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1. SUMÁRIO EXECUTIVO...........................................................................................................1
2. MÉRITO SOCIAL DO PROJETO.............................................................................................2
3. ESTUDO DE MERCADO DE CONSUMO................................................................................3
3.1 Consumo Histórico do Produto...........................................................................................3
3.1.1 Consumo de Cebola in natura......................................................................................3
3.1.2 Consumo de vegetais congelados................................................................................4
3.2 Consumo a partir do preço e da renda per capita...............................................................6
3.3 Capacidade de Produção Nacional do Produto..................................................................8
3.4 Características da população consumidora........................................................................8
3.5 Ambiente competitivo..........................................................................................................9
3.6 Preços praticados............................................................................................................. 13
3.7 Pesquisa de Mercado.......................................................................................................14
4. Produção programada do projeto...........................................................................................21
5. LOCALIZAÇÃO DA FÁBRICA................................................................................................25
5.1 Localização dos materiais de produção (insumos)............................................................27
5.2 Disponibilidade de mão de obra........................................................................................27
5.3 Aspectos geográficos........................................................................................................28
5.4 Disponibilidade de energia................................................................................................28
5.5 Disponibilidade de água....................................................................................................28
5.6 Disponibilidade de telefone...............................................................................................29
5.7 Condições de vida............................................................................................................ 29
5.8 Leis e regulamentos.......................................................................................................... 30
5.9 Incentivos.......................................................................................................................... 30
5.10 Estrutura Tributária......................................................................................................... 31
6. PRODUTO............................................................................................................................. 31
6.1 Matéria-Prima................................................................................................................... 31
6.1.1 Descrição................................................................................................................... 31
6.1.2. Caracterização.......................................................................................................... 33
6.1.3 Análise Histórica da Oferta e Projeção Futura............................................................36
6.1.4 Estrutura de Comercialização.....................................................................................39
6.1.5 Requisitos Específicos de Conservação e Manuseio para a Industrialização.............39
6.1.6 Preços Praticados......................................................................................................42
6.2 Insumos............................................................................................................................ 42
6.2.1 Batter.......................................................................................................................... 42
6.2.2 Breading.................................................................................................................... 44
6.2.3 Gordura Vegetal........................................................................................................45
6.2.4 Embalagem................................................................................................................ 47
6.3 Discriminação dos produtos a serem fabricados e das futuras linhas de produção..........48
6.3.1 Características técnicas do produto...........................................................................49
6.3.2 Principais Aplicações..................................................................................................49
6.3.3 Requisitos de Proteção, Vida útil e Condições de armazenamento............................50
6.3.4 Apresentação............................................................................................................. 51
6.3.5 Exigências normativas e legais..................................................................................53
6.3.6 Árvore do Produto......................................................................................................54
7. PROCESSO........................................................................................................................... 55
7.1 Make or Buy Decision.......................................................................................................56
7.2 Tipo de Processamento....................................................................................................57
7.3 Fluxograma do Processo e Operações Unitárias envolvidas............................................57
7.4 Equipamentos................................................................................................................... 60
7.4.1 Equipamentos Principais............................................................................................60
7.5 Equipamentos e operações adicionais..............................................................................67
7.5.1 Pias............................................................................................................................ 67
7.5.2 Conjugado Lavatório com Lava Botas........................................................................68
7.5.3 Tanque de Armazenagem de Gordura.......................................................................69
7.5.4 Adicionais................................................................................................................... 69
7.5.5 Galpão de Recepção e Armazenamento da Matéria-Prima........................................72
7.5.6 Antecâmara e Câmara Frigorífica...............................................................................77
8. PLANEJAMENTO E CONTROLE DA PRODUÇÃO...............................................................87
8.1 Plano de Produção........................................................................................................... 87
8.1.1 Política de Capacidade...............................................................................................87
8.1.2 Política de Estoque.....................................................................................................89
8.1.3 Política de Produção..................................................................................................91
8.1.4 Balanços de Materiais e Energéticos..........................................................................94
8.1.5 Turnos e Pessoal......................................................................................................102
8.1.6 Tempos de Fabricação.............................................................................................105
9. SUB-PRODUTOS E RESÍDUOS..........................................................................................107
9.1 Caracterização................................................................................................................ 108
9.1.1. Resíduos................................................................................................................. 108
9.1.2. Subprodutos............................................................................................................ 108
9.2 Principais aplicações e destino conforme exigências normativas legais.........................109
9.3 Sistemas de tratamento..................................................................................................112
9.4. Valor comercial e comercialização.................................................................................114
10. SERVIÇOS DE PRODUÇÃO.............................................................................................114
10.1. Rede de distribuição de água.......................................................................................114
10.2. Energia elétrica............................................................................................................ 115
10.3 Manutenção.................................................................................................................. 117
11. INSPEÇÃO E CONTROLE DE QUALIDADE.....................................................................117
11.2. Requisitos específicos.................................................................................................121
11.2.1. 8 Sensos (8S).......................................................................................................... 121
11.2. 2. PPHOs, POPs e BPFs............................................................................................125
11.3. PDCA........................................................................................................................... 129
11.4. CEP............................................................................................................................. 131
11.5. APPCC........................................................................................................................ 132
11.6. Gestão da qualidade x Gestão de pessoal...................................................................135
12. HIGIENIZAÇÃO.................................................................................................................. 137
12.1. Higiene da planta......................................................................................................... 137
12.2. Higiene do pessoal.......................................................................................................140
13. GESTÃO E CADEIA DE SUPRIMENTOS..........................................................................141
13.1 Canais de Distribuição..................................................................................................141
13.2 Fornecimento................................................................................................................ 143
13.3 Tecnologia da Informação.............................................................................................145
13.4 Vendas.......................................................................................................................... 146
14. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS.....................................................................147
15. “LAYOUT”........................................................................................................................... 149
15.1 Planta de Localização...................................................................................................149
15.2 Planta Baixa.................................................................................................................. 150
15.3 Fluxograma do Processo..............................................................................................150
15.4 Desenho Isométrico......................................................................................................151
16. INVESTIMENTO FIXO.......................................................................................................151
17. CAPITAL DE GIRO............................................................................................................ 155
17.1 Estoque de matéria-prima.............................................................................................155
17.2 Estoque produto acabado.............................................................................................155
17.3 Custo do financiamento de vendas...............................................................................156
18. ESTIMATIVA DA FORMAÇÃO DOS CUSTOS DE PRODUÇÃO POR PRODUTO...........157
19. ESTIMATIVA DAS DESPESAS GERAIS DA EMPRESA...................................................162
19.1 Despesas Administrativas.............................................................................................162
19.2 Despesas de Vendas....................................................................................................162
19.3 Despesas Financeiras...................................................................................................163
19.4 Despesas de Pesquisa e de Desenvolvimento.............................................................163
20. PREVISÃO DO ESQUEMA DE FINANCIAMENTO............................................................164
21. RECEITA............................................................................................................................ 165
22. ANÁLISE ECONÔMICA DOS RESULTADOS....................................................................166
22.1 Fluxo de caixa............................................................................................................... 168
22.2 Taxa Simples de Retorno - TSR...................................................................................170
22.3 Período de Retorno do Capital – PRC..........................................................................171
22.4 Valor Presente Líquido - VPL........................................................................................171
22.5 Taxa Interna de retorno – TIR.......................................................................................173
22.6 Ponto de Equilíbrio –PE................................................................................................173
23. CONCLUSÃO..................................................................................................................... 176
REFERÊNCIAS........................................................................................................................ 177
ANEXOS................................................................................................................................... 194
APÊNCIDES..............................................................................................................................
201
ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1. Faixa etária dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.....................................................15
Figura 2. Renda mensal dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.....................................................15
Figura 3. Escolaridade dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.....................................................16
Figura 4. Freqüência de consumo de comidas aceboladas pelos entrevistados na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos consumidores de anéis de cebola empanados e
congelados................................................................................................................................. 16
Figura 5. Porcentagem de entrevistados que compram batata pré frita congelada na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos consumidores de anéis de cebola empanados e
congelados................................................................................................................................. 17
Figura 6. Consumo de produtos empanados e/ou congelados pelos entrevistados na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos consumidores de anéis de cebola empanados e
congelados................................................................................................................................. 18
Figura 7. Consumo de anéis de cebola empanados pelos entrevistados na pesquisa realizada
para determinar o perfil dos consumidores de anéis de cebola empanados e congelados........18
Figura 8. Intenção de compra do produto na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.....................................................19
Figura 9. Consumidores que comprariam anéis de cebola empanados e congelados como
alternativa à batata frita na pesquisa realizada para determinar o perfil dos consumidores de
anéis de cebola empanados e congelados.................................................................................19
Figura 10. Estabelecimentos comerciais que vendem Anéis de cebola empanados na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola
empanados e congelados.......................................................................................................... 20
Figura 11. Motivos dos estabelecimentos não venderem o produto na pesquisa realizada para
determinar o perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola empanados e
congelados................................................................................................................................. 20
Figura 12. Intenção de compra dos estabelecimentos na pesquisa realizada para determinar o
perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola empanados e congelados. 21
Figura 13. Renda per capita brasileira vs. Consumo de salgados congelados...........................24
Figura 14. Localizaçao de Ribeirão Preto...................................................................................25
Figura 15. Mapa rodoviário da região de Ribeirão Preto............................................................26
Figura 16. Árvore do produto para anéis de cebola empanados fritos congelados...................54
Figura 17. Fluxograma do processamento dos anéis de cebola congelados..............................58
Figura 18. Mesa de aço inoxidável da PA Equipamentos...........................................................61
Figura 19. Lavadora LV-P da Incalfer.........................................................................................62
Figura 20. Descascador de Cebola DA-04 da Macanuda...........................................................63
Figura 21. Cortadora Automática da Incalfer..............................................................................64
Figura 22. Linha Contínua de Processamento de Empanados da Incalfer.................................65
Figura 23. Empacotadora por peso da JHM Máquinas...............................................................67
Figura 24. Pia de aço inoxidável da PA Equipamentos..............................................................68
Figura 25. Conjugado lavatório e lava botas da Mercopan.........................................................68
Figura 26. Conjunto de faca e chaira da Tramontina..................................................................70
Figura 27. Bandejas plásticas da Maxicaixa...............................................................................70
Figura 28. Carrinho Bandeja B-705 da EquiCarga.....................................................................71
Figura 29. Balança Industrial de Filizola.....................................................................................71
Figura 30. Exaustor eólico giratório da Vent Center...................................................................73
Figura 31. Palete plástico formato PL03 da Abelt.......................................................................74
Figura 32. Contentores para as cebolas in natura da Maxicaixa................................................75
Figura 33. Carrinho para transporte de caixas...........................................................................76
Figura 34. Disposição do produto dentro da câmara – Vista Superior........................................78
Figura 35. Corte lateral da câmara frigorífica.............................................................................78
Figura 36. Representação das dimensões da câmara fria com a antecâmara...........................79
Figura 37. Porta de correr automática da Dânica.......................................................................80
Figura 38. Representação do evaporador utilizado tanto na antecâmara quanto na câmara.....85
Figura 39. Unidade condensadora para a antecâmara...............................................................85
Figura 40. Válvula de expansão termostática utilizada na antecâmara e na câmara.................86
Figura 41. Unidade condensadora da câmara............................................................................86
Figura 42. Diagrama de Blocos da produção Milanez................................................................98
Figura 43. Gráfico de Gantt da produção Milanez....................................................................107
Figura 44. Recipientes para coleta seletiva..............................................................................113
Figura 45. Fluxograma de processamento de anéis de cebola com os pontos críticos de controle
de prevenção de riscos (PCC p)...............................................................................................134
Figura 46. Canais de distribuição da Milanez...........................................................................142
Figura 47. Ponto de equilíbrio para embalagens de 500g........................................................174
Figura 48. Ponto de equilíbrio para embalagens de 2,5 Kg......................................................175
ÍNDICE DE TABELAS
recente. As primeiras iniciativas de inserir esse tipo de produto no mercado foram realizadas
pela Cooperativa Agrícola de Cotia, em 1987, pela colocação de batatas pré-fritas nos
longevidade da vida humana e a capacidade que certas hortaliças têm de evitar doenças
incuráveis destacam esses alimentos como um dos mais importantes grupos de produtos
saudáveis, gerando, assim, uma promoção muito favorável para as hortaliças. As tendências
dos mercados globalizados apontam perspectivas favoráveis para as hortaliças exigindo que a
uniformidade desses produtos seja cada vez mais obrigatória. Para atender aos interesses dos
conservadas e orgânicas. Procurando agregar valor aos produtos as atividades com hortaliças
Devido à grande mudança nos padrões de consumo de produtos hortícolas que tem
ocorrido durante a última década, a procura por alimentos saudáveis tem aumentado a cada dia
e os consumidores estão mais desejosos por produtos que tenham ótima qualidade nutricional e
que sejam convenientes no preparo e no consumo (FERREIRA et al., 2003). Assim, a Milanez
produto final tem um preço relativamente alto quando comparado aos demais produtos desta
categoria, sendo assim, o mercado alvo baseia-se em consumidores das classes sociais A e B,
das ações previstas em lei, uma série de ações que beneficiem a comunidade na qual está
instalada, fornecendo seus produtos a preços especiais em creches, asilos, abrigos, entre
atividades que beneficiem adolescentes, ciência, pesquisa, cultura e ainda respeito e proteção
ambiental.
produto. A gestão dos recursos hídricos na empresa, por meio de projetos de minimização de
sustentável da região.
colaborem para o bem-estar coletivo, além de propiciar aos funcionários benefícios, como
cuidados médicos e odontológicos, área de lazer (associação), sala de descanso, entre outros,
funcionários.
congelados.
todo o segmento de sua cadeia produtiva ( 1COSTA; RESENDE, 2005 apud TOSTA; VILELA,
2009).
1
COSTA N.D; RESENDE M.G. Características produtivas e conservação pós-colheita de cebola em
diferentes e espaçamentos de cebola. Horticultura Brasileira, n.23, p.707-711, 2005.
De acordo com Vilela et. al. (2005), ao final da década de 1990 e no início do século 21
consumo domiciliar de bulbos de 6,5 kg/hab/ano em 1987 para 3,5 kg/hab/ano em 2003, vem
aumentando o consumo de cebola processada com pasta de alho e sal, purês e catchup, além
De acordo com Araújo (2005), mesmo com a grande variedade, o consumo de vegetais
supercongelados ainda sofre algum tipo de restrição por parte dos brasileiros, que tem a opção
em 130 mil toneladas. De acordo com o diretor financeiro da entidade, este segmento tem
apresentado um crescimento médio de 13% na ultima década. Isto é devido à necessidade das
congelada, que seria um dos concorrentes diretos do produto proposto, tem uma tendência de
crescimento para os próximos dez anos ao redor de 5% ao ano sendo que o maior consumo de
batata pré-frita congelada está concentrado em grandes cadeias de fast foods. Com esse
toneladas. Mesmo com todos esses valores mencionados, o Brasil apresenta um consumo do
produto de menos que 1 kg per capita por ano, muito inferior aos tradicionais países
Segundo Villar (2007), o consumo per capita de batata congelada no Brasil é de 600
gramas por habitante, sendo que na Argentina o consumo é de 12 quilos por pessoa e na
A Tabela 2 mostra a evolução da renda per capita média da população brasileira nos
anos de 2005, 2006 e 2007, bem como o consumo per capita de salgados congelados para
cada ano.
A análise de consumo dos anéis de cebola empanados e congelados será feita a partir
Desta forma, a partir dos dados da Tabela 2, calcula-se o índice de elasticidade renda
Em que:
y = renda per capita média dos brasileiros no ano correspondente.
Em que:
4,655%.
∆q
q
e y= (3)
∆y
y
uma variação de 100% na renda per capita da população faz com que a demanda varie 52%. A
justificativa da baixa elasticidade é pelo fato do aumento de consumo não estar atrelado ao
Segundo Ferreira et. al. (2008), a McCain Foods, uma das maiores empresas no setor
de congelados, é responsável pela venda de 1/3 das batatas fritas do mundo, tendo seus
produtos vendidos em mais de 110 países, onde suas fábricas produzem mais de 500
toneladas de batatas por hora. As batatas pré-fritas e congeladas possuem uma participação de
Argentina. Nos últimos oito anos, o Brasil importou cerca de 560 mil toneladas de batatas
De acordo com a ABBA (2010), uma fábrica da Bem Brasil irá processar 288
embaladas.
Com um estilo de vida cada vez mais acelerado, o consumidor atual tem procurado
produtos que facilitem seu dia-a-dia. Os anéis de cebola empanados são pré-fritos e
congelados o que facilita seu preparo, sendo muito prático. Além disso, carrega os benefícios
da cebola, pois mantém parte das propriedades funcionais e nutricionais da cebola in natura,
assado no preparo, o que reduz uma segunda incorporação de gordura. Desta forma, o público
alvo são consumidores que buscam praticidade e cuidados com a saúde, além de serem de
classe média-alta visto que não se trata de um bem de primeira necessidade apresentando
Serra, Torres e Torres (2004) afirmam que a análise do ambiente externo pode ser
realizada por meio do modelo de cinco forças da competitividade desenvolvido por Michael
economia. Este modelo identifica um conjunto de cinco forças que afetam a competitividade,
que são:
barganha dos clientes para com as empresas do setor. Esta força competitiva tem a ver com o
preço e qualidade. Assim, os compradores têm poderes se: (i) as compras do setor são de
grande volume; (ii) os produtos a serem comprados são padronizados, e sem grande
diferenciação; (iii) as margens de lucro do setor são estreitas; (iv) a opção de o próprio
à existência de poucos consumidores para a cebola empanada congelada, uma vez que o
fornecedores têm poder de barganhar quando: (i) o setor é dominado por poucas empresas
fornecedoras; (ii) os produtos são exclusivos, diferenciados, e o custo para trocar de fornecedor
Para a empresa Milanez haverá uma alta dependência do fornecedor de cebola, uma
vez que o produto é basicamente feito a partir dessa matéria-prima. Dessa forma haverá uma
grande força de atuação dos fornecedores quanto ao preço da cebola vendida. Para diminuir
essa força a empresa procurará firmar contratos de longos prazos para o seu abastecimento,
garantindo assim o baixo preço do produto. Como garantia de que a empresa não terá produtos
3. Bens substitutos: representam aqueles que não são os mesmos produtos que o seu,
mas atendem à mesma necessidade. Segundo Aaker (2007), não competem com a mesma
intensidade que os concorrentes primários (mesmos produtos, mesmos mercados), mas ainda
são relevantes. Estas ficam evidenciadas quando: (i) Existem produtos que possam ser usados
com a mesma finalidade, (ii) Da existência de substitutos que estejam se tornando mais
principalmente, na forma de aperitivo e não como uma refeição completa, não haverá alteração
de hábitos pelos consumidores, mas os produtos substitutos que podem vir a competir com a
cebola empanada congelada da Milanez são batatas fritas congeladas, polenta e mandioca
congeladas, ou seja, aperitivos pré-fritos congelados, e ainda, outros vegetais empanados
congelados.
barreiras existentes contra sua entrada, além do poder de reação das organizações já
estabelecidas. (SERRA; TORRES; TORRES, 2004). Estas barreiras seriam fatores que
Lar, Bonduelle, Daucy, Batavo, Pratigel e McCain, exceto essa última, todas são competidoras
indiretas, enquanto McCain está investindo também em cebolas em anel empanadas pré-fritas
Concorrência de preços; (ii) Guerras de propaganda; (iii) Lançamento de novos produtos; (iv)
ser lançado no mercado brasileiro, não há concorrentes tão diretos ao ponto de existirem
guerras comerciais.
empresas de vegetais empanados a partir da fatia de mercado que elas ocupam no Brasil e em
supermercados dos Estados Unidos foi possível construir a Tabela 4, com os preços dos
Considerando-se taxa média de conversão no mês de Julho/2010 de *R$ 1,77/$ e **R$ 2,80/£.
3.7 Pesquisa de Mercado
A) como uma tentativa de avaliar a aceitação dos anéis de cebola empanados e congelados
indústria.
A pesquisa foi realizada via internet e entrevistas diretas buscando assim um amplo
Como o produto será distribuído tanto para o consumidor final como para estabelecimentos
comerciais (food service), tais como bares e restaurantes, foi realizado também um questionário
Foram entrevistadas 100 pessoas, sendo 52% do sexo feminino e 48% do sexo
20 a 30 anos (56%).
pois se trata de um produto que é consumido preferencialmente como petisco e não como um
renda mensal e escolaridade, em que a maioria dos entrevistados (64%) apresenta renda
20%
16%
6%
2%
Figura 1. Faixa etária dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.
64%
30%
4%
2%
até 2 SM 2 a 10 SM 10 a 20 SM mais de 20
Figura 2. Renda mensal dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.
74%
22%
4%
Figura 3. Escolaridade dos entrevistados na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.
produto (86%), indicando que o público alvo será consumidores de classe média-alta.
comidas aceboladas sendo que a maioria delas (44%) consome diariamente. A frequência de
Diariamente 44%
aos consumidores sobre o hábito de compra de batata pré frita e congelada. Como mostrado na
Figura 5, 54% dos entrevistados não possuem esse hábito, confirmando o que já foi dito
Sim
Não 46%
54%
Figura 5. Porcentagem de entrevistados que compram batata pré frita congelada na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos consumidores de anéis de cebola empanados e
congelados.
e/ou congelados indicando que, como pode ser observado na Figura 6, a maioria dos
questionados se já haviam consumido anéis de cebola empanados sendo que 66% dos
Sim
88%
Não
34%
Sim
66%
O resultado obtido mostra que o produto é conhecido pela população faltando apenas
afirmaram que levariam o produto para a casa, indicando uma boa aceitabilidade do produto
(Figura 8).
Não
14%
Sim
86%
Figura 8. Intenção de compra do produto na pesquisa realizada para determinar o perfil dos
consumidores de anéis de cebola empanados e congelados.
batatas pré-fritas congeladas, foi questionado se estes levariam os anéis de cebola empanados
congelados como uma alternativa de consumo e, 70% dos entrevistados afirmaram comprar
Não
30%
Sim
70%
Como pode ser observado na Figura 10, apenas 17% dos estabelecimentos questionados
Vende
m
17%
Não
vende
m
83%
Figura 10. Estabelecimentos comerciais que vendem Anéis de cebola empanados na pesquisa
realizada para determinar o perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola
empanados e congelados.
A Figura 11 mostra as respostas obtidas quando foi questionado o motivo de não vender
o produto. 70% dos estabelecimentos afirmaram não vender o produto por falta de fornecedor e
o restante afirmou ser trabalhoso o preparo dos anéis de cebola empanados. Os resultados
70%
30%
Trabalhoso Outros
Figura 11. Motivos dos estabelecimentos não venderem o produto na pesquisa realizada para
determinar o perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola empanados e
congelados.
Por fim, foi questionada a intenção de compra dos estabelecimentos, sendo que 90%
Não
10%
Sim
90%
Figura 12. Intenção de compra dos estabelecimentos na pesquisa realizada para determinar o
perfil dos estabelecimentos que comercializam os anéis de cebola empanados e congelados.
São Paulo, afirmam que a parcela da produção que se destina diretamente ao mercado, a
depender do produto, é consumida nos mais variados estratos de renda. A farinha comum e a
mandioca de mesa com casca, por exemplo, tendem a ser consumidas pelas famílias que se
encontram nas faixas de renda mais baixa. Por outro lado, a mandioca de mesa fresca, porém
processadas (toletes, palitos e “aperitivos”) atendem à demanda das famílias de renda mais
elevada.
Portanto o estudo da capacidade que a economia tem para absorver os anéis cebola
Paulo, tendo em vista a comercialização desse produto, a princípio apenas neste Estado. Essa
(IBGE, 2009), considerando, em média, que cada família possui 4 membros, o número
calcular o número de famílias presentes em cada classe, como foi descrito na Tabela 6,
Os dados da Tabela 7 foram plotados em um gráfico que pode ser visto na Figura 13 e,
a partir dele, pode-se verificar que a renda per capita brasileira e o consumo de salgados
congelados per capita cresce linearmente (R2 = 0,9904) seguindo a seguinte equação:
Familiar Total 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0 100,0
Até 1 SM 10,9 10,8 10,0 9,3 10,6 20,4 10,8 13,6 7,9 13,0
Mais de 1 a 2 SM 19,6 18,9 18,3 16,5 19,5 29,3 21,8 21,0 19,3 21,8
Mais de 2 a 3 SM 17,7 17,0 18,5 18,3 18,2 19,2 18,8 16,8 18,9 18,9
Mais de 3 a 5 SM 24,0 23,3 23,1 26,5 24,5 16,2 25,4 23,4 25,6 25,6
Mais de 5 a 10 SM 18,7 18,7 19,7 20,9 19,4 11,9 17,9 19,3 18,9 17,6
Mais de 10 a 20 SM 6,8 8,3 7,7 5,4 5,4 2,4 4,6 4,7 7,9 (5)-
Mais de 20 SM 2,3 3,0 2,7 3,1 2,4 (5)- (5)- (5)- (5)- (5)-
Familiar Total (6) Média Mensal 1.657 1.808 1.731 1.765 1.615 1.032 1.353 1.405 1.622 1.273
Fonte: Fundação Seade, 2006. SM: Salário Mínimo; RA: Regiões Administrativas; RA NE: Regiões Administrativas do Noroeste.
Tabela 6 - Número de famílias por classe no Estado de São Paulo.
Renda Porcentagem de Famílias Números de Famílias
Mais de 5 a 10 SM 18,7 1.934.704
Mais de 10 a 20 SM 6,8 703.529
Mais de 20 SM 2,3 237.958
Total = 2.876.191
Figura 13. Renda per capita brasileira vs. Consumo de salgados congelados
Considerando-se que a renda per capita do estado de São Paulo que é de R$ 13.725,00
(JORNAL DA MÍDIA, 2010), então o consumo per capita de salgados congelados do estado de
mercado brasileiro, estima-se que a empresa participará de uma fatia pequena no mercado,
cerca de 5%. Assim, a capacidade de produção iniciará com 136,18 ton/ano, ou seja, 11,35
ton/mês.
5. LOCALIZAÇÃO DA FÁBRICA
Ribeirão Preto - SP que, de acordo com o IBGE (2009), possui 563.107 habitantes.
estado de São Paulo, como pode ser visto na Figura 14, e a 313 km da capital.
Como pode ser visto na Figura 15, Ribeirão Preto pode ser acessada pela rodovia
Anhanguera (SP 330) ou por cinco outras rodovias que a ligam a Franca, Sertãozinho,
Araraquara, Cajuru e outros, ou seja, a cidade tem acesso fácil às regiões do estado e do país
pela boa qualidade das rodovias (PREFEITURA MUNICIPAL DE RIBEIRÃO PRETO, 2010b).
Fonte: GOOGLEMAPS (2010)
Figura 15. Mapa rodoviário da região de Ribeirão Preto
Algumas das principais cidades do interior de São Paulo e Minas Gerais encontram-se
em um raio de, aproximadamente, 200 km de Ribeirão Preto, dentre elas estão: Araraquara,
Bauru, Campinas, Barretos, Franca, Limeira, São Carlos, São José do Rio Preto, Uberaba,
constituída por 202 indústrias de alimentos, bebidas e álcool. A partir desse número pode-se
concluir que a cidade tem facilidade no fornecimento de insumos para este tipo de indústria.
Mesmo que na cidade não haja um fornecedor de algum insumo determinado, o transporte de
outras cidades é facilitado devido à boa conservação das estradas que circundam a cidade.
A População em Idade Ativa (PIA) é composta pela população com idade entre 10 e 65
anos que, teoricamente, estaria apta a exercer uma atividade econômica (NETO, 2006).
pessoas com uma remuneração média de 4,31 salários mínimos. A informalidade do município
PRETO, 2010c).
de São Paulo e do país. Dessa forma a região se destaca como um dos principais polos de
está situada à latitude de 21º 6’ e longitude de 47º 28’ e possui uma altitude de 531 m.
tropical com verão chuvoso e inverno seco. As temperaturas médias são de 19ºC no inverno e
Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL). Esta companhia já recebeu vários prêmios devido
às políticas e práticas que vão além das exigidas pela legislação (CPFL, 2010).
pela distribuição da água é o DAERP que capta essa água de um reservatório de águas
subterrâneas conhecido como aquífero guarani com uma vazão de 14.050 m3/h.
Amostras de água são retiradas diariamente em diversos pontos do município para que
Portanto, pode-se para concluir que a cidade tem uma grande disponibilidade de água
de boa qualidade.
infraestrutura social, isso faz com que o município possua um dos melhores padrões de vida do
humano municipal (IDH-M) relata valores relativos a municípios, e Ribeirão Preto apresentou
As legislações da cidade de Ribeirão Preto que deverão ser seguidas pela Milanez são
5.9 Incentivos
Este programa facilita o crédito aos empreendedores de baixa renda que tem dificuldade
de obrigações tributárias de micro e pequenas empresas, em 1997 entrou em vigor a Lei 9 317,
Empresas – Simples), que estabelece um imposto único para Micro e Pequenas Empresas.
Os tributos unificados pelo simples e que farão parte das obrigações tributárias desta
Jurídica (IRPJ). Além desses, o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)
6. PRODUTO
6.1 Matéria-Prima
6.1.1 Descrição
congelados é a cebola, de nome científico Allium cepa L., da família Alliaceae (CALBO, 2009?).
A cebola é uma das espécies de hortaliças mais antigas, o primeiro registro sobre o seu
cultivo data de cerca de 3.200 anos A.C. Devido a suas características de boa conservação
pós-colheita, que permite o transporte dos bulbos a grandes distâncias, a cebola foi
historicamente uma das hortaliças com maior trânsito global. Está entre as primeiras plantas
cultivadas que foram introduzidas na América, pelo Caribe, levada por Cristóvão Colombo
sendo consumida in natura, na forma de saladas e temperos, ou após passar por algum tipo de
funcionais, ela é consumida, principalmente, pela sua capacidade de conferir sabor aos outros
A exigência climática para o cultivo da cebola é o frio, entre 15 e 19 °C, e a sua forma de
basicamente, em três colorações, amarela, branca e roxa, cada uma com características
elevado teor de matéria seca e folhas protetoras bem formadas (THOMPSON; BOOTH;
PROCTOR, 19722; AGIC et al., 19973, apud CALBO, 2009?). Cultivares que apresentam altos
teores de matéria seca, quando colhidos com apropriada maturidade hortícola, podem ser
2
THOMPSON, A.K.; BOOTH, R.H.; PROCTOR, F.J. Onion storage in the tropics. Tropical Science, v. 14, n. 1, p. 19-34, 1972.
3
AGIC, R.; GJORGJIEVSKA, M.C.; MARTINOVSKI. G.; JEVTIC, S. (ed.); Lazic, B. Dynamics of losses during bulb storage from
semi-acrid onion cultivars. Acta Horticulturae, v. 462, p.565-570, 1997.
A maturidade hortícola é atingida quando 40 a 70% das folhas estiverem amarelecidas
ou secas e é neste estágio que a colheita deve ser feita. Quando realizada precocemente,
lado, quando a colheita é realizada tardiamente, com quase todas as folhas já secas e, às
incidência de bulbos com escamas transparentes (BOTTCHER, 19994 apud CALBO, 2009?).
6.1.2. Caracterização
A qualidade da cebola, da mesma maneira que para a maioria das hortaliças, está
intimamente ligada à aparência externa, ao tamanho do bulbo, cor, aroma, sabor, firmeza e
composição química. Tais características são determinadas, em parte, pelo genótipo, por
tratamentos culturais na pré-colheita, pela época adequada de colheita e por tratamentos pós-
química dos bulbos (FINGER; CASALI, 20025 apud GRANGEIRO et al., 2008).
características sensoriais de sabor, cor e odor dependem mais do fator genético do que das
paladar sensação forte, picante, azeda, com coloração amarela e marrom escura na película
externa e cor branca das escamas internas. Bulbos arroxeados possuem demanda pequena e
concentrada na região nordeste. Para as cebolas de sabor mais suave e adocicado, utilizadas
em saladas, o mercado ainda é limitado (OLIVEIRA; BOITEUX, 20067 apud GRANGEIRO et al.,
2008).
variabilidade existente permite que o cultivo de cebola possa ser feito praticamente em qualquer
região. No entanto, devido à diversidade de climas e solos, o comportamento delas pode ser
De acordo com Carvalho e Machado (2004), bulbos de cebola para consumo fresco são
pouco calóricos, possuindo em torno de 40-50 calorias, e contêm de 89 a 95% de água, além
de mono e dissacarídeos (açúcares totais em torno de 6%), proteínas (1,6%), gordura (0,3%) e
sais minerais (0,65%). Possuem também alguns compostos fenólicos, bem como ácidos málico,
cebola possui diferentes minerais, como cálcio, ferro, fósforo, magnésio, potássio, sódio e
selênio. Destes, a contribuição da cebola em uma dieta padrão é significativa para o selênio,
entanto, o sabor, odor e a pungência característicos são formados apenas quando os tecidos
7
OLIVEIRA, V. R.; BOITEUX, L. S. Cultivo da cebola. Disponível em:
<http://www.cnph.embrapa.br/paginas/sistemas_producao/cultivo_da_cebola.htm>. Acesso em: 10 nov. 2006.
Segundo Calbo (2009?), a cebola é uma hortaliça rica em vitaminas (A, B1, C, D e E),
cálcio, silício, fósforo, enxofre, flúor, potássio, sódio, magnésio e ferro. Possui também
estudos recentes descobriu-se que pode ser indicada contra o câncer; é um dos mais eficazes
que conferem a coloração avermelhada ou roxa aos bulbos, e as quercetinas e seus derivados,
tipo flavonóides.
Como relatado por Carvalho e Machado (2004), sulfóxidos de cisteína, que constituem
do peso seco total dos bulbos maduros e muitos dos benefícios da cebola à saúde são
Segundo dados do EMBRAPA, a cebola faz parte do seleto grupo das hortaliças mais
Grande do Sul, São Paulo, Paraná, Bahia e Pernambuco. Neste contexto, merece destaque a
região do Submédio São Francisco, que tornou-se uma das mais importantes áreas produtoras
função de privilegiados aspectos de condições naturais, como alto índice de horas/sol, baixa
umidade, alta temperatura, entre outros, que resulta na capacidade desta região de ofertar
constitui como maior mercado e produção e, juntamente com a Argentina, é responsável pelo
consideradas marginais.
8
IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Disponível em: <www.ibge.gov.br>.
Um aspecto interessante que pode ser observado, relatado pelo CEASA MINAS
(2004?), é que o Brasil, cada vez mais, aumenta o volume de aquisição de cebola importada,
Sul. Este fato é resultado da abertura comercial e econômica trazida pela implantação do
Mercosul, nos anos 1990, que refletiu diretamente neste comércio, levando o Brasil à posição
da alta qualidade que o produto apresenta, ou seja, boa aparência associada a sua boa
produto constituem um problema de grande dimensão social, uma vez que a cebola ocupa uma
Por outro lado, o mercado externo, para os produtores brasileiros, apresenta-se como
produção ainda está muito abaixo daquele exigido pelos grandes negociantes internacionais.
Embora grandes avanços tenham sido alcançados pela cebolicultura no Brasil, principalmente
na última década, a produtividade foi um aspecto que recebeu mais benefícios do que a
De acordo com Vilela et al. (2004), além de cultivares melhorados, é imprescindível que
resultando em aumento da produtividade e da qualidade e redução dos custos. Além disso, uma
vez que os pequenos e médios produtores são os responsáveis, ainda, pela maior parte da
produção de cebola no país, deve-se procurar desenvolver técnicas de cultivo que possam ser
contribuirá para o aumento do nível de qualificação da cebola brasileira frente àquela importada
direcionados a esta produção. A região do Submédio São Francisco e alguns pontos do estado
de Santa Catarina são exemplos de investimentos bem sucedidos, conseguindo, com pequenos
avanços, agrupar a alta produtividade com a tão almejada qualidade do produto (CEASA
MINAS, 2004?).
comercializa, por ano, cerca de 78.500 toneladas de cebola nacional (70%) e importada (30%)”.
Industrialização
Na propriedade agrícola, o armazenamento da cebola por curtos períodos pode ser feito
tem permitido substanciais reduções nas perdas causadas por estes tipos de injúria mecânica
Segundo Thompson, Booth e Proctor (19729 apud CALBO, 2009?), a vida útil da cebola
armazenada depende muito da cultivar. Os cultivares com alto teor de matéria seca são aqueles
brotação fica paralisada, induz quebra da dormência, vernalização e facilita a brotação quando
o bulbo volta a ser exposto a temperaturas próximas de 20 °C. Entre 5 e 15 °C o frio acelera a
9
THOMPSON, A.K.; BOOTH, R.H.; PROCTOR, F.J. Onion storage in the tropics. Tropical Science, v. 14, n. 1, p. 19-34, 1972 .
brotação e por isto estas temperaturas devem ser evitadas durante o armazenamento
(ABDALA; MANN, 196310; MIEDEMA, 199211 e 199412 apud CALBO, 2009?). Muito embora
temperaturas maiores que 28 °C inibam a brotação, elas também causam substancial aumento
Cebolas caracterizadas como sendo de alta qualidade devem possuir bulbos firmes e
catafilos (folhas, cascas) compactos. Os bulbos não devem apresentar danos mecânicos, danos
causados por insetos ou doenças, desordens fisiológicas, dentre outros (MORETTI, 2004).
denominado cura, que tem como principal função remover o excesso de umidade das camadas
mais externas do bulbo, e também das raízes, antes do armazenamento. A presença de folhas
secas ao redor do bulbo, após a realização da cura, constitui-se numa barreira eficiente contra a
perda de água e contra infecções microbianas. Vale ressaltar que o processo de cura reduz a
massa do bulbo, pois a umidade é removida, e, uma vez que a cebola é vendida pelo peso,
atingir o ponto ideal de cura apresenta-se como um ponto crítico. Dependendo das condições
em que a cura é realizada, o bulbo pode sofrer alterações significativas, como, por exemplo,
Muitas vezes, no Brasil, quando a cebola constitui a única fonte de renda dos
produtores, ocorrem situações em que esta precisa ser comercializada imediatamente após a
colheita, ou seja, não há tempo para a realização do processo de cura. Sem a realização da
cura, além da cebola apresentar uma aparência não atrativa, esta fica mais exposta às reações
relativas altas induzem o crescimento das raízes, enquanto que temperaturas altas induzem o
brotamento. Por estas razões, a combinação de alta temperatura e alta umidade relativa não é
cebolas suaves, ou doces, o armazenamento é feito por um período de um a três meses, com
sacos ou caixas, a circulação de ar deve ser otimizada. Cebolas armazenadas em sacos têm a
vida de prateleira reduzida para aproximadamente um mês, uma vez que o movimento do ar
para a cebola, mas para as matérias-primas em geral, são a escolha adequada da matéria-
adequada da matéria-prima tem a função de padronizá-la, retirando do meio, cebolas que ainda
não tenham atingido a maturidade, que não sejam uniformes ou que apresentem algum grau de
deterioração, visto que a matéria-prima deve ser de boa qualidade. Em seguida, são realizadas
visam remover resíduos e sujidades que podem ser carregados para as etapas de
preços da cebola no atacado situam-se na faixa de R$ 1,90 a R$ 2,41 por quilograma, variando
média).
“Cebola Minas Gerais”, sendo preferidas as de maior tamanho, ou seja, graúdas. Para esta
6.2.1 Batter
como amidos, gomas e farinhas, podendo ser condimentado ou não. Quando este pó é
industriais, apresenta-se como uma suspensão de sólidos em líquido na qual os produtos são
imersos antes de serem enfarinhados e fritos. Portanto, esta suspensão tem a função não só de
formar a camada de cobertura externa completa para o produto alimentício, como também agir
como uma camada ligante entre o produto e a camada mais externa, o breading, ou farinha de
Segundo GL (200213 apud DILL; SILVA; LUVIELMO, 2009), sob condições normais de
processamento, para que o empanamento seja realizado de forma correta, o batter deve
coberto.
13
GL-LABORATORIES WORLDWIDE. Guia completo para sistemas de cobertura. Guarulhos, Ed. do Autor, 41 p, 2002.
14
BORTOLUZZI, R. C. Empanados. In: R. OLIVO (ed.), O mundo do frango: cadeia produtiva da carne de frango. Criciúma, Ed. Do
Autor, p. 481-494, 2006.
O batter utilizado será fornecido pela empresa Kerry do Brasil Ltda, como fornecedor
primário, e é do tipo BATTER BMA91-TC (ANEXO A). Segundo informado pela Kerry do Brasil
Ltda (2010), este produto é descrito como possuindo coloração creme, produzido à base de
farinhas e indicado para empanar produtos cárneos e vegetais. Como ingredientes constituintes
têm-se a farinha de trigo e a farinha de milho fortificadas com ferro e ácido fólico, amido, amido
modificado, glúten, ovo em pó, sal, pimentas e fermentos químicos pirofosfato dissódico (INS
450i) e bicarbonato de sódio (INS 500ii), que desempenha a função de incorporar ar dentro da
camada que constitui a cobertura promovendo, assim, a melhora na textura do produto frito
(BARBUT, 2001).
Segundo Barbut (2001), com relação ao amido, pode-se dizer que é responsável por
fornecer boa adesão e contribui igualmente para a textura do produto frito e para a secagem da
massa recentemente aplicada. O amido modificado é utilizado para aumentar ainda mais a
adesão. Vale ressaltar que as moléculas do amido, que são compostas de polímeros lineares
da glicose com alguma ramificação, absorvem a água durante a preparação da massa e, mais
As moléculas de proteína também atuam para a adesão da massa ao produto que está
O armazenamento deve ser feito em ambiente seco e fresco e assim, quando estocado
quilo15.
Como fornecedor alternativo para este insumo encontra-se a empresa Kraki Alimentos.
15
Valor fornecido por João Paulo Passador Rossi, do setor de vendas, da Kerry do Brasil Ltda.
6.2.2 Breading
Segundo Loewe (199016 apud DILL; SILVA; LUVIELMO, 2009), no sistema tradicional, o
breading é a última etapa de cobertura, sendo o responsável por conferir textura e influenciar no
O breading, ou também chamado de farinha de cobertura, pode ser definido como sendo
constituído por uma base de cereal, geralmente obtida por processamento térmico,
condimentada ou não. Geralmente é aplicado a substratos umedecidos pelo batter para ativar
gordura e, ainda taxa de escurecimento específicos para cada tipo. Utiliza-se o breading para
cobrir aves, peixes, frutos do mar, carnes, vegetais e frutas, por exemplo (GL, 2002 17 apud
Brasil Ltda e é do tipo DRESSING SA F05 (ANEXO B). Segundo informações da Kerry do
Brasil Ltda (2010), este produto é definido como um produto granulado a base de trigo para
fortificada com ferro e ácido fólico, sal e levedura. O armazenamento deve ser feito na
16
LOEWE, R. Ingredients selection for batters systems. In: K. KULP; R. LOEWE (eds.), Batters and breadings in food processing.
St.Paul, American Association of Cereal Chemists, Inc., p.11-28, 1990.
17
GL-LABORATORIES WORLDWIDE. Guia completo para sistemas de cobertura. Guarulhos, Ed. do Autor, 41 p, 2002.
Está disponível em embalagens de polietileno contendo 20 quilogramas ao preço de R$
3,00 o quilo18.
Alimentos.
Suas principais vantagens são a ótima resistência à oxidação, com ponto de fumaça de
aproximadamente 200ºC, e a não formação de espuma. Propicia um produto final mais seco e
2001).
A gordura vegetal será utilizada para a pré-fritura dos anéis de cebola empanados e
será fornecida pela Bunge Alimentos S.A. O produto utilizado será o Bunge Pró Cukin Fry
(ANEXO C), que possui em sua composição óleos vegetais hidrogenados, antioxidantes TBHQ
Com relação aos ingredientes, de acordo com Gava, Silva e Frias (2009), a função
18
Valor fornecido por João Paulo Passador Rossi, do setor de vendas, da Kerry do Brasil Ltda.
também de um acidulante, mas é considerado antioxidante por quelar íons metálicos (GAVA;
branco e brilhoso, moderadamente solúvel em óleos e gorduras e não se complexa com íons de
cobre e ferro. Este é considerado, também, o melhor antioxidante para óleos de fritura, pois
silicone (INS 900) e permitido em óleos e gorduras para fins industriais na quantidade de
final com excelente aspecto visual e ótimo shelf life, maior rendimento, excelente resistência ao
O armazenamento deve ser feito em local fresco e seco, evitando exposição ao sol e,
Está disponível em embalagem de balde plástico com alça e tampa, contendo 14,5
6.2.4 Embalagem
19
DZIEZAC, J. D.; Food Technol., 43, 66, 1986.
20
Valor fornecido por Aline Fernanda, da Bunge Alimentos S.A.
A embalagem primária é a que está em contato direto com o produto, provendo uma
inicial e, usualmente, maior barreira de proteção. Os materiais devem ser atóxicos, inertes e
Com o uso desse material, a embalagem evitará a troca gasosa e de umidade (entrada
de largura por 5 micras de espessura, impressão frente e verso com até quatro cores, em uma
ondulado, já que não entram em contato com o alimento. O papelão ondulado possui baixo
custo em comparação aos outros materiais, conservação da umidade do produto, permite ser
Uma vez que o produto entra em contato com a embalagem estando congelado e o
parte interna da embalagem por um filme plástico, para que esta não seja danificada pela
umidade.
A embalagem de papelão ondulado será fornecida pela empresa Kaiser + Kraft ao preço
21
Valor fornecido por Marcelo Constantino, do setor de consultoria e vendas da Mocoplast.
Os fornecedores alternativos para as embalagens primária e secundária serão as
produção
congelados, também conhecidos como onion rings, tanto para o consumidor final, quanto para
O produto é preparado a partir do bulbo da cebola (Allium cepa) fresco e limpo do qual
foram removidos a base, o topo e a casca. Os bulbos são fatiados e separados em anéis,
dourada uniforme em sua camada externa e flavor agradável, livre de rancidez e amargor. Após
tenra e suculenta (SMITH et al, 1997). A cebola, quando frita, conserva parte de seu teor em
vitamina C e ferro (MCCAIN FOOD SERVICE, 2008?) e não perde seu teor de quercetina
Devido à sua praticidade, pode ser utilizado pelo consumidor final ou por serviços de
alimentação como restaurantes, bares e fast foods, devendo apenas ser frito por alguns minutos
ou aquecido em forno elétrico ou a gás, o que dispensa qualquer outra etapa do preparo
convencional.
baixa densidade (PEBD) contendo 2,5 kg, destinados ao consumo por serviços de alimentação,
Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), e assim mantido durante o transporte e nos pontos
de venda, com o mínimo de flutuação na temperatura, sendo que uma elevação poderá ser
tolerada por curtos períodos, porém nunca numa temperatura superior a quinze graus
6.3.4 Apresentação
(FELLOWS, 2006).
baixa densidade (PEBD). O polietileno é estruturalmente o plástico mais simples. É feito a partir
da polimerização do etileno sob alta pressão e temperatura. Apesar de não ser uma excelente
barreira contra óleos e gases, como oxigênio e dióxido de carbono, quando comparado com
outros plásticos, é uma boa barreira contra umidade e é facilmente soldável a quente (COLES;
MCDOWELL; KIRWAN, 2003). Suporta temperatura de até 50°C negativos e tem boa
rótulo será impresso na própria embalagem, e, atendendo a Resolução RDC n°259 da ANVISA,
2002). Apresentará, ainda, a declaração: “uma vez degelado, este produto não deverá ser
ainda, uma tabela com a informação nutricional, de acordo com as Resoluções RDC nº359
(BRASIL, 2003a) e n°360 (BRASIL, 2003b), ambas de 23 de dezembro de 2003. Como forma
seguindo a Lei n°10.674, por essa substância estar presente no batter (BRASIL, 2003 c). O
Código Universal de Impressão (UPC, Universal Printing Code) ou código de barras será
impresso permitindo a leitura a laser nas caixas registradoras, evitando a marcação individual
material central canelado é revestido interna e externamente de papel pardo, por resistir a
impactos, danos por abrasão e danos por compressão, sendo ideal para a embalagem de
impacto ambiental possível. O material, tanto das embalagens primárias quanto das
n°35/77 da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA). Assim sendo, a
ultrapassada rapidamente. O equipamento será operado de tal forma que, depois de alcançada
a estabilidade térmica, seja possível reduzir a temperatura no centro térmico do alimento a 18°C
negativos ou menos. Essa temperatura será mantida até o consumidor final. Os ingredientes
congelados, para consumo direto, é de até 102 para Coliformes a 45ºC/g, 103 para Estafilococos
2001).
Figura 16. Árvore do produto para anéis de cebola empanados fritos congelados.
7. PROCESSO
encomendas.
Segundo Goulart (2000), neste tipo de processo geral de produção nenhum produto é
customizado, uma vez que o pedido é feito com base no estoque de produtos acabados, com
significa que a interação dos clientes com o projeto do produto é muito pequena ou, por vezes,
longo, se armazenado em condições ideais, e a demanda pode ser prevista com facilidade
Como vantagem adicional o Make-to-Stock garante uma maior rapidez na entrega dos
produtos. Por outro lado, os custos com estoques tendem a ser altos (GOULART, 2000).
constitui de um conjunto de atividades gerenciais que executadas para que a produção dos
requisitos do mercado.
gerenciamento evitará também desperdícios (de água, energia, materiais, etc.) e a geração
Em relação à decisão de “Make or Buy” a Milanez opta por “Buy”, ou seja, “Comprar”,
possuindo, assim, baixo grau de verticalização, pois seria inviável que a empresa produzisse
internamente tudo o que utilizasse. A Milanez, desta maneira, possui elevado grau de
fornecedores, com os quais serão firmadas parcerias que tragam vantagens e preços mais
22
PIRES, S. R. I. Gestão estratégica da produção. Unimep. Piracicaba, 1995.
23
VOLLMANN, T. E.; BERRY, W. L.; WHYBARK, D. C. Manufacturing planning and control systems.
4.ed. McGraw-Hill, New York, 1997.
competitivos para a empresa e contratos que garantam a entrega dos bens e serviços nos
matéria-prima e produto.
produto.
hortaliças pelos funcionários designados para esta tarefa, seguida da classificação, que é
cebolas para que sejam retirados resíduos e sujidades. Assim, estas são transportadas
manualmente, com o auxílio de bandejas plásticas, até a lavadora. Mais uma vez bandejas
serão empregadas para levar as cebolas até o descascamento que se realiza com a ajuda de
cascas. Ambas as etapas são realizadas manualmente por funcionários pré-designados, que
após realizarem esta tarefa transportam as cebolas em bandejas até o fracionamento, que
conta com o auxílio de uma cortadora automática, enquanto que a separação dos anéis de
cebola deve ser feita, mais uma vez, de forma manual, nas mesas de aço inoxidável.
balança adequada para que, assim, conhecendo-se a proporção de cebola : batter : breading
pesados. Desta maneira, cebola, batter e breading são levados manualmente em bandejas
plásticas até a empanadora automática, que já conta com uma esteira para que após esta
etapa os anéis empanados já sejam transportados para a fritadeira. Uma vez que o óleo de
fritura está em temperatura maior do que os anéis de cebola empanados que serão fritos,
ocorre transferência de calor, e, à medida que o produto absorve uma quantidade do óleo
fritura, que deve ser controlada pelo termostato presente nas fritadeiras de ordem industrial, de
Estas etapas constituem operações unitárias de transferência de calor, mais uma vez por haver
que acabou de passar pelo processo de fritura. A rapidez do congelamento é outro fator que
influencia a qualidade deste tipo de produto. Quanto mais rápido, melhor será a qualidade.
equipamentos adequados.
fria, onde são mantidas à temperatura de -18 °C, e lá permanecem até o momento da
7.4 Equipamentos
Milanez produzirá cerca de 570 kg por dia, ou seja, aproximadamente 63 kg/hora. A partir desse
dado, foi possível discriminar os equipamentos da linha de produção. Contando com uma
a 100 kg/hora.
processamento para realizar a seleção dos bulbos, e outra para efetuar a separação dos anéis,
As mesas são totalmente de aço inoxidável (Figura 18), por questões de higiene e
sanitização, com dimensões de 1,90 x 0,90 m. O preço unitário está em torno de R$ 1.334,56
7.4.1.2 Lavadora
garantindo a lavagem mesmo quando as superfícies são rugosas e de difícil acesso. O sistema
de lavagem será realizado de forma rápida e eficaz, em água sempre limpa, garantindo um trato
O modelo adquirido será o LV-P, da Incalfer, que pode ser visto na Figura 19, este
ocupa pouco espaço e tem grande eficácia na lavagem. Este equipamento conta com um
sistema pneumático que aciona o levantamento do cesto escorredor e descarrega o produto
7.4.1.3 Descascador
modelo DAC-04, da empresa Macanuda, que pode ser visto na Figura 20. Este equipamento
possui conexões para entrada de água e saída para cascas e impurezas. Seu funcionamento é
7.4.1.4 Cortadora
Será adquirido o modelo MCJ (Figura 21), da Incalfer, que cortam fatias lisas ou
onduladas, palha e palito de todo tipo de frutas, legumes e hortaliças (batata, cenoura, tomate,
É um fatiador centrífugo de faca fixa, para corte de fatias, com regulador micrométrico da
resfriamento, que pode ser vista na Figura 22. Esta permite mínimo contato manual, alta
EC200, onde passam por uma cortina líquida que contém o batter, a continuação os produtos
caem em uma almofada de breading e depois por uma cortina do mesmo, gerando um
empanado completo (Apêndice B4). Após empanados, os produtos são levados por uma Esteira
de Elevação (Apêndice B5) que irá transportá-los até o Fritador Contínuo (Apêndice B6) que
realiza a fritura e descarrega os produtos em um Resfriador Linear (Apêndice B7) que reduz a
temperatura por meio de ventilação forçada. Todo este processo pode ser controlado por um
dos produtos visando preservar suas características originais e nutricionais, além de minimizar
posteriormente, comprometer a sua qualidade (CLIMA CERTO, 2010). Quanto mais rápido o
este não utiliza nitrogênio ou gás carbônico, reduzindo substancialmente o custo do processo, o
Os equipamentos são dimensionados para atingir a marca desejada em até 1 hora, são
7.4.1.7 Empacotadora
A fim de eliminar a mão-de-obra de diversos funcionários para pesar com precisão, selar
e colocar as datas de fabricação e validade optou-se pela aquisição da empacotadora por peso
da JHM Máquinas, que pode ser vista na Figura 23. Com a empacotadora semi-automática e a
seladora automática um único operador envasa o produto com o peso correto, sela a
no Apêndice B9.
Figura 23. Empacotadora por peso da JHM Máquinas.
7.5.1 Pias
Serão adquiridas duas pias de aço inoxidável de 1,50 m x 0,70 m com 1 cuba (50 m x 40
m x 25 m) cada, que serão utilizadas para lavagens de utensílios, como facas, e eventuais
é feito em aço inoxidável 304 com acionamento individual por pedal (mecânico). Serão
adquiridas duas unidades de conjugados, fornecidos pela Mercopan (Figura 25), com preço
unitário de R$ 1.407,10.
forma cilíndrica e fundo cônico para acumulação de impurezas por decantação. É dotado de
entrada superior para a carga de gordura, saída lateral para carga à fritadeira e saída inferior
elétrica para que a gordura fique em fase líquida acompanham o equipamento (INCALFER,
2010).
7.5.4 Adicionais
Ainda será necessária a aquisição de diversos utensílios como facas, chairas, bandejas
e carrinhos bandeja.
As facas serão utilizadas na etapa de seleção dos bulbos para a eliminação das
extremidades dos mesmos, para tanto, conta-se com aproximadamente 8 facas. Estas podem
de faca e chaira, como os da Tramontina (Figura 26), com preço de R$ 19,90 o conjunto (SHOP
DO INOX, 2010).
Figura 26. Conjunto de faca e chaira da Tramontina .
O uso das bandejas faz-se necessário para o transporte das cebolas nas diversas
com o auxílio de um carrinho bandeja. Para tanto, calculou-se que serão necessárias
média) ao preço de R$ 79,20. Cada bandeja possui dimensões de 63,0 x 290,0 x 370,0 mm e
bandejas e dimensões de 900 x 600 x 800 mm, podendo suportar cargas de até 400 kg
(EQUICARGA, 2010a ), no valor de R$ 550,00 a unidade. Este pode ser visualizado na Figura
28.
Para realizar a pesagem dos ingredientes como cebola, batter e breading utilizados no
processamento será adquirida uma balança industrial com capacidade de 150 kg da Filizola,
apresenta boa disponibilidade durante o ano. Entretanto, mesmo para curtos períodos de
armazenamento, deve-se dispor de um local apropriado, com boa ventilação, isso porque
umidades relativas altas induzem o crescimento radicular, enquanto temperaturas altas induzem
de podridões e redução da qualidade (MORETTI, 2004). A fim de evitar tais problemas e elevar
a qualidade da matéria-prima, serão instalados no galpão exautores eólicos. Além disso, serão
adquiridos paletes, caixas plásticas e carrinhos para facilitar a armazenagem e transporte das
cebolas in natura.
As dimensões são dependentes da quantidade de cebola armazenadas, que por sua vez
são dependentes da quantidade recebida semanalmente, valor que está em torno de 5.000
167 contentores, e é a partir desses valores que se tem as dimensões do galpão, considerando-
se que cada palete acondiciona 30 caixas ou mais, e que a distância entre os paletes é de 1,5
Altura: 3 m
Largura: 4,52
Comprimento: 6.6 m
.
7.5.5.1 Exaustor Eólico
específico de depósitos para alimentos é a garantia de proteção dos alimentos contra o calor
O Exaustor Eólico Giratório (Figura 30) pode ser utilizado nos mais diversos tipos de
calor excessivo e ao abafamento. Cada exaustor eólico abrange 40 m2 de área, sendo assim,
para o galpão de estocagem das cebolas uma unidade de exaustor deve ser adquirida, e o
valor deste montado, mas sem instalação, é de R$180,00, e será fornecido pela empresa de
Segundo Sobral (2005), paletes são dispositivos de unitização de cargas criados para
plástico, entre outros. Apesar do custo do palete de plástico ser mais elevado, este apresenta
diversas vantagens como a facilidade de higienização, maior vida útil, resistência aos odores,
O modelo escolhido é o PL03 (1,00 x 1,20 m) que pode ser visto na Figura 31; este tem
capacidade de carga estática de até 2.000 kg apoiado no piso e capacidade de carga dinâmica
As cebolas que são armazenadas em sacos têm a vida de prateleira reduzida para em
torno de um mês, uma vez que o movimento de ar através dos sacos é insuficiente para manter
plásticas com lateral e fundo vazados para agilizar o resfriamento e a ventilação, além de
O modelo 47 (Figura 32) é ideal para transporte de hortícolas como a cebola; possui
paredes internas lisas sem cantos vivos para não danificar o produto. É feita de polietileno de
(MAXICAIXA, 2010b).
aproximadamente 4,5 cm, que fornece um valor de 382 cm 3 para cada bulbo. Como uma caixa
possui capacidade de 47 L esta acomoda cerca de 120 cebolas, ou seja, 30 kg. Para os 5.000
kg de cebola a serem armazenados no galpão, são necessárias, então, 167 caixas plásticas do
produção serão utilizados carros armazém do modelo A-510 da EquiCarga com capacidade
Pretende-se adquirir duas unidades de carrinhos, como os da Figura 33. O preço unitário
de produção, tem-se que a câmara frigorífica deverá armazenar 5,71 toneladas de produto que
papelão.
Cada caixa de papelão tem capacidade de carga de 30 kg, assim, deve-se dimensionar
a câmara pensando-se nas dimensões de, aproximadamente, 190 caixas de cartão dobrável.
A disposição da câmara será feita com a utilização de paletes de plástico, modelo PL03
caixas de papelão que irão comportar 60 saquinhos de 500 gramas ou 12 saquinhos de 2,5 kg
cada, ou seja, cerca de 900 kg. Para se atingir as 190 caixas a serem armazenadas, deve-se
adquirir 6 paletes, que permitirá o armazenamento de até 6 ton de carga dinâmica. Como o
dos operadores, sendo que toda a operação de entrada e saída de produto será realizada
manualmente, por meio de carrinhos armazém. Para tanto, mais dois carrinhos serão adquiridos
centímetros entre as caixas e parede. A câmara será organizada como mostram as Figuras 34
e 35.
Figura 34. Disposição do produto dentro da câmara – Vista Superior.
A altura interna adotada para a câmara será de 3 metros, deixando um espaço entre o
teto e a última caixa de 1,30 metros, podendo empilhar mais caixas conforme a necessidade e
temperatura externa de 31 ºC deverá ser instalada uma antecâmara na parte frontal da câmara
frigorífica visando minimizar a entrada de ar quente e úmido a cada abertura da porta. Esta
operará a uma temperatura de -10ºC e terá dimensões internas de: 4,02 m de largura, 3,0 m de
manual com sistema automático (CA), da empresa Dânica (Figura 37), com dimensões de 1,6
(DÂNICA, 2010).
Figura 37. Porta de correr automática da Dânica.
Já a porta que irá separar a antecâmara da câmara será do tipo cortina plástica, uma
altura, é projetada para conter a unidade condensadora, de forma a ser bem espaçada, com
condensador.
7.5.6.2 Carga Térmica
O detalhamento dos cálculos da carga térmica da câmara e antecâmara pode ser visto
no Apêndice C.
QTotal∗24 h
Q evap .= (5)
❑
1 .312 , 09∗24 h
Q evap .=
20 h
Q evap. (antecâmara) = 1.574,51 kcal/h = 1,83 kW
Tabela 10. Valores das cargas térmicas parciais e da total para a câmara.
Fonte Carga Térmica Valores (kcal/h)
Transmissão 1.701,00
Produto 9,87
Mista 239,37
Infiltração 949,66
Subtotal 2.900,00
10 % Ventiladores 290,00
Subtotal 3.190,00
10% Fator de Segurança 319,00
TOTAL 3.509,00
E, para a câmara:
3 . 509 ,00∗24 h
Q evap .=
20 h
do clorofórmio, conhecido por causar menos danos à camada de ozônio do que os CFC’s.
quando se trata de uma empresa processadora de alimentos. Porém deve-se saber que,
Contudo, este fluido ainda contém cloro em sua molécula que ao ser liberada na
atmosfera interfere nas ligações químicas do ozônio assim seu uso vem sendo gradativamente
O prazo para substituição deste gás estabelecida pelo Protocolo é 2030. Porém este
refrigerante já possui substituto como, por exemplo, o R-422a que se trata de um refrigerante de
ótimo desempenho, não destrói a camada de ozônio, não é tóxico e pode ser usado como
7.5.6.4 Equipamentos
Para a escolha dos equipamentos, tanto da antecâmara quanto da câmara, faz-se
equipamentos.
Tabela 12. Valores utilizados para a seleção dos equipamentos na antecâmara e câmara.
Antecâmara Câmara
Capacidade Frigorífica 1,84 kW 4,91 kW
Temperatura -10 ºC -18 ºC
Vazão de refrigerante 0,012 kg/s 0,031 kg/s
Potência de Compressão 0,68 HP 2,11 HP
Rejeição de calor no
3,25 HP 8,70 HP
condensador
necessários para ação. Também dirige a ação dos recursos humanos sobre os recursos físicos
A quantidade máxima de produtos e serviços que pode ser produzida em uma unidade
produtiva, em certo intervalo de tempo é chamada capacidade. Vários fatores influenciam essa
inicialmente, uma fatia pequena do público potencialmente consumidor para os anéis de cebola
pré-fritos congelados, o que corresponde à produção de 570 kg por dia, que será realizada em
intervalo de almoço.
equipamentos são capazes de produzir 100 kg/h de produto, ou seja, uma maior quantidade do
seguindo a linha de vegetais empanados, fritos e congelados. Para tanto, novos equipamentos
serão adquiridos e novos funcionários serão contratados, resultando futuramente num total de
Para atingir a demanda inicial necessária (570 kg/h) deverão ser produzidos 10.260
sacos de 500 g e 2.508 sacos de 2,5 kg de cebolas empanadas pré-fritas e congeladas por
mês. Para isso a cada mês, serão destinados 9 dias de produção aos produtos embalados em
sacos de 500 g e 11 dias de produção para produtos embalados em sacos de 2,5 kg.
política de produção inicial, poderão ser produzidos 16.200 sacos de 500 g por mês (194.400
sacos por ano) e 3.960 sacos de 2,5 kg por mês (47.520 sacos por ano).
O estoque pode ser entendido por qualquer quantidade de bens físicos que seja
e exigem espaço para estocagem, consomem capital de giro, requerem transporte e manuseio
Sendo a cebola um vegetal que não se deteriora facilmente, seu estoque será renovado
de 200 kg, que contém aproximadamente 33.300 sacos de 500 g ou 7.000 sacos de 2,5 kg.
Assim sendo, para as embalagens de 500 g haverá a necessidade de se adquirir uma bobina a
cada três meses e para as embalagens de 2,5 kg, deverá ser adquirida uma bobina a cada dois
meses e meio.
Pretende-se manter em estoque na câmara fria, o produto acabado suficiente para suprir
o mercado por 15 dias, ou seja, sendo o prazo de validade de 12 meses, a empresa poderá
estocar o produto por até 3 meses, dando tempo de 9 meses para o cliente que o adquirir,
O custo de estoque foi calculado levando-se em conta que o capital imobilizado no custo
recebimento dos mesmos, de acordo com a utilização na produção, até ser zerado, quando há
novo recebimento destes. Por exemplo, no caso da cebola, tem-se no dia do recebimento,
de 7 dias da produção, portanto, esse valor dividido pelos 7 dias, resulta no custo do primeiro
dia. Para o custo do segundo dia, multiplica-se as cebolas restantes por seu preço e dividindo-
se pelos 7 dias, tem-se o custo do segundo dia. A mesma operação se repete, dia-a-dia, até
que ao final do sétimo dia, o estoque vai zerar. Todos esses valores somados, resultam no
custo do estoque semanal da cebola. Para o cálculo mensal, multiplica-se o resultado obtido por
4 semanas e para o cálculo anual, multiplica-se por 12 meses. Para cada item do estoque,
compra de cada um. Portanto, um item comprado mensalmente, vai ser calculado do primeiro
em um maior sinergismo nas diferentes áreas, e será detalhado mais adiante, no item 13.
Sendo a previsão de demanda dos anéis de cebola congelados de 68,52 toneladas para
trabalharão até 2 horas a mais por dia, em regime de horas-extras. Para uma demanda
superior, a Milanez abrirá novo turno de trabalho, com a contratação de novos funcionários.
Acredita-se que o produto não será afetado por sazonalidade, visto que no verão poderá
ser consumido como aperitivo e no inverno, poderá acompanhar pratos quentes. Entretanto, em
pontos de venda. Outra estratégia será a contratação de mais um representante comercial para
que quantidade, dentro de certo horizonte de tempo que, geralmente, vai de algumas semanas,
podendo chegar a seis meses ou um ano (MOREIRA, 2004), sendo que quanto menor for o
A Milanez programará a produção dos anéis de cebola congelados e fará seu controle,
assegurando que as ordens de produção sejam cumpridas de forma correta, na data certa,
produtos embalados em sacos de 500 g e 11 dias para produtos embalados em sacos de 2,5
kg.
terceira semana será destinada a embalagens de 2,5 kg, já a produção da segunda semana
ambas as embalagens, sendo que a produção do primeiro dia será embalada em sacos de 2,5
quando, quantos e quais materiais devem ser comprados. O Planejamento detalhado está
intimamente ligado ao gerenciamento de estoque de matérias-primas, insumos e embalagens
(MOURA, 1996).
Milanez a cada sete dias. O batter, a farinha de trigo e a gordura para a fritura, bem como as
operação unitária do processo de produção puderam ser estimados. A partir dos dados obtidos
em pequena escala, procedeu-se com a realização dos balanços para a produção na escala
processo, foi aplicado o protocolo de teste de rendimento a uma massa inicial de 350 g de
cebolas in natura.
Na etapa de separação manual dos anéis perdem-se os miolos das cebolas, resultando
em cerca de 280 g de anéis de cebolas, ou seja, num rendimento de 93,3% nesta operação.
breading. O resultado é uma massa de 425 g de anéis de cebolas empanados após o processo,
resultando num rendimento de nesta etapa de 151,8% em relação à massa inicial de cebola.
cebolas in natura na linha de processamento para atingir a produção final de 570 kg de anéis de
descascadas. Assim, a massa diária das cascas pode ser prevista de acordo com o balanço de
mcascas = 73,1 kg
Em que:
Na separação manual dos anéis serão recebidos 438,4 kg de cebolas descascadas, que
ao final desta etapa, devido seu rendimento de 93,3%, resultará em 409,1 kg de anéis de
cebola. A massa perdida diariamente nesta etapa corresponde aos miolos dos anéis, que é
calculada na Equação 7.
mmiolos = 29,2 kg
Em que:
Em que:
40% do batter, serão necessários ao processo 127,1 kg de breading por dia e 84,8 kg da
solução de batter por dia. Sabendo-se que a solução de batter é preparada na proporção de 1
parte do pó para duas partes de água, o consumo diário de batter será de 28,3 kg.
Os 621 kg de anéis de cebola empanados seguem para a fritura, processo com 91,8%
etapa, pode-se prever a diferença entre a água que sai do produto e a gordura entrante de
acordo com a Equação 9, que evidencia que é maior a quantidade de água perdida do produto,
do que a gordura entrante. Para um maior detalhamento, será necessária a realização de testes
físico-químicos.
manéis empanados pré-fritos = manéis empanados + mgordura-água (9)
mgordura-água = -51,2 kg
Em que:
24
ORDINANZ, W. O. specific heat of food in cooling. Food industries, v.18, n.2, p. 101, 1946.
8.1.4.2.1 Fritadeira
verão, considera-se como temperatura inicial da cebola a média destas temperaturas, ou seja,
Em que:
Qceb = 13,1 kW
Qceb = 32,7 kW
8.1.4.2.2 Esteira de resfriamento
cebolas empanadas pré-fritas que entrará neste equipamento será de 70,3 kg/h, portanto,
O sinal é negativo, pois este é a quantidade de calor que deverá ser retirada do produto
resfriamento, ou seja, a temperatura inicial será de 5°C. Como visto anteriormente, as cebolas
Qceb = -1,84 kW
O sinal do valor de Qceb negativo indica que será essa a quantidade de calor que deverá
calor) de, aproximadamente, 350 Btu/h.pé2.ºF (9,5 W/m2 .ºF) (Heid; Joslyn, 196725 apud Hon,
Sabendo-se que a dimensão do túnel é de 1,6 x 1,44 x 1,16 m 3, a energia perdidas por
Multiplica-se a equação por dois devido as duas áreas de troca idênticas, portanto:
Área de troca 1:
Área de troca 2:
Área de troca 3:
25
HEID, J. L.; JOSLYN, M. A. 1967. Fundamentals of food processing operations. The AVI Publishing Company, Inc.
Westport, Connecticut.
A perda de energia total do equipamento será igual a soma dos Qparede:
O gasto de energia total será igual a soma do gasto de energia do produto e das
paredes do equipamento:
nove horas, sendo que durante duas horas no meio do dia, os funcionários se revezarão em
duas turmas para o almoço, que será de uma hora para cada turma. A empresa trabalhará
cinco dias por semana, de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 17:00 horas. Em caso de
aumento da demanda do produto, os funcionários poderão trabalhar até duas horas a mais por
dia, em regime de horas-extras e um novo turno poderá ser implantado, como já citado
Um faxineiro: com ensino fundamental, será responsável pela limpeza dos vestiários,
Uma secretária: com curso técnico em secretariado, terá por função recepcionar os
visitantes, atender aos telefonemas, redigir e encaminhar as correspondências, tanto por correio
como por meio eletrônico, redigir as atas das reuniões, organizar os arquivos e os documentos.
novos funcionários, cria um ambiente de melhor entendimento entre os setores e é uma técnica
serão treinados nas empresas fabricantes dos mesmos. Serão responsáveis pela elaboração
dentro dos padrões de qualidade, quantidade, custos e prazos estabelecidos pela empresa.
prima até os pontos de venda. Será o responsável pelo desenvolvimento de novos produtos de
aumentar as vendas.
veículo próprio, serão responsáveis pelas vendas dos produtos da empresa, contatando clientes
resultados e metas.
firmada em 01/08/2009, o salário base dos funcionários das empresas com até 40 empregados,
nesse setor, é de R$692,70. Assim sendo, R$700,00 será o salário do faxineiro, da copeira e
20 minutos.
Para a capacidade diária calculada (570 kg/dia) será necessário processar cerca de
2.270 cebolas/dia, para isso considera-se que será necessário um tempo de 2 horas. Após
estas etapas as cebolas vão para a lavadora por um tempo de 10 minutos e, então, seguem
Os anéis de cebola são, então, empanados, fritos (num tempo de 6 minutos) e levados para a
esteira de resfriamento na qual permanecem por 10 minutos. Em seguida, vão para o túnel de
leva um tempo de, aproximadamente, 9 minutos, e estocados na câmara fria até a sua
distribuição.
A partir disso, estima-se que para produzir a primeira batelada de anéis de cebola
hora e 46 minutos, sendo que após esse tempo o intervalo entre as bateladas serão de,
aproximadamente, 10 minutos.
Pode ser visto no gráfico de Gantt ilustrado na Figura 43 o tempo de funcionamento dos
equipamentos da Milanez.
1 1 1 1 1 1
Limpe...
classificacação + pes...
Lav
Descascamento e verific...
Fatiam...
Separação dos a...
Empanam...
Fri
Resfriam...
Congelam...
Embalamento (P...
Embalamento (cai...
Estoc...
Limpe...
Al
9. SUB-PRODUTOS E RESÍDUOS
vezes com justa razão, pelo fenômeno de contaminação ambiental, principalmente pelo
acúmulo de matérias primas e insumos, que envolve sérios riscos de contaminação por
intrinsecamente poluentes. Ao longo das décadas, a atividade industrial tem produzido rejeitos
9.1 Caracterização
9.1.1. Resíduos
(matéria-prima, insumos e produto final) também devem ser considerados uma vez que há
gordura vegetal utilizada na fritadeira deverá ser trocada a cada 24 horas de uso, o que
9.1.2. Subprodutos
rendimento realizado, de 350g de cebola 50g representava o peso das cascas, assim a
quantidade de cascas de cebola obtida por dia de produção será em média de 80 kg.
Com a seleção manual dos anéis de cebolas, alguns não são aproveitados e
por dia.
Água residual
ser consumida, porém é devolvida ao meio ambiente praticamente sem tratamento. Em virtude
disso, as doenças e mortes provocadas pelo consumo de água de qualidade inadequada são
absurdamente grandes, sem contar os danos causados ao meio ambiente (AMBIENTE BRASIL,
2010). Desta forma, a Milanez efetuará o tratamento da água residual, lançando-a na rede de
dispõe sobre a classificação dos corpos de água e diretrizes ambientais para o seu
enquadramento, bem como estabelece as condições e padrões de lançamento de efluentes, e
Lixo
O destino do lixo será determinado de acordo com sua composição. O lixo orgânico será
encaminhado a aterros sanitários e o lixo reciclável será coletado e então enviado para os
centros de triagem onde será feita uma separação mais rigorosa e será feita a moagem e
enfardamento do lixo. Depois disso o lixo separado e já enfardado será enviado para as usinas
de reciclagem.
Desta forma, a Milanez seguirá a Lei n° 6.938, de 31 de Agosto de 1981 que dispõe
Como visto em Andrade (2008), descartar a gordura no meio ambiente sem qualquer
cuidado, jogando-a na pia, em terrenos baldios ou no lixo acarreta três fins desastrosos:
Permanece retida no encanamento, causando entupimento das tubulações se não for separada
soltando gás metano durante esse processo, causando mau cheiro, além de agravar o efeito
estufa.
técnico, para não lançar ou liberar poluentes nas águas, no ar ou no solo (BRASIL, 2005b).
outras finalidades destacam-se a produção de resina para tintas, sabão, detergente, glicerina,
uma alternativa para pequenas empresas, auxilia na preservação do meio ambiente, pode ser
utilizado não apenas como combustível para veículos (SBPC, 2005), mas também para geração
negócios, assim, a gordura residual da indústria Milanez será armazenada em galões plásticos
Cascas de cebolas
cebola para indústria de temperos, posteriormente será instalada uma planta de processamento
Água residual
se não forem retirados podem prejudicar a qualidade das águas dos rios, comprometendo não
só toda a fauna e flora destes meios, mas também, todas as utilizações que são dadas a estes
Dessa forma, a Milanez efetuará o tratamento das águas residuais de acordo com
Ambiente Brasil (2010). Primeiramente será realizado um tratamento físico para a remoção dos
sólidos grosseiros. Assim, a água residual ao entrar na estação de tratamento passará por um
canal com grades em paralelo, que tem a função de reter os sólidos de maiores dimensões que
dimensão fazendo que a água passe por peneiras. Em seguida, a fim de remover resíduos de
gordura presentes, a água passa por uma caixa de areia e em seguida por um flotador.
biológico seguindo para o reator anaeróbio de leito fixo devido à alta carga orgânica, e
posteriormente passará por um processo de lodos ativados em que é retirado o lodo ativado.
Finalmente, a água estará tratada e limpa, pronta para ser lançada na rede de esgoto.
Lixo
Nenhum tratamento no lixo será realizado na empresa, ficando esta, responsável, pela
recipientes diferenciados por cores correspondentes ao material a ser descartado, como pode
pré-tratamento de filtragem para retirada de grandes sujidades, como restos de cebola e/ou do
batter. Então a gordura será coletada uma vez por semana e armazenada em galões de 50 L e
Nenhum tratamento será feito nas cascas de cebolas, pois no início do processamento
das cebolas é realizada lavagem para retirada de sujidades nas cascas. Nem mesmos nos
miolos e anéis de cebola não utilizados, estes serão armazenados em galões plásticos e
obtidos serão cedidos ou vendidos, que de acordo com o preço por quilo da cebola (R$ 1,63 –
R$ 1,92), o preço do quilo da casca da cebola seria estabelecido por R$ 0,02. Enquanto o preço
do quilo dos anéis de cebolas não utilizados juntamente com os miolos, será de R$ 0,10.
O abastecimento de água será realizado pelo DAERP. A água utilizada estará de acordo
com a Portaria Nº 518 de 25 de março de 2004 do Ministério da Saúde (BRASIL, 2004), que
a 100 m3/mês.
Além disso, a indústria contará com um reservatório local de capacidade igual a 15.000
litros, um volume que poderá suprir as necessidades de três dias de operação caso o
abastecimento oferecido pela rede pública seja interrompido, o que permite que a empresa
Segundo o DAERP (2010a), para um consumo de 100 m 3/mês, a tarifa industrial total
iluminação e outros. O consumo dos equipamentos pode ser estimado pela potência e tempo
cobrada pela CPFL, é possível prever a despesa mensal com energia elétrica.
elétrica, de acordo com as horas de utilização do dia e dos períodos do ano, bem como de
(ANEEL, 2005).
A Tabela 17 apresenta os valores das tarifas cobradas pela CPFL nessa estrutura
tributária.
Já a Tabela 18 apresenta os equipamentos e seus respectivos consumos e gastos
mensais. Para efeitos de cálculo, considerou-se a taxa tributária para o período seco e horário
fora de ponta, isso porque a maioria dos equipamentos funcionam nesse horário.
Para se concluir a despesa com energia elétrica tem-se, ainda, que considerar os gastos
devido à iluminação e outras instalações (escritório, vestiários, cozinha, etc.), valores que são
dependentes do tamanho das edificações da empresa, que serão obtidos a partir de itens
posteriores.
Tabela 17. Valores das tarifas de acordo com o período do ano e horário do dia.
R$/MWh
Ponta (Período Seco) 248,66
Fora de Ponta (Período Seco) 159,16
Ponta (Período Úmido) 225,93
Fora de Ponta (Período Úmido) 145,97
10.3 Manutenção
A manutenção dos equipamentos será oferecida pelos próprios fornecedores dos
mesmos, enquanto que os serviços, como manutenção da rede elétrica e hidráulica, serão
(FÊO, 2003), portanto, primeiramente será aplicado na indústria Milanez, os 8 Sensos; vencida
União, Poder Executivo, Brasília, DF, 01 ago. 1997. Seção 1. A qual impõe todos os requisitos
o PPHO 9 – Registros.
deverá ter um responsável técnico inscrito no órgão fiscalizador de sua profissão para
qualidade para serviços e produtos na área de alimentos. Adotando essa legislação, a Milanez
alguns dos pontos de controle, que correspondem na prática, em geral, a Pontos Críticos de
Controle. Por esta razão esta Portaria está relacionada como sendo também do domínio do
dos Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) de forma a proteger a saúde o consumidor.
Quanto às exigências legais específicas para os anéis de cebolas empanados
padrões de identidade e qualidade da cebola. Diário Oficial da União, Poder Executivo, Brasília,
DF, 01 set. 1995. Esta portaria será aplicada na recepção da cebola, para identificar qualquer
dano que leve a rejeição do lote, e ainda no acondicionamento, para certificar das condições
adequadas de estocagem.
padrões de identidade e qualidade para alimentos rapidamente congelados, como tal definidos
alimentos rapidamente congelados, aprovados pela CNNPA. Diário Oficial da União, Poder
Executivo, Brasília, DF, 27 dez. 1977. A Milanez adotará esta resolução devido a não existir
nenhum legislação específica para o produto em questão. Desta forma, os anéis de cebola
uma temperatura não superior a -18º C. Esta resolução será utilizada ainda, para verificar as
2001). Regulamento Técnico sobre os Padrões Microbiológicos para Alimentos. Diário Oficial da
União, Poder executivo, Brasília, DF, 10 jan. 2001. Seção 1. Na qual, o produto final passará
por análises microbiológicas e deve estar dentro dos padrões microbiológicos recomendados
pela ANVISA: Coliformes a 45oC/g apresentam tolerância até 102, 103 para Estafilococos
parâmetros estabelecidos, haverá um controle pela comparação com o padrão, uma vez
Controle Estatístico de Processo (CEP), para aprimorar e controlar o processo produtivo por
Sensos de forma a torná-lo um êxito e de uso contínuo. É importante ressaltar que a grande
sugestões que, permitem às empresas economias significativas, muitas vezes com baixo ou
na seguinte forma:
Shikari Yaro: Senso de determinação e União. Este primeiro Senso será implantando
plano para motivação dos funcionários; auditoria operacional dos recursos humanos, quando é
feita uma completa avaliação do grau de satisfação dos funcionários para com todas as
condições de trabalho; plano de ações imediatas para solução dos problemas críticos; avaliação
de todo o Senso.
todo o programa e na indústria Milanez será implantando nas seguintes etapas: Treinamento do
treinamento dos gerentes; seleção e treinamento dos facilitadores; elaboração do plano diretor;
e armazenados de tal maneira que sua utilização economiza tempo. Após o uso, o item deve
ser recolocado no mesmo local, do mesmo modo e em boas condições. Este Senso será
aplicado, principalmente, na planta de processamento, para evitar perda de tempo por não
executará um plano permanente de coleta seletiva de lixo. Ao mesmo tempo em que ocorrerá a
limpeza também ocorrerá a inspeção, para, assim, detectar problemas potenciais ou efetivos,
Seiketsu: Senso de Bem Estar. A Milanez aplicará este senso por meio de: limpeza e
temperatura, ruído e fontes polidoras; pintura dos ambientes, inclusive artística em alguns
individualidades.
terão que ser seguidas e respeitadas, porém, serão revisadas sempre que necessário ou no
mínimo a cada seis meses. Todos serão incentivados a darem sugestões para melhorias e
aperfeiçoamento contínuo.
do programa 8S, pois, uma vez que os sete Sensos anteriores já estejam incorporados ao
melhorias. Portanto, a partir desse Senso, estabelecerá um plano de combate aos desperdícios
com as seguintes etapas: ampla campanha promovida pela alta administração; reunião entre
investimentos, ou seja, análise de custo x benefício; execução das melhorias; avaliação dos
resultados; divulgação dos resultados; recompensa e elogios aos autores das sugestões.
Para avaliar a utilização dos 8S, todos os Sensos serão avaliados mensal ou
trimestralmente, com o uso de critérios e questionários onde são atribuídas notas de 1 a 5 para
qualitativos. Ao final os resultados dos oito Sensos serão plotados em gráficos e comparados
com os meses anteriores, quando se pode melhorar ainda mais o programa, ou tomar-se ações
corretivas. É importante levar em conta que, antes de iniciar a implantação do programa, serão
levantados diversos índices, consumos e parâmetros, para posterior avaliação das economias.
Sabe-se que com o passar do tempo as pessoas tendem a diminuir a sua participação,
isto acontece não só com o programa 8S, mas, com qualquer atividade exercida pelo ser
humano. Para evitar isto a Milanez apostará em ter um plano de longo prazo, objetivando
longo dos Sensos, os seguintes procedimentos serão adotados para continuidade e eficácia do
lideranças; avaliação mensal dos seis Sensos táticos e operacionais: Seiri, Seiton, Seiso,
Seiketsu, Shitsuke e Setsuyaku.; avaliação trimestral dos dois Sensos estratégicos: Shikari Yaro
e Shido; concursos internos com distribuição de troféus, placas, medalhas e diplomas para as
pessoas e setores que se destacaram; após o segundo ano da implantação do programa, serão
feitas anualmente, Auditoria Operacional dos Recursos Humanos, para medir a satisfação dos
funcionários e tomar medidas corretivas; encontros anuais do 8S; exposições fotográficas com
padrões são procedimentos que visam a padronização das operações rotineiras de higienização
Havendo coleta anual da água para análise. A captação da água, por ser de rede pública,
passará por controle regular interno, tal como: limpeza de caixa d'água.
selecionado e sua concentração, tempo de contato dos agentes químicos e ou físicos utilizados
Quando aplicável o desmonte dos equipamentos, o PPHO contemplará esta operação, como no
equipamentos, como por exemplo, utilização de peneiras para colocar as cebolas ainda com
cascas na lavadora e a retirada dessas cebolas com a mesma peneira. Ou ainda, utilização do
mesmo equipamento para linhas diferentes, por exemplo, cortador de cebola e berinjela.
e os princípios ativos usados para a lavagem e anti-sepsia das mãos dos manipuladores. Será
proibido o uso de adornos (ganchos, anéis, colares, pulseiras, relógios, etc.). A roupa e outro
26
KUSHIDA, M. M. Notas de aula. Disciplina Controle de Qualidade – ZEA 1001. 2010.
material de uso pessoal utilizado fora do local de laboração serão deixados no vestiário.
Durante o período de trabalho apenas poderão usar peças de roupa do fardamento (touca,
recepção da matéria-prima, com análise e até rejeição do lote de cebolas, até armazenamento
e transporte a -18º C, com tolerância até -15º C. Produtos de limpezas serão mantidos em
adotadas no caso dos manipuladores apresentarem lesão nas mãos, sintomas de enfermidade
manipuladores, ainda, deverão realizar exames de saúde periodicamente (de ano em ano, ou
compreende o tratamento com agentes químicos, biológicos ou físicos serão aplicadas somente
sob a supervisão direta do pessoal tecnicamente competente que saiba identificar, avaliar e
intervir nos perigos potenciais que estas substâncias representam para a saúde. Tais medidas
competente.
PPHO 9 – Registros por meio de check list, lista de presença do treinamento, laudos de
POP 5 – Manejo de Resíduos; haverá coleta seletiva para o lixo inorgânico, tratamento
de água antes do descarte na rede de esgosto, coleta da gordura liquida residual e entregue
produtivo dos anéis de cebola empanados pré-fritos e congelados. Esse POP deve também
empresas terceirizadas.
necessárias para a recepção dos mesmos e forma de estocagem, para garantir qualidade no
produto final.
De acordo com a ANVISA (2009) - Agência Nacional de Vigilância Sanitária, "as Boas
Práticas de Fabricação (BPF) abrangem um conjunto de medidas que devem ser adotadas
essas medidas em caráter geral, aplicável a todo o tipo de indústria de alimentos, e específico
- Condições Ambientais
- Instalações e Saneamento
- Equipamentos e Utensílios
- Recursos Humanos
- Tecnologia Empregada
- Controle de Qualidade
- Garantia da Qualidade
- Armazenagem
- Transporte
- Informações ao consumidor
- Exposição/comercialização
- Desinfecção/Desinfestação
Devido ao caráter inovador do produto, este não possui PIQ determinado pela ANVISA,
assim, os anéis de cebola empanados, fritos e congelados devem obedecer aos padrões de
n°35/77 da Comissão Nacional de Normas e Padrões para Alimentos (CNNPA). Assim sendo, a
operação de congelamento deve ocorrer de modo que a faixa de cristalização máxima seja
ultrapassada rapidamente. O equipamento deve ser operado de tal forma que, após alcançada
a estabilidade térmica, seja possível reduzir a temperatura no centro térmico do alimento a 18°C
negativos ou menos. Essa temperatura deve ser mantida até o consumidor final. Os
1997). Para tanto, a empresa atenderá aos requisitos sanitários utilizando projeto, materiais e
equipamentos que possibilitem a manutenção da sanidade durante todo o processamento do
produto.
superiores aos limites estabelecidos pela RESOLUÇÃO RDC ANVISA/MS nº. 12, de 02 de
janeiro de 2001, já citada anteriormente. Dessa forma, os PPHO ou os POP e as BPF, vão dar
11.3. PDCA
Nas empresas, as decisões devem ser tomadas com base na análise de fatos e dados.
Para aproveitar melhor estas informações, algumas técnicas e ferramentas podem ser
ou serviço e, com a análise, buscar a melhor solução (MARIANI et al. 2005). Este método de
metas e definem-se os métodos que permitirão atingir as metas propostas, esta primeira etapa
é denominada por P (plan). A segunda etapa é a execução - D (Do), toma-se iniciativa, educa-
planejados. Por fim ocorre a etapa de ação - A (Act), faz-se correções de rotas se for
necessário, toma-se ações corretivas ou de melhoria, caso tenha sido constatada na fase
Um exemplo da aplicação do PDCA na Indústria Milanez, seria o caso dos anéis cebolas
empanados pré-fritos e congelados não apresentarem boa aderência da casca, o que levaria a
reclamações de consumidores que poderiam deixar de comprar o produto. Utilizando-se o ciclo
PDCA, tem-se:
para solucionar o problema); a análise (definição das causas influentes, por meio de
brainstorming, Ishikawa e 5 porquês, neste caso, as causas mais prováveis seriam: troca de
forncedor do batter, diluição errada do batter, fornecedor diferente do breading, erro na máquina
dosadora, ou falta de calibração da balança, ou ainda fritura excessiva do produto); então faz-
obtenção de dados dos check list e lista de verificação, e analisa as hipóteses (graficamente,
11.4. CEP
Como visto em Milan e Fernades (2002), para as empresas, um dos pontos
Processo (CEP).
do efeito, para buscar conhecer a causa fundamental dos problemas. A Milanez reconhece a
existência da variabilidade na produção (quanto ao tamanho dos anéis de cebola, por exemplo)
e administrará essas variações. As causas serão priorizadas pelo uso da análise de Pareto.
Milanez trabalhará para o cliente, ou seja, este terá possibilidade de decidir sobre a qualidade
11.5. APPCC
Passos Preliminares:
Princípios:
realização da análise de perigos e estudos das medidas para controlar os perigos identificados;
Esses passos e princípios serão adotados pela indústria Milanez de acordo com o
Projeto de Plano APPCC, constituído por planilhas cujo resumo segue no APÊNDICE D.
planilha N – Resumo do Plano APPCC, que separem a aceitabilidade da não aceitabilidade com
vista à prevenção, eliminação ou redução dos riscos identificados, pode-se definir a etapas
O primeiro ponto crítico de controle (PCC) é no cultivo, uma vez que a Milanez não o
terceirizada. Desta forma, esse PCC pode ser controlado pelo acompanhamento do processo,
sendo assim, esse é um PCC de prevenção. Do mesmo modo, a etapa de Lavagem, também,
segue um PCC de prevenção, pois a qualidade da água distribuída por rede pública influencia
no resultado.
temperatura deve ser efetivo para prevenir queimaduras na camada de empanamento. A troca
de óleo requer rígido controle, devendo ser feita regularmente, uma vez por semana, para evitar
oxidação lipídica.
Figura 45. Fluxograma de processamento de anéis de cebola com os pontos críticos de controle de
prevenção de riscos (PCC p).
congelamento e distribuição (-18 a -15º C), podem ocorrer danos físicos e recontaminação por
microrganismos.
11.6. Gestão da qualidade x Gestão de pessoal
Segundo Vasconcelos et. al. (2009), a gestão de pessoas está diretamente relacionada
com as funções do administrador que são planejar, organizar, controlar e dirigir. Os seis
Desta forma, são as pessoas que compõem a empresa que são responsáveis pelo seu
funcionamento e é pela forma de como ela será administrada que se verificará o desempenho
agências de emprego e banco de dados utilizados pelas pessoas que enviam seus currículos
pelo site da empresa a fim de atrair candidatos para as vagas disponíveis. Em seguida, será
trabalho que será executado e as características da pessoa. (VASCONCELOS et. al., 2009).
evitar que o futuro manipulador de alimentos seja portador de doenças que possam
patrimonial, direito e deveres dos funcionários, a fim de apresentar como ele deve se comportar.
Desta forma, o gerente de cada área ficará responsável para que os funcionários tenham a
atividades que serão executadas. A Milanez, por se tratar de uma indústria de alimentos, fará
sendo estes realizados periodicamente devido às suas importâncias. Para treinamentos mais
13° salário, previsto na Lei no 4.749, de 12 de agosto de 1965 (BRASIL, 1965); FGTS, previsto
na Lei n° 8.036, de 11 de maio de 1990 (BRASIL, 1990); seguro de acidentes de trabalho; vale
alimentação para funcionários que trabalharão fora da empresa e para os que trabalharão
colaboram para o bem-estar coletivo, além de propiciar aos funcionários benefícios, como
cuidados médicos e odontológicos, área de lazer (associação), sala de descanso, entre outros,
É direito das pessoas esperarem que os alimentos que consomem sejam seguros e
adequados para consumo. As doenças e os danos provocados por alimentos são, na melhor
das hipóteses, desagradáveis, e, na pior das hipóteses, fatais (CODEX ALIMENTARIUS, 2006).
contaminação devem ser ajustadas às Boas Práticas de Fabricação (BPF) de forma a não
Como já foi citado no ítem 11, a Milanez adotará as ferramentas de qualidade como
tenha condições higiênico sanitárias, não oferecendo assim riscos à saúde do consumidor.
contato direto com o alimento estarão em boas condições, serão duráveis e de fácil limpeza,
manutenção e desinfecção. Serão constituídas de material liso, não absorvente e inerte aos
ALIMENTARIUS, 2006).
produtos de limpeza devem ser manipulados e utilizados com cuidado e de acordo com as
instruções do fabricante e armazenados separados dos alimentos, em recipientes claramente
2006).
da Milanez será realizada seguindo as seguintes etapas: pré-lavagem, limpeza com detergente,
porém quando fria pode provocar a solidificação de gorduras. Esta etapa visa à redução da
contato direto com as sujidades tendo como finalidade separá-las das superfícies que serão
Serão utilizados nessa etapa detergentes alcalinos, como o metassilicato de sódio, pois
80°C (GERMANO; GERMANO, 2001). O detergente alcalino será fornecido pela Almed
600,00/mês, sendo que esse valor pode sofrer variação de acordo com a produção de cada
mês.
Depois da lavagem com os detergentes, os equipamentos serão enxaguados para
e a lavagem com detergentes serão efetuadas imediatamente após o uso dos equipamentos, a
aplicação do sanitizante será feita antes do uso dos mesmos. O sanitizante que será utilizado é
antimicrobiana, baixo efeito residual e toxidade e por ter sua concentração facilmente
R$13,00/kg. Por estimativa, serão utilizados cerca de 120 kg de sanitizante por mês, totalizando
em R$ 1.560,00/mês, sendo que esse valor pode sofrer variação de acordo com a produção de
cada mês.
processamento e dos equipamentos será realizada diariamente, duas vezes ao dia, sendo a
Desta forma, a Milanez respeita a Portaria SVS/MS nº 326, de 30 de julho de 1997, que
pragas podem ter acesso serão mantidos fechados, telas serão colocadas nas janelas evitando
inspeções nas próprias instalações e também em áreas próximas a empresa para verificar
importância. Todas as pessoas que trabalharão como manipuladores de alimentos devem ser
portadores de doenças transmissíveis por alimentos não deverão ser autorizados a entrar em
áreas de manipulação (CODEX ALIMENTARIUS, 2006). Para evitar casos assim, exames
médicos periódicos serão realizados nas pessoas que entram em contato com o produto
durante o processamento e caso a pessoa esteja com sintomas ele deverá comunicar
imediatamente a gerência.
Quanto à higiene pessoal dos manipuladores estes sempre deverão estar usando
uniforme, touca e calçados apropriados. As mãos devem ser sempre lavadas no início das
processamento também dever evitar ações como fumar, cuspir, mascar ou comer, espirrar ou
Para que todas essas regras sejam seguidas, será realizado um treinamento de higiene
sendo seguidos.
que aprova o regulamento técnico para inspeção sanitária de alimento; diretrizes para o
varejistas e tem como maior meta reduzir etapas e garantir a disponibilidade dos produtos
quando necessário. O sucesso de uma cadeia de suprimentos está relacionado com sua
lucratividade, ou seja, o lucro total a ser dividido pelos seus estágios (GOMES; RIBEIRO, 2004).
longo de toda a cadeia, a Milanez terceirizará o transporte refrigerado e a distribuição dos anéis
de cebola, barateando esse processo. A empresa enviará seus produtos aos atacadistas e
varejistas. Os atacadistas fornecerão o produto para restaurantes, bares, fast foods e serviços
varejistas fornecerão o produto para o consumidor final, como esquematizado na Figura 46.
*Bares
Milanez Atacadistas *Restaurantes Consumidor
*Fast Foods Final
*Serviços de
Alimentação
Varejistas
*Supermercados
*Hipermercados
*Lojas de
Conveniência
Nos pontos de venda, o produto será comercializado nos balcões refrigerados, ao lado
fornecedor como qualquer pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira
estipulado, para isso deve existir um bom relacionamento entre a empresa e os seus
fornecedores já que estes interferem diretamente nas atividades da empresa (MALTA, 2010).
potencial. Para evitar a dependência da Milanez em relação aos seus fornecedores, será
Por ser um alimento perecível, a cebola in natura será fornecida à indústria em períodos
trimestralmente), com isso haverá diminuição de custos pelo fato de não ser necessário
A empresa que fornecerá as cebolas será a G.F. Brasil Soluções em Hortifruti que se
responsabiliza pela entrega pontual da matéria-prima, além de ter um sistema fast help na qual
O breading e o batter serão comprados e entregues pela Kerry do Brasil Ltda. que
FAZENDA, 2010). No Brasil, possui quatro plantas produtivas: Campinas (SP), Rio Claro (SP),
Três Corações (MG) e Barueri (SP) (KERRY, 2008), sendo que a mais próxima será a de Rio
fornecimento de breading e batter, a empresa Kraki que está localizada em Santo André (SP),
ou seja, a 345 km de Ribeirão Preto (GOOGLEMAPS, 2010). A Kraki possui como fundamento
2010).
O fornecimento de gordura vegetal será feito pela Bunge, uma das principais empresas
2010b). O tipo de gordura vegetal comprada será a Pró Cukin Fry que é comercializada em
baldes de 14,5 kg cuja ficha técnica pode ser vista no ANEXO C (BUNGE, 2010c).
(GLOOGLEMAPS,2010). Caso haja algum imprevisto tem-se como segunda opção a empresa
(GOOGLEMAPS, 2010).
A embalagem secundária (papel ondulado) será fornecida pela Klabin S/A por ser uma
papelão ondulado e sacos industriais, e possuir várias certificações, como a FSC que visa
A Klabin S/A também disponibiliza compras on-line o que facilita a gestão de estoque da
Milanez.
13.3 Tecnologia da Informação
A informação é a chave para o sucesso de uma cadeia de suprimentos, pois permite que
a gerência tome decisões sobre um amplo panorama, que abrange funções e empresas,
traçando estratégias que enxergam a cadeia como um todo, maximizando o lucro (CHOPRA;
MEINDL, 2003).
informações das diversas áreas da empresa de forma rápida e eficiente. A Milanez escolheu a
necessidades da empresa. A Milanez, inicialmente, irá adquirir o sistema que cuida da criação,
livro-caixa gerando relatórios, arquivos e gráficos, o sistema que fará o lançamento de notas
fiscais, geração de livros, apuração dos impostos, geração de arquivos para software Federal,
Estadual e Municipal. Também adquirirá o sistema que gera orçamentos, pedidos de venda,
restaurantes e os fast foods das cidades da região de Ribeirão Preto. Assim, o consumidor final
terá acesso ao produto tanto na embalagem final, em supermercados, como pronto para
A promoção inicial do produto será feita pelo agendamento de visitas com clientes em
potencial. Essas visitas serão feitas continuamente, pelos representantes comerciais, que farão
cidades circunvizinhas, num raio de até 200 km. Os representantes utilizarão seus próprios
enfoque na qualidade do produto em si, e em seu caráter prático e inovador, visando que o
consumidor procure pelo mesmo nos supermercados e nos estabelecimentos que freqüenta nas
horas de lazer.
estimada, espera-se comercializar 2.508 sacos dos anéis de cebola Milanez no formato de
2,5 kg para atacadistas e 10.260 sacos no formato de 500 g no varejo por mês.
14. EDIFÍCIOS E INSTALAÇÕES INDUSTRIAIS
na cidade de Ribeirão Preto. Este será adquirido por uma quantia significativa de
R$1.100.000,00.
Optou-se pela compra e construção das instalações, e não pela locação, devido às
A Milanez será constituída por uma área de processamento, incluindo câmara fria e sala
vestiários, refeitório, sala de estar e banheiros. Além de uma área administrativa com
Terá acesso direto e independente, não comum a outros usos (habitação), e as áreas
e desinfecção). Terão inclinação suficiente em direção aos ralos, que serão sifonados com
Os forros e tetos terão acabamento liso, impermeável, lavável, de cores claras e em bom
As portas terão superfície lisa, de cores claras, de fácil limpeza, ajustadas aos batentes,
de material não absorvente, com fechamento automático (mola ou similar) e protetor no rodapé.
roedores. As janelas contarão com telas milimétricas limpas, sem falhas de revestimento e
ajustadas aos batentes. As telas terão malha de 2 mm e serão de fácil limpeza e em bom
estado de conservação. As janelas serão protegidas de modo a não permitir que os raios
quedas acidentais e em bom estado de conservação, sendo que não deverão alterar as
de fungos, gases, fumaça, gordura e condensação de vapores. Sua direção, nas áreas de
preparo será da área limpa para a suja. Não serão utilizados ventiladores nem aparelhos de ar
As instalações sanitárias terão banheiros separados para cada sexo, em bom estado de
conservação, constituídos de vaso sanitário e pia, com dois mictórios com descarga, nas
instalações masculinas. Serão bem iluminadas, terão paredes e piso de cores claras, de
material liso, resistente e impermeável, portas com molas, ventilação adequada com janelas
teladas e não se comunicarão diretamente com a área de manipulação de alimentos ou
refeitórios. Haverá vestiários separados para cada sexo, com armários individuais e dois
chuveiros em cada um deles, com paredes e pisos de cores claras, material liso, resistente e
15. “LAYOUT”
Desta forma, o layout da fábrica deve ser tal que permita a integração total de todos os
fatores que afetam o arranjo físico, a movimentação de materiais por distâncias mínimas, o
Preto em que a empresa será instalada, bem como as principais rodovias que rondam o local.
diferentes cidades.
como a área administrativa, ambulatório, laboratório, área de higienização e áreas para futuras
ampliações.
equipamento em equipamento.
15.4 Desenho Isométrico
disposição das tubulações dos equipamentos que compõem a área de processamento, sem
higienização dos equipamentos, uma vez que não são utilizados outros fluidos.
Milanez estarão localizados na cidade de Ribeirão Preto, sendo que o terreno será adquirido
por R$1.100.000,00.
menores 5% 682,81
Total 14.339,01
Assim, calculou-se o investimento fixo necessário, mostrado na Tabela 21, com base no
Porcentagem do custo
na fábrica
Tangíveis (%) (R$)
Equipamento posto na fábrica 100 323.915,95
Instalação 39 126.327,22
Instrumentação e Controle 13 42.109,07
Tubulação 31 100.413,94
Elétricos 10 32.391,59
Prédios 29 93.935,62
Melhoramento da area 10 32.391,59
Serviços 55 178.153,77
Terrenos - 1.100.000,00
Escritório - 14.339,01
Intangíveis (%)
Engenharia e Supervisão 32 10.3653,10
Gastos de Construção 34 110.131,42
SUBTOTAL 359 2.257.762,31
Gastos para colocar em funcionamento
406.397,21
(5% subtotal) 18
Imprevistos (10% subtotal) 36 812.794,43
INVESTIMENTO FIXO TOTAL 413 3.476.953,96
De acordo com SEBRAE (2010), o capital de giro corresponde à outra parte dos
investimentos que vai compor a reserva de recursos financeiros que serão utilizados conforme
Os custos de estoque com matéria prima e insumos, detalhados no item 8.1.2, totalizam-
do projeto, calculou-se o custo de produção de 1 kg de produto, sendo R$ 2,69. Assim, por dia
produz-se 570 kg de produto sendo estes estocados por, no máximo, 14 dias. Desta forma o
realizadas somente vendas com pagamento à vista. Posteriormente serão oferecidas outras
formas de pagamento.
Desta forma, após o calculo do investimento fixo e do capital de giro necessário para a
Milanez é possível calcular o investimento total, sendo este as soma dos anteriores. Portanto, o
Segundo Zanluca (2004? apud Portal da Contabilidade, 2010 27), os custos diretos são
aqueles que podem ser atribuídos (ou identificados) diretamente ao produto, ou seja, aqueles
diretamente incluídos no cálculo dos produtos. Estes custos surgem com o produto e não
prima), insumos, gastos com estoque de matéria prima, além do estoque de produto acabado,
Também de acordo com Zanluca (2004? apud PORTAL DA CONTABILIDADE, 2010 26),
o custo indireto pode ser definido como um custo comum a muitos tipos diferentes de bens, sem
que se possa separar a parcela referente a cada um, no momento de sua ocorrência. Pode ser
também entendido, como aquele custo que não pode ser atribuído diretamente a um produto,
irrelevante), e outros custos que dizem respeito à existência do setor fabril ou de prestação de
Para o cálculo dos custos de produção da Milanez foram especificados os custos fixos e
os custos variáveis, que são apresentados nas Tabelas 23 e 24. Os custos fixos são aqueles
que se mantêm constantes qualquer que seja o nível de atividade da empresa e os custos
variáveis, por sua vez, são aqueles que aumentam ou diminuem dependendo do nível de
atividade da empresa.
Quantidade / vida
Itens Custo Total (R$)
útil
Funcionários - 589.200,00
Depreciação dos equipamentos 10 anos 33.969,60
Depreciação dos prédios 25 anos 4.405,26
Manutenção 3%a.a 106.882,12
IPTU 1% a.a 4477,00
Seguros da unidade de
2% a.a 71.254,80
produção
TOTAL CUSTOS FIXOS 810.118,71
unidades
Total Matéria-Prima 312.057,12 378.301,82
Acabado
4.687,68
Produtos de limpeza
25.920,00
TOTAL CUSTOS
VARIÁVEIS
344.808,80 411.053,50
Vale ressaltar que, para o cálculo dos custos fixos e variáveis, os dados relacionados ao
salário dos funcionários, custos com água e energia elétrica foram determinados nos itens
depreciação, que é definida como um valor que deve ser adicionado aos custos de produção de
( V −V r ) (12)
D=
n
para uso, Vr representa o valor de resgate que é considerado como sendo zero ao final do
período de vida útil e n é o período de vida útil, em anos, estabelecida por lei pelo Conselho
28
Informação fornecida por Ditchfield em aula, em 2010.
Em seguida, pode-se determinar o custo unitário dos produtos dividindo-se cada custo
total de produção pelo valor da produção anual dos produtos. Estes valores são apresentados
na Tabela 25.
Vale ressaltar que, para o cálculo do preço de venda acrescentou-se uma porcentagem
funcionamento do mesmo, como computadores, papel, canetas, etc. Estes gastos são
apresentados na Tabela 20 (item 16). Já a depreciação advém do cálculo que relaciona o valor
inicial do bem completamente pronto para o uso e o seu período de vida útil. Para os
Nas despesas de vendas estão incluídos os gastos com a equipe de vendas, como os
salários dos funcionários deste setor e custos de transporte para distribuição do produto final.
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), a taxa de juros cobrada por este será de 6%
relativo ao custo financeiro, mais 0,9% relativa à remuneração básica do BNDES e mais uma
taxa relativa à remuneração de instituição financeira credenciada, que deve ser negociada pela
desenvolvimento de novos produtos, bem como de melhorias nos produtos e ampliações nas
fundamental, para qualquer empresa que deseja manter-se num mercado competitivo, a
Este financiamento será realizado pelo Produto BNDES Automático, que se caracteriza por um
De acordo com BNDES (2010), a linha de financiamento que mais se enquadra nas
caracterizada pelo BNDES como microempresa, com receita bruta anual inferior a R$ 2,4
milhões.
A taxa de juros é formada pelo custo financeiro, mais a remuneração do BNDES e mais
O custo financeiro é dado pela Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). A TJLP é fixada
pelo Conselho Monetário Nacional e divulgada até o último dia útil do trimestre imediatamente
anterior ao de sua vigência. Para os trimestres de janeiro à março, abril à junho e julho à
financeira credenciada deve ser negociada entre a instituição e o cliente (BNDES, 2010).
Segundo BNDES (2010), os prazos de carência e total das operações serão definidos
deverá ser definido de forma tal que o término da carência ocorra, no máximo, até 6 meses
do Brasil; nas operações em que forem constituídas garantias, reais ou pessoais, estas deverão
2010).
21. RECEITA
Como visto em Ditchfield (201029), receitas são recursos monetários que a empresa
receberá em cada ano de vida, podendo ocorrer receitas diretas, através da venda de produtos
e subprodutos, ou receitas indiretas, que se obtém pelo valor do ativo fixo ao longo de sua vida
útil.
Desta forma calcula-se a receita da Milanez pela venda anual de seus produtos, ou seja,
obtida é o produto da produção anual pelo preço de venda unitário. Desta forma pode-se
Embalagem Embalagem
Subprodutos
500g 2,5 kg
Produção anual 123.120 unidades 30.096 unidades 10.560 kg
Preço de venda
12,18 54,24 R$ 0,10 / kg
Unitário (R$)
29
Informação fornecida por Ditchfield em aula, em 2010.
1.499.806,40
econômico-financeira que possa servir de base para que a partir dos cálculos financeiros
lucro líquido pela diferença do lucro tributável (LT) com a tributação, sendo o LT igual a receita
total menos os custos totais e uma tributação de 35%, e elaborou-se a Tabela 27 com todos os
Total (anual)
Embalagem de 500 g Embalagem de 2,5 kg
Capacidade de produção (q) 123.120 unidades 30.096 unidades
Preço de venda unitário (PVU) R$ 12,18 R$ 54,24
Receita total (RT) R$ 3.133.158,00
Investimento fixo
R$ 3.476.953,90
Capital de Giro (CG) R$ 1.353.980,54
Investimento total (IT)
R$ 4.830.934,50
Custo fixo total (CFT) R$ 810.188,71
Custo fixo unitário (CFU) R$ 3,29 R$ 13,46
Custo variável total (CVT) R$ 344.808,80 R$ 411.053,50
Custo variável unitário (CVU)
R$ 2,08 R$ 13,66
Custo total (CT) R$ 749.903,20 R$ 816.147,90
Custo total unitário (CTU) R$ 6,09 R$ 27,12
Ativo fixo (AF)
R$ 353.675,95
Depreciação (D) R$ 35.367,60
Lucro tributável (LT) R$ 749.903,20 R$ 816.147,90
Tributação (T) 35%
Lucro líquido (LL)
R$ 487.437,10 R$ 530.496,10
análise do Fluxo de Caixa, a Taxa simples de retorno - TSR, o período de retorno do capital -
PRC, Valor Presente Líquido - VPL, Taxa Interna de Retorno – TIR e o ponto de equilíbrio.
financeiras de uma empresa. O controle do fluxo de caixa proporciona uma visão geral sobre
A partir da Tabela 27, pode-se construir a Tabela 28 obtendo-se o fluxo de caixa após
Investimento Total, enquanto nos outros períodos, Ingresso é a Receita total. O valor de
resgate (Vr), ou seja, o valor do equipamento em qualquer período da sua vida útil pôde ser
Vr=V −aD(13)
Em que,
V = valor original
D = Depreciação
Egresso
Período Ingresso (R$) Vr (R$) FC (R$)
(R$)
-
0 0 4.830.934,50
4.830.934,50
318.308,3
0-1 3.133.158,20 1.336.241,60
6
282.940,7
1-2 3.133.158,20 1.300.874,00
6
247.573,1
2-3 3.133.158,20 1.265.506,40
7
212.205,5
3-4 3.133.158,20 1.230.138,80
7
4-5 3.133.158,20 176.837,9 1.194.771,20
30
Informação fornecida por Ditchfield em aula, em 2010.
8
141.470,3
5-6 3.133.158,20 1.159.403,60
8
106.102,7
6-7 3.133.158,20 1.124.036,00
9
7-8 3.133.158,20 70.735,19 1.088.668,40
8-9 3.133.158,20 35.367,60 1.053.300.80
9-10 3.133.158,20 0 1.017.933,20
Total 6.939.939,41
considerar a depreciação dos equipamentos, evita parte das limitações dos métodos da TSR e
PRC (DITCHFIELD, 201031). Porém, não atribui valor ao tempo diferenciando os valores dos
Esta taxa permite pela relação entre o lucro médio provável anual pelo total de
investimento, calcular a taxa de retorno, porém supõe um quadro homogêneo ao longo da vida
útil, não informa os lucros recebidos durante a vida útil e também não considera o efeito do
31
Informação fornecida por Ditchfield em aula, em 2010.
TSR ( % )= ¿ x 100(14)
IT
do projeto, de R$ 4.830.934,50, obtém-se uma taxa simples de retorno de 21, 07% a.a.
de investimento FIC Multimercado para crédito privado em longo prazo do HSBC, que possui
alíquotas que variam de 15 a 22,5% que é fundo de risco médio/alto, com gestão ativa que
(HSBC, 2010).
recuperado. O tempo de retorno do capital pode ser calculado considerando a renda anual não
IT
PRC= (15)
¿
32
Notas de aula fornecida por Ditchfield em aula, em 2010.
Dessa forma, obtém-se um período de retorno do capital para a Milanez de 4,75, ou
seja, aproximadamente 5 anos, o que indica um tempo médio, tendo em vista os cálculos para
um período de 10 anos.
Segundo Afonso, et al. (2006), o Valor Presente Líquido compara todas as entradas e
saídas de dinheiro na data inicial do projeto, ou seja é o valor dos fluxos financeiros trazidos à
data zero descontando todos os valores futuros do fluxo de caixa com uma taxa de juros que
Para a determinação do fator de desconto será utilizada a taxa SELIC (Sistema Especial
de Liquidação e Custódia), a qual é expressa na forma anual e é a taxa média ponderada pelo
volume das operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais, na
forma de operações compromissadas. É a taxa básica utilizada como referência pela política
monetária. No presente projeto, será utilizada a taxa SELIC acumulada entre os meses de
Junho de 2009 e Junho de 2010, que é de 9,0% (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2010). A
Equação (16) mostra como é calculado o fator de desconto, sendo que i é a taxa SELIC e N é o
número de anos.
1
Fator de desconto= (16)
(1+i) N
A TIR é a taxa de juros que torna o valor presente das entradas de caixa igual ao valor
ao presente das saídas de caixa do investimento. Isso quer dizer que a TIR é a taxa que "zera"
o seu investimento. É uma taxa tal que se utilizada fará com que o lucro do seu projeto seja
A partir dos resultados do VPL demonstrados na Tabela 30, pode-se calcular a TIR,
investimento FIC Multimercado para crédito privado em longo prazo do HSBC , com alíquotas
que variam de 15 a 22,5% (HSBC, 2010) e comparando-se com a taxa SELIC (9%), pode-se
Ponto de equilíbrio é definido como o valor das vendas que permite a cobertura dos
gastos totais (custos, despesas fixas e despesas variáveis). Neste ponto, os gastos são iguais à
receita total da empresa, ou seja, a empresa não apresenta lucro nem prejuízo (SEBRAE,
2007). A Equação 17 mostra como é calculado o ponto de equilíbrio, sendo q' a capacidade de
CFT
q'= ( 17)
PVU −CVU
A Tabela 30 mostra o ponto de equilíbrio anual para as embalagens de 500g e 2,5 kg.
É possível, ainda, obter os mesmos resultados graficamente, partindo dos valores das
Receitas Totais, dos Custos Totais e da capacidade de produção, até seu valor máximo. Desta
forma, obtiveram-se os gráficos representados nas Figuras 47 e 48, dos pontos de equilíbrio
Uma vez que a capacidade nominal de produção de 500g e 2,5kg é de 194.400 e 47.520
23. CONCLUSÃO
A Milanez foi projetada com o intuito de lançar no mercado um produto inovador, com
fritos e congelados foi o aumento do consumo de produtos congelados no Brasil nos últimos
anos, sendo que futuramente será possível a produção de outros tipos de vegetais sem a
retorno do capital médio, em torno de 5 anos. Vale ressaltar que o produto é novo no mercado
ser um produto inovador e diferenciado que visa atender um público de maior poder aquisitivo.
envolvido no projeto, instalando-o em empresas que já possuam uma linha de produção similar
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