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Traumatismo Crânio Encefálico

Prof. Douglas Monteiro – Fisioterapia Aplicada à Neurologia


TCE
Patologia que compromete as funções cognitivas,
físicas, psicossociais, emocionais e vocacionais.

Conceito:
Lesão craniana traumática é uma agressão ao cérebro, não
de natureza degenerativa, infecciosa ou congênita, mas
causada por uma força física externa, que pode produzir
um estado diminuído ou alterado de consciência, que
resulta em comprometimento das habilidades cognitivas,
do funcionamento físico, comportamental ou emocional
de uma pessoa.
Epidemiologia

- 10% dos indivíduos com TCE morrem antes da


chegada ao hospital

- 5 a 10% dos TCE estão associados


a déficits permanentes
Profª Dayanna Ximenes – Fisioterapia Aplicada à Neurologia
Profª Dayanna Ximenes – Fisioterapia Aplicada à Neurologia
Fisiopatologia
• Lesão cerebral Primária
- Trauma direto ao cérebro e vasos
- Lesão neuronal com eventual morte neuronal
Ex: Fratura de crânio, contusões, lacerações da
substância cinzenta, lesão axional difusa (substância
branca)

• Lesão cerebral secundária


- Amplificação do processo primário
- Agravamento da mortalidade/incapacidade
permanente
Ex: os hematomas intracranianos e a tumefação
cerebral;
Profª Dayanna Ximenes – Fisioterapia Aplicada à Neurologia
Profª Dayanna Ximenes – Fisioterapia Aplicada à Neurologia
Profª Dayanna Ximenes – Fisioterapia Aplicada à Neurologia
Avaliação do paciente
Objetivos:
• Conhecer o paciente
• Planejar o tratamento
• Guiar o tratamento
Como Avaliar
• Observação Imediata
• Avaliar as condições anteriores ao trauma
• Avaliação muscular e articular
• Avaliação do tônus
• Avaliar o movimento
• Avaliar reações de equilíbrio, endireitamento
e proteção
• Avaliar marcha
Lesão cerebral Aguda
• Não há quadro típico clinico de imediato;

• Admissão no hospital: - Ressucitação


- Avaliação das V.Aéreas
- Aspiração

• Neurocirurgia  diminuir edema  PIC


Função Respiratória – fase aguda

• Controle da respiração é complexo


Erro e conduta = Hipóxia e hipercapnia
• Aumento na PIC: - Coma, Desequilíbrio na PA, Pupilas dilatadas
e Hipóxia

Fisioterapia: - Assegurar ventilação pulmonar


adequada
- Higiene Bronquica
- Monitorização da PIC
- Prevenção de contraturas
Fisioterapia
• Quando e como atuar:
- Programa Sensório-Motor
- Rancho Los Amigos

Fases:
1. Despertar – I, II e III [coma, respostas inadequadas]
2. Adequar – IV, V e VI [estado de confusão]
3. Reorganizar – VII e VIII [restauração das funções cognitivas]
1. Níveis I, II e III
Despertar - [coma, respostas inadequadas]

• Estimulação sensorial
• Buscar sinais de comunicação
• Utilizar único código

Necessário tempo para respostas


Retorno a funções fisiológicas
2. Níveis IV, V e VI
Adequar - [estado de confusão]

• Agitação, confusão e inapropriação

IV: Confuso e agitado


V: 5 min de atenção – aumentar período de
atenção e diminuir inadequação
VI: Geralmente o paciente consegue de 20 a 30
min de atenção, depois entra em fadiga e o
rendimento cai.
3. Níveis VII e VIII
Reorganizar

• Preparar o paciente para voltar à sociedade


• Desenvolver raciocínio, julgamento e
planejamento
Fase Tardia - + de 2 anos de lesão

• Mudanças no quadro motor

• Ganho de equilíbrio
• Melhora da postura

• Acompanhamentos periódicos

• Orientação familiar
Importante:

• Motivação do terapeuta e paciente


• Sensação de movimento
• Feedback correto
• Paciência

• Movimentos mais lentos


• Iniciar com movimentos fáceis
• Deixar o mais ativo possível.
Como influenciar o tônus
• Padrões de inibição reflexa
• Movimentação das partes proximais (pontos
chaves)
• Movimento passivo, assistido e ativo livre

• Movimento de rotação de tronco


• Transferência de peso
• Tappings
• Co-contração
Importante
• Equipe Interdisciplinar
• Suporte da família
• Colaboração e motivação do paciente
“Cada segundo é tempo para mudar tudo para sempre.”
Charlie Chaplim.

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