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1.

Controvérsias Internacionais

Controvérsia internacional é onde duas ou várias partes tem interesses para


soluções de controvérsias dentro da sociedade Internacional, é tecnicamente, o
litígio que envolve os Estados e organizações internacionais, que pode se
revestir de qualquer natureza (econômica, política, meramente jurídica, etc) e
de qualquer grau de gravidade. O Estado é encarregado de providenciar a
adequada composição de interesses em confronto por meios de suas leis e de
órgãos competentes, com um poder soberano, capaz de impor aos membros
da sociedade nacional as suas determinações, se for preciso.

Entretanto, os conflitos que ocorrem não podem por via de regra serem
solucionados da mesma maneira que deve ser, fundamentalmente à forma pela
qual a sociedade internacional está organizada juridicamente, com a
convivência internacional que caracteriza por aspectos como a existência de
um poder central mundial, que sempre possa fazer as suas debilitações para
os Estados soberanos, a igualdade jurídica entre os entes estatais, que por
isso não contam com capacidade jurídica de impor suas regras a outros
Estados, a soberania nacional e o princípio da não intervenção, que limitam as
ingerências de poderes externos nos territórios dos entes estatais e o fato da
sociedade internacional se marcada pelo efeito da coordenação e não da
subordinação. Com isso emerge a necessidade de conceder os meios de
solução de controvérsias internacionais que levam em conta as
particularidades da sociedade internacional.

1.1 Litígio Internacional


 O litígio internacional é entendido como todo desacordo sobre certo ponto de direito
ou de fato, uma contradição ou oposição de teses jurídicas ou de interesses entre
dois Estados. Na sociedade sejam elas internas ou internacionais, os sujeitos
entram em conflitos. Em decorrência da falta de poderes hierárquicos e
superiores na ordem internacional, e da inexistência de um judiciário que seja
superior aos Estados, estes, muitas vezes, são obrigados a procurar soluções
mais compatíveis e consentâneas.

O Direito Internacional preza pela solução pacífica das controvérsias. Isso é


estabelecido, como regra fundamental, no artigo 33 da Carta das Nações
Unidas, e no artigo 25 e 26 da carta da Organização dos Estados Americanos,
que dispõe que “as partes numa controvérsia, que possa vir a constituir uma
ameaça à paz e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar
a uma solução por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem,
via judicial, recurso a organizações ou acordos regionais, ou qualquer outro
meio pacífico à sua escolha.”.

1.2 Solução controvérsias internacionais

Os meios de soluções de controvérsias internacionais são mecanismos


voltados a promover a composição dos litígios na sociedade internacional, e
tais meios que se caracterizam pelo voluntarismo que nesse sentido podem em
regra ser adicionados com o consentimento dos indivíduos envolvidos na
controvérsia a ser examinada. Muitos fatores conduzem a dinâmica das
relações internacionais que os quais alheios ao universo jurídico, como a
economia a política e a diplomacia, desde que não violem os princípios básicos
do Direito dos povos.

Os meios de soluções de controvérsias internacionais devem ser pacíficos, e


com o principio de que não haverá o uso da força nas relações internacionais,
e do fato de que a composição pacifica dos conflitos é um dos objetivos dos
Estados e membros das Nações Unidas. Com isso, a guerra não é entendida
como meio lícito de resolução de litígios internacionais, salva nas hipóteses
pelo Direito dos povos, que se restringem à legítima defesa ou ao interesse da
comunidade internacional em manter ou restaurar a paz, afim de uma situação
de conflito de interesse e até mesmo com a finalidade de prevenir o surgimento
de uma situação que possa degenerar numa oposição definida e formalizada
em polos opostos.

Para resolver sues diferendos, os Estados e os organismos internacionais


poderão agir de ofício ou por impulso de outras entidades, como o Conselho de
segurança da ONU, poderá convidar as partes em uma controvérsia para poder
solucionar com o emprego de meios como os elencados do artigo 33 da Carta
das Nações Unidas.

Mecanismo de solução pacifica de controvérsias internacionais

 Devem levar em consideração as particularidades da sociedade


internacional.

 Voluntarismo: dependem, para atuar do consentimento dos Estados.

 Admiti-se o emprego de mecanismo que não recorram ao direito como


critério para a composição do litígio.

 Devem sempre que possível ser preventivos.

 As listas de meios de solução de conflitos internacionais não são


exaustivas.

 Não há hierarquia entre os mecanismos disponíveis.

1.3 Controvérsias Artigo 33 41 e 42 Carta da ONU

A Carta das Nações Unidas foi elaborada pelos representantes de 50 países


presentes à Conferência sobre Organização Internacional, que se reuniu em
São Francisco de 25 de abril a 26 de junho de 1945. No dia 26 de junho, último
dia da Conferência, foi assinada pelos 50 países a Carta, com a Polônia –
também um membro original da ONU – a assinando dois meses depois.

O rol mais notório de mecanismos de solução pacífica de conflitos


internacionais consta do art. 33 da Carta da ONU, que prevê que os sujeitos de
Direito Internacional procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução de seus
diferendos por, negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem,
solução judicial, recursos a entidades ou acordos regionais ou a qualquer outro
meio pacífico à sua escolha.

CAPÍTULO VI

SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS

Artigo 33

1. As partes em uma controvérsia, que possa vir a constituir uma ameaça à paz
e à segurança internacionais, procurarão, antes de tudo, chegar a uma solução
por negociação, inquérito, mediação, conciliação, arbitragem, solução judicial,
recurso a organismos ou acordos regionais, ou a qualquer outro meio pacífico à
sua escolha.

2. O Conselho de Segurança convidará, quando julgar necessário, as referidas


partes a resolver, por tais meios, suas controvérsias.

Capítulo VII

AÇÃO RELATIVA A AMEAÇAS À PAZ RUPTURA DA PAZ E ATOS DE


AGRESSÃO

Artigo 41

O Conselho de Segurança decidirá sobre as medidas que, sem envolver o


emprego de forças armadas, deverão ser tomadas para tornar efetivas suas
decisões e poderá convidar os membros das Nações Unidas a aplicarem tais
medidas. Estas poderão incluir a interrupção completa ou parcial das relações
econômicas, dos meios de comunicação ferroviários, marítimos, aéreos,
postais, telegráficos, radiofônicos, ou de outra qualquer espécie e o
rompimento das relações diplomáticas.

Artigo 42

No caso de o Conselho de Segurança considerar que as medidas previstas no


artigo 41 seriam ou demonstraram que são inadequadas, poderá levar e efeito,
por meio de forças aéreas, navais ou terrestres, a ação que julgar necessária
para manter ou restabelecer a paz e a segurança internacionais. Tal ação
poderá compreender demonstrações, bloqueios e outras operações, por parte
das forças aéreas, navais ou terrestres dos membros das Nações Unidas.

Fontes: https://nacoesunidas.org/carta/ https://nacoesunidas.org/carta/cap6/


https://nacoesunidas.org/carta/cap7/

1.4 Controvérsia Artigo 25 e 26 Carta da OEA

Reformada pelo Protocolo de Reforma da Carta da Organização dos Estados


Americanos "Protocolo de Buenos Aires", assinado em 27 de fevereiro de
1967, na Terceira Conferencia Interamericana Extraordinária. pelo Protocolo de
Reforma da Carta da Organização dos Estados Americanos "Protocolo de
Cartagena das Índias", assinado em 5 de dezembro de 1985, no Décimo
Quarto período Extraordinário de Sessões da Assembleia Geral, pelo Protocolo
de Reforma da Carta da Organização dos Estados Americanos "Protocolo de
Washington", assinado em 14 de dezembro de 1992, no Décimo Sexto período
Extraordinário de Sessões da Assembleia Geral, e pelo Protocolo de Reforma
da Carta da Organização dos Estados Americanos "Protocolo de Manágua",
assinado em 10 de junho de 1993, no Décimo Nono Período Extraordinário de
Sessões da Assembleia Geral.

Capítulo V

SOLUÇÃO PACÍFICA DE CONTROVÉRSIAS

Artigo 25
São processos pacíficos: a negociação direta, os bons ofícios, a mediação, a
investigação e conciliação, o processo judicial, a arbitragem e os que sejam
especialmente combinados, em qualquer momento, pelas partes.

Artigo 26

Quando entre dois ou mais Estados americanos surgir uma controvérsia que,
na opinião de um deles, não possa ser resolvida pelos meios diplomáticos
comuns, as partes deverão convir em qualquer outro processo pacífico que
lhes permita chegar a uma solução.

Fonte:https://www.oas.org/dil/port/tratados_A41_Carta_da_Organiza
%C3%A7%C3%A3o_dos_Estados_Americanos.htm#ch5

1.5 Meios de solução pacifica e suas divisões

Os meios de solução pacífica de controvérsias internacionais podem ser


classificados da exigência das decisões que proferem, quanto à
fundamentação que ofereça a solução do litígio, são eles, Diplomáticos,
Políticos, Jurídicos e coercitivos.

Os meios de solução pacífica não há hierarquia entre os mecanismos, pelo


que os interessados poderão escolher livremente dentre as alternativas
existentes, podendo indica-los dentro dos tratados que prevejam os
procedimentos para regular a composição de eventuais litígios entre as partes
ou defini-los após a surgimento de um conflito.

2. Divisão Doutrinária

A primeira geração refere-se à inquietação pela fixação de uma esfera de


autonomia pessoal refratária às expansões do ventre estatal, ou seja, esses
direitos traduzem-se em postulados de abstenção dos governantes, criando
obrigações de não fazer, salvo para garantir a sobrevivência da liberdade de
todos.

Cabe salientar que essa primeira positivação ocorreu graças aos


pensamentos comportados nas Revoluções Francesas e Americana, em que o
Estado se mostrava detentor absoluto das diretrizes sociais.

Nessa toada, a primeira geração representa os direitos ditos subjetivos ou


direitos individuais (liberdades públicas), a saber: direito à segurança, direito à
liberdade de pensamento, liberdade de locomoção, direito à propriedade
privada etc.

A segunda geração emerge da feroz exploração humana em grandes cidades


europeias. Daí surge o aspecto social dessa geração, não porque sejam
direitos de coletividades, mas por se ligarem a reivindicações de justiça social.

Nessa senda, os direitos fundamentais de segunda geração divergem dos


direitos fundamentais de primeira geração, pelo fato deles não exigirem uma
abstenção estatal, ou seja, nessa situação, o Estado deve intervir na economia
e na sociedade, endireitando-as ou formulando condições para aprimorá-las.
Isto posto, conclui-se que a segunda geração dos direitos fundamentais possui
como norte o princípio máximo da igualdade.

Por fim, a terceira geração peculiariza-se pela titularidade coletiva ou difusa,


uma vez que são concebidos para a proteção do coletivo humano, do grupo, a
saber: direito à paz, direito ao meio ambiente, direito à informação etc.

Vale frisar que os direitos alocados nessa dimensão, também podem ser
denominados direitos de solidariedade ou direitos globais.

2.1 Meios diplomáticos

Os meios diplomáticos são meios que consistem na resolução de conflitos


mediante a negociação direta entre os contendores ou ainda com a
participação de terceiro, porém sem caráter impositivo.
As formas de resolução diplomática o entendi-se pelo direto em sua forma
simples, as negociações os bons ofícios, mediação, consultas, conciliação e o
inquérito.

2.1.1 Negociações

A negociação é o processo pelo qual os Estados estabelecem entendimentos


diretos por meio de contatos na forma oral ou escrita, que posem incluir a
exposição e defesa de posicionamentos sobre os conflitos existentes e
eventuais concessões mútuas, com vista a obter uma solução satisfatória para
todos os envolvidos.

As negociações podem ser bilaterais ou multilaterais e podem ocorrer dentro


ou fora de organizações internacionais de grandes reuniões, em geral são
outros meios de soluções de conflitos mas nada impede que ocorram em
momento diverso, normalmente envolvem funcionários especializados em
questão internacional, os diplomatas, bem como outros funcionários públicos e
eventualmente representantes de entes privados,desde que o tema da
negociação seja de seu interesse.

Em regra as, as negociações não se revestem de maior formalidade,


seguindo a processualística estabelecida para cada caso, já existem tratados
voltados a pautar o funcionamento das negociações internacionais,
estabelecendo prazos para sua conclusão e consequências para o
comportamento das partes. È o que ocorre dentro da OMC (Organização
Mundial do comercio) quando as negociações voltadas a resolver conflitos
relativos ao comercio internacional devem chegar ao fim dentro de certo prazo,
após o qual a parte reclamante poderá requer a instalação de um painel que
examinará o com vista a resolve-lo.

2.1.2 Bons ofícios

Os bons ofícios caracteriza se pela oferta espontânea de um terceiro,


chamado “moderador”, para colaborar na solução de controvérsias, esse
terceiro pode ser Estado, um organismo internacional ou uma autoridade que
se limita a aproximar pacificamente os litigantes e a oferecer lugar neutro para
negociação, sem poder ter qualquer interesse na questão de não se intrometer
tratativas, sendo vendadas a apresentação de posicionamentos a respeito do
litígio ou de proposta de solução do conflito. O moderador pode atuar a partir
de pedido das próprias partes em conflito ou pode oferecer-se, neste caso ser
aceito pelos contendores.

2.1.3 Mediação

A mediação é um mecanismo que conta com o envolvimento de um terceiro


que ao contrario que ocorre nos bons ofícios, não apenas aproxima, mas as
partes propões uma solução pacifica para o conflito, tomando portando parte
ativa nas tratativas e tentando influenciar as partes no esforço de resolver o
problema. O mediador pode ser uma pessoa natural, Estado ou organismo
internacional apontado ou aceito pelos envolvidos na controvérsia com
compromisso anterior ou a partir da vontade dos litigantes, expressa dentro de
um conflito já em curso. A mediação pode facultativa ou quando estiver prevista
em tratado obrigatória e também pode ser oferecida ou solicitada e ainda ser
individual ou coletiva, isso dependendo do número de mediadores. O mediador
poderá ser rejeitado pelas partes ou recusar o encargo.

A mediação termina quando suas atividades chegam a bom termo encerrado


o conflito ou quando as partes recusam as proposta do mediador ao contrario
do árbitro cuja decisão é obrigatória para partes o mediador pode ou não ter
suas conclusões aceitas pelos litigantes sem que isso traga consequências
jurídicas.

2.1.4 Consultas

As consultas também não são propriamente em meio de solução de


controvérsias, consistem em mecanismo por meio do qual Estados e
organizações internacionais mantém contratos preliminares entre si com vistas
a identificar e a estabelecer com maior precisão, os temas controversos do
relacionamento e a preparar o terreno para uma futura negociação.

2.1.5 Conciliação

A conciliação é muito semelhante á mediação, entretanto caracteriza-se


especialmente pela existência não de um mediador mas de um órgão de
mediação, comumente chamado de comissão de conciliação com número
impar de membros e geral formado por representantes das partes em conflito e
por pessoas neutras. A comissão de conciliação examina um litígio e no final
deve emitir parecer ou relatório, propondo os termo da solução da contenda
que as partes litigantes poderão aceitar ou rejeitar, portinanto a proposta dos
conciliadores não tem força vinculante.

2.1.6 Inquérito

O inquérito também conhecido como “investigação” oi factding não é


propriamente um meio de solução de conflitos internacionais, na realidade
consiste em mecanismo voltado a esclarecer fatos conflituosos, preparando o
terreno para a eventual estabelecido de um meio de solução pacífica de
controvérsias, tem portanto caráter investigativo e preliminar a outro meio de
resolução de conflitos internacionais e é aplicável quando houver situação
pendente de esclarecimento embora seja de emprego facultativo.

Os inquéritos podem ser conduzidos por um único investigador ou por uma


comissão de investigadores, que normalmente são especialistas técnicos em
determinada questão, não se exigindo imparcialidade, dentro das organizações
internacionais são obedecidas ao que estiver disposto a respeito nos tratados
que regulam a atividade da entidade e podem ser regidos também pelos
acordos cujas as normas sejam do inquérito.

2.2 Meios políticos

As soluções de controvérsias através dos meios políticos se faz mediante o


acesso junto as Instituições Internacionais dotadas de mecanismos de
soluções de controvérsias muito semelhantes aos meios diplomáticos, estando
os mesmos estritamente relacionados.

Como visto, além da ONU, algumas instituições internacionais são dotadas


de cortes regionais, porém a grande maioria destes organismos internacionais
é dotada de assembleias, que são competentes de proferir recomendações aos
Estados litigantes para encontrar possíveis meios de solução, sendo este
acesso a estas instituições conhecidos como os meios políticos.
São políticos, pois diferentemente dos meios diplomáticos onde ambas as
partes atuam mutuamente ou pela intervenção de terceiros para encontrar uma
solução para a controvérsia, neste caso as instituições propõe recomendações
envolvendo as partes, com a participação de seus membros que colaboram
com suas opiniões.

2.2.1 Organização das Nações Unidas

Foi criada em 1945, na conferência de São Francisco, com propósito de evitar


conflitos internacionais, assegurar direitos humanos e as demais regras que se
mostram válidas para uma vivência harmônica entre os países. A necessidade
de um mediador foi notada devido à Segunda Guerra Mundial, para que
pudessem, de forma pacífica e com a avaliação de cada tomada de decisão
feita pelos países membros, encontrar, a partir daquele momento, formas
diplomáticas para resolução dos conflitos.

A ONU tem hoje sua sede em Nova York, nos EUA, e possui 193 países
membros com um representante cada. Apenas uma minoria tem o poder de
decisão, minoria esta chamada de “Conselho de Segurança”, composta por 15
países, sendo cinco deles, membros fixos, enquanto os outros dez, mudam a
cada dois anos. As medidas discutidas neste Conselho, devem conter ao
mínimo nove votos positivos, embora ainda assim, qualquer um dos cinco
países permanentes possa vetar caso queira proibir determinada decisão. Aos
demais membros, fora do Conselho de Segurança, se encontram na
Assembleia Geral da ONU, onde são discutidas propostas e mudanças, e que
dependem da aprovação de 2/3 dos países membros.

2.2.2 Organização Mundial do Comércio

A OMC (Organização Mundial do Comércio) é uma organização constituída


por um secretariado e uma rede de assembleias, conselhos e comitês
compostos por representantes dos países membro. É uma organização
diferenciada, tendo em vista que normalmente, as organizações internacionais
são constituídas por um secretariado e apenas uma assembleia.
Vários países se relacionam de maneira econômica, criando um complexo de
relações intensas e submetidas a vários tipos de legislação, o que pode gerar
vários conflitos entre os Estados. Portanto, aí se encontra o fundamento da
existência e da importância da OMC, no meio de relações tensas e sem uma
uniformidade de normatividade, exercendo um papel de reguladora da
economia internacional.

Um exemplo da forma como a justiça é ministrada na OMC envolveu o Brasil,


e o Canadá, do início de 1998 a meados de 2003. A brasileira Embraer, e a
canadense Bombardier, travavam uma luta para conquistar o mercado mundial
de aeronaves de porte médio, utilizadas em voos regionais. As duas empresas
travaram, através de seus governos uma rude batalha na OMC, sob o olhar
atento de terceiros interessados, em particular dos Estados Unidos. Todas as
etapas previstas pelo OSC foram cumpridas. A sentença determinou que o
Brasil deveria reformular sua política de incentivos às exportações do
Programa de Financiamento às Exportações (Proex).

Funções da OMC se resumem a:

– Regulamentar e fiscalizar o comércio mundial;

– Resolver conflitos comerciais entre os países membros;

– Gerenciar acordos comerciais tendo como parâmetro a globalização da


economia;

– Criar situações e momentos (rodadas) para que sejam firmados acordos


comerciais internacionais;

2.2.3 Organizações Regionais, de domínio político.

Os Esquemas Regionais Especializados são organizações que tem reflexo


regional, como a Organização dos Estados Americanos e a Liga dos Países
Árabes e funcionam iguais aos órgãos da ONU. Rezek expõe diversas opiniões
decorrentes destas organizações regionais, têm conselhos permanentes,
dotados da representação de todos os países-membros, e prontos a
equacionar politicamente os conflitos de âmbito regional antes que as partes
busquem socorro no foro maior, o das Nações Unidas. Como exemplo a
Organização dos Estados Americanos (OEA 1951), a Liga dos Estados Árabes
(LEA 1945), a Organização da Unidade Africana (OUA 1963). Ambas têm
como principal objetivo preservar a paz entre seus próprios membros.

2.2.4 Organização dos Estados Americanos OEA

A Organização, com sede em Washington, nos Estados Unidos, foi criada


para alcançar nos seus Estados membros, como estipula o Artigo 1º da Carta
OEA, “uma ordem de paz e de justiça, promover sua solidariedade, intensificar
sua colaboração e defender sua soberania, sua integridade territorial e sua
independência”.

Seus propósitos consistem em garantir a paz e a segurança continentais,


promover e consolidar a democracia representativa, prevenir conflitos e
assegurar a solução pacífica de controvérsias entre seus membros, promover,
por meio da cooperação, o desenvolvimento econômico, social e cultural na
região, erradicar a pobreza, entre outros.

Para atingir seus objetivos, a OEA baseia-se em quatro pilares: a


democracia, os direitos humanos, a segurança e o desenvolvimento. Esses
pilares se apoiam mutuamente e estão transversalmente interligados por meio
de uma estrutura que inclui diálogo político, inclusividade, cooperação,
instrumentos jurídicos e mecanismos de acompanhamento.

Hoje, a OEA congrega os 35 Estados independentes das Américas e constitui


o principal fórum governamental político, jurídico e social do Hemisfério. Além
disso, a Organização concedeu o estatuto de observador permanente a 69
Estados e à União Europeia.

2.2.5 Liga dos Países Árabes


Foi criada em 1945 no Cairo, tem como objetivo para coordenar os Estados
diante dos assuntos políticos, econômicos financeiros e poder desenvolver o
intercambio internacional. Estas foram umas de suas principais manifestações,
mesmo assim tendo na organização um total de 22 países a organização não
consegue mostrar êxito.

O grupo foi criado pós segunda guerra mundial, tomando importância de algo
dito pela Inglaterra na época, em virtude de evitar o sucesso do eixo. Por fim,
com o fim da segunda guerra tornou-se o que é hoje, um grupo árabe que tem
por função a proteção dos membros, e proporcionar melhor funcionamento de
suas políticas e segurança, amenizando os conflitos internacionais.

Como o nome do grupo indica, uma das características que, inclusive,


permite uma facilidade maior na discussão de pautas, é a língua comum entre
os 22 membros norte-africanos e também os pertencentes ao oriente médio, a
língua árabe, apesar de suas variações e dialetos.

A união destes já enfrentou alguns momentos difíceis proporcionados pelo


comportamento dos próprios membros, como a expulsão do Egito em 1979,
devido a um acordo com Israel, mas fora admitido outra vez uma década
adiante; bem como não puderam fazer nada a respeito da guerra entre Iraque e
Kuwait, a qual levou a um terceiro momento de fraqueza: a invasão americana
que trouxe fim à guerra, simbolizando uma certa impotência, naquele momento,
por parte da Liga Árabe. A Liga ainda sofre de alguns conflitos internos, no
entanto, é bem sucedida em níveis menores, como a área escolar e de
telecomunicações, com todos os seus avanços.

2.2.6 Mercado Comum do Sul

Foi fundado em 1991, o Mercado Comum do Sul é a mais abrangente


iniciativa de integração regional da América Latina, sendo uma reaproximação
entre países, os membros fundadores são Brasil, Argentina, Paraguai e
Uruguai.
O Tratado de Assunção, instrumento fundacional do Mercosul, estabeleceu
um modelo de integração profunda, com os objetivos centrais de conformação
de um mercado comum - com livre circulação interna de bens, serviços e
fatores produtivos, o estabelecimento de uma Tarifa Externa Comum (TEC) no
comércio com terceiros países e a adoção de uma política comercial comum.

O sistema de resolução de controvérsias do Mercosul ainda se mantém


edificado sobre os princípios do pragmatismo, realismo e gradualismo e,
consequentemente, tem proporcionado uma maior flexibilidade.

Com efeito, a flexibilidade do sistema de solução o bloco econômico favorece


a solução negociada, fundamental para países que têm de lidar com uma
constante instabilidade política e econômica, bem como com os abalos sofridos
por influência políticas externas todavia ainda não possibilita a segurança
jurídica necessária e desejável para avanços significativos no processo de
integração.

2.2.7 União Europeia

Anteriormente conhecida por “CEE”, Comunidade Econômica Europeia, a UE


hoje representa um bloco cujo objetivo é promover a igualdade entre seus 27
países-membro, dar o direito de ir e vir aos cidadãos, de residir e viajar onde
desejam, a liberdade de religião, de pensamento, e todas as liberdades
individuais. Os valores defendidos UE, bem como suas decisões relacionadas
à política e à economia são, via de regra, voltadas a prezar a paz, aliança,
segurança, liberdade e bem estar de seus membros. Seus países membros
eram mais dependentes entre si no início, em 1957, mas hoje são parte do
mais bem sucedido bloco econômico, fazem comércio também com o restante
do mundo, e tem uma facilidade no comércio de um país membro para outro,
em questão das taxas de imposto, a uniformidade monetária e os demais itens
que movimenta o comércio.
2.3 Meios Jurídicos

Os meios Jurisdicionais buscam meios de solução pacífica para os conflitos


internacionais, ela examina cada litígio para que possa resolver de melhor
forma possível. Nesta doutrina se divide em duas partes sendo elas:
Arbitragem a Solução Judicial e semijudicial e a corte Internacional da Justiça,
impondo ao final para uma solução que junte as partes o que compreende a
mediação ou conciliação. O laudo arbitral deve ser considerado para ambas as
partes. Amplamente recorrida no Direito Internacional, foi e continua sendo
uma opção importante para os conflitos de caráter internacional público.

Reside na instituição um organismo com funções claras e determinantes,


presas em instrumentos internacionais permanentes.

São aqueles que funcionam por meio de órgãos jurisdicionais em regra pré-
existentes e permanentes, cuja principal expressão concreta são as cortes e os
tribunais internacionais.

2.3.1 Arbitragem

É um sistema conciliação para que não haja desentendimento de qualquer


natureza, ou causa em que dois ou mais países, através de um ou mais
árbitros que são de livre escolha das partes e, um termo de compromisso que
estabelece às normas que devem ser obedecidas, a matéria do
desentendimento à indicação dos árbitros, apontando-lhes os seus poderes e,
não menos importante, a promessa de cumprimento de consentir o respeito e a
execução da decorrente determinação arbitraria. A escolha dos árbitros tem
sido vinculada a diplomatas, chefes de Estado, jurisconsulto etc.

A arbitragem pode ser voluntária, com o surgimento dos


desentendimentos dos países, ambos atendem para obter uma solução arbitral
ou obrigatória que ocorre quando a um desentendimento do acordo prévio
entre as partes.

2.3.2 Semijudiciais

Os meios semijudiciais são aqueles cujo resultado é uma decisão


fundamentada no Direito e juridicamente vinculante para as partes, mas que
não é proferida por um órgão jurisdicional permanente.
Os mecanismos semijudiciais de solução de controvérsias distinguem-se dos
meios diplomáticos e políticos principalmente no que concerne à decisão que
produzem que é obrigatória para as partes e fundamentada em norma jurídica.
Tem ganhado mais força hoje em dia em função da maior celeridade em
relação ao Judiciário e em função da maior capacitação em questões técnicas
de seus membros.

2.3.3 Solução Judicial

A Solução judicial, que é aceita a longa data, a Solução Judicial teve


dificuldade em ser implantada e é nova no Direito Internacional. A solução
internacional funciona através de jurisdição voluntária, solicita o acordo prévio
para acionar as Cortes internacionais, além disso, as partes decidem quem vai
considerar.

Existem várias cortes internacionais como: Corte da justiça da


comunidade Europeia, Corte Europeia, Corte interamericana, e o Conselho
Internacional da Justiça. A Corte Internacional de Justiça tem o Conselho de
segurança implantado no ato do julgamento. Isso é se a demanda não for
resolvida as partes deverão submetê-las ao Conselho.

No Plano internacional, os Tribunais e Cortes são elementos judiciais


definitivos compostas por juízes independente , em certos casos o Estado que
está disputando tem o direito de indicar um juiz de sua nacionalidade.
2.3.4 Corte Internacional da justiça

A Corte Internacional de Justiça (CIJ) é o principal órgão judiciário da Nações


Unidas. Ela foi estabelecida em junho de 1945 pela Carta da Nações Unidas e
começou a funcionar em 1946. Sua sede fica no Palácio da Paz na Haia
(Holanda). A função da Corte é de solucionar, em concordância com o direito
internacional, disputas legais submetidas por Estados, além de oferecer
pareceres consultivos sobre questões legais apresentadas por órgãos
autorizados da ONU e outras agências especializadas. A Corte é composta de
15 juízes, que são eleitos para mandatos de nove anos pela Assembleia Geral
da ONU e pelo Conselho de Segurança. Ela é apoiada por um corpo
administrativo e seus idiomas oficiais são o inglês e o francês.
A Assembleia Geral e o Conselho de Segurança votam simultaneamente,
mas separadamente. Para ser eleito, um candidato deve receber a maioria
absoluta dos votos dos dois órgãos. Para que se mantenha certo nível de
continuidade, um terço da Corte é eleito a cada três anos, sendo que uma
votação especial pode ser feita caso algum dos juízes venha a falecer ou
afastar-se do cargo.
Todas as Estadas partes no Estatuto da Corte têm o direito de propor
candidatos, só que não por meio de seus governos, e sim por um grupo
formado por membros da Corte Permanente de Arbitragem designada pelo
Estado. Os juízes eleitos devem ser pessoas de alto caráter moral, que
possuam as qualificações necessárias para ocupar os mais altos cargos no
judiciário de seu próprio país, ou serem jurisconsultos de competência
reconhecida em direito internacional público.
Nenhum membro da Corte poderá ocupar outro cargo durante seu mandato.
Não poderá exercer nenhuma outra função política ou administrativa, nem agir
como agente conselheiro ou advogado em nenhum caso. E mesmo não
havendo a obrigação da Corte em estar permanentemente em sessão, seu
Presidente é obrigado a morar na Haia.
Juízes brasileiros que compuseram a corte
• Rui Barbosa (eleito, mas não tomou posse)
• Epitácio Pessoa
• Filadelfo de Azevedo
• Levi Carneiro
• José Sette Câmara
• José Francisco Rezek

A Corte pode receber dois tipos de casos: disputas legais submetidas por
Estados (casos contenciosos) e pedidos por pareceres consultivos a respeito
de questões legais apresentadas por órgãos das Nações Unidas ou agências
especializadas (pareceres consultivos). Para os casos contenciosos, as
decisões da Corte são definitivas e obrigatórias a todos os Estados que
aceitam sua jurisprudência (Estados partes do seu Estatuto), e derivam da lei
internacional – derivada de tratados ou convenções – do costume internacional
e dos princípios do direito.

2.4 Coercitivo
Os meios coercitivos de solução se controvérsias visam em tese a solucionar
conflitos internacionais quando fracassam os meios diplomáticos, políticos e
jurisdicionais, porém acabam sendo empregados a qualquer momento os
interesses dos Estados. Em todo caso a importância que a sociedade
internacional atribui à composição pacificados litígios vela a que o emprego de
tais meios tenha cada vez menos prestígio, no campo jurídico.

Os principais meios de solução de conflitos internacionais são a retorsão, as


represálias, o embargo, o bloqueio pacifico, o boicote e rompimento de
relações diplomáticas

2.4.1 Retorsão

A retorsão consiste no emprego por um Estado ofendido, da mesma medida


que o Estado ofensor emprega contra ele, ou seja, o Estado irá revidar de
forma idêntica o prejuízo que sofreu. A retorsão é baseada no princípio da
reciprocidade. A retorsão é a reação de um Estado equivalente ao ato ou à
ameaça de outro ente estatal, um exemplo de retorsão seria o Brasil passar a
exigir visto de cidadãos de Estado que começou a demandar visto de
Brasileiros.

2.4.2 Represália

As represálias são ações ilícitas de um Estado contra outro entre estatal que
violou seus direitos, são o ato ilícito com certo ente estatal pretende penitenciar
outro ilícito praticado por seu similar. São medidas aplicadas por um Estado em
relação a outro que tenha violado seus direitos. Violam a ordem internacional.
Devem preencher os seguintes requisitos:

 Existência de um ato anterior contrário ao Direito internacional;


 Inexistência de outros meios para que o Estado obtenha reparação;
 Proporcionalidade entre o dano sofrido e as ações empregadas;
 Tentativa do Estado lesado de obter a satisfação desejada do Estado
violador

2.4.3 Embargo

O embargo é sequestro de navios e cargas de outro Estado que se encontram


em portos ou águas territoriais do Estado executor do embargo, em tempo de
paz.

2.4.4 Bloqueio Pacífico

O bloqueio pacifico é o ato pelo qual um Estado emprega suas forças


armadas para impedir que um ente estatal mantenha relações comerciais com
terceiros, é entendido como um tipo de represália e é portanto proibida pelo
direito internacional, inclusive porque pode causar danos graves para a
dignidade das pessoas. As comunicações com os portos ou as costas de um
país ao qual se pretende obrigar a proceder de determinado modo.

São exigidas algumas condições para que seja feito o bloqueio pacífico:

 Só pode ser empregado após o fracasso das negociações;


 Que seja efetivo;
 Que seja declarado e notificado oficialmente e mantido por força
suficiente;
 Só é obrigatório entre os navios dos Estados em conflito, e não para
terceiros;
 Os navios apreendidos devem ser devolvidos após o bloqueio

2.4.5 Biocote

O biocote é uma interrupção das relações com outro Estado, especialmente


no campo no campo econômico comercial, pode ocorrer diante da violação de
uma norma de Direito das gentes, independente de fatos do tipo, podendo
funcionar especialmente como instrumentos político

2.4.6 Rompimentos das Relações diplomáticas


O rompimento das relações diplomáticas retirada dos agentes diplomáticos do
Estado violador e a ordem de retorno dos representantes do Estado que se
encontram no território do outro país, é o corte das relações amigáveis, com
consequências comerciais e políticas, pode se resultar da violação por um
Estado, dos direitos do outro, pode também ser empregado como meio de
pressão de um Estado sobre o outro.

3. Conflitos

O conflito determina uma circunstancia no qual informa que os dois atores


vão ser percebidos como interesses incompatíveis, cada um verifica ao outro a
relação a essa pessoa que tem interesse que impede ou prejudica a satisfação
do seu interesse e a tendência, nesse caso é que cada um desses atores vão
começar a agir de uma maneira única a se proteger e garantir a retratação do
seu interesse e em consequência disso à convivência entre esses dois sujeitos
vai passar se qualificar pelo o primeiro grau crescente de utilidade podendo
assim até mesmo a levar a guerra ou por ou conflito entre esses grupos.

A importância de compreender o caso das controvérsias internacionais é


necessária para o equilíbrio da convivência entre esses atores que é um dos
resultados de controvérsias internacionais que são basicamente os países, é
fundamental analisar as formas de solução de controvérsias que são os modos
pelas quais o conflito pode ser abortado. Portanto como foi definido o conflito
de modo de incompatibilidade que é percebida pelos atores, essa conexão de
interesses pode ser mostrada de algumas chances de solução de supressão,
que são as formas de solução de controvérsias.

A primeira forma de soluções de controvérsias os atores tem por entender de


que esses interesses realmente não são compatíveis, que esses interesses
podem ser dados de alguma forma e do modo que realizar essa
compatibilização sem prejuízo para a outra parte.

A segunda forma a determinação dos conflitos é o caso que um dos atores


renuncia seu interesse em favor de outro.

A terceira forma é um caso em que ambos, os países renunciam ao seu


interesse.
A quarta forma é que os atores vão conseguir enxergar sua situação na qual se
encontra os interesses de cada um que são atendidos parcialmente de forma
que ambos possam ser contemplados interesses.

3.1 Guerra

O Direito da Guerra é um conjunto de normas internacionais, que se


originaram em convenções ou em costumes, destinados a serem aplicados em
conflitos armados, internacionais ou internos, que limitam, por razões
humanitárias, o direito das partes em conflito de escolher livremente os
métodos e os meios utilizados no combate e que protegem as pessoas e os
bens afetados.

A guerra movida por causas naturais também era justa; era aquela feita
quando o soberano queria adquirir aquilo que ele entendia ser propiciado pela
natureza, e impedido de desfrutá-la pelos homens. Isso ocorria quando a parte
era impedida de trocar mercadorias, pois estava impedida pela outra parte de
entrar no porto. Outros motivos que justificavam as guerras eram as causas
humanas, quando o soberano entendia que teve seus direitos violados, e a fim
de solucionar a questão sugeria uma arbitragem, porém a outra parte não
aceitava.Como foi visto, durante muito tempo a guerra era lícita, haviam vários
motivos que a justificavam, sendo assim tudo o que era visto de forma errônea
poderia ensejar uma batalha armada envolvendo as nações.

Guerras existem desde o princípio da civilização. É impossível que não


ocorram conflitos na convivência entre os seres humanos e, infelizmente, nem
sempre os conflitos entre os povos se resolvem por meios pacíficos. Ter isso
em mente é o primeiro passo para entender como a guerra é vista dentro
do Direito Internacional Público.

3.1.1 Jus in Bello

Jus in bello refere-se ao direito da guerra, ao conjunto de normas, primeiro


costumeiras, depois convencionais que floresceram no domínio das gentes
quando a guerra era uma opção lícita para resolver conflitos entre Estados. E
também mais conhecido como direito humanitário. O propósito central do jus in
bello é amenizar o sofrimento causado pelas guerras. Para isso, as partes de
um conflito bélico devem respeitar as quatro Convenções de Genebra e seus
protocolos adicionais.

Com o Jus in bello, nasceram os primeiros direitos garantidos, na época de


guerra. Que em um segundo momento foram legislados. Mas daí a chegar em
um momento em que a guerra não seria mais licita demorou. Até que o Pacto
da Sociedade das Nações, em 1919, colocou a guerra como opção secundária,
deste modo, primeiros as nações envolvidas em um litígio, teriam que tentar
soluciona-lo de modo pacifico, não tendo êxito, recorreriam a guerra.

3.1.2 Jus ad Bello

Jus ad bellum é o direito de fazer a guerra, com base em determinadas


justificativas, que caiu em desuso, ou seja, o direito de fazer a guerra quando
esta parecesse justam porém caiu em desuso e agora o primeiro passo é
recorrer ao jus in bello para tentar resolver os conflitos sem o uso
desnecessário da força.

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