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1. INTRODUÇÃO

O Presente projecto vai abordar sobre Avaliação de Incidência de casos de Tuberculose


Pulmonar no centro de saúde de Chitobe - Machaze
O trabalho obedecerá a seguinte estrutura começando do primeiro capítulo onde terá seis (6)
subcapítulos o primeiro é a justificativa, de seguida delimitação do tema, problematização,
hipóteses, objectivos, metodologia e a descrição da área de estudo, depois passa-se para o
segundo capítulo que é a fundamentação teórica, de seguida vem o terceiro capítulo que é a
apresentação, interpretação e discussão dos resultados do inquérito e da entrevista e por fim o
capitulo quatro que é a conclusão e as recomendações.

A Tuberculose (TB) constitui um sério problema de Saúde Pública em Moçambique, sendo


uma das principais causas de morbilidade e mortalidade da população. Portanto, o nosso País
consta da lista dos 22 Países com elevado índice de TB no mundo, situando-se actualmente na
16ª posição. Dentre os grupos mais vulneráveis destacam-se os adultos jovens entre os 15 a 49
anos de idade, as crianças com menos de cinco anos e as pessoas vivendo com o HIV/SIDA
(MISAU, 2013).

O controlo efectivo da TB depende de uma boa rede de laboratórios com a finalidade de


detectar os casos bacilíferos, monitorar a evolução de tratamento e emitir resultados de cura no
fim do tratamento por meio de exame microscópico (baciloscopia). Portanto, apesar de
existirem vários métodos de diagnóstico da TB, a baciloscopia pelo método de Ziehl-Neelsen
continua sendo o método mais acessível por ser um exame simples, rápido, barato, e não
necessitar de pessoal técnico altamente qualificado para a sua execução (MISAU, 2008).

A TB é uma doença infecto-contagiosa de amplitude mundial, causada pelos membros do


género Mycobacterium, cuja espécie é Mycobacterium tuberculosis, que acomete a
humanidade desde a antiguidade (Isemberg, 2004; Viveiros e Atouguia, 2007).

A transmissão da forma mais comum de TB, a pulmonar, ocorre pela emissão de bacilos
durante a fala, espirro ou tosse. Portanto, quanto maior o número de pessoas com expectoração
bacilífera na comunidade, maior será a probabilidade de disseminação da TB (MISAU, 2007).

O tratamento para tuberculose é feito com a toma de antibióticos orais, como a Isoniazida e a
Rifampicina, que eliminam do organismo a bactéria que provoca o surgimento da doença. Uma
vez que a bactéria é muito resistente, é necessário fazer o tratamento por cerca de 6 meses,
embora, em alguns casos, possa durar entre 18 meses a 2 anos até se atingir a cura.
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Moçambique faz parte do grupo dos 22 Países com o maior peso de TB. Os outros são: India,
China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Filipinas, Federação da
Rússia, Etiópia, Kenia, RD Congo, Vietname, Tanzânia, Brazil, Tailândia, Zimbabwe,
Camboja, Myanmar, Uganda e Afganistão. Estes países contribuem com 80% dos casos novos
de TB (todas as formas), estimados em todo o mundo anualmente (OMS, 2015).

A Populaçäo tem tido em alguns casos recorido ao tratamento tradicional para a cura da
tuberculose, esse trabalho irá ajudar a dessiminar informações para que a populaçäo opte por se
dirigir ao hospital para o tratamento da TB.

1.2. Delimitação do Tema


A pesquisa será realizada no Centro de Saúde de Chitobe, localizado na Província de Manica,
no Distrito de Machaze, concretamente no Bairro Chitobe no ano em curso (2020).

1.3. Justificativa da Escolha do Tema


A escolha do tema deve-se por constatar no Centro de Saúde de Chitobe, alta taxa de
incidência do índice de casos da tuberculose em todas as faixas etárias.
Segundo o relatório da MISAU/I-TECH (2011), Moçambique retificou em Maputo vários e
importantes tratados relacionados com o direito à saúde ou dos direitos relativos à saúde.
Portanto, a Constituição da República de Moçambique (2004), no artigo 89 estabelece que
“todos os cidadãos tem direito a saúde, nos termos da lei, e devem ter a obrigação de promover
e proteger a saúde pública”. O Artigo 16, do capítulo sobre a organização social, também prevê
que “...Os cuidados médicos e sanitários para todos os cidadãos devem ser organizados através
de um Sistema Nacional de Saúde, o qual deve beneficiar todo o povo Moçambicano... e o
Estado deve encorajar os cidadãos e instituições a participar na melhoria do nível de saúde da
comunidade... o Estado deve promover a expansão dos cuidados médicos e sanitários e igual
acesso de todos os cidadãos ao gozo deste direito.”

Outros direitos humanos relacionados com a saúde são também reconhecidos, incluindo o
direito ao trabalho, à habitação e a ser livre de tortura.

Neste contexto, com o fenómeno transversal à sociedade, a questão da Tuberculose é hoje uma
realidade incontornável à escala universal que carece de uma abordagem global e permanente,
que projecte, na medida do possível, soluções integradas e universais.
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Estas foram as razões fundamentais que levaram a autora a escolha deste tema em estudo.

1.4. Enquadramento e relevância do Tema

O tema enquadra-se no Ministerial no Ministério da Saúde (na secção de Tuberculose)


Na Universidade Púnguè Enquadra-se no Curso de Licenciatura em ensino de Biologia com
habilitações em Psicologia na cadeira Saúde publica, Microbiologia quando se fala sobre a
prevenção das doenças e a transmissão das doenças, nas cadeiras de Fisiologia Animal,
Parasitologia, Microbiologia, Educação Ambiental.

1.5. Problematização
A Tuberculose pulmonar é uma infecção bacteriana contagiosa que afecta principalmente os
pulmões, mas que pode se espalhar para outros órgãos e é por um microrganismo chamado
Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por Bacilo de koch.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nove milhões de pessoas contraíram
a bactéria causadora da tuberculose em 2013.   Dessas, 1,5 milhão morreu em decorrência da
doença, sendo que aproximadamente 95% dessas mortes ocorreram em países menos
desenvolvidos. Apesar dos altos números, a incidência de tuberculose está caindo lentamente
ano a ano. De 1990 até os dias actuais, o número de mortes causadas pela doença caiu 45% e a
estimativa, ainda de acordo com a OMS, é que a epidemia seja controlada até 2019.

Portanto, Moçambique faz parte dos 22 países a nível mundial com maior peso da TB. Estes 22
países contribuem com cerca de 80% de casos novos de TB estimados anualmente. Segundo
dados do MISAU (2009), Moçambique notificou em 2009 mais de 39.500 casos de TB.
Entretanto, a tuberculose, embora prevenível e tratável com medicamentos de baixo custo e
alta eficácia, vem apresentando recrudescência, com repercussões nos níveis de saúde e
mortalidade. Esta doença pode manifestar-se por sinais e sintomas como tosse persistente com
produção de expectoração, febre, suor excessivo à noite, perda do apetite emagrecimento,
fraqueza, podendo ocorrer sangue na expectoração ou tosse com sangue vivo.
Esta doença ocorre em todo mundo, sendo mais comum nas áreas onde há muita pobreza,
promiscuidade, desnutrição, más condições de higiene e uma saúde pública deficitária.  
O aparecimento da SIDA no início da década de 80 determinou uma nova forma de associação
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da doença, da qual resultou um aumento muito significativo do número de casos de


tuberculose.
Efectivamente a contagiosidade da doença é favorecida por alguns factores, como a extensão
da doença, partilha dos mesmos quartos de casas pequenas e mal ventiladas com uma pessoa
com tuberculose pulmonar a libertação de secreções respiratórias no ambiente (através do acto
de tossir, falar, cantar ou espirrar), as condições ambientais (ventilação e luminosidade), o
tempo de exposição da pessoa sã à doente. Sabe se que todos os procedimentos para esta e
doutras doenças de tipo crónica o tratamento é gratuito.
Face a estas constatações feitas pelo autor, levanta-se a seguinte questão: Qual é o Nivel de
percepçäo da Populaçäo da Localidade de Chitobe na Cura da Tuberculose pulmonar no
Centro de Saúde de Chitobe?

1.7. Objectivos

1.7.1. Geral
 Estudar o Nivel de percepçäo da populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da
tuberculose pulmonar

1.7.2. Específicos
 Analisa o nível de percepção da população da Localidade de Chitobe na cura da
tuberculose pulmonar;
 Descrever os aspectos que fazem com que as pessoas optem por vias inadequadas
durante o tratamento da Tuberculose nessa Localidade

 Propor medidas de melhorias de tuberculose junto dos doentes o tempo e as distâncias


percorridas por estes para alcançar uma Unidade Sanitária (US) com serviços de
tratamento de tuberculose, neste caso no Centro de Saúde de Chitobe
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1.7. Metodologias do Trabalho

Para a realização do trabalho, será usada metodologias de pesquisa Mista, a Qualitativa e a


quantitativa. Na metodologia de pesquisa qualitativa não se preocupará com relação aos
números, mas sim com relação ao aprofundamento e de como ela será compreendida pelas
pessoas. Irá se utilizar este método para explicar o porquê das coisas, e com ajuda de uma ficha
de observação facilitará a pesquisadora a recolher todos os dados para a realização dessa
pesquisaa e na Metodologia de Pesquisa quantitativa buscar-se-á resultados quantificados,
pelo meio da colecta dos dados sem instrumentos formais e estruturados de uma maneira mais
organizada e intuitiva, por via de inquéritos ou questionários recolheu-se todos os dados
possíveis para se realizar a monografia (LAKATOS, 2001).

1.7.1 Tipos de pesquisa:


A pesquisa será descritiva, pois, esta é utilizada com objectivo de conseguir informações / ou
conhecimentos acerca de um problema, para o qual procura-se uma resposta, ou hipótese, que
se queira comprovar e descobrir novos fenómenos ou relações.

1.7.2. Técnicas e procedimento de recolhas de dados

1.7.3. Entrevista
Esta técnica de recolha de dados envolverá perguntas dirigidas ao Técnico da Saúde. Estas
perguntas facilitaram em apurar o grau de envolvimento dos mesmos na mitigação da
Tuberculose. O Seu empregue se fundamenta no facto de que pode ser usada em indivíduos
mais esclarecidos, permitindo que os questionários sejam respondidos de forma aberta.

1.7.4. Inquérito
O Inquérito tem a vantagem de poder ser aplicado simultaneamente a um grande número de
informantes; seu anonimato pode representar uma segunda vantagem sobre a entrevista”. Para
além destas vantagens, o inquérito permite que o questionado se sinta à vontade e confiante,
respondendo as questões sem a suposta pressão do pesquisador.

O questionário permitira de forma estruturada recolher as informações junto a população do


Bairro Chitobe, com vista analisar o nível de percepção da cura da tuberculose pulmonar;
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1.7.5. Observação
Esta técnica basear-se-á na identificação de actividades que culmina com incidências de casos
de Tuberculose pulmonar estudo e descrição das características físicas/Geográficas assim como
biológicas do local a todos os níveis desde característica dos solos, tipos de habitações, a
frequência da prática de actividade e instrumentos usados, técnicas, solos.

1.7.6. Método bibliográfico


O estudo será realizado na base de uma pesquisa bibliográfica para caracterização e definição
de conceitos ligados a tema, uso de informações e dados documentais em artigos de revistas
especializadas, alguns deles encontrados nos sites de internet, jornais (publicações).

Consulta bibliográfica será o instrumento básico para a fundamentação teórica da proposta de


pesquisa. Este método, terá por finalidade colocar a pesquisadora em contacto directo com tudo
o que será escrito, com finalidade de obter bases teóricas para identificar casos de incidências
de Tuberculose Pulmonar no centro de Saúde de Chitobe.

1.8. Aspectos Éticos da Investigação

1.8.1. Procedimentos Éticos


O projecto será encaminhado ao departamento de Ciências Naturais e Matemática no curso de
Biologia para a sua aprovação e atribuição de credenciais para a realização da pesquisa. Serão
respeitados os preceitos da Bioética que consistira em fazer um trabalho de campo, onde será
explicado aos responsáveis pelas fontes de colecta de dados, os objectivos de estudo e sua
metodologia, alem de garantir aos mesmos o sigilo sobre a entidade dos usuários e o direito de
desistência de sua participação em qualquer fase da pesquisa.

A Etnicidade da pesquisa implica:

a) Consentimento livre e esclarecido dos indivíduos – alvo e a protecção a grupos


vulneráveis e aos legalmente incapazes (autonomia). Neste sentido, a pesquisa envolvendo
seres humanos deverá sempre tratá-lo em sua dignidade, respeitá-lo em sua autonomia e
defende-lo em sua vulnerabilidade.

b) Ponderação entre riscos e benefícios, tanto actuais como potenciais, individuais e o


mínimo de danos e riscos;
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CAPÍTULO – II REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Conceitos Fundamentais

A tuberculose é uma doença causada por microbactéria, constitui importante causa da


invalidez e morte em muitas partes do mundo; inúmeros países têm apresentado uma tendência
para o declino da mortalidade e morbilidade durante muitos anos. As taxas de mortalidade nos
anos 70 variam de 1 a 76 mortes por 10.000 habitantes por ano. As taxas de morbi-mortalidade
aumentam com a idade, são mais altos m homens do que em mulheres, muitos mais altas entre
pobres do que em ricos.

De acordo com Programa Nacional de Controlo de Tuberculose e Lepra (2013-2019), a


tuberculose é uma doença que afecta mais frequentemente os pulmões, podendo contudo
ocorrer isoladamente em outros órgãos. Portanto, a tuberculose pulmonar é uma infecção pelo
Mycobacterium tuberculosis, microorganismo também conhecido por bacilo de Koch. A
doença costuma afetar os pulmões mas pode, também, ocorrer em outros órgãos do corpo,
mesmo sem causar dano pulmonar.

Esta doença ocorre em todo mundo. A Organização Mundial de Saúde estimou a presença de 8
milhões de novos casos de tuberculose ativa no mundo somente no ano de 1990, com
aproximadamente 2,6 milhões de mortes naquele ano. Com o surgimento da Síndrome da
Imunodeficiência Humana (SIDA) no início da década de 80, o número de casos da doença
aumentou bastante.
A tuberculose é mais comum nas áreas do mundo onde há muita pobreza, promiscuidade,
desnutrição, má condição de higiene e uma saúde pública deficitária. Os países com maior
incidência da doença são a Índia, China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, Filipinas;

A incidência da doença durante a revolução industrial, dos séculos (XVIII e XIX) a doença foi
conhecida como peste branca.
Os lactentes infectados tem um risco de 10% de desenvolver a doença durante a sua vida.
Segundo Brambatti Lp, Carvalho (1995), definem a tuberculose como sendo uma doença
transmissível aguda ou crónica, causada por mycobacterium tuberculoses que quase sempre
afecta os pulmões, mas pode atingir qualquer órgão ou tecido do corpo.
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Podem ser identificados 5 tipos de mycobacterium: A humana; A bovina; A ovaria; A murina e


a dos peixes.
Todavia, as cepas humanas e bovinas são patogénicas para o homem. Assim, a doença é
perpetuada em todo mundo pela transmissão de homem a homem e pela ingestão de leite
contaminado.

2.2. Descrição clínica (sinais e sintomas) de Tuberculose Pulmonar


Para LIMA M. B, et. All, (2001), a tuberculose pode manifestar-se por sinais e sintomas como
tosse persistente a mais de 3 semanas com ou sem expetoração ou hemoptise; tosse persistente
que pode estar associada à produção de escarro, febre, suor excessivo à noite, perda do apetite
emagrecimento, fraqueza, podendo ocorrer sangue na expectoração ou tosse com sangue vivo.

2.3. Modos de transmissao de Tuberculose Pulmonar


De acordo com ALMEIDA (1973), a transmissão de tuberculose, consiste no processo de
propagação ou passagem de BK de uma pessoa para outra através de diversos mecanismos de
transmissão que podem ser: a extensão da doença, a libertação de secreções respiratórias no
ambiente (através do acto de tossir, falar, cantar ou espirrar), as condições ambientais
(ventilação e luminosidade), o tempo de exposição da pessoa sã à doente.
A transmissão da doença (contágio) ocorre geralmente através do ar contaminado expirado por
pessoas com tuberculose pulmonar.

As pessoas de baixas condições sociais que partilham os mesmos quartos de casas pequenas e
mal ventiladas com uma pessoa com tuberculose pulmonar, têm maior probabilidade de
adquirir a doença do que outras que têm contactos esporádicos com um doente.
Efectivamente a contagiosidade da doença é favorecida por alguns factores, como a extensão
da doença, a libertação de secreções respiratórias no ambiente (através do acto de tossir, falar,
cantar ou espirrar), as condições ambientais (ventilação e luminosidade), o tempo de exposição
da pessoa sã à doente.

Desta forma o risco de contracção da doença é maior para quem vive em áreas de grande
prevalência da doença, para os profissionais de saúde desta área e para quem está confinado a
locais de grande concentração de pessoas (lares, prisões, quartéis, etc.).
Existe também alguma predisposição genética. As pessoas de raça negra parecem ser mais
susceptíveis à infecção pelo bacilo da tuberculose. A idade avançada, desnutrição, alcoolismo,
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as alterações da imunidade e a toxicodependência constituem igualmente factores de risco


associados à tuberculose.

A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente.
Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem
sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa
sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se
implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na
zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o
organismo (primoinfeção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários
locais do corpo.

Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a
bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da
vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em
atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no
primeiro contacto com o germe.

Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem
ocorrer:
 O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
 A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
 A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;
 A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por
reativação endógena).
Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre,
usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).
A contagiosidade da doença depende: 
 Da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos
pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões
como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões
existem muitos bacilos;
 Da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar,
cantar ou espirrar;
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 Das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o
contágio;
 Do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.

Devemos lembrar que a intensidade do contato é importante. A pessoa de baixa renda que vive
no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose
pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual ou ao
ar livre com um doente.
Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e
outros não representam um risco para transmissão da doença.

2.4. Modos de Prevenção de Tuberculose Pulmonar


Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar todos os pacientes bacilíferos, ou
seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões.
Para isso, é muito importante um bom sistema público de controlo da doença, para identificar
precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.
O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros
indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá
procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são
cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.
Outra conduta importante é o controlo dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas
que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser
investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica.
Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com
isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis
meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo.
Além disso, a vacinação com BCG no recém-nascido, protege as crianças e os adultos jovens
contra as formas graves de tuberculose primária como a miliar (disseminada nos pulmões e
outros órgãos) e a meningite tuberculosa. A eficácia da vacina está entre 75 e 85%.
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2.5. Diagrama de Tuberculose


Segundo (Abram, 2013), descreve que as condições socioeconómicas precárias influenciam no
aumento das taxas de morbi-mortalidade por tuberculose. E segundo SHIMAO (1982),
descreve que a tuberculose é uma doença oportunista importante em pessoas infectadas pelo
HIV em todo o planeta.
Segundo PNCT (1983), refere que os factores ocupacionais são responsáveis por elevada
prevalência da tuberculose entre os médicos, pessoal do hospital e trabalhadores do laboratório;
e ainda diz que qualquer doença crónica de volitante predispõe em muito a tuberculose.
Segundo as nossas experiencias adquiridas em várias cadeiras do nosso currículo, o aumento da
tuberculose também pode ser influenciado por falta de educação sanitária ao nível da
comunidade, chegada tardia dos doentes a unidade sanitária, início tardio do tratamento após
diagnostico, a falta de abastecimento e stock suficiente dos medicamentos do programam, falta
de controlo de qualidade das amostras do laboratório local e as precárias condições
socioecónomicas.
Os factores ocupacionais são responsáveis por elevada prevalência de tuberculose entre os
médicos, pessoal do hospital, trabalhadores dos lavatórios. A silicose, diabetes melitos, as
cardiopatias congénitas e, na realidade qualquer doença crónica debilitante predispõe em muito
a tuberculose.
A tuberculose é uma doença oportunista importante em pessoas infectadas pelo VIH em todo o
planeta. Nos países em desenvolvimento da Africa, do Sudoeste Asiático e da América Latina,
estima-se que 8.5 milhões de pessoas estavam co-infectadas em meados de 1996. Uma pessoa
com infecção pelo mycobacterium tuberculoses documentada o teste cutâneo e que adquiri
infecção pelo HIV. Corre um risco anual de 3 a 15% de desenvolver a tuberculose activa.
Em termos globais, a proporção de casos de tuberculoses associadas a infecção com HIV está
crescendo rapidamente e pode alcançar 14% no ano 2000.
A infecção transmite-se ao homem por micro-aerois contendo bacilos produzidos por um
doente contagioso (durante a tosse ou espirros) os micro-eorosis são inalados pelos pulmões da
pessoa sã.
Praticamente todos os orgãos do corpo podem ser infectados mas, em mais de 80% dos casos a
tuberculose localiza-se nos pulmões o que torna mais importante do ponto de vista de saúde
pública pensar-se nesta via de transmissão.
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2.6. O Impacto da Infecção da Tuberculose


Acordo com INE, MISAU, UNICEF (2009), os casos associados com a infecção de HIV
podem ter baciloscopias negativas ou podem ser extra pulmonares, mas uma considerável
proporção tem baciloscopias positivas e são tao infecciosos como os outros (sem HIV) assim, o
surgimento da pandemia SIDA poderá piorar a situação actual da tuberculose.
Em África segundo os mesmos autores, a explosão da pandemia HIV/SIDA, irá de igual modo
que em muitos países do continente africano agravar o perfil epidemiológico e o quadro clínico
desta doença.
Em Moçambique também os mesmos autores dizem que a tuberculose continua um enorme
flagelo de saúde pública afectando mais concretamente, os adultos-jovens em idade
economicamente produtiva.
Os nossos hospitais, particularmente os das zonas rurais onde vivem o grosso da nossa
população camponesa tem estado a registar a tuberculose como a 3ª causa de doença e a 1ª
causa de morte nos adultos. As crianças infelizmente não são poupadas por este mal e muitas
vezes, aparecem como imunodeficiência orgânica associada a mal nutrição que complica esta
situação.
O governo de Moçambique, através do MISAU (2011) tem prestado atenção a esta endemia
desde a independência nacional do país, foram criados instrumentos de controle da doença,
tendo em como base as normas de prevenção, diagnostico e tratamento:

Estreptomicina (retardamento), Etabutol e Refampicina são de uso exclusivo na luta contra a


tuberculose.

 A vacinação de BCG é obrigatória à nascença.


 Os medicamentos antituberculostaticos são gratuitos.
 Os tratamentos administrados aos doentes são de livres de pagamento.

A estratégia de luta anti-tuberculose iniciou em 1978 constituindo essencialmente na busca


passiva de casos como método de rastreio, integração dos serviços na rede sanitária, formação
de supervisão do pessoal a expansão da rede laboratorial para melhoria das capacidades de
diagnóstico.
A tuberculose em Moçambique constitui um problema de saúde pública, daí o governo através
do MISAU tem prestado gerando atenção a esta maneira endemia, tendo sido criado um
programa nacional de controlo da tuberculose denominado ELAT como forma de reduzir a
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morbi-mortalidade. Em todas US do país, são executadas todas actividades de ELAT e setes


serviços são gratuitos.

Segundo o relatório anual de 2001, foram registados 13964 casos de tuberculose pulmonar com
baciloscopias positivas com aumento de 5% comparando com os 13257 casos registados no
2000 (INE, MISAU, UNICEF, 2009). Dos casos da tuberculose pulmonar com baciloscopias
positivas registados aproximadamente 1.5% que corresponde a 216 casos são crianças com
menos de 15 anos de idade. De salientar que o problema de associação e HIV em doentes
tuberculosos levou a OMS, a invalidar o RAI (risco anual de infecção) como base para calcular
os casos esperados.

2.7. Factores importantes a serem considerados no combate contra a tuberculose


De acordo com o MISAU (2011), os factores importantes a serem considerados são:
 Identificação do adulto infectante (normalmente na mesma casa) quando se diagnostica um
caso de tuberculose infantil;
 Observação pelo clinico de todas as crianças de 5 anos que coabitam com doentes com BK,
para tratamento quimioprofilaxia com Isoniazida (50% estarão infectadas.) quanto mais
pequena criança maior de diagnosticar a doença (40% nos menores de idade 30% nos
menores de 4 anos e 15% nos adolescentes);
 Pedir a mãe da criança com suspeita de tuberculose e perda de peso;
 Pensar sempre na tuberculose nas crianças imunodeprimidas (com malnutrição, HIV ou
sarampo).
 Bebé da mãe BK (+) faz tratamento preventivo com isoniazida durante três meses antes de
BCG;
 Educação precária (falta de informação sobre as medidas preventivas, modos de
transmissão, diagnostico precoce e tratamento da tuberculose;
 Dificuldade ao acesso de serviço de saúde;
 Doenças infecciosas associadas.

2.8. Componente de Tratamento e Cuidados


Para GUIMARÃES (1992), Para uma boa prevenção, o mais importante é detectar e tratar
todos os pacientes bacilíferos, ou seja, todos aqueles com o bacilo de Koch nos pulmões.
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Para isso, é muito importante um bom sistema público de controlo da doença, para identificar
precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.
O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros
indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá
procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são
cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.

Outra conduta importante é o controlo dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas
que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser
investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica.
Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com
isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis
meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo. A tuberculose pode ser evitada
através da vacinação que protege, pelo menos, das formas mais graves da doença. Importa ter a
noção de que, estando a infecção já instalada, quanto mais rápido for feito o diagnóstico, e
iniciado o tratamento, menos a doença se agrava e menos perigo de contágio existe. Por isso,
quando na presença de alguns dos sinais e sintomas referidos, devem imediatamente procurar
os serviços de saúde.

2.9. Diagnóstico da Tuberculose


Uma avaliação médica completa para a tuberculose ativa inclui um histórico médico, um
exame físico, a baciloscopia de escarro, uma radiografia do tórax e culturas microbiológicas. A
prova tuberculémica (também conhecida como teste tuberculémico ou teste de Mantou) está
indicada para o diagnóstico da infecção latente, mas também auxilia no diagnóstico da doença
em situações especiais, como no caso de crianças com suspeita de tuberculose. Toda pessoa
com tosse por três semanas ou mais é chamada sintomática respiratória (SR) e pode estar com
tuberculose.

2.10. Situação da Tuberculose em Moçambique


Situação da Tuberculose em Moçambique Em Moçambique, a Tuberculose contínua a
representar um sério problema de Saúde Pública. A Tuberculose é uma das principais causas de
morbilidade e mortalidade afectando os principais grupos vulneráveis, nomeadamente os
adultos jovens, as crianças e as pessoas vivendo com o HIV/SIDA. Desde 1993 que
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Moçambique figuras da lista dos 22 Países do mundo considerados High bordem countries,
onde os índices da doença são bastante elevados, ocupando

2.10.1. Situação Epidemiológica


A situação da Tuberculose em Moçambique não foge à realidade da Região Africana e em
particular a da SADC. Estimativas da OMS indicam um agravamento da situação nos últimos 2
anos (2005 e 2006). Este agravamento é testemunhado pelo aumento da taxa de incidência de
447 para 460 casos novos por 100,000 habitantes de 2005 para 2006, respectivamente. A
incidência de casos novos com baciloscopia positiva aumentou de 185 para 191 casos novos
por cada 100.000 habitantes, para os mesmos períodos. A taxa de prevalência também
aumentou de 597 para 636 casos por 100,000 habitantes de 2005 para 2006, respectivamente.
A taxa de mortalidade cresceu de 124 para 129 mortes em cada 100.000 habitantes, de 2005
para 2006, respectivamente. A pandemia do HIV/SIDA tem tido um impacto extremamente
negativo nos esforços para o controlo da Tuberculose.

2.11. Resposta Nacional à Tuberculose


Estrutura e Gestão do Programa Nacional de Controlo da Tuberculose
a) Estrutura A provisão dos serviços de Tuberculose é feita dentro da estrutura dos serviços de
Saúde e dos cuidados primários de saúde. Em cada um dos 128 Distritos administrativos do
país, existe uma unidade sanitária que é designada de Unidade Básica de Gestão. Mas no
entanto, o tratamento da Tuberculose continua a ser expandido e actualmente 945 unidades
sanitárias estão a implementar o DOTS (quer a fase de intensiva ou a fase de manutenção ou
ambas). A unidade básica de gestão é o hospital rural ou o centro de saúde com um supervisor
de Tuberculose, regra geral enfermeiro(a), membro da equipa do pessoal da unidade sanitária e
que realiza também outras tarefas. Existe pelo menos uma unidade básica em cada um dos 128
distritos, que serve entre 50 a 150,000 habitantes. Cada uma destas unidades básicas tem
condições para o diagnóstico, baseado no exame bacteriológico da expectoração, com um
profissional responsável por registar dados do laboratório e outro que regista dados do
tratamento da Tuberculose. No entanto, o exame laboratorial é realizado por Agentes de
Laboratório que também realizam outras tarefas.

b) Política
Moçambique foi pioneiro na introdução da estratégia DOTS (Tratamento de Curta Duração sob
Observação Directa) em finais da década de 80. As políticas são as desenvolvidas dentro dos
16

serviços de Saúde, nomeadamente: responsabilidade governamental na provisão de serviços


gratuitos dentro dos serviços de Saúde, diagnóstico e seguimento do tratamento pelo exame
bacteriológico da expectoração, distribuição regular dos medicamentos e materiais de
diagnóstico a nível da unidade básica de gestão, gestão padronizada de casos com um regime
diferente do padronizado para casos novos ou de retrata amento, tratamento sob observação
directa na fase inicial intensiva e de manutenção e notificação das actividades do programa
seguindo o modelo padronizado para análise de coortes. O diagnóstico de pacientes com
Tuberculose com baciloscopia negativa é confirmado por um clínico (Médico ou técnico de
Medicina). Para os pacientes que residem a uma distância superior a 10 km da US e aqueles
severamente debilitados, o programa definiu que devem ser admitidos nos hospitais para
fazerem o tratamento durante toda a fase intensiva do tratamento, que é de dois meses.

c) Gestão de Recursos Humanos


A nível central o PNCT é composto por 10 profissionais, dos quais 8 a tempo inteiro e 2 a
tempo parcial. A tempo inteiro, o PNCT conta com uma Médica mestrada em Saúde Pública; a
chefe do programa; uma Médica de clínica geral responsável pela TB Multirresistente, controlo
de infecções e grupos de alto risco; uma Agente de Medicina Preventiva, supervisora nacional
responsável pela gestão dos dados e dos medicamentos; um Técnico de Medicina, assistente
para a área de TB/HIV, um Oficial da Logística; uma Enfermeira para a área de IEC, uma
Assistente Administrativa e uma Servente.

d) Sistema de Informação de Saúde


O sistema de informação do PNCT em Moçambique encontra-se estruturado e baseado na
recolha de dados, a nível dos centros de saúde onde as unidades básicas de gestão da TB
registam, tratam e fazem o seguimento aos pacientes. A informação é inicialmente registada no
Livro de Registo de Doentes de Tuberculose (SIS-TB-01) que contém a identificação,
categorias dos doentes, o tipo de TB, tratamento administrado, resultados do teste de
baciloscopia e do tratamento, e o Tratamento Preventivo com Isoniazida para os contactos. Um
cartão do tratamento do doente é também preenchido, com informação de cada visita.
As informações relativas aos exames de baciloscopia são registadas nos livros de registo do
laboratório correspondentes.
A informação recolhida no centro de saúde é verificada pelo pessoal responsável pela TB na
unidade sanitária e os problemas são discutidos durante reuniões distritais mensais. A análise
básica dos dados é feita naquele nível e é compilada trimestralmente no formulário da
17

Notificação Distrital Trimestral de Tuberculose (SIS-TB-03). O registo contém novos casos


por tipo de Tuberculose, idade do doente, categoria do doente, assim como informação sobre
crianças em TPI. A versão actualizada do registo faz o sumário dos dados da coinfecção
incluindo o resultado do HIV, terapias preventivas com Isoniazida e Cotrimoxazol por sexo.
Estes dados são enviados dentro de 5 dias após o final do trimestre ao supervisor Provincial da
TB.
Em cada trimestre a informação dos distritos com serviços de TB é compilada a nível
provincial e enviada ao nível central, no PNCT/MISAU, utlizado o formulário da Notificação
Provincial Trimestral de Tuberculose.
18

3. Referência Bibliográfica

ALMEIDA, A. P. de. Prevalência da infecção tuberculosa em escolares das capitais


brasileiras: relatório progressivo. R. Div. nac. Tuberc., 17 (66): 155-74, abr./jun. 1973.     

AZEVEDO, C. & AZEVEDO, A. Metodologia Científica. Porto: C. Azevedo, 1994.

BULLA, Abram. Cuantos enfermos de tuberculosis hay en el mundo? Cron. OMS, 31:311-


9,2013.        

BRAMBATTI LP, CARVALHO W. A adesão ao Tratamento em Pessoas Vivendo com


HIV/Aids: Barreiras e Possibilidades. Rev Saúde do DF 2005; 16 (3/4): 7-21.

GIL, António Carlos; Como elaborar projecto de pesquisa; 4ª edição, São Paulo: Atlas, 2002.

GERHARDT, G. Tuberculose. Tema, Projeto Radis, 3: 1-7, 1982.        

GRESSLER, Lori Alice. Pesquisa Educacional: Importância, Modelos, Amostragem e


Instrumentos, SP, Ed. Loyola 1979.

GUIMARÃES, R. Determinação social e doenças endêmicas: o caso da tuberculose. Rio de


Janeiro, 1982.    

INE, MISAU, UNICEF. Resultados do Inquérito sobre Indicadores Múltiplos (MICS) 2008
Maputo: Instituto Nacional de Estatística; 2009.

Lima MB, Mello DA, Morais AP, Silva WC. Estudo de casos sobre abandono do tratamento
da tuberculose: avaliação do atendimento, percepção e conhecimentos sobre a doença na
perspectiva dos clientes (Fortaleza, Ceará, Brasil). Cad Saúde Pública. 2001;17(4): 877-85.

MISAU/I-TECH, Programa Nacional de Combate contra Tuberculose, Moçambique, 2011,


Pág. 307.
19

Ministério da Saúde (MISAU). 2001. Plano Estratégico do Sector de Saúde 2001- 2005-2010.

Plano Estratégico Nacional de Controlo da TB Em Moçambique, 2008-2012.

Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Relatório de avaliação das atividades


realizadas em 1983. DNPS, CECT, INAMPS.

Programa Nacional de Controle da Tuberculose e Lepra, 2013‐2019.

RICHARDSON, R. J; Pesquisa Social: Métodos e Técnicas, 2ª edição, Editoral atlas, 1989.

RIBEIRO, L. A luta contra a tuberculose no Brasil. Rio de Janeiro, Sul Americana, 1956;       

RUFFINO, N.A. & PEREIRA, J.C. Mortalidade por tuberculose e condições de vida: o caso
Rio de Janeiro. Debate (12): 27-34,1981;

SHIMAO, T. Las encuestas de prevalencia de la tuberculosis. Bol. Union Inter. Contra


Tuberc., 57 (2): 127-33, jun. 1982.        

STYBLO, K. ; MEIJER, J. & SUTHERLAND, I. The transmission of tubercle bacilli, its trend
in human population. Bull. Union Inter. Against Tuberc., 42: 5-104, 1969.        

STYBLO, K. & ROUILON, A. Estimaciones de la incidencia mundial de la tuberculosis


pulmonar in baciloscopia positiva: no fiabilidad de las cifras informadas oficialmente. Bol.
Union Inter. Contra Tuberc., 56 (3/4): 128-37, 1981.

Legislação:

- Constituição da República de Moçambique, Plural Editores, 2004.


20

3.2. Apêndices

FICHA DE INQUÉRITO DIRIGIDA AOS RESIDENTES DA LOCALIDADE DE CHITOBE


- MACHAZE

Caro residente:
O presente inquérito tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para elaboração
de trabalho de conclusão do curso de licenciatura em ensino de Biologia. O trabalho cujo tema
Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no
Centro de Saude de Chitobe - Machaze.
Com este trabalho pretende-se Estudar o Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de
Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no Centro de Saude de Chitobe - Machaze..
Todas as informações que irá fornecer serão confidenciais, por este motivo não será necessário
que se identifique. A sua honestidade e sinceridade nas respostas é de grande importância.
Agradece-se a sua colaboração!

I. Bairro___________________________________________ Sexo: M______ F_______


II. Data________̸_________̸__________
Idade_________________
Questões

1. Nível de Escolaridade?
Primário________
Secundário_________
Superior__________
Sem Nível____________
21

2. Já misturaste álcool com medicação alguma vez?

Sim………………………..
Não……………………….
Talvez………………………..
Indiferente……………….

3. Já teve Tuberculose?
Sim……………………….. Não……………………….

4. Já teve alguém da família ou conhecido com tuberculose?


Sim……………………….. Não……………………….

5. Que conhecimento tens sobre a Cura da Tuberculose pulmonar?


Nenhum……………………
Conhecimento Suficiente…………
Uso de Medicamentos Hospitalares…………………..
Tratamento Tradicional……………………..

6. Sabes o que acontece quando não se trata da TB ?


Não sei…………………..
Sei……………………….
Talvez………………….
Indiferente………………

7. Teve dificuldade para ir ao serviço de saúde?


(1) Sempre (2) Quase sempre (3) Às vezes (4) Quase Nunca (5) Nunca (6) Não Sabe

8. Quando tem sintomas ou sente sintomas para onde busca o tratamento medico?
Hospital……. Curandeiro………. Recorre as plantas medicinais…….

9. Quais são as causas da Tuberculose?


Inalar gotículas da pessoa infectada…….
22

Não sei……
Outras causas……

10. Sabe que a tuberculose tem cura, quando for ao hospital assim que tomar conhecimento dos
sinas e sintomas?
11. Sim……………………….. Não……………………….
GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDA AO TÉCNICO DE SAÚDE

A presente Entrevista tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para elaboração
de trabalho de conclusão do curso de licenciatura em ensino de Biologia. O trabalho cujo tema
Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no
Centro de Saude de Chitobe - Machaze.
Com este trabalho pretende-se Estudar o Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de
Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no Centro de Saude de Chitobe - Machaze..
Todas as informações que irá fornecer serão confidenciais, por este motivo não será necessário
que se identifique. A sua honestidade e sinceridade nas respostas é de grande importância.
Agradece-se a sua colaboração!

1. Como é cuidar da pessoa com tuberculose pulmonar?


2. Na sua opinião quais são as Fragilidades inerentes ao processo de tratamento e
incentivos como meio para a permanência do sujeito doente no tratamento?

3.  Quais são as dificuldades enfrentadas pela população em situação de abandono e como


a equipe a mantém em tratamento?

4. Como Técnico de Saúde, qual é o seu grau de satisfação em tratar o seu semelhante, um
ser humano dotado de desejos e direitos?

5. A falta de recursos institucionais, sociais e preparo prévio dos profissionais para actuar
neste contexto social da cura da TB?

6. Quais são as acções levado a cabo pela Unidade Sanitária para promover
encorajamento, despertar e estimular o interesse para a adesão ao tratamento?
23

Índice
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................1

1.2. Delimitação do Tema.............................................................................................................2

1.3. Justificativa da Escolha do Tema...........................................................................................2

1.4. Enquadramento e relevância do Tema...................................................................................3

1.5. Problematização.....................................................................................................................3

1.7. Objectivos..............................................................................................................................4

1.7.1. Geral....................................................................................................................................4

1.7.2. Específicos..........................................................................................................................4

1.7. Metodologias do Trabalho.................................................................................................5

1.7.1 Tipos de pesquisa:................................................................................................................5

1.7.2. Técnicas e procedimento de recolhas de dados..................................................................5

1.7.3. Entrevista............................................................................................................................5

1.7.4. Inquérito..............................................................................................................................5

1.7.5. Observação..........................................................................................................................6

1.7.6. Método bibliográfico..........................................................................................................6

1.8. Aspectos Éticos da Investigação............................................................................................6

1.8.1. Procedimentos Éticos..........................................................................................................6

CAPÍTULO – II REVISÃO BIBLIOGRÁFICA..........................................................................7

2.1. Conceitos Fundamentais........................................................................................................7


24

2.2. Descrição clínica (sinais e sintomas) de Tuberculose Pulmonar...........................................8

2.3. Modos de transmissao de Tuberculose Pulmonar..................................................................8

2.4. Modos de Prevenção de Tuberculose Pulmonar..................................................................10

2.5. Diagrama de Tuberculose....................................................................................................10

2.6. O Impacto da Infecção da Tuberculose...............................................................................11

2.7. Factores importantes a serem considerados no combate contra a tuberculose....................13

2.8. Componente de Tratamento e Cuidados..............................................................................13

2.9. Diagnóstico da Tuberculose.................................................................................................14

2.10. Situação da Tuberculose em Moçambique........................................................................14

2.10.1. Situação Epidemiológica................................................................................................14

2.11. Resposta Nacional à Tuberculose......................................................................................15

3. Referência Bibliográfica.........................................................................................................18

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