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KARL MARX

Karl Marx (1818–1883) foi um filósofo e revolucionário socialista


alemão. Criou as bases da doutrina comunista, onde criticou o capitalismo. Sua
filosofia exerceu influência em várias áreas do conhecimento, tais como
Sociologia, Política, Direito, Teologia, Filosofia, Economia, entre outras.
Karl Marx (1818-1883) nasceu em Trèves, cidade ao sul da Prússia -
um dos muitos reinos em que a Alemanha estava fragmentada, no dia 5 de
maio de 1818. Filho de Herschel Marx, advogado e conselheiro da justiça,
descendente de judeu, era perseguido pelo governo absolutista de Frederico
Guilherme III. Em 1835 concluiu o curso ginasial no Liceu Friedrich Wilhelm.
Ainda nesse ano e boa parte de 1836, Karl estudou Direito, História, Filosofia,
Arte e Literatura na Universidade de Bonn.
Karl Marx, foi um revolucionário defensor do socialismo. Além disso,
ele ainda atuou como filósofo, economista, historiador, jornalista e teórico
político.
Marx foi um cientista revolucionário que marcou a história política com
suas ideias. As suas ideias buscavam promover uma distribuição de renda
justa e equilibrada. O seu conceito influenciou a chamada Revolução
Socialista.
Para entender melhor as suas teorias e pensamentos, eles tratavam
sobre a economia, a sociedade e a política, que ficou conhecido como
marxismo. E afirmavam que só através da luta de classes era possível que a
sociedade humana progredisse, ou seja, o proletariado era quem fornecia a
mão de obra para que se produzisse e a burguesia controlava a produção.
Os pensamentos de Karl Marx sobrevivem até hoje, mesmo em um
mundo extremamente capitalista.

FRIEDRICH ENGELS

Por Marcele Juliane Frossard de Araujo


Mestre em Ciências Sociais (PUC-Rio, 2015)
Graduada em Ciências Sociais (UERJ, 2012)

Friedrich Engels nasceu em 28 de novembro de 1820 em Wuppertal,


Alemanha. Filho mais velho de Friedrich Engels e Elise Engels, teve 8 irmãos.
Seu pai era descente de uma família de comerciantes e industriais cujas
atividades se originaram ainda no século XVI, na região de Wuppertal e
Barmen, os negócios foram passados de geração em geração até Engels. Sua
mãe era filha de eruditos e conhecida por sua imaginação fértil e o apreço às
artes e à cultura.
Essa região da Alemanha foi onde mais se desenvolveu o pietismo
(movimento religioso protestante que defendia a supremacia da fé em
detrimento da razão), religião que a família de Engels professava. Além da
religião outra força social moldou o caráter de Engels, a pobreza do distrito
industrial de sua cidade. A região havia se industrializado muito cedo e já sofria
com suas consequências, como pobreza e indigência dos trabalhadores.
No que diz respeito a sua formação, Engels tinha vontade de
ingressar na Universidade de Direito ou se dedicar a escrita literária, mas
declinou de ambas para se dedicar a carreira de empresário, seguindo a
trajetória que a família esperava. Sua formação começou nas empresas da
família e logo depois seu pai o enviou para Bremen, outra cidade alemã, aos 17
anos. Uma curiosidade sobre Engels diz respeito a sua habilidade com línguas,
ele dominava bem o Alemão, Inglês, Espanhol, Italiano, Português e o Francês,
e se vangloriava de poder conversar em 25 idiomas diferentes.
Engels escreveu muitos panfletos em sua juventude sobre questões
políticas e filosóficas polêmicas de sua época, como o dualismo de Hegel e as
teses de Feuerbach. Durante os anos de 1839 a 1842 Engels se estabeleceu
como crítico político e literário, tendo publicado aproximadamente 50 panfletos
e artigos. Em 1842, seu pai o enviou para Manchester como parte do
treinamento que recebia para trabalhar nas empresas da família.
Em 1844 a amizade entre Karl Marx e Engels se estreita, ambos já
haviam se conhecido e trocado cartas em 1841, mas não se entenderam de
início. É neste ano que os dois concluem que seus trabalhos são
complementares e que de forma independente os dois tinham formado a
mesma visão do objetivo da história e dos meios para sua realização. É
também em 1844 que ele publicou suas duas obras mais conhecidas, “A
situação da classe trabalhadora na Inglaterra” e “As origens da família, da
propriedade privada e do Estado”. Em 1848, em parceria com Marx, publicou o
“Manifesto do Partido Comunista”, obra mais conhecida da parceria dos dois.
Em suas obras buscou apresentar as origens do socialismo e
imaginava meios reais de implantação do socialismo científico, termo por ele
criado em oposição aos socialistas que precederam a ele e Marx, os socialistas
utópicos. Também está presente em seu pensamento uma forte crítica a
religião e a família. Ele foi responsável por viabilizar a publicação da obra que
Marx deixou inacabada, “O Capital”, volumes II e III. Friederich Engels morreu
em 5 de agosto de 1895, em Londres.
No século XIX, vários pensadores tinham a preocupação em dar
respostas aos vários problemas sociais que se desenvolviam na sociedade
capitalista. Os socialistas utópicos foram os primeiros a proporem e criarem
teorias de meios que pudessem resolver a diferença entre os membros do
proletariado e da classe burguesa.
Em 1848, os pensadores Karl Marx e Friedrich Engels apareceram
com uma elaborada teoria que visava renovar o socialismo. Para tanto,
realizaram um complexo exercício de reflexão sobre as relações humanas e as
instituições que regulavam as sociedades. Como resultado, obtiveram uma
série de princípios que fundamentaram o marxismo, também conhecido como
socialismo científico.
Por meio do chamado materialismo histórico, compreenderam que
as sociedades humanas viabilizam suas relações a partir da forma pela qual os
bens de produção são distribuídos entre os seus integrantes. Dessa forma, as
condições socioeconômicas (infraestrutura) acabavam determinando como a
cultura, o regime político, a moral e os costumes (superestrutura) se
configurariam.
O pensamento marxista alega que o materialismo dialético seria uma
das molas propulsoras fundamentais que alimentam as transformações
históricas. Dessa forma, no momento em que um sistema econômico passa a
expor os seus problemas e contradições, os homens passam a refletir e lutar
por novas formas de ordenação que possam se adequar às novas demandas.
Por isso, ao avaliar os mais diferenciados contextos históricos, Marx
e Engels chegaram à conclusão de que a história das sociedades humanas se
dá por meio da luta de classes. Nessa perspectiva, o marxismo aponta que a
oposição que se desenvolvia entre nobres e camponeses na Idade Média seria
uma variante da mesma relação de conflito que, no mundo contemporâneo,
ocorre entre a burguesia e o proletariado.
Pensando estrategicamente as contradições do capitalismo, Marx e
Engels defendiam que a superação definitiva de tal sistema seria alcançada por
uma sociedade sem classes. Contudo, para que isso fosse possível, os
trabalhadores deveriam conduzir um processo revolucionário incumbido da
missão de colocar a si mesmos frente ao Estado, com a instalação de uma
ditadura do proletariado.
Esse regime ditatorial teria a função de assumir os meios de
produção e socializar igualmente as riquezas. Dessa forma, seriam dados os
primeiros passos para o alcance de uma sociedade igualitária. Na medida em
que essa situação de igualdade fosse aprimorada, o governo proletário cederia
lugar para uma sociedade comunista onde o Estado e as propriedades seriam
finalmente extintas.

GYÕRGY LUKÁCS

Lukács iniciou sua atividade como escritor aos 17 anos, publicando


artigos de crítica teatral, e a manteve praticamente sem interrupção até sua
morte, ao longo de quase setenta anos, com numerosos ensaios e obras
polêmicas dedicadas a temas filosóficos, políticos e literários.
Frequentou as universidades de Budapeste, Berlim e Heidelberg, e sofreu a
influência de Georg Simmel, Max Weber, Wilhelm Dilthey e do círculo do poeta
Stefan George. Sua primeira obra de repercussão europeia foi "A alma e as
formas", de perspectiva neokantiana. Com o livro "A teoria do romance", o
pensamento de Lukács se abre à história, passando de Kant a Hegel.
Após a Revolução Russa de 1917, converteu-se ao marxismo e veio a ser
comissário do povo para a educação no governo de Bela Kun, na Hungria, em
1919. Exilado, depois, em Viena, publicou "História e consciência de classe",
livro que foi criticado por Zinoviev e Bukharin, mas também pelo
socialdemocrata Karl Kautski. 
Opondo-se à política de Bela Kun, Lukács elaborou, em 1928, teses nas quais
antecipava a linha política da "frente popular", que veio a ser adotada no final
de 1934, época em que o próprio Lukács já se achava exilado na ex-URSS
e Hitler tinha dominado a Alemanha. 
Após a derrota do nazismo, retornou à Hungria e polemizou contra Karl
Jaspers, Jean-Paul Sartre e Merleau-Ponty.
Com o advento da Guerra Fria, Lukács é criticado pelos mentores da política
cultural soviética e húngara. Em 1956, após a denúncia dos crimes de Stálin,
Lukács retornou à atividade política e ocupou no governo de Imre Nagy o
mesmo cargo que ocupara no governo de Bela Kun.
Depois da intervenção das tropas soviéticas na Hungria, esteve exilado durante
cinco meses na Romênia. De volta à Hungria, retomou sua atividade
intelectual, dedicando-se à análise das deformações sofridas pelo marxismo-
leninismo na época de Stálin, bem como à elaboração da obra "A
particularidade do estético" e de uma "Ética", cuja introdução deveria ser uma
"ontologia do ser social"
Apesar dos 86 anos, mantinha-se ativo quando a morte o colheu,
interrompendo lhe o trabalho. Nos últimos anos de vida, continuava a suscitar
controvérsias e era objeto de críticas tanto da parte de marxistas soviéticos e
chineses, como da parte de numerosos marxistas ocidentais, bem como por
liberais e conservadores. 

ANTONIO GRAMSCI

Filósofo marxista italiano e co-fundador do partido comunista, foi


referência do pensamento de esquerda. Viveu em um período de crise do
liberalismo italiano com a ascensão do poder fascista representada pela
revolução Russa.
Nasceu em Ales, na Sardenha, fruto de uma família pobre e
numerosa. Gramsci aos 2 anos de idade foi vítima de uma doença que o
deixou corcunda. Na escola era um aluno brilhante e muito estudioso. Aos 21
anos conseguiu uma bolsa de estudos para estudar letras na faculdade de
Turim. Tempos depois se transformou em um notável jornalista na Itália,
escrevendo para o órgão e vários jornais do partido socialista. Em 1921 ajudou
a fundar o partido comunista, foi para a Rússia onde se casou e teve dois
filhos. Na volta Gramsci retornou com a missão de promover a unidade do
partido socialista em seu país. Já no ano de 1926 Gramsci foi preso pela
polícia fascista de Mussolini, na cadeia, doente, recebeu liberdade condicional
para tratar a doença em hospitais. Morreu em Roma em 1937.
Na prisão escreveu "cadernos do cárcere" e "cartas do cárcere",
traços do nacionalismo italiano bem como algumas ideias da teoria crítica
educacional. Ao contrário do Pensamento Marxista tradicional, no qual entende
que as instituições como Estado, Igreja, Família e Escolas são meras
reprodutoras mecânicas da ideologia do Estado, Gramsci vê nas instituições a
possibilidade de transformações, por meio do surgimento de uma nova
"mentalidade" ligada às classes dominadas.

KAREL KOSIK

Karel Kosik (26 de Junho de 1926 – 11 de Fevereiro de 2003) foi um


militante e filósofo marxista de origem tcheca. É um dos discípulos de Georg
Lukács. Uma das suas principais e notáveis obras é o livro Dialética do
Concreto, publicado em 1963.
De 1o. de Setembro de 1943 até sua prisão pela Gestapo em 17 de
novembro de 1944, durante a ocupação nazista da Tchecoslováquia, ele
participou de um grupo comunista de resistência anti-nazi chamado "Předvoj"
(A Vanguarda) e foi um editor-chefe de um jornal ilegal "Boj mladých" (A luta da
juventude). Após a sua prisão Kosík foi acusado de alta traição. De 30 de
janeiro até 5 de maio 1945 ele foi permaneceu preso no campo de
concentração de Theresienstadt.
De 1945 a 1947, a Kosík estudou filosofia e sociologia na
Universidade Carolina de Praga. Nos anos 1947-1949 ele também participou
de cursos na Universidade de Leningrado e na Universidade de Moscou na
URSS. Em 1963 ele publicou sua obra "Dialética do Concreto", onde trabalha
diversas categorias marxistas em termos de uma fenomenologia humanista,
que lhe valeu uma reputação internacional como um dos mais importantes
filósofos do marxismo humanista. Durante a "Primavera de Praga" de 1968
Kosík foi uma das principais vozes do socialismo democrático (juntamente com
Ivan Svitak, outro marxista humanista proeminente da Tchecoslováquia). Este
engajamento político levou à demissão de Kosík do trabalho universitário em
1970, após o final do período de democratização. Ele permaneceu
desempregado até 1990, quando retornou à vida pública intelectual como um
dos poucos críticos sociais proeminentes de esquerda na Europa Central.

MARXISMO E A EDUCAÇÃO

O tema da educação não ocupou um lugar central na obra de Marx.


Ele não formulou explicitamente uma teoria da educação, muito menos
princípios metodológicos e diretrizes para o processo de ensino-aprendizagem.
Sua principal preocupação foi o estudo das relações socioeconômicas e
políticas e seu desenvolvimento no processo histórico. Quanto à questão
educacional, esta se encontra inevitavelmente enredada em sua obra. Existem
alguns textos que Marx, juntamente com Engels, redigiu sobre a formação e o
ensino em que a concepção de educação está articulada com o horizonte das
relações socioeconômicas daquela época.
Para Marx educar é superar o estado de alienação global e isto
exige uma revolução cultural radical, que vá às raízes do que nos aliena e
neste curso da mercantilização a educação acompanha o trabalho.
Toda luta de classes é uma luta política [...]. A burguesia mesma,
portanto, fornece ao proletariado os elementos de sua própria educação, isto é,
armas contra si mesma [...]. Com o progresso da indústria frações inteiras da
classe dominante são lançadas no proletariado [...] também elas fornecem ao
proletariado uma massa de elementos de educação (MARX, 1993, p. 08).
Com base nas ideias de Marx pode-se inferir que educar é um
desafio social. Assim sendo, esta prática pode tornar-se um instrumento
mobilizador para com a situação atual em que vive a população. É preciso
superar uma sociedade voltada à produção aos bens de consumo, que
despreza a natureza humana e histórica. O ser humano precisa ser respeitado
em sua totalidade, em suas potencialidades, modo de expressão e de pensar,
ter o direito a uma educação igualitária baseada em princípios democráticos e
não de escravidão.
REFERÊNCIAS

BRASIL ESCOLA, Influencia de Marx na Educação. Disponível


em: < http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-influencia-marx-na-
educacao.htm> Acesso em: 27 de Novembro de 2017.
BRASIL ESCOLA. Teoria Criada por Marx e Engels - Marxismo.
Disponível em: <http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/conceitos-
marxismo.htm> Acesso em: 28 de Novembro de 2017.
MAYER, Gustav. Friedrich Engels: a biography. Chapman & Hall,
London, 1935.
CARVER, Terrell. Friedrich Engels: his life and thought. Palgrave
Macmillan, New York, 1990.
GRAMSCI, A. Cartas do Cárcere: 1. ed. Rio de janeiro: Civilização
Brasileira, 2005.
BIOGRAFIA de Antonio Gramsci. Disponível
em:<http://educacao.uol.com.br/biografias/antonio-gramsci.htm>. Acesso em:
26 nov. 2017.
<https://www.google.com.br/amp/s/www.resumoescolar.com.br/filoso
fia/resumo-sobre-karl-marx-quem-foi-karl-
marx/amp/#ampshare=https://www.resumoescolar.com.br/filosofia/resumo-
sobre-karl-marx-quem-foi-karl-marx/>. Acesso em: 28 de nov. de 2017.
<https://www.estudopratico.com.br/karl-marx-vida-obra-e-
pensamentos/>. Acesso em: 28 de nov. de 2017.

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