Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1. INTRODUÇÃO
A transmissão da forma mais comum de TB, a pulmonar, ocorre pela emissão de bacilos
durante a fala, espirro ou tosse. Portanto, quanto maior o número de pessoas com expectoração
bacilífera na comunidade, maior será a probabilidade de disseminação da TB (MISAU, 2007).
O tratamento para tuberculose é feito com a toma de antibióticos orais, como a Isoniazida e a
Rifampicina, que eliminam do organismo a bactéria que provoca o surgimento da doença. Uma
vez que a bactéria é muito resistente, é necessário fazer o tratamento por cerca de 6 meses,
embora, em alguns casos, possa durar entre 18 meses a 2 anos até se atingir a cura.
2
Moçambique faz parte do grupo dos 22 Países com o maior peso de TB. Os outros são: India,
China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, África do Sul, Filipinas, Federação da
Rússia, Etiópia, Kenia, RD Congo, Vietname, Tanzânia, Brazil, Tailândia, Zimbabwe,
Camboja, Myanmar, Uganda e Afganistão. Estes países contribuem com 80% dos casos novos
de TB (todas as formas), estimados em todo o mundo anualmente (OMS, 2015).
A Populaçäo tem tido em alguns casos recorido ao tratamento tradicional para a cura da
tuberculose, esse trabalho irá ajudar a dessiminar informações para que a populaçäo opte por se
dirigir ao hospital para o tratamento da TB.
Outros direitos humanos relacionados com a saúde são também reconhecidos, incluindo o
direito ao trabalho, à habitação e a ser livre de tortura.
Neste contexto, com o fenómeno transversal à sociedade, a questão da Tuberculose é hoje uma
realidade incontornável à escala universal que carece de uma abordagem global e permanente,
que projecte, na medida do possível, soluções integradas e universais.
3
Estas foram as razões fundamentais que levaram a autora a escolha deste tema em estudo.
1.5. Problematização
A Tuberculose pulmonar é uma infecção bacteriana contagiosa que afecta principalmente os
pulmões, mas que pode se espalhar para outros órgãos e é por um microrganismo chamado
Mycobacterium tuberculosis, também conhecido por Bacilo de koch.
Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), nove milhões de pessoas contraíram
a bactéria causadora da tuberculose em 2013. Dessas, 1,5 milhão morreu em decorrência da
doença, sendo que aproximadamente 95% dessas mortes ocorreram em países menos
desenvolvidos. Apesar dos altos números, a incidência de tuberculose está caindo lentamente
ano a ano. De 1990 até os dias actuais, o número de mortes causadas pela doença caiu 45% e a
estimativa, ainda de acordo com a OMS, é que a epidemia seja controlada até 2019.
Portanto, Moçambique faz parte dos 22 países a nível mundial com maior peso da TB. Estes 22
países contribuem com cerca de 80% de casos novos de TB estimados anualmente. Segundo
dados do MISAU (2009), Moçambique notificou em 2009 mais de 39.500 casos de TB.
Entretanto, a tuberculose, embora prevenível e tratável com medicamentos de baixo custo e
alta eficácia, vem apresentando recrudescência, com repercussões nos níveis de saúde e
mortalidade. Esta doença pode manifestar-se por sinais e sintomas como tosse persistente com
produção de expectoração, febre, suor excessivo à noite, perda do apetite emagrecimento,
fraqueza, podendo ocorrer sangue na expectoração ou tosse com sangue vivo.
Esta doença ocorre em todo mundo, sendo mais comum nas áreas onde há muita pobreza,
promiscuidade, desnutrição, más condições de higiene e uma saúde pública deficitária.
O aparecimento da SIDA no início da década de 80 determinou uma nova forma de associação
4
1.7. Objectivos
1.7.1. Geral
Estudar o Nivel de percepçäo da populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da
tuberculose pulmonar
1.7.2. Específicos
Analisa o nível de percepção da população da Localidade de Chitobe na cura da
tuberculose pulmonar;
Descrever os aspectos que fazem com que as pessoas optem por vias inadequadas
durante o tratamento da Tuberculose nessa Localidade
1.7.3. Entrevista
Esta técnica de recolha de dados envolverá perguntas dirigidas ao Técnico da Saúde. Estas
perguntas facilitaram em apurar o grau de envolvimento dos mesmos na mitigação da
Tuberculose. O Seu empregue se fundamenta no facto de que pode ser usada em indivíduos
mais esclarecidos, permitindo que os questionários sejam respondidos de forma aberta.
1.7.4. Inquérito
O Inquérito tem a vantagem de poder ser aplicado simultaneamente a um grande número de
informantes; seu anonimato pode representar uma segunda vantagem sobre a entrevista”. Para
além destas vantagens, o inquérito permite que o questionado se sinta à vontade e confiante,
respondendo as questões sem a suposta pressão do pesquisador.
1.7.5. Observação
Esta técnica basear-se-á na identificação de actividades que culmina com incidências de casos
de Tuberculose pulmonar estudo e descrição das características físicas/Geográficas assim como
biológicas do local a todos os níveis desde característica dos solos, tipos de habitações, a
frequência da prática de actividade e instrumentos usados, técnicas, solos.
Esta doença ocorre em todo mundo. A Organização Mundial de Saúde estimou a presença de 8
milhões de novos casos de tuberculose ativa no mundo somente no ano de 1990, com
aproximadamente 2,6 milhões de mortes naquele ano. Com o surgimento da Síndrome da
Imunodeficiência Humana (SIDA) no início da década de 80, o número de casos da doença
aumentou bastante.
A tuberculose é mais comum nas áreas do mundo onde há muita pobreza, promiscuidade,
desnutrição, má condição de higiene e uma saúde pública deficitária. Os países com maior
incidência da doença são a Índia, China, Indonésia, Bangladesh, Nigéria, Paquistão, Filipinas;
A incidência da doença durante a revolução industrial, dos séculos (XVIII e XIX) a doença foi
conhecida como peste branca.
Os lactentes infectados tem um risco de 10% de desenvolver a doença durante a sua vida.
Segundo Brambatti Lp, Carvalho (1995), definem a tuberculose como sendo uma doença
transmissível aguda ou crónica, causada por mycobacterium tuberculoses que quase sempre
afecta os pulmões, mas pode atingir qualquer órgão ou tecido do corpo.
8
As pessoas de baixas condições sociais que partilham os mesmos quartos de casas pequenas e
mal ventiladas com uma pessoa com tuberculose pulmonar, têm maior probabilidade de
adquirir a doença do que outras que têm contactos esporádicos com um doente.
Efectivamente a contagiosidade da doença é favorecida por alguns factores, como a extensão
da doença, a libertação de secreções respiratórias no ambiente (através do acto de tossir, falar,
cantar ou espirrar), as condições ambientais (ventilação e luminosidade), o tempo de exposição
da pessoa sã à doente.
Desta forma o risco de contracção da doença é maior para quem vive em áreas de grande
prevalência da doença, para os profissionais de saúde desta área e para quem está confinado a
locais de grande concentração de pessoas (lares, prisões, quartéis, etc.).
Existe também alguma predisposição genética. As pessoas de raça negra parecem ser mais
susceptíveis à infecção pelo bacilo da tuberculose. A idade avançada, desnutrição, alcoolismo,
9
A pessoa sadia inala gotículas, dispersas no ar, de secreção respiratória do indivíduo doente.
Este, ao tossir, espirrar ou falar, espalha no ambiente as gotículas contaminadas, que podem
sobreviver, dispersas no ar, por horas, desde que não tenham contato com a luz solar. A pessoa
sadia, respirando no ambiente contaminado, acaba inalando esta micobactéria que se
implantará num local do pulmão. Em poucas semanas, uma pequena inflamação ocorrerá na
zona de implantação. Não é ainda uma doença. É o primeiro contato do germe com o
organismo (primoinfeção). Depois disso, esta bactéria pode se espalhar e se alojar em vários
locais do corpo.
Se o sistema de defesa do organismo estiver com uma boa vigilância, na maioria dos casos, a
bactéria não causará doença, ficará sem atividade (período latente). Se, em algum momento da
vida, este sistema de defesa diminuir, a bactéria que estava no período latente poderá entrar em
atividade e vir a causar doença. Mas, também há a possibilidade da pessoa adquirir a doença no
primeiro contacto com o germe.
Então, após a transmissão do bacilo de Koch pela via inalatória, quatro situações podem
ocorrer:
O indivíduo, através de suas defesas, elimina o bacilo;
A bactéria se desenvolve, mas não causa a doença;
A tuberculose se desenvolve, causando a doença – chamada de tuberculose primária;
A ativação da doença vários anos depois – chamada de tuberculose pós-primária (por
reativação endógena).
Existe também a tuberculose pós-primária a partir de um novo contágio que ocorre,
usualmente, por um germe mais virulento (agressivo).
A contagiosidade da doença depende:
Da extensão da doença – por exemplo, pessoas com “cavernas” no pulmão ou nos
pulmões, tem maior chance de contaminar outras pessoas. As “cavernas” são lesões
como cavidades causadas pelo bacilo da tuberculose no doente. Dentro destas lesões
existem muitos bacilos;
Da liberação de secreções respiratórias no ambiente através do ato de tossir, falar,
cantar ou espirrar;
10
Das condições do ambiente – locais com pouca luz e mal ventilados favorecem o
contágio;
Do tempo de exposição do indivíduo sadio com o doente.
Devemos lembrar que a intensidade do contato é importante. A pessoa de baixa renda que vive
no mesmo quarto de uma casa pequena e mal ventilada com uma pessoa com tuberculose
pulmonar, está mais propensa a adquirir a doença do que outra que tem contato eventual ou ao
ar livre com um doente.
Por outro lado, os bacilos que são depositados pelo doente em toalhas, roupas, copos, pratos e
outros não representam um risco para transmissão da doença.
Segundo o relatório anual de 2001, foram registados 13964 casos de tuberculose pulmonar com
baciloscopias positivas com aumento de 5% comparando com os 13257 casos registados no
2000 (INE, MISAU, UNICEF, 2009). Dos casos da tuberculose pulmonar com baciloscopias
positivas registados aproximadamente 1.5% que corresponde a 216 casos são crianças com
menos de 15 anos de idade. De salientar que o problema de associação e HIV em doentes
tuberculosos levou a OMS, a invalidar o RAI (risco anual de infecção) como base para calcular
os casos esperados.
Para isso, é muito importante um bom sistema público de controlo da doença, para identificar
precocemente os doentes, evitando que novos casos apareçam.
O doente durante as duas primeiras semanas de tratamento pode contagiar ainda outros
indivíduos. Portanto, deve proteger a boca com a mão ao tossir ou espirrar. Também deverá
procurar não ficar próximo, principalmente em lugares fechados, às pessoas sadias. Estes são
cuidados simples para que a doença não contamine outros indivíduos.
Outra conduta importante é o controlo dos comunicantes. Comunicantes são aquelas pessoas
que têm contato íntimo com o doente (vivem na mesma casa, por exemplo). Estes devem ser
investigados pelo médico assistente através de exames solicitados na consulta médica.
Se for indicado, os comunicantes devem iniciar a quimioprofilaxia, um tratamento feito com
isoniazida com o intuito de prevenir a doença nos comunicantes. Ela é realizada durante seis
meses. Em alguns casos especiais, podem durar mais tempo. A tuberculose pode ser evitada
através da vacinação que protege, pelo menos, das formas mais graves da doença. Importa ter a
noção de que, estando a infecção já instalada, quanto mais rápido for feito o diagnóstico, e
iniciado o tratamento, menos a doença se agrava e menos perigo de contágio existe. Por isso,
quando na presença de alguns dos sinais e sintomas referidos, devem imediatamente procurar
os serviços de saúde.
Moçambique figuras da lista dos 22 Países do mundo considerados High bordem countries,
onde os índices da doença são bastante elevados, ocupando
b) Política
Moçambique foi pioneiro na introdução da estratégia DOTS (Tratamento de Curta Duração sob
Observação Directa) em finais da década de 80. As políticas são as desenvolvidas dentro dos
16
3. Referência Bibliográfica
GIL, António Carlos; Como elaborar projecto de pesquisa; 4ª edição, São Paulo: Atlas, 2002.
INE, MISAU, UNICEF. Resultados do Inquérito sobre Indicadores Múltiplos (MICS) 2008
Maputo: Instituto Nacional de Estatística; 2009.
Lima MB, Mello DA, Morais AP, Silva WC. Estudo de casos sobre abandono do tratamento
da tuberculose: avaliação do atendimento, percepção e conhecimentos sobre a doença na
perspectiva dos clientes (Fortaleza, Ceará, Brasil). Cad Saúde Pública. 2001;17(4): 877-85.
Ministério da Saúde (MISAU). 2001. Plano Estratégico do Sector de Saúde 2001- 2005-2010.
RIBEIRO, L. A luta contra a tuberculose no Brasil. Rio de Janeiro, Sul Americana, 1956;
RUFFINO, N.A. & PEREIRA, J.C. Mortalidade por tuberculose e condições de vida: o caso
Rio de Janeiro. Debate (12): 27-34,1981;
STYBLO, K. ; MEIJER, J. & SUTHERLAND, I. The transmission of tubercle bacilli, its trend
in human population. Bull. Union Inter. Against Tuberc., 42: 5-104, 1969.
Legislação:
3.2. Apêndices
Caro residente:
O presente inquérito tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para elaboração
de trabalho de conclusão do curso de licenciatura em ensino de Biologia. O trabalho cujo tema
Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no
Centro de Saude de Chitobe - Machaze.
Com este trabalho pretende-se Estudar o Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de
Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no Centro de Saude de Chitobe - Machaze..
Todas as informações que irá fornecer serão confidenciais, por este motivo não será necessário
que se identifique. A sua honestidade e sinceridade nas respostas é de grande importância.
Agradece-se a sua colaboração!
1. Nível de Escolaridade?
Primário________
Secundário_________
Superior__________
Sem Nível____________
21
Sim………………………..
Não……………………….
Talvez………………………..
Indiferente……………….
3. Já teve Tuberculose?
Sim……………………….. Não……………………….
8. Quando tem sintomas ou sente sintomas para onde busca o tratamento medico?
Hospital……. Curandeiro………. Recorre as plantas medicinais…….
Não sei……
Outras causas……
10. Sabe que a tuberculose tem cura, quando for ao hospital assim que tomar conhecimento dos
sinas e sintomas?
11. Sim……………………….. Não……………………….
GUIÃO DE ENTREVISTA DIRIGIDA AO TÉCNICO DE SAÚDE
A presente Entrevista tem um carácter académico e destina-se a recolher dados para elaboração
de trabalho de conclusão do curso de licenciatura em ensino de Biologia. O trabalho cujo tema
Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no
Centro de Saude de Chitobe - Machaze.
Com este trabalho pretende-se Estudar o Nível de perceção da Populaçäo da Localidade de
Chitobe na cura da Tuberculose Pulmonar no Centro de Saude de Chitobe - Machaze..
Todas as informações que irá fornecer serão confidenciais, por este motivo não será necessário
que se identifique. A sua honestidade e sinceridade nas respostas é de grande importância.
Agradece-se a sua colaboração!
4. Como Técnico de Saúde, qual é o seu grau de satisfação em tratar o seu semelhante, um
ser humano dotado de desejos e direitos?
5. A falta de recursos institucionais, sociais e preparo prévio dos profissionais para actuar
neste contexto social da cura da TB?
6. Quais são as acções levado a cabo pela Unidade Sanitária para promover
encorajamento, despertar e estimular o interesse para a adesão ao tratamento?
23
Índice
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................................1
1.5. Problematização.....................................................................................................................3
1.7. Objectivos..............................................................................................................................4
1.7.1. Geral....................................................................................................................................4
1.7.2. Específicos..........................................................................................................................4
1.7.3. Entrevista............................................................................................................................5
1.7.4. Inquérito..............................................................................................................................5
1.7.5. Observação..........................................................................................................................6
3. Referência Bibliográfica.........................................................................................................18