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ISSN 1516-8654

Foto: Maira Balbinoti Zanela

COMUNICADO
TÉCNICO LINA - Leite Instável
356 Não Ácido

Maira Balbinoti Zanela


Pelotas, RS Maria Edi Rocha Ribeiro
Julho, 2018
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LINA - Leite Instável Não Ácido1


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Maira Balbinoti Zanela, médica-veterinária, doutora em Zootecnia, pesquisadora da Embrapa
Clima Temperado, Pelotas, RS. Maria Edi Rocha Ribeiro, médica-veterinária, mestre em Veterinária,
pesquisadora da Embrapa Clima Temperado, Pelotas, RS.

Qualidade do leite
Qualidade do leite é um termo amplo
que corresponde a uma série de carac-
LINA
terísticas da matéria-prima que influen- LINA (Leite Instável Não Ácido) é uma
ciam no valor nutricional, rendimento alteração na qualidade do leite resultan-
e segurança dos derivados lácteos te do desequilíbrio no sistema de produ-
produzidos. ção. A principal alteração identificada é
Vários fatores interferem de forma a perda da estabilidade da caseína ao
complexa na qualidade do leite, entre teste do álcool, resultando em precipita-
os quais: fator genético (espécie, raça ção positiva, sem haver acidez elevada
dos animais, individualidade animal), (acima de 18 ºD) (Zanela, 2004).
fatores intrínsecos do animal (idade, Os primeiros registros de precipita-
estágio de lactação, número de lac- ção de leite cru à prova do álcool ocor-
tações), fatores nutricionais (tipo de reram na Holanda, em 1930. Alterações
alimento e disponibilidade, forma de na estabilidade do leite foram identifica-
conservação, adequação da dieta às das em diferentes países como no Irã
exigências do animal), fatores ambien- (Sobhani et al., 1998), em Cuba (Ponce,
tais (condições ambientais, estresse, 1999), no Uruguai (Barros et al., 1999),
estação do ano, manejo), fatores Argentina (Negri et al., 2001), Japão
extrínsecos (sanidade, contaminação (Yoshida, 1980), Itália (Pecorari et al.,
bacteriana) (Zanela et al., 2011), etc. 1984), Bolívia (Alderson, 2000) e no
De forma geral, a qualidade do leite é Chile (Barchiesi-Ferrari et al., 2007).
resultado do equilíbrio do sistema de
No Brasil, os trabalhos iniciaram-se
produção de leite.
em 2002 na Embrapa Clima Temperado,
Este documento tem como objetivo e atualmente o diagnóstico do LINA já foi
descrever os resultados de pesquisa confirmado em diversos estados do País
sobre o leite instável não ácido (LINA), (Figura 1): Rio Grande do Sul (Zanela,
a metodologia de diagnóstico, os fato- 2004; Marques, 2004; Machado, 2010;
res predisponentes e as estratégias de Suñé, 2010), Santa Catarina (Abreu,
controle. 2008; Werncke, 2012; Thaler Neto et
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al., 2012), Paraná (Blasques et al., Nacional de Melhoria da Qualidade do


2011; Marx et al., 2011), Rio de Janeiro Leite, com a Instrução Normativa Nº
(Donatele et al., 2003), São Paulo 51 – IN51 (Brasil, 2002) do Ministério da
(Lopes, 2008; Roma Junior, 2008; Agricultura, Pecuária e Abastecimento
Botaro, 2009; Oliveira et al., 2011), - MAPA. Atualmente, a legislação nacio-
Minas Gerais (Oliveira et al., 2015), nal em vigor é a Instrução Normativa nº
62 (IN62) (Brasil, 2011), que substituiu a
Pernambuco (Pacheco, 2011) e Rio
IN 51. A IN62 estabelece os regulamen-
Grande do Norte (Faria et al., 2017).
tos técnicos de produção, identidade e
qualidade do leite, assim como a coleta
e transporte do leite a granel.
Segundo a IN62, antes da coleta, o
leite deve ser agitado e deve ser rea-
lizada a prova do álcool (Figura 2), na
concentração mínima de 72%, devendo
o leite ser estável nesse teste.
Considera-se estável o leite que
não apresentar precipitação (Figura 3).
Quando o resultado é positivo ao teste
do álcool, geralmente os produtores di-
zem que o leite cortou no teste. Nesse
LEGENDA:
caso, o leite é rejeitado pelo transporta-
Diagnóstico de dor, ou seja, não é coletado.
LINA

Suspeita de LINA

Foto: Maira Zanela


por técnicos

Figura 1. Mapa do LINA no Brasil.


Fonte: Maira Zanela.

Teste de álcool
O teste do álcool para avaliação
da qualidade do leite está previsto no
Regulamento de Inspeção Industrial Figura 2. Acidímetro de salut (pistola do
e Sanitária de Produtos de Origem álcool) utilizado pelo transportador.
Animal (Riispoa) desde 1952. Em
2002, o País implantou o Programa
Foto: Maira Zanela 4

Figura 3. Leite normal (esquerda) e leite instável (direita).

A prova do alizarol apresenta uma é causado pela ação bacteriana na de-


variação com relação ao teste do álcool gradação da lactose (açúcar do leite),
por apresentar alizarina na sua cons- transformando-a em ácido lático e ele-
tituição, que muda de cor conforme o vando a acidez do leite (acidez titulável
pH do leite. Em casos de pH extremos, >18 ºD ou pH<6,6). No caso de leite
essa mudança é perceptível, entretanto, ácido, a solução do problema passa
quando a faixa de pH encontra-se pró- pela obtenção higiênica do leite e pelo
xima da faixa normal do leite (6,6 a 6,8) resfriamento adequado (4 °C).
a mudança na coloração é pequena,
A seguir será apresentado um fluxo-
causando dúvidas e insegurança na
grama para auxiliar no diagnóstico do
avaliação do resultado.
LINA (Figura 4) e posteriormente serão
discutidas as causas e soluções para o
Diagnóstico do LINA mesmo.
Algumas informações importantes a
A primeira providência quando ocor-
serem consideradas na realização dos
re um caso de rejeição do leite pelo
testes são:
transportador (quando o leite é positivo
no teste do álcool) é diferenciar se o • Agitação do leite: estudos preli-
caso é LINA ou leite ácido. O LINA não minares indicam que a agitação
é leite ácido. Os fatores que causam inadequada do leite do tanque de
são diferentes e as formas de solução resfriamento pode interferir no resul-
dos problemas também. O leite ácido tado do teste do álcool e influenciar
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Figura 4. Fluxograma de diagnóstico do LINA. Fonte: Maira Zanela.


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na ocorrência do LINA (Angelo et al., os quais estão associados a transtornos


2017). fisiológicos metabólicos e/ou nutricio-
nais com implicações nos mecanismos
de síntese e secreção láctea.
• O teste não deve ser realizado no
Para se estabelecer um caso de
leite recém-ordenhado: logo após
SILA, segundo os autores, a prova do
a ordenha o leite possui CO2 na-
álcool deve ser positiva, e a acidez titu-
tural, que pode resultar em falsos
lável deve ser menor do que 13 ºDornic,
positivos.
ou o pH deve ser elevado.
No caso de LINA, o leite deve ser ins-
• Recomenda-se que as amostras tável ao teste do álcool, com acidez ≤18
de leite coletadas sejam acondicio- °Dornic. Ou seja, o LINA compreende o
nadas em geladeira com frascos SILA mais o leite instável dentro da faixa
destampados para a volatilização normal de acidez. Por exemplo: dados
do gás carbônico, e analisadas em do noroeste do RS demonstraram que
torno de 4-6 horas após a ordenha. apenas 3,2% dos casos de leite instável
Essas recomendações servem tanto corresponderam aos padrões estabe-
para amostras individuais como lecidos para o SILA (Tabela 1), e que a
para as amostras de tanque de res- maior parte do LINA aconteceu dentro
friamento (Ribeiro et al., 2008). dos limites estabelecidos como normais
para acidez do leite (Zanela et al., 2009).

• Concentração do álcool utilizada:


quanto maior a concentração do ál- Tabela 1. Classificação do LINA no noroes-
cool (72%, 74%, 76%, 78%, 80%...), te do RS de acordo com a acidez titulável, e
maior é a ação desidratante do álco- comparação entre SILA e LINA.
ol sobre a caseína do leite, por isso, Acidez titulável %
maior a ocorrência de LINA.
14 - 18 ‘D 44,3
13 - 14 ‘D 7,7 LINA
<13 ‘D 3,2 = SILA

SILA x LINA TOTAL 55,2


Fonte: (Zanela et al., 2009).
Ponce e Hernandez (2001) denomi-
naram de Síndrome do Leite Anormal
(SILA) o conjunto de alterações nas Entretanto, apesar da diferença metodo-
propriedades físico-químicas do leite, lógica de acidez do SILA e o LINA, os
que causam transtornos nos processos problemas causados pela instabilidade
de elaboração de derivados lácteos, no de leite são semelhantes, ou seja, levam
seu rendimento e/ou na qualidade final, à condenação do leite.
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Alterações na compo- Segundo Ribeiro et al. (2014), com


relação à importância social, o leite
siçao do leite instável é motivo de atritos constantes
entre indústrias e produtores, levando à
O LINA apresenta variações na sua fragilidade da cadeia produtiva do leite.
composição com relação ao leite normal Os autores consideram que, por haver
(Zanela et al., 2014). A maioria dos auto- maior incidência nas unidades de menor
res encontrou menores teores de lactose produção, em que o produtor tem maior
e sólidos desengordurados no leite instá- dependência da atividade leiteira, o LINA
vel, comparado ao leite normal. A menor atinge diretamente as camadas sociais
concentração de componentes lácteos mais necessitadas.
pode resultar em menor rendimento na
produção de derivados lácteos.
Causas do LINA
Sistema de produção
Vários fatores vêm sendo estu-
Estudos realizados no Rio Grande dados para identificar aqueles que
do Sul (Zanela, 2004; Marques, 2004) predispõem à ocorrência do LINA. A
demonstraram que a ocorrência de LINA seguir serão apresentados alguns des-
é maior nos produtores com menor pro- ses fatores e as pesquisas realizadas.
dução de leite.
Gabbi (2013) utilizou dados levanta- Fatores nutricionais
dos no Rio Grande do Sul durante três
A relação entre nutrição e a ocor-
anos, entre 2002 e 2005, de sistemas
rência do LINA foi um dos fatores am-
de produção leiteira com variados graus
plamente avaliados, sendo os estudos
de especialização. Os resultados de-
realizados sob duas abordagens:
monstraram a relação entre tamanhos
induções experimentais e tratamento
maiores de propriedade, número alto
do LINA.
de vacas em lactação e elevada produ-
ção mensal de leite (características de As induções experimentais consis-
sistemas mais tecnificados) com baixa tiam em experimentos nos quais utili-
frequência de LINA. Em outro estudo, zavam-se animais que apresentavam
no extremo oeste de Santa Catarina, o leite normal, e por meio de restrições
mesmo autor relatou que a adoção de alimentares buscava-se induzir casos
níveis tecnológicos mais elevados resul- de leite instável.
ta em maior estabilidade do leite no teste
Vários estudos foram realizados.
do álcool.
Utilizando níveis de restrição de 40%,
Zanela et al. (2006) e Barbosa et al.
(2012) verificaram que o leite de vacas
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submetidas a restrição alimentar apre- estabilidade do leite são variáveis, sen-


sentaram mais instabilidade ao teste do pendentes da condição nutricional
do álcool. Nesses experimentos, os prévia dos animais, da produtividade
quadros de LINA se instalavam rapida- dos mesmos, da possibilidade de com-
mente, cerca de 2 dias após a mudança pensarem eventuais reduções no aporte
na dieta dos animais. da suplementação com aumento da ati-
vidade de pastejo, além da magnitude e
A baixa disponibilidade de matéria
duração da restrição alimentar.
seca na pastagem ou a restrição do tem-
po de pastejo também são consideradas Por outro lado, uma série de experi-
formas de restrição alimentar. A redução mentos foi realizada buscando-se corri-
em 50% da oferta de pasto (Tifton 85) di- gir o problema do leite instável. Marques
minuiu a concentração mínima de álcool et al. (2010b), utilizando dietas ajustadas
necessária para desestabilizar as amos- em energia e proteína, verificaram maior
tras de 75,8 para 69 ˚GL (Fruscalso et eficiência na melhoria da estabilidade
al., 2013). do leite na prova do álcool, comparada
ao uso de dietas ajustadas apenas em
O uso de sal aniônico na dieta de
proteína. Abreu (2008) ajustou a dieta de
vacas em lactação também resultou
animais alimentados à base de silagem
em precipitação do leite com menores
de sorgo, capim-elefante e concentrado
concentrações de etanol (Marques et
comercial, utilizando os mesmos nu-
al., 2011). Segundo (Stumpf et al.,2013),
trientes, mas de forma a atingir 100%
a relação entre restrição alimentar e
das exigências segundo o NRC 2001, e
redução da estabilidade poderia estar
verificou que o ajuste aumentou a esta-
relacionada ao aumento da permeabili-
bilidade do leite.
dade das junções firmes entre as células
epiteliais mamárias (onde o maior influxo Viero (2008) não encontrou diferen-
de sódio e eventualmente cloretos, pela ças na estabilidade do leite de animais
via paracelular, aumentaria a força iôni- alimentados com selênio. Stumpf et al.
ca ou promoveria o desequilíbrio salino (2013) concluíram que o fornecimento
e, consequentemente, reduziria a carga de citrato ou de bicarbonato de sódio
negativa líquida entre as micelas de ca- para vacas em lactação saudáveis não
seína e aumentaria as suas chances de influenciou os atributos metabólicos,
coagulação). produtividade, peso, escore de condição
Gabbi (2013) cita que as principais corporal, nem a composição ou a estabi-
consequências da restrição alimentar lidade do leite. Machado (2010) utilizan-
sobre a produção de leite e os compo- do dietas equilibradas com diferentes
nentes lácteos são a redução do aporte proporções de concentrado (35%, 45%
de nutrientes para a glândula mamária e 55%) não encontrou variações no ní-
e a alteração na função mamária. Os vel de instabilidade do leite ao teste do
efeitos da restrição alimentar sobre a álcool.
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O ajuste de dietas visando atendi- sugerem a redução da estabilidade em


mento às exigências nutricionais dos ani- decorrência de um quadro de acidose
mais auxilia na melhoria da estabilidade metabólica, como alegado por Marques
do leite ao teste do álcool; entretanto, a et al. (2011), em resposta compensató-
recuperação do quadro de estabilidade ria à alcalose respiratória desencadeada
pode variar, demorando de uma a três pelo aumento da taxa respiratória.
semanas, dependendo do caso.

Fatores não nutricionais Mastite

Não existe consenso entre os auto-


Tempo de lactação res com relação à instabilidade do leite
Barros et al. (1999) observaram e à mastite.
maior incidência de amostras positivas
Alguns autores afirmam não haver
ao teste do álcool no início da lactação.
relação positiva entre a mastite e a ins-
Essa reduzida estabilidade nos primei-
tabilidade (Negri et al., 2001; Donatele et
ros dias pós-parto pode ser consequ-
al., 2003; Zanela, 2004). Por outro lado
ência da baixa estabilidade do colostro.
(Marques, 2004; Oliveira et al., 2011)
Segundo esses autores, o avançar da
identificaram maior contagem de células
lactação promove aumento na esta-
somáticas no leite instável, quando com-
bilidade láctea, a qual volta a reduzir
parada com o valor médio obtido para o
nos últimos dias do estádio lactacional.
leite estável.
Marques et al. (2010a) avaliaram o efei-
to de duas dietas: baixo e alto nível de Entretanto, os trabalhos citados di-
suplementação, fornecidas a vacas em zem respeito a amostras de leite de con-
estádio avançado de lactação, e não en- junto, ou de animais individuais, o que
contraram melhoria na estabilidade do pode comprometer os resultados das
leite ao teste do álcool. Tal efeito pode análises devido à mistura do leite de ani-
estar associado a alterações no equilí- mais saudáveis com o leite de animais
brio salino do leite. com mastite, ou de quartos saudáveis
com quartos mastíticos.
Estresse térmico
Kolling (2012) avaliou a relação en-
Abreu et al. (2011) submeteram va- tre a contagem de células somáticas do
cas da raça Holandês a elevadas tem- leite oriundo de diferentes quartos ma-
peraturas e sem acesso à sombra por mários de vacas com mastite subclínica.
um período de cinco dias e perceberam Nesse estudo, as amostras foram cole-
redução significativa na estabilidade tadas dos quartos mamários de forma
do leite ao teste do álcool, a qual atin- individual, sendo que não houve diferen-
giu valores de 70,83 ˚GL. Os autores ça significativa da instabilidade do leite
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dos quartos mamários saudáveis e dos indicar alterações justamente por exercer
mastíticos. mais drasticamente sua ação desidratante.

Desse modo, a proteína que resistiria a


Cálcio iônico
uma concentração de 68% de álcool po-
Tsioulpas et al. (2007), Chavez et al. deria não suportar uma concentração de
(2004) e Barros et al. (1999) compara- 72% ou 74% em um nível de acidez titulá-
ram leite positivo ou negativo no teste vel de 18 ºD ou um pouco menos.
do álcool a 76˚GL e encontraram valores
médios de Ca iônico mais elevados em Fischer et al. (2011) avaliou o percentu-
amostras positivas, indicando que a al de amostras instáveis utilizando diferen-
concentração de álcool necessária para tes concentrações de álcool em diversos
induzir a coagulação das proteínas é experimentos.
inversamente proporcional ao teor de Quanto maior a concentração utilizada,
cálcio iônico do leite. Por outro lado, maior o número de casos de leite instável.
Barbosa et al. (2010), em trabalho en-
volvendo diferentes níveis de energia e O aumento da concentração de álcool
proteína na dieta de vacas em lactação, tem sido justificado pelos laticínios como a
não encontraram correlação entre o busca por um leite com maior estabilidade
cálcio iônico e a estabilidade do leite ao térmica, visando à produção de derivados
teste do álcool. submetidos a processos mais elevados
(UHT e leite em pó). Entretanto, a relação
entre estabilidade ao álcool e estabilidade
Metodologias térmica é questionável.

Nível de instabilidade
Além das variações ocorridas por fa-
tores nutricionais e não nutricionais, exis- Tendo em vista as diferentes gradu-
tem peculiaridades referentes ao teste do ações utilizadas pelas indústrias e bus-
álcool que interferem nos resultados e cando-se adequar as metodologias da
que devem ser levadas em consideração. pesquisa, foi definido o nível de instabi-
lidade do leite (Zanela; Machado, 2009).
Concentração do álcool Para se estabelecer o nível de instabili-
dade ao álcool de uma amostra de leite,
A IN62 estabelece que o leite deve ser
foram utilizadas diferentes concentra-
estável ao álcool/alizarol na concentração
ções de álcool (68%, 70%, 72%, 74%,
mínima de 72% (BRASIL, 2011). As indús-
76%, 78% e 80%). O teste do álcool foi
trias têm elevado a concentração de álcool
repetido nas amostras de leite em todas
(chegando até o nível 82%). O aumen-
as concentrações citadas.
to da concentração do álcool na solução
provoca um estreitamento da faixa de nor- O nível de instabilidade foi definido
malidade da acidez do leite, ou seja, pode como a menor concentração de álcool
11

necessária para se obter resultado po- do, 2010).


sitivo (precipitação). Esse teste baseia-
Na prática, recomenda-se que o teste
se no fato de que quanto maior a con-
seja realizado no leite refrigerado, e não
centração de álcool utilizada na mistura,
logo após a ordenha.
mais rígido se torna o teste e mais es-
tável será o leite. Por exemplo: se uma pH do álcool
amostra apresenta resultado positivo ao
álcool 72%, mas resultado negativo ao O pH da solução alcoólica utilizada no
álcool 70%, o nível de instabilidade é de- teste do álcool pode trazer resultados falsos
finido como 72 (Figura 5). positivos, se esse parâmetro não for corri-
gido para próximo da neutralidade. Vizzotto
Temperatura do teste et al. (2012) avaliaram soluções alcoólicas
com concentração de etanol variando de
68 até 92 °GL sem pH ajustado e soluções
Foto: Maira Zanela

alcoólicas com pH ajustado (próximo da


neutralidade: 6,9 a 7,1) nas mesmas con-
centrações. Os autores observaram que
os extremos (tanto de pH baixo como alto)
aumentaram a frequência de amostras po-
sitivas em relação à solução ajustada.

Citrato
Os efeitos do citrato no leite são de ca-
ráter estabilizante. Machado (2010) promo-
veu aumento da concentração de álcool
Figura 5. Teste do álcool em diferentes necessária para desestabilizar o leite por
concentrações para avaliação do nível de
meio da adição de 0,02% de citrato de só-
instabilidade do leite.
dio no leite, reduzindo o LINA.

A influência da temperatura do leite em


relação à ação do álcool sobre as proteí- Estabilidade térmica
nas e a ocorrência de precipitação ainda
é controversa. Estudo realizado por Cos- O termo estabilidade térmica refe-
ta et al. (2004), analisando 55 amostras re-se à resistência relativa do leite em
de leite, apresentou diferença significativa coagular quando é aquecido a altas
entre temperaturas mais elevadas da ma- temperaturas (Singh; Creamer, 1992).
téria-prima e maior concentração de álco- A correlação entre o teste do álcool e
ol para a coagulação. Em contrapartida, a estabilidade térmica é bastante ques-
trabalho analisando 130 amostras de leite tionada por alguns autores, chegando
não encontrou diferença no LINA (Macha-
12

sempre a correlações baixas, gerando vezes leva-se de uma a duas semanas


insegurança quanto a essa predição para que o leite volte a qualidade nor-
(Molina et al., 2001; Negri, 2002; mal. Por isso, é melhor prevenir do que
Chavez et al., 2004). remediar!
Segundo Lin (2003), a estabilidade A prevenção do LINA deve levar em
ao etanol na concentração de 75% é conta o planejamento nutricional do re-
considerada o limiar da estabilidade banho. As vacas leiteiras necessitam de
do leite durante o tratamento UHT. uma dieta equilibrada em quantidade e
Molina et al. (2001) realizaram estudo qualidade para atender as necessida-
para determinar a correlação entre os des nutricionais e produzir leite.
parâmetros do teste do álcool e a es- O produtor deve se estruturar com
tabilidade térmica do leite, utilizando pastagens, forragens conservadas (si-
concentrações de etanol de 70%, 75%, lagem, feno), suplementação (grãos,
80% e 85%. Na concentração de 75% ração) e minerais para fornecer às va-
de etanol foram obtidos valores de es- cas em lactação. Deve-se ter especial
tabilidade térmica de 60 a 70 segundos atenção ao uso de volumoso de quali-
a 135 ºC. Esse tempo foi considerado dade. O equilíbrio da dieta depende de
suficiente para elaboração do leite UHT diversos fatores (produção de leite, teor
(135 ºC a 140 ºC por 2 a 4 segundos). de gordura, estágio de lactação das
Dessa forma, segundo os autores, não vacas, qualidade do alimento), por isso,
existe justificativa para utilizar concen- não existe uma fórmula única nem so-
trações acima de 75% de etanol. O au- lução mágica. O produtor deve solicitar
mento da concentração ao etanol não auxílio de um técnico para formular a
apresentou correlação significativa com dieta adequada para os seus animais.
a estabilidade térmica. Outro fator a ser observado é que,
em um mesmo rebanho, o produtor
tem animais mais produtivos e outros
Tratamento ou menos (pela genética, estágio de lacta-
ção). Por isso, o uso do controle leiteiro
prevenção (saber qual a produção de cada vaca) e
a separação de lotes com alimentação-
Os casos de LINA podem aparecer diferenciada é importante para suprir as
rapidamente no rebanho. Situações necessidades dos animais.
de imprevistos, como falta de ração,
mudanças bruscas de dietas, calor ex- Outro problema é a lactação prolon-
cessivo, podem causar o aparecimento gada (acima de 305 dias). Normalmente,
de LINA em um a dois dias, levando à a secagem das vacas é realizada 60
condenação do leite. Por outro lado, dias antes do próximo parto. Em reba-
após o equilíbrio da dieta e melhoria nhos com intervalo entre partos acima
das condições dos animais, muitas de 12-13 meses, os animais ficam
13

muito tempo em lactação. Vacas com Federal do Rio Grande do Sul, Porto
lactação prolongada podem apresentar Alegre.
LINA de forma mais frequente. Nesse
caso, o ajuste da dieta não resolve o ABREU, A. S.; FISCHER, V.;
problema. O ideal é secar os animais KOLLING, G. J.; STUMPF, M.
aos 305 dias de lactação. Entretanto, T.; RAVAZI, E. O.; MASIERO, A.;
se o produtor não quiser descartar esse MENDES, D. R.; SORATTO, J. A. B.;
leite, outra opção é separar para utilizar BORBA JÚNIOR, I.; BONOTTO, R.;
na alimentação das terneiras. ROSSETTO, G. K.; ROSSETTO, T. K.
Estresse calórico induzido por priva-
Por fim, o estresse calórico pode ção de acesso à sombra em vacas
resultar em LINA. Vacas que não tem holandesas reduz a produção leiteira
acesso à sombra durante o dia nas es- e a estabilidade térmica do leite. In:
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instável rapidamente. LECHE INESTABLE, 2., 2011, Colonia
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lactação é fundamental para garantir ALDERSON, E. Small scale milk
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Embrapa Clima Temperado Comitê Local de Publicações


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1ª edição
Obra digitalizada (2018) Secretária-Executiva
Bárbara Chevallier Cosenza
Membros
Ana Luiza B. Viegas, Fernando Jackson,
Marilaine Schaun Pelufê, Sônia Desimon
Revisão de texto
Bárbara C. Cosenza
Normalização bibliográfica
Marilaine Schaun Pelufê
Editoração eletrônica
Fernando Jackson
Foto da capa
Maira Balbinoti Zanela
CGPE 14570

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