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Tudo isso influi para a o que vou chamar de “formação linguística do indivíduo” pois o
lugar onde vive define como ele se comunica e, consequentemente, sua maneira de ver o
mundo.
A maneira de comunicar-se de um indivíduo tem muito a ver com a posição social que
ele ocupa, com sua regionalidade (pois essa temática também agrega a comunicação aspectos
específicos), com as informações as quais ele foi exposto, com o contexto histórico, ou seja, com
o meio onde vive: O uso da língua não está atrelado apenas a um sistema de regras, mas também
modalidade de comunicação.
Durante a ditadura militar por exemplo, a comunicação foi uma dar armas usadas pelo
governo afim de trabalhar o consciente do indivíduo, através de estratégias que faziam uso de
formas verbais e não verbais para transmitir uma ideia, instaura-la. Seu vocabulário era
carregado de grande carga ideológica.
Aqueles que eram contrários a ditadura militar, usavam diversos artifícios linguísticos
para que sua mensagem fosse passada sem censura. A consequência era que uma apenas uma
parte da população tinha acesso as críticas feitas a ditadura, por exemplo, músicas que eram
divulgadas a todos, eram compreendidas apenas por uma minoria. Essa diferença de percepção
se dá devido a realidade sócio-econômico-cultural aos quais os envolvidos estavam submetidos.
Apesar dessa verdade, temos que a diversidade, embora tão presente em todos os
contextos existentes, é relativizada. Assim como na época da ditadura, os aspectos econômicos,
sociais e culturais ainda tecem a maneira de definir certo e errado.
Temos de um lado o que é ensinado na escola, e o que é realidade para o falante. Ele
estará sujeito a regionalidades, disposição social e cultural. O que torna o processo de
comunicação muito complexo. Embora ainda tenhamos muito preconceito, estamos ampliando
cada vez mais o horizonte para as variedades linguísticas.