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EXPOSIGAO: MEMORTA CAMPONESA 1946-1988 nes www.direitoshumanos.gov.br a Ler Reman =| A LUTA PELA TERRA WJ Awitlercom/DHumanosBrasil ia ~& AS GUERRILHAS = CAMPONESAS EP 70308.200 -Braslio/OF - Bros IF ( j ) Secretaria de Direitos Humanos da Presidéncia da 'SCS-B Quadra 9 Lote C - Edificio Porque Cidade Corporate - Torre A 10® andar A LUTA PELA TERRA E AS GUERRILHAS CAMPONESAS (1946-1957) Presidéncia da Replica Presidenta Dilma Rousseff Secretaria de Direitos Humanos da Presidéncia da Republica Ministra Maria do Rosario Secretaria Executiva Patricia Barcelos Coordenagao do Projeto Direito & Meméria o & Verdade Giney Viana Equipe técnica do projeto Diraito Meméria e & Verdado da SDHIPR Jacqueline Silva, Silvan Carlos de Azevedo Campos. Coordenadora de Publicidade Institucional: Camila Vieira Diregao de Arte: Cleber Mariano € Guilherme Lima Exposigdes CuradorialTextos: Gilney Viana Projeto Gréfico: Cleber Mariano Produgao e montagem e das exposicées: Departamento de Divulgagaio e Promogtio Tematica dos Direitos HumanosSDHIPR TextosiDivulgagao: Gilney Viana \gradecimentos: Comisséo Camponesa da Verdade a 6 és brosiero a histérin da tuta pela therdade © COTS © canes asilea € a historia pela liberdad ‘A histérla do camponés a do cariponts Haslet? Sto ator, pels dette NaPEIt § excrete ype arom ptea eco vt ST Sales ret la cidadania e contra a discrimmagao social: pel he eae pelos detox da landania¢ Cry rgenzacdo socal @ cove 8 Xora) Oe echnind “ao de género © pela afirmacao dos veitos a cine conta a decriminagéo de one” Vo de sua ericade conta 0 Sauer a inte © pele esto. ators pela verdad’ comme frpala emt on ela uica y eMOCT nao assequrava os direitos de cidadania a) rire 1946-1964: over dere dts cromieacon™ 2) Ente reso © OSES ios us os ieeraaes demagatces EPs Ene 1964-1985 ated lat RAT Belen Pome. Oe Puroao campore ‘ansigao a0 Estado de Per ip pos serhores ce tetra inclusive no periodo de re ‘Democratico de Direito, 1985-1988) tem meméria dos mihares de carmponeses perseguids, ppresos, mortos e desaparecidos! Em 1945 caiu a ditadura de Vargas e houve a redemocratizac&o do pais, © que possibilitou o surgimento das Ligas Camponesas, associagées originarias da aco do Partido Comunista do Brasil (PCB) no campo. Durou pouco. Em 1947 0 Supremo Tribunal Federal cassou 0 registro do PCB e em 1948 seus mandatos eletivos; e 0 governo do General Dutra perseguiu ¢ desarticulou as Ligas Camponesas. A luta continuou sob novas formas: em Porecatu, PR, (1947-1951); Trombas Formoso, GO, {1954-57}; Pato Branco, Capanema e Francisco Beltrao, PR, (1957) posseiros e colonos reprimidos por policiais e pistoleiros, pegaram em, armas para defender suas terras e suas familias. wae, coe, BP Si 70, CANPONESA DE. PORECH A GUERRILHA OT 1981. Parand, 1947-19" el ee VGEERRA DE Nos municipios de Porecatu, Guaraci, Centenario do Sul e Jaguapita, norte do Parana, milhares de posseiros ocupavam as terras devolutas desde a década de 1940. Grileiros e policiais tentaram expulsa-los e os camponeses resistiram com armas na méo, utilizando tética de guerrilhas sob orientacéo do PCB e liderangas como Manoel Jacinto Correia. Em fins de 1981, quando cercatios, aceitaram um acordo que thes deu terras no Oeste do Parané. “pEPUBLICA” DE TRONBAS E Lee GOTAS, 1954-1957 a. FORMOSO, ~—>—~ As terras ptiblicas dos distritos de Trombas e Formoso (antigo municipio de Uruacu, GO) forarn ocupadas por milhares de camponeses nos anos de 1930 e 1940, Grileiros com ajuda de policiais tentaram tomar as suas terras. Os camponeses se organizaram na Associagéo dos Trabalhadores Agricolas de ‘Trombas e Formoso, presidida por José Porfirio, ligado & ULTAB e ao PCB. Os camponeses resistiram de armas nas méos e ganharam 0s titulos das terras em 1962. Neste mesmo ano elegeram os posseiros Bartolomeu Gomes da Silva, prefeito de Formoso e José Porfirio deputado estadual WTAML ORGANIZADOS 0S POSSHIROS DE GOIAS | | uy FPasigto pra 63 assnehs te laraiares Vitolosos os trabalhadores agricola remo Tribunal Federal === Francisco Beltrdo:0 govemno do estado do Parané cedeu as terras j& ocupadas por posses & cexploragio de empresas colonizadoras, que exigiam dos agricultores © pagamento pelas suas posses (ul seriam expulsos. Os camponeses néo aceitaram e foram atacados. Organizaram a luta contra as colonizedoras e ocuparama cidade de Francisco BeltrZo em 10 de outubro de 1957 exigindo do govern uma negociagéo. Pato Branco: No distrito de Vere, em 02 de agosto de 1957, houve combate armado entre Jagungos e agricultores. Os colonos se levantaram e tentararn quando foi morto o seu lider ‘Alemao™ Assim como na localidade de Santo Anténio, foi morto Pedrinho Barbeiro. Os combates chegaram a Pato Branco, Até que em 11 de outubro de 1957, © governador do Estado ordenou o fechamento das empresas colonizadoras. Os colonos venceram: ficararn nas posses em 1962 receberam os titulos das terras. ar os escrtérios das companhias de terras enna evvede otis on I Congresso Nacional de Lavradores © Trabalhadores do Campo MALES ae ' i NA LEI O1 Congresso Nacional de Lavradores e Trabalhadores do Campo ocorreu em Belo Horizonte, entre 15 e 17 de novembro de 1961, reunindo 1,000 delegados ligados a sindicatos, federagées e organizagées de base das forcas principais do movirnento camponés: ULTAB, Ligas Camponesas, SORPE e MASTER. A resolugao acordada privilegia a luta pela Reforma Agraria e pelos direitos trabalhistas e previdenciarios. Foi importante para mobilizar os camponeses e pressionar 0 Governo Jodo Goulart a favor das Reformas de Base, nos anos 1961-1964. nena enna MOVIMENTOS ORGANIZADOS PELA IGREJA CATOLICA: E I 0 DOS LAVRADORES ULTAB = UNTK GoRee (Pernambuco), SAR (Rio Grande do Sul). NEB {COLAS DO BRASIL ‘TRABALHADORES AGR Fa Sa ‘Novd~Esearaig Lyndolpho Silva reeleito eo A Pre terclt he “Presidente da ULTAB a : 3 Unio dos Lavradores a e f O SORPE - Servico de Orientag&o Rural Trabalhadores Agricolas de Pernambucoe o SAR-Servico de do Brasil Assisténcia Rural ~ SAR, no Rio Grande do Norte, criaram muitos sindicatos e federagdes de trabalhadores rurais, nos anos de 1961-1964 que se integraram a CONTAG, «0 anselo do pova esté eriando Tal ead aapols beset ea ot al © Movimento de Educacio de Base = MEB no inicio da década de 60, foi © espaco onde setores progressistas da Igreja Catdlica se aproximaram do A ULTAB surgiu em 1954 com fruto da articulagao de centenas de associagées e federagdes de lavradores e trabalhadores agricolas. Suas bandeiras principais: Reforma Agraria Democratica e 0 respeito aos povo formulando novas sinteses que direitos trabalhistas e previdencidrios. Era fortemente influenciada pelo permitiram as pastorais adotar principios PCB e apoiada pelo jornal Terra Livre. Foi uma das vertentes que gerou Wbertadores da teologia nas praticas Leelee ute de alfabetizacdo, conscientizagdo a . organizacdo dos camponeses. © MASTER foi organizado por liderangas camponesas adeptas do Govemador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizota, ao final dos anos 1950. Foi a primeira experiencia de grandes acampamentos Thos anos de 1961-1962 dentre os quais: Fazenda Sarandi, Passo do Meio em Nonoai; e 0 Banhado do Colégio em Camaqua que foi desapropriado pelo governador do estado, para o assentamento * Pte Ce ele Teeter at dos camponeses. Jodo Machado dos Santos, 0 Joao Sem Terra, Ee eee ee foi um dos seus lideres. Proeto Dito a emer esVerdsde Oi TE DAS LTTAR: PRISAO E NOR’ 2 DITADURA HIE SgLACKO DAS [DERANCAS " ORGANIZACOES CANPO! ARESIS! FM iciais € pistoleiros dos senhoras de terra assassinaram mais {As Ligas Camponesas ressurgiram em 1955 quando se fundoua Sociedade Agricola e Pecudria | (1964-85) eo periodo da transigao civil (1985-1968), porque a resistncia camponesa continuow lutand dos Plantadores de Pernambuco, no Engenho Gallia, Vitoria do Santo Antio. Orientadas | Pela reforma agriia, pelos cteitos trabathstase pelo dirito de organizagio em sindicatos, asrociagSe pelo advogado Francisco Julio © pelo padre Alipio de Freitas se multipicaram no Nordeste, | © movimentos. No enfrentamento a ditadura militar, na dea rural, destaca-se a Guerrtha do Aragual Inicialmente serviam de apoio e assisténcia aos camponeses e suas familias, depois como} (1972-1974), que se desenvolveu com apoio local dos camponeses. Para além dela, foram perseguidas avancar das lutas, assumiu a bandeira da "Reforma Agraria na lei ou na marra’ ‘assassinadas diversas liderancas de trabalhadores rurais, além de advogados, religiosos e jornalistas qu -apoiaram a luta camponesa SINDICATOS DE TRABALI RESISTIR NA TERRA ae at eT RATBES PARA a aot : Durante a ditadura militar a resisténcia camponesa foi acontecendo com o apoio das & Rastorals da lgrea Cate, cas Oposiées Snaeals, de partidos landestinosealgumas lidevancas do partido de oponggo, MDB. E male tarde, com a abertra pottca, omc AIS vant! apoio do PT, PCB, PCdo® e outros partidos poticos, Novas iderangas assumam o& Ny sindiatos e deram nova orientagdo & CONTAG. Mihares de camponeses foram presos DAS MARGARIDAS maortos € desaparecidas por agentes do Estado e por polcas privadas, a servigo acs | J MARCHA. senhores de tera _ CONTAG: Paras instrumento de luta tas maos dos traalhadores do campo “pee morse op owen Rai? een AY A Contag foi insti sindicatos e federacdes de trabe sk la ULTAB e pelos m ntos da Igreja Catolic o MEB. A CONTAG se propunha organizar e trabalhadores rurais em sindi previdenciarios e pela | ia, sendo até hoje a principal organizacao sindical mpo. Projeto Dito & IMeméria ed Verdade Direitor Humanos MST E A TATICA DE ACAMPAR! E OCUPAR Ao final do perfodo de Terrorismo de Estado, em 1979, surgiram novas formas de luta e de organizacéo camponesa, associando acampamentos massivos e ocupacao de terras. O ponto de mudanca 0 Acampamento de Encruzilhada Natalino em 1979-1980 que a ditadura tentou desarticular e ndo conseguiu. Desta luta camponesa da Comissao Pastoral da Terra (CPT), surgiu, em 2005, o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST, com seu lema "Ocupar, resistir e produzir", dando uma nova ProjetoDietod MemérisehVerdode AS MULHERES CAMPONESAS ProjetoDircto§ ere do Memoria eaVerdide Dirltos Humanos E APOLADORAS NA LUTA CONTRA A OPRESSAO As mulheres sempre participaram das lutas camponesas, desde os movimentos de resisténcia armada, as ocupac¢ées de terra, a organizacao dos sindicatos, as greves, os acampamentos e assentamentos. Apesar da cultura machista, varias mulheres camponesas sairam do anonimato e se destacaram. Secret ‘© MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS, assim define sua miso: a libertagao das mulheres trabalhadoras de qualquer tipo de opressao e discriminagao. Isso se concretiza nas lutas, na organizacao. na formacao e na implementaco de experiéncias de resisténcia popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua historia. Lutar por uma sociedade baseada em novas relagdes sociais entre 9s seres humanos e deles com a natureza. Desde 01 de maio de 1983 as mulheres camponesas se organizam para exercer 0 direito pleno de falar e ser ouvida, votar € ser votada, lutar e estudiar, e dirigir suas proprias lutas. ET Projete Dito a Memeria ea Verdade MOVIMENTO DE MULHERES CAMPONESAS - MMC Diretos Humans 0 ENCONTRO NACIONAL UNITARIO DE 2012: reito a Memoria, a Verdadee a Justica. POVAE UNISTS SO tee %. Povosdo campo, das aguas e das lor. | Brasilia 2012 2 oo $ Nati yal | nttamn de Trak CANPONESAS, CANPONESES E APOTADORES MoRTI# E DESAPARECTDOS A(dh MOBO) Tém DIREITO A MEMORIA, VERDADE E JUSTICA SS86T~9P6ET EM MEMORIA dos | CAMPONESES, INDIGENASe | TODOS LUTADORES 7

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