais, sejam reduzidas substancialmente as taxas
ünificada de modelos industriais poderia compreender, iii- correspondentes aos pedidos de modelos e desenhos industriais. de
clusive, a disposição ou estrutura dos produtos, quando não modo que sejam pagas, no ato do requerimento, de uma só vez. as
representassem nível -inventivo suficiente para caracteri- taxas de depósito, publicação antecipada e exame, de maneira a
il possibilitar imediatoexame e concessão de uma patente dessa cate-
li
zar uma invenção. 1” i goria”.
IW Il Teriamos, assim, de um lado, as patentes de invencão, rela- 185. Esta é a solução da lei de modelos dc Benelux, a qual protege
tivas a uma criação no campo da tecnologia. e. del outro toda a forma de um produto que possua função de emprego prático.
não sendo necessário que se trate de um produto industrial ou de um
produto destinado a ser realizado em vários exemplares [art. 1.°
184. De qualquer forma,_o sistema previsto no Código da Propriedade da Lei de 25 de outubro de 1965, em vigor desde 1.° de janeiro
Industrial para a concessao de patentes de desenhos e modelos indus- de 1975 na Bélgica, Holanda e Luxemburgo). O art. 2." da lei
triais e absolutamente inapropriado, envolvendo prazos de publicação, exclui da tutela as formas necessárias à obtenção de um efeito
custos de exame, demora e complexidade inadequados a essa cate- técnico. É possível a cumulacão com as leis nacionais de direito de
goria de criaçöes. No Seminario realizado pelo Núcleo de Desenho autor, cuja tutela, entretanto, não se estende aos modelos aos quais
Industrial dc Centro das indústrias do Estado de São- Paulo. no dia falte um incontestável caráter artistico [Benussi, ob. cit., pag. 99].
164 165
I
il.
il

iiil.
.I
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL

senta um notável nivel artistico.l”6 A finalidade prática,


entretanto, não deve impedir que um determinado objeto
TUTELA DO DESENHO INDUSTRIAL

Quando aformalde um p_roduto industrial iããoytplošlsèuiåasdfeiš


ciente nível artistico. nao podera Qfiäal' 3 0b_eto da ¡ei
¬
seja tutelado pela lei de direitos de autor."" de direitos de autor. somente poden o seå' trial Outras
No mundo moderno há 'um conceito de arte sociológica- de modelos no campo da [_Jl'0Pl'ledade lá' “S I C¡uS,ma¡S
mente novo, decorrente da revolução industrial e da evo- criaçöes e formas, nao aplicadas 'a_pro utos tin rota:
mesmo que carentes de valor estetico. BEICOH Fam P
Iução da estética moderna em direção ao funcional. Se- cão na lei de direitos de autor por extensão, _se bem que»,
'I

gundo Benussi, o novo conceito de arte deve levar em


conta aquilo que a realidade social contemporanea quali- a rigor, deveriam estar excluidas da proteção. A tutela i,

fica como criaçöes artísticas, observando-se as obras que de tais obras. destituidas de reconhecido valor artistico. l

são objeto de exposiçöes e exibidas nas galerias que reú- mas não destinadas à satisfacão económica dos consu- l
nem as obras mais representativas da arte contemporâ- midores, simplifica a aplicação da lei de direiättìssãtètaorais.
nea, bem como aquelas gue constituem objeto de critica evitando indagaçoes a resP@lI0 de natureza '
nas publicaçöes artisticas e periódicos especializados. Comenta Benucci *B9 que mesmo o critério da dissociabi-
Dessa observação se extrai um- conceito de arte mais pró- lidade acaba por reportar-se ao_ valor criativo, seiltdoa
ximo da verdadeira realidade atual, evitando-se aqueles dissocia-bilidade uma manifestaçao ou prova d€=iClU9e Va'
conceitos que não mais respondem a vida contemporánea. lor, transcrevendo, a respeito, Auletta, _o,qual entende que
Obtido o conceito de arte decorrente da realidade social, a dissociabilidade ocorre quando a ideia apresente tal
não hesitaremos em qualificar de obras artisticas muitas valor criativo que a matéria representa somente olveicudo
criaçöes do desenho industrial, superando o obstáculo psi- necessário para que a idéia possa passar do espirito to
cológico constituido p_elo conceito de arte em sentido tra- seu criador ao espírito dos_outros homens. Acrefscen a
dicional, tão relevante para o problema de tutelabilidade Benucci que é possível discriminar, 'no campo das ormas
através da disciplina do direito de autor.lBB t estéticas, aquelas de menor conteudo esteticddaquelas
A necessidade de condicionar-se a aplicação da lei de -de mais elevado valor formal, conferindo as primeirasda
direitos de autor à constatação do valor artistico, tão criti- tutela do modelo e às outras a de direito de autor,_sen_o
cada por muitos, é, todavia, inarredävel, da mesma forma este, em substância, o sistema seguido pela legislação
que para outorgar-se um privilégio de invenção deve-se ânica e italiana.19° Efetívamente, entende Benucci ››

aferir o nivel inventivo da mesma. Em um caso ou outro, o germ sistema da lei italiana, baseado na dissociabilidade I

nivel técnico ou o estético devem ser apreciados em relação fgleqiïe é o mesmo estabelecido na Lei brasileira,5.988]-
ao momento histórico. - - não se exaure na dissociabilidade, sendo necessario re-
correr-se ao valor artistico, a que a lei se refere expres-
186. Perot-Morel, Les Principes de Protection des Dessins et Modèles samente. 1*"
dans les Pays du Marché Commun, Paris, 1968, págs. 54/55. Ao examinar o significado da expressão caçartãg ärådlíãš
187. Já em 1939 Drieschner escrevia que uma locomotiva ou um trial em cont_raposiçao_a_ valor `artisatiCo. Gãflsnflcìso XI do
aeroplano podem ser esteticamente belos, mesmo que tenham por italiana [praticamente identica a re açao o_ _t
finalidade desenvolver maior energia ou alcançar uma velocidade mais
elevada (Der Schutz der Technischen Gestaltungslorm. pág. 6]. art 6°
_ ' ' .
da lei brasileira), -
aquele autor conclui que cara
`
era
industrial de um determinado produto corresponde É Sua
18_8_. Ob. cit., pág. 173. Benussiitranscreve uma decisão do Tribunal de
Milao de 4.10.73, que faz as seguintes consideraçöes: “As relaçöes
entre o mundo da arte e o da indústria estão muito menos separadas
destinação de emprego. qLj9_S9 QIOHIFHPOG 3 U_ma Ofm
externa dotada de valor artistico: Il concetto di caifiitteãe
l
do que alguma vez se pudesse pensar... e que por valor artístico industriale va inteso in contrapposizione a que 0
da obra nao se pode entender' outra coisa que não aquilo que o
modo comum atual desentir e conceber a obra de arte, nas suas 189. Bonasi-Benucci, ob. cit., pág. 232.
varias rnanifestaçöes. consicleragcomo tal. dilatando os confins da
otica oitoceritista ou do inicio do seculo ou mesmo de uma dezena 190. Ob. cit.. pág. 235.
de anos atras", 191. Ob. cit., pág. 243.*
167
166
l
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i
i

- ii- ii í""
v'
)I
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL
TUTELA DO DESENHO INDUSTRIAL
il
i
valore artistico: quest'uItimo si riferisce evidentemente infinidade de artigos domésticos, que preenchem_ função
alla forma esterna del prodotto, alla sua apparenza, mentre i
decorativa e, se dotados_de_ valor artístico, poderao rece- ` i
il primo si riferisce alla destinazìone d'impiego, alla fun- ber a tutela da lei de direitos de autor, a
zione del prodotto".192 - Ftutela incidir sobre certa forma que venh a imi'@[,a§2(,'
l
Entretanto, conclui Benucci, que, quando a forma do pro- “J p®dmqfiäo1ífocorrera
duto esteja indissoluvelmente ligada à sua função, “a pró- Wt, B ¡zar aïfição técnica atraves
pria destinação a finalidade industrial subtrai à forma qual- <`Í*¿\
' de form mïó±e%ìn *que esëifpode
quer valor autônomo, a forma é necessária ao produto". 193
Com essa conclusão não podemos concordar, face à pró- ~ÃÍ7W¬ rf ria em relação à função do produto.
Assim entendido, a única diferença entre a aplicação da
pria exposição de Benucci, na mesma obra, sobre_fQr¿na teoria da unidade da arte e a da dissociabilidade consistira
ilqepessária. Efetívamente, referindo-se o autor à forma ne- em que, pela primeira, a lei de direitos de autor proteqera
Dgàçessária na Zöbra cientïfìca, “esclarece ser aquele que cons- inclusive a forma de produtos ¡ndustria¡s_de_ baixo nivel
titui a unica forma possívël de comunicaçãopara ašlïfiisão
1% $59
§5,¿ do conteúdo ciãttífico, caso em que (não;-é admíssível
qualquer exclusividade. Já quando seja possível uma maior
estético, enquanto que, pela outra, tais criaçoes somente
poderão ser tuteladas como modelos. industriais. As cria-
iiI ,li »DW e escolha 'na comunicação, a forma
çöes industriais de alto nivel estetico serao protegidas
tanto numa quanto em outra, exceto quando se_tratar_ de
poderá ser protegida. Em outras palavras, quando houver forma necessária, caso em que a aplicação da lei de direi-
magqgm suficiege de variabilidadepnãq gcorrerá a forma Á
tos de autor estará excluida por ambas, a fim de evitar
nícessarla, 194 2 e a interferência do direito autoral no campo da tecnica.
¡ _
mpoe-se, portanto, a conclusão de que o conceito de
dissociabilidade está relacionado com 0 de forma neces-
sáría, no sentido de que somente não haveráìlšsoäabili-
,büïaìle quando a forma não ad_mita v_a_riabil_idade com_res¿¡¿eüo
“ a rminaíimnção. Quando a mesma
¿Y
fifìä
função possa ser preenïlída por mm diversas, haverá
dissoclação ao menos conceitual e, se tal forma for dotada
13/0 de valor artístico, poderá ser protegida pela lei de direitos
de autor. -
Um exemplo extremo pode ser dado. Plantas ou flores
artificiais, dotadas de formas inexistentes na natureza e
preenchendo função decorativa, podem ser destinadas à
fabricação em série, podendo constituir, ao mesmo tempo,
modelos industriais e obras artísticas. Ora, o mesmo se
pode dizer em relação a forma de luminarias, móveis e uma
192. Ob. cit., pág. 246. 4
1123. Ob. cit., pág. 249.
194. É esse o pensamento de Benucci expresso às págs. 201/202 de
sua obra, acrescentando que: “É appena il caso di rilevare che lo stesso __r"
principio scientifico può essere esposto in infiniti modi diversi, in
forma piü o meno chiara o brillante, ed ognuna di queste forme di
comunicazione trova la sua tutela purchè originale rispetto alle altre.
purchè rechi l`¡mpronta individuale del suo autore".

168 169
fif

APÉNDICE

1 . ,DECRETO N. 26.675 - DE 18 DE MAIO DE 1949

Promulga a Convençao Interamericana sobre os Direitos de Autor


em Obras Literarias, Científicas e Artísticas, firmada- em Washington
a 22 -de junho de 1946.
O Vice-Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, em
exercíciogno cargo de Presidente da República:
Tendo o Congresso Nacional aprovado, pelo decreto legislativo n. 12
de 22-de junho de 1948, a Convenção Interamericana sobre os Direitos
de Autor em Obras Literarias, Científicas e Artísticas firmada pelo
li Brasil e vários outros países, em Washington. a 22 de junho de
1946: e tendo sido depositado na Organização dos Estados Americanos.
em Washington, a 9 de maio de 1949, o Instrumento brasileiro de
ratificação da citada Convenção:
Decreta que a mesma. apensa por cópia ao presente decreto, seja
executada e cumprida tão inteiramente como nela se contém.,
Rio de Janeiro, em 18 de maio de 1949, 128." da lndependência e 61.”
da República. ' _
NEREU RAMOS _ '
C. -de Freitasi Valle.

Eurico Gaspar Dutra, Presidente da República dos Estados Unidos


do Brasil: '
Faço saber aos que a presente Carta de ratificação virem que os
Estados Unidos do Brasil, juntamente com vários outros países, pelos
seus respectivos Plenipotenciários, concluiram e firmaram, em - «-.n
Washington, a 22 de junho de 1946, uma "Convenção Interamericana
sobre os Direitos de Autor em Obras Literárias, Científicas e Artís-
ticas, do teor seguinte:
Convenção Interamericana sobre os Direitos de Autor em Obras
Literarias. Científicas e Artísticas.
l
171
1* Él
W
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL APENDICE

'Os Governos das Repúblicas Americanas, Desejosos de aperfeiçoar . . -- - . fim toda produção


topografia, arquitetura oulqualquer ciencia, e. _€fl - . g
a proteção recíproca interamericana dos direitos de autor em obras literária, científica ou artistica apta a ser publicada OU f9Pl'0dUZ1da-
literárias, cientificas e artísticas. e,
Desejosos de fomentar e facilitar o intercambio cultural interamericano. Artigo ¡Vi
Resolveram ajustar uma Convenção para efetivar los propósitos enun-
ciados, e concordaram nos seguintes artigos: 1. Cada um dos Estados Gontratantes secompromete a reconhecer
e a proteger, dentro do seu territorio, o direito de autor sobre obras
inéditas ou não publicadas. Nenhum dispositivo da presente Convençaü
l l
i
lll;
Artigo I.
Os Estados contratantes se comprometem a reconhecer e a proteger
o direito de autor sobre as obras literárias. científicas e artísticas
de conformidade com as eetipulaçöes da presente Convenção.
será interpretado no sentido de anular ou limitar o direito do autor
sobre sua obra inédita ou nao publicada: nem no sentido de permitir.
sem o seu consentímento, seja reproduzida, publicada ou usada;
nem de anular ou limitar seu direito de obter indenização por danos
e prejuízos que lhe forem causadols. t
f 't
S _ndustr_a.s serão
rinci amen e para in, i i i †
l
Artigo Il. šreââgìãgsasrscìpìdämìhãš lentrep os Estados Gontratantes que no
presente ou no futuro concedam proteção a tais o_bras.
De acordo com a presente Convenção, o direito de autor compreende 3 Q amparo conferide pela presente Convençao nao compreende o
l l a faculdade exclusiva que tem o autor de uma obra literária, científica aproveitamento industrial da ideia cientifica.
e artística de: usar e autorizar seu uso, no todo ou em parte; dispor
desse direito a qualquer título, total ou parcialmente, e transmiti-lo
por sucessão. A utilização da obra poderá fazer-se, segundo sua Artigo V. -
natureza, por qualquer dos seguintes meios ou dos que no futuro ' . das como obras originais.
- ' ' sem PFÉJUIZD.
' ' do _ direito
_
se conhecerem: gi' Sagan eggfïzegl obra original as traduçöes, adaptaçoes, compilacoes.
$1) Publicá-la, seja mediante impressão. seja por qualquer outra aïrãiäoï compêndios dramatfzação ou outras versöes de obras lite-
orma; rárias, bientificas e artísticas. ¡nçlusive as adaP'fa950S f0'f09fafl°a5
b) Representá-la, recitã-la, expô-la ou executa-la publicamente; e cinematográficas. f
~ - ' , ' e e-
c] Reproduzi-la, adapta-la ou apresentá-la por meio da cinematografía; 2. Quando as produçoes previstas no p_aragrafo anterior se r
rirem a obras do domínio público, serao prgtegldâs _1E2(<)1\I11aC;(c`<ìg'Éã
d] Adaptá-la e autorizar adaptaçñes gerais ou especiais a instru- originais, mas tal proteçao nao acarretara nen um irei
mentos que sirvam para reproduzi-la mecânica ou eletricamente, ou ao uso da obra original.
executa-la em público por meio de ditos instrumentos;
e] Difundi-la por meio da fotografia, televisåo, radiodifusão. ou por Artigo VI.
qualquer outro meio presentemente conhecido ou que venha a ser --- as, cientificas
-›- ›e artisticas,
"
futuramente' inventado e que sirva para a reprodução de simbolos, que 9026"" ldepro-
._
sons ou imagens- geeâ: ggjršsqdatlelfãlrl sua matéria, publicadas em i0rnH¡S 0U l`eVlS'f35
f) Traduzi-la, transpô-la, arranjá-la, instrumentá-la, dramatìzá-la, adap-
de' qualquer um dos Estados Contratantes, não poderão ser repro- l
duzidas sem autorizacão nos demais Estados Gontratantes. il
tá-la, e, em geral, transformá-la de qualquer outra maneira;
2 Os artigos de atualidade de jornais e revistas poderão ser repr_0-
gl Reproduzi-la em qualquer forma, total ou parcialmente. duzidos pela imprensa É,
_ - '- a não ser que se proíba a suaos;rePl'0dUGã0
em to o
mediante reserva especial ou geral C°"§ta"Ée,d°s mçsm d
Artigo III. caso, porém, dever-se-á citar de maneira inconfundivel a fonte e I

nde tenham sido tirados. A simples assinatura do autor sera eql-ll'


As obras literárias, científicas e artísticas protegidas, pela presente Salente à menção de reserva, nos países em CI*-le aãsïm ° °°“s¡de'e_a
Convenção, compreendem os livros, escritos e folhetos de 'todas as lei ou os costumes. I , teúdo
especies, qualquer que seja sua extensão: las versöes escritas ou _ A ' “ 'cara ao con
3, A proteçao da presente Co_rivenç:ä›_ não seeìašiiimprensa
gravadas de conferencias, discursos, liçöes, sermöes e ,outras obra-s i
da mesma natureza; as obras dramáticas ou dramático-musicais; as informativo das noticias do dia. PU 'Ca as P '
coreográficas e pantomímicas, cuja encenação tenha sido fixada por l
Artigo VII. _ i
escrito ou por outra forma; as composiçöes musicais com ou sem
letra; os desenhos, as ilustraçöes, as pinturas, as esculturas, as . ' contrário.
Considera-se autor de uma obra pr0t€9||$a-ìâ3lV?1eãJ¿`°\;ã3 uer21_ por c0n_
gravuras, as litografias; as obras fotográficas e cinematográficas; aquele cujo nome, OU PSeUd°"'Í“° CP" ec ' '
as esferas astronómicas e geográficas; os mapas, as plantas, es seguinte. será admitida nos tribunais dos Estados Contratantesmâ
croquis, os trabalhos plásticos referentes à geografia, geología, ação intentada contra os infratores pelo autor ou POT Cll-'em represa
172 173 l

l
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I
i
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTRlAL APÉNDICE

lll \ seu direito. Relativamente às obras anônimas e às pseudônimas dível a fonte de onde se tenham tirado e que os textos rePl'0dU2¡d°S
i l' cujo autor não se tenha revelado, tal ação caberá ao editor. não sejam alterados. , _ _ d _
I
2. Para os mesmos efeitos e com ide_nticas restriçoes. P0 99°
Ari-¡go vi/i. `
O prazo de duração da proteção do direito de autor será determinado
publicar-se breves fragmentos em traduçao.
li
de acordo com o disposto na lei do Estado Contratante em que .a Artigo XIII. . , A
proteção haja obtida originalmente, mas não excederá o fixado pela - ou reproduçoes
1. Todas as publicaçoes - ilicitas serao
' seques
" tradas_ l
lei do Estado Contratante em que se reclame a proteção. Quando ex officio ou a requerimento do titular do direito a obra. pe|tìfiìt:_0lL
a legislação de qualquer Estado Contratante concede prazos suces- li
sivos de proteção, o termo de duração da proteção., com relação dade competente do Estado'Contratante_ erri que se ver l
infração, ou no qual a obra ilicita tenha sido importada.
x-=A;r~'-¿~_¿- a esse Estado, incluirá, para os efeitos da presente Convenção ambos
os prazos. 2. Toda representação ou execucao publica _de iäeças tteatraisá og
composiçöes musicais em violaçao_dos direitos e au or ser.
Artigo IX. requerimento do-seu titular Iesado, interditada pela autoridade com-
I li petente do Estado Contratante em que ocorrer a infraçao.
i
il Quando uma obra criada por um nacional de qualquer Estado Con- 3. Tais medidas serão tomadas sem prejuízo das a<;>0GS CWGIS B

l
tratante, ou por um estrangeiro nele domiciliado, houver obtido o criminais cabíveis-_
direito de autor no referido Estado, os demais Estados Contratantes
conceder-Ihe-ão proteção sem necessidade de registro, depósitos ou Artigo XIV.
outra formalidade. Tal proteção será a que concede a presente

i Convenção e a que atualmente concedam e no futuro concederem


os Estados Contratantes aos nacionais de acordo com suas leis.
Artigü X.
f 'd ue, elanotoriedade internacional da
O “lheio este u?rlaraur?1roä$atear qtão ,Fiistintivo que a identifique. N80
g1oìiSerá'serqreproduzido em outra obra Sem 0 C0f1Se"†¡me"t° df'
aufm,-_ A p,-Qibiçäe não se refere ao uso do titulo ãom rìsgmãgdã
obras que sejam de índole tao diversa que excluam to a P05
li
l

i
A fim de facilitar a utilização das obras literárias. cientificas e de confusão. _
artísticas, os Estados Contratantes promoverão o emprego da
il expressão “Direitos Reservados", ou sua abreviação “D.R.", seguida Artigo xv. g 1
i do ano em. que comece a proteção, do nome e endereço do titular . - › ' " ' ' 'o de forma
do direito e lugar de origem da obra. nogreverso do frontispício, As estipulaçoes da presente Convençao nao Pl'°I_UC_|l°al'a _ _
caso se trate de obra escrita. ou em algum lugar apropriado, segundo alguma o direito dos Estados Contratantes de vigiar,_ restringir pu
a natureza da obra, como a margem, o reverso, a base permanente. proibir delacordo com suas leis internas. a DUUHGHGGO. GII'GI1|a9?°-
o pedestal ou o material em que esteja montada. Não obstante, a representaçäe oo exposição das obras que se considerem contrarias
indicação de reserva nesta ou em qualquer outra forma não será à moral ou aos bons costumes.
interpretada como uma condição à proteção da obra, de acordo
com os termos da presente Convenção. Artigo XVI. _
Artigo XI, E E 2 d s Estados Contratantes transmitira" ' aos_ demais
_ _ e à
hnigãdgaig-glmeåcana, em intervalos regulares, listas_ ofiràiaiS.d§0?tog ¬
O autor de qualquer obra protegida, ao dispor do seu direito por forma de cartöes ou de livros, das obras, das cessoles osdoirš ¡S- I
venda, cessão ou de qualquer outro modo, conserva a faculdade sobre as mesmas, e licenças para seu uso, queiten am si_ _ 9 i
de reclamar a paternidade da obra e a de opor-se a toda modificação tradas ou inscritas oficialmente em suas reSPB0'f|V9S "°Pa"t1ç°°s pm ü
ou utilização da mesma, prejudicial à sua reputação de autor, a não autores nacionais ou estrangeiros domiciliados. T-ais listas nao depen-
li ser que, por seu consentimento anterior, simultâneo ou posterior a derão de legalizaçöes ou certificaçoes complementares: serão for il
tal modificação, haja cedido esta faculdade ou renunciado à mesma, 2. Os regulamentos para intercamllšio dde tâl aotgngagšoemreunião
'l de acordo com as disposicöes da lei do Estado em que se celebre mulados por representantes dos sta__os o _
o contrato. especial que será convocada pela Uniao Pan-americatr.ia.s Governos
l.
Artigo XII. 3. Tais regulamentos serao comun_icad<l;:›,s af'›šerr:ãlJ`§G¿V<3entrarão em 'i
`l
dos Estados Contratantes pela Uniao an-a _
1. Será lícita la reprodução de breves fragmentos de obras literárias, vigor entre os Estados que os aprovem.
. _ _ - .
4. Nem as disposiçoes precedentes deste artigo. nem _P9_ [e9Ua I -
científicas e arísticas, em publicaçöes com fins didáticos ou cien-
tíficos, em crestomatias, ou para fins de crítica literaria ou de mentos que se adotarem de acordo com o mesmo constituir@ Um l
investigaçao científica, sempre que se indique de maneira inconfun- requisito a proteção sob os termos da presente COHVGHGGO-

174 175
li
il
il
il

il,
l
li
l

l DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL APÉNDICE

5. As certidöes outorgadas pelas respectivas repartiçöes, de con- aviso previo de um ano. à União Pan-americana, que transmitirá CÓPIH
ill formidade com as listas anteriormente referidas, terão nos Estados
Contratantes, valor legal ,probatorio relativamente aos fatos nelas
do aviso a cada um dos demais Governos Si9nafflrIOS- _TranSCOrrido
este prazo de um ano, a Colnvenoão ce_ssara seus efeitos Eparã o
consignados, salvo prova em contrário. . Governo denunciante, mas continuara em vigor para os -demais Sta OS-
li
lÍl` i A denúncia da presente_Conver_ição não afetará os direitos adf1U¡r¡d0S
Artigo XVII. de acordo, com suas disposiçoes antes da data em que a mesma
-_ l 1. A presente Convenção substituirá entre os Estados Contratantes expirar em relação ao Estado denunciante. '
a Convenção sobre a Propriedade Literária e Artística, subscrita Em testemunho do_ que. os Plenipotenciários abaixo assinados, depåflfi
em Buenos Aires a 11 de agosto de 1910, e a Revisão da mesma de haverem depositado seus Plenos Poderes. que fo_ram encontra os ¬-

Convenção, subscrita em Havana, a 18 de fevereiro de 1928. bem em boa e devida forma, assinam a presente Convençao em portugues.
como todas as convençoes interamericanas anteriores sobre direito espanhol, inglês e frances, nas datas que figuram ao pe das suas
de autor, mas não afetará os direitos adquiridos de acordo com ditas respectivas assinaturas.
convençöes. f - Em 22 de junho de 1946.
2. Não acarretará as responsabilidades previstas por esta Convenção Pela Nicarágua:
l
o uso lícito que se tenha feito ou osatos que se tenham praticado Guillermo Sevilla Sacasa.
em um Estado Contratante, relativamente a quaisquer obras literárias,
científicas e artísticas, antes da data em que tais obras obtiveram Pelo Eciuadvn
o direito ã proteção nesse Estado, de acordo com as disposiçöes L. N. Ponce. ,
da presente Convenção; ou com respeito à continuação nesse Estado E. Avellán F.
de qualquer utilização legalmente iniciada antes de tal data que Pela República Dominicana:
implique gastos ou obrigaçöes contratuais em relação à exploração, J. R. Rodriguez.
produção, reprodução, circulação ou execução d_e qualquer dessas Pela Guatemala:
obras. _ Jorge Garcia Granados.
R. Arévalo Martinez.
Artigo XVIII; W Í 2 Pelo México:
0 original da presente Convenção nos Idiomas português, espanhol, G. Fernández del Castillo.
li inglês e frances, será depositado na União Pan-americana e aberto Pela Venezuela:
à assinatura dos Governos dos Estados Americanos; A União Pan- A. Casas Briceño.
-americana enviará copias auténticas aos Governos para -os fins de Pelo Peru:
l ratificação. H , J. P. de Lavalle.
Pelo Haiti:
Artigo XIX. g ~ Dantés Bellegarde.
A presente Convenção será ratificada pelos Est-ados Signatários de Pelo Panamá:
acordo com os seus respectivos processos constitucionais. Os instru- Graciela Rojas Sucre.
mentos de ratificação serão depositados na União Pan-americana, Pela Colômbia:
que notificará os Governos dos Estados Signatários desse depósito. Antonio Rocha,
,Tal notificação valerá como permuta de ratificação. Pelo Chile: _,
-Benjamin Dávllla Izquierdo.
l i
Artigo XX. Humberto Díaz Casanueva.
A presente Convenção entrará em -vigor com respeito aos Estados Pelo Brasil:
que tenham depositado seus respectivos instrumentos de ratificação, João Carlos Muniz.
logo que dois Estados Signatários tenham efetuado dito depósito. A Por Costa Rica:
Convenção entrará em vigor com referência a cada um dos demais ' Jorge Hazera.
Estados Signatários na data do depósito do seu respectivo instrumento Por Honduras:
l
de ratificação. ~ Julián R. Cáceres.
Pela República Argentina:
Artigo XXI. - Rodolfo Garcia Arias.
A presente Convenção permanecerá em vigor indefinidamente, mas
poderá ser denunciada por qualquer Estado Contratante mediante
Pelos Estados Unidos da América:
Luther H. Evans.
177
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176
l
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1
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oinEiTo DE Autos No DESENHO INDUSTRIAL APÉNDICE

Pelo Uruguai: americanos en las actividades de Derecho de Autor y Derechos


Roberto Fontaina. Conexos de la OMPI y la UNESCO y que los gobiernos, que 'aún
Ad' referendum da aprovaçao pelo Governo da Republica de no lo hubiei-an hecho, adhieren, de acuerdo con sus realidades nacio-
acordo com o art. XIX da presente Convenção. nales, a los convenios internacionales administrados por esos orga-
Pelo Paraguai: nismos con el fin de asegurar una mejor protección internacional
ii César Romero Acosta. para los titulares de estos derechos y una mejor cooperación inter-
Ad referendum. nacionai en esta matéria.
il ` P or El Salvador:
,, Salvador Salazar Arrué. Fiesolução 3
i i
l ~ Por Cuba: Solicitar ao Director Geral da UNESCO que o Centro Internacional
_ Natalio Ghediak. de Informação sobre o Direito de Autor, que funciona na sede dessa
Pela Bolivia: Organização, multiplique, na medida do possível, os contatos neces-
V. Andrade. sários para que compilem os dados necessários para atender as
E, havendo o Congresso Nacional aprovado a mesma Convenção, consultas que objetivem identificar e localizar os titulares dos direitos
nols_ termos acima_transcritos, pela presente a dou por firme e de autor de obras- científicas e tecnológicas reproduzidas em número
va iosa para _produzir os seus devidos efeitos. prometendo que será muito pequeno de exemplares, ainda não editadas, mas de interesse
cumprlda inviolavelmente. s para a pesquisa científica, o ensino ou para o fomento do progresso
Em firmeza do que. mandei passar esta Carta que assino e é salada tecnológico.
com 0 selo das armas da República e subscrita pelo Ministro de Sugerir al Director General de la OMPI la conveniencia de poner al dia
Estado das Relaçóes Exteriores.- el Repertorio sobre la enseñanza del Derecho de Autor en las univer-
Dada no Palácio da Presidencia. no Rio de Janeiro, aos doze dias do sidades americanas. “
mes _de'março de mil novecentos e quarenta e nove, 128." da Inde-
pendencia e 61.” da República. 2.° Painel
"EUFIICO G. DUTRA. “DIRETRIZES PARA O DESENVOLVIMENTO DO DIREITO AUTORAL
Raul Fernandes. NAS AMÉRICAS" "~
(Publicado no “Diane oficial" de união de dia as de ¡uiiw de 1e4si. Resolução 4
Que la OMPI y la UNESCO, con la col-aboración del Instituto Intera-
2. i coNi=isnENciA coNtiNEN†AL DE oiniaito AuTonAL mericano del Derecho de Autor [lIDA], convoquen un Comite de
- nEsoLuçoEs APnovAoAs * Expertos Latinoamericanos con el objeto de examinarja fondo el texto
de la ley tipo de Túnez sobre Derecho de Autor para los países
1.° Paine! en desarrollo y sugerir las adaptaciones que seria necesario efectuar
para adecuar sus disposiciones a la realidad.
“A ATUACÃO DAS ORGANIZACÓES |NTERNAC|ONAlS" ›

Resolução
Hesolução 1
Que el instituto Interamericano del Derecho de-Autor presente esta
Que el instituto Interamericano de Derecho de Autor tome contacto
con el Director General de la OMPI y el Director General de la
recomendación a las autoridades autorales de los gobiernos lati- I,
UNESCO con miras a obtener la asociación institucional que noamericanos a fin de que estos promuevan la adopción, por los I
corresponda con dichos organismos a fin de poder participar en las
órganos competentes de la OMPI y de la UNESCO, de las medidas
necesarias para dar a la presente resolución la aplicación que
i
reuniones de sus organos competentes en materia de Derecho de
Autor y de Derechos Conexos. corresponda.

Hesolução 2 Resoluçao 6 _

Que el Instituto Interamericano de Derecho de Autor [IIDA] desarrolle Que entretanto, el Director General de la OMPI y el Director General
esfuerzos para lograr una participación más activa de los»Estados de la UNESCO inviten a los gobiernos de todos los países latino-
americanos y al Instituto Interamericano de Derecho de Autor a
' As resoluçöes vão Iranscritas na lingua em que foram aprovadae _ i|DA San formul-ar observaciones a la lei tipo de Túnez sobre Derecho de
Paulo, junho de 1977. Autor; que organicen reuniones técnicas con exper-tos seleccionados
por ambas Organizaciones y tomen todas las demás medidas prepa-
178 179

-.1=.«-

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DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL APÉNDICE

ratorias que estimen convenientes para la reunión del Comitê de Resolução 15 _


Expertos Latinoamericanos mencionado.
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l
Todo el contracto de licencia debe resolverse. Si9mPi'0 f-IU@ togätfgg
Resolução 7 I quiebra del licenciado, quedando el autor libre para nuevos con r
con terceros.
Que la OMPI y la UNESCO asocien, en la forma que sea más apro-
piada, el instituto Interamericano de Derecho de Autor a todos los Resolução 16
trabajos resultantes de la «aplicación de esta resolución y la reunión
del Comitê de Expertos Latinoamericanos.
Hesolução 8 _ j
Recomendar que las leyes nacionales incorporen un tratamiento
autonomo de los contractos en materia de Derechos de Autor. Los
Derechos del autor no pueden ser desnaturalizados por vinculo
i
contractual alguno. ' j
Que el Presidente del Instituto Interamericano de Derecho de Autor
transmita esta resolución al Director General de la OMPI y al Director Resolução 17 ¡__4
General de la UNESCO.
Reconocer como ,principio general que los derechos económicos no
Fiesolução 9 pueden ser transferidos intervivos, admitiendo solo las autorizaciones
Procurar la unificación del derecho o la compatibilización de los de uso exclusivo o no exclusivo que deben constar por escrito.
que se presumirán onerosas e intransferibles.
sistemas jurídicos existentes en las Américas en la medida que l
tienda al desarrollo del derecho de autor y posibiliten y respeten los Resolução 18
i
mas altos niveles de protección logrados en esta área.
Establecer como norma el principio ¡n dubio pro auctore y que las
Resoluçao 10 autorizaciones exclusivas no se presumen y que los negocios jurídicos
La difusión de la cultura y la «ayuda que al efecto se otorgue a los relativos al Derecho de Autor sean interpretados restrictivamente.
usuarios debe concretarse en normas de apoyo específico a los Hesolução 19
mismos y' no por la via de la disminución de los derechos de los
autores, ya que en los países de bajo nivel de protección legal y ' d I autorización si la obra no es utilizada
efectiva, la obra extranjera desprotegida y de fácil uso desplaza a la šstšgleââjraladeìadultllligâg eìi ¿determinado PGl`¡°d° ° Se P"°d“°e el
de autor local, retardando así el surgimento de estos y por ende el . _ . ' ' 1:0
incumplimiento por alguna de las partes con derecho al resarcimien
de verdaderas culturas nacionales. integro del precio.
Resolução 11 A ' Resolução 20
Limitación de las licencias legales a casos que no _importen trans- - ~- del empresario
Establecer ex Iege la obligacion ' a mencionaã
' en forma
obra
formar el derecho exclusivo del autor sobre su obra en un sistema destacada el nombre del autor Illlflfïìmefltendfãgìfïeã:0š'täì?e deevênguen
substitutivo de su voluntad. Y el derecho del autor a contro ar os re edìo empleado al efecto.
y el modo de publicacion, cualquiera sea e m _ i
Resoluçäo 12 '
Resolução 21 l
Que la idea de elaboración de una ley tipo, según los padrones
tradicionales, sea complementada por un estudio comparativo con
fundamento en la investigación de la experiencia, en el sentido de
buscar la conciliación y compatibilización de las normas del Derecho
smewmflwwflwawaeaee V
obra deben ser objeto de contracto au onomo
uno' solo instrumìenfü-
'
q
obre una

de Autor de las nacionesamericanas.


Besolução 13
Resolução 22 l
I

l Que cuando los legisladores enfrenten un puntoldde fìgflgëïlïìóflntåg


Afirmar el principio de que Derecho de Autor se origina tot-al y
Messe@-wmawfnnaayemmaaa
i
exclusivamente en el acto creativo del ingenio humano, no estando el interés particular del autor y ell 'mates isdhnaal cìeador es en si l
condicionado a la necesidad de cualquier formalidad. misma un bien social, porque sin e 8
desarrollo de las culturas nacionales. _ l
Re-solução 14
I

El Derecho de Autor, siendo derivado de un acto creativo de la Resolução 23'


persona humana, solo la persona física puede ser originariamente Que cuando los
, legisladores deban -establecer un ' GqU¡|¡bf¡°dle“¡3al
i

titular de un Derecho de Autor.



_ - t 'os e as
entre el interes del autor y el interes de los destina arl

'iöij 131

l il
` l.

il
i
APÉNDICE
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTRlAL

obras, tengan en cuenta la diferencia esencial entre "destinados" y i


sariais, mais exigem a criatividade intelectual el a pr0'lGl?å0 G Quafda
"usuarios" '
i
1
de sua produçao e de seus autores. A
3.° Painel f
Resolução 24
“REPRESSÄO PENAL E CIVIL ÄS VIOLACÓES DE DIREITOS
Que el contracto relativo a la obra futura se regirá por las normas AUTORAIS"
del Derecho del Autor y que el autor mantendrá sobre la misma todos
los Derechos morales y patrimoniales. Resolução N. 31 ' _ 1 _
Que- el instituto Interamericano de Derecho de Autor tome iniciativas †
Resolução 25 concretas para ofrecer asesoria a los gobiernos de los paises Latino- I
instituir el Dominio Público Pagante como medio de defenza para el americanos que la necesiten enel campo de la-represion .civil y penal
autor protegido. y administrativas a la .violación de los Derechos Autoraleä. ifl0|U$0 H
sociedades de autores o artistas, tomando nexos más firmes con dichas
asociaciones para ,proteger el Derecho de Autor;
Resolução 26
Con el objeto de impedir el desplazamiento de la obra nacional prote- Resolução N. 32
gida. por parte de la estranjera desprotegida, eliminar de las leyes Que en materia de delitos penales, la legislación tenga en cuenta
todas las normas que se opongan al goce de un igual nivel de tutela estos tres aspectos: T d d _ d A d t
por unas y otras. a] que la represión penal no preten a ser emasia o avanaa a respec o
de la concienzia general sobre .el Derecho de Autor existente en e¦
Flesolução 27 país; pues tal exceso estimularia la benevolencia de los jueces y e
desuso y desprestigio de la norma;
La libre utilización de la obra en el dominio público. no puede ser
impedida por lo requisito deautorización oficial. resguardada siempre b] lque la tipicidad de los delitos penales esten _perfectaå1:1:Fåeí¿st;lìl;
la ,integridad de la obra. ¢¡da en la ley especial, desechandose las remisiones y g
Codigos Penales: ' if h D Í _ a las Vida
Resolução 28 c] que esa misma tipicidad e_SP?°' '°a.S° aga 9* e"§'V?. . .H a_
ciones a los derechos_Ade.›los interprøetesìe en lardaešämtifigienbiyáâlåle $05
La 1.' CONFERENCIA. CONTINENTAL sobre Derecho de Autor expressa ción del delito dela pirateria fonografica y api'0P l
su deseo en el sentido de que sea estimulada la creación de centros programas de la radiodifusion.
nacionales de información sobre derecho de autor en aquellos paises
americanos donde todavia no existen. contribuyendo el INSTITUTO Resoluoão N. 33 ¬ A
INTERAMERICANO DE DERECHO DE AUTOR a difundir para ell0, l`Oue en especial la usurpación y la reprodución ilícita de la obra sean
en los medios interesados, los Principios Orientadores que, para la tìpificadas penalmente ly se estudie el encuadre civll o penal dela
creación de tales centros, han sido recientemente elaborados por el represión del plagio. ' ,
Centro internacional de información sobre el Derecho de Autor de
la UNESCO. Resolução N. 34 í
Hesolução 29 Tipificar en las leyes, como delito específico, la falsedad de las decla-
raciones referentes a los ingresos de los usuarios, obras utilizadas Y .~-†A_¬_,t
Que se estude a nivel nacional e interamericano, onde for necessário, número de ejemplares realizados y vendidos por los mismos.
a articulação legal entre o Direito do Trabalho e o Direito de Autor.
Fiesolução N. 35 i
Hesoluçao 30 ' Que en material de acciones civiles, la _ley establezcaun rìécìgiigien ahnå-
Dirigir apelo a todos os Reitores das Universidades brasileiras, pú- plio de presunciones que permitan configurar la violacion e erec ia:
blicas ou privadas e Diretores de Escolas isoladas, também públicas teniendo em_cuenta la facilidad con que puede producierse esa vio
ción.
ou privadas, extensivo aos das Universidades do Continente Ameri-
cano, no sentido de fazerem incluir 0 ensino, ainda que optativo, do Flesoíuçäo N. 36' i
Direito Autoral e do Direito industrial como disciplinas autônomas, i
em vista de sua relevante importãncia, quando as necessidades do Sugerir que los litigios sobre la materia se tramiten por el procedi-
poder público e da iniciativa privada, no campo das atividades empre- miento oral y sumário.
183
182
l
il
li
* ¬v" “Z

DIREITO DE AUTOR NO DESENHO INDUSTRIAL APÉNDICE


Fiesolução 'N. 37 s
geiros que representem, nos mesmos periodos em que S510 P-2995 05
Atribuir al Derecho de Autor un Estatuto único substantívo-adjetivo. direitos de execução pública _de obras nacionais e que-tal prestaçao se
ii completamente autónomo del Derecho Comun. dê no mínimo de seis em seis meses.
l
,1,, Hesolução N. 38 Resolução N. 45
ii Establecer la correlación entre la legislación' sobre la Censura el Onde existir o dominio público rem_unerado [pagante], estabelecer a
Derechoide Autor para definir las responsabilidades emergentes de las seu respeito sistemas de remuneraçao e taxas iguais aos vigentes ou
relaciones contractuales del autor y el editor junto_al poder público; usuais para o domínio privado destiriando-se essa arrecadação aoffo.
mento da criaçao e da atividade artistica em todas as suas mani es-
taçöes. A
4.° Painei g A s
“SlSTEMAS DE REMUNERÁCÃO E AHRECADAQÃO DE DlRElTOS Resoiuçäo N. 46
/-\UTOFlAlS -- A RÉAUDADE, BFlASlLElRA E lNTEFlNACl0NAL"
Estabelecer para os jornalistas o direito de receber remuneracão adi-
Fiesolução N. 39 l j cional pela reprodução total ou parcial de suas obras ainda quando
haja relação de emprego. .
Cada utilizaçãode obras intelectuais deverá ser autorizada autonoma¬
mente por escrito e pagando-se com uma remuneração especifica que Resolução N. 47
deverá ser fixada »combase em porcentagem das receitas arrecadadas
pelo usuario em todos os casos em que seja possível. Estabelecer a obrigacão de retribuir ao autor pelareprodução de pará-
grafos de sua obra rlespeitando-se as transcriçöes .o_u o direito de cita-
Resolução N. 40 ' l L cão com fins didáticos ou científicos disposto pelas leis nacionais.
Quando as Iegisiaçöes nacionais -prevejam autorizaçöes gerais, excluir Resolução N. 48
aquelas relativas a obras intelectuais cuja utilização se encontre con-
signada em programas estabelecidos, reservando-se para o autor. ou à Que a execuçao~ musical
- - incluida
seja ' no conceito' de "direito de_ re-
sociedade de autores que o represente nesses casos, direito de con- presenração teatral". sempre gue ela constitua o todo ou parte de um
ceder a autorização respectiva em cada oportunidade. espetáculo previamente organizado como ta.
Resolução N. 47 , T 5.° Paine! _ † K
Propender para que a administração integral da utilização de obras [au- "PFi0TE(,`JÄO AI ARTE APLICADA
torização, remuneração, arrecadação e distribuicão] se efetue através
das sociedades de autores, outorgando-se a elas, nas leis nacionais, Resolução N. 49 aA
l faculdades exclusivas para tal fim, com relação àtotalidade das obras Que el 'instituto Interamericano de Derecho de Autor inicie el examãn
que se utilizem no territorio. - e comparativo de las legislaciones americanas e_n igatïrangfi) Qãfçcäg I; li
Autor, de Propiedad industrial..de trans erencia _e _ 9 b Y

Resolução N., 42 gislaciones afines, asi como el de los tratados internacionales so re i;


Deve-se autorizar o emprego direto e extrajudicial de todos os meios tales mater¡as.`-
de controle possíveis, para fiscalizar o correto uso das obras e a vera- Resolução N.- 50 A
cidade das liquidaçöes das súmulas que correspondam aos autores
tais como inspeçñes, auditorias contábeis, marcação de exemplares, ' 1 '
Que se sugiera al Director General de.la Organización ' de la
Mundial
utilização de etiquetas e estampilhas etc... Propiedad intelectual [OMPI] ty al Director Ceneral de la UNESCO. G0"
respecto al derecho autoral. la conveniencia de identificar de manera
Hesolução N. 143 E clara las diferentes formas de protección ofrecidas actualmente por el
Em matéria de distribuicão propender para o sistema da informação Derecho de Autor y por el Derecho de Propiedad industrial en el campo
completa, salvo nos casos em que o mesmo seja notoriamente antieco- del arte aplicado y se les invite ademas a formular las bases paiìatuna
nômico ou quando resulte difícil o controle de sua veracidade. s posible figura especial capaz de constituir una proteccion compe -H V
eficaz de todas las' manifestaciones de arte aplicado.
Hesolução N. 44 - 7 Fiesoluçao N.` 51
Que as sociedades de autores e organismos congêneres efetuem os Que en la agenda de trabajo de la Segunda Conferencia Continental ge
pagamentos dos direitos de execução pública dos repertórios estran- Derecho Autoral que promueva el Instituto ,Interamericano de Derec o
184 * 185
i
l

l'
DIREITO DE AUTOR NO DESENHO lNDUSTRlAL APÉNDICE

de ,Autor sea incluido el mismo tema la “PROTECCIÓN DEL ARTE c] proibição do uso para a reprodução de obras protegidas, de qualquer
APLiCADO", a fin de que el Grupo de trabajo que designe el instituto. aparelho não registrado nals) organizaçãolöesl competentelsl;
rinda el informe de' sus gestiones y se discuta y apruebe en su caso, d) proibição de obter cópia de obras ou de trecho de obras protegidas.
la solución que proponga la OMPI. f mesmo nos aparelhos registrados, sem a exibição de autorização;
Resolução N. 52 _ V e) estabelecimento de esquemas especiais que levarão em conta as
peculiaridades da reprografia;
Que el Presidente del instituto interamericano 'de Derecho de Autor f] pagamentos efetuados diretamente àlsl organlzaçãolöesi encarrega-
transmita esta recomendación .al Director General de la0MPi para que da[s] de recebê-los; _ l
tome medidas que estime convenientes. , J g) intervenção de um fundo especial. ou sociedade existente, na arre- i'
cadação, distribuindo-a aos autores com critério eqüitativo, e manten-
Resolução N. 53 _ _ _ _ do-se a decorrente dos direitos não solicitados, dos autores anônimos
Que os organismos internacionais adotem fórmulas que protejam as ou não encontrados, de acordo com a lei de direito de autor vigente no
expressöes da arte folclóricas dos povos como obras de criaçao cole- país; _
tiva. , _ h] menção do nome do autor e do título da obra em cada cópia.
sempre de acordo com a lei autoral do país;
Resolução N. 54
Fiesolução N. 59
Que se estude uma forma de particlpação da coletividade da qual se
origina esse tipo -de criação, quando haja exploração comercial por ter- Als] organizaçãoföesj indicadalsl ficarálrãol autorizadalsl a tomar me-
ceiros e que os países americanos considerem essa forma de proteção didas adequadas, tanto no campo civil quanto no campo penal, no caso
em suas legislaçöes internas. de transgressöes e outras violaçöes ao direito de autor, no campo es-
pecífico da reprografìa.
Resolução N. 55 - A OBS.: As resoluçöes deste painel foram aprovadas com abstenção dos
delegados do México e E.U.A.
Que se estude uma forma de identificação da origem dessas obras. que
tenha caráter obrigatório para todos aqueles que as divulguem.
7.° Painel _
Flesolução N. 56 "DIREITOS CONEXOS"
Que as legislaçñes dos paises americanos incluam expressamente os a] Intérpretes
múltiplos entre as obras protegidas pelo direito de autor. la) Executantes
OBS.: As resoluçöes 53 e 55 foram aprovadas com abstenção da de- c) Produtores de Fonogramas
legação argentina. _ e '
dl Rádio e Televisão
6.° Painel ' I
Resolução N. 60 _
"REPROGRAFIA" i
Que a Comissão de Direitos Conexos do lNSTlTUTO INTERAMERICANO
Flesolução N. 57 “ DE DIREITO DE AUTOR [IIDA] promova o mais amplo estudo sobre as
A necessidade de que, no direito que assiste ao autor de receber uma leis brasileiras que contemplam os direitos conexos, em todos os seus
justa remuneração pela reprodução por qualquer processo de sua aspectos, inclusive quanto às conseq-üências de fato de sua implanta-
obra protegida, se reconheça incluida a reprodução reprográfica. - ção no Brasil. Para tal a Comissão de Direitos Conexos deverá ouvir as
entidades interessadas submetendo ao Conselho Executivo do iiDA
Hesolução N. 58 suas conclusöes.
A conveniência do estabelecimento de um sistema de licença compul- ' Hesoluçao N. 61
l
sória para a reproducão reprográfica. caso as partes interessadas não i
alcancem acordos de licenças voluntarias, fazendo-se o controle das Que 0 INSTITUTO INTERAMERICANO DE DIREITO DE AUTOR prossiga
copias através de: e intensifique os trabalhos para elaboração de uma LEI-TIPO para' a l
América, em que se tenha em conta a variedade de situaçöes legisla-
a) indicação da[s] organização[öes] competentelsl [pública ou privada] tivas e históricas que ali se verificam.
para arrecadar essas taxas e distribuí-las aos titulares do direito;
b] registro das máquinas usadas para a reprodução das obras prote-
gidas;

186 187

i
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OUTROS LANCAMENTOS

Direito de Autor na obra feita sob


Direito de Autor na obra feita por
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\ I Direito de Autor e es obras de arte


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Artistas Intérpretes c Executantec
Walter Moraes
Questöes de Direito de Autor
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Direito de Autor na Obra
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Direito de Autor na Obra
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