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DESENHOTECNICO BASICO SIMOES MORAIS Livro, j4 com mais de cem mil exemplares, amplamente ei Oc enm ek uC eee ee ccs Cenc ec nce ein nométrica, com cotagem nominal e leitura) e, também, Pees eam eo RT| ere eC ue Cee eee et cen eR frequente consulta dos mais recentes requisitos das nor- mas ISO e EN e para apoio basico ao desenho em cad. DESENEIO INDICE 3.3-TOLERANCIAMENTO GEOMETRICO pg. 197... 207 1 -DESENHO E NORMALIZACAO PAG.1...30 ‘9.1- TOLERANCIAS GEOMETRICAS. pg, 197 1.1 -NORMALIZAGAO GERAL pig. 1...8 3.4-PRINCIPIOS DE TOLERANCIAMENTO pag, 208 .. 217 1.1.- EVOLUGKO DO DESENHO pig. 34.1- PRINGIPIO DE INDEPENDENCIA g.208 1.4.2. NORMALIZAGO ig.2. 84.2: REQUISITO DE ENVOLVENTE ig. 210 1.4-TIPOS DE DESENHOS TECNICOS pig4 3.43 REQUISTTO DE MAXIMO MATERIAL ig 211 1.2-EQUIPRMENTO PARA DESENHO 69.9...20 S44 EXEMPLOS DELIGAQOES MECANIGAS ——_piig.218 1.2:1- FORMATOS DO PAPEL péo.9 35-TOLERANCIAMENTOGERAL pag. 218.224 1.3-ELEMENTOS DO DESENHOTECNICO plg.21...90 38.1-TOLERANCIAS GERAS-PEGASMAQUINADAS pig, 218 1.3:1-LINHAS NO DESENHO TEONIGO plg.21 _35.2-TOLERANCIAS GERAIS -PEGAS DE FUNDIGAO pg. 221 1.82: ESORITA- LETRAS E ALGARISMOS ég.25 _9.6-ESTADOS DE SUPERFICIES E ARESTApg. 225... 240 1.85 DESENHOS PARA MIGROFILAGEM 749.29 36.1 ESTADOSDESUPERFICIES DASPEGAS pg. 205 362 ARESTAS DE FORMA NAO DEFINIDA ig. 205 2-PROJECGOES EM DES.TECNICO PAG. 31... 136 36.- EXERCICIOS lg. 299 2.0 -PROJECGAO E VISTA pag. 31. 38 20:- PROMEOGAO pig.81 4-DESENHODECONJUNTOS — PAG. 241... 310 202-iSTA pég.36 41-CONSTRUGAODEMAQUINAS pag. 241... 245 2.1 -REPRESENTACAO ORTOGRAFICA pag. 37... 96 4:1.1- ORGAOS NORMALIZADOS: pag. 241 2:14-METODOS DE REPRESENTAGAO ORTOGRAFICA pig.57 4.1.2: MATERIAIS ig. 244 2.1.2 REPRESENTAGOES ORTOGRAFICAS pég.43 4,2 -LIGACOES COM PEGAS ROSCADAS pag, 246 ... 267 2.13-VISTAS AUKLIARES 89.59 4241-ROSCAS ig. 246 2414- CORTES ED SEOGOES pég.68 -422-ROSCAMETRICAISO pig. 249 2.1 REPRESENTAQOES SIMPLIFCADAS ig.88 _429- PARAFUSOSE PORCAS HEXAGONAIS i, 258 22-REPRESENTACAO AXONOMETRICA pig. 97... 138 424-PARAFUSOSPARALIGAQOESMETALICAS pg. 258, 22.1- GENERALIDADES pig.97 4.25-ANLHAS ig. 261 222 AYONOMETRIA ISOMETRIGA pig.98 _ 426-PARAFUSOS DE PRESSAO EDE GUAMENTO pg. 252 228- AXONOMETRIA CAVALEIRA fég.109_-4.27-LIGAQOES COM PEGAS ROSCADAS ig.284 224 LETTURA DE DESENHO ORTOGRAFICO pig. 115 4.3 -LIGAOES FIXAS ag 268... 280 225-EXERCICIOS DE LEMTURAORTOGRAFICOS pig. 125.4. 1-REBITES odg,268 443.2. SOLDADURA 9g,270 3-COTAGEM ETOLERANCIAMENTO PAG.137...240 433-PINOS, og.278 3.4 -COTAGEM NOMINAL pig. 137...172 434-MOLAS g.260 $3.1. GEOMETRIA EAMANHO ig. 137 -VEIOS E FUROS DE RODAS ag. 281... 301 8:12: INSCRIGAO DAS DIMENSOES NODESENHO pg. 142 .1-VEIOS ég.281 8.13-EXEOUGHO DE COTAGENS NOMINAS ég.160 442 CHUMACEIRAS ig. 282 $314. COTAGEM NOMINAL DE UMA PEGA péo.161 4.43 ROLAMENTOS ig. $31.5 EXERCIOIOS DE COTAGEM NOMINAL ég.185 444 ACOPLAMENTOS COM CHAVETAS g.290 3.2-TOLERANCIAMENTO DIMENSIONAL pg.173...196 _445- ACOPLAMENTOS POR ESTRIAS ig. 268 532:1- GEOMETRIAE TAMANHO Pég.173 _44.6-TANBORESE CORREIAS ig.205 $322. TOLERANCIAS DAS DIMENSOES pég.179 4.47 ENGRENAGENS ig. 208 $823. SISTEMA SO DE TOLERANGIAS ég.182 “448 ANEISELASTIOS 9.900 ‘3.24- SISTEMA ISO DE AJUSTAMENTOS pig.188 4.5-EXERCICIOS GERAIS. pag. 302... 310 Vv RHC sia 4730 1.1.3-TIPOS DE DESENHOS TECNICOS -1- GENERALIDADES -1,1- Normas NP EN ISO a consultar ISO 10209-1: Termos e tipos de desenhos técnicos | YY 180 10209-2: Termos relativ. aos métod. de projecgzio. ISO 10209-4: Termos relativ. a docum. de construgao B .1.2- Desenho Técnico +@ Da concepgao a utlizagao de um objecto técnico vai um longo caminho em que se recorre ao desenho | Fig t fico orto isométrico ‘como meio de expressao e de comunicacdo. Desenho técnico é a informagao técnica, com apresentagao gréfica num suporte (folha, ecrd, etc.) estabelecida de acordo com a normalizagéo ISO que 0 torna universal. Os desenhos técnicos tém por finalidade essencial, a produgao de objectos. .1.3-Termos gerais em desenho t+ Esbogo: desenho realizado & mao livre (lig. 1). Esquisso: representago das principals linhas (fig.2) Fig. 2 ee para apoio ao desenho em suporte transparente. Desenho: desenho, de um modo geral, 8 todo 0 desenho rigoroso de representacao (fg. 3); Esquema: desenho multo simplificado em que séo usados simbolos gréficos (fi. 4); Diagrama; Gréfico: representagao gréfica que exprime a relagao entre grandezas varidveis (ig. 5); Nomograma; Abaco: representagao que permite determinar valores de grandezas, relacionadas entre |[Fig. 3 si, sem recurso a céleulos (ig. 6). .2- DESENHO- METODOS DE REPRESENTAGAO .2.1- Representagdo ortogréfica A representagao ortografica de um objecto, & a Tepresentago por vistas em que as faces principals do objecto t8m orientagao frontal relativamente ao desenhador (figs. 1 a 4), pelo que so observadas as suas verdadeiras formas geométricas, Fad isométio yrtogratic oroarenco ESQUESO]| 5 Oo B ‘ortogrétco DESENHO a) i isométioo —" crtogratioo Ear .2.2- Representagao perspéctica As representag6es perspécticas (axonometria e perspectiva) séo representagdes, por uma sO vista, de um objecto que € colocado, relativamente ao desenhador, de modo a permitir uma sua viso global (figs. 1 a 4). A representagao perspéctica tem facil leitura, pois 6 muito préxima da imagem criada pela nossa visao directa ou pela fotografia. ist "ig. 5] aw ENHO E NORMALIZACAO 3/30 .3 DESENHO QUANTO A ORGANIZACAO .8.1- Desenho de componente Desenho que representa um s6 componente de um conjunto e inclui toda a informagéo para o definir. E designado por Desenho de pega quando o componente é uma pega no decomponivel (ig. 13). .3.2- Desenho de gama de componentes Desenho que indica as dimensées, o sistema de referéncia (tipo de componentes e nimero de iden- tiicagao) e as caracteristicas de aptiddo de um grupo cde componentes funcionais e de um dado tipo. .3.3- Desenho de conjunto Desenho de conjunto 6 a representagao de um objecto composto (maquinismo, maquina, instalagéo) mostrando a disposigao dos componentes montados. (Os desenhos de conjuntos podem ser em: -representagéo ortografica (fig. 7), ou em -representagéio axonométrica, que pode ser em: -vista do conjunto montado (fig. 8) -vista explodida (fig. 9). O desenho de conjunto que se refere a um numero limitado de grupos ou de pegas pode ser designado por desenho de subconjunto (fig. 10). -3.4- Desenho de detalhe Detalhe 6 a representacdo sobre um desenho, em geral ampliada, de parte de um componente ou de um conjunto, referenciado para dar as informagées, com pormenor, requeridas pela forma, ou montagem, etc.. .8.5+ Desenho comum O desenho comum é o desenho de objectos com formas idénticas, ( desenho comum 6 acompanhado de um quadro ‘em que séo dadas as catacteristicas, como os valores relativos as dimens6es da gama de fabricagao corrente desses objectos, etc. 2.6 Desenho assistido por computador - CAD Desenho executado em computador com um pro- grama CAD. .3.7- Desenho original e cépia Desenho que faz a representacéo do que esta aprovado e devidamente actualizado. Todo o dese- nho, na sua verso final, é um desenho original e dele podem ser obtidas c6pias (figs. 7 @ 13). QOQQ —— % a > a 1 » Q * | |__f ' we a - ah | Fig. 7- Desenho de conjunto em repre- sentacao ortografica Valvula em representagies isométrioas Fig.8- Desenho de conjunto montado, em isométrico. Fig. 9- Desenho de conjunto em vista explodida (representagao isométrica) 1- DESENHO E NORMALIZACAO 6/30 4- DESENHO QUANTO A SUA FUNGAO Os objectos técnicos (pegas, maquinismos, méquinas, instalagées, etc), no so, em geral, construidos por quem os concebeu. Para estabelecer as relagdes entre a concepcdo, a execugdo e a utlizagzio de um objecto técnico, séo usados diferentes tipos de desenhos técnicos apropriados a cada caso. ‘Assim, devem ser considerados os: A) DESENHOS ELABORADOS NOS SERVIGOS DE ESTUDO DA EMPRESA 4.1- Desenho de anteprojecto ‘Na concepgao de um objecto (pega, maquinismo, maquina, etc.) € feito um estudo inicial em que vao sendo representadas as sucessivas tentativas com que se pretende atingir uma solugéio aceitavel. (O desenho de anteprojecto 6 um desenho prelimi- nar em que hé j4 uma representacdo, nas suas linhas gerais, da solugdo a ser proposta, para que seja discutida pelo cliente e sirva de base a escolha final. Por exemplo, pretendendo uma valvula de macho esférico mais aligeirada e mais barata do que a valvula dada na tig. 7, poderd ser simpliicado o dispositive de accionamento do macho esférico (ver fig. 10) ¢ obter a valvula das figs. 11 @ 12. 4.2- Desenho de projecto © desenho de projecto é uma representagao ortogréfica tigorosa e com pormenor (0 que pode envolver célculos, etc.) da solugdo adoptada, que resulta do anteprojecto aceite pelo cliente ou pelos servigos de estudos da empresa. desenho de projecto (fig. 7) 6 usado para: -estabelecer um contrato entre a empresa e o cliente; -base da realizacdo de outros desenhos e, em especial, de desenhos de definigdo (fig. 12). Os desenhos de projectos podem ser acompa- nhados por documentos em redacgo, casos noticia, quando 6 necessério fornecer indicagdes complementares (célculos, toleranciamentos, modos de ligagaio, etc.) ao desenho de conjunto, lista de artigos, nomenclatura que completa o desenho de conjunto, onde séo numerados todos ‘os componentes, devidamente referenciados, do maquinismo desenhado. Na lista de artigos estao definidas, por designages completas, as pegas normalizadas que fazem parte do conjunto (fig. 7) Accionamento da esfera No exemplo da vata data nas igs 7, 88, ‘odispostivo de acionamento da rotaeao da esl lem um veo, dos ands de ved (o-€ um pronsa-vedant, MANIPULO MANIPULO VEDAGAO jesenhos de subconjuntos (em vista explodida) MANIPULO Isométrico da S valvula montada |coRPO MACHO ESFERICO, exo 0) Pars obartocra tse, RReer ome Valvula em vista explodida Fig. 11- lsométricos da nova valvula ~] | Solugao propasta aligeirada Fig, 12- Conjunto montado (repres. ortog) E NORMALIZACAO .4.3- Desenho de defini © desenho de definicdo € uma representagao ortografica que estabelece, com rigor e completamente, as exigéncias a que deve satisfazer um componente da maquina (em geral, uma pega) no estado de acabamento prescrito. O desenho de definigdo (fig. 13) de componente acabado 6 elaborado nos Servigos de Estudo das Empresas para definir as formas, as dimensdes, as tolerancias, os estados de superficie, o material, os revestimentos, etc., do componente no seu estado de ultilizagao. desenho de defini&o pode ser usado como: -documento de contrato na relacéo da empresa com 0 cliente. O desenho de projecto de um maquinismo, maquina, etc., pode ser acompanhado de desenhos de definigao dos componentes, -base para a elaboracao dos desenhos de execugo, nos Servigos de Métodos ou nas Oficinas. OBSERVACAO: Os desenhos de definic&o so desenhos universais. (vélidos para qualquer Empresa e Pais). B) DESENHOS ELABORADOS NOS SERVICOS DE METODOS DA EMPRESA Cada Empresa tem a sua oficina prépria pelo que ‘ométodo de produgao a adoptar tem de ser compativel com as méquinas-ferramentas, instrumentos de medigéo e controlo, etc., disponiveis na oficina. O método adoptado para uma dada Oficina pode nao ser praticavel noutra Oficina, AA- Desenho de execugao O desenho de execugdo é elaborado a partir do desenho ou da documentagao de definigdo e tem em vista a possiblidade de realizagdo do componente (em geral, da pega) numa determinada Oficina. (Os desenhos de execugao podem ser: -Desenho de fabricagéo, desenho detalhado com dimens6es @ tolerdncias adequadas as possibi- lidades da Oficina, que assegura o que esté prescrito no desenho de definigzo respectivo. -Desenho de operagao, desenho em que s&o dadas indicagdes sobre uma dada fase de fabricagdo (por ex.: operagdo de tomeamento).. -Desenho de modelo, ¢ a representagdo de um modelo para produzir pegas de fundiggo (ig. 14). rc sol poe wen cs Fig. 13- Desenho de componente. Este 0 desenho de definigéio de uma pega aera BERG SOT Fig. 14- Desenho de modelo para fundigao 1+ DESENHO E NORMALIZACAO 8/30 Séo, também, desenhos de execugo, os: -Desenho de montagem, onde séo representados todos os componentes de um produto montado, que pode ser acompanhado das indicagdes necessarias & ‘sua montagem. O desenho de montagem 6, muitas vezes, realizado em vista explodida (fig. 9) em que podem ser representadas linhas a traco ponto para melhor informar sobre os eixos das diferentes pecas amontar. -Desenho de instalagdo, desenho que da a confi 150 a <600 mm) +43 mm (n0s comprimentos 2600 mn). AO (1189x841) AM (841x594) AZ (594x420) A3 (420x297) FORMATOS DE USO GERAL NO DESENKO TECNICO Au 1S0-A0 ISO-A1 ISO-A? (2103299) 1S0-A3_ SONA HORIZONTAL O FORMATO ISO-A4 SO € USADO NA VERTICAL Fig. 11- Formatos e suas orientagdes: ISO-AO, A1, A2, A3 s6 na horizontal e ISO-A4 86 com orientacdo vertical, preferiveis para os Desenhos técnicos (Sim AO Foals da ste pnp! perive) ee im B Ao ro He, Aaa A bore AS] AB2| AB. BB M4. 0 20mm 20am stm eitmm 169mm Fig. 12- Formatos principais (preferiveis) e formatos alongados (a evitar) ‘comalturade AS [eomaltura de A2 [com aturade At 'A3.0/ 297x 1189 [A2.0] 420x1189 [a1 | soaxtte9 }A8.1| 297x841 JA2-1) 420x 841 3.2] 297% 594 i Fig. 13- Formatos principais e alongados 1- DESENHO E NORMALIZACAO 13/30 -4- ELEMENTOS GRAFICOS DAS FOLHAS AAs folhas devem ter impressos elementos graticos comuns a todos os desenhos (esquadrias, legendas, marcas de centragem e de corte, etc.) para permitir uniformizagéo do suporte e economia de tempo. A.- Esquadria e Margens ‘Aesquadria 6 um recténgulo que delimita a zona do desenho técnico e da legenda (figs. 14 a 20). A esquadria 6 tragada com linhas a trago continuo de 0,7 mm de espessura, deixando margens de neu- tralizagao (zona entre a esquadria e os bordos da folna no seu formato A final) com larguras de: 20 mm, a margem esquerda dos formatos, 10 mm, as margens superior, dreita e inferior, a ser usadas em todos os formatos: -ISO-A0, A1, A2, A3 (com orientagao horizontal) =e ISO-A4 (s6 com orientagao vertical) & -ISO-A3.0, A3.1, A3.2, A2.0, A2.1,A3.2 (horizontal). ‘A margem esquerda de 20mm de largura, como mostra a fig. 14, 6 usada como margem de fixacao, que pode ser perfurada, para estabelecer 0 arquivo, em pastas, dos desenhos, Por exemplo, os formatos A3.0, A2.0 @ A1.0 tém zonas de desenho delimitadas pelas esquadrias, que sdo recténgulos de: -largura: 1189 - (20 + 10) = 1159 mm ~alturas de A3.0 com 297 - 20 = 277 mm, de A20com — 420-20= 400 mm e de A1.0com 594 - 20 = 574mm (dimensdes com desvios admitidos de +0,5 mm). .4.2- Marcas de centragem AAs folhas de desenho devem ter quatro marcas de centragem para faciltar 0 correcto posicionamento a0 fazer reproduces. As marcas de centragem s4o linhas continuas de 0,7 mm de espessura e 10 mm de comprimento, que entram 5 mm na zona de execugdo do desenho e correspondem as extremidades das duas linhas de simetria do formato ISO-A (ver fg. 1). A localizagao das marcas de centragem admite desvios maximos de + 0,5 mm (figs. 16 ¢ 17). .4.3- Marcas de corte Para faciitar 0 corte das folhas, quando so dadas em formato bruto, cada um dos quatro cantos do formato final ISO-A, tem dois recténgulos enegrecidos de 10 mm x 5 mm, ¢ formando um angulo recto, com sobreposigdo na origem (igs. 15 19). Zona de execuedo do desenho —_Esquadiia [ea a ‘omato inal a0 ait) Margens de neutralizacdo: ° — Nin eet cn Armargem Amann To aoe args on 10m sane ts rary saioe Fig. 14- Canto inferior esquerdo de folhas de desenho AO At A2 A3 na horizontal e A4 s6na vertical (ou ao alto) argon de ——__rénofa (Simm a toda a volta) Esquadria "Tinka de 0,7 de espass FormatolsO-A. | FORMATOFNAL fotha conta (7) Margens de neutralizagio \ —nagen espera 20.1 15 i 520 pire Ae Aga As (4 a0 ato) 4x rmarcade corte, Formato bao ates de cofar Fig. iS Formato bruto-marcas impressas Uinta que FamatoA | eimita as pevadle 7 tanaconada maroas de j centage | eda greha do sistema de referéncia Marca de centragem zona exer anor. | matoa sereparada | ol 15) (b/2)20,5, "Freie de einen 5 Plano de simetia do formato A formato inal-folha cortada) ——_—(%>na superior dafoha) Fig. 16- Marcas de centragem Lwawos I) ay “| Formato ISO-A 10 |L|9 6 2 ate! (#0 At A2 AS sina hvzotl f20 olf ap eset com WLI tas com 20 8 linha de J 20} oa =0, mm, Fig. 17- Esquadria. Marcas de centragem +. DESENHO E NORMALIZAGAO 14130 AA- Grelha do sistema de referéncia Num desenho com varios artigos, ¢ conveniente ter uma grelha do sistema de referéncia para facil localizagio das pecas, dos detalhes, etc. (© quadro da fig. 18 dé 0 ndmero de campos do sistema de reteréncia para cada lado dos formatos A. Todos os formatos tém as marcas da grelha espacadas de 50 mm, estabelecidas a partir das mar- cas de centragem. Deste modo, os campos dos cantos (extremos) ficam com o espago restante. ‘As marcas sio linhas com 0,35 dp espessura e 5 de comprimento, que tocam nos lados da esquadria e no ractangulo, cujos lados distam 5 mm da esquadria Os campos do sistema de referéncia sto iden- titicados por letras maiisculas e por némeros, com altura h = 3,5, caracteres verticais da ISO 3098-1, inscritos aproximadamente a meio das malhas ordenados a partir do canto superior esquerdo da esquadria, As letras e os nlimeros so repetidos nos lados opostos (fig. 20) com excepedo no Ad (fig. 19). Como as marcas de referéncia distam 50 mm, entre si, em todos 0s formatos, podem dar uma ideia do tamanho real dos objectos representadcs, quando microfimados (folha com maior ou menor redugo).. 1? de campos para os formate: ESQUADRIA | vo _{ at | a2 | 2 A [vouoonaon | 24 | 1 2 6 wouoowenon | 16 | 1 ep 4 Fig. 18- ‘Nimero de ‘campos na ore do sistema de referéncia ‘mm as outas Formato Ho meen | mares da 'SO-Ab ayaa co stone (6 6 sao na vortical de veerénca 6 ofr Sele fora bed) fa apenas ea coloados mo cmo ena omema ea deta ta esas. 38 marcas tm 0.35 mm de espossura ‘am de comprinenty araceres | stode 3,5 mm de ala, _—— ——_| Fig. 19- Sistema de referéncia no ISO -A4 sole SS Marcas da grelha do sistema “e reteréncia com traro de 0.35 FORMATO AS -flnacortad () \\_ESQUADRIA (com rag de 07 FOLHA EM BRUTO (U)_ EXEMPLO DA FOLHA DO romato AZ (u20 x 290 MAROAS DE CORTE | (ISO 7200) F — Marcas de cantragen 20,7 Teom 10min de conprinentel LEGENDA 4 ig. 20- Folha do formato A3 pré-impressa com esquadria, marcas e local da legenda i- DESENHO E NC IALIZACAQ 18/30 AS: Folhas de desenho pré-Impressas As folhas de desenho pré-impressas devem ter a esquadria, a legenda e as marcas de centragem, sempre usadas nos desenhos técnicos (ig. 20). Em geral, as folhas de desenho pré-impressas também tém representadas as marcas de corte e as marcas da grelha do sistema de referéncia. OBSERVACAO: © As folhas pré-impressas, quando s&o folhas transparentes "TP" podem ser impressas na face onde vai ser realizado 0 desenho “Yolha impressa na face da frente (F)", que € 0 caso mais geral, ou podem ser impressas no verso (R) da folha. 4.6 Designagdo normalizada de folhas pré- impressas de desenho ‘As folhas pré-impressas, usadas em desenho técnico, tém designagdes normalizadas constituidas pelas indicagées, devidamente ordenadas: 1- Folha de desenho 2- NP EN ISO 5457 3 Designago do formato A4 , A3,A2, A1 ou AO 4-Folha em bruto “U" ou cortada no formato A“T" 5- Tipo de material: -papel opaco“OP"de: 60 gim2 a 120 gim2, -papel vegetal “TP” de: 92,5 gim2 ou 112,5 gim2, de acordo com ISO 9961, -filme de desenho de poliester “PE” de espessura <50um (da ISO 9958-1), 6- Folha impressa na frente “F" ou no verso “R”; 7- Legenda de acordo com um modelo “TBL’, se aplicavel. como é mostrado na legenda da fig. 22. Exemplo: Folha de desenho ISO 5457- A2U - TP112,5 - R- TBL 6 uma folha de desenho pré-impressa, de acordo com ISO 5457, do formato A2 em bruto, de papel vegetal com uma massa por unidade de superficie de 112.5 gm, impressa no lado verso e-com uma legenda para um modelo TBL, { OBSERVACAO: Na folha de um desenho destinado a ser micro- filmado, com escalas de redugéo 1/15 (nos formatos 2, A3 @ Ad), ou 1/30 (nos formatos AO e At), a grelha do sistema de referéncia, com espagamentos de 50mm, em todos 0s formatos, permite uma mais fécil avvaliagdo do tamanho dos objectos observados a partir 3os microfilmes ou de reampliagdes com diferentes ‘as, 4 x marca de corte, nna quetintaas marcas | dtgcha de eterna © areas do cenragen Formato 1SO-A ‘folha cortads (7) areas da greta de rele- renciacom espessura | 0.35, states, {| 250 _Esquadria__ (inna de 07 de espessu) Marca que ote 50mm | rmeciosa parte amare de sinetia fare uniaiooouro | [ESCALA 1:1] Cc Fig. 21- Zona do canto superior esquerdo |Folha de desenho — ISO 5457 - A3T- LB [ | Fig. 22- Legenda com local para a indica- ao de Folha de desenho ISO 5457 - A3T - OP 100-F- TLB 1- DESENHO E NORMALIZAGAO 16/30 .5- LEGENDAS ..1- Normas a consultar 1SO 7200- Campos de dados na legenda e cabecalhos de documentos (classiticagdo ICS 01.100.01) 52- Legenda e Campos de dados A representago ortogréfica de um objecto, no suporte (de formato: AO, At, A2, A3, A1.0, A20, A3.0, A2.1, A3.1, A3.2, orientados na horizontal), 6 complementada por uma legenda que contém dados de identificagdo, descritivos e administrativos. A legenda deve figurar em todos os desenhos técnicos dos dominios de mecanica, de electrotecria, de construgao civil, de arquitectura, etc. rectangulo que delimita a legenda, é tracado com linha continua grossa de 0,7 mm de espessura e largura de 180 mm, que deve ser locaizado com os lados inferior ¢ direito sobrepostos com os lados que formam o canto inferior direito da esquadria (ig. 24). Nas folhas do desenho técnico do formato A4, sempre orientadas na vertical, a legenda com 180 mm de largura situa-se no fundo da esquadria (ig. 25) ‘A legenda, fig. 26, tem os campos: de identificagao; de dados descritvos; @ de dados administrativos. .5.3- Campos de dados de identificagéo Na zona (a) de identificagéio devem constar: 5.3.1- Proprietério legal © nome do proprietério legel do documento, firma, companhia, empresa, etc.. Pode ser usado o nome oficial, uma abreviatura (sigla) do nome comercial ou um logétipo para a apresentaco. A designagio do proprietério legal pode ter qualquer numero de carac- teres, nao 6 dependente da lingua e é obrigatério. 1 Formatos: j iso-ao at a2 a3 Gl | ISO- A10 A20 A3.0 j ISO- A21A31 +/| ! ISO- A3.2 fil! . im LEGENDA io 7200) — ed Fig. 24- Folhas com orientagao horizontal Formato A4 (s6 é usado na vertical) 0 tomo 1S0-44 Ferma fal A somente 6 used na | vertical ea esquadia se | forma margens de: Esuete | 20mm &esqueda H 40 mmnas ores _{ Zona de execuga| margens. do desenho | | LEGENDA (iso 7200) Fig. 25- Folha A4 (orientacao vertical) [aaron ase] nase 5.3.2- Niimero de identificagao i ouate rs O niimero de identificagéo deve estar de acordo ‘com 0 cédigo do organismo proprietario; é obrigatério \ @ o niimero de caracteres nao superior a 16. —— oS 180 Fecearesps | Unparanero reagan ipo ce cares Dene \ Edigao | apr oy Kinet \ ot eae BF Li ‘e Ey 6 7 A3 ( Fig. 26- Forma e dimensdes da legenda em folhas de formatos A3 e maiores 16 .5.3.3- indice de reviséo (identifica o estado de reviséio do documento); 6 obrigatério e o niimero de caracteres nao deve ser superiora 8. 5.3.4- Niimero da folha e ndmero de folhas do docu- mento; 6 opcional; ntimero de caracteres 4 ou menos. 5.3.5: Tipo de documento. Opcional e o nimero de caracteres ndo deve ser superior a 4. 5.3.6 Cédigo da lingua usada (a ISO 639 indica: portugués: pt; inglés: en; francés: fr; aleméo: de; espanhol: es; italiano: it; ete); ¢ opcional eo nimero de caracteres no superior a 4 por lingua. .5.4- Campos de dados classificativos Na zona de classificago podem constar: 5.4.1- Titulo do desenho (designagao da peca ou do conjunto representado no desenho); 6 opcional ¢ 0 numero de caracteres no deve ser superior a 25. §.42-Titulo adlcional, que pode ser localizado na ou fora da legenda; é opcionale < 2x25 caracteres. .5.5- Campos de dados administrativos Nos campos de dados administrativos so dados, quando imprescindiveis & compreensao, os: .5.5.1- Data da edigo (ver ISO 8601-Datas); 5.2 Departamento responsavel; 5.3- Pessoa responsével; 5.5.4 Aprovacdo (pessoa que aprovou e data); .5.5.5- Autor (pessoa que produziu o documento); .5.5.6- Tipo do documento; 5.5.7- Classificagdo / palavras chave; 5.8- Estado do documento; 5.9- Nimero da pagina; 5.5.10- Numero de paginas. .5.6- Informagées tecnolégicas A parte obrigatéria da legenda 6 usada em todos os tipos de desenho. Nos desenhos técnicos de mecénica s4o, em geral, dadas informagdes tecnoldgicas espe- Cificas, informagées a ser insoritas fora e junto da legenda basica (fig. 27). Podem ser assinalados os: 1+ Método de projeccao (sé assinalado quando as representagdes ortograficas so realizadas pelos métodos do 1°. ou do 3° diedro); 2- Unidade de comprimento (somente assinalado quando nao é mm); 3 Principio da independéncia dos tolerancia- mentos: TOLERANCIAMENTO |SO 8015 requisito de envolvente( B ; reduisito de maximo material @ ; 4- Material (designagao normalizada do material de que ¢ feito o objecto); 5- Massa do objecto (valor e unidade); 6- Tratamento (tratamento térmico, envemiza- mento, etc.); 7- Tolerancias gerais ISO 2768-1/2 e ISO 13920; 8- Rugosidades gerais (ISO 1302); 9- Escala principal do desenho (ISO 5455); 10- Cantos e chantros gerais. OBSERVAGOES: 0- Quando ha varias folhas de desenho formando um conjunto identficado por um mesmo niimero, $6 a Jegenda da primeira folha tem de ser completa, ‘As restantes folhas podem ter apenas a zona de identficagdo e s4o caracterizadas como no exemplo: folha_n° 3/6 (signfca: 3 6 0 nimero da folha e 6 € 07 total de folhas); 0-0 desenho pode conter, insorta na legenda, Tegervas contra 0 seu uso fraudulento, ESCALA | Tolerancianento 150 1:1. |Tolerancias gerais ISO 2768 - mH ISO 13920 Material E Rugosidades gerais ISO 1302 Massa JO | cantos ec chanfros gerais 180 13715 Data | Nome Preperado| 2005-09-05 Verificado| Fotha de desenho fAprovado SO 5457 - A3T - 0P100 - F Departan, responsive 28 Proprietieio legal 5 6 Referdncla tecnica | Tipo de docunento Titule; titulo adieinal Tocunento Ecicao Ninero ABI23 456-7 |F Reba ae eda Toga ia | 2005-11-25 pt [1/1 7 AR Fig. 27- Exemplo de legenda completa para desenho de construgaio mecdnica 7 + DESENHO E NORMALIZACAO 18/30 .6- LISTA DE ARTIGOS; NOMENCLATURA .6.1- Normas a consultar ISO 7573- Lista de artigos; nomenclatura 62: Lista de artigos ‘Anomenciatura de definicdo 6 uma lista dos artigos us constituem o conjunto desenhado. A lista de artigos deve ficar sempre orientada no sentido da leitura, na folha do desenho (fig. 28) ou em folha separada (fig. 29). ‘As colunas e as linhas (fig. 30), separadas por linhas grossas (as exteriores) e finas (as interiores), ‘vo conter, por ordem facultativa, as informagdes: 1- NUMERO DE ARTIGOS iguais a fabricar; 2--DESIGNACAO DO ARTIGO (os artigos norma- lizados so designadas pelo nome dado na norma); 3- NUMERO DA NORMA que descreve o artigo desig- nado, se for normalizado; ou NUMERO DO DESENHO, relativo & definigdo do artigo; 4- MATERIAL designado segundo as normas ou nome comercial; . 5- NUMERO DE REFERENCIA que indica o artigo na folha de desenho; 6 PRODUTO SEMI-ACABADO a ser utlizado para produzir 0 artigo; ou NUMERO DO MOLDE que serve para a fundigdo; ou NUMERO DA MATRIZ que serve para executar 0 artigo; 7- MASSA de cada artigo acabado (em kg); 8 OBSERVACOES com indicagdes complementares. | F Bt [we] oescnacho ee NOMES Desenhou | 2005-09-05 Verificou [Aprovou Departanento Pessoa responsivel epartangn 28 Proprietarioleoat 5 6 Tipo de documento Titulo, tule aonat { Formatos: to ISO-A BOAT Formato ISO- soa || (@XCEPTOM) SOs 180-421 LISA FORMATOS USADOS SONA = HORZONTAL. Formato ISO-A4 © FORMATO A4| || (S6 veri APENAS E USA. | DONA VERTICAL | Fig. 28- Lista de = artigos em folhas pré-impressas TOs artigos, numa lista de artigos em | folha separada do desenho, sfo ordenadas de cima pare bab. O nimero de identicagdo 6 igual a0 do desenho de origem, precedida da designagdo lista de artigos Fig. 29- Lista de artigos em folha A4 "__ separada ‘ 3 2, ir [rouoe re-raraw fase) OBSER- vaareriat [fo [proo.sem-acnd aces: Folha de desenho 180 5457 - ABT - 0P100 - F Te 0, énero Revieto z re) ris ot | t/t Fig. 30- Exemplo de legenda e de lista de artigos na folha de um desenho de conjunto 18 1- DESENHO E NORMALIZACAO 19/30 .7- DOBRAGEM DE COPIAS A consulta dos desenhos pelos servigos, clientes, etc. é, em geral, feita através das cOpias dos desenhos originais, ‘As cépias podem ser arquivadas em classificadores para formatos A4. As cdpias de formatos maiores terdo de ser dobradas. manual ou automaticamente, até ficarem com 2s dimensdes do A4 (médulo de -nodo que a legenda fique sempre e aA Normas a consuttar exo): Dobragem das cépias 2, Métoos de dobragem cspias de desenhos técnicos “zalizada de duas maneiras: \SERVANDO MARGEM PARA S ‘omatos ISO-A tm margens r= onde podem ser feitos os furos cat 2 2-2.w. Estas margens, depois das tohas zecraxes. 22167 fcar salientes. ‘ores acs Datos |SO-A3 @ A2 sto dobradas, “58.31 92, efectuando as dobras 4 dobra 4 da fig. 92 destina-se a superior esquerdo da folha néo >a apannade Dees fu"0s de fixagao. Este metooc “E+ £ usual para formatos maiores do qe 0 AZ, OBSERVACAO. Para reforgc 22 zona de fixago com furos da fo- na de desenhe. 9008 ser colada, no canto inferior es- auerdo e na face Sesterior da folha, uma tira de cartéo 295 x 30) 3- DOBRAGEM MODULAR COM FOLHAS SOLTAS Trata-se de uma dobragem simples em que a folha 6 sucessivamente dobrada, segundo a vertical, a partir do lado direito, com médulos da largura de 210 mm do Ad, alternadamente para trés e para a frente; depois dobrada de balxo para cima com médulos de 297 mm, como mastram as figs. 33 34 Assim, 0 desenho dobrado fica com largura final de 210 mm e altura final de 297 mm. O arquivo é feito por folhas soltas pode haver um empilhamento estavel dos desenhos. 19 [Sa ae +H) Fomato 180-43 : = e880 Fig. 31- Dobragem com margem para fixagao de uma folha do formato ISO-A3 192 32- Dobragem com margem para ago de uma folha do formato ISO-A2 Fig fia ——— 297 (Oarquvoé | 210 210 Yeitocom fothas sotas Fig. 33- Dobragem modular- folhas soltas Fig, 34- Dobragem modular: folhas soltas BHALIZACAO 20/30 .& MICROGRAFIA O arquivo de originais e a sua manipulagao tornam- ‘se impraticdveis para as empresas de um certo volume. A microfilmagem permite economia de espaco (no arquivo) e de tempo (na consulta). .8.1- Normas a consultar 1SO_ 3272-1/2/3/4/5/6, Microflmagem de desenhos técnicos (técnicas operatorias, control de qualidade, microcépias unitérias e por secgdes). 1SO 6196-1/2/3/4/5I6 - Vocabulario. .8.2-Tipos de microfilmes Na microfilmagem de desenhos técnicos é usado filme de pelicula negativa, no perfurado, com targura de 35mm, em bobina de 30,5m ou 61m. ‘A} Microcépia em rolo ou em bobina O microfilme 6 feito com redugdes de 1:15 para desenhos com altura até 440 © 1:30, até 890. -sucessivas microcépias a ocupar posigdes seguidas a toda a largura do rolo (figs. 35 e 36); -as sucessivas microcdpias a mela largura e duas a duas (método duplex, fi -as sucessivas microcdpias de seogdes dos desenhos em formatos alongados (fig. 39). B)- Cartao de janela Trata-se de um cartéo rectangular de, aproxi- madamente, 80 x 150 que tem um furo onde 6 monta- da, usando uma maquina apropriada, uma microcdpia realizada em filme de 35 mm (fig. 40). A parte restante do cartdo destina-se a codificacao com vista @ sua consulta. C)- Microficha A microficha (fig. 41) 6 uma pelicula rectangular do formato ISO-A6 (105x148) onde est&o, devidamente ordenadas, varias microcépias de, por exemplo, paginas de livros, catdlogos, jornais, etc. .8.3- Arquivo de seguranga ‘As microcépias assim obtidas passam a constituir 0 arquivo principal ou de seguranga. Os seus duplicados véo dar lugar aos arquivos activos ou de utlizagao corrente. Esta duplicagao é realizada em duplicadoras automdticas. Podem ser agora destruidos, com seguranga, 0s originais. ‘A restituigdo do desenho (reampliagdo para ser lida e/ou para ser reproduzida) faz-se em leitores dpticos simples (fig. 4 da pag. 30) ou em leitor-reprodutor, de tipo manual ou automatic. 20 Zona de ager 3075 aod imager a5 | SS ) oo 52_lpasso) Fig. 35- Microcépia a toda a largura do rolo Fig. 37- Microcépia em duplex n , I h, 420 (abe) Foret slong . 38- Formato alongado Fig. 39- Microfilme (partes-objecto longo) je janela (80 x 150) ¥ \[ Na microficha, pe (postal de correio), ‘so microfilmadas pé- ins de livros, revis- {as ou jamais, dispon- do as microcépias de \um modo ordenado. Fig, 41- Microficha A6 (105 x 148) 1.3- ELEMENTOS DO DESENHOTECNICO Na representagéo gréfica, num qualquer suporte de desenho, das formas e das dimensdes dos (0.5 mm (representacéo na escala 5:1) Linhaaponteado ESCALA 5:1 $-p-e--6--6-8-G| 05d 34, x: Liha apontsadode d=0.5 mm (epresentagéo na escala 51) Fig. 2-Linha a trago continuo e ponteado 05d [OW OT OOS TS SO OW TW Te 70) beet LTT Esper fino 35; grosso0,7] omen | a 5; groes0 08) | Fig. 3- Espessuras normais (desvio + 0,1d) MALIZAGAO 22/30 -1,4- Tipos basicos de linhas em desenho técnico Podem ser linhas a trago continuo (fig. 4) e linhas @ ‘rago interrompido, em que os tragos tém comprimentos aproximadamente iguais (fig. 6); ou linhas a ponteado (fig.5); ou linha a trago longo-ponto (fig. 7); ou linha a trago longo-dois pontos (fig. 8). Combinando estes tipos de linhas com tragos de duas espessuras (grossa @ fina) usuais nos desenhos técnicos, resulta grande variedade de linhas. Desenhos técnicos com realizagao manual 1-Tendo em consideracao as dimensées dos objectos ‘a desenhar, o que também informa sobre os formatos das folhas a adoptar, deverao ser usados, nos tracados manuais a tinta (com caneta de ponta tubular) e nos tragados a lépis (mina calibrada), de preferéncia, os grupos de linhas: 0,35 (0,18 @ 0,35) 0,5 (0,25 e 0,5) — emfolhas Ad, A3, A2 0,7(0,35 e 0,7) emfolhas A3, A2, At, AO 2-As linhas, num tracado a ldpis, devem ser bem negras @ uniformes para proporcionar boa leitura do desenho € permitir uma reprodugéo aceitével. Desenhos técnicos realizados em CAD Num desenho em CAD 6 possivel proporcionar, ‘com bom rigor gréfico, os comprimentos dos segmentos das linhas, de acordo com as figs. 5 a 8. OBSERVAGOES GERAIS: O espago minimo entre linhas paralelas deve ser duas vezes a espessura da linha de trago grosso e funca inferior a 0,7 mm. Esta distancia tem de ser Tespeitada, mesmo que, por exemplo, na representa- ‘go de uma rosca, o espagamento entre as duas rectas paralelas, dado na tabela, seja inferior. > Devem ser mantidos invariveis os grupos de linhas ‘em todas as representagdes num desenho. em folhas A4, A3, 1.5- Designagao normalizada das linhas Uma linha tem uma designagdo normal, em desenho técnico, citando sucessivamente: Linha ISO 128-20 - n° do tipo da linha x espessura (n° do tipo da linha é dado nas figs. 4 a 8) Exemplo: Linha ISO 128-20 - 04 x 0,25 6a linha a trago longo-ponto de espessura 0,25. .1,6- Utilizagéo convencional das linhas Os diversos tipos de linhas tém o significado dado nna coluna da esquerda da fig. 9, da pagina seguinte e t6m utlizagdo convencional como mostram os exemplos da coluna da direita. 2 [oT- Linha a trago continuo Tipo de nha n° OF resetacke om verde acts, ov ESCALA is | — ness he POS Fig. 4- Linha a trago continuo 07- Link @ porteado Tipodelnha FOF intervalo de 3 Daa ona ie “S080 EeCaLA SY ota. grendeza (ESCALAY. 1 ; §- Ponto e linha a ponteado (02- Linha a aco interrompido Tipo de eles 02 1 Semern a in nha [epresentagéo na Es ESCA 5: pie 34) ptevalods 36 trago dol 125 Trace =tta, ‘smart da nha a 4 1} 75 05 5 | 15 2A 24] ne ana me sin Fig. 6- Linha a trago interrompido [04- Linha a trago longo-ponto Tipo de nha n° 04 omens sie: age ge Per [REPAESENTAGAO AB: tae Lene [34 i ze] nena, ria 0.50 seqneno ainta «tsa | Paolongs bed a 05 a sf am verdad, grandeza (ESCALAY: 1) 0.18 |0,03] 054] 433) (0.25 |0,12]0, 10.35 {0.17} 1. 05 |025| 1 o7 |oa5| 2: Fig. 7- Linha a trago longo-ponto |05- Linha a trago longo-dois pontos ___Linha n° 05 espessura, A ESCALA Si é — Trago__L s2hd [34 i130 jj 30| Interval de 3d pontode < 05d segnento de lina _s05¢ 3052 | tragolongo L = 24d d [050] 3024, ara oe] 0.4] 31 fOReeen om verte, gandezaESCALAY:] 10,18 |0,09| 0,25 |0,12| 0,35 |0,17| 05 10,25 07 [0.35 Fig. 8- Linha a trago longo-dois pontos 23130 i.1- Linha a fraco continuo fino espessures noms sear rns 0.35 “nhs de intersocgSee fticas (aie) -Linnas de cola “has de extenslo (ou de chamada) = 2-Linhas de indicagaoo linhas de reoréncia -Linhas dos tracejados em cortes e secgées {&-Contomos de seog5es rebatdas no local = 7-Linhas de ei @ de contro (quando cutas) ” +.8-Fundos das roscas uteis (quando visiveis) +1 10-Diagonais para aindicaglo de faces planas 17-Linnas de grthas, conerugdes geométrcas, et. 5.18/19: Limite de vistas, de cortes e de secg5es parciais «quando no seja uma inna atrago-porto 25.4.48-Linha a trago continuo fino iregular 035 notre deeorea) espe. 075 7-19- Linha a trago continuo fio com ziguezague (otter no repaco om CAD), eyes ais, 0.1 025 = ee ee 07.2- Linha a trago continuo grosso espessuras v.g espessura_07 espessura_05 F.2.1-Arestas visiveis 1.2.2-Contomos visiveis 51.2.3-Arestas e contomos de cilindros exteriores dos roscados e de rodas dentadas 2.4-Limite de roscas completas (quando visvels) 31.2.8-Linhas de setas que indica cortes @ secs ha a trago longo -ponto tino espessuras: mrthe pelts espes. 035 aobapietlS _espes, 0.25, ‘ar. TLinhas do eixo ede contro 04.1.2Linhas de simetria 04.113-Greunteréncias pimivas de rods dentadas 04.1.4-Circunteréncia dos centtos de furos; Trajectérias ‘AZ: Linha a trago Tongo = ponto grosso espessuras: eopenaury 7 mec 223 ae 94.2: Tndieagao do éroas (initadas) que requarem trata: mento de superticie, por exemplo, tratamento térmico, etc) 04.2.2-Indicagao da posigo de planos de corte 06.1 Linha a trago longo-dols pontos fino espessuras: ie B0S espes 035 thaneypeZE espes. 025 .1-Contomos de peas adjacentes 5.1.2-Posigdes extromas de pecas méveis '3-Linhas dos centros de gravidade 4-Contomos iniciais antes da conformagao 1.5-Elementos situados aquém do plano de corte 5.1.6-Contomos de execugées alterativas [7-Contomos de partes avabadas om pogas om bruto NOTE BEM ___ Estes exempios capitulos dest lv. ig. 9- Tipos de linhas e suas aplicagées em desenho industrial (mecanica) 23 .2- QUALIDADE GRAFICA DOS TRAGADOS .2.4-Tragado de linhas com boa qualidade Os desenhos técnicos devem ter 0 tragado das linhas, em espessura e em tipo, de acordo com as figs. 4 a 8, com rigor, quando em CAD e, com valores aproximados, quando manual. Na fig, 10 so apresentados diversos exemplos de ertos frequentes do tracado e as formas correctas. 2.2- Sequéncia dos tragados nos desenhos ‘A representagao ortografica de um objecto, em dlesenho rigoroso, pode ser comegada por um esquis- 0 (apontamento rapido), realizado com o tragado de linhas finas das principais formas do object. CO esquisso pode ser realizado na folha branca onde se vai fazer (em geral, a lépis) 0 desenho final, ou numa folha separada (em papel cenério, etc.) que, concluido © esquisso, serd coberto pelo papel transparente onde val ser executado o desenho final. Realizagdo do tragado grafico: Aig. 11 dé a sequéncia dos tragados, em que: 1°-Faz-se a representacao dos eixos e dos planos de simetria com linhas a trago-ponto fino; 2°-So tragados 0s arcos e as circunferéncias a partir dos centros jd estabelecidos; '3°-Sa0 prolongados os arcos e delimitados os principais contornos das vistas; 4°-S0 tragadas as linhas de concordancias e outras, ‘como as linhas dos chantros, etc.; 5° e 6°-Nos tragados a lapis, deve-se apagar bem todas as linhas do esquisso que terdo de desaparecer; finalmente, o desenho é passado a limpo, observando a sequéncia: 1- Tragado de todas as linhas finas comegando pelas linhas curvas, depois pelas rectas horizontais, rectas verticais ¢ rectas inclinadas; 2- Tragado das linhas grossas com a sequéncia que foi indicada para as linhas finas; 3- Cotagem ¢ inscrigao das anotagdes.. ou 5° e 6°-Nos desenhos a tinta em suporte transparente, pode ser realizado anteriormente um esquisso em papel separado e a este 6 sobreposto 0 papel vegetal ‘onde € feito o desenho final, observando a sequéncia: 1 Comecar 0 tragado pelas linhas curvas seguidas pelas linhas rectas a trago grosso; 2. Segue-se o tragado das linhas curvas seguidas pelas linhas rectas a trago fino; 3- Cotagem e inscrigao das anotagdes. REPRESENTACAO REPRESENTACAO INCORRECTA CORREC Fig. 10- Tragados correcto e incorrecto de linhas em desenho técnico 7 — fon T WD | KPT ! }4 | CTF Taam apamseser Fag bemon do rae eae "sade re S| —H 4 Dolimitar vistas 6 marcar Tragado das inhas que ‘centros de concordancias, prolongam os arcos eu | ceb pote 6-Representagao ortograti- 5- Tragar os arcos a linha ca de uma pera, ‘grossa do desenho final Fig. 11- Sequéncia do tragado de linhas rectas e curvas em desenho técnico oan

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