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não pode ser naturalizado, não pode ser entendido como algo dado, pronto, seguro.
Entendo com as autoras que embasam este trabalho que ser mulher e pensar, ser
mulher e criar, ser mulher e escrever mundos outros nunca foi e continua não sendo
um ato a ser naturalizado, a passar sem fazer barulho. Ao contrário, aposto com elas
que somos capazes de fazer muito barulho escrevendo, barulhos variados, incomuns,
de diversas intensidades, formas, cores e texturas. Neste trabalho, convidarei algumas
poetas e algumas passantes para pensar comigo e me ajudar a inventar nós entre nós e
a escrita, pelo meio de um exercício de ficção que criaremos juntas. Por método, não
sei que resultado esperar, porém tenho consciência da minha vontade de tecer com
elas e com as palavras delas algo que possa afetar o modo como eu escrevo e que me
torne digna de dar corpo a muitas mulheres na escrita e escrita ao corpo de muitas
mulheres.