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SUMÁRIO
Introdução ---------------------------------------------------------------------------------------------------- 3
Corn Snake primeiras lições ------------------------------------------------------------------------------- 4
Características ----------------------------------------------------------------------------------------------- 6
Fisiologia ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 7
Reprodução -------------------------------------------------------------------------------------------------- 8
Sexagem manual -------------------------------------------------------------------------------------------- 9
Sexagem por meio de um sexador ---------------------------------------------------------------------- 11
Locomoção ------------------------------------------------------------------------------------------------ 12
Estrutura e crescimento ---------------------------------------------------------------------------------- 13
Troca de pele ou ecdise ---------------------------------------------------------------------------------- 14
Doenças e outros problemas ---------------------------------------------------------------------------- 15
Infecções em serpentes ---------------------------------------------------------------------------------- 18
Alimentação ----------------------------------------------------------------------------------------------- 20
O que é constrição? -------------------------------------------------------------------------------------- 22
Como pode uma cobra deslocar seu maxilar? -------------------------------------------------------- 23
Problemas de alimentação ------------------------------------------------------------------------------- 24
Preparando um neonato para alimentação especial -------------------------------------------------- 25
Como fazer uma alimentação forçada ----------------------------------------------------------------- 26
Manipulação ---------------------------------------------------------------------------------------------- 28
Limpeza --------------------------------------------------------------------------------------------------- 29
Água ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 29
Esconderijos ---------------------------------------------------------------------------------------------- 30
Como encontrar uma Corn Snake que fugiu? -------------------------------------------------------- 30
Aquecimento --------------------------------------------------------------------------------------------- 31
Iluminação ------------------------------------------------------------------------------------------------ 32
Substrato -------------------------------------------------------------------------------------------------- 32
Montando um viveiro ----------------------------------------------------------------------------------- 33
Escolhendo sua Corn Snake --------------------------------------------------------------------------- 34
Comprando sua primeira Corn Snake ---------------------------------------------------------------- 35
Zigoto ----------------------------------------------------------------------------------------------------- 35
Pares de cromossomo ----------------------------------------------------------------------------------- 36
Cromossomos -------------------------------------------------------------------------------------------- 37
Mutações -------------------------------------------------------------------------------------------------- 37
Proteínas -------------------------------------------------------------------------------------------------- 38
DNA ------------------------------------------------------------------------------------------------------- 38
Descrição das variações --------------------------------------------------------------------------------- 39

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Caso tenha alguma matéria interessante ou complementar por favor envie para
cornsnake-brazil@hotmail.com. Qualquer dúvida, crítica ou sugestão entre em contato
conosco e não deixe de participar de nossa enquete.
______________________Corn Snake Brazil_______________________

Obs 1: O gene hypomelanistico reduz a quantidade de melanina ou de pigmento preto.


Ao contrário do gene de Amelanistico que elimina todo o pigmento preto o gene
hypomelanistico o conserva porém em menos quantidade. Nota-se também que algumas
das variações acima são muito raras e incomum de se obter, até mesmo por meio de
cruzamentos.

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Obs 2: Mais adiante será feito um tópico sobre morfologia e cruzamentos detalhados,
mas para a curiosidade de alguns pesquisadores aqui vai alguns das dezenas de
cruzamentos conhecidos, estes listados são os mais comuns:

Snow (Amelanistica + Aneristica) Esta variação é composta da cor branca e manchas


rosas. Estes serpentes predominantemente brancas tendem a ter amareladas algumas
regiões do pescoço e da garganta quando maduras. Machas claras são sua característica
podendo puxar levemente para os tons bege, marfim, rosa, ou amarelo. Blizzard
(Amelanistica + Aneristica B) Segundo informações, se diz que estas Corns vem de um
tipo "B anerythristic " capturada em 1984. Blizzards são totalmente brancas sem
marcações ou padrão aparente. Ghost (Hypomelanistica + Aneristica A) Corn Snakes
são um hypomelanistic anerythristic (tipo A) cobras. Eles apresentam vários tons de
cinzas, castanhos, sobre um fundo levemente acinzentado. Phantom (Charcoal +
Hypomelanistica) É necessário primeiramente se obter uma Charcoal e cruzar com uma
Hypo para de obter a Phantom. Pewter Uma variação da Phantom, porém um pouco
mais prateada e manchas mais leves. Butter (Amelanistica + Caramel) Um dois tons de
amarelo com partes brancas entre as marcações. Amber (Hypomelanistic + Caramel)
Amber são hypomelanisticas do caramel, com marcações sobre um fundo levemente
marrom. Opal (Amelanistica + Lavander) Tem o tom rosa e púrpura como destaques.

CORN SNAKE, PRIMEIRAS LIÇÕES

As Corn Snakes ou cobras de milho, igualmente conhecidas como serpentes de rato


vermelho (encontrados em milharais ou em armazenamentos de milho em grande
quantidade) são um grande constrictor poderoso, do genero Elaphes Guttata. As
espécies neste genero, junto com o género Bogertophis e Senticolis, são de tamanho
médio alimentando-se de roedores ou pequenas aves. O dicionário do inglês de Oxford
menciona este uso desde 1676. As serpentes de milho são encontradas durante todo os
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Estados Unidos do sudeste e centrais. Sua natureza dócil, a relutância à mordida. Todas
as serpentes, incluindo as corn snakes, foram perseguidas pelo homem pelo medo
justificável mas igualmente ignorante. A serpente de milho é um exemplo principal
deste último caso, porque são mortos frequentemente porque se assemelham a uma
copperhead (uma espécie muito venosa).
Corn Snakes são muito tímidas, e geralmente mais ativas a noite, porém isto pode variar
de acordo com a temperatura. Em regiões frias as serpentes de milho hibernam durante
o inverno. Mas em áreas mais quentes elas apenas diminuem seu metabolismo, assim
sendo, desde que as serpentes são menos ativas igualmente precisam menos alimento.
Durante o dia escondem-se frequentemente sob a casca de árvore frouxa, abaixo dos
registros, nas fendas das rochas, e buracos feitos por roedores onde procuraram por sua
presa ou em lugares que proporcionem alimento em abundância. As serpentes de milho
são montanhistas, capazes de escalar árvores de pinho verticais aderindo-se à superfície
áspera da casca. Quando ameaçadas, as serpentes de milho golpearão frequentemente e
repetidamente ao vibrar sua cauda. Na vegetação seca a vibração da cauda é similar ao
som de um cascavel. Isto é suficiente para enganar alguns predadores (e seres humanos)
em pensar que são um cascavel. No primeiro caso, o predador é provável que desista de
ameaça-la. Entretanto, no segundo caso todo o ser humano é bem provavelmente que
matará a serpente. Quando as serpentes de milho puderem ser agressivas quando sentem
ameaçadas, podem igualmente ser muito dócis no captiveiro, e mesmo uma serpente de
milho selvagem pode tornar-se doméstica completamente rapidamente.
Mas quanto mais nós aprendermos sobre as serpentes, menos medo nós teremos,
podendo assim apreciar sua beleza e utilidade. As corn snakes, outras serpentes de rato,
e mesmo os copperheads são benéficas ao homem por serem predadores dos roedores,
que podem espalhar doenças e e causar danos as colheitas de alimento. O padrão
atrativo, e cuidado comparativamente simples fazem as Corn Snakes serpentes
excelentes e populares como animal de estimação. No captiveiro, vivem
aproximadamente 15 à 20 anos. Como todas as "serpentes de rato", as serpentes de
milho não são venenosas. De fato as corn snakes receberam este nome do devido aos
fazendeiros que armazenaram seu milho colhido em galpões de madeira. Os ratos foram
atraídos aos galpões pelo milho, e por sua vez, as corn snakes foram atraídas pelos
roedores, sendo elas bastante apreciadas pelos fazendeiros. As serpentes de milho, como
répteis e anfíbios geralmente, têm um metabolismo surpreendente que possa se operar a
baixos niveis de oxigênio e de pressão sanguínea. Isto permite que sobrevivam a longos
períodos em atmosferas esgotadas de oxigênio, sendo este o motivo porque afogar uma
serpente não é eficaz. E mesmo o desconhecido é que os cientistas observaram sinais da
consciência da cabeça de uma serpente por aproximadamente uma hora depois que a
cabeça foi eliminada do descanso do corpo. Clifford Warwick discute-a em seu livro;
Répteis: Mal Entendidos, maltratados e Mal Popularizados" (1990; Produções de
Nower, Reino Unido). E eis porque uma serpente venenosa decapitada pode ainda
morder. É também porque a decapitação é não somente ineficaz, mas completamente
cruel para a serpente. Se um réptil ou um anfíbio precisar ser sacricifado por motivo de
auto-desefa, a melhor maneira d sacrificar é uma destruição completa e rápida do
cérebro; não sendo muito provável sofrer por muito tempo antes da morte.
Misunderstood, Mistreated and Mass-Marketed" (1990; Nower Productions, UK).

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CARACTERÍSTICAS

Uma Corn Snake adulta em média virá a ter aproximadamente 3 a 5 ft. ou seja, 1,20cm
à 1.52cm em um período de aproximadamente quatro anos. Entretanto estão crescendo
sempre. A corn snake mais longa registrada era de 6 ft. ou 1.83cm. Geralmente Corn
Snakes de cativeiro obtem um tamanho maior do que as selvagens, devido a sua melhor
alimentação e a melhor exposição climática. As duas cores principais são vermelha e
pretas. O amarelo aparece nos vários graus e será discutido mais adiante. A genética
atrás da herança da cor pode ser vista inicialmente pelo vermelho e preto (Normal),
somente o vermelho (Amelanismo), somente no preto (Anerismo) e finalmente pela
ausencia das cores (Snow). Há igualmente os fatores que diluído ou o realce de cores,
assim tendo por resultado umas serpentes mais claras ou mais escuras tais como
Okeetee ou Ghost, mas estes são mais complexos e não serão discutidos neste tópico.
O padrão de cada serpente é como um zebra ou uma impressão digital original àquela
serpente. As cores vívas de vermelho, alaranjado, ou as manchas acastanhadas afiadas
com preto e um cinzento ao fundo alaranjado tingido com amarelo, caracterizam o
revestimento lustroso de uma corn snake adulta. Elas possuem geralmente 25 a 38
destas manchas dorsais com um número correspondente de manchas laterais. As
manchas dorsais são geralmente mais largas ao longo da serpente. Há 27 a 29 fileiras
dorsais da escala em torno da circunferência da serpente no meio do corpo. As escalas
ventral (a barriga das serpentes) consistem geralmente alternar as fileiras de preto e
branco, assemelhando-se ao grão do milho (assim dito por muitos).
As Corn Snakes engolem seu alimento inteiro, geralmente começando com a cabeça.
Alimentam-se de pequenos roedores ou pequenos pássaros e seus ovos, que são o
mesmo diâmetro, ou perto do mesmo diâmetro que o serpente. Costumam matar sua
presa primeiramente mordendo para obter um aperto firme então envolve-se
rapidamente umas ou várias bobinas de seu corpo em torno de sua vítima, e
espremendo-a firmemente para sufocar a presa. As serpentes de milho selvagens como a
maioria de outras de serpentes selvagens passam frequentemente dias ou semanas entre
refeições.
As Corn Snakes se reproduzem no início do verão (no Brasil
Agosto/Setembro/Outubro). Elas são ovíparas, que significa que os embriões são
gerados dentro dos ovos os quais são botados e chocados. As fêmeas colocam de 5 à 20
ovos em média, em pilhas da vegetação de deterioração, ou em outras posições onde há
um suficiente calor e uma umidade para incubar os ovos. Os neonatos chocam em 1 a 2
meses.

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FISIOLOGIA

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REPRODUÇÃO

Alguém pode pensar que não ter membros atrapalha a vida amorosa, mas não é o caso
das cobras. Quando uma cobra fêmea está pronta para copular, ela começa a liberar um
perfume especial (feromônio) das glândulas da pele que têm nas costas. Quando sai para
sua rotina diária, ela deixa um rastro de odor à medida em que se impulsiona sobre os
pontos de resistência do solo (veja em Locomoção). Se um macho sexualmente maduro
capta seu perfume, ele segue seu rastro até encontrá-la. A cobra macho começa a
cortejar a fêmea, batendo com seu queixo na parte de trás da cabeça da fêmea, e
rastejando sobre ela. Quando ela está desejosa, levanta a cauda. Nesse ponto, ele enrola
sua cauda em torno da cauda dela para que a base de suas caudas se encontrem na
cloaca (o ponto de saída para excreções e fluido reprodutivo). O macho insere seus dois
órgãos sexuais, os hemipênis, que então se estendem e liberam esperma. O sexo das
cobras geralmente dura uma hora, mas pode durar até um dia inteiro.

As Corn Snakes fêmeas se reproduzem uma vez por ano, geralmente no mês de Agosto
ou aproximado; Corn Snakes colocam ovos (cerca de 15 a 20); elas costumam botar
seus ovos na parte mais quente e úmida do terrário. É necessário acompanhar a gestação
da fêmea principalmente nos dias finais, para que sejam recolhidos os ovos assim que os
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mesmos forem botados. Muitas vezes por falta de lugar adequado, a fêmea pode botar
seus ovos no bebedouro, o que fará com que se perca os ovos se não repirados
imediatamente. Uma caverna apropriada ou uma caixa com musgos e bastante umidade
é ideal para a reprodução e o aproveitamento de todos os ovos.

SEXAGEM MANUAL

Chama-se sexagem manual porque neste método não usamos nenhum instrumento para
examinar o órgão reprodutor de uma serpente. Literalmente nós empurramos o
himepenis para fora de uma serpente macho, uma fêmea mostrará pouco mais de dois
pontos vermelhos minúsculos em vez dos himepenis. Um criador experiente, consegue
distinguir facilmente os sexos. Já um criador iniciante poderá se enganar em seu exame.
Portanto vale a pena refazer a sexagem nas fêmeas, sendo que o himepenis pode não ter
sido descoberto por um erro na sexagem, pois se não for feito corretamente o
procedimento o himepenis não será exposto e consideraremos como uma fêmea. Já os
machos uma vez detectado o hemipenis está terminado o processo. A sexagem manual
geralmente é utilizada em filhotes, porém estes necessitam de ainda mais cuidado.

A sexagem manual se não for feita com cuidado pode ferir a serpente ou danificar seu
órgão reprodutor. Caso não se sinta seguro em realizar tal procedimento, não exite em
procurar alguém com experiência ou um veterinário especializado. Isto vale também
para sexagem com o uso de sexadores. Se você sente-se confiante o bastante comece
fazendo em sua própria serpente filhote. Abaixo vemos algumas fotos que ilustram o
processo. Siga algumas instruções, cada passo é possui uma figura correspondente:

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1- Prenda sua serpente firmemente mantendo o ventre voltado para cima e deixando a
cloaca livre, porém sem fazer pressão sobre o animal para não o machucar, mas o
suficiente para a manter fixa nesta posição. Você observará na cauda uma pequena
abertura (mais parecida com um corte). É ali onde vamos examinar e realizar o
procedimento.

2- Deslize então seus dedos que prendem a extremidade do corpo da serpente, mais
perto do orifício a ser examinado deixando o polegar a ser utilizado sobre o ventre
segurando a extremidade da cauda. A outra mão que irá segurar a serpente e mante-la na
posição ficará com o corpo da serpente. Repare que nas fotos o procedimento está sendo
realizado por um canhoto, e o polegar esquerdo é que está realizando a sexagem. A
visão que temos na foto seria de um espectador e não do examinador. Por isso a visão
como de "ponta cabeça".

3- Com sua outra mão, coloque seu indicador sob a serpente, e coloque seu polegar na
cauda da serpente como está na figura 3. Aproxime a ponta de seu polegar
aproximadamente 6mm da abertura. Lembra-se de quando teve que tirar a impressão
digital para o RG? Lembra-se do movimento circular que fazemos com o polegar sobre
o papel? Este é o movimento a ser feito na sexagem, porém não em todas as direções
como a impressão digital, mas no sentido da cauda à abertura. um movimento leve e
circular. como uma meia lua da da junta até a extremidade da unha. Aplique então
pouca pressão com a esfera de seu polegar, assim levantando a ponta de seu polegar.
Faça com que a cauda dobre-se para baixo ligeiramente.

4- Agora “role” seu polegar realizando o movimento "meia lua" (NÃO FAÇA
CORRER O POLEGAR) para a abertura. Quando a ponta do polegar chegar perto da
abertura, um ou ambos os hemipenes aparecerão se você tem uma serpente macho. 5-
Esta imagem mostra os hemipenes inteiramente para fora. Se nada sair, tente novamente
realizar o processo para termos certeza que se trata de uma fêmea. Adicione um pouco
mais de força desta vez (sem exageros). Se você está examinando uma serpente fêmea,
você deve ver dois minúsculos pontos vermelhos que aparecerão no lugar dos
himepenis dos machos. A foto a seguir mostra um himepenis com um pouco mais de
detalhe.

Observação 1: Um filhote sempre se moverá bastante durante a sexagem. Como já dito


antes os órgãos reprodutivos das serpentes podem ser danificados aplicando demasiada
pressão ao realizar uma sexagem manual. Se você está aprendendo a fazer a sexagem, o
melhor é começar a treinar em um macho conhecido, para aperfeiçoar o procedimento.

Observação 2: O método de sexagem a partir do comprimento da cauda, tendo como


base a distância da cloaca a ponta da calda é uma verdadeira "furada". Jamais tomem
como conclusão o sexo examinado a partir deste método. O tamanho e forma da calda
podem variar de acordo com a genética. É como o formato da cabeça das corns.
Algumas tem a cabeça mais larga que outras. Outras tem uma cabeça mais comprida. O
desenvolvimento a partir da alimentação e a idade alterão estes padrões então utilizados.
É bem verdade que este método pode ser adotado por um especialista ao olhar e dar um
parecer sobre o animal na natureza, porém nem mesmo os especialistas experientes
conseguem efetivamente identificar o sexo da serpente.

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SEXAGEM POR MEIO DE UM SEXADOR

Os sexadores são instrumentos usados para determinar o sexo das serpentes procurando
pelos himepenis (o nome para o órgão reprodutivo das serpentes macho). Em uma
serpente macho, esse órgão possui duas pontas e encontra-se logo atrás da cloaca em
sentido a cauda. Os machos adultos possuem uma cauda um pouco mais “espessa”
devido ao desenvolvimento do himepenis. (Figura 1). Mostraremos aqui como realizar
uma sexagem com e sem um sexador. Segurando a serpente com o ventre para cima a
ponta do sexador é introduzida sob a cloaca no sentido que aponta para a cauda. Dobrar
a cauda para trás facilita ligeiramente o processo de encontrar a cloaca. Manuseio o
sexador “delicadamente” e com cuidado para não perfurar a serpente. Muitos utilizam
de lubrificantes tal como o “KY”, ou mesmo água, pode ser aplicado à ponta de prova
do sexador para facilitar introdução. Dobre a ponta de prova um pouco em vários
sentidos ao sondar até que uma abertura seja encontrada, a seguir tente-a deslizá-la mais
para a ponta da cauda. Cuidado com a pressão colocada no sexador ao procurar a
abertura do himepenis. Demasiada pressão pode causar ferimento.

Por causa da elasticidade dos hemipenes, a ponta de prova terá ligeiramente uma
sensação mais suave quando introduzido inteiramente no órgão de um macho, a ponta
de prova deslizará para baixo. O mesmo procedimento em uma fêmea produzirá um
bloqueio mais firme, pois a ponta de prova encontra somente uma parede muscular na
base de sua cauda. Existem outros tipos de sexadores, porém não entraremos em
detalhes aqui.

A Figura 2 mostra a cauda de uma fêmea e de macho, As fêmeas têm glândulas


pequenas que emanam um odor (em época de acasalamento) em suas caudas, mas nunca
tão profundas quanto os hemipenes dos machos. Em um macho adulto penetrará cerca
de 3cm. Em um folhote apenas alguns milimetros. A última figura mostra diferentes

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tamanhos de sexadores e a realização de uma sexagem em uma Corn Snake por meio de
um sexador comum.

LOCOMOÇÃO

A explicação sobre a agilidade das cobras são as centenas de vértebras e costelas que
estão intimamente ligadas a sua locomoção. Chamamos esta união de escamas ventrais.
Essas escamas retangulares especializadas cobrem a parte de baixo da cobra,
correspondendo diretamente ao número de costelas. As margens de baixo das escamas
ventrais funcionam como a superfície de um pneu, aderindo ao solo e fazendo a
propulsão da cobra para frente. As serpentes têm quatro métodos de movimento os
quais estão especificados na figura acima.

Serpentino - esse movimento em forma de S, também conhecido como locomoção


ondulatória, é usado pela maioria das cobras terrestres e aquáticas. Começando no
pescoço, a cobra contrai seus músculos, impulsionando seu corpo de um lado para o
outro, criando uma série de curvas. Na água esse movimento facilmente faz a propulsão
da cobra para frente porque em cada contração ela empurra para trás parte do corpo
d'água. Na terra, a cobra geralmente encontra pontos de resistência na superfície, como
pedras, ramos ou saliências, usando suas escamas para empurrar todos os pontos de uma
só vez, impulsionando-se para a frente.

Ondulação lateral - em ambientes com poucos pontos de resistência, as cobras podem


usar uma variação do movimento de serpentina para se locomover. Contraindo seus
músculos e arremessando o corpo, elas criam uma forma de S que tem apenas dois
pontos de contato com o solo; quando se impulsionam, movem-se lateralmente. Uma
boa parte do corpo fica fora do solo enquanto ela se move.

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Retilíneo - um método muito mais lento para movimentar-se é o estilo lagarta ou
locomoção retilínea. Essa técnica também contrai o corpo em curvas mas essas ondas
são bem menores e se curvam para cima e para baixo, ao invés de para os lados. Quando
uma cobra usa o movimento de lagarta, os topos de cada curva levantam acima do solo
enquanto as escamas ventrais da base empurram o chão, criando um efeito encrespado
similar a uma lagarta se movendo;

Sanfonado - os métodos anteriores funcionam bem para superfícies horizontais, mas as


cobras escalam usando a técnica sanfonada. A cobra estende a cabeça e a frente do
corpo ao longo da superfície vertical e então encontra um lugar para agarrar com suas
escamas ventrais. Para conseguir se firmar bem, ela amontoa o meio do seu corpo em
curvas apertadas que agarram a superfície ao mesmo tempo que traciona a parte de trás
para cima; ela então salta para frente para encontrar um novo local para agarrar com
suas escamas.

Obs: As serpentes não adotam apenas um maneira de locomoção, mas variam entre
estas maneiras de acordo coma necessidade.

ESTRUTURA E CRESCIMENTO
O comprimento das cobras varia de 1,20m a 1,50m, raramente ultrapassando isto.
Centenas de minúsculas vértebras e costelas cobrem essa distância e se conectam umas
às outras através de um sistema complexo de músculos, criando uma flexibilidade
incomparável. Uma pele extremamente elástica se prende aos músculos e é coberta por
escamas feitas de queratina, a mesma substância das nossas unhas. As escamas são
produzidas pela epiderme, a camada externa da pele. À medida que a cobra cresce, o
número e padrão das suas escamas permanece o mesmo, embora a cobra troque suas
escamas muitas vezes no curso da vida.

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Ao contrário das pessoas, que descamam constantemente a pele gasta soltando
minúsculos pedaços, as cobras trocam todas as suas escamas e a pele externa de uma
vez só durante um processo chamado de troca de pele. Quando a pele e as escamas
começam a ficar gastas pelo tempo e atrito, a epiderme começa a criar novas células
para separar a pele velha da camada interna que está se desenvolvendo. As novas
células se liqüefazem, fazendo a camada externa amolecer. Quando a camada externa
está pronta para cair, a cobra raspa as margens da sua boca contra uma superfície dura,
como uma pedra, até que a camada externa comece a se enrolar ao redor da cabeça. Ela
continua se raspando e rastejando até ficar completamente livre da pele morta. O
processo de troca de pele, que leva cerca de 7 dias, podendo variar de acordo com a
humidade e é repetido de tempos em tempos.

Como as pessoas, as cobras crescem rapidamente até atingirem a maturidade, o que


pode levar de 2 a 4 anos, porém a partir de um ano e meio já podem se reproduzir se
tiverem um bom desenvolvimento; contudo, seu crescimento, embora seja muito mais
lento depois da maturidade, nunca pára. Esse é um fenômeno conhecido como
crescimento interminável. Uma Corn Snake pode viver cerca de 12 a 15 anos, alguns
criadores tem registros que chegam a cerca 20 anos.

TROCA DE PELE OU ECDISE

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As serpentes devem periodicamente verter sua camada exterior de pele para sair uma
pele mais flexível, mais nova, assim permitindo que elas cresçam. As Corn Snakes
demoram geralmente de 7 à 10 dias do começo de seu ciclo de troca de pele ao final do
processo, e durante este tempo é menos provável que ela venha a comer. Deve evitar
alimentá-la assim que se indentificar o ciclo de troca de pele para que ela possa ter um
ciclo mais fácil e rápido. A serpente pode tornar-se nervosa e menos tolerante ao
manuseio neste período. O motivo é que durante este ciclo as serpentes preferem ficar
sozinhas, e sua visão limitada devido o desprendimento da pele (inclusive sobre os
olhos) dificultam sua visão, fazendo que ela veja somente vultos, o a levará a dar um
“bote” se sentir-se ameaçada ou insegura. Quando sua serpente está começando seu
ciclo de troca de pele, suas cores marcantes e seus olhos ficarão acinzentados por uns
dias. De 2 à 3 dias após estes sintomas, poderá observar os olhos se desobstruído do
acinzentado, é uma boa idéia neste momento levantar a umidade do viveiro
pulverizando a serpente (dorso) e o viveiro com água morna, ou adicionando uma bacia
de musgo úmido dentro do cerco, assim ajudando a serpente a hidratar-se mais
facilmente e verter sua pele, que será agora apenas em alguns dias. Uma serpente deve
verter sua pele completamente, mas se a pele velha está em partes, é sinal de uma baixa
umidade. Se sua Corn Snake verteu apenas parte da pele, banhe-a na água morna
(jamais quente) por uns minutos, para ajudá-la a afrouxar todas as partes de pele velha.
Porém não é obrigatório este processo, sendo que a serpente verterá a pele de qualquer
maneira, em algum tempo a mais. Tente assegurar-se de que toda a pele velha esteja
removida depois que a serpente verteu, não fazer isto poderia conduzir às bactérias que
crescem sob as camadas de pele velha. Uma vez que o ciclo de troca de pele estiver
terminado, é provável estar com fome a serpente, procurando sua refeição seguinte,
embora algumas serpentes não gostam de comer imediatamente a sua troca de pele.

DOENÇAS E OUTROS PROBLEMAS

A desidratação é um problema que pode ocorrer com sua Corn Snake, geralmente
ocorre em filhotes. Pode acontecer por falta de água ou pela serpente não beber
frequentemente. As serpentes não podem digerir o alimento se estiverem desidratadas.
Para dagnosticar a desidratação observe a pele em torno da garganta, se estiver enrugada

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ela está desidratada. Dê imediatamente água limpa a ela. Se além da pele enrugada no
pescoço ela está com a pele “sobrando” na cauda, então ela está severamente
desidratada. Você deve então leva-la a um veterinário o quanto antes. O tratamento
adiantado é a melhor maneira de evitar mais tarde problemas sérios e caros.

Ácaros e outros parasitas


Os ectoparasítas e os ácaros podem igualmente ser fatais. A infestação pode ser tratada
por você mesmo, mas se a serpente possui uma infestação severa você deve considerar a
hipótese de um veterinário. Os ácaros aparecerão como pontos vermelhos, pretos, ou
brancos rápidos e pequenos podendo mover-se na superfície da pele. A maneira mais
segura de remover um ácaro é por meio de um banho morno e longo, em alguns
centímetros de água e por alguns minutos, ou até você veja os ácaros sair e estarem
afogados na água. Isto pode levar cerca de 20 min. à 1 hora. Pegue uma vasilha, coloque
um pouco de água morna (Cuidado com a temperatura, água morna não queima e a em
sua pele) permitindo que a serpente fique mergulhada por inteiro. Deixa alguns minutos
dentro da vasilha, se necessário tampe-a deixando uma saída de ar e um espaço vago
(não coloque água até a borda). Após isto você deve desinfetar a vasilha utilizada por
completo.
Algumas infecções e doenças podem manifestar-se pelo muco que sai das narinas,
causado geralmente por microorganismos existentes no viveiro. Tenha o cuidado de
mantê-lo limpo e livre de fungos e formigas. Para mais informações e detalhes, leia o
tópico sobre limpeza do viveiro.
Se sua Corn sempre regurgita após as refeições colete este material e leve-o a um
veterinário especializado. Da mesma forma, se ela não tem digerido por completo o
alimento e em suas fezes tiver partes do rato, colete este material e leve-o para o
especialista. Isto pode ser causado por algum endoparasita.

Ferimentos na pele
Pode acontecer por falta de cuidados ferimentos na pele da serpente. Criadores
inesperientes podem causar ferimentos na pele da cobra ao tentar uma alimentação
forçada quando a serpente está no período de troca nde pele. Pode ocorrer também por
contado com superfície pontiagúda. Este ferimento será como um "rasgo" na pela da
serpente. Deve-se procurar um veterinário em caso de perfuração ou mordida. Caso o
ferimento não tiver profundidade e somente for um "rasgo" na pele o tratamento é
bastante simples. Primeiro separe esta serpente de outras, deixando-a isolada em um
pequeno recipiente, evitando que ela se mova muito. Coloque um pouco de musgo
(Musgo especial para répteis) e molhe bastante, para manter uma alta umidade. Caso
não encontre o musgo, use papel toalha e molhe-o constantemente. Não esqueça de
deixar um bebedouro com água limpa. Deixe uma fonte de calor bem próxima a ela para
manter então uma temperatura alta. Não alimente sua serpente até que o ferimento tenha
fechado. O ferimento irá fechar sozinho. Espere até a troca de pele, a nova pele irá
ajudar na cicatrização e aos poucos a marca do ferimento somirá.

Cloacoliths
A desidratação das serpentes prisioneiras (especial se de longa data) pode conduzir à
secagem de excreções urinárias. Quando isto ocorre, as “pedras” do ácido urico tendem
a dar forma dentro da cloaca (“cloacoloths "). Sua presença nesta posição impede a
expulsão de secreções (constipação), que cria esta doença séria. A desidratação é um
sinal de doença e não de uma doença nse, assim que transforma-se a tarefa do
veterinário determinar o problema subjacente que causou a desidratação. A
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"Cloacoliths" geralmente pode ser retirada manualmente, com paciência e a ajuda de
enemas de óleo mineral. Somente um veterinário experiente deve tentar este
procedimento.

Prolapsos
Um prolapso ocorre quando um órgão se inverte para fora e se projeta com a abertura
externa usual desse órgão. Os prolapsos da cloaca e dos órgãos reprodutivos não são
raros entre as serpentes prisioneiras. Frequentemente a causa não pode ser determinada.
Durante a colocação de ovos pode precipitar os prolapsos ou relativos às pedras do
ácido urico. As infecções parasíticas ou outras doenças intestinalis podem igualmente
conduzir às prolepses. O auxílio veterinário é essencial nestes casos tratar o prolapso e
determinar a causa subjacente, se possível.

Troca de pele anormal


Ocorre quando a seqüência de eventos normal do processo de troca de pele for
interrompida de algum modo. Isto conduz geralmente aos poucos a uma vertente e/ou a
uns tampões retidos do olho. As causas incluem a doença interna séria, a umidade
relativa inadequada, e ferimento precedente (que inclui a cirurgia) à pele e às escalas,
parasitismo externo, falta dos objetos adequados de encontro a que para friccionar no
início da vertente, e dos problemas da glândula de tiróide. Uma vertente anormal indica
um problema que exija a atenção imediata. Nestes casos, considere todas as causas
acima mencionadas e o auxílio do veterinário. O tratamento de uma serpente com pele
retida de uma vertente anormal envolve primeiramente embeber a serpente na água
morna (jamais água quente) por diversas horas. Uma toalha úmida pode então ser usada
para descascar delicadamente fora fragmentos retidos da pele. Uma alternativa a este
método manual envolve rolar a serpente confortavelmente em toalhas húmidas,
permitindo que rasteje-se para fora, deixando os fragmentos teimosos da pele para trás.
Este procedimento pode ser repetido caso necessário.

Tampões retidos do olho


É uma frequente manifestação de uma uma troca de pele anormal. Os tampões do olho
representam as camadas celulares ultraperiféricas das córneas (as parcelas transparentes
dos olhos), que são renovadas cada vez que as camadas ultraperiféricas da pele são
vertidas. Os tampões retidos devem primeiramente ser amaciados pela aplicação de uma
pomada apropriada para o olho. Em seguida, um veterinário experiente deve tentar
remover com cuidado os restos córneos. Um criador inexperiente nunca deve tentar este
procedimento.

Cancro
Ocorre nas serpentes, mas o número de relatórios é muito limitado. Alguns tumores
foram diagnosticados em serpentes vivas, mas a maioria foram diagnosticados na altura
da autópsia. Como com mamíferos, os tumores das serpentes podem ser benignos ou
malignos e originar de todo o órgão ou tecido do corpo, incluindo o sangue. Os
constrictores parecem ser afetados mais frequentemente pelo cancro do que outras
serpentes mantidas geralmente no cativeiro. Esta observação, entretanto, pode ser o
resultado do número desproporcionalmente grande de serpentes constrictoras de
criadores por causa de sua grande popularidade. É interessante anotar, entretanto, que a
maioria dos problemas que nós diagnosticamos nas serpentes envolveram constrictores.
Os criadores devem procurar ajuda veterinária quando um crescimento ou uma

17
protuberância for detectada em suas serpentes (especialmente se for um constrictor). As
feridas que não se curam apesar do tratamento devem ser ingualmente suspeito.
Falha do órgão
A falha da função do órgão vital pode ser o resultado do avanço da idade ou o cancro,
mas é geralmente uma conseqüência de doença crônica e não-verificado entre as
serpentes em cativeiro. Doença que for detectada e não for tratada pode ter uma grande
evolução, e às vezes, conseqüências fatais. Sob estas circunstâncias, a função do órgão é
extremamente comprometida e o metabolismo é ameaçado. A desidratação e o acúmulo
do ácido urico dentro dos rins e possivelmente outros órgãos vitais mais adicionais
complicam o retrato.

INFECÇÕES EM SERPENTES

Novamente para os criadores iniciantes vale apena salientar que não se assustem com
estas infecções. Raramente acontecem, podendo ser bastante raro se você ter o devido
cuidado com sua Corn Snake. Porém vale apena listarmos aqui algumas doenças
infecciosas para termos conhecimento e sabermos identificar-las.

Podridão da boca (infecciosa ou stomatitis ulceroso): É uma infecção bacteriana


progressiva que envolve o forro oral. Pode começar com aumento da salivação
causando frequentes bolhas de saliva na boca. A inspeção próxima do forro oral revela
áreas pontuais minúsculas do sangramento. O forro oral inflama cada vez mais e o pus
começa a acumular dentro da boca, especialmente entre as fileiras dos dentes. Enquanto
a doença progride, o osso subjacente torna-se contaminado e os dentes caem. Esta
infecção deve ser reconhecida nas fases iniciais para invertê-la com sucesso. O criador
deve procurar a ajuda veterinária logo que for detectado o problema. O veterinário pode
querer coletar uma amostra de saliva / espécime do pus para que a cultura bacteriana e o
teste antibiótico subseqüente da sensibilidade determine os antibióticos apropriados a
serem usados. Uma amostra de sangue pode igualmente ser coletada para avaliar
exatamente o status interno e total do paciente. A podridão da boca é frequentemente
uma manifestação externa de problemas internos mais sérios. O tratamento inicial
envolve injeções das vitaminas A, do complexo de C e de B, assim como antibiótico. O
cuidado diário ou duas vezes por dia a limpeza da boca, a aplicação de antibióticos
tópicos, a administração dos líquidos para combater a desidratação e os efeitos
prejudiciais possíveis de determinados antibióticos, e as alimentações forçadas
periódicas. Geralmente, as serpentes com acumulações pesadas de pus e os ossos
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contaminados da maxila são pouco prováveis de se recuperar por completo, mesmo com
esforços veterinários mais agressivos. Você deve estar alerta às fases iniciais da doença
e caso tenha uma serpente infectada não deixe de periodicamente inspecionar a boca de
outras serpentes que você tenha.
Infecções respiratórias: Podem ser causadas por infecções virais e podridão da boca.
Alguma doença respiratória pode ser a conseqüência do substrato inadequado. Os sinais
incluem a respiração, descarga, borbulhagem nas narinas ou na boca, tossir e abrir a
boca para respirar. O demasiado e prolongada exposição às baixas temperaturas também
podem levá-las a adquirir problemas deste tipo. (No Brasil as regiões Sul e Sudeste
necessitam de um aquecimento eficaz). O tratamento deve ser por meio de um
veterinário. Um exame de bactérias da traquéia e o teste antibiótico subsequente devem
ser empreendidos para se identificar às bactérias e os antibióticos apropriados para
serem utilizados. O veterinário pode igualmente recomendar coletar uma amostra de
sangue para determinar a extensão da doença e para ver se houve evolução até os órgãos
internos. A terapia antibiótica deve ser por injeção e pode ser a longo prazo,
especialmente em casos severos e de longa data. A terapia da inalação (vaporização ou
nebulização) é empregada freqüentemente como parte do tratamento, porém
dificilmente encontrado no Brasil.

Infecções por meio de fungos: Fungos podem causar infecções superficiais e


profundas nas serpentes. A maior parte destas infecções envolvem a pele e o sistema
respiratório. As infecções dos olhos são mais provável de ocorrer nas serpentes
abrigadas em ambientes úmidos e contaminados por fungos. As serpentes devem ser
abrigadas em viveiros limpos e secos. O revestimento deve ser de fácil limpeza como
vidros ou plásticos e não deve ser de um material que incentive o crescimento fungos
como a madeira por exemplo. Um veterinário deve examinar as serpentes que exibem
problemas com sua pele ou olhos o mais cedo possível. Uma exame microbiano e uma
biópsia da pele podem ser necessárias para obter um diagnóstico. O tratamento de
doenças fungosas envolve o uso oral ou injetável de agentes anti-fungosos tópicos e
sistemáticos. A prevenção da doença fungosa envolve corrigir problemas subjacentes
com o viveiro, objetos e substratos.

Doença da bolha: É comum em répteis prisioneiros. É mais frequentemente associada


com a manutenção destes animais em ambientes úmidos e sujos. O primeiro sinal é uma
pequena mancha avermelhada ou rosada. Mais tarde, estas escalas tornam-se inchadas e
contaminadas pelas bactérias e pelos fungos (bolha). Na primeira suspeita desta doença,
você deve procurar a ajuda de um veterinário. O tratamento envolve o uso de
antibióticos e injetáveis. Porém o saneamento e os problemas subjacentes da higiene
devem ser corrigidos. A doença da bolha não ocorrerá se o viveiro em que as serpentes
estão abrigadas for mantido seco e limpo.

Septicaemia: Uma grande variedade de bactérias pode causar infecções internas


generalizadas (septicaemia). Estas bactérias podem invadir o corpo e criar feridas e
abcessos atingindo o sistema respiratório, gastro-intestinal e reprodutivo. Os sinais
podem ser a letargia, a anorexia, a desidratação, e constante regurgitação do alimento
digerido de maneira incompleta e o sangramento da pele. A ajuda de um veterinário
experiente é essencial nestes casos. O veterinário pode realizar uma coleta o exame
bacteriano e antibiótico, assim como umas ou várias amostras de sangue determinam
exatamente a extensão da doença, mesmo se os vários órgãos internos estão envolvidos,
e como meios de monitorar o progresso do paciente. O tratamento envolve o uso de

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antibióticos injetáveis e o cuidado apropriado (alimentação forçada e injeção de
vitaminas). O tratamento geralmente é longo e os cuidados são essenciais a um
resultado favorável.
Infecções no olho: As serpentes em cativeiro podem vir a sofrem infecções no olho. As
infecções podem ser superficiais ou mais extensivas, envolvendo o olho inteiro. As
infecções superficiais podem resultar de ferimento suave ao olho. Ocorrem sob o
tampão retido (pele que cobre o olho). As infecções deste tipo devem ser reconhecidas
prontamente e tratadas para impedir que a infecção tome ao olho inteiro. O tampão
retido do olho deve primeiramente ser removido totalmente se possível. As infecções
que envolvem o olho inteiro podem resultar do traumatismo do olho, grande ferimento
ou da infecção septicaemia. No último caso, as bactérias entram no olho pela circulação
sanguínea. A ajuda veterinária é essencial nestes casos. O tratamento envolve o uso de
antibióticos injetáveis.

Infecções virais: Nas serpentes, os vírus são extremamente difíceis de se detectar e


identificar. São igualmente difíceis e muitas vezes impossíveis de se tratar. As infecções
virais conduzem aos crescimentos de tumores em muitas espécies de serpentes. Outros
vírus podem causar doenças do sistema digestivo, respiratório e nervoso entre as
serpentes. Um exemplo é uma encefalite viral recentemente reconhecida que afeta
Pythons e constritores como a Corn Snake. As espécies afligidas exibem uma
deterioração gradual do cérebro e morrem eventualmente. A maior parte dos vírus são
altamente contagiosos. Os criadores devem estar cientes de isolar serpentes
recentemente adquiridas 6-8 semanas das criações existentes. O motivo é que
desconhecemos os métodos e cuidados do antigo criador. Isto envolve a isolação
completa de serpentes novas e do exame minucioso cuidadoso durante este período para
todos os sinais da doença. Caso não deseje levar sua nova serpente ao veterinário,
examine-a de acordo com os sinais descritos nestes tópicos.

Observação: Dificilmente sua serpente adquirirá alguma doença ou infecção se tomar


os devidos cuidados e prevenções quanto a higiene e detalhes neste blog mencionado..

ALIMENTAÇÃO

No cativeiro as Corn Snakes são alimentadas com camundongos que são comprados
congelados ou criados e oferecido vivo para as serpentes. Um camundongo congelado
deve ser aquecido à temperatura do corpo. As Corn Snakes começam a se alimentar

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com neonatos de camundongos, e progridem até grandes ratos adultos. Você pode
alimentar uma Corn Snake duas vezes por semana, dependendo do tamanho alimento
uma vez por semana geralmente é o bastante. Nota: você pode ouvir alguns criadores
não recomendar alimentação viva para sua serpente, alegando que as serpentes podem
igualmente ser feridos durante o processo de alimentação através de uma mordida do
camundongo. Outros alegam que ao congelar a presa muitas bactérias são exterminadas.
Um mito comum sobre a alimentação com camundongos vivos, é que os répteis e os
anfíbios comerão somente a rapina viva. Isto não é totalmente comprovado. A maioria
dos répteis e de anfíbios encontrados no comércio de animais de estimação podem
facilmente ser convertidos à alimentação na rapina abatida. Muitos defendem a
alimentação viva por ser mais "natural" e para que ocorra o bote e a constrição da
serpende.
Você deve alimentar sua Corn com ratos que são próximos ao mesmo diâmetro que ela.
Se a presa é demasiada grande a serpente pode regurgitar. As serpentes igualmente
regurgitam o alimento se são manipuladas em demasia logo após a alimentação, ou se
não têm uma área morna para descansar, sendo o calor bastante necessário para sua
digestão.
Estão aqui 10 dicas sobre a alimentação. 1. Alimente somente a sua serpente com um
camundongo que não seja muito mais largo do que ela. Até uma vez e meia mais larga
do que a parte a mais larga da serpente. 2. Quando alimentar sua Corn Snake com
alimento congelado aqueça-o à temperatura ambiente, mergulhando-o na água morna,
ou usando um secador de cabelo, NUNCA em um forno de microondas. Caso opte por
congelar o camundongo, pode-se separa-los um dos outros (alguns criadores utilizam
sacos plasticos para a separação) evitando assim que grudem entre dificultando a
retirada ou fazendo que eles quebrem algumas partes, como patas por exemplo. Um
camundongo dura cerca de 3 meses no congelador e próximo a um ano em um bom
freezer. 3. Certifique-se que o alimento que você oferece sua serpente não está
congelado ainda parcialmente, nem demasiado quente, ambos podem ser prejudiciais. 4.
É importante ter uma área mais quente em seu viveiro, pois as Corn Snakes precisam de
calor para digerir corretamente sua refeição. Uma serpente fria pôde regurgitar sua
refeição. 5. Alguns criadores preferem alimentar suas serpentes fora do viveiro. Isso é
feito dentro de um tanque ou caixa plástica. Dentre muitos argumentos usados, a higiene
é o mais marcante. Pois um rato geralmente solta urina no momento da constrição.
Porém se você costuma alimentar com ratos abatidos não terá este problema. Caso
decida alimentá-la dentro do próprio terrário, verifique que o tipo de substrato que você
utiliza não ficará grudado na presa no momento da alimentação, fazendo com que sua
serpente o engula. 6. Tente não manusear sua Corn Snake após a alimentação, pois pode
faze-la regurgitar sua refeição. 7. Se sua serpente recusar o alimento, pode ser que
começou seu ciclo de troca de pele, ou que a temperatura está baixa, ou que o alimento
não está morno o bastante. Caso for a baixa temperatura do alimento coloque
novamente o alimento na água morna e os aqueça outra vez. 8. As serpentes de milho
não gostam de áreas extensas, especiamente quando estão tentando o comer. Pode notar
que suas serpentes comem mais prontamente quando são deixadas para comer em uma
área pequena, tal como uma pequena caixa plástica. 9. As Corn Snakes filhotes
precisam de comer 1 neonato entre 3 à 5 dias pelos primeiros 4 meses. Após isto pode-
se dar 2 neonatos ou 1 camundongo de poucos dias a cada 4 à 7 dias. Uma Corn Snake
adulta comerá um camundongo adulto por semana, podendo estender este intervalo à 10
dias e a 14 dias com o passar dos anos. 10. Lave suas mãos completamente após ter
tratado de roedores, isto não é apenas para a higiene, mas sim pelo motivo que mãos
mornas com cheiro de roedores é um candidato ideal para que uma serpente de um bote!

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É uma boa prática lavar suas mãos antes, e após ter tratado de sua serpente, este será
benéfico à serpente e a você.

O QUE É CONSTRIÇÃO?

Todas as serpentes são carnívoras, mas espécies diferentes possuem dietas bem
distintas, que podem variar entre muitas espécies de animais. Nossa Corn Snake se
alimenta basicamente de Ratos. Como criadores, as alimentamos com camundongos.
Embora não possuam membros, as serpentes são caçadoras incríveis, agindo por meio
da discrição, olfato ou velocidade. Todas devem engolir sua presa integralmente, sendo
que esta costuma ser morta por ação do veneno da serpente ou por constrição, que é a
maneira que a Corn Snake mata sua presa. Embora pequenas presas, como neonatos de
camundongos, possam ser capturados e engolidos vivos, ratos adultos costumam
oferecer uma resistência maior e lutar mais antes de se entregarem. Por isso, é
necessário que a serpente mate estas presas antes de comê-las. A constrição consiste em
que no momento do ataque, a serpente prende sua mandíbola no animal e enrolam seu
corpo em volta da presa e apertam seus músculos, aplicando uma grande pressão, até
que esta pare de respirar. A presa morre por asfixia e não por esmagamento. Corn
Snakes são ótimas constritoras.

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COMO PODE UMA COBRA DESLOCAR SEU
MAXILAR?

Embora as várias espécies de cobras tenham métodos diferentes de encontrar e pegar a


presa, todas comem basicamente do mesmo modo, incluindo nossa Corn Snake. Suas
mandíbulas incrivelmente expansíveis possibilitam-lhes capturar animais de tamanho
muito maior e engoli-los inteiros. Enquanto a mandíbula superior do homem é fundida
ao crânio e portanto imóvel, a mandíbula superior da cobra está ligada à caixa craniana
através de músculos, ligamentos e tendões, o que permite mobilidade de frente para trás
e de um lado para o outro. A mandíbula superior se liga à mandíbula inferior pelo osso
quadrado, que funciona como uma dobradiça dupla de modo que a mandíbula inferior
pode se deslocar, permitindo que a boca abra em até 150 graus. Além disso, os ossos
que formam os lados das mandíbulas não estão fundidos na frente, como no queixo
humano; em vez disso estão ligados pelo tecido muscular, permitindo que os lados se
separem e movam independentemente uns dos outros. Toda essa flexibilidade é útil
quando a cobra encontra uma presa maior do que a própria cabeça: a cabeça pode
esticar para acomodar a presa.
Quando a cobra está pronta para comer, ela abre a boca e começa a "andar" com sua
mandíbula inferior em direção à presa, ao mesmo tempo que os dentes curvados para
trás seguram o animal (um lado da mandíbula puxa para dentro enquanto o outro se
move para a frente para dar a próxima mordida). A cobra molha completamente a presa
com saliva e por fim a traciona para dentro do esôfago. A partir daí, usa seus músculos
para simultaneamente esmagar a comida e empurrá-la mais para dentro do trato
digestório, onde é digerida e os nutrientes resultantes absorvidos.
Mesmo com todas essas vantagens, comer um animal vivo pode ser um desafio. Por
causa disso, algumas cobras têm desenvolvido a habilidade de injetar veneno na presa

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para matar ou subjugar o animal antes de comê-lo. Algum veneno inclusive ajuda a
iniciar o processo de digestão. Cobras com esse eficiente instrumento precisam de um
modo igualmente eficiente de colocar o veneno dentro do sistema do animal: presas.
Porém nossa Corn Snake não possui veneno e muito menos presas afiadas, o que a faz obrigatóriamente
uma ótima constritora.

PROBLEMAS DE ALIMENTAÇÃO

Corn Snakes podem ter alguns problemas quanto a alimentação. Alguns dos motivos
que levam a isto podem ser:

1- As serpentes não podem digerir o alimento se estão desidratadas. Se a pele em torno


da garganta é enrugada ou se está “sobrando” pele na cauda, então ela está severamente
desidratada. Talvez isto leve-a a rejeitar o alimento.

2- O problema o mais comum é a serpente regurgitar. Alguns fatores podem levar a isto.
A causa a mais comum é que o viveiro não está morno o bastante. A temperatura baixa
(parcialmente congelado) do neonato ou a alta temperatura do mesmo (muito aquecido).
Outra causa comum é que o camundongo é demasiado grande. As Corn Snakes têm o
apetite que são às vezes maiores do que seus estômagos, isto também pode levar ela a
regurgitar o alimento. As soluções óbvias a estes problemas são manter uma
tempetatura adequada e alimenta-las com camundongos ou neonatos menores.

3- Outro problema frequentemente encontrado é a recusa da serpente em comer, comum


nos filhotes. Ambas as causas acima podem ser a causa de sua serpente que não comer,
e outra vez, as soluções são indicadas acima. Uma outra razão para uma Corn que não
come é que está em um ciclo de acoplamento ou em um ciclo do hibernação (para
serpentes adultas). Os machos especial pararão de comer após ter saído de uma
hibernação. As fêmeas pararão de comer se estão cheias dos ovos. Os machos e as
fêmeas podem parar de alimentarem-se se houver uma queda brusca na temperatura
média de seu viveiro, ou se houve um declínio progressivo do comprimento do dia
(bastante comum ocorrer com Corns selvagens). Eu não me preocuparia se uma Corn
Snake adulta e saudável não comesse por uns vinte dias, e eu provavelmente começaria
a me preocupar a partir de um mês. Já os filhotes podem não comer por razões naturais.
A própria natureza já seleciona e controla o crescimento das populações de animais.
Sendo que alguns já nasceram "para serem presas de outros" animais. Se você adquiriu

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uma filhote de Corn Snake que não só rejeita o alimento como foge dele pode ser o seu
caso. Se for o caso, não há motivos para desespero. entretanto sua Corn necessita de
alguns cuidados a mais. Tente fazer um pequeno corte na cabeça do neonato, o cheiro
do sangue pode atraí-la e fazer com que ela se alimente. Tente dar um neonato vivo ou
agita-lo em frente a ela para "chamar sua atenção". Se estes meios falharem, será
necessário forçar a alimentação. Após alguns meses a Corn Snake passa a se alimentar
sozinha e normalmente, porém até lá deve ser alimentação deve ser forçada
frequentemente. Trataremos em outro tópico sobre como forçar a alimentação em um
filhote. Outra sugestão é deixar sua Corn filhote em um lugar pequeno, com temperatura
adequada juntamente com o alimento por 1 hora e depois verifique se ela se alimentou.
Cobrir com um pano ou toalha o viveiro também pode ser útil já que algumas Corn
gostam de "privacidade" durante sua alimentação, podendo também diminuir ou tirar
por completo a luz deixando-a juntamente com o alimento sozinha.

4- A última razão para que sua Corn não coma, são motivos de saúde que não será
tratado neste tópico, mas em um tópico específico. As Corn Snakes filhotes podem
recusar o alimento quando forem removidos de um viveiro e colocada em um novo ou
em um maior. Espere alguns dias e volte a oferecer o alimento.

PREPARANDO UM NEONATO PARA


ALIMENTAÇÃO ESPECIAL

Alguns criadores gostam de preparar a alimentação tornando-a mais nutritiva. A


preparação pode ser de diversas maneiras, sendo as mais usuais feitas com vitaminas
próprias para serpentes.
No Brasil, em lojas especializadas encontramos uma razoável quantidade de produtos,
porém em sua maioria são importados e obviamente mais caros. Uma vitamina barata e
bastante usada por criadores brasileiros chama-se Reptovit. Existem vitaminas liquidas
que podem ser adicionadas na água do bebedouro, colocadas diretamente na boca do
animal ou injetadas no alimento.
Quando colocadas na água, notamos um maior desperdício, pois a serpente não bebe
uma grande quantidade de água tornando este método menos eficiente. Não é

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aconselhável pingar diretamente na boca do animal quando se trata de uma serpente
muito jovem (até 5 meses), porém se sua Corn Snake não se alimenta sozinha, então
você poderá pingar na boca dela uma gota. Este procedimento é feito da mesma maneira
como é explicada no tópico “Como fazer uma alimentação forçada”. Outro fator é que
este processo de abrir a boca de sua Corn Snake pode contribuir para estressá-la. Outra
maneira é injetar a vitamina no alimento. As figuras acima demonstram como fazer isto.
Primeiramente separe o neonato ou camundongo que será utilizado na alimentação.
Com uma seringa de 1ml e agulha 25 x 15 (estas são mais recomendadas para os
neonatos, pois há um menor desperdício do produto e espessura da agulha é menor,
evitando assim que rasgue a pele do neonato ao maneja-lo).
Pegue a seringa já com agulha (FIGURA 1), coloque-a abertura do frasco da vitamina e
sugue uma pequena quantidade (uma ou duas gotas), FIGURA 2. Pegue o neonato e
aplique a agulha pelo pescoço até o estomago ou a região da barriga onde terá lugar para
permanecer, pois se aplicada em outro lugar à vitamina pode vazar ou até mesmo
romper a pele do neonato (FIGURA 3). Pronto o alimento está preparado. Alguns
criadores costumam realiza o mesmo procedimento com neonatos e camundongos
jovens e adultos ainda vivos. Este procedimento irá matar um neonato em alguns
minutos, então ofereça rapidamente para sua serpente. Para fazer em camundongos
jovens e adultos, aplique sob a pele dorsal do animal e então ofereça a serpente.
Existem também vitaminas em pó. Utiliza-se umidecendo e depois envolvendo o
neonato ou camundongo no pó da vitamina e oferecendo a serpente.

Observação: Se você for congelar os roedores, deixe para aplicar as vitaminas somente
na hora de oferecer o alimento, mantendo assim uma melhor conservação e retendo o
cheiro do roedor.

COMO FAZER UMA ALIMENTAÇÃO


FORÇADA

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Depois de tentar de todas as maneiras alimentar sua Corn Snake e ainda não tiver
êxito, talvez agora seja a hora de forçar a alimentação. Se você não tem segurança em
realizar este procedimento, deixe para quem já está acostumado a fazer uma
alimentação forçada, ou leve-a em um veterinário especializado. Caso queira mesmo
fazer o procedimento então vai aqui as dicas de como fazer uma alimentação forçada
passo a passo. Você irá precisar de alguns instrumentos para isso. São eles:

1 PINÇA
1 COPO DE ÀGUA
1 PALITO DE DENTE
1 NEONATO

Existem pinças próprias para a alimentação, porém para quem não é um veterinário,
essas pinças podem ser de difícil acesso. Podemos então improvisar uma pinça. Existem
pinças de sombrancelhas que podem ser usadas. Utilize das pinças maiores, pois são
mais faceis de manejar. Lixe a ponta da pinça com uma lima para ficar arredondada e
sem qualquer parte pontiagúda, para que o caso da pinça tem contato com a boca da
serpente não feri-la. Outra opção é uma pinça de relojueiro, estas são perfeitas. (No
tópico "Preparando um neonato para alimentação especial" você encontra uma foto dos
materiais utilizados). Porém possuem uma ponta bastante fina, sendo necessário lixar
com uma lima cerca de 4cm até ela ficar com uma boa espessura.Pegue o menor
neonato já abatido que você tiver para não forçar nem vir a ferir a serpente. Aqueça-o a
temperatura normal (caso estiver congelado). Alguns criadores gostam de injetar com
uma seringa vitamina em camundongos. Não utilize deste meio na alimentação forçada,
pois a pressão feita no neonato com a pinça fará com que o furo deixado pela agulha se
rompa causando a saída de suas víceras. Além de perder o neonato, o cheiro não é nada
agradável. Caso queira utilizar a vitamina, pingue diretamente na boca da serpente ou
pingue na água de beber no viveiro da serpente.

1º PASSO - Peque a sua Corn Snake e segure sua cabeça entre o polegar e o indicador
apoiando sua mandíbola no seu maior dedo (FIGURA 2). Note que se segura na parte
lateral da cabeça em cima da mandíbola. Não segure o pescoço, pois é necessário estar
livre para a passagem do neonato.

2º PASSO - Pegue o palito de dente e molhe-o na água fazendo com que a madeira
amoleça um pouco e deslise melhor com a ajuda da água. Alguns segundos são o
suficiente para isto. Com a ponta do palito encoste na parte frontal da boca de sua Corn
Snake (abertura pela onde sai a lingua). Gire o palito e empurre levemente para dentro
da boca da serpente, até que ela se abra (FIGURA 3). Deixe o palito dentro da boca dela
de maneira que as pontas fiquem longe da boca. (FIGURA 4).

3º PASSO - Ainda com o palito na boca de sua serpente, pegue um neonato pequeno, já
abatido e descongelado. Segure-o sobre as patas dianteiras deixando as mesmas voltadas
para trás. Coloque a cabeça do neonato dentro da boca de sua serpente (FIGURA 5).
Retire o palito de dente, e segurando no dorso do neonato, empurre-o para dentro da
boca de sua Corn. É normal que ela mova-se nesta hora, principalmente se for a
primeira vez que ela sofrer este tipo de procedimento. Outra possível reação é ela tentar
parar o procedimento com o rado ou fugindo por meio de contrações. Caso você sinnta
que ela está fugindo da posição correta, recomece o procedimento no primeiro passo.

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Após a retirada do palito de dente e da primeira ação, o neonato deverá estar com a
cabeça dentro da boca da Corn (FIGURA 6).

4º PASSO - Deixe o neonato dentro da boca e com a pinça segure-o logo atrás da
cabeça precionando-o sobre as patas dianteiras (FIGURA 7). Empurre o neonato até a
garganta tomando o devido cuidado para que a pinça não encoste na boca ou garganta
da serpente (FIGURA 8).

5º PASSO - Agora segure com a pinça o neonato pelas laterais na altura da barriga e
empurre com cuidado. Nesta fase do procedimento não terá mais dificuldades para
empurrar o neonato. Empurre-o até que fique para fora apenas as patas traseiras e o rabo
(FIGURA 9). Com a pinça fechada precione sobre o rado do neonato ou segure na base
do rabo e empurre o neonato até o inicio da garganta (FIGURA 10 e 11).
6º PASSO - Com o polegar e o indicador feche a boca de sua Corn. Uma vez que a boca
estiver fechada e o neonato no inicio da garganta ela o engolirá. Caso o neonato não
esteje no início da garganta ela irá abrir a boca e regurgita-lo. Neste caso pegue
rapidamente a pinça e repita o passo 5º para evitar refazer todo o processo. Aqui
finalizamos o procedimento deixando-a em seu viveiro habitual com o devido
aquecimento, água limpa disponível e um esconderijo. Vigie se ela não regurgitou
dentro de algumas horas.

MANIPULAÇÃO

As Corn Snakes são conhecidas como uma das melhores serpentes para ter como um
animal de estimação. São serpentes naturalmente agradáveis e bonitas, de fácil
manipulação e bastante calma. Entretanto, você deve respeitar sua serpente quando ela
estiver “nos maus dias” manipulando com cuidado. Não é aconselhável manipular sua
serpente após a alimentação por 24 à 48 horas, este é o tempo onde devem ficar quietas
próximo a um lugar morno que ajude na digestão.

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LIMPEZA

O desperdício da serpente ou o que ela regurgitar, deve ser removido do viveiro o mais
cedo possível, junto com uma parcela de substrato circunvizinho, assim como suas
fezes. Caso utilize grama sintética deve ser limpa com um pano molhado sem produtos
químicos e a grama deve ser lavada freqüentemente. Quando utilizado papel toalha ou
jornal, geralmente para filhotes, podem ser trocados facilmente sempre que a serpente
defecar. O assoalho do viveiro e todos os outros artigos do terrário (bacias, troncos etc.)
podem então ser limpos também. O viveiro inteiro deve completamente ser limpo pelo
menos uma vez ao mês.

ÁGUA

Para Corn Snake filhotes, recomenda-se dar água de uma fonte limpa e se possível
filtrada, porque na água da torneira encontramos com frequencia produtos químicos que
podem se acumular nas serpentes novas e causar problemas gástricos e até mesmo a
morte. O bebedouro de água deve ser reenchido diariamente, e limpo completamente
pelo menos uma vez por semana. Este cuidado impedirá uma acumulação dos
organismos bacterianos que podem ser prejudiciais à serpente e ao depositário. A bacia
deve ser colocada na extremidade mais fresca do viveiro longe da fonte de calor (para o
caso de se usar placa ou pedra aquecida). As serpentes de milho podem às vezes ser
encontradas em seu recipiente de água, a razão principal para esta atitude é a
refrigeração, especialmente durante os meses do verão. Outras razões para este
comportamento podem ser que a serpente está carregada de ovos e está para botar sua

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vertente pré-natal, ou que a serpente esta tendo alguma dificuldade com a troca de pele.
Se você observou que a serpente está atrasada em sua troca de pele, você pode ajudar a
serpente dando-lhe um banho morno, este é realizado melhor tendo de 5cm de água
morna (não quente) em uma caixa de armazenamento plástica e lentamente abaixando a
serpente na água e deixando-a na caixa por 10 à 20 minutos. Porém muitos criadores
não utilizam deste procedimento alegando que o mesmo pode estressar a serpente. Meu
conselho é aumentar a umidade do viveiro borrifando água nas laterais e no substrato e
até mesmo na serpente e deixando-a realizara troca de pele sozinha.
As Corn Snake bebem frequentemente, assim sendo deve sempre ter aguá no
bebedouro. A serpente pode usá-la para o banho ocasional. Entretanto se a serpente
defeca no recipiente de água, deve ser limpa e desinfectads imediatamente.

ESCONDERIJOS

As serpentes gostam de se esconderem, existem cavernas próprias para serpentes para


venda em boas lojas de animais. Também podemos improvisar o esconderijo com
pedaços de troncos ou memso alguns artigos para aquários. Para os filhotes caixas de
pasta de dente são suficiente. O esconderijo pode ser colocado em cima ou próximo a
fonte de calor. O esconderijo muitas vezes trabalha como um fator ante-estressante para
as Corn Snakes, ajudando também no processo de aquecimente e digestão da serpente.

COMO ENCONTRAR UMA CORN SNAKE


QUE FUGIU?

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Existem algumas formas de se encontrar uma Corn Snake que fugiu, porém nenhuma
delas garante que você irá encontrá-la, tendo em vista que corns são rápidas na fuga.
Primeiramente, quando detectar a fuga de uma corn snake, feche as portas de casa
evitando que ela saia para o quintal ou entre em algum apartamento vizinho. Procure
colocar panos molhados nas portas de saída para que ela não passe pela fresta e fuja
(para o caso de filhotes) Existem algumas “técnicas” para se procurar uma corn snake.
Certamente ela está escondida em algum lugar coberto. Procure em baixo de móveis
tapetes e objetos. É necessário procurar em lugares já averiguados anteriormente, pois
elas costumam se movimentar e não ficar estáticas. Se mesmo assim a fugitiva não
houver sido encontrada, procure algum rastro de fezes, pode indicar o local ou cômudo
que ela está. Você pode colocar fitas adesivas pelos cantos da casa, se ela “grudar” na
armadilha você pode escutar ou buscar a sua serpente então presa. Outra dica é amarrar
neonatos com uma linha e deixá-los preso a algum móvel. E pelos cantos da casa. Você
precisa verificar freqüentemente se os mesmo ainda estão lá e se sua serpente comeu
algum e está presa pela linha. Se estiver, apenas corte a linha. Não irá fazer mal a ela.
Não puxe a linha ou tente tirar o neonato. Se você tem animais soltos em casa como
cães ou gatos você precisa mantê-los longe do local onde sua serpente fugiu, talvez
isolá-los por um tempo irá ajudar. Não perca as esperanças, a experiência de criadores
mostra que algumas serpentes são encontradas semanas depois ou até mesmo meses.
Qualquer dúvida pode entrar em contato. Boa sorte!

AQUECIMENTO

As serpentes são répteis “cold-blooded” ou de sangue frio e como todos os répteis e


como tais não podem controlar sua própria temperatura do corpo, utilizando a
temperatura do meio ambiente para regular sua temperatura corporal. As serpentes
costumam manter sua temperatura movendo-se entre áreas mais mornas e mais frescas
de seu viveiro. Por isso é importante manter o viveiro aquecido entre 26.7 a 29°C. O
calor é exigido para a digestão apropriada e o funcionamento eficaz do sistema
imunológico. O viveiro deve ser aquecido em uma de suas extremidades, quando a outra
extremidade permanecer mais fresca (temperatura ambiente) sendo apropriada para o
recipiente de água. Cavernas aquecidas também são bem aceitas pelas Corn Snakes. Em
caso de aquecimento por lâmpada é indiferente o lado do recipiente, sendo que o
aquecimento é uniforme e não focado em um dos lados. As serpentes de milho podem

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às vezes ser encontradas em torno de seu recipiente de água ou até mesmo dentro deles
para regular sua temperatura corporal. Placas de aquecimento devem ser colocadas sob
a caixa ou o vidro do viveiro, nunca dentro. Deve se tomar cuidado com pedras
aquecidas que superaquecem e venham a queimar o animal. As serpentes não tem em
seu tecido capacidade de reconhecer superfícies quentes de muito quentes, onde trará
queimaduras. Pode-se utilizar lampadas incandescentes para o aquecimento com os
devidos cuidados já explicado anteriormente.

ILUMINAÇÃO

As Corn Snakes não precisam de luz UV ou outro tipo de lâmpada (porém seu uso não
é prejudicial), entretanto, permitindo a luz natural em seu cerco irá ajudá-la a manter seu
pulso de disparo biológico. Se você decide usar a iluminação artificial, como
aquecimento ou simplesmente como luz para o viveiro para estética, então deve-se
tomar algumas precauções. Use um termostato para regular a temperatura do viveiro. Se
for utilizar lâmpada para aquecimento, então não devemos colocar outra fonte de calor
como pedra aquecida ou placa de aquecimento. Caso a lâmpada fique na parte interior
do viveiro, assegure-se de que tenha uma grade fina para proteger a lâmpada de
qualquer contato que a serpente possa ter, e certifique que ela não consiga penetrar
através da grade evitando assim que sua Corn Snake se queime na lâmpada quente. É
igualmente importante desligar todas as luzes artificiais à noite (ou parte da noite) para
coincidir preferivelmente com a luz solar natural, acontecendo então o ciclo noite-dia
para a serpente. Caso seu viveiro não tenha contato com a luz do dia, use lâmpada para
realizar artificialmente este ciclo noite-dia.

SUBSTRATO

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O Substrato é o material inferior do viveiro (fundamento), pode ser bastante simples
quando tratamos de Corn Snakes. Para Corn Snakes jovens muitos utilizam folhas de
papel toalha ou o jornal como substrato, mas para o conforto da serpente assim como
um olhar mais atraente, podemos utilizar alguns outros tipos de substratos. Substratos
podem ser encontrados em boas lojas de animais de estimação. Como cascalho de
madeira por exemplo bastante próprias para serpentes. As aparas de madeira de pinho,
(como usado para criação de coelho) não devem ser usados enquanto podem se tornar
ácidos quando molhados. Nota: os aparas do cedro causam problemas respiratórios nas
serpentes e não devem ser usados. O fundamento da espiga de milho (feito para
pássaros) não deve ser usado, porque causa a secagem excessiva de tecidos cutâneos, e
se engolido pode causar bloqueios intestinais sérios. Areia pode dificultar na
manutenção da limpeza do viveiro e da serpente. Muitos gostam de usar grama sintética
como substrato, o que alem de ser vistoso é de fácil limpeza. Um conselho é cortar 2
partes do tamanho do seu viveiro. Quando você remove uma parte para limpar (lavar),
você pode colocar a outra parte, sendo que a primeira parte precisará secar. Quando
utilizar cascalho ou outro material a granel como substrato não é necessário mais que 5
cm de altura no viveiro. Principalmente se por utilizar placa aquecida, sendo que uma
grande quantidade de substrato bloquearia o calor da placa.

MONTANDO UM VIVEIRO

Corn Snakes não necessitam de viveiros grandes. Viveiros grandes podem estressar
uma Corn Snake jovem e torná-la menos disposta à alimentação voluntária. Os tanques
plásticos com as tampas removíveis que medem aproximadamente 35x18x22
centímetros são ideais para tais serpentes quando filhotes, ou até mesmo pequenos potes
plásticos, mas devem ser mudados a um tanque ou caixa maior, ou preferivelmente, a
um viveiro ou terrário, após aproximadamente um ano. Corn Snakes mais velhas
apreciarão geralmente os viveros que medem de 80 cm à 1 metro de comprimento,
permitindo que estiquem o corpo. Porém dependendo do tamanho e do número de
outros artigos dentro do vivero (prato de água, caixas escondidas, troncos e outros
suportes naturais) você pode precisar de mais espaço. É aconselhável que pelo menos 30
a 40% do espaço deve ser deixado aberto, para que a serpente possa esticar-se para o
suficiente para permitir que seus pulmões estendam ao comprimento cheio. Uma outra

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coisa a se considerar é a tampa. As serpentes de milho são muito conhecidas por sua
habilidade de fugir, bastando apenas um pequeno espaço que caiba sua cabeça para que
ela passe pelo passagem ou empurre simplesmente o obstáculo e abra passagem para a
fuga. Certifique-se de que sua tampa que caiba firmemente. Em caso de caixas plásticas
podemos com uma faca quente furar a tampa para que sirva de respiro. Uma das
experiências mais comuns com os proprietários novos de Corn Snakes é deixarem-na
escapar!

ESCOLHENDO SUA CORN SNAKE

Quando for escolher sua Corn Snake após observar sua saúde, então chegou à hora de
escolher o padrão e a cor. Corn Snakes possuem alguns padrões diferentes. O padrão
trás a disposição das cores, ou seja, o desenho que a serpente possui em seu dorso.
Alguns padrões mais difundidos são:
Padrão Comum: O padrão comum é o mais encontrado. A serpente possui desenhos
arredondados por todo o dorso estendendo-se até a cauda e uma cor secundária ao
fundo. Quando filhote a cor secundária limitase em uma pequena mancha entre os
desenhos dorsais. Por exemplo, uma Okeetee terá pequenas manchas laranjas. O ventre
por sua vez é quadriculado.
Padrão Motley: O padrão motley difere bastante do padrão comum. Este padrão possui
círculos que se estendem por todo o dorso da serpente. Muitas vezes também
encontramos todo o ventre branco.

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COMPRANDO SUA PRIMEIRA CORN
SNAKE

Uma serpente de milho saudável deve ter um corpo sem cortes ou abrasões visíveis.
Seus olhos devem estar desobstruídos e alertas, passar rapidamente a lingueta. Uma
advertência aqui é que se uma Corn Snake está a ponto de trocar sua pele, seus olhos
ficarão acinzentados ou em um tom azul leitoso. Ela deve ter um corpo firme e ereto ao
ser manipulada. Procure sinais de ácaros, os ácaros aparecerão como pontos vermelhos,
pretos, ou brancos rápidos e pequenos podendo mover-se na superfície da pele.
Igualmente procure se tem muco que sai das narinas, sendo estes sinais de doença ou de
infecção.

ZIGOTO

Há alguns outros termos que são de uso geral ao discutir a genética: homozigoto e
heterozigoto. Um ovo fertilizado é chamado de zigoto. O zigoto é parte dos termos
homozigoto e heterozigoto. Estes termos descrevem o relacionamento de um par de
genes correspondentes. Hetero significa “diferente” como no heterossexual e o homo
significa “mesmo” como no homossexual. Tão naturalmente, um animal homozigoto
tem duas cópias do mesmo gene, visto que um animal heterozigoto tem duas cópias
diferentes dos genes para o mesmo traço (no mesmo lugar). Sendo heterozigoto usado
frequentemente nas discussões (sobre serpentes) e é uma palavra longa, é abreviada ao
“het.” Uma serpente com ambos os pais normais pode produzir a melanina e parecerá
normal. Desde que ambas as cópias sejam as mesmas, este animal é chamado
“homozigoto normal.” Mas desde que o gene normal é esperado, é desnecessário
especificar isto, assim que é “normal” ou “tipo-selvagem.” Uma serpente com pai
normal e outro modificado para o Amelanismo, pode produzir a melanina e parecer
normal. Desde que ambas as serpentes sejam diferentes, este animal é chamado

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“heterozigoto para o amel.” Técnica, este animal é realmente “heterozigoto para o
normal e o amel.” Mas outra vez, é injustificado especificar que o outro gene é o tipo
selvagem desde que o gene normal é esperado estar lá. Poderia igualmente ser chamado
assim um portador de amelanismo, desde que está carregado mas não mostrando o gene
de mutante. Uma serpente com ambas os pais modificados não pode produzir a
melanina e veremos então o amelanismo. Esta serpente podia ser chamada “Homozigoto
para o amelanismo.” Mas não há nenhum ponto em especifico que é homozigoto se não
era homozigoto, não faltaria a melanina tão apenas a aparência “amelanistica” e tudo
que é necessário para descrever seus genes.

PARES DE CROMOSSOMOS

Quando os animais reproduzem, os cromossomos são dados à prole. Se cada animal


teve somente uma cópia de cada cromossomo, teria somente um pai, e seria exatamente
como seu pai. Mas nós sabemos que este não é o caso. Os cromossomos estão em pares
em todos os animais. Desde que o pai tem um par de cada, e a mãe tem um par de cada,
pode somente passar um de seus cromossomos, se não a prole teria então 2 pares, e sua
prole teria 4 pares, etc. O resultado é que cada pai não pode dar TODO seu material
genético a sua prole, somente metade dele (Figura 8). Quando o esperma fertiliza o ovo,
cria cromossomos novos. Como você pode ver no representação acima (Figura 9), o
resultado é um animal que tenha a metade de genes da sua mãe e a metade de genes do
seu pai. Eis porque você não é exatamente como seus pais, e porque há uma variedade
nos animais da mesma espécie.

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CROMOSSOMOS

O DNA é formado canais que são chamados cromossomos (Figura 7). Cada espécie de
animal tem um determinado número de cromossomas. Por exemplo, os seres humanos
têm 23 pares para um total de 46 cromossomos. Os cromossomas podem conter
milhares de genes, cada qual tem sua própria finalidade. O lugar onde um gene é fixado
no cromossomo é chamado um locus. Muitos referem-se geralmente um locus como “o
gene para algo” como “o gene para o amelanismo” ou “o gene para os olhos azuis.”
Como vimos previamente, um gene pode ser modificado. Consequentemente, os
animais diferentes podem ter um gene diferente no mesmo locus. É importante saber
que há muitas “versões diferentes” dos genes que podem estar no mesmo locus de
animais diferentes. Estas versões diferentes são o que fazem animais da mesma espécie
diferente entre si.

MUTAÇÕES

Mas o que acontece se um gene é alterado? Isto é chamado uma mutação. As


mutações podem acontecer de diversas maneiras diferentes, tais como o codigo
impróprio do DNA, ou em radiação que danifica o DNA. Neste exemplo (Figura 6), o

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gene Tyrosinase sofreu uma mutação, e agora já não faz a Tyrosinase. A mudança no
código (indicado pela seta) mostra que agora o aminoácido médio na corrente não é
correto. Desde que o Tyrosinase é necessário criar uma melanina, o ponto que tem este
gene pode já não criar a melanina. Se este tipo de mutação acontece, estando no
esperma ou no ovo, a prole resultante será construída sendo que todos têm a mesma
carga genética “mutante” deste gene.

PROTEÍNAS

Os codons “foram traduzidos” às letras do alfabeto, e ao anexo dos aminoácidos dando


forma agora a uma corrente (Figura 4). Esta corrente é agora uma proteína, e pode ser
usada pelo corpo. Neste caso, nós podemos chamar esta proteína de Tyrosinase, e será
enviada para fazer alguma melanina em nossa serpente (Figura 5).

DNA

Você pode ver logo acima uma representação gráfica do DNA (Figura 1). O DNA é
uma substância que codifica toda a informação necessária para construir e manter um
funcionamento animal. A primeira parte deste texto será uma demonstração rápida de
como o DNA é envolvido nas mutações, tais como o Amelanismo nas serpentes. O
DNA é uma costa longa “de pares baixos” como visto acima. O azul combina sempre
com o amarelo, e o verde combina sempre com o vermelho. A seqüência destes pares
baixos é o que codifica a informação (Figura 2).

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Cada grupo de 3 pares baixos é chamado um codon. Há 64 combinações diferentes, e
cada um representa algo. Estes codons são como as letras em nosso alfabeto: quando
unidos, podem soletrar, como construir uma proteína. Um gene é um grupo de codons.
O gene acima contém as instruções para fazer uma proteína específica (Figura 2).
As proteínas são correntes simplesmente longas dos aminoácidos. Há em torno de 20
aminoácidos diferentes. A ordem que são unidos, e qual forem usadas, determina que
proteína é criada. As proteínas fazem todos os tipos de coisas importantes no corpo.
Algumas proteínas catalisam as reações, significando que elas ajudam um determinado
processo a ocorrer. Estas proteínas são chamadas enzimas, e uma das funções que as
enzimas têm consiste em digerir o alimento. Uma outra enzima, chamada Tyrosinase, é
necessária para produzir a melanina, que é o pigmento preto nos répteis e nos
mamíferos.
Logo acima, você pode ver como os codons no DNA são usados para criar proteínas
(Figura 3). O processo é muito mais complexo do que o que é demonstrado aqui, mas o
fato é que a ordem dos pares baixos determina o que é construído acima. Nesta
representação, cada codon tem contrapartes sobre si. Em uma extremidade, combina
acima com o codon. Na outra extremidade, é combinado acima com um determinado
amino-ácido.

DESCRIÇÃO DAS VARIAÇÕES


OKEETEE

Okeetee é a Corn Snake "Classica", rica em cores


alaranjadas. Predomina o vermelho e o preto,
considerada por muitos a mais bonita variação. Preço
médio R$ 200,00 à 250,00).

AMBER

As Corn Snakes Amberianas são a mistura de


Hypomelanistica com o gene do Caramel. Para
muitos a Amber são iguais as Butter. Mas existem
algumas diferenças, por exemplo, os olhos. Uma
Amber possui, os olhos escuros, sendo que uma
butter possui os olhos vermelhos. A Amber pode
também ter uma cor secundária mais puxada pro
prata. Outra característica é que a Amber possui pequenas marcações ao redor de seu
padrão. (Devido a duficuldade de se encontrar no Brasil, não possui um Preço médio).

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BLIZZARD

Corn Snakes Blizzard são como as Snow, porém não


possuem a pigmentação amarela, não mostrando assim
padrão algum em seu dorso na fase adulta. (Devido a
dificuldade de se encontrar no Brasil, não possui um
Preço médio).

LAVENDER

Possui o gene Anerystico A, porém suas cores são mais


opacas. Pode ter sua cor de fundo prata ou mais
esbranquissada e sua cor primária um prata mais escuro
ou cinza. (Devido a dificuldade de se encontrar no
Brasil, não possui um Preço médio).

CARAMEL

A Corn Snake Caramel é um outro gene recessivo


simples, resultando que nas serpentes na maior parte
são desprovidas da cor vermelha. Têm uma aparência
total do amarelo ou do ouro e retêm a cor preta. O
Caramel é a variação necessária para fazer cruzamentos
e resultar em Butter e Amber. (Devido a duficuldade de
se encontrar no Brasil, não possui um Preço médio).

OKEETEE REVERSE

A Okeetee Reverse é a versão Amelanistica da Okeetee.


Suas características impressionantes são as cores
intensas, o contraste e as margens brancas largas em
torno das marcações. As Okeetees Reverse são de
linhagem pura. (Devido a dificuldade de se encontrar no
Brasil, não possui um Preço médio).

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STRIPED

As Corn Snakes Striped têm listras dorsais largas ao


longo do corpo. Algumas têm marcações fracas da
rachura em alguns lugares. Uma Strped pode ser
Amelanistica, Aneristica, Hypomelanistica etc. (Devido
a dificuldade de se encontrar no Brasil, não possui um
Preço médio).

CANDY CANE

As Corn Snakes Candy Cane, nome este devido a


semelhaça do Doce (Caramelo de Natal). Possuem
Marcações vermelhas ou alaranjadas em um fundo
branco. O fundo branco gira ligeiramente a laranja em
alguns indivíduos na maturidade. (Preço médio R$
350,00 à 400,00).

OKEETEE ABBOTT`S

Corn Snakes Abbott`s é considerada por muitos a mais


bonita variação natural. Com a criação de animais
seletiva para as beiras pretas as mais largas e mais rico,
limpe as cores, o Abbott' s é a variação a mais
impressionante da linha de Okeetee. (Devido a
dificuldade de se encontrar no Brasil, não possui um
Preço médio).

BUTTER

As Corns Snakes Butter não possuem o pigmento da


cor vermelha. A Butter é recessiva duplamente do
Caramel e da Hypomelanistica. Alguns não têm
nenhum branco em torno das marcações em
consequência do Amelanismo com a influência
Hypomelanistica do Caramel. (Devido a dificuldade de
se encontrar no Brasil, não possui um Preço médio).

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BLOOD RED

A Blood Red adulta possui um vermelho intenso com a


parte de baixo geralmente Branca e com tons amarelos.
As marcações geralmente desaparecem e são em alguns
casos quase impossíveis de considera-las em indivíduos
maduros. Elas podem ser Amelanistica ou Aneristica.
(Devido a dificuldade de se encontrar no Brasil, não
possui um Preço médio).

MOTLEY

As Corn Snakes Motley têm um traço recessivo que


causa um lado de baixo na maior parte Branco sem os
tradicionais "quadriculados escuros". As marcações
dorsais são conectadas um tanto com as linhas que dão
forma nas peças fora da parte traseira, formando
circulos. Uma Motley pode ser Amelanistica,
Aneristica, Hypomelanistica etc. (Preço médio R$
200,00 à 250,00).

HYPOMELANISTIC

As Corn Snakes Hypomelanisticas não têm quase


nenhum pigmento preto. O único preto na maioria dos
indivíduos é restringido a suas barrigas e às vezes duro
considerar, sendo mais puxado ao marrom do que ao
preto. (Preço médio R$ 250,00 à 300,00).

SNOW

(Preço médio R$ 300,00 à 350,00).

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MIAMI PHASE

As Miamis possuem marcações Vermelhas ou laranjas


em um fundo prata ou acinzentado. (Preço médio R$
200,00 à 250,00).

ANERISTICA

As Corn Snakes Aneristicas faltam o pigmento


vermelho da variedade Normal, saindo de uma serpente
na maior parte preta, cinzenta, e branca. (Preço médio
R$ 150,00 à 200,00).

AMELANISTICA

As Corn Snakes Amelanisticas, também conhecidas


como "Albina", são serpentes bonitas que faltam os
pigmentos pretos de uma Corn Snake Normal. (Preço
médio R$ 200,00 à 250,00).

NORMAL OU COMUM

A maioria de nossas Corn Snakes Normais ou Comum


são heterozigoto para uns ou vários traços recessivos,
sendo altamente variável na cor e no teste padrão.
Geralmente tem a coloração Avermelhada ou puxada
ao Dourado. (Preço médio R$ 200,00 à 250,00).

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GHOST

A Corn Snake Ghost possuem manchas cinzas em um


fundo cinza porém mais claro ou um tom mais próximo
ao prata. Na faze adulta a lateral de seu ventre torna-se
Amalero. A Ghost é uma combinação de Anerismo e
Hypomelanismo. (Preço médio R$ 200,00 à 250,00).

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