FREIOS E EMBREAGENS
Conceitualmente, freios e embreagens são praticamente indistinguíveis.
Funcionalmente, uma embreagem é um dispositivo para conectar de forma
suave e gradual dois componentes rotativos distintos, com velocidades
angulares distintas, em relação a uma linha de centro comum, trazendo os dois
componentes para uma mesma velocidade angular após a embreagem ter sido
acionada. Um freio supre uma função semelhante, exceto que um dos
componentes é fixo à estrutura, de forma que a velocidade angular relativa é nula
após o acionamento do freio. Por exemplo, cada um dos dois componentes
rotativos mostrados na figura 1(a) tem o seu próprio momento de inércia de
massa e a sua própria velocidade angular. O acionamento de dispositivo
freio/embreagem leva superfícies rotativas de atrito a um deslizamento de
contato tangencial, iniciando um torque de arrasto de atrito que produz uma
redução gradual da diferença das velocidades angulares entre os componentes
rotativos até esta ser nula. Quando a velocidade de deslizamento relativo de
atrito é reduzida a zero, ambos os componentes têm a mesma velocidade
angular. Esta utilização faz o dispositivo funcionar como na embreagem.
Na figura 1(b), o mesmo dispositivo é mostrado, exceto que o componente
2 está fixo à estrutura, de forma que a sua velocidade angular é sempre nula.
Neste caso, o acionamento do dispositivo freio/embreagem leva as superfícies
de atrito ao contato como anteriormente, mas o torque de arrasto de atrito
provoca redução gradual da velocidade angular final até esta ser nula. Portanto,
para este caso, o dispositivo funciona como um freio.
Freios e embreagens são bem conhecidos pelos seus usos em aplicações
automotivas, mas também são amplamente utilizados em uma grande variedade
de equipamentos industriais que incluem guinchos, elevadores, máquinas
escavadoras, tratores, moinhos, elevadores e produtos domésticos como
cortadores de grama, máquinas de lavar, tratores de jardim, motosserras,
tratores de fazenda, máquinas para ceifar e debulhar e enfardadeiras de feno.
Embora uma variedade de diferentes tipos de freios e embreagens tenha sido
inventada, as embreagens e os freios por atrito são os mais usuais. Apesar do
ditado "O atrito está sempre contra você", para embreagens e freios de atrito,
este é um ingrediente essencial de projeto.
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Figura 4: Esboço de freio de duas sapatas internas de expansão, típico da roda traseira de
aplicações automotivas.
6. Freios de Cinta:
Um freio de cinta (ou embreagem) emprega uma cinta flexível,
usualmente uma fina tira revestida com um material flexível de atrito, envolvendo
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Bibliografia:
• COLLINS, JACK A. Projeto mecânico de elementos de máquina: uma
perspectiva de prevenção da falha. 1ª edição. Rio de Janeiro. Editora: LTC.
2017.