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CÓDIGO DE HONRA DOS SAMURAIS - BUSHIDO

Kara (vazio), Te (mão) Do (caminho). Do é a filosofia e o misticismo que


impregnou e deu o refinamento a todos estes sistemas e disciplinas. O DO é o
aporte que o ZEN BUDISMO oferece a todos os praticantes de Ken-do, Karate-
Dô, Aiki-do, etc., junto com o ZAKEN (meditação Zen budista); enfim trata-se do
caminho que leva o homem a reencontrar sua própria essência, percorrendo o
caminho que é conhecido com o nome de BUDO, ou seja, o caminho da
iluminação. É onde as artes de conflito adquirem uma predominância mística,
religiosa e quase sobrenatural.

A essência de todas estas artes está impressa num Código de Honra, que
conhecemos hoje sob o nome de BUSHIDO (literalmente caminho do Cavaleiro
Militar). Este Código que deu a razão de ser de geração e gerações de Mestres
e discípulos e mais tarde tornou-se pilar dos ensinamentos dos nobres
guerreiros japoneses.

CÓDIGO DE HONRA DOS SAMUARIS – BUSHIDO


Não tenho Pais, Faço do Céu e da Terra meus Pais.
Não tenho Lar, Faço do * Saika Tandem meu Lar.
Não tenho Poder Divino, Faço da Honestidade meu Poder.
Não tenho condutas, Faço da Humildade minha maneira de relacionamento. –
Não tenho Poder Mágico, Faço da minha Personalidade minha magia.
Não tenho vida nem morte, Faço da eternidade a minha vida e a minha morte.
Não tenho Corpo, Faço da Coragem meu corpo.
Não tenho Olhos, Faço do Relâmpago meus olhos.
Não tenho Ouvidos, Faço da sensibilidade meus ouvidos.
Não tenho Membros, Faço da vivacidade meus membros.
Não tenho Leis, Faço da auto proteção minha lei.
Não tenho Projetos, Faço da Oportunidade meus planos.
Não tenho estratégia, Faço da Liberdade de matar e de recussitar minha
estratégia.
Não sou um Prodígio, Faço do Respeito à verdadeira Doutrina meu milagre.
Não tenho Dogmas Rígidos, Faço da Adaptabilidade a todas as coisas o meu
Princípio.
Não tenho Forma, Faço da Astúcia minha forma.
Não tenho Milagres, Faço da Justiça meus milagres.
Não tenho Táticas, Faço da rapidez minha tática.
Não tenho amigos, Faço da Mente meu amigo.
Não tenho Inimigos, Faço da Imprudência meu inimigo.
Não tenho Armadura, Faço da minha sinceridade e retidão minha armadura.
Não tenho castelo fortificado para me defender, Faço da minha sabedoria meu
castelo.
Não tenho espada, faço da minha calma e silêncio espiritual minha espada.
* SAIKA TANDEM: ponto de equilíbrio do corpo humano, localizado 4 dedos
abaixo do umbigo.
BU-SHI-DO significa literalmente Militar-Cavaleiro-Caminho, os princípios que
os guerreiros devem observar, tanto em sua diária como em sua profissão; em
uma palavra, são os preceitos do Cavalheirismo a Nobre Obrigação da Classe
guerreira. Bushido, pois, é o Código de Princípios Morais que os cavaleiros
deviam ou aprendiam a observar.
Não é um Código escrito; quando muito consta de umas poucas palavras que
correram de boca em boca ou saíram da pena de algum grande guerreiro ou
sábio. Com muita freqüência é um Código não enunciado e nem escrito, que
possui em troca, a poderosa sanção de fatos verdadeiros, de uma lei escrita
nas fibras do coração. Foi estabelecido não por obra de um cérebro criador, ou
sobre a vida de um só personagem, por renomado que fosse. Foi o produto
orgânico de décadas e séculos de experiência militar. No Japão como na
Europa, quando se inaugurou oficialmente o Feudalismo, a classe profissional
dos guerreiros adquiriu uma posição proeminente. Estes guerreiros eram
conhecidos como o nome de “SAMURAI” que significa literalmente, guarda ou
acompanhante, de um caráter semelhante a dos Soldituri cuja existência na
Aquitânia menciona César, ou Condes, que segundo Tácito, seguia os chefes
germânicos de seu tempo; ou tomado um exemplo ainda posterior, os militares
imediatos de que se lê na história da Europa Medieval.

FONTES DO BUSHIDO – Estas cinco relações morais se correspondem como


cinco virtudes Cardinais que são:
1 – Benevolência, que inclui: Espírito público, Piedade filial, etc.
2 – Retidão, que compreende: Valor, fraternidade, integridade, pureza, etc.
3 – Correção, que engloba: Respeito, caução, humildade, deferência, etc.
4 – Conhecimento, que inclui: Conhecimento do Homem, da Natureza e do
destino.
5 – Boa Fé, que compreende: Verdade, sensibilidade, sinceridade, honestidade.
O BUSHIDO tratou ligeiramente do puro conhecimento. Não se buscava como
fim substancial, mas como um meio parta a aquisição da SABEDORIA.
O homem que se detém no puro conhecimento sem chegar a seu fim maior, era
considerado não mais que uma máquina útil capaz de fabricar máximas e
poemas a ordem. Assim o conhecimento se identifica com sua aplicação prática
na vida, a esta doutrina Socrática encontra seu mais constante expositor no
filósofo chinês Wang Yanng Ming que jamais cansou de repetir,
“ Saber e Fazer não são mais que uma coisa”.
RETIDÃO E JUSTIÇA – Este é o mais poderoso preceito no Código do
Samurai. Não há mais repugnante para um Samurai que os atos dissimulados
ou as empresas tortuosas. Retidão é a faculdade de decidir certa linha de
conduta, de acordo com a razão, sem titubear. Morrer quando é justo morrer,
matar quando é justo matar.
Disse outro Bushi, “Retidão é o esqueleto que presta firmeza e mantém a
estrutura. Assim como sem os ossos a cabeça não pode descansar sobre os
ombros, nem as mãos mover-se nem pés sustentar-se, também sem retidão,
nem talento nem estudo pode-se converter um ser humano num Samurai.
Mêncio chama a Benevolência o espírito do homem, e a retidão seu caminho.
“Quando lamentável, exclama, é esquecer o caminho e não seguí-lo, perder o
Espírito e não saber buscá-lo! ”A Retidão é o caminho estreito que o homem
deve tomar para recobrar o paraíso perdido.

O VALOR, A AUDÁCIA E O SOFRIMENTO – Confúcio define o valor por seu


contrário, ao dizer: “Conhecer o que é justo, e não executá-lo, denota falha de
valor. O verdadeiro valor consiste em viver quando é justo viver, e morrer
quando é justo morrer.”
Os filhos dos Samurais eram desde muito pequenos educados nas disciplinas
mais rígidas; levantavam-se antes do sol; dirigiam-se à casa dos Mestres com
os pés descalços e no mais frio inverno, passavam as noites sem dormir, lendo
livros em voz alta, visitavam sozinhos durante a noite os lugares de execução,
etc.
O aspecto espiritual do valor se manifesta na compostura, a tranqüila presença
do espírito. A tranqüilidade é o valor em repouso; é manifestação estática do
valor, assim como os atos audaciosos são uma manifestação dinâmica. Um
homem verdadeiramente valoroso está sempre sereno; jamais é tomado de
surpresa, nada perturba a equanimidade de seu espírito. No auge da batalha
permanece frio; no meio catástrofes mantém seu espírito em repouso, os
terremotos não o abalam e ri na tempestade.
Verdadeiramente grande é quem em presença imediata de um perigo de morte,
conserva o domínio sobre si mesmo, quem não compor um poema estando
ameaçado de um grande perigo ou cantarolar uma canção frente à morte; levar
a termo uma dessas ações sem que trema a perna ou a voz, se considera como
prova infalível de uma natureza forte, que longe de saturar-se tem sempre lugar
para algo mais”.

Ota Dokan, o grande fundador do Castelo de Tóquio, foi atravessado por uma
lança; seu assassino, conhecendo as tendências poéticas de sua vítima
acompanhou o golpe com este verso: Ah! Quão certo é, que em momentos
como este, nosso coração chora a fragilidade da vida” e, no mesmo instante, o
herói experiente, sem acovardar-se pela ferida mortal, respondeu: “Se é que em
horas de Paz não aprendemos a olhar a vida com indiferença”. Coisas que são
sérias para os mortais podem ser consideradas como um jogo para um valente.
Daí que as antigas guerras não fosse coisa rara, que as partes beligerantes
fizessem um torneio de poemas ou iniciassem uma discussão retórica. Um
combate não era somente um assunto de força bruta; era também uma luta
intelectual. ”Deveis estar orgulhosos de nossos inimigos, porque então o triunfo
de vosso”. O valor e a Honra pedem que não sejamos inimigos na guerra,
senão de quem mereça ser nosso amigo na Paz.

A BENEVOLÊNCIA – “O sentimento de compaixão, o amor, a magnanimidade,


o afeto aos demais, a simpatia, foram considerados sempre as virtudes
supremas, os mais altos atributos da alma humana”.
“A retidão levada ao extremo se petrifica em rigidez; a benevolência praticada
sem medida se funde em debilidade”.

Os mais bravos são os mais termos. A ternura de um Bushi se encontra


simbolicamente representada na flor de cerejeira; ela constantemente lhe
lembrava que o homem é como uma flor sobre a terra nasce de uma semente,
cresce, entrega seu perfume e sua cor para converter-se em fruto, guardando
em si muitas sementes.
A CORTESIA – Em uma forma superior, a cortesia quase se confunde com o
Amor, supondo que se há de fazer uma coisa, sem dúvida que haverá uma
maneira melhor que a outra para fazê-la e, que a melhor maneira, será a mais
econômica e a mais bela. A verdadeira graça significa então economia de
movimento.
As belas maneiras significam poder em repouso. Os Mestres do Kyudo
(caminho do arco e flecha) ensinam que para que a flecha acerte o alvo, existe
somente um ponto e, para errar, infinitos pontos…. Aqui também se observa
esse princípio de economia e ordem natural, que nos sugere a procura desse
caminho que une todas as coisas.
A HONRA – O sentimento de Honra implica uma consciência clara de
dignidade e de merecimento pessoal”. Ofender-se por provocação considerava-
se mesquinho e ridículo e como uma forma de caráter fraco. Um ensinamento
diz: A verdadeira paciência consiste em suportar as coisas que nos parecem
insuportáveis”. A Honra, considerada como a justa valorização dos demais, e
este princípio do Bushido, elevado a sua máxima expressão filosófica
transmutam-se em compreensão e amor. Daí, nasce talvez este outro
ensinamento que diz: “Se o adversário é inferior a ti, por que brigar? Se o
adversário é superior a ti, por que brigar?
Se o adversário é igual a ti, compreenderá o que tu compreendes e não haverá
luta.”
Este é dos princípios da não violência que durante muito tempo alimentou o
autêntico espírito das Artes Marciais. A Honra não é orgulho, senão consciência
real do que se possui. Fala-se que em um tempo, vivia um jovem guerreiro, que
ao jogar diariamente com a vida e a morte, devido à sua profissão chegou a
questionar-se.
Desejava saber o que era o CÉU e o INFERNO. Quando seu coração já não
podia mais suportar este mistério, dirigiu-se a uma montanha em busca de um
sacerdote ancião, para que o iluminasse com seus ensinamentos. Ao encontrá-
lo. Saudou-o reverentemente e lhe disse: Oh! Venerável senhor, desejaria que
me instruísse sobre ò que é o CÉU e o INFERNO. Ao que o Mestre respondeu:
Esta pergunta é mais própria de um camponês que de um guerreiro como tu, a
não ser que sejas um camponês disfarçado. “Como dizes? Replicou o jovem
samurai. Digo que nem pareces um guerreiro, não somente pela sua infantil
pergunta, senão também pelas roupas que levas.”
A tudo isto, o acidental discípulo já estava vermelho de ira por semelhante
insulto e o sacerdote continuou. “Tua falta de controle afirma minha suposição”
E já não suportando mais, o Samurai despoja a sua espada e sua ira. Nesse
momento, com um gesto enérgico o monge lhe diz:” Observa, isto é o
INFERNO”, o jovem sentiu-se como que atravessado por uma flecha de
vergonha, baixando a cabeça e guardando cerimonialmente a espada falou:
“Perdão senhor, agora compreendo teu ensinamento” ao que o Mestre
respondeu:” Observa, isto é o CÉU.” A honra é o domínio e fortaleza interna.
”Ainda que me desnudes e insultes, que importa?…. Não poderás manchar
minha ALMA com teu ultraje.

DOMÍNIO DE SI MESMO – “Não dá sinais de alegria, nem tristeza”, era a frase


comum dos Samurais, para designar uma pessoa de caráter enérgico. Um
jovem guerreiro escreveu: “Sentes o fundo de tua alma comovido por
pensamentos ternos? é momento em que germinam as sementes. Não o
perturbes com palavras, deixa que trabalhe só, na calma e em segredo”.
“Encerrar com palavras articuladas, os pensamentos e sentimentos mais
íntimos, era considerados como um sinal infalível de que esse pensamento e
sentimento não era assim tão profundos, nem muito sinceros”. Diz um provérbio
popular: “Não vale mais que um centavo, aquele que abrindo a boca o conteúdo
de seu coração. A linguagem é com freqüência, a arte de disfarçar
pensamentos. Para a mentalidade dos Bushi, o domínio sobre os nossos
pensamentos e emoções é o único juiz que pode determinar em que momentos,
perdida a Honra, a morte converte-se em descanso, em asilo seguro, contra a
desonra. O equilíbrio interior nos leva a buscar a morte não como pode fazer
um louco, nem escapar dela como faria um covarde, senão esperá-la em
qualquer momento. “Sofrer e fazer frente a todas as calamidades e
adversidades com paciência e com consciência pura”. “Quando o Céu está a
ponto de conferir um grande trabalho a alguém, primeiro exercita seu espírito no
sofrimento, seus nervos na preocupação e seus ossos na fadiga: expõe seu
corpo à fome e o sujeita a extrema pobreza e o faz fracassar em suas
empresas. Por estes caminhos todos, estimula o espírito, endurece o corpo e
remedia toda sua deficiência”.
A ESPADA, A ALMA DO SAMURAI – Desde muito cedo, o Samurai aprendia
Esgrima. Aos cinco anos, se vestia como todo traje de Samurai e, se colocava
sobre um trabalho de GO (supõe-se que represente campo de batalha) e,
iniciava-se nos mistérios da profissão militar, atravessando em seu cinturão
uma espada de madeira; em seguida, a espada era substituída por outra de
madeira dourada e, depois de alguns anos passava a usar a outra, verdadeira,
porém, sem fio. Aos 15 anos, passavam a ter espadas com grande corte.
Durante o dia, eram guardadas no lugar mais visível da casa. À noite, vela o
descanso de seu amo, junto à almofada, ao alcance de sua mão. A veneração
que recebiam as espadas converteu-se em adoração e em objeto de culto. A
espada é o símbolo dos poderes da alma, o poder criador e destruidor,
representados em cada um de seus fios. Simboliza a manifestação dual da
natureza, a polarização do Universo, se associa ao Sol e a Sabedoria, que corta
os nós da dúvida e do temor. A Bainha representa o Corpo Físico, que serve de
templo protetor. O conjunto é o seus períodos de atividades e repouso. Ao
desnudar o aço, é a alma que atua com rapidez como raio e com mestria,
seguindo nas danças o movimento dos astros e, quando recolhia, só deve ser
guardada, envolvida em seda ou couro. Um lema antigo sempre lembrava ao
Samurai o seguinte: “Não me desnudes sem motivo. Não me guardes sem
honra”;
KYOKUSHINKAIKAN E A ESPADA
A espada Japonesa é uma excelente comparação com o Kyokushinkaikan
Karate. Não é somente uma arma perigosa, uma arma desenhada para matar
eficazmente, mas também é uma bela obra de arte. É assim deveria ser um
praticante de Kyokushinkaikan Karate. Uma pessoa tem a escolha de utilizar a
arte para se desenvolver numa peça de beleza ou numa arma totalmente
destrutiva e insensível. Torna-se numa pessoa civilizada e atenta. A arte ensina
como se viver e como morrer; como dosar vida e como tirá-la. O coração
deveria mostrar a beleza artística da espada. A vida é uma luta constante; vive-
se com a pureza e com a intensidade de uma espada, deliberadamente e com
espírito infalível do seu corte.

O CÓDIGO MORAL – BUSHIDO


HONRA (MEIYO)

É a qualidade essencial. Ninguém pode pretender ser Budoka (guerreiro no


sentido nobre da expressão) se não tiver uma postura honorífica. É da honra
que partem todas as outras qualidades. É um código moral e um ideal, de
maneira a ter sempre um comportamento digno e respeitável.
FIDELIDADE (CHIJITSU)

Não pode existir honra sem fidelidade e a lealdade em relação a certos ideais e
para quem os partilha. Ela simboliza a necessidade de cumprir as promessas.

SINCERIDADE (SEUITSU)

A fidelidade necessita de sinceridade nas palavras e nos atos. A mentira arrasta


a desconfiança que é a origem de todas as separações. No Kyokushinkaikan, a
saudação é a expressão dessa sinceridade, é o sinal daquele que não se
esconde os seus sentimentos, pensamentos, daquele que sabe ser autêntico.

CORAGEM (YUUKI ou YUUKAN)

A força da alma que permite enfrentar o sofrimento chama-se Coragem. É essa


Coragem que nos leva a fazer respeitar o que aos nossos olhos nos parece
justo, e que apesar de medo e receio nos permite enfrentar os obstáculos.

BONDADE (SHINTETSU)

A bondade é um sinal de coragem e que mostra um grande sentido de


humanidade. Ela leva-nos a ser atento para com o próximo e ao que nos rodeia,
a ser respeitoso para com a vida.

HUMILDADE (KEN)

Saber ser humilde isento de orgulho e vaidade, sem fingir, são garantias da
modéstia.

VERTICALIDADE (TADASHI ou SEI)

Seguir a linha do dever e nunca mais se desviar. Lealdade, honestidade e


sinceridade são os pilares dessa verticalidade.

RESPEITO (SONCHOO)

A verticalidade dá origem ao respeito para com o próximo. A gentileza é a


expressão desse respeito para com o próximo quaisquer que sejam as suas
qualidades, fraqueza ou posição social. Saber tratar as pessoas e as coisas
com decência e respeitar o sagrado é o primeiro dever de um Budoka.

CONTROLE (SEIGYO)

Qualidade essencial para todo o faixa preta representa a possibilidade de


dominar os nossos sentimentos, impulsos e controlar o nosso instinto. É um dos
principais objetivos da prática do Kyokushinkaikan Karate porque condiciona
toda a nossa eficácia.

O que diz o Hagakure, o manual dos guerreiros


samurais
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Os samurais já formaram o poder dominante no


Japão e, em torno destes antigos guerreiros,
havia um forte código de honra e lealdade.
Há um livro escrito por um samurai que nos remete ao mundo de ideais destes
soldados da aristocracia japonesa, tão hábeis na luta com a katana. A obra
Hagakure - que significa “Escondido pelas Folhas” ou “Folhas Escondidas” - é
uma compilação dos tradicionais códigos guerreiros dos samurais (o Bushido),
escrito pelo mestre Yamamoto Tsunemoto, aprendiz entre 1710 e 1717.

O Hagakure expõe de modo detalhado e contundente uma forma de viver que,


por séculos, guiou a existência das pessoas que escolheram a vida de
samurai. Abaixo, seguem alguns fragmentos do famoso livro:

- "Se você é muito rígido, seus subordinados serão desleais. Mas se você
confia demais neles, serão indisciplinados".
- "Se uma chuva repentina o pegar desprevenido, não corra estupidamente pela
estrada nem se proteja nas marquises das casas. De qualquer maneira, você se
molhará. Aceite-a desde o início e continue seu caminho (...). Use essa lição
para tudo".

- "O Bushido é uma “forma de morrer” (...). Um samurai vassalo está sempre
pronto e disposto a morrer em qualquer momento para ser totalmente fiel ao
seu mestre".

- "Quando você ficar doente ou aborrecido, saberá quem são seus verdadeiros
amigos".

- "A sabedoria vem de prestar atenção às pessoas sábias. O amor vem de lutar
sempre pelo bem dos demais e em colocar os outros antes de si mesmo. A
coragem surge apenas com o ranger dos dentes e com a determinação de se
chocar com qualquer barreira que se coloque no caminho, sem pensar nas
consequências".

- "Certamente, não há nada mais importante na vida do que o que fazemos


neste momento, no presente".

Apesar de antigos, não há como negar que muitos desses ensinamentos


samurais ainda são atuais nas nossas relações humanas. 

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