Você está na página 1de 44

Revisão do Plano Municipal de Saneamento

Básico

Prefeitura Municipal de Cuiabá


Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano - SMADES

Produto 6 - Relatório Técnico 5

16 de janeiro de 2019
FICHA TÉCNICA

Revisão do Plano Municipal de Saneamento Básico


para os componentes de Abastecimento de Água e
Objeto do Contrato
Esgotamento Sanitário do Município de Cuiabá-MT.

Data de Assinatura do Contrato 18/09/2017

Prazo de Execução 6 (seis) meses

Contratante Prefeitura Municipal de Cuiabá

Contratada Fundação Getulio Vargas

Coordenador Geral Rosane Coelho da Costa

2 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Sumário

RESUMO EXECUTIVO ...................................................................................................................................... 4


1. INTRODUÇÃO .......................................................................................................................................... 6
2. CONTEXTUALIZANDO O MODELO ATUAL .......................................................................................... 7
3. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA A AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DA EFICIÊNCIA,
EFICÁCIA E EFETIVIDADE DAS AÇÕES PROGRAMADAS ..............................................................11
3.1 INDICADORES CONSTANTES NO PMSB 2011 ........................................................................14
4. MECANISMOS E PROCEDIMENTOS PARA COMPATIBILIZAÇÃO COM OUTRAS POLÍTICAS DE
DESENVOLVIMENTO URBANO ...........................................................................................................31
5. MECANISMOS DE REPRESENTAÇÃO DA SOCIEDADE PARA O ACOMPANHAMENTO,
MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO DOS INDICADORES ..................................................................35
5.1 MECANISMOS PARA DIVULGAÇÃO E ACESSO DA POPULAÇÃO AOS PLANOS ..............41

3 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
RESUMO EXECUTIVO

Este documento apresenta o Produto 6 - Relatório Técnico 5, elaborado conforme previsto na


proposta de prestação de serviços FGV Projetos Nº 128/17 da Fundação Getulio Vargas para
assessorar a Prefeitura Municipal de Cuiabá - PMC na revisão do Plano Municipal de
Saneamento Básico de Cuiabá para os segmentos de abastecimento de água e de
esgotamento sanitário, conforme solicitado por meio de correspondência eletrônica, datada de 12
de abril de 2017 e Termo de Referência nº 004/2017 encaminhado pela Secretaria Municipal de
Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano - SMADES.

No presente relatório encontra-se contextualizado o conteúdo da revisão dos Mecanismos e


Procedimentos para a Avaliação Periódica do Plano Municipal de Saneamento Básico - PMSB 2018
e do Programa de Mobilização Social, resultantes das atividades previstas na Etapa 8 - Revisão
dos Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Periódica do Plano e Etapa 9 -
Elaboração de Programa de Mobilização e Participação Social, constantes da proposta
supramencionada.

O Capítulo 2 apresenta uma descrição contextualizada do modelo atual de acompanhamento das


metas e indicadores constantes no PMSB 2011, através de relatórios produzidos pela
concessionária e acompanhamento da Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados
de Cuiabá - ARSEC.

O Capítulo 3 apresenta uma base conceitual objetivando o aprimoramento e avaliação sistemática


da eficiência, eficácia e efetividade das ações programadas, incluindo uma análise crítica quanto
aos indicadores constantes do PMSB 2011.

O Capítulo 4 apresenta os mecanismos e procedimentos para compatibilização com outras políticas


de desenvolvimento urbano, incluindo uma proposta de racionalização gradual dos indicadores a
serem avaliados de forma progressiva, segundo os conceitos do programa ACERTAR, que tem o
apoio do Ministério das Cidades e da Associação Brasileira de Agências de Regulação - ABAR,
com efetiva participação da ARSEC, visando melhorar a qualidade da informação sobre o
saneamento básico e aperfeiçoar e certificar o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento
- SNIS.

4 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
O Capítulo 5 apresenta as possibilidades para adoção de mecanismos de representação da
sociedade para o acompanhamento, monitoramento e avaliação dos indicadores, incluindo os
instrumentos para divulgação e acesso da população ao conteúdo do PMSB.

5 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
1. Introdução

O principal objetivo deste Produto 6 - Relatório Técnico 5 é apresentar o resultado do trabalho de


interação desenvolvido entre as equipes da FGV e ARSEC (representante do município), em busca
do aprimoramento da revisão dos mecanismos e procedimentos para a avaliação periódica do
PMSB Cuiabá, conforme previsto para as Etapas 8 e 9 do Produto 1 - Plano de Trabalho.

A metodologia desenvolvida neste quesito, assume como base a contextualização do atual modelo
de acompanhamento dos indicadores de avaliação sistemática da eficiência, eficácia e efetividade
do PMSB 2011, com descrição das atividades institucionais desenvolvidas pela concessionária,
Poder Concedente e a ARSEC.

Uma vez entendido o contexto de acompanhamento dos indicadores, através de relatórios


periódicos de acompanhamento (mensais e anuais), realizou-se uma avaliação crítica de alguns
indicadores do PMSB 2011, a partir dos quais apresentou-se uma proposta de revisão, admitindo-
se alguns ajustes na alteração de metodologia de cálculo, alteração de nome, suspensão provisória
do indicador e inclusão de outros, com o objetivo de otimizar a gestão e uniformizar as informações
já encaminhadas para outros órgãos federais que fazem sistematização de dados referentes a
saneamento básico, tal qual o SNIS, assim como para demais órgãos controladores e fiscalizadores,
levando-se em consideração as regras e padrões de auditoria e certificação de informações sobre
o saneamento apresentada pelo projeto ACERTAR/SNIS - ABAR.

A proposta contempla em um primeiro momento (4 anos), o monitoramento de um número mais


reduzido de indicadores (16 ao todo), ampliando-se essa quantidade para 32 a partir da próxima
revisão do PMSB, prevista para em 2022, oportunidade na qual já deverão ter sido realizados
investimentos estruturantes de configuração física dos sistemas de água e esgoto propostos no
Plano Diretor de Água - PDA e no Plano Diretor de Esgoto - PDE.

6 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
2. Contextualizando o Modelo Atual

O item 9 do PMSB 2011, estabeleceu os MECANISMOS PARA AVALIAÇÃO SISTEMÁTICA DAS


AÇÕES PROGRAMADAS, contemplando neste sentido:

i. Ações para implementação do PMSB;


ii. Definição dos padrões de qualidade; e
iii. Definição de instrumentos de avaliação e monitoramento.

As ações para implementação do PMSB foram estruturadas e classificadas em:

 Ações Institucionais e Legais, responsáveis pela estruturação no âmbito de equipe de


gestão dos serviços de saneamento, do Conselho Municipal de Saneamento Básico, da
análise, avaliação e adequação e revisão do modelo institucional vigente para a gestão
dos serviços, criação de agência reguladora própria e definição de sistemática de revisão
do PMSB, entre outras; e

 Ações Técnicas e Operacionais, responsáveis pela identificação de oportunidades de


captação de recursos, desenvolvimento do Plano de Atendimento a Emergências e
alinhamento das atividades técnico-operacionais com o operador dos serviços.

A definição dos padrões de qualidade referenciais fora estabelecida de forma a associar a


universalização dos serviços, conceituada como a ampliação progressiva das metas objetivando o
acesso universal com as condicionantes relativas aos sistemas de:

 Abastecimento de Água - fornecimento de água com qualidade e quantidade


compatível ao atendimento das suas necessidades, regularidade na prestação dos
serviços, pressões de serviços compatíveis, reduzidos índices de perdas, e
modicidade tarifária;

 Esgotamento Sanitário - coleta, afastamento, tratamento e lançamento final ao meio


ambiente compatível aos padrões legais estabelecidos pela legislação específica.

7 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Como INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO E MONITORAMENTO, o PMSB 2011 recomendou o
acompanhamento das atividades, serviços e obras, através da utilização de indicadores de
desempenho dos serviços de água e esgoto e ainda registros de dados operacionais e de
desempenho financeiro de forma a permitir a geração dos indicadores definidos pelos Sistema
Nacional de Informações de Saneamento - SINISA.

Os indicadores selecionados para monitoramento do PMSB 2011 - Cuiabá compreenderam


aspectos técnico-operacionais e gerenciais e estão apresentados no Quadro 2.1 a seguir.

Quadro 2.1
Indicadores de Metas Quantitativas e Qualitativas - PMSB 2011
Indicador de Metas
Sistemas
Quantitativa Qualitativa
ICSA - Índice de Cobertura dos Serviços Água IQA - Índice de qualidade da água
IPR - Índice de Perdas Reais ICA - Índice de continuidade do abastecimento
IH - Índice de Hidrometração IR - Índice de Reservação
Água
ISRA - Índice de Substituição de Redes de água
ISH - Índice de Substituição de hidrômetros
ISLA - Índice de Substituição de Ligações de água
ICSE - Índice de Cobertura dos Serviço Esgoto IQE - Índice de Qualidade de esgotos
IIT - Índice de incremento no tratamento IORD - Índice de obstrução de ramais domiciliares
Esgoto
ISRE - Índice de Substituição de Redes de Esgoto IORC - Índice de obstrução de redes coletoras
ISLE - Índice de Substituição de ligações de esgoto
IESAP - Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços
Gerenciais
ISC - Indicador do Nível de Cortesia e Qualidade Percebida Pelos Usuários na Prestação Do Serviço
Elaboração: FGV - Fonte: PMSB 2011.

Constam ainda do PMSB 2011 as fórmulas paramétricas e metodologias para a apuração dos
indicadores estabelecidos, merecendo aqui os seguintes registros:

 Para as metas quantitativas e qualitativas dos sistemas de abastecimento de água foram


estabelecidas variações progressivas, em função de cada um dos 3 (três) sistemas
identificados como: (S1) Ribeirão do Lipa; (S2) Tijucal; e (S3) Parque Cuiabá;

 Para as metas quantitativas e qualitativas dos sistemas de esgotamento sanitário foram


estabelecidas variações progressivas, em função de cada um dos 5 (cinco) sistemas

8 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
identificados como: (SR) Bacia do Ribeirão do Lipa; (SA) Bacia do Parque Cuiabá; (SDA)
Bacia Dom Aquino; (ST) Bacia Tijucal; e (SCPA) Bacia CPA;

Posteriormente à elaboração do PMSB 2011, o Edital de Concessão 014/2011 - Termo de


Referência - Anexo V, item 8 página 13, estabeleceu e adotou os Indicadores de Desempenho e
Metas a serem atendidos pela concessionária, sendo que estes foram objeto de Instrução Normativa
da Agência Reguladora inicial de Cuiabá - AMAES, posteriormente extinta e substituída pela atual
ARSEC, que mantém, em conjunto com a concessionária, a avaliação periódica dos indicadores,
através de relatórios mensais e anuais, denominados de Informações Técnicas Mensais - ITM e
Informações Técnicas Anuais - ITA.

Registra-se que a ARSEC publica e divulga relatórios periódicos do monitoramento dos indicadores
através de audiências públicas, publicações no Diário Oficial do Município e no sítio eletrônico da
Agência e ainda promove, com periodicidade anual, a realização de pesquisa de satisfação e
percepção da qualidade dos serviços pelos clientes.

Inobstante toda a estruturação de monitoramento e acompanhamento existente, a equipe da FGV


avaliou, em conjunto com a ARSEC e a concessionária, que o modelo atual pode e deve ser
aprimorado e atualizado, por diversas razões, entre as quais destacam-se:

 Os sistemas de água e esgoto não possuem, fisicamente, a configuração de concepção


para a qual foram definidas e estruturadas as áreas de atendimento de água (3) e de
esgoto (5), existindo interligações, superposições e conflitos de informação, de forma que
há uma grande dificuldade prática no entendimento e na produção dos relatórios
periódicos;

 Apenas recentemente a concessionária definiu a configuração física dos sistemas e áreas


de atendimento (água e esgoto), consubstanciados na versão preliminar dos Planos
Diretores de Água e Esgoto (PDA e PDE), e a encaminhou à ARSEC para conhecimento,
avaliação e aprovação;

 A implantação da configuração física final dos sistemas de água e esgoto proposta no


PDA/PDE, conforme orientação do 2º Termo Aditivo, ainda demandará certo lapso de
tempo (3 a 7 anos), e as propostas apresentadas divergem da configuração considerada
9 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
por ocasião da elaboração do PMSB 2011, cujo contexto operacional estava a cargo da
Companhia de Saneamento da Capital - SANECAP;

 As fórmulas paramétricas estabelecidas para o cálculo de alguns indicadores não estão


compatíveis com a obtenção de resultados de avaliação e monitoramento estabelecidos,
como poderá ser observado pontualmente adiante na apuração de cada indicador.

10 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
3. Mecanismos e Procedimentos para a Avaliação Sistemática da
Eficiência, Eficácia e Efetividade das Ações Programadas

A avaliação sistemática pode ser entendida como a prática de atribuir valor a ações e, para que seja
efetivada, são necessárias, pelo menos, as seguintes etapas:

i. Diagnóstico;
ii. Análise do desempenho ou projeção futura;
iii. Estabelecimento de padrões ou critérios;
iv. Aplicação de medidas para corrigir o desvio entre o desempenho atual e o desempenho
esperado.

A análise do desempenho pode ser medida tanto em eficiência, como em eficácia. A eficácia mede
o alcance de resultados, enquanto a eficiência mede a utilização dos recursos disponíveis nesse
processo. A eficácia se refere à capacidade de satisfazer as necessidades da sociedade, enquanto
a eficiência mede a relação entre insumos e resultados.

Chiavenato (1993), afirma que a eficiência está voltada para a melhor maneira pela qual os serviços
devem ser executados, a fim de que os recursos sejam aplicados da forma mais racional possível.
A eficiência não se preocupa com os fins, mas com os meios, já a eficácia tem foco no alcance do
objetivo. A Figura 3.1 exemplifica a relação entre eficiência e eficácia.

Figura 3.1
Relação entre Eficiência e Eficácia

Fonte: Adaptado CHIAVENATO, 1993.

11 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Quando ambos os critérios têm seus objetivos alcançados, diz-se que foram alcançados com
efetividade. A Figura 3.2 apresenta esquematicamente a inter-relação entre eficácia, eficiência e
efetividade, no âmbito do saneamento básico.

Figura 3.2
Relação Eficácia, Eficiência e Efetividade

Fonte: Marcovitch, 1983.

A fixação de metas graduais (curto, médio e longo prazos) é definida através de indicadores, os
quais possibilitam a medição e avaliação dos resultados esperados. Relativamente à avaliação
sistemática da eficiência, eficácia e efetividade dos serviços de saneamento básico prestados à
população, os indicadores técnicos, operacionais e financeiros são importantes para a análise
custo-benefício, tendo em vista a melhoria da qualidade de vida da população, da preservação
ambiental e da saúde pública pelo desenvolvimento sustentável.

Assim, o monitoramento e a avaliação dos objetivos e metas no PMSB 2018, dos resultados das
suas ações no acesso aos serviços de saneamento básico prestados e da prestação de serviços
como um todo, necessariamente, leva em conta a utilização de indicadores.

Os indicadores têm como objetivos:

 Mensurar os resultados;

12 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
 Gerir o desempenho;
 Embasar a análise crítica dos resultados obtidos;
 Contribuir para a melhora contínua dos processos;
 Facilitar o planejamento; e
 Viabilizar a análise comparativa de desempenho da organização de diversas
organizações atuantes em áreas ou ambientes semelhantes.

Na construção de um sistema de indicadores é importante ter presente que estes são estruturados
em função dos objetivos do que se quer medir. Isto implica na clareza do sistema a ser medido.
Segundo Garcias e Nussi (1992), os indicadores devem atender quatro requisitos fundamentais:

 Serem válidos - medirem realmente o que se supõe que devam medir;


 Serem objetivos - apresentarem o mesmo resultado quando a medição for feita por
pessoas distintas em situações análogas;
 Serem sensíveis - terem a capacidade de captar as mudanças ocorridas na situação; e
 Serem específicos - refletirem só as mudanças ocorridas na situação de que tratem.

A seguir serão apresentados os indicadores a serem utilizados no processo de avaliação e


monitoramento do PMSB 2018 Cuiabá.

Além dos indicadores a seguir destacados, deverão ser efetuados registros de dados operacionais
e de desempenho financeiro dos serviços, a fim de permitir a geração dos indicadores definidos
pelos Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico, instituído pelo art. 53 da Lei
n° 11.445, de 5 de janeiro de 2007, que prevê:

Art. 53. Fica instituído o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico


- SINISA, com os objetivos de:
I - Coletar e sistematizar dados relativos às condições da prestação dos serviços
públicos de saneamento básico;
II - Disponibilizar estatísticas, indicadores e outras informações relevantes para a
caracterização da demanda e da oferta de serviços públicos de saneamento
básico;
III - permitir e facilitar o monitoramento e avaliação da eficiência e da eficácia da
prestação dos serviços de saneamento básico; e
§ 1º As informações do SINISA são públicas e acessíveis a todos,
independentemente da demonstração de interesse, devendo ser publicadas por
meio da internet.

13 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
§ 2º A União apoiará os titulares dos serviços a organizar sistemas de informação
em saneamento básico, em atendimento ao disposto no inciso VI do caput do art.
9º desta Lei.

3.1 Indicadores Constantes no PMSB 2011

Conforme já descrito na contextualização do modelo atual, encontra-se em revisão o atual Plano


Municipal de Saneamento (PMSB), o qual data de 2011, uma vez que, conforme Art. 19 da Lei
nº 11.445/2007 em seu parágrafo quarto, os Planos devem ser revistos periodicamente em prazo
não superior a quatro anos, entretanto, enquanto a versão revisada não é aprovada, fica válida a
versão de 2011, na qual consta a premissa de permitir uma avaliação simples e objetiva do
desempenho do serviço indicadores quantitativos, qualitativos e gerenciais:

 Quantitativos para o Sistema de Abastecimento de Água:


 Índice de cobertura dos serviços de abastecimento de água (ICSA);
 Índice de perdas reais (IPR);
 Índice de hidrometração (IH);
 Índice de substituição de redes de abastecimento (ISRA);
 Índice de substituição de hidrômetros (ISH);
 Índice de substituição de redes de ligações de água (ISLA).

 Qualitativos para o Sistema de Abastecimento de Água:


 Índice de qualidade de água (IQA);
 Índice de continuidade do abastecimento (ICA);
 Índice de reservação (IR).

 Quantitativos para o Sistema de Esgotamento Sanitário:


 Índice de cobertura dos serviços de esgotamento sanitário (ICSE);
 Índice de Incremento de tratamento (IIT);
 Índice de substituição de redes coletoras (ISRE);
 Índice de substituição de ligações de esgoto (ISLE).

 Qualitativos para o Sistema de Esgotamento Sanitário:


 Índice de qualidade de efluente (IQE);
 Índice de obstrução de ramais (IORD);
14 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
 Índice de obstrução de rede (IORC).

 Indicadores Gerenciais:
 Indicadores de eficiência na prestação do serviço e no atendimento ao público
(IESAP);
 Indicador do nível de cortesia e de qualidade percebida pelos usuários na prestação
do serviço - indicador ISC (Índice de satisfação do cliente).

Ainda segundo o PMSB 2011, tais indicadores deveriam ser divulgados à medida que as metas
fossem sendo alcançadas, por meio das seguintes ferramentas:

 Utilização de Sistema Georreferenciado com mapeamento das obras de ampliação e


melhoria da infraestrutura existente;
 Elaboração de folheto contendo o “Balanço” anual do atendimento às metas;
 Utilização da fatura de água/esgoto, para divulgação de informações a metas relativas ao
Plano;
 Realização de audiência pública anual para apresentação do desenvolvimento do
Plano; e
 Disponibilidade no website da Prefeitura Municipal de Cuiabá de link com informações
sobre as metas do Plano e seu respectivo status de atendimento.

3.1.1 Análise dos Indicadores Constantes do PMSB 2011

Cada um dos indicadores anteriormente citados conta com a metodologia de cálculo própria e metas
periódicas a serem individualmente atingidas e pode-se constatar que alguns requerem um esforço
de mensuração incompatível com retorno advindo do conhecimento do indicador, ou seja, há um
grande empenho para calcular uma informação que não é posteriormente utilizada ou
adequadamente gerida.

Diante disso, registra-se a seguir uma avaliação individual de cada indicador anteriormente citado,
acompanhada de sugestões de manutenção, alteração, exclusão para cada um dos indicadores
requeridos pelo PMSB 2011, com atenção especial aqueles que não têm surtido o efeito a que se

15 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
propõe a própria definição do Plano “permitir uma avaliação simples e objetiva do desempenho do
serviço”.

 Índice de Cobertura dos Serviços de Abastecimento (ICSA)

A fórmula adotada para a apuração do ICSA é expressa pela equação:

ICSA = Nº de habitantes atendidos pelos serviços de abastecimento de água x 100 (%)


Número Total de Habitantes

De uma maneira geral este indicador funciona de forma adequada e deve ser mantido
necessitando, entretanto, ajustes periódicos (mensais) para a sua apuração, pois não
existe divulgação do número total de habitantes pelos órgãos oficiais. Assim, a sua
apuração é realizada de forma indireta, a partir do número de economias residenciais
ativas atendidas.

Para a obtenção da população atendida, multiplica-se o número de economias


residenciais atendidas por uma taxa de ocupação de habitantes/domicílio (estimada), que
deve ser constantemente corrigida sob pena de obtenção de valores superiores a 100%
de atendimento.

Sugere-se que para este indicador, a ARSEC estabeleça nova instrução normativa
especifica, a partir das informações mensais da concessionária, definindo exatamente a
forma de apuração e as correções e ajustes permitidos, tais como: a consideração ou não
de economias (e/ou ligações) ativas cortadas etc.

 Índice de Perdas Reais (IPR)

A maneira de apuração está adequada e, de forma geral, deve ser mantida (para a
totalidade dos sistemas de cada distrito), sugerindo-se que a apuração individual por
sistema produtor só passe a ser exigida a partir da próxima revisão do PMSB, prevista
para 2022, sendo este prazo necessário e suficiente para a implantação e delimitação
dos sistemas produtores conforme proposta do PDA, recentemente elaborado.

16 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
A fórmula adotada para a apuração do IPR é expressa pela equação:

IPR = (Volume Produzido - Volume de Serviços) - Volume Consumido x 100 (%)


Volume Produzido - Volume de Serviços

Considerando que o nível de perdas de água constitui um índice relevante para medir a
eficiência dos prestadores em atividades como distribuição, planejamento, investimentos
e manutenção do sistema, nessa revisão sugere-se que para apuração dos volumes seja
utilizada a metodologia proposta pela International Water Association (IWA), que é
baseada em uma matriz onde são considerados os processos pelos quais a água pode
passar desde o momento de entrada no sistema (balanço hídrico).

Assim sendo, a fórmula para o cálculo deste indicador pode ser reescrita de forma
simplificada conforme equação abaixo:

IPR = Volume produzido disponibilizado no sistema - Volume Consumido x 100 (%)


Volume produzido disponibilizado no sistema

O balanço hídrico tem como parâmetro inicial o volume produzido disponibilizado no


sistema, o qual, no processo de distribuição, pode ser classificado como consumo
autorizado ou perdas. O consumo autorizado faz referência ao volume consumido por
clientes medidos ou não, e as perdas correspondem à diferença entre o volume produzido
disponibilizado no sistema e o consumo autorizado.

No volume disponibilizado no sistema deve ser descontado o volume de água gasto para
a execução de serviços (volume de serviços) como descargas de rede, limpeza de
reservatórios e outros, desde que devidamente mensurados e comprovados.

Sugere-se ainda a apuração indicador “Índice de Perdas” por sistema produtor de água a
partir da próxima revisão do PMSB prevista para 2022, sendo este prazo necessário e
suficiente para a implantação, delimitação e finalização do processo de setorização dos
sistemas conforme proposta do PDA, recentemente apresentado pela Concessionária.

17 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
 Índice de Hidrometração (IH)

A fórmula adotada para a apuração do IH é expressa pela equação:

IH = Número total de ligações com hidrômetro x 100 (%)


Número total de ligações

O Índice de Hidrometração avalia a relação entre as ligações ativas hidrometradas e as


ligações ativas totais (hidrometradas e não hidrometradas). A forma de apuração deste
indicador está adequada e deve ser mantida.

 Índice de Substituição de Redes de Abastecimento (ISRA)

Na avaliação realizada constatou-se que este indicador não tem agregado eficiência ao
processo, devido à sua forma de apuração. A fórmula de cálculo para este indicador se
encontra demonstrada a seguir:

ISRA = Extensão de rede substituída x 100 (%)


Extensão total de rede

As metas definidas para o ISRA foram separadas nos três sistemas e se mantiveram em
0% nos três anos iniciais, ficando em 1% até o fim do projeto nos sistemas 2 e 3, enquanto
que no sistema 1 varia de 2% a 5% dos anos 4 a 7, estabilizando em 1% como nos demais
sistemas a partir do ano 8.

A análise crítica consensual à forma de apuração do indicador se dá pelo fato de que,


operacionalmente, mensurar a troca de rede com relação ao total de rede existente não
permite avaliar se o serviço está sendo prestado com eficiência nem com eficácia, já que
parte do princípio de que as novas redes a serem construídas serão implementadas com
qualidade. A troca constante de 1% do total contabilizará um volume que não tem
necessidade de ser trocado. O ideal seria que houvesse um estabelecimento de métricas
lineares, no caso, extensão de rede a ser substituída, partindo-se da identificação da
quantidade de rede que necessitasse de troca.

18 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Sugere-se a alteração da forma de cálculo, a partir da definição na base cadastral de um
volume fixo relativo a real necessidade de substituição, que inclui entre outras, aquelas
inerentes às tubulações com diâmetro insuficiente, cimento amianto, danificadas, fora do
padrão etc.

As metas para a total realização desta atividade podem ser estipuladas de forma
progressiva em um período de, por exemplo, 10 anos.

 Índice de Substituição de Hidrometração (ISH)

A fórmula adotada para a apuração do IH é expressa pela equação:

IH = Número total de ligações com hidrômetro x 100 (%)


Número Total de ligações

A maneira de apuração deste indicador está adequada e deve ser mantida. Com relação
às metas estabelecidas no PMSB para o ISH para cada um dos sistemas, verifica-se que
se iniciam em 0% passando-se a 10% e 15% de forma progressiva, reduzindo-se a 10%
a partir do ano 2023.

O significado prático dessa meta do PMSB 2011 é que, a partir do ano 2023, a idade
média do parque de hidrômetros seja estabelecida em 10 anos de vida útil. Muitos autores
e estudiosos de processos de recuperação de perdas sugerem que a vida útil do
hidrômetro seja estabelecida de forma a não ultrapassar 4 (25%) ou 5 (20%) anos. Para
a presente revisão estabeleceu-se como meta uma idade média intermediária de 7 anos
(14,28%), mantendo-se a forma de apuração.

Sugere-se que a ARSEC estabeleça instrução normativa, delimitando o percentual


máximo de vida útil como nova meta, mantendo a forma de apuração dos indicadores,
bem como o modelo de relatório gerencial mensal a ser preenchido, contendo os diversos
fatores necessários a verificação do cumprimento das metas tais como: matrículas;
número de hidrômetros; marca; modelo; capacidade, etc.

19 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
 Índice de Substituição de Ligações Água (ISLA)

O PMSB 2011 cita o indicador de índice de substituição de ligações de água (ISLA),


apresentando inclusive tabela de metas de 1% a partir do quarto ano por sistema de
abastecimento, entretanto não apresenta a fórmula de cálculo paramétrico para a sua
apuração. A sua apuração efetiva é realizada com critério semelhante ao de rede de
distribuição de água. Na avaliação do indicador valem aqui as mesmas observações já
registradas no ISRA.

Sugere-se que o indicador deixe de ser avaliado, entretanto, a ARSEC, desejando mantê-
lo, deve estabelecer nova instrução normativa com a redefinição de metas e incluindo
dados a partir da base cadastral com metas fixas (e não percentuais) a serem atingidas
em um período de 10 anos, por exemplo.

 Índice de Qualidade de Água (IQA)

A fórmula adotada para a apuração do IQA é expressa pela equação:

IQA = Quantidades de Amostra de Turbidez e Cloro Residual fora do Padrão x 100 (%)
Quantidade total de Amostras de Turbidez e Cloro Residual

O quadro de metas constante do PMSB 2011 estabelece como 99% o percentual mínimo
a ser atingido nos três sistemas considerados em todo o período de planejamento.

A avaliação do indicador constatou uma incoerência entra a fórmula de apuração e as


metas estabelecidas, sendo que o correto seria a fórmula expressar a palavra “dentro”,
no lugar da palavra “fora”.

O indicador refere-se apenas aos parâmetros físico-químicos de turbidez e cloro residual


livre, sendo desejável que fossem incorporados na sua apuração os parâmetros físico-
químicos de cor, turbidez, cloro residual, pH e flúor; e os parâmetros bacteriológicos de
coliformes fecais e totais, a partir das necessidades estabelecidas no Plano de
Amostragem (renovado anualmente), apresentado pela concessionária.

20 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
A partir dessa avaliação sugere-se que o IQA passe a adotar a seguinte equação:

IQA = Quantidades de Amostra dentro do Padrão x 100 (%)


Quantidade Total de Amostras

A quantidade total de amostras considera o total de análise realizada mensalmente para


os parâmetros de turbidez, cor, pH, cloro residual livre, flúor, coliformes fecais e coliformes
totais, na saída dos sistemas de produção e na rede de distribuição.

A quantidade de amostras dentro do padrão, considera o total de análise realizada


mensalmente, para os parâmetros citados anteriormente, que atendem aos padrões de
potabilidade estabelecidos na Portaria de Consolidação N. 5 do Ministério da Saúde
(antiga Portaria 2914 MS).

Ainda quanto a verificação do cumprimento do IQA, faz-se necessário verificar se a


concessionária está atendendo o número mínimo de análise, estabelecido pela citada
Portaria e registrado anualmente através de Plano de Amostragem.

A avaliação e a sugestão aqui mencionadas foram objeto de reunião registrada em ATA


de 23/11/2017, entre a ARSEC e a concessionária. Assim, o cálculo do indicador deve
considerar os percentuais mínimos de aceitação estabelecidos para cada um dos
parâmetros especificados na legislação.

 Índice de Continuidade de Abastecimento (ICA)

Entre os indicadores qualitativos do sistema de abastecimento de água, sugere-se a


modificação do indicador de continuidade do abastecimento (ICA), pois atualmente, é
calculado conforme a equação:

ICA = NRFA x 100 (%)


NLA

21 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
onde:
NRFA - n° de reclamações de falta de água justificadas (exclui, por exemplo, reclamações
de clientes cortados por falta de pagamento);
NLA - n° de ligações de água.

Com base na prática recorrente em outros municípios e, no princípio do incremento de


eficácia dos processos, propõe-se a modificação do cálculo da continuidade para que
seja função da pressão constatada, e mesmo da ausência de sazonalidade do
abastecimento, e não da reclamação dos usuários, uma vez que elimina-se a
necessidade de processar previamente a informação que será utilizada no cálculo, já que
reclamações de usuários cortados por falta de pagamento não são consideradas na
apuração do indicador. Com a mensuração do ICA a partir da pressão e da ausência de
sazonalidade, a garantia de que este reflita a continuidade de abastecimento é muito
maior, e, elimina-se também, possíveis problemas internos referentes à ligação e que não
são responsabilidade do operador, logo ele não é penalizado por conta disso.

A sugestão é que o índice de continuidade seja calculado a partir da constatação do


período em que os pontos amostrados apresentem pressão igual ou superior a 10 mca,
não ultrapassando os 50 mca como recomenda a NBR 12.218/1994, conforme a seguinte
equação:

ICA = ∑ TPM10 / ∑ TMA

Onde:
ICA - índice de continuidade do abastecimento de água, em porcentagem (%);
TPM10 - tempo com pressão maior que 10 (dez) metros de coluna d'água. É o tempo
total, medido em horas, dentro do período de apuração, durante o qual um determinado
verificador de pressão registrou valores iguais ou maiores que 10 (dez) metros de coluna
d'água;
TMA - tempo médio da apuração, que é o tempo em horas decorrido entre o início e o
término do período de apuração.

Sugere-se que a avaliação seja feita diariamente e o indicador médio obtido com
periodicidade mensal.
22 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
O número de pontos de tomada de pressão poderá ser indicado pelo Regulador, ou em
conjunto com a concessionária, através do Centro de Controle Operacional - CCO da
concessionária, com visualização remota pela ARSEC e monitoramento da malha de
distribuição com pontos definidos por área de atendimento, a partir de simulações
hidráulicas.

 Índice de Reservação (IR)

Em relação ao Índice de Reservação (IR), a avaliação diz respeito à metodologia e à


necessidade de mensuração atual do indicador.

É certo que seja fundamental acompanhar a disponibilidade de reservação, uma vez que
são itens indispensáveis à segurança operacional, entretanto, questiona-se o fato de que
o cálculo do IR se dê de acordo com a seguinte fórmula:

IR = Volume total de reservação x 100 (%)


Volume diário produzido

A proposta para o cálculo do IR é que este seja função da demanda, para projetos de
reservatórios, como recomenda a NBR 12.217/1994, a qual, em seu item 5.1.2,
recomenda que o volume atenda às variações de consumo diário, ou seja, para a
segurança operacional, considerando adução contínua, o reservatório deve suprir a
demanda do dia de maior consumo durante 8 horas, ou seja 1/3 da demanda do dia de
maior consumo (1,2 a mais do que o consumo normal verificado), isto posto, sugere-se
que o IR seja calculado como a fórmula a seguir:

IR = Volume total de reservação


Volume máximo diário produzido

IR ≥ 33%

Eventualmente, caso sejam identificados padrões de enchimento e esvaziamento


distintos nos reservatórios, esse período de 8h poderá ser ajustado.

23 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Em relação à questão da necessidade, o que se questiona é se, na atual conjuntura da
prestação do serviço, o conhecimento do nível de reservação tem melhorado a operação
ou não. Supõe-se que há problemáticas mais expressivas que poderiam ser priorizadas,
deixando o indicador da reservação para um período posterior à adequação de itens que
de fato interferem na qualidade do serviço prestado e, que, portanto, quando gerenciados
indicam áreas nas quais a intervenção surtirá efetivo efeito.

Apenas para registro, destaca-se que o TAC firmado com o 2º Termo Aditivo do Contrato
de Concessão estabeleceu metas de incremento de reservação diferentes das
originalmente constantes do Edital e Contrato. Embora os números finais superem como
um todo as necessidades globais de reservação de Cuiabá, sugere-se que a partir da
próxima atualização do PMSB (prevista para 2022), o monitoramento dos indicadores de
reservação passe a ser realizado por sistemas, conforme definido no PDA em fase de
aprovação/conclusão.

 Índice de Cobertura dos Serviços de Abastecimento (ICSE)

A fórmula adotada para a apuração do ICSE é expressa pela equação:

ICSE = Nº de habitantes atendidos pelos serviços de esgotamento sanitário x 100 (%)


Número Total de Habitantes

De uma maneira geral, este indicador funciona de forma adequada e deve ser mantido,
necessitando, entretanto, de ajustes periódicos (mensais) para a sua apuração, pois
inexiste divulgação do número total de habitantes pelos órgãos oficiais. Sendo assim, a
sua apuração é realizada de forma indireta a partir do número de economias residenciais
ativas atendidas.

Para a obtenção da população atendida, multiplica-se o número de economias


residenciais atendidas por uma taxa de ocupação de habitantes/domicílio (estimada), que
deve ser constantemente corrigida sob pena de obtenção de valores superiores a 100%
de atendimento.

24 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Sugere-se que, para este indicador, a ARSEC estabeleça nova instrução normativa
específica a partir das informações mensais da concessionária, definindo exatamente a
forma de apuração e as correções e ajustes permitidos, tais como a consideração ou não
de economias (e/ou ligações) ativas cortadas etc.

Importante que para a apuração deste indicador estejam inclusos os imóveis/ligações


cuja rede de esgotamento sanitário já esteja disponibilizada pelo concessionário,
independente da conexão física ao sistema por parte do cliente.

 Índice de Incremento de Tratamento (IIT)

Quanto aos indicadores do sistema de esgotamento sanitário, incialmente, sugere-se a


modificação da nomenclatura do indicador quantitativo “índice de incremento de
tratamento (IIT)”, a metodologia de cálculo é:

IIT = Volume de Esgoto tratado x 100 (%)


Volume de esgoto coletado

Assim sendo, o mais coerente não é tratar tal indicador como “incremento”, mas sim como
“índice de tratamento”, até porque as próprias metas estipuladas não dizem respeito aos
acréscimos relativos ao ano anterior, mas sim marcos a serem atingidos. Diante disto, a
sugestão é que o indicador seja nomeado como índice de tratamento de esgoto (ITE).

Para acompanhamento da evolução dos sistemas, é importante conhecer e disponibilizar


à população as informações: (a) índice de cobertura ou coleta; (b) índice de tratamento
(que se refere aos volumes coletados) e (c) índice de tratamento total (referindo-se ao
percentual de esgoto tratado em relação a população urbana total).

 Índice de Substituição de Redes de Esgoto (ISRE)

As metas definidas para o ISRE no PMSB 2011 foram separadas nos cinco sistemas e
se mantiveram variando entre 0% e 1% no período.

25 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Da mesma forma que o ISRA, a análise crítica consensual à forma de apuração do
indicador se dá pelo fato de que operacionalmente, mensurar a troca de rede com relação
ao total de rede existente, não permite avaliar se o serviço está sendo prestado com
eficiência nem com eficácia, já que, partindo-se do princípio de que as novas redes a
serem construídas serão implementadas com qualidade, a troca constante de 1% do total
contabilizará um montante que não tem necessidade de ser trocado.

O ideal seria que houvesse um estabelecimento de métricas lineares, no caso, extensão


de rede a ser substituída partindo-se da identificação da quantidade de rede que
necessitasse de troca.

Sugere-se a alteração da forma de cálculo, a partir da definição na base cadastral de um


quantitativo fixo relativo a real necessidade de substituição, que inclui entre outras,
aquelas inerentes a tubulações com diâmetro insuficiente, fora do padrão, etc.

As metas para a total realização desta atividade poderão ser estipuladas de forma
progressiva em um período de 10 anos (por exemplo).

A mesma lógica explanada na sugestão de eliminação do monitoramento do ISRA se


aplica ao “Índice de substituição de redes coletoras (ISRE)”. Sugere-se o estabelecimento
de um volume físico de redes a ser substituído ao invés de um percentual relativo às
redes existentes.

 Índice de Substituição de Ligações de Esgoto (ISLE)

Outro indicador de meta quantitativa para o sistema de esgotamento sanitário é o “Índice


de substituição de ligações (ISLE)”, entretanto, tal indicador, que consta da Tabela 67 no
PMSB 2011 durante a descrição de sua metodologia de cálculo, apresenta a equação do
ISRE com o nome de ISRA, não informando então, a forma de mensurar o ISLE. Mesmo
assim, a sugestão é de não empenhar esforço nesse indicador.

Sugere-se que o indicador deixe de ser avaliado, entretanto, a ARSEC, desejando mantê-
lo, deve estabelecer nova instrução normativa com a redefinição de metas e incluindo

26 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
dados a partir da base cadastral com metas fixas (e não percentuais) a serem atingidas
em um período de 10 anos, por exemplo.

 Índice de Qualidade de Esgoto (IQE)

Da mesma forma como avaliado no IQA, o indicador de qualidade de esgoto (IQE) não
apresenta coerência entre a sua fórmula de apuração e a meta estabelecida no PMSB
2011. O IQE é calculado a partir da porcentagem de amostras de DBO fora do padrão,
com relação ao total de amostras medido, e a meta é de que o IQE seja de 80%, assim
sendo, está estipulando que 80% das amostras estarão fora do padrão, logo, é necessário
que o indicador passe a ser:

IQE = Quantidade de Amostras com DBO dentro do Padrão x 100


Quantidade total de amostras de DBO

 Índice de Obstrução de Ramais Domiciliares (IORD)

A avaliação prática do indicador de obstruções de ramais domiciliares (IORD) constatou


que ele não agrega avaliação de eficiência e eficácia do sistema em virtude de serem
calculados a partir apenas de solicitações dos usuários, então, não dizem respeito
diretamente à qualidade do serviço prestado pela concessionária considerando as
necessidades operacionais.

Sugere-se a sua eliminação, deixando para ser calculado a partir da próxima revisão do
PMSB (2022), com as necessárias alterações em sua fórmula de apuração.

 Índice de Obstrução de Redes Coletoras (IORC)

A avaliação prática do indicador de obstruções de redes coletoras (IORC) constatou que


ele não agrega avaliação de eficiência e eficácia do sistema em virtude de calculado a
partir apenas de solicitações dos usuários, então, não diz respeito diretamente à
qualidade do serviço prestado pela concessionária, considerando as necessidades
operacionais.

27 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Sugere-se alteração na forma de apuração, a exemplo daquela realizada para o indicador
IN082 - Extravasamentos de esgotos por extensão de rede coletora do SNIS, que é
apurado a partir da seguinte fórmula:

Extravasamentos de esgotos = Quantidade de extravasamentos esgotos mensais registrados


Extensão de redes de esgotos

A meta de evolução dessa nova fórmula de cálculo deve ser estabelecida de comum
acordo entre a agência reguladora e a concessionária, de forma a registrar
adequadamente a evolução da prestação dos serviços.

 Índice de Eficiência na Prestação dos Serviços de Atendimento ao Público (IESAP)

Os indicadores gerenciais são importantes para que a administração e fiscalização


possam avaliar a qualidade do serviço prestado, ainda que este não seja um serviço-fim.
Entre os itens atualmente mensurados, o Índice de Eficiência na Prestação do Serviço e
no Atendimento ao Público - IESAP considera três fatores de composição: prazos de
atendimento de serviço; disponibilização de estrutura; e adequação de infraestrutura do
prédio.

Entende-se que a nível de eficiência o mais prático seria o acompanhamento prioritário


do Fator 1, o qual diz respeito à prestação do serviço e pode então fornecer um panorama
de quão rápido a concessionária resolve as solicitações, mas mesmo assim, com uma
atribuição de pesos a cada item do fator de modo a compatibilizar a relevância de cada
solicitação frente ao prazo e complexidade de resolução.

Neste sentido, sugere-se que a ARSEC, através de Instrução Normativa e/ou Resolução
própria, estabeleça pesos para apuração de cada item de serviço para atendimento de
prazo, conforme sugestão apresentada na Tabela 3.1.1.1, a seguir.

28 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Tabela 3.1.1.1
Avaliação do Fator 1 do IESAP
Item Serviço Unidade Prazo Peso (%) Total Ocorrências Atendidas no Prazo Avaliação
1 Ligação de água dias uteis 5 10
2 Reparo de vazamentos na rede ou ramais de água horas 24 10
3 Falta d'água local ou geral horas 24 15
4 Ligação de esgoto dias uteis 5 10
5 Desobstrução de redes e ramais de esgotos horas 24 10
6 Ocorrências relativas à ausência ou má qualidade da pavimentação dias uteis 5 10
7 Verificação da qualidade da água horas 12 15
8 Restabelecimento do fornecimento de água horas 24 15
9 Ocorrências de caráter comercial horas 24 5
Avaliação no período do Fator 1
Elaboração: FGV.

29 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo, copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Os Fatores 2 e 3 da avaliação do IESAP podem ser mantidos conforme a configuração
atual, inclusive a formula final de apuração do IESAP, que se traduz através da equação:

IESAP = 5. (Valor Fator 1) + 3. (Valor Fator 2) + 2. (Fator 3)

 Índice do Nível de Cortesia e de Qualidade Percebida pelos Usuários na Prestação


dos Serviços - INDICE DE SATISFAÇÃO DO CLIENTE (ISC)

Como o Indicador do Nível de Cortesia e de Qualidade Percebida Pelos Usuários na


Prestação do Serviço é realizado por empresa independente, pode continuar sendo
realizado, já que não implica um esforço por parte da concessionária, a qual apenas
fornece os dados que possam vir a compor a amostra da pesquisa, ficando a cargo da
empresa terceirizada realizar o contato com os usuários. Portanto, ocorre apenas
dispêndio financeiro por parte do concessionário e o resultado apresentado tende a ser
imparcial e então fidedigno.

30 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
4. Mecanismos e Procedimentos para Compatibilização com Outras
Políticas de Desenvolvimento Urbano

O sucesso do PMSB só será possível diante da relação harmônica e concisa entre o Plano Diretor
de Ordenamento Territorial, da Lei Orgânica do Município, do Plano Estadual de Recursos Hídricos
e demais políticas que porventura venham surgir ou que tenham como objetivo o desenvolvimento
sustentável da cidade, juntamente com uma interface do poder público e a sociedade civil.

O PMSB deve ser atualizado levando em conta aspectos das políticas de desenvolvimento urbano
citadas, principalmente na projeção populacional utilizada. Além disso, estudos, propostas e
diversas informações contidas nessas políticas podem subsidiar tal atualização de forma que haja
tal relação harmônica entre esses diferentes documentos.

No entanto, essa harmonia deverá ser mantida na ocasião das revisões das diferentes políticas
públicas, através da proposta de que essas futuras revisões sejam feitas levando em conta as
informações e metas do PMSB 2018, com o intuito de manter essa harmonia e impedir que políticas
públicas não levem em conta todos os aspectos existentes, entre eles o saneamento.

Um programa que atualmente o Município já vem participando por meio de sua Agência
Reguladora é o Projeto Acertar do Ministério das Cidades/ABAR, cujo objetivo é desenvolver
metodologias para certificação de informações do Sistema Nacional de Informações sobre
Saneamento (SNIS).

A metodologia de aplicação do projeto consiste em cinco etapas:

1) Mapeamento dos processos;


2) Identificação dos riscos;
3) Avaliação de confiança;
4) Avaliação de exatidão; e
5) Certificação das informações.

Essas etapas, quando atendidas, permitem que as atividades sejam identificadas bem como as
inter-relações entre elas (Etapa 1), a partir dessa identificação busca-se compreender os fatores
31 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
que podem impactar negativamente o negócio da prestadora de serviço (Etapa 2), e que se
materializados irão interferir nos indicadores, logo, a intenção dessa etapa é justamente evitar que
os riscos se tornem impactos.

Com a definição e aplicação de testes de controle (Etapa 3), pretende-se constatar se os


indicadores utilizados estão produzindo informações confiáveis e essenciais ou se o empenho
aplicado está sendo em vão.

Para constatar se as informações declaradas pelo prestador ao SNIS são verídicas, a Etapa 4
pretende definir e aplicar testes substantivos para, no fim, na Etapa 5 avaliar a qualidade dessas
informações quanto a confiança e exatidão.

Isto posto, a partir do cumprimento de cada uma dessas etapas, o Projeto sugere que sejam
inicialmente controlados 10 indicadores, passando posteriormente para 16, como apresentado no
Quadro 4.1, devendo e podendo ser ampliado em 2 ou 4 anos.

Quadro 4.1
Grupo Padrão de Indicadores
Dimensões Grupo Padrão de Indicadores
Índice de Índice de atendimento urbano de esgoto Índice de
Universalização atendimento referido aos municípios atendidos com tratamento de
urbano de água água esgoto
Incidência das análises de coliformes Extravasamentos de esgotos por extensão
Qualidade
totais fora do padrão de rede
Despesa média Despesa de
Índice de Índice de
anual por exploração por m³
hidrometração macromedição
empregado faturado
Eficiência
Índice de despesas por consumo de Índice de
Índice de perdas na
energia elétrica nos sistemas de água e produtividade de
distribuição
esgotos pessoal total
Econômico-
Margem da despesa de exploração
Financeiro
Densidade de economias de água por Extensão da rede de Consumo médio de
Contexto
ligação água por ligação água por economia
Elaboração: FGV

Dos itens que constam no Quadro 4.1, já são mensurados os que estão destacados no Quadro 4.2,
e os que ainda não são têm sua metodologia de cálculo apresentada no Quadro 4.3 adiante.

32 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Quadro 4.2
Grupo Padrão de Indicadores Atualmente Mensurados
Dimensões Grupo Padrão de Indicadores
Índice de Índice de atendimento urbano de esgoto Índice de
Universalização atendimento referido aos municípios atendidos com tratamento de
urbano de água água esgoto
Incidência das análises de coliformes Extravasamentos de esgotos por extensão
Qualidade
totais fora do padrão de rede
Despesa média Despesa de
Índice de Índice de
anual por exploração por m³
hidrometração macromedição
empregado faturado
Eficiência
Índice de despesas por consumo de Índice de
Índice de perdas na
energia elétrica nos sistemas de água e produtividade de
distribuição
esgotos pessoal total
Econômico-
Margem da despesa de exploração
Financeiro
Densidade de economias de água por Extensão da rede de Consumo médio de
Contexto
ligação água por ligação água por economia
Elaboração: FGV.

Quadro 4.3
Metodologia de Cálculo dos Indicadores do Grupo Padrão de Indicadores ainda não
Mensurados
Grupo Padrão de
Dimensões Metodologia de Cálculo
Indicadores
Extravasamentos de
Quantidades de extravasamentos de esgotos
Qualidade esgotos por extensão
Extensão da rede de esgotos
de rede

Despesa média anual Despesa com pessoal próprio


por empregado Quantidade total de empregados próprios

Índice de Volume de água macro medido * 100


macromedição Volume de água produzido

Despesa de
______________Despesas de Exploração______________
exploração por m³
(Volume de água faturado + Volume de esgoto faturado)
faturado
Eficiência
(Quantidade de ligações ativas de água + Quantidade de ligações
Índice de
ativas de esgoto)
produtividade de
____________________________________________________
pessoal total
Quantidade de pessoal total
Índice de despesas
por consumo de ________________Despesa com energia elétrica____________
energia elétrica nos (Consumo total de energia elétrica no sistema de água + Consumo
sistemas de água e total de energia elétrica no sistema de esgotos)
esgotos
33 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Grupo Padrão de
Dimensões Metodologia de Cálculo
Indicadores

Econômico- Margem da despesa Despesas de Exploração


Financeiro de exploração Receitas

Densidade de
Quantidade de economias ativas de água
economias de água
Quantidade de ligações ativas de água
por ligação

Extensão da rede de ______Extensão da rede de água______


Contexto
água por ligação Quantidade de ligações totais de água

Consumo médio de _______Volume de água consumido_____


água por economia Quantidade de economias ativas de água
Elaboração: FGV.

Assim sendo, a recomendação é que os indicadores utilizados no contrato sejam esses


apresentados pelo Projeto ACERTAR, compatibilizando-os de modo que o processo de controle
seja otimizado.

34 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
5. Mecanismos de Representação da Sociedade para o
Acompanhamento, Monitoramento e Avaliação dos Indicadores

Segundo os princípios fundamentais da Lei Federal nº 11.445, de 5 de janeiro de 2007, o PMSB


deve ter um conjunto de mecanismos e procedimentos que garantam à sociedade informações e
participação nos processos relacionados aos serviços públicos de saneamento básico. A mesma
Lei também garante a participação da sociedade no processo de revisão dos planos.

A representação da sociedade, portanto, na gestão do saneamento básico, além de fundamental,


possui garantias legais, com direito de participação desde a elaboração do Plano, a implementação,
o monitoramento e a fiscalização das ações.

A Resolução Recomendada nº 75, de 02 de julho de 2009, do Conselho das Cidades também


informa quanto à relevância da participação social. De acordo com o artigo 2:

Art. 2º. O Titular dos Serviços, por meio de legislação específica, deve estabelecer
a respectiva Política de Saneamento Básico, que deve contemplar:
[...]
VIII. o estabelecimento dos instrumentos e mecanismos de participação e controle
social na gestão da política de saneamento básico, ou seja, nas atividades de
planejamento e regulação, fiscalização dos serviços na forma de conselhos das
cidades ou similar, com caráter deliberativo; (BRASIL, 2009a).

Já o seu art. 3º, estabelece em seu item I:

Art. 3º. A definição do processo participativo na formulação da Política e na


elaboração e revisão do Plano, bem como os mecanismos de controle social na
gestão deverão:
I. estabelecer os mecanismos e procedimentos para a garantia da efetiva
participação da sociedade, tanto no processo da formulação da Política e de
elaboração e revisão do Plano de Saneamento Básico em todas as etapas, inclusive
o diagnóstico, quanto no Controle Social, em todas as funções de Gestão; (BRASIL,
2009a).

A sociedade civil organizada, assim como todo e qualquer cidadão, podem participar dos processos
por meio da constituição do órgão colegiado, audiências públicas, consultas públicas e
conferências, agindo no planejamento de ações, na cobrança de investimentos necessários, no
monitoramento, na fiscalização das ações, etc.

35 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
É importante também a participação das instituições acadêmicas, no sentido de aportar
conhecimento técnico-científico e unificá-las às demandas populares. O setor privado deverá
contribuir, principalmente com ações de responsabilidade socioambiental, interagindo com o Poder
Público e com a sociedade civil organizada.

A participação dos diversos setores é assegurada pelo Art. 47 da Lei Federal nº 11.445/2007, que
estabelece:

CAPÍTULO VIII

DA PARTICIPAÇÃO DE ÓRGÃOS COLEGIADOS NO CONTROLE SOCIAL


Art. 47. O controle social dos serviços públicos de saneamento básico poderá incluir
a participação de órgãos colegiados de caráter consultivo, estaduais, do Distrito
Federal e municipais, assegurada a representação:
I - dos titulares dos serviços;
II - de órgãos governamentais relacionados ao setor de saneamento básico;
III - dos prestadores de serviços públicos de saneamento básico;
IV - dos usuários de serviços de saneamento básico;
V - de entidades técnicas, organizações da sociedade civil e de defesa do
consumidor relacionadas ao setor de saneamento básico.
§ 1º As funções e competências dos órgãos colegiados a que se refere o caput
deste artigo poderão ser exercidas por órgãos colegiados já existentes, com as
devidas adaptações das leis que os criaram (BRASIL, 2007).

Segundo o Ministérios das Cidades (BRASIL, 2011), os princípios para a promoção da participação
social são:

Quadro 5.1
Princípios para a Promoção da Participação Social
Deve ser abandonada a visão setorial e fragmentada presente no fazer do
Transversalidade e saneamento, para que a intersetorialidade e a transdisciplinaridade possa ser
intersetorialidade incorporada. Deve-se, ainda, promover a integração das dimensões presentes na
promoção da qualidade de vida e da saúde da população com as sanitárias.
Deve-se facilitar o acesso à informação e a participação na definição das
prioridades, na gestão dos serviços e aplicação dos recursos. Para o
Transparência e
estabelecimento do diálogo, devem ser consideradas as especificidades regionais,
diálogo
étnicas, culturais, sociais e econômicas, de forma a promover a decodificação e a
ressignificação dos conceitos e práticas sociais coletivas.
As ações devem ser pautadas de forma a estimular a reflexão crítica dos sujeitos
Emancipação e
sociais, fortalecendo sua autonomia, sua liberdade de expressão e contribuindo
democracia
para a qualificação e ampliação de sua participação nas decisões políticas.
As ações de mobilização devem reconhecer a pluralidade e a diversidade nos
meios natural, social, econômico e cultural. Devem ser respeitados os saberes,
Tolerância e
papéis, ritmos, valores e dinâmicas dos sujeitos envolvidos, buscando ampliar a
respeito
participação e o acolhimento das diferenças, a fim de atribuir legitimidade aos
consensos construídos coletivamente.
Fonte: Brasil, 2007 apud Brasil (2011).
36 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
O Ministério das Cidades ainda recomenda a necessidade de investimentos das instituições
promotoras com vistas a adoção de novas práticas que privilegiem o interesse coletivo acima do
individual. É recomendada, ainda, uma série de ações para buscar a participação social no
desenvolvimento, acompanhamento, monitoramento e avaliação do PMSB 2018, destacando-se:

 Realizar planejamento para organizar e pactuar os principais eixos, objetivos e recursos


com os atores institucionais e sociais envolvidos;
 Promover ações de sensibilização dos técnicos sobre a importância do PMSB 2018 e sua
realização mediante metodologias participativas;
 Realizar investimentos para a qualificação/capacitação técnica;
 Estimular a construção de parcerias baseadas na responsabilidade e poder
compartilhado;
 Elaborar e disponibilizar documentos e informações sistematizadas, construídas com
linguagem acessível e clara para a maioria;
 Estimular a disposição para o diálogo e a necessária tradução do saber técnico e saber
popular por meio de reuniões sistemáticas, oficinas de trabalho, etc.;
 Estimular a participação também por meio de audiências públicas, atividades de
consultas populares, como assembleias, fóruns, reuniões comunitárias, comissões de
acompanhamento, por meio de atividades de capacitação e da participação em
conferências e conselhos;
 Considerar as condições e realidades locais de forma a dar sentido de pertencimento;
 Promover a divulgação da programação das atividades do PMSB utilizando-se os meios
de comunicação disponíveis na localidade, com linguagem clara e acessíveis;
 Estimular e viabilizar a inclusão de grupos específicos - mulheres, portadores de
necessidades especiais e crianças (BRASIL, 2011).

Também é de suma importância, após a atualização e aprovação por lei ou decreto do PMSB 2018,
ser instituído um modelo de acompanhamento através de instrumentos de avaliação e
monitoramento, sendo que atualmente a ARSEC já promove diversas ações que objetivam garantir
a participação social no acompanhamento e fiscalização dos serviços, merecendo destaque a
atuação de seu CONSELHO PARTICIPATIVO com ampla participação da sociedade civil
organizada. Outras medidas de acompanhamento que se podem detalhar são:

 Instrumentos de Controle Social


37 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Os instrumentos de controle social podem ser resumidos conforme Figura 5.1, sendo
seus elementos explicados posteriormente.

Figura 5.1
Instrumentos de Controle Social

 Conselho Municipal de Saneamento

Atualmente, o órgão colegiado de controle social dos serviços públicos de saneamento é


o Conselho Participativo da Agência Municipal de Regulação - ARSEC. Esse Conselho é
uma comissão externa, composta por individualidades de reconhecido mérito, por
representantes de entidades contempladas conforme o disposto do art. 7º da Lei
Complementar n° 381 de 2015.

Art. 7° O Conselho Participativo, órgão superior de representação e participação da


sociedade na ARSEC, exercerá o controle social dos serviços públicos de
abastecimento de água, de esgotamento sanitário, de manejo, tratamento e
destinação final de resíduos sólidos, de transporte coletivo urbano, de iluminação
pública, dentre outros serviços públicos, e será composto de 26 (vinte e seis)
membros, para mandatos de 03 (três) anos, com as seguintes origens.
I - o Diretor Presidente da ARSEC;
II - 01(um) membro representante da Secretaria Municipal de Obras Públicas ou do
Órgão que vier a sucedê-la;
III - 01 (um) membro representante da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana
ou do Órgão que vier a sucedê-la;
IV - 01 (um) membro representante da Secretaria Municipal de Serviços Urbanos
ou do Órgão que vier a sucedê-la;

38 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
V - 01 (um) membro representante da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e
Desenvolvimento Urbano ou do Órgão que vier a sucedê-la;
VI - 01 (um) membro representante da Secretaria Municipal de Habitação e
Regularização Fundiária ou do Órgão que vier a sucedê-la;
VII - 01 (um) membro representante dos prestadores de serviços de abastecimento
de água e esgotamento;
VIII - 01 (um) membro representante dos prestadores de serviços de manejo,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos;
IX - 01 (um) membro representante dos prestadores de serviços de transporte
coletivo urbano;
X - 01 (um) membro representante dos prestadores de serviços de iluminação
pública;
XI - 01 (um) membro representante dos usuários dos serviços públicos delegados,
indicado pelo movimento comunitário;
XII - 01 (um) membro representante dos usuários dos serviços públicos delegados,
indicado pelo Poder Legislativo;
XIII - 01 (um) membro representante dos usuários dos serviços públicos delegados,
indicado pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Cuiabá - CDL;
XIV - 01 (um) membro representante dos usuários dos serviços públicos delegados,
indicado pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Mato Grosso;
XV - 01 (um) membro representante de entidade técnica, indicado pelo Conselho
Regional de Engenharia e Agronomia de Mato Grosso;
XVI - 01 (um) membro representante de entidade técnica, indicado pelo Conselho
de Arquitetura e Urbanismo de Mato Grosso;
XVII - 01 (um) membro representante do Sindicato das Indústrias da Construção
Civil do Estado de Mato Grosso;
XVIII - 01 (um) membro representante dos prestadores de serviços funerários;
XIX - 01 (um) membro representante dos trabalhadores ligados ao abastecimento
de água e esgotamento sanitário, indicado pelo sindicato da categoria;
XX - 01 (um) membro representante dos trabalhadores ligados de manejo,
tratamento e destinação final de resíduos sólidos, indicado pelo sindicato da
categoria;
XXI - 01 (um) membro representante dos trabalhadores ligados à prestação de
serviços de transporte coletivo urbano, indicado pelo sindicato da categoria;
XXII - 01 (um) membro representante dos trabalhadores ligados à prestação de
serviços de iluminação pública, indicado pelo sindicato da categoria;
XXIII - 01 (um) membro representante dos trabalhadores ligados à prestação de
serviços funerários;
XXIV - 01 (um) membro representante do Sindicato dos Trabalhadores nas
Indústrias da Construção Pesada e Afins de MT;
XXV - 01 (um) membro representante da Câmara Municipal de Cuiabá;
XXVI - 01 (um) membro representante do CRECI (Conselho Regional de Corretores
de Imóveis.

Os Conselhos provêm do princípio da participação comunitária, tendo origem em


experiências de caráter informal sustentadas por movimentos sociais. Os Conselhos têm
o intuito de se firmar como um espaço de cogestão entre o estado e a sociedade.

 Audiência Pública

39 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
A audiência pública normalmente ocorre de forma presencial e se destina a obter
manifestações e provocar debates em sessão pública, especificamente designada acerca
de determinada matéria. É considerada uma instância no processo de tomada da decisão
administrativa ou legislativa.

É através dela que o responsável pela decisão tem acesso, simultaneamente, e em


condições de igualdade, às mais variadas opiniões sobre a matéria debatida, em contato
direto com os interessados. Contudo, tais inferências não determinam a decisão, pois têm
caráter consultivo apenas, mas a autoridade, mesmo desobrigada a segui-las, deve
analisá-las a propósito de aceitá-las ou não.

 Consulta Pública

É o mecanismo que possibilita que o cidadão comum opine sobre questões técnicas,
utilizado por diversos órgãos da administração pública e por algumas entidades na
elaboração de projetos, resoluções ou na normatização de um determinado assunto.

 Conferência

A Conferência de Saneamento Básico poderá ser realizada a cada dois anos, servindo
para subsidiar a formulação da política e a revisão do PMSB. É uma forma eficaz de
mobilização, por permitir a democratização das decisões e o controle social da ação
pública.

 Instrumentos de Gestão

 Política Municipal de Saneamento Básico;


 Plano Municipal de Saneamento Básico;
 Fundo Municipal de Saneamento;
 Sistema Municipal de Informações sobre o Saneamento Básico;
 Instrumentos regulatórios setoriais e gerais da prestação dos serviços.

 Instrumentos de Avaliação

40 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
A fim de acompanhar o processo de efetivação quantitativa e qualitativa das ações e
demandas planejadas, se faz relevante a adoção de indicadores para avaliação das
diretrizes apresentadas no Plano. Conforme art. 20 da Lei nº 11.445/2007, cabe à
entidade reguladora a verificação do cumprimento dos planos de saneamento por parte
dos prestadores de serviço.

Como instrumentos de avaliação do PMSB deverão ser adotados os indicadores


sugeridos anteriormente.

5.1 Mecanismos para Divulgação e Acesso da População aos Planos

Conforme exposto anteriormente, o PMSB 2018 terá divulgação por todos os meios de comunicação
disponibilizados pela Prefeitura Municipal. Sugere-se a utilização permanente do site da ARSEC
para acesso às informações pertinentes ao Plano, com o objetivo de manter grande parte da
população notificada das ações em desenvolvimento. Além disso, cópias do PMSB 2018 (vias
impressas ou digitais) deverão ser disponibilizadas aos Centros de Ensino do Município, às
Bibliotecas, Associações de Classes, entre outras.

O processo tem por objetivo divulgar as características, critérios e procedimentos recomendados


pelo Plano, bem como, em fases posteriores, os resultados de desempenho e gestão para subsidiar
uma nova etapa de planejamento, quando da nova revisão do Plano. Especificamente a divulgação
tem como objetivos:

 Garantir que as instituições públicas e privadas, bem como as prestadoras de serviço,


tenham amplo conhecimento das ações do Plano e suas respectivas responsabilidades;

 Manter mobilizada a população e assegurar o amplo conhecimento das ações


necessárias para a efetiva implementação do Plano, bem como das suas
responsabilidades;

 Transparecer as atividades do Plano.

41 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
Recomenda-se que o principal meio de divulgação esteja vinculado ao meio eletrônico, por ser este
de fácil acesso à população e de rápida divulgação. Poderá ainda ser criado um Sistema de
Informações de Saneamento Básico de Cuiabá, onde estarão disponíveis todas as informações
pertinentes, sendo esse um encargo da Agência Reguladora. A seguir consta uma proposta de
Plano de Ação para a sua implantação:

 Elaboração da plataforma do Sistema de Informação, podendo ser desde uma planilha


eletrônica até um site na internet;
 Divulgação do acesso para a população, prestadores de serviço e demais entidades
interessadas; e
 Atualização periódica dos indicadores.

A adoção de indicadores amplamente usados no Brasil e exterior, baseados no SNIS, possui a


vantagem da possibilidade de benchmarking entre as prestadoras de serviços, e principalmente, no
estabelecimento de políticas públicas no âmbito da gestão dos recursos hídricos e ambientais.
Indicadores de qualidade, defesa dos usuários, sustentabilidade financeira do prestador e
sustentabilidade ambiental auxiliam significativamente às atividades de regulação dos serviços de
saneamento.

Portanto, os seguintes meios de comunicação podem ser utilizados para a divulgação e acesso da
população aos planos:

 Conferência Municipal de Saneamento Básico e Pré-Conferências;


 Realização de Seminários e Palestras em parceria com ONGs e instituições de ensino;
 Meios de comunicação: jornal, rádio, televisão;
 Capacitações e treinamentos para servidores;
 Elaboração de cartilha explicativa do PMSB;
 Boletins, panfletos, cartazes, entre outros;
 Sistema de Informações de Saneamento Básico de Cuiabá (caso seja criado).

O responsável pela divulgação do Plano, necessariamente, deve ser o Titular dos serviços, também
responsável pela elaboração, portanto a Prefeitura Municipal de Cuiabá

42 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANA, Agência Nacional de Águas. Ministério do Meio Ambiente. Brasil. Portal da Qualidade das
Águas. Brasília, DF. Disponível em: http://portalpnqa.ana.gov.br/default.aspx. Acesso em: 19 mar.
2018.

BRASIL. Lei Federal nº 8.666, de 21 de junho de 1993. Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da
Constituição Federal, institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e
dá outras providências. Brasília, DF, 1993. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L8666cons.htm. Acessado em: 19 mar. 2018.

BRASIL. Decreto Federal n.° 7.217, de 21 de junho de 2010. Regulamenta a Lei nº 11.445 de 05
de janeiro de 2007, que estabelece diretrizes nacionais para o saneamento básico e dá outras
providências. Brasília, DF, 2010a. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2010/decreto/D7217.htm. Acesso em: 19 mar. 2018.

BRASIL. Lei Federal n.º 11.445, de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para
o saneamento básico. Brasília, DF, 2007.

BRASIL. Plano Nacional de Saneamento Básico (PLANSAB). Brasília, 2013. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/processos/AECBF8E2/Plansab_Versao_Conselhos_Nacionai
s_020520131.pdf. Acesso em: 19 mar. 2018.

BRASIL. Ministério das Cidades. Peças Técnicas Relativas a Planos Municipais de Saneamento
Básico. Ministério das Cidades, Programa de Modernização do Setor Saneamento. Brasília:
2011. 1ª edição 244 p.

BRASIL. Ministério das Cidades. Conselho das Cidades. Resolução n.° 13, de 16 de junho de 2004.

BRASIL. PRODUTO 4: GUIA REFERENCIAL PARA MEDIÇÃO DE DESEMPENHO E MANUAL


PARA CONSTRUÇÃO DE INDICADORES. Brasília, 2009. Disponível em:
<http://www.gespublica.gov.br/sites/default/files/documentos/guia_indicadores_jun2010.pdf>.
Acesso em: 15 mar. 2017.

43 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.
CHIAVENATO, Idalberto. Teoria Geral da Administração: abordagens descritivas e
explicativas. 4a. Edição. 1993.

CUTOLO, S. A., GIATTI, L. L., RIOS, L. Utilização de ferramentas de Sistemas de Informações


Geográficas no Saneamento Básico. Livro Gestão do Saneamento Básico - Abastecimento de
Água e Esgotamento Sanitário. Editores: Arlindo Philippi Junior e Alceu de Castro Galvão Junior.
Barueri, São Paulo. 2012.

ENAP, Escola Nacional de Administração Pública. Acompanhamento, Monitoramento e


Avaliação dos Programas e Projetos Sociais do Fundo Nacional de Desenvolvimento da
Educação - FNDE: Glossário. Brasília, 2007. Disponível em:
http://antigo.enap.gov.br/Glossario_2007.pdf. Acesso em: 22 mar. 2017.

GARCIAS, Carlos Mello; NUCCI, Nelson LR. Indicadores de qualidade dos serviços e
infraestrutura urbana de saneamento. ABES, 1993. In: Congresso Brasileiro de Engenharia
Sanitária e Ambiental, 17. p. 713-34.

MARCOVITCH, Jacques (Org.). Administração em ciência e tecnologia. São Paulo, 1983.


Edgard Blücher.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO SOBRE SANEAMENTO (SNIS). Glossário de


Indicadores de Água e Esgotos 2016. Brasil, 2016. Disponível em:
http://www.snis.gov.br/glossarios. Acesso em: 19 mar. 2018.

SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÃO SOBRE SANEAMENTO (SNIS). Glossário de


Informações de Resíduos Sólidos 2016. Brasil, 2016. Disponível em:
http://www.snis.gov.br/glossarios.

44 / 44

FGV Projetos CE Nº 0064/19


Este relatório contém informações confidenciais. Caso você não seja a pessoa autorizada a recebê-lo, não deverá utilizá-lo,
copiá-lo ou revelar o seu conteúdo.

Você também pode gostar