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DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE

GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

2019
DESAFIOS E POSSIBILIDADES DA IGUALDADE DE
GÊNERO NO ESPAÇO ESCOLAR

Trabalho apresentado ao Curso (nome do curso) da


UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a
disciplina [Nome da Disciplina].

Orientador: Prof.

2019
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 3
1.1 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA ............................................................................ 4
1.2 INFLUÊNCIA DOS AMIGOS ............................................................................ 5
1.2.1 INFLUENCIA POSITIVA ............................................................................... 6
1.2.2 INFLUENCIA NEGATIVA .............................................................................. 6
1.3 DIREITO À IGUALDADE DE GENERO............................................................ 7
1.4 CAMINHO PARA EFETIVAÇÃO DO DIREITO NA ESCOLA ........................... 8
2 CONCLUSÃO .................................................................................................... 10
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11
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1 INTRODUÇÃO

No processo de construção das identidades, merece destaque o

papel da interação social, por permitir a identificação do indivíduo como masculino

ou feminino, mediante o contato com os significados referentes ao masculino e ao

feminino, presentes na cultura. Em uma determinada cultura, existem feminilidades e

masculinidades hegemônicas, que estabelecem padrões nos quais se instituem o

que é ser homem e o que é ser mulher (Meyer, 2000). Isto é, expectativas e normas

que orientam o indivíduo quanto às características, aos comportamentos, às

atividades, femininas e masculinas. A heterossexualidade é um exemplo disso,

sendo um significado comumente associado tanto a ser homem quanto a ser mulher

(Latham, 2006; Santos & Silva, 2008; Sefton, 2006). A força desses significados se

deve ao pesado investimento que lhes é feito por instituições como família, escola,

mídia, lei, que reiteram as identidades e práticas hegemônicas, fortalecendo-as.

A escola é um espaço social de formação dos sujeitos e

desempenha um papel primordial na vida de seus alunos. Cabe a ela uma atenta

observação do cotidiano escolar, ouvindo as demandas dos alunos, e acolhendo os

sujeitos em suas inquietações e frustrações. Para que escola conclua seu objetivo é

necessário ampliar e aprimorar o conhecimento de todos os envolvidos no processo

educativo (professores, alunos e comunidade escolar).

O estudo sobre questões de gênero, possibilita a compreensão das

formas de desigualdade social e educacional, que diversas vezes são reproduzidas

no ambiente escolar. Esta compreensão oportuniza a reflexão sobre os significados

das relações entre homens e mulheres presentes em nossa sociedade.


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2 DESENVOLVIMENTO

2.1 IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

Nas doutrinas sociológicas, a família é a agenda mais importante da

personalidade em ação, afeta todos os aspectos diretos e indiretos, inclusive o sono

e outros impactos de expressão, pureza, etc. A família é um fator em que a criança

gasta mais no começo, afetando a criança. desenvolvimento. O ser humano nasce

como sociológico humano, embora exista certa predisposição ou nasça para se

tornar um ser social para compreender sociologicamente o que criou no social. O

impacto da família é a comunidade principal, porque é o primeiro grupo humano

mais importante e mais próximo. É o protótipo de qualquer outra comunidade, social,

porque a família colocou conexões permanentes, emocionalmente próximas e

versátil solidariedade entre os membros. A família criada pelo estabelecimento de

um casamento entre um homem e uma mulher, em que nascem os filhos e continua

sendo a estrutura formal do reagrupamento familiar. É o grupo principal e a

comunidade íntima, ao mesmo tempo que transforma a instituição social em uma

sociedade um pouco maior (Mitrovic, 1995).

Os problemas da educação são bastante difíceis, em diferentes

estágios do desenvolvimento do adolescente, para tocar no papel da família especial

e insubstituível na educação da geração mais jovem. A educação familiar é tão

antiga quanto a própria família. Ele há muito tempo existia no passado distante da

educação científica. Ainda hoje, essa educação é feita por muitos pais, educados ou

não, sem conhecer a ciência da educação, mesmo em alguns casos, educando as

crianças melhor do que aqueles que conhecem essa ciência. A família desempenha
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um papel importante para o indivíduo porque, através dela, a criança entra na

sociedade gradualmente se torna um elemento da civilização. Alimentações

familiares e outros materiais para atender às exigências espirituais de mostrar um

cuidado especial a eles. A atmosfera familiar afeta crianças e adolescentes de várias

maneiras, formando seus próprios traços de personalidade, atitudes que mantêm os

outros, ao trabalho, propriedade, sociedade etc. As relações e a cooperação entre

os membros da família contribuem para a criação de novas relações familiares, o

grau de abertura ou outras atitudes, atitudes em relação aos membros da família

pertencentes ou em sua sociedade. O adolescente da primeira infância conhece

apenas o estilo de vida dos pais. Alguns anos depois, ele irá atrás da vida dos pais.

Alguns anos depois, ele irá atrás dos exemplos seguintes influenciarem os outros. A

criança renuncia a parte de seu desejo de honrar as regras da família e da

sociedade, mesmo quando não gosta dessas regras. Ele tem medo de não se

candidatar porque pode destruir os pais da mortalha, mas há momentos em que a

personalidade dos adolescentes oscila, mantendo dentro da personalidade seu outro

"eu", o que se torna ainda mais selvagem quando ele passa a entender melhor a

dualidade da personalidade dele (Kraja, 2008). Sabe-se que a casa não se

transforma em sala de aula, não há processo organizado para tudo, geralmente está

na escola no momento do processo de aprendizagem.

2.2 INFLUÊNCIA DOS AMIGOS

Os amigos podem ter um efeito positivo ou negativo nos

adolescentes, dependendo dos comportamentos que exibem. Embora os pais

possam desejar dar a seus filhos a independência que ela deseja, esforçar-se para

encontrar um equilíbrio entre dar demais ou dar pouco pode ser um desafio. Se você
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perceber que os amigos dela são menos do que atraentes aos seus olhos, talvez

seja necessário não intervir na amizade. Os anos da adolescência são quando as

crianças são mais facilmente influenciadas por seus amigos. Enquanto isso, use as

conseqüências quando forem quebradas as regras que pertencem aos amigos e

aumente a supervisão dos pais, conforme necessário.

2.2.1 INFLUENCIA POSITIVA

Os amigos que o adolescente escolhe podem ter uma influência

positiva no comportamento dele. Segundo Ulene, os adolescentes que passam

tempo com amigos que influenciaram positivamente na obtenção de boas notas,

fazem parte do governo estudantil ou de outras atividades organizadas e evitam

substâncias nocivas, como drogas e álcool, geralmente ficam sem problemas. Os

adolescentes geralmente querem se relacionar com seus colegas e impressioná-los.

Por exemplo, se o adolescente faz parte de um grupo que fica impressionado com

as notas dele, ele provavelmente continuará com o bom trabalho para sentir que se

encaixa nos colegas.

2.2.2 INFLUENCIA NEGATIVA

Adolescentes que passam tempo com amigos que exibem

comportamentos prejudiciais podem encontrar a influência negativa que os afeta. É

preocupante para os pais quando os amigos de seus filhos adolescentes fumam,

bebem, usam drogas ilegais ou legais, preocupam-se excessivamente com a

imagem corporal ou exibem comportamento prejudicial. Esses comportamentos têm

o potencial de se espalhar por grupos de amigos. De fato, a atividade cerebral de


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uma adolescente quando ela estava sozinha e quando sabia que seus amigos

estavam assistindo é diferente, de acordo com um estudo da Temple University

relatado no artigo do New York Times, "Adolescentes, amigos e decisões ruins". O

estudo constatou que fazer com que os adolescentes assistissem a seus amigos

sem nunca coagi-los aumentava o risco e o mau comportamento.

2.3 DIREITO À IGUALDADE DE GENERO

A igualdade de gênero é descrita no primeiro inciso do Artigo 5º da

Constituição Federal de 1988. No meio jurídico, esse conceito está inserido no

Princípio da Igualdade, também conhecido como Princípio da Isonomia.

O primeiro inciso do artigo 5º da Constituição Federal trata do que

chamamos de “igualdade de gênero”. Ou seja, prevê que todas as pessoas,

independentemente de seu gênero, são iguais sob a ótica da Constituição. Isso quer

dizer que todas e todos devem ter os mesmos direitos, oportunidades,

responsabilidades e obrigações. Esse inciso é tão importante que é considerado um

direito fundamental, indispensável à cidadania, à sociedade e ao Estado brasileiro.

Art.5º, I, CF – “Homens e mulheres são iguais em direitos e


obrigações, nos termos desta Constituição;”
Para compreender o inciso I e a igualdade de gênero prevista nele,

precisamos antes entender o Princípio da Igualdade, ou Princípio da Isonomia. Para

isso, é necessário retomar a leitura do Caput do Artigo 5º e compreender o conceito

de igualdade definido por ele.

O caput do artigo 5º diz o seguinte:

“Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,


garantindo-se aos brasileiros e residentes no País a inviolabilidade do
direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade,
nos termos seguintes;”.
Essa igualdade de que trata o caput deve ser entendida tanto como
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igualdade formal, ou seja, a garantia de que todos os cidadãos e residentes no país

devem receber tratamento idêntico perante a lei, quanto como igualdade material,

que abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades

devem ser levadas em conta em busca de um balanceamento ideal. Dessa forma,

cabe ao Estado a função de promover o combate a desigualdades, determinando

políticas que levem em consideração as especificidades de grupos sociais

diferentes.

É, então, justamente a partir dessas ideias de igualdade formal e

igualdade material que se deve ler o inciso I. Isso é dizer que a igualdade de gênero

não ignora a existência de diferenças entre homens e mulheres, mas sim afirma que

o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa. O que a igualdade de

gênero propõe é que o gênero não deve ser um critério de discriminação negativa,

ou seja, que o gênero não pode ser a causa para que se reconheça a uma pessoa

menos direitos ou mais obrigações. Isso significa dizer que a igualdade de gênero

abraça a ideia de que os indivíduos são diferentes e que essas particularidades

devem ser levadas em consideração a fim de garantir que, independentemente de

seu gênero, todas as pessoas tenham as mesmas oportunidades para se

desenvolver, com suas ações e vozes sendo valorizadas igualmente.

2.4 CAMINHO PARA EFETIVAÇÃO DO DIREITO NA ESCOLA

A educação pode desempenhar um papel fundamental,

apresentando às crianças oportunidades iguais. No entanto, isso pode colidir com a

realidade que as crianças conhecem e veem em casa e na sociedade em geral.

Portanto, é essencial cultivar ferramentas críticas que permitam às crianças desafiar

atitudes tendenciosas por gênero.


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Onde a educação não aumenta, ou não se vê, aumentar as

oportunidades para as meninas, a lógica para enviar meninas para a escola é

significativamente comprometida. No Egito, um estudo mostrou que, em pelo menos

50% dos casos analisados, a decisão de não enviar meninas para a escola foi

fortemente influenciada pela visão de que a educação não garante emprego. Essa

percepção parece coincidir com estudos econômicos que mostram que o mercado

de trabalho pode realmente punir a educação das meninas. O UNIFEM concluiu que

os salários médios das mulheres são inferiores aos dos homens em todos os países

onde há dados disponíveis (UNIFEM, 2000, p. 92).

A educação pode atuar como um multiplicador da oportunidade de

realizar outros direitos humanos (particularmente saúde e emprego, e também o

direito à igualdade entre os sexos). Onde não é esse o caso na prática, os objetivos

da educação estabelecidos nas normas internacionais de direitos humanos não são

maximizadosnotavelmente, a educação deve garantir o 'pleno desenvolvimento da

personalidade humana' e 'permitir que todas as pessoas participem efetivamente de

uma sociedade livre'.

Uma maior apreciação da dimensão de gênero em cada um dos

componentes do direito à educação ajudaria ainda mais esses objetivos

educacionais. Os governos têm sido rápidos em fazer promessas políticas para

promover a igualdade de gênero na educação e demoram a traduzi-los em

igualdade e direitos promovendo e respeitando os sistemas educacionais; em outras

palavras, a ação efetiva ficou para trás da retórica. Este artigo tentou delinear

algumas das políticas e medidas práticas que ajudariam a dar vida a esses

compromissos na forma de medidas efetivas para a igualdade de gênero na e

através da educação.
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3 CONCLUSÃO

A educação pode atuar como um multiplicador da oportunidade de

realizar outros direitos humanos (particularmente saúde e emprego, e também o

direito à igualdade entre os sexos). Onde não é esse o caso na prática, os objetivos

da educação estabelecidos nas normas internacionais de direitos humanos não são

maximizadosnotavelmente, a educação deve garantir o 'pleno desenvolvimento da

personalidade humana' e 'permitir que todas as pessoas participem efetivamente de

uma sociedade livre'..

Uma maior apreciação da dimensão de gênero em cada um dos

componentes do direito à educação ajudaria ainda mais esses objetivos

educacionais. Os governos têm sido rápidos em fazer promessas políticas para

promover a igualdade de gênero na educação e demoram a traduzi-los em

igualdade e direitos promovendo e respeitando os sistemas educacionais; em outras

palavras, a ação efetiva ficou para trás da retórica. Este artigo tentou delinear

algumas das políticas e medidas práticas que ajudariam a dar vida a esses

compromissos na forma de medidas efetivas para a igualdade de gênero na e

através da educação.

A educação inclui problematizar e descontruir o sexismo, a

heteronormatividade, e outros tipos de preconceito, pois eles começam dentro do

ambiente familiar e muitas vezes são reforçados na escola. Acredita-se que há a

necessidade de trilhar um caminho novo, no sentido de buscar compreender

posicionamentos históricos, sociais, culturias, políticos e educacionais dos individuos

atuantes no processo educativo. O conhecimento científico pode contribuir para a

construção de relações pautadas no respeito às diversidades, com vistas a tonar a

sociedade mais justa e efetivamente democrática..


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REFERÊNCIAS

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de outubro de 2019.
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http://www.fazendogenero7.ufsc.br> Acesso em: 31 de outubro 2019.

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