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Formador: João Brás

UFCD 4317 (25 Horas) EFA NS - Técnico/a de Turismo Ambiental


e Rural
Empresa - Ferramentas clássicas de gestão Ação: 10/2019
UFCD 4317 - Empresa - Ferramentas clássicas de gestão

• Tomar conhecimento da evolução da gestão empresarial

Objetivos: • Tomar conhecimento das medidas institucionais e legais


necessárias para a criação de uma empresa
Conteúdos
❖ Gestão empresarial:

❖ A evolução histórica do conceito

❖ A tomada de decisões na base da gestão moderna

❖ Introdução às ferramentas clássicas de gestão:

• Do Taylorismo ao TQM

• Ferramentas de diagnóstico: “Os diagramas em espinha”

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Conteúdos
❖ Gestão empresarial:

❖ Introdução às ferramentas clássicas de gestão:

• Ferramentas de atribuição de prioridades: “O método ABC”

• Ferramentas de análise: “A análise SWOT”

• As cinco forças competitivas de Porter

• Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

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Conteúdos

❖ Conceito de empresa:

❖ Caracterização da empresa

❖ Critérios de classificação das empresas

❖ Organização da empresa

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Conteúdos
❖ Constituição de uma empresa

❖ Os contratos comerciais:

❖ O caso dos contratos de allotment no turismo

❖ Documentos comerciais

❖ Títulos de crédito e operações bancárias

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Avaliação
Gestão empresarial

A evolução histórica do conceito

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

“Nenhuma Empresa é melhor do que o seu administrador permite.”

Peter Drucker

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

As organizações e a prática da gestão foram, são, e serão sempre influenciados


por forças políticas, económicas , sociais e tecnologia vigentes.

Quando surgiu a gestão?

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

5.000 a.c. - Na Suméria, registavam-se as primeiras colheitas de cereais.

4.000 a.c. - No Egipto, planificaram, organizaram e dirigiram dezenas de


milhares de trabalhadores na construção das pirâmides
2.300 a.c. - O Código de Hammuravi regulava as relações de troca, o
comportamento e as relações interpessoais, as remunerações, as punições,
entre outros.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
500 a.c. - Os chineses introduziram o principio da especialização, um
organismo governamental com 3 departamentos - contabilidade, segurança e
produção.

Séc. XVIII - Revolução industrial

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

As teorias de gestão podem ser definidas por correntes ou abordagens. Cada


uma delas representa uma maneira específica de encarar a tarefa e as
características do Trabalho de Gestão.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

Tempo Teoria/Escolas Ênfase


Gestão Científica (Taylor, Gilberto, Gantt) Tarefas
Princípios administrativos - Teoria da administração
Perspectiva
1870-1940 Clássica (Fayol)
Estrutural Estrutura
Organização Burocrática - Teoria Geral da Burocracia nas
Organizações (Max Weber)
Movimento das Relações Humanas
Perspectiva
1930-1990 Humanistas Ciências Comportamentais - motivação e liderança Pessoas
Humanista
Estudos de Howthorne e de Elton Mayo

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Tempo Teoria/Escolas Ênfase

Ciências da Investigação Operacional - modelos matemáticos


1940-1990 Gestão Gestão das Operações - previsão, simulação, otimização,
Quantitativa tecnologias da informação

Perspectiva 1950-2000 Teoria dos Sistemas - abordagem sistémica Ambiente


Integrativa
Ambiente e
1970-2000 Teoria Contingencial
Tecnologia

1980-2000 Gestão da Qualidade Total

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Tempo Teoria/Escolas Ênfase

Organização em aprendizagem - Learning Organization,


1990-2010
Peter Senge

Perspectiva 2000-2010 The Technology-Driven Workplace


Contemporânea Teoria do Caos

Séc. XXI Sociedade do Conhecimento (Peter Drucker)

Vantagem Competitiva (Poter)

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

O que é a gestão?

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

A gestão é o processo que visa


atingir os objectivos e as metas de
u m a o rg a n i z a ç ã o , d e f o r m a
eficiente e eficaz.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

A gestão é o processo que visa atingir os objectivos e as metas de uma


organização, de forma eficiente e eficaz, através de organização, planeamento,
liderança e controlo dos recursos disponíveis.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

Planeamento

Recursos: Desempenho:
• Humanos • Atingir metas
Financeiros • Produtos
• Controlo Organização
• Materiais • Serviços
• Tecnológicos • Eficiência
• Informação • Eficácia

Liderança

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito

Uma Organização é uma entidade social,


constituída e estruturada voluntariamente e
orientada para atingir objetivos e metas bem
definidos.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Objetivos das Organizações/Empresas:

Maximização do lucro Minimização dos custos

Maximização da quantidade

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções básicas do gestor:

• Planear
• Planear
• Organizar
• Organizar
Fayol • Controlar Peter Druker
• Controlar
• Coordenar
• Dirigir
• Comandar
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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções básicas do gestor:
• Fixar objetivos (planear)

• Conhecer e analisar problemas

• Solucionar problemas
Atualmente
• Organizar e alocar recursos (Financeiros, tecnológicos e humanos)

• Comunicar, dirigir e motivar as pessoas (liderar)

• Negociar

• Tomar as decisões, mensurar e avaliar (controlar)


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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções de um gestor

Envolve a definição dos objetivos e das metas, a decisão


sobre as tarefas a realizar e a seleção dos recursos
Planeamento
(humanos, financeiros, materiais, tecnológicos) necessários
para atingir as metas/objetivos delineados.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções de um gestor
Traduz a forma como a empresa vai desenvolver a sua
atividade para concretizar o que planeou; consiste na
Organização atribuição de tarefas, no agrupamento das tarefas em
órgãos, na delegação de autoridade e responsabilidade e na
distribuição de recursos pela empresa.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções de um gestor

Dirigir, influenciar e motivar os membros da organização


Liderança para que todos contribuam para que as metas e objetivos
delineados sejam atingidos.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Funções de um gestor

Monitorização de atividades e das pessoas afetas a essas


Controlo atividades, verificação do cumprimento das metas e
objetivos (ou se estão em vias de), fazer as correções.

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Desempenho organizacional
A eficiência define-se como a quantidade/valor dos recursos usados para atingir
uma meta/objetivo. Procura-se que aquela quantidade seja a mínima possível
sem comprometer a eficácia. Relaciona-se com fazer bem as coisas, com os
processos.

A eficácia organizacional é o grau com que uma organização atinge as suas


metas/objetivos declarados. Significa satisfazer o consumidor, que reconhece
valor nos produtos e/ou serviços por ele adquiridos. Relaciona-se com fazer as
coisas certas.
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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Competências clássicas de um gestor (skills)

Conceptuais | Capacidade de ver e agir na organização como um todo

Humanas | Capacidade de trabalhar com outras pessoas (individualmente


quer em equipa)

Técnicas | Compreensão e proficiência de tarefas específicas

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Gestão empresarial | A evolução histórica do conceito
Novas Competências de um gestor

Liderança partilhada Delegação de poderes

Relações de colaborações Aprendizagem

Construção de equipas

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Gestão empresarial

A tomada de decisões na base


da gestão moderna

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

O processo de tomada de decisão nas organizações nem sempre segue uma


metodologia padronizada ou um  processo modelado  rigidamente e definido
com precisão.

Essa inconsistência metodológica (e, portanto, de processos) ocorre em um


grau cada vez maior, conforme o nível hierárquico do decisor aumenta.

E é fácil de se entender o motivo para isso!

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

Toda a pessoa que tem que tomar uma decisão, seja numa organização ou na
sua vida pessoal, leva dois aspectos em consideração:

• Aspectos racionais e analíticos

• Aspectos emocionais e de temperamento pessoal

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

Ao levar em conta estes 2 aspectos, a pessoa que se encontra em um processo


de tomada de decisão nas organizações ainda é pressionado por um terceiro
fator:

O Tempo
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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

“Se não tomar nenhuma


decisão, já tomou uma, e ela
está errada”
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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

Conforme o nível hierárquico aumenta, as características psicológicas e


de  personalidade do líder, sua autoconfiança e experiência, podem levá-lo a
pender mais para os aspectos emocionais e de temperamento, combinado com
a intuição, principalmente se não tiver tempo suficiente para analisar as
informações ou mesmo de recebê-las dos níveis hierárquicos inferiores e dos
sistemas que o deveriam prover delas.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
1. Liderança autocrática

O líder exerce um nível elevado de poder sobre os membros da sua


equipa.

Não dá oportunidade aos membros da equipa de apresentar ideias ou


opiniões para o bem comum.

Esta na base de um possível nível de insatisfação – e consequente


desmotivação da equipa, com a perda de criatividade dos seus
elementos.
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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
2. Liderança carismática

Estilo de liderança transformacional. O líder carismático injeta grandes


doses de entusiasmo na equipa e é participativo, motiva a inovação e
a criatividade dos membros.

O líder tem tendência a acreditar mais em si próprio do que na equipa, e


o sucesso de um projeto pode estar comprometido se estiver
completamente dependente da presença do líder carismático.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
3. Liderança participativa

Este estilo de liderança implica que a decisão parta tanto do líder, como
dos membros do grupo de trabalho.

Estamos perante um dos estilos de liderança mais democráticos. Isto


resulta num aumento da satisfação por parte dos colaboradores, assim
como uma motivação para o trabalho.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
4. Liderança transacional
Este estilo implica que, no início do projeto, se chegue a um acordo entre
líder e colaboradores: a equipa obedece completamente ao líder e, em
troca, vai decorrer uma transação como recompensa do esforço e
obediência.

Desta forma, abre-se também um caminho ao contrário: há punições


para a desobediência ou falhas no plano de trabalho por parte dos
colaboradores.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
4. Liderança transacional

É considerado que a liderança transacional não é a mais satisfatória, mas que


acaba por ser a mais eficaz para projetos a curto prazo. Apesar de apresentar
limitações em termos de criatividade, é mais um estilo de gestão do que de
liderança – e é, ainda, muito utilizado.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
5. Liderança transformacional
Estamos perante um verdadeiro líder que inspira os membros da sua
equipa perante uma visão partilhada dos objetivos a cumprir e das
recompensas que podem existir.

Este estilo de liderança prima por ser visível e comunicativo, entusiástico e


motivador e por valorizar o trabalho de equipa

A desvantagem é que, por vezes, um líder transformacional precisa do


apoio de um líder ou gestor mais transacional, com mais atenção ao
detalhe e aos pequenos pontos diários do plano de trabalho.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna
Estilos de liderança
5. Liderança Laissez-faire

Já ouviram falar na expressão “laissez faire, laissez passer”?

Este estilo de liderança, caracterizado por esta expressão francesa,


descreve um líder que deixa a equipa prosseguir com o que fazem.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

Não existe um estilo de personalidade ideal para o tomador de decisão, isso


dependerá do posicionamento, dos valores, da cultura e mesmo do momento
que a organização atravessa.

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

O processo de tomada de decisões nas organizações 

Segundo este Prémio Nobel Herbert Simon, o processo de tomada de decisão


nas organizações tem 3 fases:

1. Prospecção: análise do problema

2. Concepção: criação de alternativas de solução

3. Decisão: julgamento e escolha de uma das alternativas

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Gestão empresarial | A tomada de decisões na base da gestão moderna

O processo de tomada de decisões nas organizações 


Além disso, Simon classifica as decisões empresariais em 3 tipos:

1. Decisões programadas: repetitivas e rotineiras, podem ser alvo da automatização


de processos de negócios

2. Decisões não programadas:  em que o decisor deve usar sua capacidade de


julgamento, intuição e criatividade

3. Decisões semi-programadas:  um misto das duas, em que deve haver apoio dos
sistemas de informação e da capacidade de julgamento do decisor, sua experiência
e compreensão do contexto
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Gestão empresarial

Introdução às ferramentas clássicas de


gestão

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Do Taylorismo ao TQM

O Taylorismo é um sistema de organização de trabalho baseado na decisão de


tarefas, cuja execução foi previamente estudada e planeada em função do
alcance dos menores tempos de produção, obtidos por cronometragem.

TQM - Total Quality Management


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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Do Taylorismo ao TQM
A gestão da qualidade total (TQM) é uma metodologia de gestão que visa a
satisfação do cliente e a melhoria contínua. Os benefícios da utilização da TQM
na gestão de organizações são muito importantes e podem ser vistos na
melhoria da eficiência operacional, na optimização de recursos, redução de
custos e no aumento da motivação dos colaboradores. Como uma das
ferramentas de gestão com mais impacto nos resultados, a TQM é também uma
das mais difíceis de implementar eficazmente. A experiência assim o
demonstra.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de diagnóstico | “Os diagramas em espinha”

O primeiro Diagrama de Causa Efeito foi desenvolvido por Kaoru Ishikawa,


em 1943, quando explicava a alguns engenheiros de uma empresa Japonesa a
forma como diversos fatores (causas) podiam ser ordenados de uma forma
lógica. Este diagrama pode ser também designado por "Diagrama de Espinha
de Peixe".

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de diagnóstico | “Os


diagramas em espinha”

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de diagnóstico | “Os diagramas em espinha”

É uma das ferramentas mais eficazes e mais utilizadas nas ações de melhoria e
controlo de qualidade nas organizações, dado que permite, de uma forma
simples, agrupar e visualizar as várias causas que estão na origem de um
qualquer problema ou resultado que se pretenda melhorar.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de diagnóstico | “Os diagramas em espinha”

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de atribuição de prioridades | “O método ABC”

É uma ferramenta de gestão simples, mas com grande eficácia na classificação


correta dos stocks.

Este método aplica-se a empresas que no seu stock tenham um vasto leque de
artigos diferentes.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de atribuição de prioridades | “O método ABC”

A curva ABC permite destacar os stocks de maior importância, geralmente em


menor número e que exigem um controlo mais rigoroso.

Trata-se da classificação estatística de materiais, baseada no Princípio de


Pareto, em que considera a importância dos materiais baseada nas quantidades
utilizadas e no seu valor.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de atribuição de prioridades | “O método ABC”

Para facilidade de gestão, os


produtos deverão ser classificados
nas classes A, B e C, segundo a
respetiva relevância financeira e
quantitativa.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de atribuição de prioridades | “O método ABC”


Classe A - Este é o grupo de artigos com maior valor de consumo anual,
embora seja representado por um pequeno número de artigos - cerca de 80% de
capital investido, 10% da quantidade em stock;

Classe B - Este é um grupo intermédio - cerca de 15% do capital investido, 25%


da quantidade em stock;

Classe C - Este grupo de artigos possui o menor valor de consumo anual,


embora represente um elevado número de referências - cerca de 5% do capital
investido, 65% da quantidade em stock.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de análise: “A análise SWOT”

A análise SWOT é uma forma muito difundida de fazer o diagnóstico


estratégico da empresa.

O que se pretende é definir as relações existentes entre os pontos fortes e fracos


da empresa com as tendências mais importantes que se verificam na
envolvente global da empresa, seja ao nível do mercado global, do mercado
específico, da conjuntura económica, das imposições legais, etc.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de análise: “A análise SWOT”

(Strenghts) Pontos fortes: vantagens internas da empresa em relação às


S
empresas concorrentes

(Weaknesses) Pontos fracos: desvantagens internas da empresa em


W
relação às empresas concorrentes

(Opportunities) Oportunidades: aspectos positivos da envolvente com o


O
potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa

(Threats) Ameaças: aspectos negativos da envolvente com o potencial de


T
comprometer a vantagem competitiva da empresa.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

O modelo das cinco forças de Porter fornece informações importantes a


qualquer empresa em início de atividade e que tenha de efetuar um
planeamento estratégico de lançamento de um novo produto ou serviço.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter


Fornecedores
Poder negocial dos fornecedores

Concorrentes Ameaça de Rivalidade entre Ameaça de


Substitutos
potenciais Entrada concorrentes Substitutos

Poder negocial dos clientes

Clientes

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

1. Rivalidade entre concorrentes

Em situações de elevada rivalidade é comum que a atuação das empresas se


foque na redução de preços e aumento de promoções e descontos, mas este
fator centra-se igualmente em outras questões, como a diversidade de
concorrentes e a repartição das quotas de mercado pelos mesmos, a taxa de
crescimento do setor, o grau de diferenciação dos produtos, os níveis de
inovação e as despesas em marketing e publicidade.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

2. Poder de negociação dos consumidores

A concorrência empresarial permite que os consumidores possam fazer uma


escolha mais ponderada sobre aquilo que compram, logo, critérios como a
sensibilidade dos consumidores aos preços, o volume médio das suas compras
e a existência de informações sobre os produtos à sua disposição são de
máxima importância para o planeamento estratégico de uma empresa.

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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

3. Poder de negociação dos fornecedores

São os fornecedores que disponibilizam fatores de produção, como as matérias-


primas e os bens intermediários (ferramentas, máquinas e equipamentos), que
originarão os produtos vendidos aos consumidores. Assim sendo, questões
como o número e a dimensão dos fornecedores, a qualidade, força e custo da
marca destes últimos e a importância que conferem ao volume de compra das
empresas devem ser estudadas, na medida em que possibilitam concluir qual a
preponderância destes últimos no mercado em que está inserido o negócio de
uma empresa.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

4. Barreiras à entrada de concorrentes

De forma a aferir se existe um elevado ou reduzido nível de ameaça ao iniciar


um negócio, há que ter em conta fatores como o acesso às redes de distribuição
e fornecimento, o custo e tempo de entrada no mercado, as necessidades de
financiamento/investimento inicial, o nível de proteção à tecnologia, patentes e
direitos de autor, as políticas governamentais (taxas de importação por
exemplo), identificação dos consumidores do mercado em questão com as
marcas já existentes, etc.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

As cinco forças competitivas de Porter

5. Bens substitutos

Deve haver uma constante pesquisa das empresas relativamente às tendências


do mercado, dos produtos e dos consumidores, sob pena de ser ultrapassada,
em crescimento e quota de mercado, pelos seus concorrentes. A qualidade e
diferenciação do produto devem ser notórias para os consumidores, gerando
valor acrescentado, pois isso diminui o risco de substituibilidade, algo
amplamente afetado pela relação entre o preço do produto e o rendimento do
consumidor. Assim sendo, esta força de mercado tem uma proximidade de
análise muito forte com o poder de negociação dos consumidores.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

A matriz BCG é um modelo de planeamento criado por Bruce Henderson que


se baseia na ideia do ciclo de vida de um produto e no princípio da divisão das
linhas de negócio de uma empresa em quatro categorias, de acordo com a taxa
de crescimento do mercado e da quota de mercado relativa.

Para que a análise seja possível, é necessário posicionar os produtos e classifica-


los nos quadrantes da matriz.
70
+ Participação de mercado (%) -

+
Crescimento de mercado (%)

-
Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

- Ponto de Interrogação: baixa quota de mercado e baixo retorno sobre ativos.


Exigem grandes investimentos;
- Estrela: produtos líderes que geram muita receita e requerem muito
investimento;
- Vaca Leiteira: produtos-base da empresa, que não necessitam de muito
investimento mas têm lucros altos continuados;
- Cão: produtos a evitar ou minimizar, pois têm quota de mercado baixa e
margem de crescimento baixa. A melhor estratégia pode passar por desistir
deles.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

Desta forma, geram-se quase automaticamente algumas estratégias standard


para cada um deles.

- Ponto de Interrogação: ganhar quota de mercado ou desistir;

- Estrela: manter liderança;

- Vaca Leiteira: rentabilizar;

- Cão: desistir ou reformular produto.


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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

A matriz BCG ajuda os gestores de marketing e vendas a analisar os produtos


que são comercializados pela empresa, identificando aspetos  cruciais  para a
sua  manutenção  e sucesso no mercado. A empresa precisa saber qual é a
possibilidade de crescimento de um produto, a sua condição perante o fluxo de
caixa, a aceitação do público, entre outras coisas - por isso, é preciso que o
domínio desta ferramenta seja ágil e que a utilize da forma mais eficaz
possível.
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Gestão empresarial | Introdução às ferramentas clássicas de gestão

Ferramentas de decisões estratégicas: “Matriz de BCG”

A matriz BCG ajuda os gestores de marketing e vendas a analisar os produtos


que são comercializados pela empresa, identificando aspetos  cruciais  para a
sua  manutenção  e sucesso no mercado. A empresa precisa saber qual é a
possibilidade de crescimento de um produto, a sua condição perante o fluxo de
caixa, a aceitação do público, entre outras coisas - por isso, é preciso que o
domínio desta ferramenta seja ágil e que a utilize da forma mais eficaz
possível.
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Conceito de empresa

๏ Caracterização da empresa
๏ Critérios de classificação das empresas
๏ Organização da empresa

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Conceito de empresa
Caracterização da empresa

• Componentes da estrutura empresarial (Órgãos, funções, relações de


dependência, organigrama)

• Hierarquização empresarial (Vertical, Horizontal)

• Departamentalização

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Conceito de empresa
Critérios de classificação das empresas

• Setor primário

• Secundário

• Terciário

78
Conceito de empresa
Critérios de classificação das empresas

• Empresas privadas

• Públicas

• Cooperativas

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Conceito de empresa
Organização da empresa

• Empresas singulares

• Empresas coletivas

• Empresas Cooperativas

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Conceito de empresa
Organização da empresa

• Empresas singulares:

• Empresa em nome individual (ENI)

• Sociedade Unipessoal por Quotas

• Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada – E.I.R.L.

81
Conceito de empresa
Organização da empresa

• Empresas coletivas:

• Sociedades por quotas

• Sociedades anónimas

82
Conceito de empresa
Organização da empresa

• Cooperativas

Uma Cooperativa é uma associação de pessoas com livre constituição, isto é,


admite sempre novos associados, os quais contribuem com bens e serviços
para a realização da sua atividade.

83
Conceito de empresa
Organização da empresa
• Cooperativas

84
Conceito de empresa
Organização da empresa
• Classificação das Cooperativas

85
Constituição de empresa

https://pme.pt/como-abrir-uma-
empresa-em-portugal/

86
Os contratos comerciais

O caso dos contratos de allotment no


turismo

87
Os contratos comerciais
O caso dos contratos de allotment no turismo: Conceito

O Allotment em Hotelaria é um contrato celebrado entre um Hotel e uma


Agência de Viagens (AGV) ou Operador Turístico (OT) onde a AGV ou o OT
adquire um determinado número de quartos ou room nights por um período
de tempo limitado, destinados à revenda, mediante condições de preços e
políticas de venda especiais. Estes contratos encerram sobre si um vasto leque
de obrigações e direitos para ambas partes nas seguintes variáveis:
88
Os contratos comerciais
O caso dos contratos de allotment no turismo: Conceito

๏ Definição do número de quartos ou room nights (RN) a adquirir pelos


agentes e operadores;

๏ Concessão de tarifas especiais a agentes e operadores – concedidos, por


norma, mediante o volume de quartos ou room nights adquiridos e com
diferenciação de acordo com as épocas;

89
Os contratos comerciais
O caso dos contratos de allotment no turismo: Conceito
๏ Definição de políticas de concretização e cancelamento de reservas, onde o
hotel define o período de release – ou seja, o prazo em que uma AGV ou OT
poderá vender/cancelar os quartos ou RN sem necessitar de consultar
disponibilidade e em que o hotel é obrigado a garantir que estão disponíveis
independentemente da ocupação. Terminado o período de release, a AGV ou
OT é obrigado a libertar os que não vendeu de volta para o hotel. Passado o
período de release, a AGV ou o OT que venda um quarto ou RN terá de
consultar a disponibilidade do Hotel;
90
Os contratos comerciais
O caso dos contratos de allotment no turismo: Conceito

๏ Definição das políticas de pagamento;

๏ Definição da política de stop sales;

๏ Definição dos regimes das reservas (APA, RO, upgrade, internet incluída,
entre outros);

91
Documentos comerciais

Estas são as fases que originam


o preenchimento dos
documentos que representam a
relação da empresa com o
exterior.

92
Documentos comerciais
✓ Nota de encomenda
✓ Guia de remessa/Guia de transporte

✓ Fatura
✓ Venda a dinheiro/Fatura-Recibo
✓ Nota de débito
✓ Nota de crédito

✓ Pagamento/Recibo

93
Títulos de crédito e operações bancárias
Títulos de crédito
Um título de crédito é um documento que confere ao seu possuidor um direito 
de crédito. É passível de transmissão e de negociação.

Qualquer título de crédito possui duas características:

• independência (a sua validade não depende da validade da operação que o o
riginou)

• literalidade (o título vale pelo que tem nele expresso).
94
Títulos de crédito e operações bancárias
Títulos de crédito
Existem, basicamente, quatro títulos de crédito:

• o cheque;

• a letra,

• a livrança;

• e o extrato de fatura 

95
Títulos de crédito e operações bancárias
Operações bancárias

• Depósito

• Empréstimo

• Cobranças

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Como abrir uma empresa na hora?

Abrir uma Empresa na Hora em 8 passos


Em média, bastam 48
minutos para abrir um
empresa
Contudo, este serviço só se encontra disponível para a constituição de :

❖ Sociedade Unipessoal por Quotas;

❖ Sociedade por Quotas;

❖ Sociedade Anónimas,

e somente permite a constituição de empresas com Pactos Sociais pré-


aprovados.
Primeiro passo | Escolher uma Firma
❖ Escolher uma firma constituída por expressão de fantasia previamente criada e reservada a favor
do Estado de entre uma  lista oficial  (podendo acrescentar uma expressão alusiva ao objecto da
sociedade).

❖ Escolher uma firma associada à aquisição de uma marca (ver fim do artigo) previamente criada e
reservada a favor do Estado de entre uma lista oficial (podendo acrescentar uma expressão alusiva
ao objecto da sociedade).

❖ Apresentar um  Certificado de Admissibilidade de Firma  (escolhida pelo(s) empresário(os) em


questão) previamente emitido pelo Registo Nacional de Pessoas Colectivas (RNPC). O RNPC
avalia se a firma ou denominação pretendida dá a conhecer a realidade da empresa em questão,
não induzindo em erro nem relativamente ao objecto de actividade, nem à identificação do(s)
sócio(s).
Segundo passo | Escolher um pacto social pré-aprovado

Para escolher um pacto social pré-aprovado tem as seguintes possibilidades:

Sociedade Unipessoal por Quotas

Sociedade Anónima
Terceiro passo | Deslocação ao local

Todos os sócios deverão deslocar-se a uma  Conservatória de Registo


Comercial, ou então a um  posto de atendimento Empresa na Hora  que
encontram-se junto a Centros de Formalidades de Empresas.
Quarto passo | Documentação necessária

Pessoa Singular:

✓ Cartão de Contribuinte;

✓ Documento de identificação – Cartão de Cidadão, Bilhete de Identidade,


Passaporte, Carta de Condução ou ainda Autorização de Residência.

Nota: A Carta de Condução e a Autorização de Residência só são aceites quando


o capital da entidade não for superior a € 15.000,00.
Quarto passo | Documentação necessária

Pessoa Coletiva:

✓ Cartão da Empresa ou o código de acesso, ou Cartão de Pessoa Colectiva ou o


código de acesso do mesmo;

✓ Certidão de Registo Comercial actualizada;

✓ Acta da Assembleia Geral que confere poderes para a constituição da


sociedade.
Quinto passo | Custos
O custo de constituição de uma sociedade em que o capital é totalmente constituído por
dinheiro é de 360€ no total – incluindo publicações e actos de registo comercial. No caso
do capital da empresa conter bens que não sejam dinheiro, aos 360€ poderão acrescer
participações sociais sujeitos a registo:

✓ Imóvel, quota ou participação social: 50€ cada;

✓ Bem móvel: 30€ cada;

✓ Ciclomotor, motociclo, triciclo ou quadriciclo com cilindrada não superior a


50cm3: 20€ por cada.

O pagamento poderá ser realizado em numerário, cheque ou multibanco.


Sexto passo | Documentação a receber pelos sócios no acto de constituição

No balcão, após a elaboração do pacto da sociedade e feito o registo comercial, o(s)


empresário(s) recebe(m) os seguintes documentos:

✓ Uma Certidão do Pacto Social;

✓ Código de acesso à Certidão Permanente de Registo Comercial (prazo de um ano


ou três meses – neste caso o código é acompanhado por uma Certidão em papel);

✓ Número de Segurança Social (NISS);

✓ Código de Acesso ao  Cartão Electrónico da Empresa  – novo documento de


identificação para pessoas colectivas e identidades equiparadas.
Sexto passo | Documentação a receber pelos sócios no acto de constituição
O Cartão Electrónico da Empresa contém:

✓ Número de identificação de pessoa colectiva (NIPC), que em caso de sociedades colectivas corresponde
ao NIF;

✓ Número de Inscrição na Segurança Social (NISS);

✓ Classificação Portuguesa de Actividade Económica (CAE) principal e até 3 CAE’s secundárias;

✓ Natureza Jurídica da entidade;

✓ Data da sua constituição;

✓ No verso do cartão físico, está o código de acesso à Certidão Permanente disponibilizada com a
submissão da Informação Empresarial Simplificada – IES.

Posteriormente, receberá o cartão da empresa, em suporte físico.


Sétimo passo | Entrega da declaração de Início de Atividade
A entrega da Declaração de Início de Actividade poderá ser efectuada por uma das
seguintes formas:

✓ No momento da constituição da empresa, assinada por um  Técnico Oficial de


Contas (TOC);

✓ No momento da constituição da empresa, de forma desmaterializada, escolhendo


um TOC de uma bolsa disponibilizada no balcão, ou indicar um outro.

✓ No prazo de 15 dias após a constituição da empresa, poderá entregar a Declaração


de Início de Actividade num serviço de Finanças, desde que devidamente
preenchida e assinada por um TOC.
Oitavo passo | Depósito do capital Social

No caso de  Sociedades Anónimas, no prazo de cinco dias úteis após a


constituição da empresa, o valor do Capital Social deverá ser depositado numa
instituição bancária (quando realizado em numerário) em conta aberta e em
nome da sociedade.
No caso de se tratar de Sociedades por Quotas ou Unipessoais ou por Quotas,
a entrega do Capital Social nos cofres da sociedade deverá ser efectuada até ao
final do primeiro exercício económico.
Que tipos de empresas se podem constituir?

Um dos principais passos na criação de um negócio é a  escolha jurídica de


empresa a constituir. É importante conhecer todos os tipos de empresas
possíveis de ser constituídas em Portugal, de forma a escolher a melhor opção
para garantir o sucesso do seu negócio.
Deverá ter sempre em conta os pontos fortes da futura empresa, o património a
afectar, o tipo de responsabilidade, capital e investimento necessário, e ainda,
se tenciona exercer a actividade sozinho ou com outros sócios.
SINGULARES
Empresário em Nome Individual
❖ Titular | um único indivíduo ou pessoa singular
❖ Sector | comercial, industrial, de serviços ou agrícola
❖ Firma | contém sempre o nome civil completo ou abreviado do
empresário
Pode ser adicionada uma alcunha pela qual o empresário é
conhecido e ainda, pode conter uma expressão alusiva ao negócio.
No caso do empresário ter obtido a empresa por sucessão, pode
acrescentar ao nome “sucessor de” ou “herdeiro de”.
Empresários que exercem uma actividade económica lucrativa e
não comercial, podem ter no nome da sua empresa uma expressão
referente ao ramo de actividade (de acordo com o descrito
em Decreto-Lei n.º 129/98, de 13 de Maio).
Empresário em Nome Individual

❖ Capital| não existe capital mínimo para o capital social

❖ Património | património pessoal e património do negócio encontram-se unidos

❖ Responsabilidade| ilimitada - o empreendedor responde por todas as dividas contraídas

pela empresa com todos os bens constituintes do seu património pessoal ou empresárias

❖ Criação da empresa | apenas possível no método tradicional.


Empresário em Nome Individual

❖ Total controlo do proprietário sobre o negócio;

❖ Possibilidade de redução dos custos fiscais


VANTAGENS
❖ Constituição e dissolução simples;

❖ Não existe capital social mínimo.


Empresário em Nome Individual

❖ Risco associado à fusão do património da empresa com o património

DEVANTAGENS pessoal do proprietário;

❖ Dificuldade em obter créditos para fundos.


Sociedade Unipessoal Por Quotas
❖ Titular | constitui-se por um único sócio

❖ Firma | contém a palavra “Unipessoal” ou a expressão


“Sociedade Unipessoal”, seguida de “Limitada” ou
“Lda”.

❖ Capital | valor mínimo de 5.000€, detido por pessoa


singular ou colectiva, em dinheiro ou em bens avaliáveis
em dinheiro.

❖ Responsabilidade |limitada ao montante do capital


social

❖ Criação da empresa |empresa online e nos balcões


“empresa na hora”
Sociedade Unipessoal Por Quotas

VANTAGENS DESVANTAGENS
✓ Total controlo do proprietário sobre o ✓ Maior complexidade na constituição da
negócio; empresa;
✓ Património pessoal do proprietário não ✓ Sem vantagens fiscais;
responde pelas dívidas contraídas pela
empresa, visto que se encontra ✓ Existência de um capital social mínimo.
separado do património da mesma.
Estabelecimento Individual de Responsabilidade Limitada
❖ Titular | um único indivíduo ou pessoa singular.

❖ Sector | Comercial

❖ Firma | nome civil extenso ou abreviado do empresário, podendo ser adicionada uma referência
ao ramo de actividade, com a expressão “Estabelecimento Individual de Responsabilidade
Limitada”, ou a respectiva sigla “E.I.R.L.” .

❖ Capital | capital mínimo de 5.000€, dos quais um terço é obrigatório encontrar-se em forma
monetária (3333.33€), podendo coisas ou direitos susceptíveis de penhora perfazer o resto do
capital mínimo mencionado.

❖ Património | os bens patrimoniais da empresa e os bens patrimoniais do empreendedor são


independentes uns dos outros. Contudo, há casos em que os patrimónios são conjugados
(descrição em baixo).

❖ Responsabilidade |pelas dívidas resultantes da EIRL respondem apenas os bens afectos à


empresa, com uma excepção – em caso de falência do titular com uma causa relacionada com a
actividade da empresa, o empresário responde com todo o seu património pessoal e da empresa
pelas dívidas contraídas (contanto que se prove que não decorria uma separação total dos bens).

❖ Criação da empresa |método tradicional


COLETIVAS
Sociedade Por Quotas
❖ Sócio | mínimo dois sócios. Não são admitidos sócios de indústria

❖ Firma | obrigatoriamente, a firma deve terminar com a palavra “Limitada” ou a sua abreviatura “Lda”.
Podendo escolher-se a primeira parte do nome de entre as seguintes opções: a) nome composto pelo
nome completo ou abreviado de um, alguns ou de todos os sócios; b) expressão alusiva ao ramo de
actividade; c) conjugação dos elementos a) e b).

❖ Capital | valor mínimo de 5.000€ dividido por quotas de valor mínimo de 100€.

❖ Património | património da empresa é independente do património pessoal dos sócios.

❖ Responsabilidade |limitada ao capital social, é este capital que responde perante as dívidas da
sociedade. Os sócios podem ter acréscimos na sua responsabilidade se o contrato estipulado assim o
indique.

❖ Criação da empresa |empresa online e nos balcões “empresa na hora”


Sociedade Por Quotas
VANTAGENS DESVANTAGENS
✓ Separação do património da empresa com ✓ Não existe um controlo absoluto da empresa
o património pessoal dos sócios, não por um empresário;
respondendo este último pelas dívidas da
empresa; ✓ Um sócio pode ser chamado pelos credores
para responder pela totalidade do capital;
✓ D i v e r s i fi c a ç ã o d e e x p e r i ê n c i a s e
conhecimentos de diferentes sócios; ✓ Maior complexidade na constituição e
dissolução da empresa;
✓ Maior facilidade em arranjar fundos e
investimentos. ✓ Sócios não podem colocar no seu IRS
prejuízos do seu negócio;

✓ Existência de um capital social mínimo.


Sociedade Anónima

❖ Sócio | mínimo de cinco sócios singulares ou colectivos (também referidos como accionistas),
ou um único sócio desde que este constitua uma sociedade. Não são admitidos sócios de
indústria.

❖ Firma | termina sempre com a expressão “Sociedade Anónima” ou a sua abreviatura “SA”.
Podendo escolher-se o resto do nome de entre as seguintes opções: a) nome composto pelo
nome completo ou abreviado de um, alguns ou de todos os sócios; b) expressão alusiva ao
ramo de actividade; c) conjugação dos elementos a) e b).

❖ Capital | mínimo de 50.000€, dividido em acções de igual valor nominal com o mínimo de
um cêntimo.
Sociedade Anónima

❖ Ações | podem encontrar-se representadas de  forma titulada  – documentos em papel, ou


de forma escritural – representadas por registo na conta de quem adquire, junto da entidade
registadora. Existem acções nominativas onde conhecem-se os titulares, ou acções ao
portador, nas quais o emitente não conhece a identidade dos titulares.

❖ Responsabilidade |cada sócio é responsável pelo valor das acções a que se encontra
subscrito.

❖ Criação da empresa |empresa online e nos balcões “empresa na hora”


Sociedade Anónima
VANTAGENS DESVANTAGENS

✓ Maior facilidade na transmissão dos ✓ Grande diluição do controlo da empresa,


títulos representativos da sociedade; desde os mais pequenos aos maiores
accionistas;
✓ Cada sócio responsabiliza-se apenas
pelas suas entradas, não respondendo ✓ Constituição e dissolução da sociedade é
de forma solidária com os seus sócios complexa e dispendiosa;
pelas dívidas da sociedade;
✓ Se a sociedade for cotada num mercado de
✓ Maior facilidade em arranjar fundos e capitais, encontra-se assim sujeita a uma
investimentos. fiscalização rigorosa.
Sociedade Em Nome Coletivo

❖ Sócios |   mínimo de dois, sendo admitidos sócios de indústria desde que, no pacto social,
seja atribuído um valor à sua contribuição em indústria.

❖ Firma| composta pelo nome completo ou abreviado do apelido ou da firma de todos, alguns
ou um dos sócios, seguido da expressão “e Companhia”, a sua abreviatura “Cia” ou ainda
qualquer outra expressão ou palavra que indicie a existência de mais sócios.

❖ Capital | não existe montante mínimo obrigatório.


Sociedade Em Nome Coletivo

❖ Responsabilidade |  Ilimitada, subsidiária e solidária, visto que os sócios respondem não só


pelas suas entradas, mas também pelas entradas de todos os outros sócios.

Os empresários entram também com o seu património pessoal, caso haja uma insuficiência do
património da sociedade.

Os sócios de indústria possuem uma responsabilidade igual à dos restantes sócios. Contudo, no
plano interno, só respondem pelas perdas sociais se assim o estipular o contrato estabelecido.

❖ Património | património pessoal dos sócios e o património da sociedade encontram-se


fundidos.
Sociedade Em Nome Coletivo

❖ Criação da empresa|  através do método tradicional.

Uma das principais características deste tipo de sociedade funciona ao mesmo tempo como
vantagem e desvantagem – a responsabilização solidária. Ou seja, cada sócio responde não só
pelas suas dívidas, mas também pelas dívidas de todos os outros sócios.
Sociedade Em Comandita
❖ Sócio | trata-se de uma sociedade mista, pois existem dois tipos de sócios:

Comanditados – contribuem com bens ou serviços

Comanditários – contribuem com capital, assumem a gestão e a direcção efectiva da sociedade.

Para além de dois tipos de sócios diferentes, existem também duas formas possíveis de
sociedades em comandita:

Simples – número mínimo de sócios numa sociedade deste tipo é dois;

Por acções  – as participações dos sócios comanditários encontram-se representadas por acções.
Numa sociedade por comandita deste tipo, o número mínimo de sócios é seis – cinco
comanditários e um comanditado.
Sociedade Em Comandita
❖ Firma | nome completo ou abreviado, ou a firma de pelo menos um dos sócios de
responsabilidade ilimitada (comanditado), seguido de “em Comandita” ou “& Comandita”
para sociedades do tipo simples, e no caso de sociedades por acções acrescentar “em
Comandita por Acções” ou “& Comandita por Acções”.

❖ Capital | mínimo obrigatório de 50.000€

❖ Responsabilidade | é diferente para diferentes tipos de sócios:

Comanditários – têm responsabilidade limitada, sendo que respondem apenas pelas suas entradas;

Comanditados – perante as dívidas da sociedade este tipo de sócios responde de forma ilimitada e
solidária entre si (cada sócio responde não só pelas suas dívidas, mas também pelas dívidas de
todos os outros sócios, com o seu património pessoal se assim for necessário).
Sociedade Em Comandita

❖ Património | no caso dos sócios comanditários o património pessoal encontra-se totalmente


separado do património da empresa. Os sócios comanditados, pelo contrário, possuem os
bens patrimoniais da sociedade fundidos com os seus bens pessoais.

❖ Criação da empresa | através do método tradicional.


Bibliografia | Webgrafia
• https://www.heflo.com/pt-br/gerenciar-negocios/processo-tomada-de-
decisao-nas-organizacoes/

• https://www.e-konomista.pt/estilos-de-lideranca/

• https://www.infopedia.pt/

• https://www.portal-gestao.com/artigos/6515-o-que-%C3%A9-a-
gest%C3%A3o-da-qualidade-total-tqm.html

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Bibliografia | Webgrafia

• https://www.nos.pt/empresas

• https://gestaohoteleira.blogs.sapo.pt/conceito-de-allotment-21567

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