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16 de janeiro de 2019
FICHA TÉCNICA
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A metodologia desenvolvida neste quesito, assume como base a contextualização do atual modelo
de acompanhamento dos indicadores de avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade
do PMSB 2011, com descrição das atividades institucionais desenvolvidas pela concessionária,
Poder Concedente e a ARSEC.
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Quadro 2.1
Indicadores de Metas Quantitativas e Qualitativas - PMSB 2011
Indicador de Metas
Sistemas
Quantitativa Qualitativa
ICSA - Índice de Cobertura dos Serviços Água IQA - Índice de qualidade da água
IPR - Índice de Perdas Reais ICA - Índice de continuidade do abastecimento
IH - Índice de Hidrometração IR - Índice de Reservação
Água
ISRA - Índice de Substituição de Redes de água
ISH - Índice de Substituição de hidrômetros
ISLA - Índice de Substituição de Ligações de água
ICSE - Índice de Cobertura dos Serviço Esgoto IQE - Índice de Qualidade de esgotos
IIT - Índice de incremento no tratamento IORD - Índice de obstrução de ramais domiciliares
Esgoto
ISRE - Índice de Substituição de Redes de Esgoto IORC - Índice de obstrução de redes coletoras
ISLE - Índice de Substituição de ligações de esgoto
IESAP - Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços
Gerenciais
ISC - Indicador do Nível de Cortesia e Qualidade Percebida Pelos Usuários na Prestação Do Serviço
Elaboração: FGV - Fonte: PMSB 2011.
Constam ainda do PMSB 2011 as fórmulas paramétricas e metodologias para a apuração dos
indicadores estabelecidos, merecendo aqui os seguintes registros:
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Registra-se que a ARSEC publica e divulga relatórios periódicos do monitoramento dos indicadores
através de audiências públicas, publicações no Diário Oficial do Município e no sítio eletrônico da
Agência e ainda promove, com periodicidade anual, a realização de pesquisa de satisfação e
percepção da qualidade dos serviços pelos clientes.
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A avaliação sistemática pode ser entendida como a prática de atribuir valor a ações e, para que seja
efetivada, são necessárias, pelo menos, as seguintes etapas:
i. Diagnóstico;
ii. Análise do desempenho ou projeção futura;
iii. Estabelecimento de padrões ou critérios;
iv. Aplicação de medidas para corrigir o desvio entre o desempenho atual e o desempenho
esperado.
A análise do desempenho pode ser medida tanto em eficiência, como em eficácia. A eficácia mede
o alcance de resultados, enquanto a eficiência mede a utilização dos recursos disponíveis nesse
processo. A eficácia se refere à capacidade de satisfazer as necessidades da sociedade, enquanto
a eficiência mede a relação entre insumos e resultados.
Chiavenato (1993), afirma que a eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual os serviços
devem ser executados, a fim de que os recursos sejam aplicados da forma mais racional possível.
A eficiência não se preocupa com os fins, mas com os meios, já a eficácia tem foco no alcance do
objetivo. A Figura 3.1 exemplifica a relação entre eficiência e eficácia.
Figura 3.1
Relação entre Eficiência e Eficácia
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Figura 3.2
Relação Eficácia, Eficiência e Efetividade
A fixação de metas graduais (curto, médio e longo prazos) é definida através de indicadores, os
quais possibilitam a medição e avaliação dos resultados esperados. Relativamente à avaliação
sistemática da eficiência, eficácia e efetividade dos serviços de saneamento básico prestados à
população, os indicadores técnicos, operacionais e financeiros são importantes para a análise
custo-benefício, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida da população, da preservação
ambiental e da saúde pública pelo desenvolvimento sustentável.
Assim, o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas no PMSB 2018, dos resultados das
suas ações no acesso aos serviços de saneamento básico prestados e da prestação de serviços
como um todo, necessariamente, leva em conta a utilização de indicadores.
Mensurar os resultados;
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Na construção de um sistema de indicadores é importante ter presente que estes são estruturados
em função dos objetivos do que se quer medir. Isto implica na clareza do sistema a ser medido.
Segundo Garcias e Nussi (1992), os indicadores devem atender quatro requisitos fundamentais:
Além dos indicadores a seguir destacados, deverão ser efetuados registros de dados operacionais
e de desempenho financeiro dos serviços, a fim de permitir a geração dos indicadores definidos
pelos Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico, instituído pelo art. 53 da Lei
n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que prevê:
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Indicadores Gerenciais:
Indicadores de eficiência na prestação do serviço e no atendimento ao público
(IESAP);
Indicador do nível de cortesia e de qualidade percebida pelos usuários na prestação
do serviço - indicador ISC (Índice de satisfação do cliente).
Ainda segundo o PMSB 2011, tais indicadores deveriam ser divulgados à medida que as metas
fossem sendo alcançadas, por meio das seguintes ferramentas:
Cada um dos indicadores anteriormente citados conta com a metodologia de cálculo própria e metas
periódicas a serem individualmente atingidas e pode-se constatar que alguns requerem um esforço
de mensuração incompatível com retorno advindo do conhecimento do indicador, ou seja, há um
grande empenho para calcular uma informação que não é posteriormente utilizada ou
adequadamente gerida.
Diante disso, registra-se a seguir uma avaliação individual de cada indicador anteriormente citado,
acompanhada de sugestões de manutenção, alteração, exclusão para cada um dos indicadores
requeridos pelo PMSB 2011, com atenção especial aqueles que não têm surtido o efeito a que se
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De uma maneira geral este indicador funciona de forma adequada e deve ser mantido
necessitando, entretanto, ajustes periódicos (mensais) para a sua apuração, pois não
existe divulgação do número total de habitantes pelos órgãos oficiais. Assim, a sua
apuração é realizada de forma indireta, a partir do número de economias residenciais
ativas atendidas.
Sugere-se que para este indicador, a ARSEC estabeleça nova instrução normativa
especifica, a partir das informações mensais da concessionária, definindo exatamente a
forma de apuração e as correções e ajustes permitidos, tais como: a consideração ou não
de economias (e/ou ligações) ativas cortadas etc.
A maneira de apuração está adequada e, de forma geral, deve ser mantida (para a
totalidade dos sistemas de cada distrito), sugerindo-se que a apuração individual por
sistema produtor só passe a ser exigida a partir da próxima revisão do PMSB, prevista
para 2022, sendo este prazo necessário e suficiente para a implantação e delimitação
dos sistemas produtores conforme proposta do PDA, recentemente elaborado.
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Considerando que o nível de perdas de água constitui um índice relevante para medir a
eficiência dos prestadores em atividades como distribuição, planejamento, investimentos
e manutenção do sistema, nessa revisão sugere-se que para apuração dos volumes seja
utilizada a metodologia proposta pela International Water Association (IWA), que é
baseada em uma matriz onde são considerados os processos pelos quais a água pode
passar desde o momento de entrada no sistema (balanço hídrico).
Assim sendo, a fórmula para o cálculo deste indicador pode ser reescrita de forma
simplificada conforme equação abaixo:
No volume disponibilizado no sistema deve ser descontado o volume de água gasto para
a execução de serviços (volume de serviços) como descargas de rede, limpeza de
reservatórios e outros, desde que devidamente mensurados e comprovados.
Sugere-se ainda a apuração indicador “Índice de Perdas” por sistema produtor de água a
partir da próxima revisão do PMSB prevista para 2022, sendo este prazo necessário e
suficiente para a implantação, delimitação e finalização do processo de setorização dos
sistemas conforme proposta do PDA, recentemente apresentado pela Concessionária.
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Na avaliação realizada constatou-se que este indicador não tem agregado eficiência ao
processo, devido à sua forma de apuração. A fórmula de cálculo para este indicador se
encontra demonstrada a seguir:
As metas definidas para o ISRA foram separadas nos três sistemas e se mantiveram em
0% nos três anos iniciais, ficando em 1% até o fim do projeto nos sistemas 2 e 3, enquanto
que no sistema 1 varia de 2% a 5% dos anos 4 a 7, estabilizando em 1% como nos demais
sistemas a partir do ano 8.
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As metas para a total realização desta atividade podem ser estipuladas de forma
progressiva em um período de, por exemplo, 10 anos.
A maneira de apuração deste indicador está adequada e deve ser mantida. Com relação
às metas estabelecidas no PMSB para o ISH para cada um dos sistemas, verifica-se que
se iniciam em 0% passando-se a 10% e 15% de forma progressiva, reduzindo-se a 10%
a partir do ano 2023.
O significado prático dessa meta do PMSB 2011 é que, a partir do ano 2023, a idade
média do parque de hidrômetros seja estabelecida em 10 anos de vida útil. Muitos autores
e estudiosos de processos de recuperação de perdas sugerem que a vida útil do
hidrômetro seja estabelecida de forma a não ultrapassar 4 (25%) ou 5 (20%) anos. Para
a presente revisão estabeleceu-se como meta uma idade média intermediária de 7 anos
(14,28%), mantendo-se a forma de apuração.
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Sugere-se que o indicador deixe de ser avaliado, entretanto, a ARSEC, desejando mantê-
lo, deve estabelecer nova instrução normativa com a redefinição de metas e incluindo
dados a partir da base cadastral com metas fixas (e não percentuais) a serem atingidas
em um período de 10 anos, por exemplo.
IQA = Quantidades de Amostra de Turbidez e Cloro Residual fora do Padrão x 100 (%)
Quantidade total de Amostras de Turbidez e Cloro Residual
O quadro de metas constante do PMSB 2011 estabelece como 99% o percentual mínimo
a ser atingido nos três sistemas considerados em todo o período de planejamento.
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Onde:
ICA - índice de continuidade do abastecimento de água, em porcentagem (%);
TPM10 - tempo com pressão maior que 10 (dez) metros de coluna d'água. É o tempo
total, medido em horas, dentro do período de apuração, durante o qual um determinado
verificador de pressão registrou valores iguais ou maiores que 10 (dez) metros de coluna
d'água;
TMA - tempo médio da apuração, que é o tempo em horas decorrido entre o início e o
término do período de apuração.
Sugere-se que a avaliação seja feita diariamente e o indicador médio obtido com
periodicidade mensal.
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É certo que seja fundamental acompanhar a disponibilidade de reservação, uma vez que
são itens indispensáveis à segurança operacional, entretanto, questiona-se o fato de que
o cálculo do IR se dê de acordo com a seguinte fórmula:
A proposta para o cálculo do IR é que este seja função da demanda, para projetos de
reservatórios, como recomenda a NBR 12.217/1994, a qual, em seu item 5.1.2,
recomenda que o volume atenda às variações de consumo diário, ou seja, para a
segurança operacional, considerando adução contínua, o reservatório deve suprir a
demanda do dia de maior consumo durante 8 horas, ou seja 1/3 da demanda do dia de
maior consumo (1,2 a mais do que o consumo normal verificado), isto posto, sugere-se
que o IR seja calculado como a fórmula a seguir:
IR ≥ 33%
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Apenas para registro, destaca-se que o TAC firmado com o 2º Termo Aditivo do Contrato
de Concessão estabeleceu metas de incremento de reservação diferentes das
originalmente constantes do Edital e Contrato. Embora os números finais superem como
um todo as necessidades globais de reservação de Cuiabá, sugere-se que a partir da
próxima atualização do PMSB (prevista para 2022), o monitoramento dos indicadores de
reservação passe a ser realizado por sistemas, conforme definido no PDA em fase de
aprovação/conclusão.
De uma maneira geral, este indicador funciona de forma adequada e deve ser mantido,
necessitando, entretanto, de ajustes periódicos (mensais) para a sua apuração, pois
inexiste divulgação do número total de habitantes pelos órgãos oficiais. Sendo assim, a
sua apuração é realizada de forma indireta a partir do número de economias residenciais
ativas atendidas.
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Assim sendo, o mais coerente não é tratar tal indicador como “incremento”, mas sim como
“índice de tratamento”, até porque as próprias metas estipuladas não dizem respeito aos
acréscimos relativos ao ano anterior, mas sim marcos a serem atingidos. Diante disto, a
sugestão é que o indicador seja nomeado como índice de tratamento de esgoto (ITE).
As metas definidas para o ISRE no PMSB 2011 foram separadas nos cinco sistemas e
se mantiveram variando entre 0% e 1% no período.
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As metas para a total realização desta atividade poderão ser estipuladas de forma
progressiva em um período de 10 anos (por exemplo).
Sugere-se que o indicador deixe de ser avaliado, entretanto, a ARSEC, desejando mantê-
lo, deve estabelecer nova instrução normativa com a redefinição de metas e incluindo
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Da mesma forma como avaliado no IQA, o indicador de qualidade de esgoto (IQE) não
apresenta coerência entre a sua fórmula de apuração e a meta estabelecida no PMSB
2011. O IQE é calculado a partir da porcentagem de amostras de DBO fora do padrão,
com relação ao total de amostras medido, e a meta é de que o IQE seja de 80%, assim
sendo, está estipulando que 80% das amostras estarão fora do padrão, logo, é necessário
que o indicador passe a ser:
Sugere-se a sua eliminação, deixando para ser calculado a partir da próxima revisão do
PMSB (2022), com as necessárias alterações em sua fórmula de apuração.
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A meta de evolução dessa nova fórmula de cálculo deve ser estabelecida de comum
acordo entre a agência reguladora e a concessionária, de forma a registrar
adequadamente a evolução da prestação dos serviços.
Neste sentido, sugere-se que a ARSEC, através de Instrução Normativa e/ou Resolução
própria, estabeleça pesos para apuração de cada item de serviço para atendimento de
prazo, conforme sugestão apresentada na Tabela 3.1.1.1, a seguir.
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O sucesso do PMSB só será possível diante da relação harmônica e concisa entre o Plano Diretor
de Ordenamento Territorial, da Lei Orgânica do Município, do Plano Estadual de Recursos Hídricos
e demais políticas que porventura venham surgir ou que tenham como objetivo o desenvolvimento
sustentável da cidade, juntamente com uma interface do poder público e a sociedade civil.
O PMSB deve ser atualizado levando em conta aspectos das políticas de desenvolvimento urbano
citadas, principalmente na projeção populacional utilizada. Além disso, estudos, propostas e
diversas informações contidas nessas políticas podem subsidiar tal atualização de forma que haja
tal relação harmônica entre esses diferentes documentos.
No entanto, essa harmonia deverá ser mantida na ocasião das revisões das diferentes políticas
públicas, através da proposta de que essas futuras revisões sejam feitas levando em conta as
informações e metas do PMSB 2018, com o intuito de manter essa harmonia e impedir que políticas
públicas não levem em conta todos os aspectos existentes, entre eles o saneamento.
Um programa que atualmente o Município já vem participando por meio de sua Agência
Reguladora é o Projeto Acertar do Ministério das Cidades/ABAR, cujo objetivo é desenvolver
metodologias para certificação de informações do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS).
Essas etapas, quando atendidas, permitem que as atividades sejam identificadas bem como as
inter-relações entre elas (Etapa 1), a partir dessa identificação busca-se compreender os fatores
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Para constatar se as informações declaradas pelo prestador ao SNIS são verídicas, a Etapa 4
pretende definir e aplicar testes substantivos para, no fim, na Etapa 5 avaliar a qualidade dessas
informações quanto a confiança e exatidão.
Isto posto, a partir do cumprimento de cada uma dessas etapas, o Projeto sugere que sejam
inicialmente controlados 10 indicadores, passando posteriormente para 16, como apresentado no
Quadro 4.1, devendo e podendo ser ampliado em 2 ou 4 anos.
Quadro 4.1
Grupo Padrão de Indicadores
Dimensões Grupo Padrão de Indicadores
Índice de Índice de atendimento urbano de esgoto Índice de
Universalização atendimento referido aos municípios atendidos com tratamento de
urbano de água água esgoto
Incidência das análises de coliformes Extravasamentos de esgotos por extensão
Qualidade
totais fora do padrão de rede
Despesa média Despesa de
Índice de Índice de
anual por exploração por m³
hidrometração macromedição
empregado faturado
Eficiência
Índice de despesas por consumo de Índice de
Índice de perdas na
energia elétrica nos sistemas de água e produtividade de
distribuição
esgotos pessoal total
Econômico-
Margem da despesa de exploração
Financeiro
Densidade de economias de água por Extensão da rede de Consumo médio de
Contexto
ligação água por ligação água por economia
Elaboração: FGV
Dos itens que constam no Quadro 4.1, já são mensurados os que estão destacados no Quadro 4.2,
e os que ainda não são têm sua metodologia de cálculo apresentada no Quadro 4.3 adiante.
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Quadro 4.3
Metodologia de Cálculo dos Indicadores do Grupo Padrão de Indicadores ainda não
Mensurados
Grupo Padrão de
Dimensões Metodologia de Cálculo
Indicadores
Extravasamentos de
Quantidades de extravasamentos de esgotos
Qualidade esgotos por extensão
Extensão da rede de esgotos
de rede
Despesa de
______________Despesas de Exploração______________
exploração por m³
(Volume de água faturado + Volume de esgoto faturado)
faturado
Eficiência
(Quantidade de ligações ativas de água + Quantidade de ligações
Índice de
ativas de esgoto)
produtividade de
____________________________________________________
pessoal total
Quantidade de pessoal total
Índice de despesas
por consumo de ________________Despesa com energia elétrica____________
energia elétrica nos (Consumo total de energia elétrica no sistema de água + Consumo
sistemas de água e total de energia elétrica no sistema de esgotos)
esgotos
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Densidade de
Quantidade de economias ativas de água
economias de água
Quantidade de ligações ativas de água
por ligação
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Art. 2º. O Titular dos Serviços, por meio de legislação específica, deve estabelecer
a respectiva Política de Saneamento Básico, que deve contemplar:
[...]
VIII. o estabelecimento dos instrumentos e mecanismos de participação e controle
social na gestão da política de saneamento básico, ou seja, nas atividades de
planejamento e regulação, fiscalização dos serviços na forma de conselhos das
cidades ou similar, com caráter deliberativo; (BRASIL, 2009a).
A sociedade civil organizada, assim como todo e qualquer cidadão, podem participar dos processos
por meio da constituição do órgão colegiado, audiências públicas, consultas públicas e
conferências, agindo no planejamento de ações, na cobrança de investimentos necessários, no
monitoramento, na fiscalização das ações, etc.
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A participação dos diversos setores é assegurada pelo Art. 47 da Lei Federal nº 11.445/2007, que
estabelece:
CAPÍTULO VIII
Segundo o Ministérios das Cidades (BRASIL, 2011), os princípios para a promoção da participação
social são:
Quadro 5.1
Princípios para a Promoção da Participação Social
Deve ser abandonada a visão setorial e fragmentada presente no fazer do
Transversalidade e saneamento, para que a intersetorialidade e a transdisciplinaridade possa ser
intersetorialidade incorporada. Deve-se, ainda, promover a integração das dimensões presentes na
promoção da qualidade de vida e da saúde da população com as sanitárias.
Deve-se facilitar o acesso à informação e a participação na definição das
prioridades, na gestão dos serviços e aplicação dos recursos. Para o
Transparência e
estabelecimento do diálogo, devem ser consideradas as especificidades regionais,
diálogo
étnicas, culturais, sociais e econômicas, de forma a promover a decodificação e a
ressignificação dos conceitos e práticas sociais coletivas.
As ações devem ser pautadas de forma a estimular a reflexão crítica dos sujeitos
Emancipação e
sociais, fortalecendo sua autonomia, sua liberdade de expressão e contribuindo
democracia
para a qualificação e ampliação de sua participação nas decisões políticas.
As ações de mobilização devem reconhecer a pluralidade e a diversidade nos
meios natural, social, econômico e cultural. Devem ser respeitados os saberes,
Tolerância e
papéis, ritmos, valores e dinâmicas dos sujeitos envolvidos, buscando ampliar a
respeito
participação e o acolhimento das diferenças, a fim de atribuir legitimidade aos
consensos construídos coletivamente.
Fonte: Brasil, 2007 apud Brasil (2011).
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Também é de suma importância, após a atualização e aprovação por lei ou decreto do PMSB 2018,
ser instituído um modelo de acompanhamento através de instrumentos de avaliação e
monitoramento, sendo que atualmente a ARSEC já promove diversas ações que objetivam garantir
a participação social no acompanhamento e fiscalização dos serviços, merecendo destaque a
atuação de seu CONSELHO PARTICIPATIVO com ampla participação da sociedade civil
organizada. Outras medidas de acompanhamento que se podem detalhar são:
Figura 5.1
Instrumentos de Controle Social
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Audiência Pública
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Consulta Pública
É o mecanismo que possibilita que o cidadão comum opine sobre questões técnicas,
utilizado por diversos órgãos da administração pública e por algumas entidades na
elaboração de projetos, resoluções ou na normatização de um determinado assunto.
Conferência
A Conferência de Saneamento Básico poderá ser realizada a cada dois anos, servindo
para subsidiar a formulação da política e a revisão do PMSB. É uma forma eficaz de
mobilização, por permitir a democratização das decisões e o controle social da ação
pública.
Instrumentos de Gestão
Instrumentos de Avaliação
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Conforme exposto anteriormente, o PMSB 2018 terá divulgação por todos os meios de comunicação
disponibilizados pela Prefeitura Municipal. Sugere-se a utilização permanente do site da ARSEC
para acesso às informações pertinentes ao Plano, com o objetivo de manter grande parte da
população notificada das ações em desenvolvimento. Além disso, cópias do PMSB 2018 (vias
impressas ou digitais) deverão ser disponibilizadas aos Centros de Ensino do Município, às
Bibliotecas, Associações de Classes, entre outras.
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Portanto, os seguintes meios de comunicação podem ser utilizados para a divulgação e acesso da
população aos planos:
O responsável pela divulgação do Plano, necessariamente, deve ser o Titular dos serviços, também
responsável pela elaboração, portanto a Prefeitura Municipal de Cuiabá
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ANA, Agência Nacional de Águas. Ministério do Meio Ambiente. Brasil. Portal da Qualidade das
Águas. Brasília, DF. Disponível em: http://portalpnqa.ana.gov.br/default.aspx. Acesso em: 19 mar.
2018.
BRASIL. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências. Brasília, DF, 1993. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm. Acessado em: 19 mar. 2018.
BRASIL. Decreto Federal n.° 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.445 de 05
de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e dá outras
providências. Brasília, DF, 2010a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/decreto/D7217.htm. Acesso em: 19 mar. 2018.
BRASIL. Lei Federal n.º 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para
o saneamento básico. Brasília, DF, 2007.
BRASIL. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Brasília, 2013. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/AECBF8E2/Plansab_Versao_Conselhos_Nacionai
s_020520131.pdf. Acesso em: 19 mar. 2018.
BRASIL. Ministério das Cidades. Peças Técnicas Relativas a Planos Municipais de Saneamento
Básico. Ministério das Cidades, Programa de Modernização do Setor Saneamento. Brasília:
2011. 1ª edição 244 p.
BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho das Cidades. Resolução n.° 13, de 16 de junho de 2004.
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GARCIAS, Carlos Mello; NUCCI, Nelson LR. Indicadores de qualidade dos serviços e
infraestrutura urbana de saneamento. ABES, 1993. In: Congresso Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 17. p. 713-34.
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