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Escola Politécnica
Programa de Projeto de Estruturas
Orientador:
Sergio Hampshire de Carvalho Santos
Rio de Janeiro
2016
Fonseca, Rejane Azevedo de Almeida
Análise Plástica de Vigas de Acordo com os Critérios da NBR
6118 / Rejane Azevedo de Almeida Fonseca – 2016.
99.: 30 cm.
iii
AGRADECIMENTOS
À Deus, por me amparar nos momentos difíceis, me dar forças para superar todas
as dificuldades, mostrar sempre o caminho certo a seguir e por suprir todas as minhas
necessidades.
Aos meus queridos pais, Nirlei e Fatima, e aos meus irmãos, Diego e Thiago, por
todo amor, carinho e por estarem sempre do meu lado, me incentivando, apoiando e
dando todas as condições que me fizeram chegar até aqui. E à minha querida “irmã”
Ana Júlia, por alegrar nossas vidas.
Ao meu querido esposo, Darlan, por ser tão importante na minha vida, que sempre
me apoiou e esteve ao meu lado, me fazendo acreditar que posso mais que imagino.
Devido ao seu amor incondicional, carinho, amizade, compreensão e alegria este
trabalho pôde ser concretizado.
v
RESUMO
Nas vigas de concreto armado, nos trechos onde os momentos fletores são grandes e o
aço da armadura atinge o limite de escoamento, podem se formar rótulas plásticas,
caracterizadas por um aumento rápido da curvatura, associado ao aumento do
carregamento. Tal comportamento ocorre em pequenos trechos das vigas, para
momentos fletores quase constantes. Estas rótulas plásticas representam as zonas
plastificadas da estrutura, concentradas em seções críticas. A avaliação da capacidade
de rotação plástica das vigas é essencial para a prevenção de uma possível ruptura e
para garantir um adequado comportamento da estrutura, no que se refere aos estados
limites últimos. Este trabalho tem como objetivo realizar análises plásticas de uma viga,
por diferentes métodos. Quatro métodos foram aplicados, buscando-se calcular os
valores de carregamento máximo que a viga biengastada analisada pode resistir. Para
cada um dos métodos, foram desenvolvidas planilhas em MATHCAD, para sistematizar
as aplicações. A partir dos resultados obtidos, análises comparativas foram realizadas,
utilizando-se os critérios definidos na norma NBR 6118. Busca-se, assim, contribuir
para os estudos de análise plástica e rotação plástica e oferecer uma avaliação crítica dos
métodos e procedimentos da NBR 6118.
vi
ABSTRACT
In reinforced concrete beams, in regions where bending moments are big and the
reinforcing steel achieve the yield strength, plastic hinges can appear, characterized by a
rapid increase in the curvature, associated with an increase in the loading. This behavior
occurs in small regions of the beams, for bending moments almost constant. These
plastic hinges represent the plastified zones of the structure, concentrated in critical
sections. The evaluation of the plastic rotation capacity of the beams is essential for the
prevention of a possible rupture and for assuring an adequate behavior of the structure,
with regard to the ultimate limit states. This work has the purpose of performing plastic
analyzes of a beam, by different methods. Four methods were applied for calculating the
values of the maximum loading that a fixed beam can resist. For each one of the
methods, MATHCAD spreadsheets were developed in order to systematize the
applications. From the obtained results, comparative analyzes have been done, using the
criteria defined in the Brazilian Standard NBR 6118. It is proposed, in this way, to
contribute with the studies of plastic analysis and plastic rotation and to offer a critical
evaluation of the methods and procedures defined in the NBR 6118.
vii
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 1
1.1. Objetivo e Metodologia ...................................................................................... 1
1.2. Descrição dos Capítulos ..................................................................................... 2
2. DEFINIÇÕES .............................................................................................................. 4
2.1. Definição dos Estados-Limites ........................................................................... 4
2.1.1. Estados Limites Últimos (ELU) ............................................................. 4
2.1.2. Estados Limites de Serviço (ELS) .......................................................... 4
2.1.3. Valores das Resistências ......................................................................... 4
2.2. Características dos Materiais .............................................................................. 5
2.2.1. Concreto ................................................................................................. 5
2.2.2. Aço ......................................................................................................... 6
2.3. Análise Plástica de acordo com a NBR 6118:2014 ............................................ 8
2.3.1. Limites para redistribuição de momentos e condições de ductilidade ... 8
2.3.2. Análise não linear com verificação explícita da rotação plástica
solicitante ................................................................................................ 9
3. ESTRUTURA A SER ANALISADA ....................................................................... 12
3.1. Características gerais ........................................................................................ 12
3.1.1. 1ª análise – Kx = 0,10 ........................................................................... 13
3.1.2. 2ª análise – Kx = 0,25 ........................................................................... 14
3.1.3. 3ª análise – Kx = 0,35 ........................................................................... 14
3.1.4. 4ª análise – Kx = 0,45 ........................................................................... 14
3.1.5. 5ª análise – Kx = 0,50 ........................................................................... 15
3.2. Curvas Momento-Curvatura ............................................................................. 15
4. MÉTODOS DE ANÁLISE ........................................................................................ 18
4.1. Planilha para cálculo pelo Método 1 ................................................................ 19
4.2. Planilha para cálculo pelo Método 2 ................................................................ 35
4.3. Planilha para cálculo pelo Método 3 ................................................................ 49
4.4. Planilha para cálculo pelo Método 4 ................................................................ 64
5. RESULTADOS ......................................................................................................... 80
5.1. Resultados de acordo com a NBR 6118:2014 .................................................. 80
5.2. Resultados de acordo com Método 1 ............................................................... 80
5.3. Resultados de acordo com Método 2 ............................................................... 81
viii
5.4. Resultados de acordo com Método 3 ............................................................... 81
5.5. Resultados de acordo com Método 4 ............................................................... 81
5.6. Comparação entre os métodos .......................................................................... 82
6. CONCLUSÕES ......................................................................................................... 83
6.1. Conclusão Final ................................................................................................ 84
6.2. Sugestões para Trabalhos Futuros .................................................................... 84
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 85
ix
ÍNDICE DE FIGURAS
x
Figura 4-24 – Diagrama de momentos de flexão, Método 2. ......................................... 49
Figura 4-25 – Página inicial, programa MATHCAD, Método 3 – Kx = 0,25. ............... 52
Figura 4-26 – Página dois, importação dos arquivos do MK-UFRJ. ............................. 53
Figura 4-27 – Página três, visualização da curva momento-curvatura. .......................... 54
Figura 4-28 – Página quatro, curva 1. ............................................................................ 55
Figura 4-29 – Página cinco, interpolação da Curva 1..................................................... 55
Figura 4-30 – Página seis, curva 2. ................................................................................. 56
Figura 4-31 – Página sete, interpolação da curva 2. ....................................................... 56
Figura 4-32 – Página oito, cálculo dos momentos.......................................................... 57
Figura 4-33 – Página nove, curvaturas e rotações. ......................................................... 58
Figura 4-34 – Página dez, começo das iterações. ........................................................... 59
Figura 4-35 – Página onze, vetor curvatura e rotação próxima à zero. .......................... 60
Figura 4-36 – Diagrama de momentos de flexão, Método 3. ......................................... 64
Figura 4-37 – Página inicial, programa MATHCAD método 4 – Kx = 0,25. ................. 68
Figura 4-38 – Página dois, importando arquivos do MK-UFRJ..................................... 69
Figura 4-39 – Página três, visualização da curva momento-curvatura. .......................... 70
Figura 4-40 – Página quatro, Curva 1. ........................................................................... 71
Figura 4-41 – Página cinco, curva 2. .............................................................................. 72
Figura 4-42 – Página seis, interpolações das retas. ........................................................ 73
Figura 4-43 – Página sete, cálculo dos momentos.......................................................... 74
Figura 4-44 – Página oito, cálculo das distâncias e das curvaturas. ............................... 75
Figura 4-45 – Página nove, cálculo da rotação. .............................................................. 76
Figura 4-46 – Página dez, cálculo do delta. .................................................................... 77
Figura 4-47 – Diagrama de momentos de flexão, Método 4. ......................................... 79
Figura 5-1 – Valores obtidos com os quatro métodos e com a NBR 6118:2014. .......... 82
xi
ÍNDICE DE TABELAS
Tabela 2-1 – Valores dos coeficientes γc e γs, Tabela 12.1 da NBR 6118:2014. .............. 5
Tabela 4-1 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,10. ................................................... 32
Tabela 4-2 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,25. ................................................... 33
Tabela 4-3 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,35. ................................................... 33
Tabela 4-4 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,45. ................................................... 33
Tabela 4-5 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,50. ................................................... 33
Tabela 4-6 – Resultados de δ para Kx = 0,10. ................................................................. 34
Tabela 4-7 – Resultados de δ para Kx = 0,25. ................................................................. 34
Tabela 4-8 – Resultados de δ para Kx = 0,35. ................................................................. 34
Tabela 4-9 – Resultados de δ para Kx = 0,45. ................................................................. 34
Tabela 4-10 – Resultados de δ para Kx = 0,50. ............................................................... 34
Tabela 4-11 – Resultados do Método 2 para Kx = 0,10. ................................................. 48
Tabela 4-12 – Resultados do Método 2 para Kx = 0,25. ................................................. 48
Tabela 4-13 – Resultados do Método 2 para Kx = 0,35. ................................................. 48
Tabela 4-14 – Resultados do Método 2 para Kx = 0,45. ................................................. 48
Tabela 4-15 – Resultados do Método 2 para Kx = 0,50. ................................................. 48
Tabela 4-16 – Resultados de δ para o Método 2. ........................................................... 48
Tabela 4-17 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,10. ................................................. 61
Tabela 4-18 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,25. ................................................. 61
Tabela 4-19 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,35. ................................................. 62
Tabela 4-20 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,45. ................................................. 62
Tabela 4-21 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,50. ................................................. 63
Tabela 4-22 – Resultados de δ para Kx = 0,10. ............................................................... 63
Tabela 4-23 – Resultados de δ para Kx = 0,25. ............................................................... 63
Tabela 4-24 – Resultados de δ para Kx = 0,35. ............................................................... 63
Tabela 4-25 – Resultados de δ para Kx = 0,45. ............................................................... 64
Tabela 4-26 – Resultados de δ para Kx = 0,50. ............................................................... 64
Tabela 4-27 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,10. ................................................. 77
Tabela 4-28 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,25. ................................................. 77
Tabela 4-29 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,35. ................................................. 78
Tabela 4-30 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,45. ................................................. 78
xii
Tabela 4-31 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,50. ................................................. 78
Tabela 4-32 – Resultados de δ para o Método 4. ........................................................... 78
Tabela 5-1 – Resultados de acordo com a NBR 6118:2014. .......................................... 80
Tabela 5-2 – Resultados de acordo com o Método 1. .................................................... 80
Tabela 5-3 – Resultados de acordo com o Método 2. .................................................... 81
Tabela 5-4 – Resultados de acordo com o Método 3. .................................................... 81
Tabela 5-5 – Resultados de acordo com o Método 4 ..................................................... 81
xiii
1. INTRODUÇÃO
Nas vigas de concreto armado, nos trechos onde os momentos de flexão são
grandes e o aço da armadura atinge o limite de escoamento, podem se formar rótulas
plásticas, caracterizadas por um aumento rápido da curvatura, associado ao aumento do
carregamento.
1
Quatro métodos foram implantados para se avaliar o valor de carregamento
máximo que a viga resiste até sua plastificação final:
2
dados comuns aos diversos métodos e a obtenção das curvas necessárias Momento-
Curvatura, obtidas com o programa MK-UFRJ.
3
2. DEFINIÇÕES
A resistência característica inferior, fk,inf, é definida como sendo o valor que tem
apenas 5% de probabilidade de não ser atingido pelos elementos de um dado lote de
material.
4
Os valores de cálculo das resistências são estabelecidos pela NBR 6118:2014, a
partir dos respectivos valores característicos e dos coeficientes de ponderação das
resistências.
Para verificações estruturais realizadas com o concreto (de idade igual ou superior
a 28 dias) e o aço, respectivamente, são utilizadas as seguintes definições (de acordo
com a NBR 6118:2014):
(2.1)
(2.2)
(2.3)
(2.4)
Tabela 2-1 – Valores dos coeficientes γc e γs, Tabela 12.1 da NBR 6118:2014.
Concreto Aço
Combinações
γc γs
2.2.1. Concreto
O módulo de elasticidade inicial (tangente à origem) Eci deve ser obtido em ensaio
realizado de acordo com a NBR 8522:1984. Quando não forem realizados ensaios, pode-se
estimar o valor do módulo de elasticidade inicial com as expressões que seguem.
(2.5)
5
Para concretos com resistência no intervalo 55 MPa ≤ fck ≤ 90 MPa:
(2.6)
(2.7)
sendo
(2.8)
(2.9)
(2.10)
2.2.2. Aço
6
Para os aços de armadura passiva, a NBR 6118:2014 estabelece que, na ausência de
ensaios ou valores fornecidos pelo fabricante, o valor do módulo de elasticidade pode ser
admitido como igual a 210 GPa.
Para cálculos nos estados limites de serviço e último pode-se utilizar o diagrama
simplificado mostrado na Figura 2-1, para aços com ou sem patamar de escoamento.
Nessa figura:
s – tensão no aço;
7
2.3. Análise Plástica de acordo com a NBR 6118:2014
b) x/d ≤ 0,35, para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa. (2.12)
b) x/d ≤ (δ – 0,56)/1,25, para concretos com 50 MPa < fck ≤ 90 MPa. (2.14)
8
b) δ ≥ 0,75, para qualquer outro caso. (2.16)
Pode ser adotada redistribuição fora destes limites estabelecidos na NBR 6118:2014,
desde que a estrutura seja analisada com o emprego de análise não linear ou de análise
plástica, e com verificação explícita da capacidade de rotação das rótulas plásticas.
2.3.2. Análise não linear com verificação explícita da rotação plástica solicitante
9
O limite da rotação plástica solicitante, função da profundidade da linha neutra no
Estado Limite Último (flexão simples) para o momento de flexão solicitante MSd em uma
seção crítica (Figura 2-3), correspondente à razão a/d = 3, onde a = MSd/VSd, sendo VSd a
força cortante nessa seção. Para outras razões a/d, multiplicar os valores dados na Figura 2-
3 pelo fator .
Para classes de concreto entre C50 e C90 deve ser efetuada a interpolação linear dos
valores obtidos na Figura 2-3.
Observar que, em edições da NBR 6118 anteriores a 2004, o valor definido para δ era
constante e igual a 0,85, e os valores de x/d eram simplesmente limitados na flexão simples
10
nos correspondentes limites dos Domínios de Deformação 3 e 4 (x/d = 0,628 para o aço
anteriormente denominado de CA 50-A).
11
3. ESTRUTURA A SER ANALISADA
12
São analisados diferentes valores de Kx = 0,10, 0,25, 0,35, 0,45 e 0,50, sem
consideração de armadura de compressão, para posterior comparação com resultados
obtidos, seguindo as recomendações da NBR 6118:2014. Observa-se que, apesar do
valor Kx = 0,50 não ser permitido por essa norma, ele será aqui considerado para se
avaliar a pertinência dessa limitação. É considerado que nos trechos onde ocorrem
momentos positivos as armaduras calculadas têm o mesmo valor das armaduras
negativas.
(3.1)
ou
(3.2)
(3.3)
(3.4)
(3.5)
(3.6)
(3.7)
(3.8)
13
(3.9)
(3.10)
(3.11)
(3.12)
(3.13)
(3.14)
(3.15)
(3.16)
(3.17)
(3.18)
14
(3.19)
(3.20)
(3.21)
(3.22)
(3.23)
Nd = 0 (3.24)
(3.25)
(3.26)
b = 20 cm (3.27)
15
h = 80 cm (3.28)
nº de camadas = 1 (3.29)
d = 72 cm (3.30)
16
Figura 3-3 – Parte final do arquivo de saída do programa MK-UFRJ, destacando-
se o momento último.
17
4. MÉTODOS DE ANÁLISE
No terceiro método também são realizadas análises rigorosas, com integração das
curvaturas ao longo do eixo da viga, mas considera-se um diagrama tensão-deformação
específica mais realístico para o aço, levando-se em conta que esse rompe para uma
tensão de ruptura fstd = 1,1 fyd e que o rompimento ocorre a 8%, que é o limite de ruptura
do aço CA-50, conforme definido na NBR 7480:2007.
18
Nessa abordagem é considerada uma área plastificada “média” simplificada,
aproximada por um retângulo, de altura igual ao valor da curvatura “plástica” e com a
base adotada de modo a se obter uma compatibilidade entre a área real e a área
equivalente. Os valores correspondentes à parte elástica são calculados pela Resistência
dos Materiais. A rotação total inclui a parcela plástica somada à parcela elástica.
Os dados principais de entrada para a planilha são pontos das curvas momento-
curvatura, obtidos por meio do programa MK-UFRJ desenvolvido por CASTRO
(2008). Esses pontos são salvos em um arquivo do tipo txt.
19
valores são colocados em vetores “x” e “y”, já com as curvaturas em metro e os
momentos em kNm. Assim são gerados gráficos (xy) das relações momento x
curvatura.
20
A segunda curva foi interpolada por um polinômio de grau oito, para que se
consiga obter continuamente os valores de momentos e curvaturas em cada ponto. É
aplicado um processo de regressão ou interpolação polinomial.
21
(4.1)
No caso em estudo:
(4.2)
No MATHCAD o “x” foi denominado como “P”, que são os pontos de estudo e
“l” como “Le”. A parcela da equação ql²/12 corresponde ao momento inicial no engaste.
Nos cálculos posteriores foram considerados os momentos máximos Mu listados
anteriormente. Assim, a equação no MATHCAD, no caso geral, passa a ser:
(4.3)
(4.4)
Onde:
(4.5)
Com o valor obtido tem-se a rotação para a carga original e deseja-se encontrar
qual o valor máximo de carga para que se tenha a rotação igual à zero no engaste.
22
As Figuras 4-2 a 4-12 mostram as páginas da planilha MATHCAD para Kx = 0,25,
para exemplificar a sequência de cálculos para cada etapa da aplicação do Método 1.
23
Figura 4-3 – Página dois, importação dos arquivos do MK-UFRJ.
24
Figura 4-4 – Página três, visualização da curva momento-curvatura.
25
Figura 4-5 – Página quatro, curva 1.
26
Figura 4-7 – Página seis, curva 2.
27
Figura 4-8 – Página sete, interpolação da Curva 2.
28
Figura 4-9 – Página oito, cálculo do momento.
29
Figura 4-10 – Página nove, curvaturas.
30
Figura 4-11 – Página dez, rotações e começo das iterações.
31
Figura 4-12 – Página onze, vetor curvatura e rotação próxima à zero.
(4.6)
32
Tabela 4-2 – Resultados do Método 1 para Kx = 0,25.
33
Tabela 4-6 – Resultados de δ para Kx = 0,10.
δ = 0,989691
q original (kN/m) 14,4
q alcançado (kN/m) 14,55
δ = 0,996775
q original (kN/m) 34
q alcançado (kN/m) 34,11
δ = 0,999978
q original (kN/m) 45,53
q alcançado (kN/m) 45,531
δ = 0,999821
q original (kN/m) 55,8
q alcançado (kN/m) 55,81
δ = 0,997523
q original (kN/m) 60,4
q alcançado (kN/m) 60,55
34
Na Figura 4-13, tem-se o diagrama esquemático de momentos de flexão,
utilizando-se o carregamento qalcançado e destacando-se os pontos principais do método.
Por o gráfico criado ser praticamente linear e dividido em duas curvas, encontram-
se facilmente os momentos divisores (momentos esses já encontrados no Método 1).
Neste método as duas curvas são aproximadas por equações lineares. Interpola-se
uma reta entre o valor inicial e o momento divisor e outra reta começando da ordenada
posterior ao momento divisor até o momento máximo. Para as duas retas são efetuadas
duas interpolações, uma para momentos positivos e outra para momentos negativos.
35
A equação de momentos de uma viga biengastada submetida a um carregamento
uniformemente distribuído “q”, adaptada ao MATHCAD, serve como base para o
cálculo nos diversos pontos da viga.
(4.7)
(4.8)
(4.9)
36
(4.10)
(4.11)
(4.12)
(4.13)
Assim, avaliam-se duas integrais das curvas, uma do ponto inicial até o ponto “w”
e outra do ponto “w” até o meio do vão, somando-se os resultados. Busca-se sempre um
resultado o mais próximo possível de zero.
(4.14)
(4.15)
(4.16)
Pela NBR 6118:2014, para valores de Kx menores que 0,25, o δ vale 0,75, e para
valores maiores ou iguais a 0,25, o δ é calculado por:
(4.17)
37
Figura 4-14 – Esquema do Método 2.
38
Figura 4-15 – Página inicial, programa MATHCAD método 2 – Kx = 0,25.
39
Figura 4-16 – Página dois, importando arquivos do MK-UFRJ.
40
Figura 4-17 – Página três, visualização da curva momento-curvatura.
41
Figura 4-18 – Página quatro, curva 1.
42
Figura 4-19 – Página cinco, curva 2.
43
Figura 4-20 – Página seis, interpolações das retas.
44
Figura 4-21 – Página sete, cálculo dos momentos.
45
Figura 4-22 – Página oito, cálculo das curvaturas e dos coeficientes.
46
Figura 4-23 – Página nove, cálculo das integrais e do delta.
47
A planilha do Método 2 foi executada para todos os Kx estudados, e os resultados
estão dispostos nas Tabelas 4-11 a 4-15.
Kx δ
0,10 0,68
0,25 0,77
0,35 0,84
0,45 0,88
0,50 0,88
48
Na Figura 4-24, tem-se o diagrama esquemático de momentos de flexão,
utilizando-se o carregamento qalcançado e destacando-se os pontos e distâncias principais
do método.
Assim como nos outros métodos foi desenvolvida uma planilha no MATHCAD
com a sequência de cálculo.
Os dados são salvos em dois vetores “x” e “y” e gráficos (xy) das relações
momento-curvatura são gerados.
Pode-se perceber que o gráfico é dividido em duas curvas. Somente são utilizados
os dados do MK-UFRJ para a primeira curva, até o momento divisor.
49
Considerando Fs a resultante no aço e fc a resultante no concreto, tem-se:
(4.18)
(4.19)
(4.20)
(4.21)
(4.22)
As duas curvas são tratadas como retas. Assim, aproximam-se as duas curvas por
equações lineares. Interpola-se duas vezes, a primeira para momentos positivos e a
segunda para momentos negativos.
50
relacionadas aos momentos e depois calculando-se as rotações por meio da integral das
curvaturas.
Com esse valor obtido tem-se a rotação para a carga original e incrementa-se essa
carga até se atingir a rotação igual à zero no engaste.
51
Figura 4-25 – Página inicial, programa MATHCAD, Método 3 – Kx = 0,25.
52
Figura 4-26 – Página dois, importação dos arquivos do MK-UFRJ.
53
Figura 4-27 – Página três, visualização da curva momento-curvatura.
54
Figura 4-28 – Página quatro, curva 1.
55
Figura 4-30 – Página seis, curva 2.
56
Figura 4-32 – Página oito, cálculo dos momentos.
57
Figura 4-33 – Página nove, curvaturas e rotações.
58
Figura 4-34 – Página dez, começo das iterações.
59
Figura 4-35 – Página onze, vetor curvatura e rotação próxima à zero.
60
Tabela 4-17 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,10.
61
Tabela 4-19 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,35.
62
Tabela 4-21 – Resultados do Método 3 para Kx = 0,50.
δ = 0,724346
q original (kN/m) 14,4
q alcançado (kN/m) 19,88
δ= 0,727428
q original (kN/m) 34
q alcançado (kN/m) 46,74
δ= 0,72662
q original (kN/m) 45,53
q alcançado (kN/m) 62,66
63
Tabela 4-25 – Resultados de δ para Kx = 0,45.
δ= 0,726752
q original (kN/m) 55,8
q alcançado (kN/m) 76,78
δ= 0,726311
q original (kN/m) 60,4
q alcançado (kN/m) 83,16
64
Conforme nos outros métodos, os dados de entrada são os pontos da curva
momento-curvatura obtidos no programa MK-UFRJ, que são importados e dispostos em
vetores “x” e “y”, gerando gráficos da relação momento x curvatura.
Neste método, assim como no segundo método, as duas curvas são aproximadas
por equações lineares. Interpola-se uma reta entre o valor inicial e o momento divisor e
outra reta começando da ordenada posterior ao momento divisor até o momento
máximo. Para as duas retas foram efetuadas duas interpolações, a primeira para
momentos positivos e a segunda para momentos negativos.
Como nos demais métodos a viga de 10 m de vão é analisada somente até o meio
do vão. Utiliza-se a equação de momentos, já definida para os outros métodos.
(4.23)
65
(4.24)
(4.25)
(4.26)
66
A curvatura plástica é encontrada diminuindo-se o valor da curvatura relativa ao
momento último Curv(Mu) da curvatura calculada CMy:
(4.27)
(4.28)
(4.29)
Para isto, calcula-se inicialmente o valor equivalente de EI, por meio da curva
momento X curvatura.
(4.30)
Então a rotação da parte elástica segue a seguinte equação, de uma viga biapoiada
submetida a um carregamento uniformemente distribuído:
(4.31)
(4.32)
(4.33)
Pela NBR 6118:2014, para valores de Kx menores que 0,25, tem-se δ = 0,75, e
para valores maiores ou iguais a 0,25, o δ é calculado por:
(4.34)
67
Figura 4-37 – Página inicial, programa MATHCAD método 4 – Kx = 0,25.
68
Figura 4-38 – Página dois, importando arquivos do MK-UFRJ.
69
Figura 4-39 – Página três, visualização da curva momento-curvatura.
70
Figura 4-40 – Página quatro, Curva 1.
71
Figura 4-41 – Página cinco, curva 2.
72
Figura 4-42 – Página seis, interpolações das retas.
73
Figura 4-43 – Página sete, cálculo dos momentos.
74
Figura 4-44 – Página oito, cálculo das distâncias e das curvaturas.
75
Figura 4-45 – Página nove, cálculo da rotação.
76
Figura 4-46 – Página dez, cálculo do delta.
77
Tabela 4-29 – Resultados do Método 4 para Kx = 0,35.
Kx δ
0,10 0,71
0,25 0,73
0,35 0,75
0,45 0,75
0,50 0,73
Observa-se que os valores de δ tendem para 0,75, expressando uma situação ideal
em que, havendo armaduras positiva e negativa iguais, os momentos positivos e
negativos tendem para o mesmo valor, atestando a capacidade de rotação plástica das
seções de concreto para se adaptar a essa situação.
78
Figura 4-47 – Diagrama de momentos de flexão, Método 4.
79
5. RESULTADOS
NBR
Kx δ
0,10 0,750
0,25 0,753
0,35 0,878
0,45 1,000
0,50 1,000
MÉTODO 1
Kx δ
0,10 0,9897
0,25 0,9968
0,35 0,99998
0,45 0,9998
0,50 0,9975
80
5.3. Resultados de acordo com Método 2
MÉTODO 2
Kx δ
0,10 0,68
0,25 0,77
0,35 0,84
0,45 0,88
0,50 0,88
MÉTODO 3
Kx δ
0,10 0,724
0,25 0,727
0,35 0,727
0,45 0,727
0,50 0,726
MÉTODO 4
Kx δ
0,10 0,71
0,25 0,73
0,35 0,75
0,45 0,75
0,50 0,73
81
5.6. Comparação entre os métodos
1,10
1,00
1,00 1,00 1,00 1,00
0,99
0,90
NBR 6118:2014
0,88 0,88 0,88
δ MÉTODO 1
MÉTODO 2
0,84
0,80 MÉTODO 3
MÉTODO 4
0,77
0,75 0,75 0,75 0,75
0,73
0,73 0,73 0,73 0,73
0,70 0,72 0,73
0,71
0,68
0,60
0,10 0,25 0,35 0,45 0,50
Kx
Figura 5-1 – Valores obtidos com os quatro métodos e com a NBR 6118:2014.
82
6. CONCLUSÕES
Neste terceiro método, o mais realístico, mostra que, ao menos para o exemplo
analisado, as seções tem uma grande disponibilidade de rotação plástica, praticamente
igual ao limite teórico (0,75), atestando o conservadorismo dos critérios da NBR
6118:2014.
83
O quarto e último método, baseado no modelo clássico do LEONHARDT (1978),
foi testado com o intuito de validar os resultados obtidos no terceiro método. Os
resultados obtidos foram satisfatórios, muito próximos aos do método anterior.
Como conclusão final do trabalho, com base nos resultados obtidos com os quatro
métodos utilizados para análise plástica da viga em estudo, observou-se que as
prescrições da NBR 6118:2014, nos levam a soluções muito conservadoras, no que se
refere à segurança.
84
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
EUROCODE 2: Projecto de estruturas de betão. Pt. 1-1: Regras gerais e regras para
edifícios. Norma Portuguesa NP EM 1992-1-1. 2004.
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SANTOS, S. H. C. Concreto Armado I – Apostila. Rio de Janeiro, 2015.
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