Você pode até duvidar do que eu estou dizendo, pode tentar argumentar, mas neste post eu vou provar,
objetivamente, que Direito Internacional é, sim, a disciplina mais fácil.
Vou expandir esses tópicos e você vai entender o que eu quero dizer:
O fato de as leituras de Direito Internacional serem bem mais curtas dá ensejo a comportamentos
diferentes a depender do candidato.
Aqueles que são proativos e realmente desejam vencer o CACD aproveitam a oportunidade para realizar as
leituras recomendadas múltiplas vezes, assim tornam-se especialistas naquela parte específica do Direito
Internacional e conseguem todos os pontos da prova.
Há também o candidato displicente que, ao ler que a prova de Direito Internacional é a mais fácil, vai
procrastinar até o último mês antes do certame e vai tentar ler todo o conteúdo em alguns dias. Esse
candidato não vai ser aprovado.
Atenção! Quando eu digo que a matéria de Direito Internacional é curta, estou comparando-a com as
demais disciplinas no CACD, não estou afirmando que você será aprovado depois de ler apenas 100
páginas de conteúdo. De qualquer modo, essa é a matéria que, ao ser bem estudada, permite ao
candidato dizer: “tenho certeza que farei boa prova”.
Você é um candidato proativo?
Apesar de não te conhecer, partirei do princípio que você se encaixa no grupo dos candidatos proativos,
que irão seguir as dicas desse guia e que representarão o Brasil pelo mundo na função de diplomata.
Em primeiro lugar, gostaria de deixar claro que as matérias de Direito têm uma peculiaridade: elas não
estão completamente contidas em livros. Embora seja importantíssimo ler as obras que explicam aspectos
doutrinários e sanam as dúvidas mais comuns, todo estudante de Direito sabe que a leitura da “letra fria”
da lei é insubstituível.
Preste muita atenção a isso, porque essa frase vai afetar diretamente o seu rendimento na prova:
É impossível acertar todos os itens da prova sem ler o texto original das leis.
Se você puder reter apenas uma frase de todo esse post, que seja a frase acima.
Eu digo isso com propriedade porque já deixei de ganhar muitos pontos por falta de disciplina nesse
aspecto. É verdade que ninguém gosta de ler leis. Não há narrativa, não há contexto, não há introdução,
não há meio e, pior ainda, parece não ter fim.
Seus avaliadores sabem disso!
Eles estão plenamente cientes que a maioria dos candidatos vai ignorar as frases inseridas naqueles
infindáveis textos de acordos e decretos e é justamente por isso que essas são fontes ideais para a
formulação de itens.
Talvez você não saiba disso, mas há enorme pressão sobre os membros da banca para que não cometam
erros. Imagine se um certame como o Concurso de Admissão à Carreira Diplomática (CACD) é elaborado
com erros em 15 itens. A credibilidade da banca seria afetada brutalmente.
Por essa razão, o elaborador dos itens sente-se muito mais seguro ao retirar frases inteiras das leis
mencionadas no edital. Então, quando os candidatos impetram recursos, a banca pode simplesmente
dizer: “o item está correto, pois a grafia é idêntica àquela contida na lei”.
É verdade que vários livros podem ser utilizados como base para o estudo de Direito Internacional, mas o
CACD tem preferência por determinados autores e isso é observável em provas de anos anteriores.
Para a sua sorte, a bibliografia mais utilizada é curta, simples e agradável.
Recomendo que os candidatos evitem utilizar livros diferentes porque muitos conceitos de Direito
Internacional ainda não foram devidamente estabelecidos, portanto há uma miríade de divergências
doutrinárias.
A maneira mais segura de estudar a disciplina é focar nas leituras que estão de acordo com as inclinações
dos membros avaliadores da banca.
Você não vai encontrar questões eivadas de subjetividade, algo relativamente comum em outras matérias.
Por isso afirmo que a pontuação está completamente nas mãos do candidato. Para aqueles que fazem as
leituras rigorosamente, as questões de Direito Internacional funcionam como um momento de descanso
em meio ao estressante CACD.
As questões dessa disciplina do CACD não são mais difíceis que aquelas
encontradas em outras provas de concursos menores:
Poder utilizar questões de outras provas do Cespe como material de preparação é um privilégio.
Sabemos que nenhum outro concurso tem o mesmo nível de dificuldade do CACD em disciplinas como
História do Brasil, História Mundial, Política Internacional, Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Geografia.
Isso significa que os únicos itens que o candidato pode utilizar como base de estudo são aqueles contidos
em provas anteriores do CACD. Essa característica é particularmente negativa porque não há questões o
suficiente para que o candidato possa praticar o quanto deveria.
É possível exaurir os todos os itens de provas anteriores em alguns dias de estudo. Depois disso, o
candidato é forçado a estudar os mesmos itens novamente. Inicialmente não há problemas, mas depois da
quarta ou quinta revisão, as respostas são completamente memorizadas e os itens perdem grande parte
de sua utilidade.
A prova de Direito Internacional não tem essa limitação. Há, literalmente, mais de mil itens do Cespe
espalhados por diversas provas que têm o mesmo nível de dificuldade do CACD. Para aqueles que estão
dispostos a empregar o esforço necessário, as coletâneas de exercícios, que mencionarei na bibliografia,
são a garantia de notas altíssimas.
Vamos à bibliografia:
Feita essa ressalva, esse material é uma ótima referência para dúvidas mais específicas.
Por vezes somos capazes de resolver itens mesmo sem dominar os conceitos por
completo. Essa não é uma estratégia de estudo inteligente porque a banca costuma
explorar justamente essas fragilidades do aprendizado. Faça tudo aquilo que puder para
eliminar dúvidas, por menores que sejam, enquanto você tem tempo.
Direito Internacional compõe o rol das disciplinas que agregam menos pontos na Primeira Fase do CACD,
entretanto, esses pontos são necessários para que você consiga a tão sonhada aprovação. Atualmente,
devido à concorrência monumental, é virtualmente impossível passar pela primeira fase do certame sem
dominar alguma das matérias.
Não se deixe enganar pela quantidade diminuta de questões dessa disciplina, há uma fila enorme de
candidatos que não conseguiram ser aprovados por conta de 1, 2 ou 3 itens.
Pela última vez faço essa observação: Direito Internacional é o tipo de matéria na qual o investimento em horas
de estudo garante pontos. Não há subjetividade nos itens. Quem estuda com afinco consegue gabaritar a
prova sem maiores dificuldades.
Se você quiser saber mais sobre a prova do CACD ou sobre os principais professores do mercado, visite
este link: como começar a estudar para o CACD.