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ZOUKDERNO

Ailton Zouk DelPol DF

2017
Parte IV
(@waninedias)
LEI 11.343 X STJ E STF (06/01/2017)

Art. 28. Quem adquirir, guardar, tiver em depósito, transportar ou trouxer consigo, para
consumo pessoal, drogas sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar será submetido às seguintes penas:
I - advertência sobre os efeitos das drogas;
II - prestação de serviços à comunidade;
III - medida educativa de comparecimento a programa ou curso educativo.
Art. 28, STF e STJ entendem que ocorreu a despenalização e não a descriminalização.
A luz da lei vigente, é uma conduta atípica.
Submete-se a lei 9099, por ser de menor potencial ofensivo.
Delegado não pode autuar em flagrante, mas se agente se recusar a assinar o termo de
compromisso, o delegado lavra o auto.
Art. 28 tem roupagem criminosa. STJ entende que a condenação por porte de droga para
us opróprio gera reincidência.

§ 2º Para determinar se a droga destinava-se a consumo pessoal, o juiz atenderá à natureza


e à quantidade da substância apreendida, ao local e às condições em que se desenvolveu a ação,
às circunstâncias sociais e pessoais, bem como à conduta e aos antecedentes do agente.
Para diferenciar usuário de traficante.
CESP coloca na questão que leva em conisderação a pureza da substância, ERRADO.

Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no
art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade
e a conduta social do agente.
STF entende que pureza da droga não entra na fixação da pena.

Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, fabricar, adquirir, vender, expor à
venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer consigo, guardar, prescrever, ministrar,
entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda que gratuitamente, sem autorização ou em
desacordo com determinação legal ou regulamentar:
Artigo de condutas múltiplas de contúdo variado.
Adquirir cocaína e vender maconha, responde por dois crimes em concurso material.

§ 1º Nas mesmas penas incorre quem:


I - importa, exporta, remete, produz, fabrica, adquire, vende, expõe à venda, oferece,
fornece, tem em depósito, transporta, traz consigo ou guarda, ainda que gratuitamente, sem
autorização ou em desacordo com determinação legal ou regulamentar, matéria-prima, insumo
ou produto químico destinado à preparação de drogas;
A semente constitui matérial prima? Ou é ato preparatório? STJ entende que constitui
matéria prima; não há de se falar de ato preparatório.
Ex: Importar lança perfume da Argentina e é apreendida no Brasil. Não configura tráfico
internacional porque a substância não é entorpecente no país de origem. Terá então tráfico
domestico!

§ 2º Induzir, instigar ou auxiliar alguém ao uso indevido de droga:


O induzimento tem que ser direcionado a pesoa determinada.
Marcha para maconha: STF diz que é direito constitucional de expressão, não configurando
esse paragrafo.

§ 3º Oferecer droga, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pessoa de seu


relacionamento, para juntos a consumirem:
Tem que ter os três requisitos. A pessoa que oferece responde por esse parágrafo, a pessoa
que usou é atípico, porque no art.28 não tem o verbo usar.
Se oferecer a uma pessoa que não seja de seu relacionamento, configura o art. 33, tráfico.
Oferecer a pessoa de seu relacionamento e não usar junto, também é tráfico.

4º Nos delitos definidos no caput e no § 1o deste artigo, as penas poderão ser reduzidas de
um sexto a dois terços, vedada a conversão em penas restritivas de direitos, desde que o agente
seja primário, de bons antecedentes, não se dedique às atividades criminosas nem integre
organização criminosa.
Pode transformer PPL em PRD.
Cancelada a súmula 512 que entendia que o privilégio não afasta a hediondez do crime.
Tráfico privilegiado não tem roupagem de hediondez, Segundo STJ. REsp 1.329.088 de
2016.
Quantidade da droga, por si só, pode ser levada em consideração para afastar o privilégio?
STJ entende que sim, STF tem divergência.
STJ: quem deve provar que é usuário? STJ diz que o réu não tem esse dever, cabe ao MP
comprovar que o entorpcente se destinava ao tráfico.
Pena do tráfico e o regime: STJ e STF o tráfico pode iniciar em outro regime.

Art. 44. Os crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 a 37 desta Lei são inafiançáveis
e insuscetíveis de sursis, graça, indulto, anistia e liberdade provisória, vedada a conversão de suas
penas em restritivas de direitos.
STF em controle difuso considerou inconstitucional a vedação da liberdade provisória. Hoje
é possível a liberdade provisória no tráfico (que é equiparado a hediondo) e a lei 8.072 veda a
finaça. Assim, permite a liberdade provisória sem fiança.

Art. 35. Associarem-se duas ou mais pessoas para o fim de praticar, reiteradamente ou
não, qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
Parágrafo único. Nas mesmas penas do caput deste artigo incorre quem se associa para a
prática reiterada do crime definido no art. 36 desta Lei.
Associação não é equiparado ao tráfico e demanda estabilidade.
Associação pode ser duas ou mais pessoas.

Art. 37. Colaborar, como informante, com grupo, organização ou associação destinados à
prática de qualquer dos crimes previstos nos arts. 33, caput e § 1o, e 34 desta Lei:
A figura do informante.
Não pode ter o art. 35 e 37 juntos.
Quem colabora como informante, tem que ser com a Asociação. Colaborar com uma
pessoa só, joga o agente, por analogia in buona parten, no art. 37.

Princípio da insignificância no uso:


- STJ entende que não é possível.
- STF entende que sim.

Tráfico X maquinário: STJ entende que depende da situação. ALicate e balança não
configure depósito par ao STJ.

Mula: STJ entende que mula é quem se dedica a atividade criminosa. STF entende que não
se caracteriza.
Mula ao transportar grande quantidade de droga, desenvolve função na organização
criminosa, afastando o provilégio. Mas a condição de grande quantidade de droga por sis só, não.

Traficante que participa da associação, não se aplica o privilégio.

Utilização em transporte publico, STF e STJ entendem que tem que vender dentro do
transporte.

Tráfico interestadual: não há necessidade de transposição de fronteiras.


Disk drogas: aquisição de drogas por telefone é tráfico consumado.

LEI DE TORTURA X STF E STJ (09/01/2017)

Quando a lei dos hediondos vedou a fiança, ela não vedou a liberdade provisória
totalmente. Quando ela fala em vedação da fiança, está dizendo que é possível liberdade
provisória somente sem fiança, pois a fiança é vedada.
Prisão temporária não tem a tortura no rol, é possível o deferimento da temporária no
crime de tortura de acordo com art. 2, §4 da lei 8072 + a lei 7960. A temporária só cabe na tortura
se demonstrar a extrema necessidade.
Art. 2, §1 da lei 8072 diz que a pena de hediondos, tortura e tráfico será cumprido
inicialmente em regime fechado. Foi considerado que ofendia o princípio da separação dos
poderes e da individualização da pena. STF entende que é inconstitucional.
STJ: no crime de tortura não é obrigatório iniciar no regime fechado.

Art. 1, § 7º, lei 9455: O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º,
iniciará o cumprimento da pena em regime fechado.
Em 2015, a 1ª turma do STF (HC123;316Se) entendeu que no delito de tortura ele deve sim
iniiciar no regime fechado.

Tortura também chamado de crime jabuticaba.


Prática de tortura constitui ato de improbidade administrativa.

LEI 10.826 X STF E STJ (10/01/2017)

Delito de posse irregular de arma de fogo: art. 12 descreve:


Art. 12. Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso
permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência
ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável
legal do estabelecimento ou empresa:
Diferenciar posse (intramuros) e porte (extramuros).
Uma arma de fogo, quando está enterrada no quintal, ela está ocultada. No art. 12 não tem
o verbo ocultar então sera porte.
Responsável legal do estabelecimento ou empresa: crime próprio.

STJ entende que a posse de arma de fogo com registro vencido configura infração
administrativa. Conduta não criminalizada.

Art. 13. Deixar de observar as cautelas necessárias para impedir que menor de 18 (dezoito)
anos ou pessoa portadora de deficiência mental se apodere de arma de fogo que esteja sob sua
posse ou que seja de sua propriedade:
Parágrafo único. Nas mesmas penas incorrem o proprietário ou diretor responsável de
empresa de segurança e transporte de valores que deixarem de registrar ocorrência policial e de
comunicar à Polícia Federal perda, furto, roubo ou outras formas de extravio de arma de fogo,
acessório ou munição que estejam sob sua guarda, nas primeiras 24 (vinte quatro) horas depois de
ocorrido o fato.
É um tipo híbrido, culposo no caput e doloso no parágrafo único.
Se o pai deixar a arma na mesa para que o filho pegue, tem-se entregar a arma de fogo à
criança e adolescente, art. 16.
Ex: Mévio trabalha em empresa de segurança e comunica ao dono que perdeu a arma.
Dono da empresa vai resolver outros problemas e não comunica, em 24hr, à PF (conduta culposa
não é o parágrafo único).

Art, 14 menciona: Porte ilegal de arma de fogo de uso permitido


Art. 14. Portar, deter, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar, ceder, ainda
que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob guarda ou ocultar arma de fogo,
acessório ou munição, de uso permitido, sem autorização e em desacordo com determinação legal
ou regulamentar:
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável, salvo quando a arma de fogo
estiver registrada em nome do agente.Crimes de perigo abstrato.
Ex: Tício trabalha em um restaurant, mas não é o responsável legal e nem proprietário:
porte illegal.
Adquirir a pistola e a vendeu, responde por um crime só. Crime de condutas alternativas
no artigo. Se a venda é com habitualidade, aplica-se o art. 17, compercio illegal de arma de fogo.
Em relação aoporte, STF e STJ, entendem que arma de fogo dismuniciada constitui crime
de perigo abstrato.
Arma de fogo totalmente inapta para realizer disparo, é fato atípico por equiparar a arma
de brinquedo.
Aplica-se insignificância no porte ou posse? STF e STJ não admitem.
STF e STJ entendem que arma dismuniciada é fato típico (HC 96073- MS e HC 158.835).
Parágrafo único veda a fiança. É inconstitucional. Se a arma for de uso permitido, pode sim.
Todos os crimes do estatuto são afiançáveis.
Porte illegal de arma de fogo de uso permitido, fiança somente na esfera policial, porque a
pena é de 1 a 4 anos.
Porte X Disparo: porte é subsidiário. DIsparo absorve o porte.
Diversos disparos para o alto, responde por crime único. A quantidade de disparo é
considerada na dosimetria da pena.

Art. 15. Disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas
adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade
a prática de outro crime.
Parágrafo único. O crime previsto neste artigo é inafiançável
Disparo para provocar a morte de Mèvio, responde por homicídio e, não por disparo.
Se for local dessabitado, é atípico.
Porte ou posse illegal é crime permanente.
Busca em crime permanente sem mandado judicial, dadas fundadas razões pode o policial
entrar. INvestigação anterior não é fundada razão.
Vedação de fiança foi considerado inconstitucional.
PM realiza disparo de fogo para o alto em via pública, cai no art. 15. Incide causa de
aumento de de pena, por isso não caber fiança na esfera militar.
Causas de aumento são considerados para arbitração de fiança.
Aumento de pena tem no art. 14 (porte), 15 (disparo), 16 (porte restrito), 17 (comércio
illegal), 18 (tráfico internacional). Não incide no art. 12 e 13.
Ex: Tício conduz um caminhão dizendo que é seu local de trabalho O delegado configure
art. 14, arma de uso permitido. MP denuncia. Tício diz que é o proprietário do caminhão e é seu
local de trabalho, configurando então o art. 12. STJ entende caminhão ser instrument de trabalho
e não local de trabalho.

Posse ou porte de diversas armas: se todas forem de uso permitido, responde por um crime
e a quantidade de armas vai para dosimetria. Se são armas de uso permitido e restrito de calibres
diferentes, STJ diz que responde por dois crimes por objetividades juridicas distintas com concurso
formal.

Porte X Homicídio: se o agente adquire a arma em janeiro e em dezembro mata a vítma,


responde por dois crimes: aquisição de arma de fogo e homicídio.

Conselheiro do tribunal de contas do Estado e porte de arma: STJ entende que eles se
equiparam ao magistrado, podendo portar arma de fogo.

Porte de arma X policial civil aposentado: STJ entende que se estende o porte.

STJ: não há necessidade de apreensão da arma para responder por porte illegal. Se a aarma
for apreendida, tem que periciar.
Arma de brinquedo é fato atípico se for apreendida.

Praticante de tiro esportivo deve levar arma desmuniciada, com a guia de tráfico, sob pena
de responder por porte elegal.

STF: importação de colete balístico constitui contrabando.

Air soft: Porte de armas de ar comprimido é fato atípico. É proibido sua importação (STJ),
sob pena de configurar contrabando. Não constituem crime do estatuto da arma do
desarmamento. ATENÇÃO!

Possibildiade de porte de arma de fogo por uarda prisional, mesmo for a de serviço.

Art. 21. Os crimes previstos nos arts. 16, 17 e 18 são insuscetíveis de liberdade provisória.
Foi considerado inconstitucional. É permitido liberdade provisória com e sem fiança.

Art. 16. Possuir, deter, portar, adquirir, fornecer, receber, ter em depósito, transportar,
ceder, ainda que gratuitamente, emprestar, remeter, empregar, manter sob sua guarda ou ocultar
arma de fogo, acessório ou munição de uso proibido ou restrito, sem autorização e em desacordo
com determinação legal ou regulamentar:
I – suprimir ou alterar marca, numeração ou qualquer sinal de identificação de arma de
fogo ou artefato;
II – modificar as características de arma de fogo, de forma a torná-la equivalente a arma
de fogo de uso proibido ou restrito ou para fins de dificultar ou de qualquer modo induzir a erro
autoridade policial, perito ou juiz;
Art. 16: porte ou posse de arma com numeração raspada, com dolo, responde por porte
de uso restrito, independente de ser permitido.
II- alterar o cano da arma para uma arma mais potente.

Art. 17. Adquirir, alugar, receber, transportar, conduzir, ocultar, ter em depósito,
desmontar, montar, remontar, adulterar, vender, expor à venda, ou de qualquer forma utilizar, em
proveito próprio ou alheio, no exercício de atividade comercial ou industrial, arma de fogo,
acessório ou munição, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou
regulamentar:

Parágrafo único. Equipara-se à atividade comercial ou industrial, para efeito deste artigo,
qualquer forma de prestação de serviços, fabricação ou comércio irregular ou clandestino, inclusive
o exercido em residência.
Art.17: Tem que ser comércio. Venda eventual cai no art. 14.

Art. 18. Importar, exportar, favorecer a entrada ou saída do território nacional, a qualquer
título, de arma de fogo, acessório ou munição, sem autorização da autoridade competente:
Tráfico internacional de arma de fogo.
Se tem autorização para entrar com arma no BRasil, mas não pagou imposto, é crime de
descaminho.

Art. 19. Nos crimes previstos nos arts. 17 e 18, a pena é aumentada da metade se a arma
de fogo, acessório ou munição forem de uso proibido ou restrito.
Somente no comércio ilegal e no tráfico internacional tem o aumento de pena por arma de
uso restrito. Não entra os art. 14, 15 e 16!!!

Art. 20. Nos crimes previstos nos arts. 14, 15, 16, 17 e 18, a pena é aumentada da metade
se forem praticados por integrante dos órgãos e empresas referidas nos arts. 6o, 7o e 8o desta Lei.

REVISÃO FINAL PM-GO (11/01/2017)

- TENTATIVA:
Tentativa cruenta/tentativa vermelha: ligadas ao crime de sangue. O agente realiza o
disparo com arma de fogo e acaba por atingir a vítima. Vermelha porque a vítima começa a sangrar
ao ser atingida.
Tentativa branca/incruenta: agente realiza os atos executórios, mas não consegue atingir
a vítima.
Tentativa perfeita/acabada/crime falho: há o esgotamento dos atos executórios.
Tentativa imperfeita/inacabada: o agete não realiza todos os atos xecutoório. Ex: Tício
realiza 5 dos 10 disparos, mas a polícia chega na hora.
Tentativa supersticiosa: Ex: Eu vou num local de margia negra para fazer um ´trabalho´para
matar Tício. É uma tentativa inidônea.

-LEGÍTIMA DEFESA E ESTADO DE NECESSIDADE


Legítima defesa pode ser real ou imaginária/putativa.
A legítima defesa putativa decorre de um erro de tipo. O agente supõe que há uma injusta
agressão, quando não ocorre. Ex: Agente andando em local emo, vê um desafeto seu com a mão
no bolso, imagina que ele esá sacando uma arma para atirar nele e, saca a arma do bolso e atira
no desafeto.
A legítima defesa putativa pode decorrer de um erro de tipo vencível ou invencível.
Invencível exclui o dolo e culpa. Vencível exclui somente o dolo, respondendo por culpa caso a lei
preveja.
Legítima defesa sucessiva: decorre de quem iniciou a agressão.
Ex: Tício começou a agredir o Mévio. O Mévio imobiliza o Tìcio e a partir daí começa a
agredir o Tício. Da imobilização não se tem mais a agressão. Quando Mévio começa a agredir o
Tìcio e este começa a se defender, tem-se a legítima sucessiva.
Legítima defesa subjetiva/excessiva: é quando se tem o excesso. Ex: Tício, muito forte,
começa a agredir o Mévio. Mévio, magrinho, dá um soco no Tício, fazendo-o cair no chão. Ao cair
no chão, Mèvio continuou agredindo, decorrendo de uma situação de ânimo, onde perde a noção
do que está fazendo.
A legítima defesa excessiva atua na culpabilidade porque uma inexigibilidade de conduta
diversa. Então, a legítima defesaa subjetiva, quando justificável, vai excluir a culpabilidade por
inexigibilidade de conduta diversa como causa supra legal.
Legítima defesa subjetiva, já que é excesso, acaba desafiando a legítima defesa real. Ele
não está amparado na exclusão de ilicitude.
CUIDADO: legítima defesa subjetiva (é decorrente do excesso) x sucessiva (é real).

Estado de necessidade é a teoria unitária.

Nas discriminantes putativa, a teoria é a limitada da culpabilidade.Para essa teoria, erro no


contexto fático é erro de tipo; erro quanto a ilicitude da norma é erro de proibição.

Para teoria extremada, tanto no contexto fático, quanto a ilicitude da norma, entende ser
erro de proibição.

Estado de necessidade é a teoria unitária-> razoabilidade. Adotada pelo CP.


- FURTO
Objeto do delito: Coisa de ninguém (res nullius), coisa abandonada (res derelicta), coisa
perdida=> não podem ser objeto de furto.
Aumento de pena: repouso noturno depende do local onde ocorre.
STJ entende que causas de aumento se aplicam à qualificadora. Então, repouso noturno se
aplica.
Furto privilegiado é um direito subjetivo do agente.
CUIDADO: furto privilegiado (coisa de pequeno valor) x delito de bagatela
Princípio da insignificância exclui a tipicidade material, tornando o fato atípico.
Furto privilegiado tem somente a causa de diminuição de pena.
Poder ter um furto privilegiado e qualificado ao mesmo tempo? Ex: Tício arrombou a casa
de Mévio e subtraiu coisa de pequeno valor. Súmula 511, STJ, pode, desde que a qualificadora seja
de ordem objetiva (de meios de execução).
São de ordem subjetiva: furto com abuso de confiança (famulato).
SÚMULA 511, STJ: “É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155
do CP nos casos de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o pequeno
valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.

Subtraçãode sinal a cabo configura furto? STF e STJ entendem que não.
Sistema de vigilância: monitoramento eletrônico, por si só, não torna impossível a
consumação do crime de furto. Não há que se falar em ineficácia do meio.
Destruição de obstáculo: quebrar o vidro do carro para subrair o que está dentro do carro
(furto qualificado); se for para subtrair o próprio veículo será simples.
Tes drive de veículo é furto mediante fraude.
Agente que coloca o chupa cabra em caixa eletrônico: furto mediante fraude.
Chave falsa tem que ser empregada fora do carro; aplicada direito na ignição, não é
emprego de chave falsa.
Furto de animais de produção (abigeato).

- ROUBO
Roubo próprio: violência pode ser própria ou imprópria (reduzir a capacidade de resistência
da vitima).
Roubo impróprio/ por aproximação: violência aplicada após a subtração da coisa. Se o
agente tentar subtrair a coisa e não conseguir e empregar a violência, tem-se a tentatia de furto
com lesão corporal.
Para o STJ roubo de uso configura roubo.
Roubo com emprego de arma: pode ser arma branca ou de fogo.
STJ: última decisão é de que o emprego de arma desmuniciada configura a incidência da
qualificadora. Simulacro não configura.
Concurso de pessoas: exige agentes culpáveis, mas o menor conta para o concurso. Além
de responder por roubo em concurso formal, responde também por corrupção de menores (o que
independe se o menor já era dado a vida criminosa).
Vítima a serviço de transporte de valores: não é simplesmente está transportando dinheiro,
tem que está em seriço de transporte de valores, não pode ser em serviço própro. Não precisa ser
valores em dinheiro para o STJ, pode ser mercadoria.
Roubo com restrição de liberdade da vítima: não é privação, é restrição. Ex: Tício aborda a
vítima mediante violência e grave ameaça e leva a vítima, soltando-a em um lugar próximo. Nesse
caso tem roubo com restrição de liberdade da vítima, não havendo falar emsequestro relâmpago
(seria uma extorsão).
Privação é mais demorado, respondendo por roubo +sequestro.
No latrocínio a morte tem que decorrer da violência; decorrendo da grave ameaça não se
fala em latrocínio (tem tentativa de roubo com homicídio).
Latrocínio é crime hediond. A quantidade morte se baseia no patrimônio. Ex: Tem um casal
no carro, mataram-nos e levaram o carro, tem um latrocínio só (um patrimônio só do casal). As
outras mortes são consideradas na dosimetria da pena. Tem que ser patrimônios e pessoas
distintas.

- RECEPTAÇÃO
Deve ser produto de crime, e não de contravenção.
Se Tício guarda, a pedido de Mérvio, um veículo roubado, por amizade- tem favorecimento
real. Para ter receptação tem que ter valor econômico envolvido.
Receptação imprópria: influencia alguém a comprar produto que sabe ser produto de crime
sem que o comprador saiba. Se o terceiro souber ser produto de crime, quem influencia vai ser
partícipe da receptação.
Receptação culposa, o agente sendo primário, pode o juiz deixar de aplicar pena. Sendo
receptaão culposa, o juiz pode aplicar o privilégio.
Se for exigido dinheiro para devolver um animal, é somente extorsão. Extorsão mediante
sequestro é de pessoa.
Na extorsão, a conosumação ocorre com a exigência.
Na extorsão mediante sequestro: a consumação ocorre com o cerceamento de liberdade
da vítima.
A receptação é punível ainda que não conheça o autor do crime de roubo ou que ele seja
isento de pena.

- APROPRIAÇÃO INDÉBITA:
Se já tinha a intenção de comprar o vestido e vai à loja, onde a vendedora lhe entrega o
vestido como empréstimo é ESTELIONATO, pois ela se passou como uma boa compradora,
acreditando a vendedora que ela iria devolver.
A conduta na apropriação te que ser dolosa.
Se um funcionário público se apropria da coisa se utilizando da facilidade do cargo, te o
peculato apropriação. Mas se o bem que ele está se apropriando é um bem particular, o peculato
apropriação recebe o nome de peculato malversação.
Se o legislagdor colocar o neto que se apropria de valores da pensão do idoso. É
apropriação indébita, mas tem especificidade do estatuto do idoso.
Autor de receptação não pode ser o autor do roubo.
Adquirir objeto fruto de ato infracional, tem receptação.

-DROGAS:
Requisitos do uso compartilhado: oferecer a droga eventualmente a alguém de seu
convívio para JUNTOS consumirem.
Art. 32; art. 50, §§2, 3 e 4.
EM situação de flagrante, juiz tem 10 dias para autorizar a destruição das drogas e o
delegado tem 15 dias pra destruir.
Sem flagrante o delegado pode destruir a droga no prazo de 30 dias e não há necessidade
de autorizaçãoo judicial.
Tráfico privilegiado não tem roupagem de crime hediondo.
Colaboração premiada, art. 41.
Admite infiltração de agente e flagrante postergado, medinte autorização judicial.

- ARMA
Art. 12, 14,15
Permitido fiança do delegado e na esfera judicial.
Arma municiada o delito esta configurada.
Crimes de perigo abstrato.

-HEDIONDO
É possível a liberdade provisória.
Exploração sexual de criança
Fiminicídio
Policídio: leão corporal de natureza GRAVÍSSIMA ou morte em desfavor de policial ou
familiar.
Progressão de regime quando cumprido 2/5 se for primário e 3/5 se reincidente (não diz
específico).
Não é possível anistia, graça e indulto, bem como, fiança.

-TORTURA
Tortura confissão não há necessidade da vítima confessar.
Tortura do encarcerado não há necessidade da violência e grave ameaça.
Tortura omissão não é drime hediondo.
Início do cumprimento da pena, STJ entende que não é obrigado iniciar no fechado; STF 1ª
turma entende que tem que iniciar no fechado, o que diverg do plenário.
STJ entende que perda do cargo é automática.

-ABUSO DE AUTORIDADE
Crime próprio.
pErda do cargo tem que ser fundamentada, não é automática.
Tem dupla subjetividade passiva (o Estado e a vítima) e dupla objetividade jurídica
(integridade física da vítima e a transparência e legalidade do Estado).
Tem condutas no ECA que são similares as condutas do abuso. Se for menor, cai no ECA.

-MARIA DA PENHA
Art. 7 e as formas de violência.
Art. 11 não é rol txativo.
Lesão corporal a ação penal é pública incondicionada. Sùmula 542. Se for ameaça ou injúria
tem que ter requerimento e representação.
STJ entende que descumprimento de medida protetiva não configura crime de
desobediência.
A lei se estende a crime e contravenção penal.
Súmula 536 STJ: não se aplica a lei 9099.

-LEI 12850
Organização criminosa tem que ter 4 ou mais pessoas.
Possibilidade do perdão judicial.

-ECA
Súmula STJ: 500 (corrupção de menores) ; 108 (medidas socioeducativas é aplicada pelo
juiz); 342; 265.
Art. 243, bebida alcoólica ou cola de sapateiro (não estão na portria da anvisa), cai aqui no
ECA. Se estiver na portaria da anvisa será da lei de drogas.

- CRIMES AMBIENTAIS
Art. 48, 54
Composição do dano.
Suspensão condicional do processo é de 2 a 4 anos.

- LESÃO CORPORAL
Provocada por ácido: vitriolagem.

ÚLTIMAS DICAS DE PROCESSO PENAL PM-GO (15/01/2017)

São tipos de prisão cautelar: prisão em flagrante, prisão preventiva, temporária.

Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial
deverá:
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das
coisas, até a chegada dos peritos criminais
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos
criminais;
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do
Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe
tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras
perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer
juntar aos autos sua folha de antecedentes;
IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e
social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante
ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e
caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma
deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela
pessoa presa.

Essas providências do art. 6, CPP tem uma inovação. A lei da primeira infância (lei 13.257
de 2016)inseriu inciso X< onde o delegado deve colher essas seguintes informações.
Outra alteração importante é em relação ao art. 318 que traz a hipótese de substituição da
prisão preventiva por domiciliar. Na redação anterior dizia gestante a partir do 7 mês, e hoje basta
somente que ela esteja gestante (inciso IV). Outra alteração é no inciso V; nciso VI.
Quanto ao inciso V, não basta somente a mulher ter filho de até 12 anos para gerar direito
subjetivo, o juiz irá analisar o caso concreto.
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for:
I - maior de 80 (oitenta) anos;
II - extremamente debilitado por motivo de doença grave;
III - imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou
com deficiência;
IV - gestante;
V - mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos;
VI - homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de
idade incompletos.
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos
estabelecidos neste artigo.

Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem:


I - está cometendo a infração penal;
II - acaba de cometê-la;
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa,
em situação que faça presumir ser autor da infração;
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam
presumir ser ele autor da infração.

Em relação a prisão em flagrante, pode aparecer flagrantepróprio, flagrante perfeito,


flagrante real ou propriamente dito. Nesse flagrante o agente está comentendo a infração ou
acabou de cometê-la. (inciso I e II).
No inciso III tem o flagrante imperfeito, irreal ou quase flagrante: quando o agente é
perseguido logo após, pela autoridade, ofendido ou qualquer pessoa que faça presumir ser ele o
autor da infração. Essa palavra ‘presumir’ faz cair em uma pegadinha com o flagrante presumido.
Atento, o flagrante presumido é o IV, quando ele é nconrado com objetos do crime.
Flagrante presumido também é chamado de ficto ou assimilado.
Flagrante facultativo: qualquer do povo PODE realizar o flagrante. Agentes policiais tema
obrigação, o flagrante é obrigatório/coercitivo/compulsório.
Flagrante preparado/provocado/delito crime de ensaio/delito de experiência/ delito
putativo por obra do agente provocador. Sùmula 145 STF não há de se falar em flagrante legal
quando a polícia prepara o cenário.
Se for fato em relação a drogas, Ex: Um policial chegou a um local pedidno drogas e, Tício
foi até um depósito pegar. Quanto a venda, esse flagrante é preparado, mas manter em depósito
o flagrante é legal.
Flagrante esperado/postergado/retardado/diferido: não há qualquer interferência da
polícia. Ex: Interceptação telefônica se sabe que um grupo vai realizar um roubo e a polícia espera
para agir. É um flagrante legal. Previsto na lei de organização criminosa e na lei de drogas.
Flarante forjado/fabricado/maquinado/inexistente/úrgido/artificial/javado: é ilegal. Ex: a
polícia planta uma prova.
No crime permanente é possível a prisão em flagrante.
Flagrante x Lei maria da Penha: na Maria da penha, para lavratura do APF, não sendo lesão
corporal (em que ação penal públca incondicionada), demanda uma condição de procedibilidade.
A lei 11.343 afasta a lei 9099, e o delegado tem que lavrar um flagrante e depende da manifestação
da vpitima na ameaça, por exemplo.
Ameaça é de ação penal pública condicionada à representação, inclusive no âmbito
doméstico.
Presença do advogado na prisão em flagrante: o advogado pode acompanhar a lavratura
do APF, pode inclusive sugerir perguntas, mas o delegado não é obrigado a realizar tais perguntas
porque o APF é uma forma de instauração de IP e no IP não tem contraditório.
Advogado tem acesso a provas produzidas e documentadas.
Comunicação do flagrante é feita imediatamente; a expedição da nota de culpa é que é em
24h.
Situação de flagrante não comporta prazo. (não é que só pode ser realizado nas 24h).
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente:
I - relaxar a prisão ilegal; ou
II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos
constantes do art. 312 deste Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas
cautelares diversas da prisão; ou
III - conceder liberdade provisória, com ou sem fiança.
O juiz só relaxa se for ilegal.
Decretada prisão preventiva e não há mais os pressupostos, ela será relaxada!

Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão
preventiva decretada pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do
Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou por representação da autoridade policia.
Juiz pode decretar de ofício durante a instrução processual, mas NÃO pode durante a
investigação. Durante a investigação o juiz tem que ser demandado.
Assistente pode representar por preventiva, mas NÃO em sede de investigação.

-Princípios processuais:
*Da intima convicção: ocorre em sede de tribunal de júri.
* Do livre convenvimento: ligado ao juiz.
*Presunção de inocência
* Não auto incriminação/direito de Miranda: não abarca o auto de reconhecimento de
pessoas, onde o indivíduo é obrigado a participar e a passar pelo processo de identifação criminal.
*Indubio pro reo: em dúvida, o juiz decide em favor da liberdade do réu.
*Juiz natural: o Estado deve asseguras um juiz previamente designado por lei. Não pode
criar tribunal ou juízo de exceção.
≠ do princípio da identidade física do juiz se aplica diretamente à condição de aderência
dos fatos; jui que acompanha a instrução processual é que deve julgar.
*Publicidade
*Intrancedência: a ação penal não deve passar da pessoa a quem foi imputada a conduta
criminosa.
*Obrigatoriedade da propositura da ação penal: em face de ma ação penal pública
incondicionada, deve o MP propor a ação penal. Uma vez proposta, não pode desistir da ação
penal (Princípio da indisponibilidade).

- Inquérito Policial:
Procedimento inquisitorial. Não tem contraditório.
MP não pode presidir inquérito, embora tenha poderes invsestigatórios. É uma to privativo
do Delegado.
Sem ede de inquérito tem prisão própria que pdoe ser decretada na fase de investigação,
que é a temporária.
Prisão temporária: quando há necessidade de produção de provas.
Prisão preventiva: quando há comprometimento das investigações.
A discricionariedade do delegado no IP.
Oficiosidade ≠Oficialidade-> Oficialidade o IP decorre da administração pública, não pode
tramitar em escritório particular. Oficiosidade é que o IP anda de ofício, não se fala em princípio
da inércia.

LEI MARIA DA PENHA (11.340) X DELEGADO DE POLÍCIA X STF E STJ (18/01/2017)

Violência domésica abrange também a violencia moral.


O art. 41 da lei, afasta a lei 9099. ENtão no caso de uma injúria (de ação penal privada) no
âmbito da violência doméstica, não se lavra o TCO e sim o auto de prisão em flagrante.
Ao lavrar o APF, tem que verificar se o crime é afiançável.

Art. 5º Para os efeitos desta Lei, configura violência doméstica e familiar contra a mulher
qualquer ação ou omissão baseada no gênero que lhe cause morte, lesão, sofrimento físico, sexual
ou psicológico e dano moral ou patrimonial:
I - no âmbito da unidade doméstica, compreendida como o espaço de convívio permanente
de pessoas, com ou sem vínculo familiar, inclusive as esporadicamente agregadas;

II - no âmbito da família, compreendida como a comunidade formada por indivíduos que


são ou se consideram aparentados, unidos por laços naturais, por afinidade ou por vontade
expressa;

III - em qualquer relação íntima de afeto, na qual o agressor conviva ou tenha convivido
com a ofendida, independentemente de coabitação.

Parágrafo único. As relações pessoais enunciadas neste artigo independem de orientação


sexual.

A lei Maria da Penha não comina crime. Não é certo falar que fulano cometeu o crime da
lei 11.340.
A empregada doméstica pode ser vítima de violência doméstica também.(art.5, I)
Vontade expressa é a adoção.
Genro X sogra configure violência doméstica.
Tem que ter afeto, no mínimo (não é necessário uma união estável). Namorado, relação
extraconjugal, ficante habitual, configuram violência doméstica.
É pacifico que se aplica a lei às relações homoafetivas.
A doutrina discutem se a vítima precisa ser necessariamente mulher, tem-se duas
correntes:
1ª Corrente biolégica: transsexual realiza uma cirurgia, mas tem que analizar o que ela é
biologicamente.
2ª Corrente, concepção juridica: realizou a cirurgia, troca o nome juriicamente, sendo ela
agora juridicamente mulher. Minoritária.
É majoritário aplicar à lei desde que a mulher seja vítima.
A prova do Pará adotou a corrente minoritária, aplicando-se a vítima sendo homem
(transsexual que tinha feito a cirurgia).
A lei Maria da PEnha não dá tratamento diferenciado à mulher, ofendendo o princípio da
igualdade? O STF, por unanimidade entendeu que o art.1, 33 (cria juizados especiais para esses
casos) e 41 (afasta a lei 9099 nesses casos), são constitucionais, pois buscam a igualdade material.
Ato infracional no âmbito domésico: pode ser deferida medida protetiva por qualquer juiz?
Nâo, tem que ser o juiz da infância e juventude.

Art. 7º São formas de violência doméstica e familiar contra a mulher, entre outras:

I - a violência física, entendida como qualquer conduta que ofenda sua integridade ou saúde
corporal;
II - a violência psicológica, entendida como qualquer conduta que lhe cause dano emocional
e diminuição da auto-estima ou que lhe prejudique e perturbe o pleno desenvolvimento ou que vise
degradar ou controlar suas ações, comportamentos, crenças e decisões, mediante ameaça,
constrangimento, humilhação, manipulação, isolamento, vigilância constante, perseguição
contumaz, insulto, chantagem, ridicularização, exploração e limitação do direito de ir e vir ou
qualquer outro meio que lhe cause prejuízo à saúde psicológica e à autodeterminação;
III - a violência sexual, entendida como qualquer conduta que a constranja a presenciar, a
manter ou a participar de relação sexual não desejada, mediante intimidação, ameaça, coação ou
uso da força; que a induza a comercializar ou a utilizar, de qualquer modo, a sua sexualidade, que
a impeça de usar qualquer método contraceptivo ou que a force ao matrimônio, à gravidez, ao
aborto ou à prostituição, mediante coação, chantagem, suborno ou manipulação; ou que limite ou
anule o exercício de seus direitos sexuais e reprodutivos;
IV - a violência patrimonial, entendida como qualquer conduta que configure retenção,
subtração, destruição parcial ou total de seus objetos, instrumentos de trabalho, documentos
pessoais, bens, valores e direitos ou recursos econômicos, incluindo os destinados a satisfazer suas
necessidades;

V - a violência moral, entendida como qualquer conduta que configure calúnia, difamação
ou injúria.

VIolência física abrange vias de fato e contravenções penais, assim entende STF e STJ. Nesse
caso, tendo João dado um tapa na esposa, não ficando lesão (teremos então somente vias de fato),
ele sera preso em flagrante por ter cometido uma infração penal, por afastar a lei 9099.
Violência psicológia: na prova a banca joga uma hipótese de configurar violência psicológica
e ele vai chamar de violência moral. Ex: Quando causa humilhação e constrangimento da vítima.
Para lei, injúria, difamação, calúnia são violência moral.
Mulher querer usar método contraceptivo e o homem impede: violência sexual.
Art. 10. Na hipótese da iminência ou da prática de violência doméstica e familiar contra a
mulher, a autoridade policial que tomar conhecimento da ocorrência adotará, de imediato, as
providências legais cabíveis.
Parágrafo único. Aplica-se o disposto no caput deste artigo ao descumprimento de medida
protetiva de urgência deferida.
CUidaado porque a banca coloca 24hrs!!! As medidas protetivas o delegado deve remeter
em 48hrs, mas as providêcias devem ser tomadas de imediato!!!
STJ: descumprimento de medida protetiva não configure crime de desacato.

Rol exemplificativo
Art. 11. No atendimento à mulher em situação de violência doméstica e familiar, a
autoridade policial deverá (Cesp coloca; sempre que possível), entre outras providências:
I - garantir proteção policial, quando necessário, comunicando de imediato ao Ministério
Público e ao Poder Judiciário;
II - encaminhar a ofendida ao hospital ou posto de saúde e ao Instituto Médico Legal;
III - fornecer transporte para a ofendida e seus dependentes para abrigo ou local seguro,
quando houver risco de vida;
IV - se necessário, acompanhar a ofendida para assegurar a retirada de seus pertences do
local da ocorrência ou do domicílio familiar;
V - informar à ofendida os direitos a ela conferidos nesta Lei e os serviços disponíveis.

Não é o delegado quem pede as medidas protetivas e, sim a vítima. Delegado somente
remete.

Art. 12. Em todos os casos de violência doméstica e familiar contra a mulher, feito o registro
da ocorrência, deverá a autoridade policial adotar, de imediato, os seguintes procedimentos, sem
prejuízo daqueles previstos no Código de Processo Penal:
I - ouvir a ofendida, lavrar o boletim de ocorrência e tomar a representação a termo, se
apresentada;
II - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e de suas
circunstâncias;
III - remeter, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, expediente apartado ao juiz com o
pedido da ofendida, para a concessão de medidas protetivas de urgência;
IV - determinar que se proceda ao exame de corpo de delito da ofendida e requisitar outros
exames periciais necessários;
V - ouvir o agressor e as testemunhas;
VI - ordenar a identificação do agressor e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes
criminais, indicando a existência de mandado de prisão ou registro de outras ocorrências policiais
contra ele;
VII - remeter, no prazo legal, os autos do inquérito policial ao juiz e ao Ministério Público.
§ 1o O pedido da ofendida será tomado a termo pela autoridade policial e deverá conter:
I - qualificação da ofendida e do agressor;
II - nome e idade dos dependentes;
III - descrição sucinta do fato e das medidas protetivas solicitadas pela ofendida.
§ 2o A autoridade policial deverá anexar ao documento referido no § 1o o boletim de
ocorrência e cópia de todos os documentos disponíveis em posse da ofendida.
§ 3o Serão admitidos como meios de prova os laudos ou prontuários médicos fornecidos
por hospitais e postos de saúde.

Síndrome da mulher de potifar: mulher que é rejeitada e chega na delgacia e conta um


monte de mentiras, principalmente na esfera sexual.
O delegado remete o inquérito prazo estabelecido, 10 ou 30 dias, se preso ou solto.

Art. 16. Nas ações penais públicas condicionadas à representação da ofendida de que trata
esta Lei, só será admitida a renúncia à representação perante o juiz, em audiência especialmente
designada com tal finalidade, antes do recebimento da denúncia e ouvido o Ministério Público.
Aqui nesse artigo é a retratação, que nessa lei pode ocorrer antes do recebimento da
denúncia. Há necessidade de obrigatoriedade da marcação dessa audiência? Se tem um crime
mediante representação, tendo a vítima representado na deleacia. STJ: não há necessidade, pois
a designaçã de audiência nã contitui questão de procedibilidade. Para o STJ, a audiência só vai
ocorrer quando a vítima representa e no dia seguinte vai a delegacia querer retratar. Não sera
mais possivel retratar na delegacia, sendo necessário marcar a audiência.

Art. 17. É vedada a aplicação, nos casos de violência doméstica e familiar contra a mulher,
de penas de cesta básica ou outras de prestação pecuniária, bem como a substituição de pena que
implique o pagamento isolado de multa.

Art. 20. Em qualquer fase do inquérito policial ou da instrução criminal, caberá a prisão
preventiva do agressor, decretada pelo juiz, de ofício, a requerimento do Ministério Público ou
mediante representação da autoridade policial.
Parágrafo único. O juiz poderá revogar a prisão preventiva se, no curso do processo,
verificar a falta de motivo para que subsista, bem como de novo decretá-la, se sobrevierem razões
que a justifiquem.

Art. 41. Aos crimes praticados com violência doméstica e familiar contra a mulher,
independentemente da pena prevista, não se aplica a Lei no 9.099, de 26 de setembro de 1995.
Abarca também as contravenções penais.
Não aplica-se o princípio da insignificância na lei Maria da Penha. Não aplica-se a batela
própria ou imprória.
Configura Maria da Penha: Filha X Mãe; Pai X mãe; Irmão X Irmã; Genro X Sogra;
COmpanheiro da mãe X Enteada; Tia X Sobrinha; Ex namorado X Ex namorada.

CRIMES DE ESPAÇO MÍNIMO X CRIME DE ESPAÇO MÁXIMO (23/01/2017)


Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no
todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
Art. 6, CPB trata do lugar do crime.Tem aplicabilidade nos crimes a distância. O legislador
fez isso em homenagem a soberania do Estado. Não há possibilidade, em tese, de aplicar aa lei
brasileira em fatos ocorridos for a do território nacional.
Teoria da ubiguidade: se o resultado ocorreu no BRasil aplica-se a lei brasileira. Se o
resultado ocorreu no exterior, mas tem atos executórios no Brasil, aplica-se a lei brasileira.
Crime de espaço mpaximo/ crime a distância: resultado em um lugar e atos executórios em
outro.
Competência: competência é matéira processual, se afasta do art. 6 e vai para o art. 70
(adota a teoria do resultado ou evento). Paara material penal, adota-se a teoria da ubiguidade.
Tempo do crime: teoria da atividade.
Lugar do crime: teoria da ubiguidade.

Ex: Tício quando realizou o disparo com arma de fogo era menor, mas quando a vítima
morreu, já era maior. Aplica-se o momento da ação, quando ele ainda era menor.

Art. 70 - Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica dois ou mais crimes,
idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas cabíveis ou, se iguais, somente uma delas,
mas aumentada, em qualquer caso, de um sexto até metade. As penas aplicam-se, entretanto,
cumulativamente, se a ação ou omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior.
Processo e julgamento de infração penal desloca-se o raciocínio. Art. 70
Ex: Tício subtraiu carro do Mévio na cidade do Guará. Está em fuga, sendo preso em
Taguatinga. Competência para processor e julgar é no local da ação, quado inverteu a posse (teoria
da amotio), em Guará. O auto do flagrante lavra-se no local da captura (art. 290).
Amotio X Motio:
- (A): adotada pelo STF e STJ. Quer dizer não movimento, basta inverter a posse. Se
inverter a posse e não começar a deslocar, tem-se a tentativa.
- (M): quer dizer movimento.

Se o flagrante tivesse sido lavrado ém Guará não seria illegal, é mera irregularidade. Não
se submete a teoria da nulidade.

Ex: Tício dispara na vítima em Guará. Em Taguatinga deu mais um disparo na vítima que
continua fugindo. A competência é do local do ultimo ato de execução, em Taguatinga.
Hermeneutica contra legen: os tribunais criticam o art. 70 e firmaram posicionamento de
quando se tartar de homicídio, a competência será do local dos atos executórios e não do local da
consumação.
A doutrina diz para, no homicídio não seguir a regra do art. 70, sendo melhor a instrução
processual ocorrer no local onde aconteceu os atos de execução (local de crime, as testemunhas).
NEsse caso há o princípio do esboço do resultado (atirei em Mévio e meu esboço era que ele
morresse naquele local).
Ex: Ocorreu um homicídio em Taguatinga, mas a delegacia de Brasília quem apurou.Não é
nulo.

Ex: Tício queria matar o Mévio mediante asfixia. Compra uma corda no Brasil e o mata na
Argentina. Não há que se falar em art. 6 porque ele trabalha com atos executórios. Comprar corda
no Brasil é ato preparatório.
Quando ato preparatório constitui infração autônoma, como comprar uma arma: chama-
se crime de obstáculo.

Crime de espaço mínimo: atos executórios praticado no mesmo local da consumação.


Crime de espaço mínimo ≠ Crimes plurilocais (atos executórios emu ma comarca e
resutlado em outra comarca, âmbito domestico).

No homicídio, considerando que o CPB adotou a teoria dor esultado do evento, a


coompetência sera do juízo emq ue ocorreram os atos executórios.

HOMICÍDIO GRATUITO PODE SER QUALIFICADO? (28/01/2017)

Crime gratuito é o crime sem motivo. Pode ter o delito de homicídio com motivação ou o
autor nõ apresentar nenhum tipo de motivação. Apresentado motivação vil, desprezível,
desproporcional, o será por motivo fútil.
Ausência de motivo não se confunde com motivo fútil.
Homicídio gratuito é enquadrado no caput.
Temos duas correntes:
-1ª : seria analogia in malam partem enquadrar o agente que mata sem qualquer motivo
na qualificadora de motivo fputil
- 2ª: entende que o homicídio sem motivo tem que ser enquadrado no motivo
fútil.(minoritária).
Pode ter homicídio gratuito qualificado? Pode! Ex: Tício matou Mévio sem motivo
(gratuito), utilizando uma corda para enforca-lo (qualificado pelo meio de execução). Nesse caso,
o gratuito não vai entrar no caput!
Homicídio gratuito nem sempre é simples, poderá ser qualificado quando utilizar o meio
de execução.

CRIMES PREVISTOS NO ECA EM PEGADINHAS E ARMADILHAS (31/01/2017)


Crimes previstos no ECA não são os cometidos por adolescents e, sim praticados por
adultos.
Art. 227, ECA: Os crimes definidos nesta Lei são de ação pública incondicionada. O
examinador coloca que são condicionados a representação.

Art. 228, ECA: Deixar o encarregado de serviço ou o dirigente de estabelecimento de


atenção à saúde de gestante de manter registro das atividades desenvolvidas, na forma e prazo
referidos no art. 10 desta Lei, bem como de fornecer à parturiente ou a seu responsável, por ocasião
da alta médica, declaração de nascimento, onde constem as intercorrências do parto e do
desenvolvimento do neonato:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

Os crimes do ECA, vias de regra, são dolosos. Esse art. 228, admite a modalidade culposa!!!
É um crime próprio. Se for uma enfermeira, que não é encarregada de service e nem dirigente, e
ela dexiar de registrar, o fato apra ela sera atípico.

Art. 229. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à saúde


de gestante de identificar corretamente o neonato e a parturiente, por ocasião do parto, bem como
deixar de proceder aos exames referidos no art. 10 desta Lei:
Pena - detenção de seis meses a dois anos.
Parágrafo único. Se o crime é culposo:
Pena - detenção de dois a seis meses, ou multa.

Art. 258-B. Deixar o médico, enfermeiro ou dirigente de estabelecimento de atenção à


saúde de gestante de efetuar imediato encaminhamento à autoridade judiciária de caso de que
tenha conhecimento de mãe ou gestante interessada em entregar seu filho para adoção: Aqui tem
uma infraçãoa dministrativa e não um crime.

Art. 230. Privar a criança ou o adolescente de sua liberdade, procedendo à sua apreensão
sem estar em flagrante de ato infracional ou inexistindo ordem escrita da autoridade judiciária
competente:
Parágrafo único. Incide na mesma pena aquele que procede à apreensão sem observância
das formalidades legais.
Ex1: Delegado passa com a viatura e escuta que os menores ficam quebrando vidro veículos
e furtando. Aprendido os menores, que não estavam em situação flagrancial de ato infracional.
Art. 230, ECA.
Ex2: Menores em situação de flagrante e o delegado os apreende. Leva-os para delegadia
e os deixa lá sem fazer auto de apreensão. Vai responder pelo art. 230 também, por não observer
as formalidades legais.
Art. 230 X Art. 4, a lei 4898:
Art. 4º Constitui também abuso de autoridade:
a) ordenar ou executar medida privativa da liberdade individual, sem as formalida
Se fosse um maior, nos exemplos acima, entraria na lei de abuso de autoridade.

Art. 231 X art. 4, c, lei 4808:


Art. 231. Deixar a autoridade policial responsável pela apreensão de criança ou adolescente
de fazer imediata comunicação à autoridade judiciária competente e à família do apreendido ou à
pessoa por ele indicada:
Art. 4º, c) deixar de comunicar, imediatamente, ao juiz competente a prisão ou detenção
de qualquer pessoa;
Vai diferenciar se for menor ou adulto.
Referente ao maior, não entra família ou pessoa por ele indicada, o que torna isso atípico.

Continuação (01/02/2017)

Ex: Menor praticou ato infracional que está sendo apurado na delegacia. O advogado do
menor quer ter acesso aos autos e tem o direito negado pelo delegado. Essa negative de acesso
aos autos constitui crime de abuso de autoridade, não tem nada previsto no ECA.
Art. 3º. Constitui abuso de autoridade qualquer atentado:
j) aos direitos e garantias legais assegurados ao exercício profissional.

Acessos aos autos negado para advogado de vítima maior, também crime de abuso de
autoridade.

Excesso culposo não há de falar em abuso de autoridade.

Art. 6º lei 4898: O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e
penal.
§ 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras dos artigos 42 a 56 do Código
Penal e consistirá em:
c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por
prazo até três anos.
CUidado: na lei de abuso de autoridade tem o prazo de 1 a 5 anos na impossibilidade do
policial de exercer, no município da culpa, a função de natureza policial ou militar. A banca
costuma trocar esses prazos.
Na lei de tortura, a condenação acarreta perda do cargo, função ou emprego public e
interdição para seu exercício pelo dobro da pena aplicada.
Art.1º Lei 9455: Constitui crime de tortura:
§ 5º A condenação acarretará a perda do cargo, função ou emprego público e a interdição
para seu exercício pelo dobro do prazo da pena aplicada.
A banca pode mesclar essas três leis quanto aos prazos.
No crime de tortura a perda do cargo é automatica, independe de fundamentação na
sentence. No abuso de autoridade, tem o juiz que fundamentar na sentence.

Art. 1º Constitui crime de tortura:


I - constranger alguém com emprego de violência ou grave ameaça, causando-lhe
sofrimento físico ou mental:
a) com o fim de obter informação, declaração ou confissão da vítima ou de terceira pessoa;
(tortura confissão, prova, institucional, persecutória, probatória)
b) para provocar ação ou omissão de natureza criminosa; (tortura crime)
c) em razão de discriminação racial ou religiosa;(tortura racial ou discriminatória)
II - submeter alguém, sob sua guarda, poder ou autoridade, com emprego de violência ou
grave ameaça, a intenso sofrimento físico ou mental, como forma de aplicar castigo pessoal ou
medida de caráter preventivo. (tortura catigo).
§ 1º Na mesma pena incorre quem submete pessoa presa ou sujeita a medida de segurança
a sofrimento físico ou mental, por intermédio da prática de ato não previsto em lei ou não
resultante de medida legal. (tortura do encarceirado). Não ha necessidade da violência ou grave
ameaça.
§ 2º Aquele que se omite em face dessas condutas, quando tinha o dever de evitá-las ou
apurá-las, incorre na pena de detenção de um a quatro anos.
§ 3º Se resulta lesão corporal de natureza grave ou gravíssima, a pena é de reclusão de
quatro a dez anos; se resulta morte, a reclusão é de oito a dezesseis anos.
§ 4º Aumenta-se a pena de um sexto até um terço:
I - se o crime é cometido por agente público;
II – se o crime é cometido contra criança, gestante, portador de deficiência, adolescente ou
maior de 60 (sessenta) anos; (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003)
III - se o crime é cometido mediante seqüestro.
§ 7º O condenado por crime previsto nesta Lei, salvo a hipótese do § 2º, iniciará o
cumprimento da pena em regime fechado.
STJ entende que não há necessidade de iniciar no regime fechado, mas o STF, quando se
refere a tortura, TEM que iniciar no fechado.

É posível concurso material entre tortura e abuso de autoridade.

Art. 243. Vender, fornecer, servir, ministrar ou entregar, ainda que gratuitamente, de
qualquer forma, a criança ou a adolescente, bebida alcoólica ou, sem justa causa, outros produtos
cujos componentes possam causar dependência física ou psíquica:
Cola de sapateiro causa dependência física. Se estiver na portaria da anvisa, sera lei de
drogas e não o ECA.

Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele
praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la:
O fato d epraticar juntamente com o menor, não afasta o concurso quando esse concurso
é utilizado para circunstanciar um delito (Ex: roubo+ corrupção de menores).
Súmula 500, STJ diz ainda que independe a corrupção de menores se o menor já estiver
corrompido, pois é um tipo formal.

REVISÃO DELEGADO DE GOIÁS (05/02/2017)

- HOMICÍDIO
Art. 121. Matar alguem:
§ 4o No homicídio culposo, a pena é aumentada de 1/3 (um terço), se o crime resulta de
inobservância de regra técnica de profissão, arte ou ofício, ou se o agente deixa de prestar imediato
socorro à vítima, não procura diminuir as conseqüências do seu ato, ou foge para evitar prisão em
flagrante. Sendo doloso o homicídio, a pena é aumentada de 1/3 (um terço) se o crime é praticado
contra pessoa menor de 14 (quatorze) ou maior de 60 (sessenta) anos.
Uma das possibilidades ho homicídio culposo ter a pena aumentada é quando o agente
deixa de prestar socorro À vpitima.
E se a vítma morrer instantaneamente, há que se falar em aumento de pena? STJ diz que a
morte instantânea não afasta o aumento, tem que se verificar se o agente percebeu que a vítima
tinha morrido instantaneamente.
Homicídio culoso é pos´sivel o perdça judicial. Uma das possibilidades é quando o agente
tem afeto pela vítima. O perdão é concedido porque o fato por sis só já traz uma consequência
gravosa. STJ entende que tem que ter mesmo a relação de afeto, não pode ser uma pessoa que
conheceu essa noite na balada, por exemplo.
É pos´sivel a concessão do perdão judicial mesmo sem relação afetiva com a vítima? Sim,
no caso de um acidente, ele ter ficado tetraplégico, o perdão judicial vai ser em consequência do
acidente, mas em relação a ele, e não a vitima.
Nos delitos de trânsito é possível o perdão judicial? Lá não tem previsão legal. Doutrina
majoritária entende que sim, por analogia.

Art. 121 Homicídio qualificado


§ 2° Se o homicídio é cometido:
I - mediante paga ou promessa de recompensa, ou por outro motivo torpe;
Será que essa qualificadora se comunica automaticamente ao mandante? STJ entende que
não.
Ex: A filha do Tìcio estava chorando porque Mèvio a estuprou. Tìcio paga para José matar
o Mévio. O pai age por relevante valor moral, e José mata porque recebeu dinheiro. Para José, srá
qualificado pela torpeza, para Tício será homicídio privilegiado.
Homicídio qualificado pela torpeza/ mercenário/ remunerado/cicariato.

O feminicídio não é somente porque matou mulher. Matar mulher é femicídio. Mas matar
mulher em razão de gênero, tem o feminicídio.
Incluiu três crimes hediondos: exploração sexual de criança e adolescente; feminicídio;
policídio/homicídio funcional (contra os agentes de segurança).
Lesão corporal tem que ser gravíssima para configurar o homicídio contra policial como
hediondo.

- FURTO
Súmula 567 STJ: Sistema de vigilância realizado por monitoramento eletrônico ou por
existência de segurança no interior de estabelecimento comercial, por si só, não torna impossível
a configuração do crime de furto.
A majorante prevista no art. 155, §1 aplica-se ao urto simples e qualificado.
Art 155. - Subtrair, para si ou para outrem, coisa alheia móvel:
§ 1º - A pena aumenta-se de um terço, se o crime é praticado durante o repouso noturno.
Ex Tício quebra o vidro do carro para subtrair uma carteira, responde por furto qualificado,
considerando o rompimento do obstáculo. Se quebrar o vidro para levar o carro, é furto simples.
Súmula 442 - STJ
É inadmissível aplicar, no furto qualificado, pelo concurso de agentes, a majorante do
roubo.

Repouso noturno não há necessidade que a casa esteja habitada.


Uso de chave falsa empregado direto na ingnição não qualifica. Qualifica se for utilizada
para abrir o veículo.

Ex: Tício entra no ônibus e com uma arma de fogo, subtrai diversos telefones, responde
por roubo em concurso formal de crimes. Não há de se falar em crime único.
Roubo praticado o inerior do ônibus e os bens de diversas vítimas encontram-se nas mãos
de uma só pessoa, será crime único.
Ex: O cobrador do ônibus está com bens dele e da empresa e o ladrão rouba.
Ex: Tício aborda um casal com arma de fogo, ameaça ambos e só Mévio tinha um celular.
Mesmo usando ameaça nas duas pessoas, mas subtraiu um bem só, é um crime só de roubo.
Ex: Tício aborda Mévia mediante grave ameaça e subtrai seu veículo. Dentro do carro tinha
um talão de cheque, e Tìcio preenche o cheque e vai ao banco. STJ não entende que a assinatura
do cheque e o saque do dinheiro são mero exaurimento do crime de roubo do veículo, e ele irá
responder por roubo e estelionato em concruso material.
Caso o Tício subtrai o veículo e ligue para a vítima dizendo que só entregará o carro se
Mèvia lhe der dinheiro, ou colocará fogo no carro, responde por roubo e extorsão. Dano ao
patrimônio para o STJ é ameaça grave. Concurso material.

Súmula 511 – É possível o reconhecimento do privilégio previsto no § 2º do art. 155 do CP


nos casos de crime de furto qualificado, se estiverem presentes a primariedade do agente, o
pequeno valor da coisa e a qualificadora for de ordem objetiva.
Pode existir furto privilegiado qualificado, desde que a qualificadora seja de ordem objetiva
(meios de execução).

Agente primário e furta coisa de pequeno valor (não ultrapassa 1s.m.): furto privilegiado.
Furto de sinal a cabo, STF e STJ entendem que não configura furto.

-LATROCÍNIO
SÚMULA 610 STJ - "Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não
realize o agente a subtração de bens da vítima."
Um patrimônio do casal e pluralidade de mortes: um latrocínio. Mortes são considerados
na dosimentria da pena.
Pluralidade de patrimônios e pluralidade de mortes: pluralidade de latrocínios.
Ex: Tício entra na casa de um casal, os mata e subtrai duas alianças, tem dois
posicionamentos:
- Aliança pelo Código Civil é patrimônio individual. STJ entende assim. Responde por dois
latrocínios.
- STF entende que o importante é a intenção do agente, que era subtrair patrimônio único.
Responde por um latrocínio.
Crime contra o patrimônio é competência do juiz singular.

-LESÃO CORPORAL
A qualificadora de deformidade permanente a lesão corporal gravíssima não é afastada
com a cirurgia estética.
Retirada de dois dentes é lesão gravíssima.

-DIGNIDADE SEXUAL
STJ entende que vulnerabilidade é absoluta, independe da vivência sexual da vítima.
A menoridade da vítima de 14 anos pode ser comprovada por outros meios, não
necessariamente a certidão de nascimento.
Contemplação lascívia: Tìcio com arm de fogo manda Mèvia tirar a roupa, sem contato
nenhum. STJ entende que mesmo sem contato, empregando a grave ameaça irá constituir ato
libidinoso.
Menor de 14 anos não precisa ter violência para caracterizar o estupro.

TEORIA DA AMOTIO/APRENSIO: basta a inversão da posse, mesmo que não seja mansa e
pacífica.
CP não adota a teoria da motio (tem que ter o deslocamento).

FAMULATO
Furto com abuso de confiança.

VIOLAÇÃO DE DOMICÍLIO
Entrar ou permanecer em gbinete de delegado, STJ entende que é violação de domicílio.

ARMA
Porte de arma com registro vencido é infração administrativa, STJ.
AIDS
Transmissão dolosa a doutrina entende que é tentativa de homicídio e o STJ entende que
é lesão corporal grave.

DROGAS
Associação ao tráfico não é equiparado a hediondo. Tem que ter a instabilidade. É
incompatível ao tráfico privilegiado.
Pureza da droga: STF diz que não pode ser considerado na dosimetria da pena.
Crime culposo na lei de drogas, art. 38, prescrever ou ministrar a droga. Crime próprio.
Quantidade de droga pode ser considerada para indicar que ao gente se dedica a atividade
criminosa.

ABUSO DE AUTORIDADE
Súmula 172 STJ: Compete à Justiça Comum processar e julgar militar por crime de abuso de
autoridade, ainda que praticado em serviço
Crime de abuso de autoridade é crime comum e não militar.

MARIA DA PENHA
Súmula 542 STJ: A ação penal relativa ao crime de lesão corporal resultante de violência
doméstica contra a mulher é pública incondicionada.

Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo brasileiro onde
quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações brasileiras, mercantes ou de
propriedade privada, que se achem, respectivamente, no espaço aéreo correspondente ou em alto-
mar.
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso no território
nacional ou em vôo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou mar territorial do Brasil.

Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os


anos pelo calendário comum.

Art. 22 - Se o fato é cometido sob coação irresistível ou em estrita obediência a ordem, não
manifestamente ilegal, de superior hierárquico, só é punível o autor da coação ou da ordem.(

Exclusão de ilicitude
Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.

ECA
Súmula nº 492 STJ: O ato infracional análogo ao tráfico de drogas, por si só, não conduz
obrigatoriamente à imposição de medida socioeducativa de internação do adolescente.

Súmula nº 500 STJ:“A configuração do crime do art. 244-B do ECA independe da prova da
efetiva corrupção do menor, por se tratar de delito formal.”

Súmula nº 108 STJ:“A aplicação de medidas socioeducativas ao adolescente, pela prática


de ato infracional, é da competência exclusiva do juiz.”

Súmula nº 342 STJ:“No procedimento para aplicação de medida sócio-educativa, é nula a


desistência de outras provas em face da confissão do adolescente.”

Súmula nº 265 STJ


“É necessária a oitiva do menor infrator antes de decretar-se a regressão da medida sócio-
educativa.”

VAQUEJADA
STF entende que é inconstitucional.

TRÂNSITO
STJ entende que a incidência da causa de aumento de transporte de passageiro é
irrelevante se tem passageiro na hora do acidente de veículo automotor.
Dirigir veículo sem habilitação e provoca lesão, se a vítima não representar ele não
responde por nada.
Art. 310 CTB é crime de perigo abstrato entregar carro para pessoa sem habilitação

LEGÍTIMA DEFESA E ESTADO DE NECESSIDADE SIMULTÂNEOS X LEGÍTIMA DEFESA E


ESTADO DE NECESSIDADES RECÍPROCOS (08 e 10/02/2017)

Estado de necessidade tem natureza jurídica de exclusão de ilicitude.


Art. 23 - Não há crime quando o agente pratica o fato:
I - em estado de necessidade;
II - em legítima defesa;
III - em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.
Excesso punível
Parágrafo único - O agente, em qualquer das hipóteses deste artigo, responderá pelo
excesso doloso ou culposo.

Art. 24 - Considera-se em estado de necessidade quem pratica o fato para salvar de perigo
atual, que não provocou por sua vontade, nem podia de outro modo evitar, direito próprio ou
alheio, cujo sacrifício, nas circunstâncias, não era razoável exigir-se.
§ 1º - Não pode alegar estado de necessidade quem tinha o dever legal de enfrentar o
perigo. § 2º - Embora seja razoável exigir-se o sacrifício do direito ameaçado, a pena poderá ser
reduzida de um a dois terços.

O CPB, no art. 24 adota a teoria unitária, que diz: para o agente alegar o estado de
necessidade, tem que visualizar a razoabilidade. Estado de necessidade constitui causa de exclusão
de ilicitude, sendo sempre uma justificante.
Não há de se fazer ponderação de bem jurídico. Tem a razoabilidade quando tem sacrifício
de bem de menor valor. Sacrifício de bem de maior valor não há razoabilidade, podendo o agente
deixar de rresponder penalmente, mas por falta de culpabilidade, onde lançará mão da
inexigibilidade da conduta adversa.

Estado de necessidade adota a teoria unitária e a razoabilidade. Se o examinador perguntar


em prova oral: No Ordenamento jurídico há previsão da teoria diferenciadora? Sim, o
ordenamento jurídico inclui também o CPM. O CPB adota a teor aunitária mas, o CPM adota as
duas teorias.
Teoria diferenciadora trabalha com a ponderação de bens jurídicos. Ela divide o estado de
necessidade: quando há um sacrifício de um bem de menor valor, ela entende que o estado de
necessidade é justificante (ou seja, constitui uma causa de exclusão da ilicitude do fato); com
sacrifício de bem de maior valor, é esculpante (exclui a culpabilidade).

O Perigo iminente está inserido no contexto de perigo atual? A doutrina diverge. A doutrina
diz que, se o est. de nec. comportasse também o perigo iminente, assim o teria feito, porque o art.
25 menciona perigo atual ou eminente, e aqui no estado de necessida não inclui o eminente. A
doutria majoritaria engloba o perigo eminente também.
O código fala que aquele que age dolosamente, em tese, não pode alegar estado de
necessidade.
Aquele que age culposamente pode alegar estado de necessidade? Temos duas correntes:
1ª Os mais clássicos, Damásio, Fragoso: entende que sim.
2ª Doutrina majoritária (Masson, Nucci), adotada no Brasil, entende que agir culposamente
não pode alegar estado de necessidade pois o ato culposo é voluntário.
O art. 24, §1: o dever legal abrange o dever jurídico? Na relação contratual pode alegar
estado de necessidade? A doutrina entende que dever legal inclui o dever jurídico, nã podendo ser
alegado estado de necesidade na relação contratual.
A inevitabilidade do sacrifício: no estado de necessidade, o agente só pode alegar o est. de
necessidade se ele não pudesse evitar àquela situação de perigo.
Estado de necessidade é oponível à ação animal e humana.
Na ação do animal, no caso de um animal feroz que vem atacar o Tício, que atira no animal,
isso é estado de necessidade. Mas se o animal figurar como instrumento da ação humana, é
legítima defesa.
Inevitabilidade da situação de perigo não é obrigaatória na legítima defesa, no estado de
necessidade, sim. Podendo evitar o sacrifício e assim não faz, responde pelo excesso.
Pedra de toque: Zouktéia, mãe do Tício, estava passando mal e o Tício, para conseguir um
carro para levá-la ao hospital, aborda Mévio com uma faca para pegar o veículo (roubo). Temos
um fato típico. É um crime materializado? Ao subtrair o veículo para salvar a mãe dele: subtraiu
um patrimônio para salvaruma vida, isso é razoável: estado de necessidade materializada. A
conduta de Tício é um fato típico e não antijurídico.
Ex: A mãe que chega na escolar que está pegando fogo, tem três crianças para salvar e ela
vai logo salvar seu filho, tem omissão de socorro na descrição formal. Não é razoável salvar uma
vida no lugar de três não estando acobertada pelo estado de necessidade, mas, ao analizar a
culpabilidade, terceiro substrato do crime: no momento da ação ela conseguia entender o caráter
ilícito do fato (é imputável); ela tinha o potencial conhecimento da ilicitude (não é erro de
proibição), mas não era exigido conduta diversa dela (tem-se a inegibilidade de conduta adversa).
Logo, é uma causa supra legal de exclusão de culpabilidade. Causas legais: obediência hierárquica
e coação moral irresistível.
Ex: Tício com a faca subtrai carro do Mévio para salvar sua mãe. Mévio saca uma arma de
fogo e dispara. Ao se encontrar numa agressão atual e eminente e injusta, está amparado pela
legítima defesa. Mas a agressão de Tício nã é injusta, porque está ele acobertado pelo estado de
necessidade. Por acreditar está sofrendo uma agressão injusta, Mévio errou no context fático, e
tem-se a legítima defesa putative, decorrente de um erro de tipo. É um erro de tipo invencível
porque não tinha como Mévio saber.
Pode ter legítima defesa real em face de estado de necessidade real: NÃO. Um dos dois
tem que ser putative.
Ex: Tício está com sua mãe no colo tentando parar um carro para salvá-la e Mévio não
entende acaba atirando. Ainda está em legitima defesa putative porque errou no contexto fático.
Mas Mévio poderia ter evitado, sendo erro de tipo vencível, que exclui somente o dolo. Legítima
defesa putativa X Erro de tipo vencível= homicídio culposo.
Ex: Tício estava emu ma praça e Mévio vem para cima e saca uma faca. Tício pega a arma
do policial e puxa (subtraiu coisa alheia móvel por uma necessidade). Em relação ao policial é
estado de necessidade e, em relação ao Mévio, legítima defesa.
Estado de necessidade Legítima defesa simultânea: é possível. Diferentemente de falar
que são recíprocos, que não poderia. Está Tìcio acobertado por duas excludentes de ilicitude.
Se o policial tivesse reagido à ação de Tício, é uma legítima defesa putativa, pois a agresão
que ele sofreu era justa.
PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO E AMBICÍDIO- ART. 122 (14/02/2017)

Art. 122 - Induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou prestar-lhe auxílio para que o faça:
Pena - reclusão, de dois a seis anos, se o suicídio se consuma; ou reclusão, de um a três
anos, se da tentativa de suicídio resulta lesão corporal de natureza grave.
Parágrafo único - A pena é duplicada:
Aumento de pena
I - se o crime é praticado por motivo egoístico;
II - se a vítima é menor ou tem diminuída, por qualquer causa, a capacidade de resistência.
Infanticídio

A conduta de ceifar a própria vida não tem roupagem criminosa, o suicídio, mas é
considerada ilícita (não é dizer que é crime).
Suicídio/ autoquiria/ autocídio: sinônimios.
Induzir é criar ideia na cabeça da vítima.
Quando a vítima já tem a ideia na cabeça e a outra pessoa cocncorda com essas ideias, tem-
se a instigação (reforçar a ideia já existente na cabeça da vítima).
Para ocorrer a participação em suicídio, tem que ter o dolo. Uma bricadeira sem seriedade,
não se tem o dolo. Não admite-se a forma culposa.
Independe da vítma consenter porque o bem jurídico tutelado é a vida humana, que é
indisponível.
Princípio da alteridade, não punibilidade da auto lesão.
O art. 122 tem que analisar também que é um tipo misto alternative de conduta variada.
Auxílio é uma conduta acessória. Essa conduta vai ser ocnsiderada na dosimetria da pena, pois é
um crime único.
Auxílio é entegara afaca para que alguém se mate, pois nã pratica o verbo do tipo (matar).
Induzimento, insitgação ou auxílio devem chegar a duas consequências: morte da vítima
(onde responde por participação no suicídio) ou lesão grave. Esse crime não admie tentative. É um
crime condicionado (tem que ocorrer uma ou outra consequência).
Ocorrendo lesão leve, o fato é atípico.
Entregar arma de fogo, e não acontecer morte ou lesão grave, não sera atípico porque cai
no estatuto do desarmamento.
Ainstigação ou enduzimento deve ser direcionado a pessoa determinada.
Tem que ter a eficácia do auxílio. Entregadno o veneno para alguem que quer se matar,
morra, e a vítma more enforcado, não irá responder o agente por participação em suicídio.
Pessoa que se autolesiona, não aplica-se pena.
Participação no suicídio tem que verificar a vítma tem capacidade minima de
discernimento. Sendo a vítma uma criana, tem-se autoria mediante, respondendo o agente por
hoomicídio consumado. Cléber Masson entende ser menor o de 14 a 1 anos; Sanches, menor de
18.
Intervalo de tempo: se for provado que a pessoa se matou em decorrência da ideia,
responde pela participação.
A prescrição começa a corer o tempo da data da consumação e não da ideia dada.
Ambícídio: suicídio a dois. Ex: pacto de morte.

PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO E AMBICÍDIO- ART. 122 (16/02/2017)

- Vítma menor:
1ª Corrente (Nucci e Masson): menor é de 14 a 18 anos, que tem leve capacidade de
dissernimento. Se for menor de 14 anos, teria antão o suicídio.
2ª Corrente (Sanches e Heleno Fragoso): menor seria o menor de 18 anos, e limite deveria
ser verificado no caso concreto.
A doutrina diverge, não tendo prevalência. Zouk vê como uma maior tendência e concorda
com a 1ª corrente.
Diminuída a capacidade de resistência é referente a pessoa maior de 18 anos com a
capacidade de resistência diminuída.
Na embriaguez complete tem-se homicídio com autoria mediata. Para ser a participação
em suicídio tem que ser embriaguez parcial.

-Pacto de morte:
Participação a conduta tem que ser acessória.
Pelateoria objetivo formal, é autor aquele que pratica o verbo do tipo e participle, o que
pratica conduta acessória.
1º: Casal decide fazer pacto de morte e morrer envenenados. Zouk lindo coloca o veneno
na boca de o, que antes de clocar na boca de Zouklindo, passou mal e caiu. Ocorreu homicídio de
Zouktéia. A conduta dele é conduta principal, e não acessória, constitui ato de execução, sendo
assim vai responder por homicídio simples consumado.
2º: Zouklindo colcoa o veneno na boca de Zouktéia que cai no chão, mas sobreviveu. Ele
não ingeriu veneno. Tem-se tentativa de homicídio simples (não pode ser homicídio qualificado
pelo emprego de veneno porque a vítima sabia que ingeria veneno).
Nesses dois exemplos, somente um pratica os atos executórios.
3º: Zouklindo coloca veneno na boca da Zouktéia e ela na boca dele. Ambos sobrevivem.
Tem-se tentative de homicídio simples.
4º: Zouklindo dizz que vai colocar o veneno na boca de Zouktéia e na dele também. Assim
ele faz. Ambos sobrevivem. Quando ele colocou veneno na boca dela, é ato de execução,
respondendo por tentative de homicídio qualificado. O fato de ele mesmo ter colocado na boca
dele, resultando lesão grave, ela responderá por participação em suicídio.
5º: Zouklindo e Zouktéia correm atrás de veneno. Ele toma o veneno que ela conseguiu, e
ela toma o que ele conseguiu. Se ocorrer esão grave em ambos, eles respondem por participação
no suicídio. O mesmo ocorre quando ambos decidem morrer na câmara de gás e ele liga a
mangueira.
No pacto, tem que observer quem pratica atos executórios. Se ambos praticam acessórios:
participação no suicídio se ocorrer morte ou lesão grave. Se ambos praticam atos acessórios, tem-
se o homicídio consumado e suiício.

- RoletaRussa:
Os que se reunem para participar da roleta russa é participação no suicídio para todos se
resultar morte ou lesão grave.
Se durante a roleta, uma das pessoas da roda com a arma na mão, aponta a rma para um
outro clega, acreditando que não está com a munição na agulha, comoeterá homicídio com dolo
eventual porque ele praticou verbo do tipo.

- Duelo Americano:
São duas armas e somente uma está municiada. O útlimo que passa a arma faz o auxílio ao
suicídio.

PARTICIPAÇÃO EM SUICÍDIO E AMBICÍDIO- ART. 122 (17/02/2017)

A pena é duplicada quando a participação visar menor de 14 anos.


Art. 121, §2 do CPB tem a qualificadora incidindo quando o agente emprega veneno.
Na participação do sui´cidio o agente não pode praticar atos executórios.
No exemplo 1 , 2 e 3 do pacto de morte não se aplica a qualificadora do veneno porque é
um meio incidioso, ou seja, nesses exemplos a vítima tinha conhecimento de que era veneno, por
isso deixa de caacterizar meio incidioso.
Algumas substâncias inócuas podem ser consideradas venenos. Por exemplo, Tício sabe
que Maria é diabetic. Sabendo disso, ele dá açúcar em excesso, respondendo Tício por homicídio
qualificado.
Se com uma arma na cabeça a pessoa é obrigada a beber o veneno, não é meio incidioso.
Terá homicídio qualificado pelo meio cruel.
MInistrar glicoes sem saber que pessoa é diabetic, não tem o dolo.
HAvendo atos executórios, responde como autor do homicídio. Havendo somente atos
acesórios, responde por participação no suicídio.

RESOLVENDO QUESTÕES DELTA (22 e 27/02/2017)

CESP- PE 2016: No crime de tráfico de entorpecentes, é cabível a substituição de PPL por


PRD de direitos, bem como a fixação de regime aberto, quando preenchidos requisites legais.
R: CERTO. A vedação da conversão da PPL em PRD do art. 33, §4 e art. 44 foram
consideradas inconstitucional no controle difuso (HC 97.256).
No art. 44, que tambpem foi considerado inconstitucional, menciona também a liberdade
provisória, e sua vedação também foi considerado inconstitucoonal. É possível liberddae
provisória SEM fiança. A LP com fiança é vedada.
FIxação da pena em regime aberto é possível. E a lei de crimes hediondos e equiparados?
STF e ST entende que é possível regime inicial diferenciado d fechado para cumprimento inicial da
pena, poi fere o princípio d aindividualização da pena e da separação dos poderes, pois quem tem
que analizar o regime inicial é juiz, não podendo o legislador usurper essa função.
Tortura é crime equiparado a hediondo. STF, no HC 118.840- ES entendeu que seria
inconstitucinal a obrigatoriedade do início da pena em hediondos e equiparados, mas a 1ª turma
do STF de junho de 2016 que entende que qunado for tortura, é obrigatório iniciar o cumprimento
da pena em regime fechado.
Para STJ, na tortura não há necessidade de iniciar no fechado!

CESP- DF 2013: Na lei de drogas, é prevista como crime a conduta do agente que oferte
drogas, eventualmente e sem objetivo de lucro, a pesoa do seu relacionamento, para juntos
consumirem, não sendo estabelecida distinção entre a oferta dirigida a pesoa imputável ou
inimputável.
R: CERTO. Art. 33, §3. Para enquadrar alguém aqui, tem que ter todos os elementos
reunidos, oferta= eventualidade+ ausência de lucro+ pessoa do relacionamento+ uso em conjunto.
Falta um elemento, é tráfico.
Uso compartilhado: crime de menor potencial ofensivo.
Habitualidade sai do uso compartilhado, cnfigurando então o tráfico.
Ficar atento as questões, mudou um dos requisitos, desconfigura o uso compartilhado.
AUsência de lucro é diferente

CESP- AL 2012: O comércio illegal de drogas envolvendo mais de um estado faz surgir o
tráfico interestadual de entorpecentes, deslocando-se a competência para auração e atuação da
polícia federal, todavia, a competência para processor e julgar o criminoso continua a ser da justice
estadual.
R: A PF pode investigar o tráfico interestadual, o que não desloca a competência para
justiça federal, porque o tráfico continua sendo domestic (tráfico nacional).
No caso de uma prova, em que o delegado federal queira requerer a interceptação
telefônica, o delegado federal pede a interceptaão telefônica para o juiz estadual.
Tráfico internacional, a competência é da JF. Se a droga entra pelo RJ e é apreendida em
SP, a competência é da JF de SP (local de apreensã da droga).
Se a droga vem da Argentina (cloreto de etila) e foi apreendida em SP, mesmo tendo sido
ela pedida do Rio=> Para ter tráfico internacional, a substância tem que ser ilícita do país de origem
e cloreto de etila é permitida na Argentina. Vai ser tráfico nacional.
Não há necessidade de transposição de fronteiras, basta a intenção para caracterizar o
tráfico internacional.
Delegado estadual investigando um tráfico e representou ela interceptção ao juiz estadual
e, foi deferido. No final das investigações chega informação de que o tráfico, desde início, era
internacional. Sendo assim o juiz que deferiu a interceptação seria absolutamente incompetente,
mas, em prova discursiva sustenta-se a legalidade dessa prova, sustentando a teoria do juio
aparente, porque na época que o juiz deferiu a interceptação, aparentava que o tráfico era
domestic, não tendo como o delegado saber que era internacional, sendo assim o juiz era
aparentemente competente.
A interceptação é cabível nos crimes de catálogo ou de listel: puníveis com reclusão.
Tráfico interestadual tem incidência da causa de aumento. Também não basta transport a
fronteira, basta comprovar a intenção.
Para aracterizar a incidência de aumento, a passagem pelas fronteiras tem que ter a venda,
e não comente a mera transpoisção geográfica.
Agente no trnasporte púbico: letra da lei basta que tenha pegue o transporte. Para o STF e
STJ, o agente tem que pulverizar a droga dentro do transporte.

CESP- DELEGADO FEDERAL- 2013: Conforme entendimento pacificado do STJ, a eventual


ilegalidade da prisão cautelar por excesso de prazo para conclusão da instrução criminal deve ser
analisada à luz do princípio da razoabilidade, sendo permitida ao juízo, em hipótese excepcionais,
a extrapolação dos prazos previstos na lei processual penal.
R: Certo.

CESP- PB- 2009: É legalmente vedada a não atuação policial aos portadores de drogas, aos
seus percussores químicos ou a outros produtos utilizados em sua produção, que se encontrem
no território brasileiro.
R: ERRADO. A lei possibilita a não atuação, então não é legalmente vedada (a lei possibilita,
inclusive o flagrante postergado).
Fundamento: Art. 53, II

ZOUK- GO-2017: É atípica, por falta de previsão legal, a conduta daquele que colabora
como informante com grupo, organização ou associação destinados a prática de qualquer dos
crimes previsstos nos arts. 33, caput, e §1 e art. 34, da Lei 11.343/2006.
R: ERRADO. Na lei 6368, a pessoa que colaborava com o crime, pela teoria monista,
responde pela pena cominada na medida de sua cupabilidade, respondendo pelo tráfico. O
legislador, ao criar a lei 11.343, aumentou a pena do tráfico e criou um tipo autônomo para o
colaborador, no art. 37 tem a figura do informante.
Associação para o tráfico não é equiparado a hediondo. Por ser um crime permanente,
permite a prisão do associado sem autorização judicial.
Se um traficante, Tício, resolve ser traficante individual, sem se associar a ninguém.
Encomenda grande quantidde de drogas e pede a Mévio para ficar somente olhando e se a poliica
chegar ele solte fogos, sem ter particpação nos lucros. Tício é preso quando a polícia chega.
Tício não é organização (trficante individual) e nem associação. Mévio somente colabora
com um traficante individual e de acordo com Teoria monista (quem de alguma forma colabora
para o crime, responde na medida de sua culpabilidade), ele teria que responder no art. 33, isso
ofenderia o princípio da proporcionalidade. Chamando a analogia in buona parten, coloca o Mévio
no art. 37.
ZOUK- GO-2017: Segundo o STF, é desnecessária a aferição da pureza da droga para fins
de dosimetria de pena.
R: Correto. Chegou a essa conclusão de acordo com o art. 42 da lei 11.343, que não traz em
seu bojo a purez da droga.
Art. 42. O juiz, na fixação das penas, considerará, com preponderância sobre o previsto no
art. 59 do Código Penal, a natureza e a quantidade da substância ou do produto, a personalidade
e a conduta social do agente.

ZOUK- GO-2017: Segundo STJ, a importação clandestina de semente de maconha, não


amolda-se ao tipo penal do art. 33 da lei 11.343, constituindo o delito previsto no art. 344-A do
CPB (Contrabando).
R: A importação semente de maconha amolda-se ao art. 33; não há de se falar em ato
preparatório; o STJ considera a importação da semente uma material prima.

ZOUK- GO-2017: Segundo STJ, a aplicação da causa de diminuição de pena prevista no atrt.
33, §4, da lei 11.343 não afasta a hediondez do tráfico de drogas.
R: Errada. A súmula 512 foi cancelada, agora o entendimento do STJ está alinhado com o
STF e entende que o tráfico privilegiado não é hediondo.

ZOUK- GO-2017: Segundo o STJ, o laudo preliminar de constatação assinado por perito
criminal, identificando o material apreendido como entorpecente, o qual pode ser identificado
com facilidade através de narcotestes pré-fabricados, constitui exceção a necessidade de laudo
definitivo para materialização do delito de tráfico de drogas.
R: Em regra sim. O laudo preliminar tem que ser assinado por perito oficiall e essa droga
deve ser facilmente identificada. For a isso é necessário laudo definitivo.

CESP- DELEGADO-PF- 2013: Um homem foi flagrado com arma de fogo de uso restrito,
tendo à perícia técnica posteriormente atestado a cabal impossibilidade de o instrument produzir
disparos. Nesta situação, configure-se atípica a conduta de ported arma, não podendo ser
considerado o uso desse artefato para a prática de outra infração como majorante da pena pelo
uso de arma.
R: Correta. Essa arma se equipara a um simulacro.
Simulacro com a aparência de arma de fogo é proibido a importação, sendo configurado o
contrabando.
Arma de pressão (air soft) tem a importação proibida. Não previsto no estatuto do
desarmamento e sim no CP (contraband).
Arma de brinquedo não pode figurar como circunstância majorante do crime de roubo.

CESP- MPAC- 2014: Segundo entendimento consolidado do STJ, a potencialidade lesiva da


arma é um dado dispensável para a tipificação do delito de porte illegal de arma de fogo, pois o
objeto jurídico tutelado não e icolumidade física, mas a segurança pública e a paz social, colocados
em risco com a posse ou o porte de armas.
R: Correta. Porte de arma é crime de perigo abstrato, portanto, basta portar, mesmo que
dismuniciada, para configurar a infração penal.
Porte de arma de fogo ou munição, não há a incidência do princípio da significância.

REVISÃO DE CARNAVAL (24 E 25/02/2017)

Intervenção predisposta da autoridade é o chamado flagrante esperado.


Flagrante forjado/ urgido/ inexistente/ fabricado.
Flagrante preparado/ provado/ delito de ensaio.
Flagrante negativo: a autoridade policial, após a oitvia entende que não há justa causa para
autuar o flagrante. Não tem recolhimento à prisão.
Ex1: Mévia abordou dois policiais que estavam andando e disse que três homens haviam a
abordado om uma faca e levado seu relógio e diz para onde os ladrões teriam fugido. Os policiais
vão atrás, juntamente com Mévia e ela aponta dizendo que é um homem. Não é encontrado
relógio e nem faca com ele e todos são encaminhados à delegacia. O delegado lança mão do art.
304 CPP. Ao ouvir a testemunha, e ela no reconhecimento fotográfico achar o suspeito parecido
com o homem do assalto, não dando certeza. Ouvindo a vítima, também não confirma.
Ex2: O acusado foi reconhecido e com ele achado o relogio da vítima. Art. .304, §1
Retrato falado não é considerado meio de prova. Reconhecimento fotográfico, sim.

TENTATIVA ABANDONADA (05/03/2017)

Art. 14, II CP descreve o crime tentado. O crime vai ser tentado quando o resultado não
ocorre por seguranças alheias a vontade do agente.
A tentativa é verificada qunado da prática dos atos executórios. Não tendo os atos
executórios iniciados, não tem que se falar em tentative.
Ex: Tício queria matar Mévio e fico atrás do poste com uma arma de fogo. A polícia aborda
Tício e pergunta que ele está fazendo. Isso não é tentative, mesmo que ele tenha a intenção de
matar, mas ele não iniciou os atos executórios.
No art. 15 tem a desistência voluntária e arrependimento eficaz. É o que chamamos de
ponte de ouro.
A gente desistir de prosseguir a ação diante dos atos executórios, tem-se a desistência
voluntária. A desistência não precisa ser espontânea.
Quando após os atos executórios, o agente adota uma postura para evitar a execução:
arrependimento eficaz.
Quando está nos atos executórios e ele desista, ele desiste da prática da conduta. Quando
ele desiste dos atos executórios (está na tentativa), temos a tentativa abandonada.
No arrependimento eficaz, o agente adota uma providência e evita a cinsumção do
resultado. Essa providência é adotada após iniciado os atos executórios.
Enquanto não ocorrer a consumação, temos um crime tentado. Quando se fala em
desitência voluntária é uma forma de tentativa abandonada. No arrependimento eficaz, a
providência do agente já é após os atos executórios, tem também a tentativa abandonada.

HOMICÍDIO CONEXIVO X CONTRAVENÇÃO PENAL X CRIME IMPOSSÍVEL (06/03/2017)

O homicídio é um crime repugnante e há maior reprovabilidade quando o agente pratica o


homicídio sem possibilidade de defesa da vítima, ou quando emprega veneno, qunado ateia fogo
nas vítimas.
No homicídio qualificado tem uma pena de 12 a 30 anos e o simples é de 6 a 20 anos.
No homicídio simples, a reprovabilidade da conduta é menor. A reprovabilidade da conduta
é o fundamento para criar as qualificadoras.
Entre as qualificadoras do homicídio, tem a prevista no art. 121, §2, V: para assegurar a
execução ou vantagem de outro crime.

Art. 121. Matar alguem:


Homicídio qualificado
§ 2° Se o homicídio é cometido:
V - para assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou vantagem de outro crime:

Quando racioina no aart. 121, §2 trabalhamos com uma conexão (homicídio em conexão
com outro crime), po isso é chamado de homicídio conexivo.
Essas qualificadoras do inciso V são de ordem subjetiva, estão adstritas a motivação.

- Para assegurar a execução de um crime: Tício quer matar Mévio, grande empresário.
Mévio contratou Paulo para fazer sua segurança. Para matar Mévio, ele acaba matando também
Paulo. O homicídio do Paulo é qualificado. Ele vai responder por homicídio qualificado pela
conexão em relação a Paulo e por motivo fútil em relação ao Mévio.
Ex: Tem o Mévio, grande empresário, Paulo seu segurança e Tício que quer sequestrar o
Mévio. Ele mata Paulo para sequestrar o Mévio. O homicídio do Paulo e qualificado pela conexão.
Essa conexão que ele mata para ter a execução de outro delito chama-se conexão
teleológica. É a motivação de ele ter matado.
Ex: Tìcio matou Paulo para sequestrar o Mévio. Quando ele foi sequestrar o Mévio, ele
desistiu (desistência voluntária) => essa desistência enseja retira a roupagem da qualificadora de
ordem subjetiva do homicídio qualificado pela conexão? Art. 4, CP: tempo do crime considera que
quando ele pratiou o homicídio ele tinha a intenção de praticar o outro delito, por isso a
qualificadora terá incidência sim.
Cuidado que, as vezes a lei pode dar tratamento específico ao caso do agente matar a
vítima para praticar outro delito, aí não deve ser jogado a qualificadora e tratar como o art. 121.
Ex: Mévio quer subtrair o carro do Paulo e ele mata Paulo, a lei tem tratamento específico, o
latrocínio.
- Para asseguar a ocultação de outro crime: Tício matou o Mévio e estava escondendo
corpo. Paulo visualizou. Como Tício não quer que ninguém fique sabendo, ele para ocultar o
homicídio de Mévio, mata Paulo.

- Para assegurar a impunidade do crime: Tício pratica o delito de estupro com a vítima e
para que ficasse impune e não fosse reconhecido, ele mata a vítima. Outro exemplo é matar uma
testemunha de um crime. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.

- Para assegurar a vantagem de outro crime: Tìcio e Mévio praticaram um delito de roubo.
Eles estão com o dinheiro da prática do delito. Para assegurar a vantagem só para ele, Tício decide
matar Mévio. Esse homicídio do comparsa é qualificado pela conexão consequencial.

Obs: Conexão consequencial entra a execução, a impunidade e a vatagem. A conexão


teleológica é somente para assegurar a execução de outro crime (tem a finalidade).

Tício foi comprar drogas na boca de fumo. Chegando ao local ele viu Mévio. Tício lembra
que na semana passada quando foi comprar droga de Mévio, ele vendeu talco e, decide aproveitar
a ocasião para mata-lo.
Ex: Tìcio abordou Mévio e subtraiu seus bens, se retirando do local. Ao sair, Tício lembrou
que Mévio o devia dinheiro e decide voltar e matá-lo. Essa morte não era necessária para
subtração da coisa. Chama-se de homicídio pela conexão ocasional, que não é considerado
qualificado. Tem-se o roubo consumado em concurso material com o homicídio qualificado por
motivo fútil. (Em prova discursiva: conexão ocasional não qualifica o homicídio).

Pedra detoque: O homicídio vai ser qualificado pela conexão teleológica quando o agente
pratica o homicídio para assegurar a execução de outro crime.
Ex: Mévia terminou relacionamento com Tício, que fica perturbando. Mévia contrata Paulo
para fazer a segurança de sua casa. Tìcio, querendo perturbar Mévia, decide matar Paulo para
poder tirar a tranquilidade de Mévia. Tem um homicídio, mas não será qualificado pela conexão
teleológica (ele praticou um homicídio para assegurar a pratica de uma contravenção penal, a de
perturbação da tranquilidade- art. 65 LCP). Princípio da taxatividade e da legalidade, não há de se
falar em analogia in malam partem.
Ex: Tìcio ameaça de morte o Zouk. Zouk contrata Paulo para sua segurança. Zouk mata Palo
para matar o Zouk, entra na casa e atira para matar o Zouk, que já estava morto de parada cardíaca
(crime impossível). Esse homicídio ão é qualificado pela conexão teleológica.
A conexão é sequencial quando se pratica um utro crime para assegurar a ocultação,
impunidade ou vantagem de outro crime.
AMEAÇAS COM EMPREGO DE FORÇAS ESPIRITUAIS X EXTORSÃP (STJ) X TENTATIVA
SUPERTICIOSA OU IRREAL (09/03/2017)

Ex: Mévia está muito doente e começou a buscar a cura para sua doença. Nos jornais Tícia
dizia que fazia trabalho de curas para curar essa doença. Tícia sabe que os trabalhos que realiza
não cura ninguém (está induzindo a erro). Mévia procura Tícia, já induzida a erro, para que seja
curada. Mévia faz o pagamento. Mèvia verificando eu não estava sendo curada, diz a Tìcia que não
pagará mais porque acha que está sendo enganada.
Ao falar que uma pessoa precisando de cura, faz-nos pensar no crime do art. 284,
curandeirismo. Mas se tem intenção de induzir alguém a erro, não é curandeirismo,é estelionato.
Para ter o curandeirismo, a pessoa que faz o trabalho te que acreditar que seja ele capaz de curar
a pessoa.
Curandeirismo é um crime de ação vinculada e habitual.
Curandeirismo é crime vago, tem como sujeito passivo a coletividade.
O agente só responde no curandeirismo, quando ele sem a habilitação ara curar uma
pessoa, ele pratia essas ações do art. 284. O agente acredita que seja capaz de curar alguém.
Art. 284 - Exercer o curandeirismo:
I - prescrevendo, ministrando ou aplicando, habitualmente, qualquer substância;
II - usando gestos, palavras ou qualquer outro meio;
III - fazendo diagnósticos:

De acordo com o exemplo, Tìcia tinha conhecimento que a prática de suas ações não curava
ninguém, assim, induziu Mèvia a erro para obter vantagem econômica=> Estelionato.
Quando Mévia diz que não quer mais os trabalhos de Tìcia por se sentir enganada e manda
ela interrompa os trabalhos, pois não irá mais pagar. Tícia diz que já fez uns trabalhos para filhos
de Mévia e que, portanto, ela a deve 32.000,00 para que ela desfaça o trabalho.
EXTORSÃO- Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o
intuito de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se faça
ou deixar de fazer alguma coisa:
Apesar de no exemplo não ter a violência, tem a ameaça de forças espirituais.
STJ decidiu que ameaça de mal espiritual, em razão da garantia da liberdade religiosa, não
pode ser considerada inidônea ou inacreditável. Para vítima e boa parte do povo brasileiro existe
a crença em forças sobrenaturais. Não há de se falar que sejam fantasiosas. Configura sim grave
ameaça a ensejar a elementar do art. 158. Resp. 129.9021

Quanto à grave ameaça, o STJ tem externado posicionamento bastante extensivo. STJ
entendeu num julgado recente que ameaça de destruir patrimônio configura grave ameaça para
caracterizar a extorsão.
Ex: Tício subtraiu veículo do Mévio, mediante violência, tendo um roubo. Depois Tício liga
para Mévio dizendo que roubou o carro dele e que só devolve se Mévio realizar o pagamento de
determinada quantia e que se ele não der, ele destruirá o veículo.
Ex: Um flanelinha que diz se Joã não der dinheiro irá amassar seu veículo, para o STJ tem a
grave meaça e configurada a extorsão.

Tentativa irreal/ supersticiosa: tem dois posicionamentos:


- Não configura crime impossível porque o crime impossível tem que analisar o meio. (Ex:
Um palito em relação a um adulto não pode provocar sua morte, é impossível, mas para um recém-
nascido,não).
- Configura crime impossível.
Ex: É um agente querendo matar Mévio e ele faz um ‘trabalho’ por acreditar nas forças
espirituais.
Não há de se enquadrar a conduta do agente na tentativa por esse meio jamais chegará a
um resultado.
Força sobrenatural apesar de configurar grave ameaça, não materializa atos de execução
para ensejar uma tentativa. Por isso chamado de tentativa supersticiosa. O meio é ineficaz.
FRAUDES EM CERTAME DE INTERESSE PÚBLICO- ART. 311-A, CPB (16/03/2017)

Art. 311-A. Utilizar ou divulgar, indevidamente, com o fim de beneficiar a si ou a outrem,


ou de comprometer a credibilidade do certame, conteúdo sigiloso de:
I - concurso público
II - avaliação ou exame públicos;
III - processo seletivo para ingresso no ensino superior; ou
IV - exame ou processo seletivo previstos em lei
Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1o Nas mesmas penas incorre quem permite ou facilita, por qualquer meio, o acesso de
pessoas não autorizadas às informações mencionadas no caput
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à administração pública:
Pena - reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
§ 3o Aumenta-se a pena de 1/3 (um terço) se o fato é cometido por funcionário público.

Tipifica a conduta a fraude em certames de interesse público.


É um crime de médio potencial ofensivo, não se submetendo ao rito da lei 9099, mesmo
assim é possível aplicar o art. 89 (suspensão condicional do processo), porque o requisito de tal
medida é de que a pena mínima não seja superior a um ano.
Como foi criado esse tipo penal? A lei 12.550/2011 autorizou o poder executivo a criar uma
empresa pública chamada empresa brasileira de serviços hospitalares (fenômeno da hipertrofia
do direito penal, onde o legislador está desesperado para dar uma satisfação à sociedade,
aproveitou essa lei e encaixou o art. 311).
Existia um procedimento que uma pessoa tomava conhecimento do gabarito das quetões
e através de ponto eletrônico passava a resposta para quem estava fazendo a prova. Essa questão
chegou ao STF, e o MP estava tipificando no art. 171 e 299 do CPP. STF firmou jurisprudência que
seria analogia in malan partem a cola eletrônica. O legislador, às pressas, aproveitou a lei 12.550
e encaixou o art. 311 (tipificando uma conduta para dar uma resposta à sociedade).
Essa questão da cola eletrônica é discutida. Será que alguém passar o gabarito para uma
pessoa configura o art. 311? Rogério Sanches acha que depende, pois se uma pessoa que tem
acesso ao gabarito pronto e passa para quem faz a prova, configura o art. 311-A; mas se algúem
entra no local de prova, realiza a prova e pega as respostas e passa através do ponto eletrônico, o
fato é atípico. Zouk, fazendo uma análise teleológica, discorda. Para Zouk, as informações que o
concurseiro coloca em seu caderno de prova já é sigiloso; só não vai ser sigiloso quando os dois
saem do local de prova e lá fora um passa o gabarito ao outro.
O objeto jurídico tutelado é a fé pública.
Objeto material: o primeiro é o concurso público; exame público (inciso II); provas de
vestibular.

Ex: Mévio está no terceiro período da faculdade, pega o gabarito da prova no armário do
professor e divulga para seus amigos. Divulgação de gabaritos de avaliações periódicas do corpo
discente não entra nesse artigo.
Inciso IV, ex: prova da ordem.

O tipo pena tem dois verbos, sendo misto ou alternativo: divulgar e utilizar.

Ex: Se Mévio descobriu o gabarito oficial da CESPE e divulgou para Zou que estava
realizando o concurso ara delegado. Zouk pega o gabarito, mas não utiliza porque não quer, é fato
atípico para ele porque o verbo fala utilizar!
Quem divulga e quem utiliza agem em concurso, segundo a teoria monista.
-É um crime de forma livre, não exige uma forma exata de passar o gabarito.
Conteúdo sigiloso é qualquer informação secreta ao público em geral.

- É elementar do tipo penal: ‘indevidamente’. A divulgação tem que ser indevida.


Ex: Ocorreu um concurso realizado pela Cespzouk. A cespezouk mandou a lista dos
aprovados para outra cidade, e um servidor não esperou a publicação no DO e saiu publicando. A
divulgação antecipada da lista de aprovados não é considerada conteúdo sigiloso.

-Sujeito ativo: é um crime comum, podendo ser qualquer pessoa.


Se for cometido por funcionário público, recebe uma pena maior. O funcionário público
tem que lançar mão das facilidades do cargo, comprometendo seu dever funcional.
Ex: Um delegado que está na banca, consegue informação do gabarito e passa ara Mévio.
Ele irá responder pelo art. 311-A com o aumento de penda.

- Elemento subjetivo do tipo: agente tem que agir com dolo. É um dolo específico, a fim de
beneficiar-se, a si ou a outrm, ou comprometer o certame.

O art. não admite forma culposa.


Ex: Zouk é delegado e faz parte da banca. Levando o gabarito para casa, para em um bar
para omar cerveja, derruba o gabarito e o mesmo é divulgado. Essa conduta é atípica para ele, pois
sua conduta é culposa.
Ex: Tício passa o gabarito para Mévio durante prova. Mévio fica nervoso e errou tudo. Ele
utilizou o gabarito, mas nã se beneficiou. Por ser crime de resultado formal/de resultado cortado,
entra no artigo. Basta que tenha a consumação para uma das pessoas. No caso, Tício já divulgou
(fato típico), se a outra pessoa utilizou (fato típico), se ela não utiliza por cirscunstâncias alheias a
sua vontade tem a tentativa.
O crime admite tentativa. Ex: Tício passa o gabarito para Mévio por email. A polícia grapeia
o email antes de Mévio ter acesso. Isso é a tentativa.
Ação penal é pública e incindicionada.
O caput é um crime de médio potencial ofensivo, cabendo portanto, suspensã condicional
do processo.
O §1° trata da figura equiparada. Isso é obvio porque adota-se a teoria monista e, se ele
colabora para a prática do delito, irá responder nas penas do delito na medida de sua
culpabilidade.
Há uma discursão quanto ao sujeito ativo do art. 311-A, pois parte da doutrina entende
que é um crime próprio, somente pratica o delito quem tem o dever de guarda da informação
sigilosa. Noutro giro, parte da doutrina (Cléber Masson) entende que não há que se falar em crime
próprio porque o legislador não mudou a pena.
§2° traz a qualificadora. Ocorre sempre essa tipificação quando é anulado qualquer
concurso público, pois sempre haverá o prejuízo para administração pública.
Ex: Tício fraudou o vestibular de uma niversidade privada (art. 311-A, III). Para Tício pode
ser aplicado a qualificadora de dano a adm. pública? Não!
A doutrina aponta que se o funcionário público pratica a conduta de faude em concurso
público e recebe dinheiro para isso, além do delito do art. 311-A, responderá também pela
corrução passiva. (Cléber Masson).

No art. 325 tem o delito de violação de sigilo funcional. Ele é um crime subsidiário.
Violação de sigilo funcional

Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do cargo e que deva permanecer
em segredo, ou facilitar-lhe a revelação:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais
grave.
§ 1o Nas mesmas penas deste artigo incorre quem:
I – permite ou facilita, mediante atribuição, fornecimento e empréstimo de senha ou
qualquer outra forma, o acesso de pessoas não autorizadas a sistemas de informações ou banco
de dados da Administração Pública; (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)
II – se utiliza, indevidamente, do acesso restrito.
§ 2o Se da ação ou omissão resulta dano à Administração Pública ou a outrem:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e multa.
A competência para julgar os delitos de fraude vai depender: se for fraude em concurso
federal, será da Justiça Federal; se for da polícia civil, será da Justiça Estadual. Tem que olhar a
ofensa ao bem jurídico.

AÇÕES PENAIS E INQUÉRITOS POLICIAIS EM CURSO X TRÁFICO PRIVILEGIADO-STJ


(17/03/2017)

A lei 11.343 inovou, trazendo uma causa de diminuição para o traficante de primeira
viagem, inicial. Considera esse traficante quando ele reunir cumulativamente: ser primário, de
bons antecedentes e não integrar atividade criminosa e nem se dedicar a ela. É o tráfico
privilegiado.
A lei 6368;76, aquele que ostentava condições de primário e bons antecedentes não
recebia esse benefício da causa de diminuição. A lei 11.343 aumentou a pena do tráfico, mas
trouxe esse benefício para o traficante privilegiado.
Entre esses requisitos, o de o agente não poder se dedicar a atividade criminosa:
Ex: Tício está respondendo por tráfico de drogas e a defesa diz que ele tem direito a
diminuição de pena por apresentra todos os requisitos. O juiz verificou que Tício tem diveros IP e
ações penais em curso e os considerou para afastar o benefício.
Pode considerar ações penais e IP em curso para identificar que a pessoa se dedicaa
atividade criminosa? E o princípio da presunção de inocência?
Essa questão é divergente no TJ. A 5 ª turma entende que seja possível utilizar IP e ações
penais em andamento para afastar a causa de diminuição. Por sua vez, a 6ª turma entende que IP
e AP não podem ser considerados para indicar a atividade criminosa do agente. Foi evado à 3ª
sessão do STJ essa divergência através de embargos de divergência no recurso especial 1431091-
SP (publicado dia /01/02/2017). A 3ª sessão entendeu que o benefício deve ser conhecido para
quem realmente merece, restringindo sua aplicação. Entendeu também que IP e AP em curso não
podem ser considerados como maus antecedentes na órbita das circunstâncias judiciais quando
da análise da dosimetria da pena (para fins de aumentar a pena base). Que nesse caso não está
sendo analisado para aumentar a pena base e sim para afastar o benefício e que o princípio da
presunção de inocência não pode ser interpretado de forma absoluta.
Segundo STJ é possível a utilização de IP e ações penais em curso para formação da
convicção de que o réu se dedica a tividade criminosa, de forma a afastar o benefício legal previsto
no art. 33, §4 da lei 11.343.
Hj, STJ e STF, consideram que tráfio privilegiado não tem a rouapgem dos crimes
equiparados hediondo. Súmula 512 foi cancelada.

REITERAÇÃO DOS ATOS INFRACIONAIS GRAVES X INTERNAÇÃO (MUDANCA 6 TURMA


STJ) – 18/03/2017

Art. 121 ECA: A internação constitui medida privativa da liberdade, sujeita aos princípios de
brevidade, excepcionalidade e respeito à condição peculiar de pessoa em desenvolvimento.
§ 2º A medida não comporta prazo determinado (na sentença), devendo sua manutenção
ser reavaliada, mediante decisão fundamentada, no máximo a cada seis meses.
§ 3º Em nenhuma hipótese o período máximo de internação excederá a três anos.

Entre os parágrafos 2 e 3 parece haver um contrassenso. Esclarecendo, §2 quer dizer que


o juiz, ao aplicar a internação, ele não pode dizer que adolescente vai pegar um tempo
determinado de internação, ele apenas submete o infrator à internação, e a cada 6 meses será
feita uma reavaliação. A internação não comporta prazo na sentença.
Pedra de toque:No art. 122 tem as possibilidades de plicação da internação, em ro taxativo.
Art. 122. A medida de internação só poderá ser aplicada quando:
I - tratar-se de ato infracional cometido mediante grave ameaça ou violência a pessoa;
II - por reiteração no cometimento de outras infrações graves;
III - por descumprimento reiterado e injustificável da medida anteriormente imposta.

Ex: Tício menor de idade, nervoso, pega um ferro e com violência quebra o carro de Mévio.
Praticou ato infracional análogo ao crime de dano. Vai ser submetido a internação? Não, porque
o art. 122 diz que é grave ameaça ou violência a pessoa.

Internação provisória (antes da sentença) não pode ultrapassar 45 dias.


Internação como medida sócio educativa, que é submetida a adolescente no final do
procedimento, com contraditório, que não pode ultrapassar 3 anos.
Internação sanção (inciso III) que não pode ultrapassar 3 meses.
No incisi III: há necessidade da prática de trê atos? Há conflito entre as turmas do STJ. 5ª
turma do STJ e o STF majoritariamente, entedem que não há necessidade da prática de três atos.
A 6ª turma do SJT, em 2014, entendima que haveria sim a necessidade de três atos, mas mudou
de posição e se filiou à 5ª turma do STJ e com o STF.
ECA afasta a concepção criminal dos seus procedimentos, porque a função é a proteção e
educação da criança e adolescente. Então, raciocinar com a necessidade da prática de mais de dois
atos, estaria instituindo a reincidência no procedimento dos atos infracionais. Reincidência é
instituto penal. Nada obsta da aplicação da medida de internação logo após o segundo ato. A
reiteração pode resultar do próprio segundo ato.

LATROCÍNIO (PLURALIDADE DE MORTES) X STJ E STF

Art. 157 - Subtrair coisa móvel alheia, para si ou para outrem, mediante grave ameaça ou
violência a pessoa, ou depois de havê-la, por qualquer meio, reduzido à impossibilidade de
resistência:
§ 3º Se da violência resulta lesão corporal grave, a pena é de reclusão, de sete a quinze
anos, além da multa; se resulta morte, a reclusão é de vinte a trinta anos, sem prejuízo da multa.

É considerado crime hediondo.


A resultância for de lesão corporal grave não é considerado hediondo.
Cuidado que na prova aparece que Tício aponta a arma para Mévio para subtrair o veículo.
Mévio diante do susto, acaba morrendo. Como a vítma morreu, na sua cabeça entra o latrocínio.
Muito se pensa em aplicar a súmula 610 STF, quando há uma subtração tentada e uma morte
tentada, quando irá considerar ol atrocínio consumado. Cuidado! Para que entenda que é
latrocínio, a morte tem que decorrer da violência e, não da grave ameaça. Apontar a arma não
tem latrocínio, isso é uma grave ameaça. Poderíamos ter uma tentativa de roubo+ homicídio em
concurso formal. Se a vítima tinah certa idade, ele ainda pode responder por homicídio doloso
porque ele assume o risco.
Latrocínio e crime contra patrimônio, logo, a competência é do juiz singular.
Súmula 610: Há crime de latrocínio, quando o homicídio se consuma, ainda que não realize
o agente a subtração de bens da vítima.
Subtração Tentada +morte consumada= latrocínio consumada.
Subtração tentada +morte tentada= latrocínio tentado.
Subtração consumada+ morte tentada= latrocínio tentado.
Subtração consumada + morte consumada= latrocínio consumado.

Ex: Tício aborda Mévio com arma de fogo. Subtrai seu veículo e reconhece Mévio ao
comprar droga em sua boca de fumo e não ter pagado. Em decorrência dessa dívida, Tício atira em
Mévio. A morte não foi para facilitar a subtração. Tem-se roubo consumado e um homicídio pela
conexão ocasional. Esse homicídio seria qualificado por ser considerado conexivo?
A conexão qualifica o homicídio, mas a conexão teleológica ou consequêncial. A conexão
ocasional não qualifica o homicídio. Nesse caso ele não vai ser qualificado pela conexão, mas não
será simples, será qualificado pelo motivo torpe.
Por ser o latrocínio um crime contra o patrimônio, será que a cada morte contará como um
crime de latrocínio? Não, tem que verificar quantos patrimônios existem.
Ex: Tício entra na residência de u casal, e para subtração do patrimônio deles ele mata
marido e mulher, isso e somente um latrocínio, pois, subtraiu somente um patrimônio e a
quantidade de morte vai para dosimetria da pena. Posicionamento do STJ no HC 86005 SP.
Se forem subtraídos dois patrimônios e ele mata os dois donos dos dois patrimônios, tem
dois latrocínios.
Se o agente entra na casa para subtrair patrimônio do casal, e para isso mata o casal.
Subtraindo televisão, som e as alianças. Tem uma divergência nesse caso, porque o STJ entende
que a aliança é patrimônio individual, sendo caracterizados dois crimes de latrocínio. O STF
Entende que tem que ser analizado a intenção do agente, que queria subtrair o patrimônio do
casal, e isso que tem que srer levado em consideração, sendo somente u crime de latrocínio.
Dia 08/11/2016 chegou um caso concreto na 1 turma do STF, onde o agente teria praticado
cárcere privado e latrocínio de duas vítimas + ocultação de cadáver. Recurso em HC 133575. Marco Aurélio
entendeu que memso com pluralidade de mortes deveria ser considerado crime único e não
concurso formal impróprio. Divergindo desse entendimento, o ministro Roberto Barroso e Rosa
Veiber entendem que o agente deve responder por dois crimes de latrocínio em concurso formal
impróprio.
O ministro Luis Fux pediu vista dso altos
No dia 21/02/2017, a 1ª turma concluiu o julgamento, e Fux deu entendimento que assistia
razão o relaor Marco Aurélio, sendo o latrocínio um crime complexo e a pluralidade de mortes é
insuficiente para indicar que há concurso formal impróprio ou imperfeito de crimes, tendo que
levar em consideração o patrimônio. Não há de se falar em responder por diversos latrocínios
considerando apenas a pluralidade de mortes. HC 133575/PR.
Para o STJ, a pessoa que sai para praticar um delito de roubo com outa pessoa que sabe
portar arma de fogo, tem o domínio do fato e não há de se falar em desvio subjetivo de condulta
ou colaboração dolosa distinta. O comparsa assume o risco do resultado mais grave. Não tem
como ‘jogar’ no art. 29, §2 CP:
Art. 29 - Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este
cominadas, na medida de sua culpabilidade.
§ 2º - Se algum dos concorrentes quis participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a
pena deste; essa pena será aumentada até metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado
mais grave.
Para o STF é dolo eventual.
Teria colaboração dolosa distinta e desvio subjetivo de conduta se, dois agentes entram
numa residência e um, na posse de ara de fogo. Se na residência, um entra no quarto da vítima e
pratica crime sexual, não há de se falar em domínio final do fato em relação ao crime sexual. Não
era previsível o crime de estupro nessa situação.
CESPE vai colocar dois comparsar agindo e um realizando o disparo. Pergunta se os dois
respondem por latrocínio? Sim, para o STF o comparsa, mesmo não portando arma de fogo, ele
assume o domínio final do fato. O comparsa age com dolo eventual.

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